quinta-feira, setembro 09, 2010

Mas um dinossáurio ibérico

Paleontologia
Dinossauro carnívoro com bossa descoberto em Espanha

O terápoda tinha seis metros de comprimento

Um dinossauro carnívoro foi descoberto em Los Hayos, na região da Cuenca em Espanha. O réptil viveu há cerca de 125 milhões de anos num clima mais tropical e tinha uma estranha bossa óssea perto da cauda.


Os investigadores espanhóis deram o nome de Concavenator corcovatus à nova espécie, que significa “comedor de carne de Cuenca com uma bossa”. O artigo onde a espécie foi descrita foi publicado agora na revista Nature.

O réptil faz parte dos terápoda. "São um grupo muito importante de dinossauros porque dentro deste grupo estão as aves”, explicou Jose Sanz, da Universidade Autónoma de Madrid. “Este mundo não seria o mesmo sem as aves, as aves são mesmo uma espécie de dinossauros terápodes com asas, capazes de voar”, explicou o autor do estudo, citado pela BBC News.

O dinossauro tinha seis metros de comprimento e viveu no início do Cretácico, o último período onde os répteis terríveis existiram, entre há 146 e 65 milhões de anos. Caçava, mas também podia rapinar carne de animais já mortos.

O esqueleto do Concavenator corcovatus é um enigma. As ossadas mostram que por cima do ílio, onde os ossos das pernas contactam com a coluna vertebral, existia uma bossa. Esta estrutura poderia servir para a regulação do calor, para exibição como uma crista de galo ou para armazenamento de energia. Mas os cientistas não têm nenhuma certeza.

Outro mistério é os cinco espinhos que o dinossauro tinha em cada antebraço que podem estar relacionados com as penas nas aves. “Parecem exactamente como as inserções que as aves têm nas penas grandes utilizadas para voo”, disse à Nature Michael Benton, paleontólogo da Universidade de Bristol, no Reino Unido.

A equipa defende que estas estruturas podem depois ter evoluído para a inserção das penas que conhecemos nas aves de hoje. “Vamos ter que olhar para mais dinossauros como sendo animais mais parecidos com aves”, disse Francisco Ortega, primeiro autor do estudo.



NOTA: os geólogos usam, em português, o termo terópode e não o citado terápode...

Leonard Cohen come to town

quarta-feira, setembro 08, 2010

terça-feira, setembro 07, 2010

Sessão de Trabalho em Évora - Oportunidades de Financiamento no 7ºPQ


Sessão de Trabalho

Oportunidades de Financiamento no 7ºPQ para os Temas Energia, Ambiente e Programa Específico Pessoas

16 Setembro 2010, 14.00 – 18.00 horas

Colégio Luís Verney - Anfiteatro 2

Universidade de Évora




O 7.º Programa-Quadro de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (7ºPQ ou FP7) é o principal instrumento Europeu de financiamento de actividades de investigação. Tem um orçamento superior a 50 mil milhões de euros para o período de execução 2007-2013. O 7ºPQ apoia a investigação, desenvolvimento e demonstração em áreas prioritárias e o seu principal objectivo é tornar ou manter a União Europeia na posição de líder mundial nesses sectores. O Gabinete de Promoção do 7ºPQ tem por missão facilitar o acesso das entidades portuguesas a este programa de financiamento, através de uma rede de NCPs – Pontos de Contacto Nacionais.

Esta sessão, organizada em colaboração com o Centro de Geofísica (Universidade de Évora), dará destaque aos concursos abertos em 20 Julho 2010 para projectos de investigação e demonstração, nos Temas Energia (260M€), Ambiente (240M€) e Programa Específico Pessoas (400M€).


PROGRAMA

14.00 – 14.10: Abertura
14.10 - 14.30: O 7º Programa-Quadro de I&DT – Estrutura, Balanço da participação portuguesa
14.30 – 15.00: O tema Energia: destaques
15.00 – 15.30: O tema Ambiente: destaques
15.30 – 16.00: Coffee break
16.00 – 16.30: O Programa Específico Pessoas: destaques
16.30 – 17.00: Aspectos práticos da participação
17.00 – 17.30: Competências e experiência da Universidade de Évora no 7ºPQ
17.30 – 18.00: Debate e conclusão

Participação gratuita, e-mail para inscrição prévia: jmirao@uevora.pt


NOTA: Para mais informações sobre os diferentes temas, contactar os Pontos de Contacto Nacionais (NCP):

Estórias de mineiros em notícia

Histórias
A vida dos exploradores da alma da terra

Na Barroca Grande há minério para mais 12 anos de exploração

Resgatam da escuridão eterna as riquezas da Natureza. Às vezes ela reclama o sangue de um mineiro. Na Panasqueira ou no Chile.


Nenhum homem devia cavar a própria sepultura. Quando abrem as entranhas da Natureza à procura dos seus bens mais preciosos, o medo é latente. O ambiente é inóspito, de isolamento, onde dia e noite são uma longa escuridão, entrecortada por pequenos pontos de luz e barulhos de maquinaria, em galerias abertas atrás dos filões que hão-de ser sugados como a própria vida dos mineiros. Sente-se um estranho fascínio.

Estes homens, cantados por poetas, padres e escritores como Aquilino Ribeiro, em ‘Volfrâmio’, já não andam ao garimpo, não usam canários peritos em cantar silio aviso de gases tóxicos, nem ratos que detectam derrocadas iminentes.

Quando amanhã descerem às galerias, depois das férias a céu aberto, os mineiros da Panasqueira (uma das três explorações nacionais em actividade), levam mais um drama partilhado: o dos colegas soterrados vivos no Chile à espera de que as máquinas violadoras de montanhas sejam agora capazes de os resgatar para o mundo dos vivos.

As aldeias das viúvas, cognome dado em tempos a terras como São Jorge da Beira, de onde saíam os homens para as minas, caídos em combate por força do pó da rocha que lhes trespassava os pulmões em forma de silicose, vestem-se hoje de outras cores que a morte anda mais arredia.


MAIS SEGURANÇA

As condições de segurança e saúde dos mineiros nada têm em comum com as dos pioneiros da serra do Açor, nos concelhos da Covilhã e Fundão. Mas, a espaços, das profundezas de uma galeria ouve-se o grito abafado de uma vida que se esvai. O último deu-o um mineiro reformado, Joaquim Ramos Fernandes, 60 anos de vida e 37 de mina, porque a condição não o fez desistir. A 23 de Junho, o maquinista foi surpreendido pela rocha descontrolada que o esmagou num momento em que trabalhava sozinho.

O negro voltou a cobrir uma família de Alqueidão, na Barroca. Ana Florência Fernandes, 60 anos, doméstica, não trava os ais de desespero, enquanto recorda o marido, que "durante toda a vida nunca teve outro trabalho", como a generalidade dos colegas de profissão, muitos oriundos de famílias de Norte a Sul do País, que subiram à serra quando as guerras mundiais fizeram do volfo (volfrâmio para os mineiros) um minério essencial no fabrico de armamento.

"Não sei como foi o acidente. Ele trabalhava de noite e o genro estava com ele, mas ausentou-se para ir buscar uma máquina. Estava a encher vagões e foi atingido pela rocha", diz Ana Florência. "Ele fez lá a vida toda. Tinha prática. Há tantos anos que lá trabalhava, nunca imaginei uma coisa destas. Quando me contaram até pensei que fosse mentira".

O mineiro, atingido pela rocha quando estava num vagão no momento da descarga, deixa três filhos maiores de idade e um genro amargurado. Quiseram convencê-lo a abandonar as profundezas da terra, mas ele não deixou: "ele disse que ia continuar o trabalho que o segundo pai (sogro) lhe arranjou", conta Ana Florência, agora também em cuidados com os mineiros chilenos que vê na televisão: "coitados, ali soterrados... Ai meu Deus!"


DIFÍCIL MAS POSSÍVEL

O corpo foi retirado com a ajuda de Bernardo Teixeira Gouveia, que aos 50 anos leva 29 de trabalho na mina. "Eu nunca estive em risco, mas ajudei a tirar de lá três falecidos, o último há dois meses. Os outros morreram há mais anos. Foi muito doloroso para todos", recorda o jumbeiro (operador de jumbo), salientando, no entanto, que a mina já foi mais perigosa.

"É um trabalho um pouco difícil. Há muita humidade. Há riscos e é duro, mas não há o perigo da silicose como há mais de 25 anos, quando a furação da rocha era feita a seco e a poeira andava toda no ar. Quando chegaram os martelos pneumáticos passou-se a trabalhar com água". Quanto à situação no Chile, onde 33 mineiros estão soterrados a 700 metros de profundidade, destaca o duplo sofrimento dos envolvidos: "é complicado para eles porque não sabem se vão sair, nem como. E é complicado para as suas famílias, que também estão a sofrer".

Na Barroca Grande, alcandorado na encosta, em filas de casas iguais, o bairro dos mineiros lembra na simetria as galerias onde até 300 metros abaixo se extraem os minérios: volfrâmio, cobre e estanho. Os homens gozam os últimos dias das férias de Agosto antes do regresso à labuta de sete horas diárias com direito a meia hora de descanso para a bucha, comida em mesas de madeira rudimentares no subsolo.

A profissão não os assusta por aí além, pelo menos não parece e as palavras até saem escassas o mais das vezes. O tempo de silêncio diário forçado não lhes solta as histórias, antes faz acreditar que delas se desabituaram, habituados que estão a gerações seguidas de filhos do mesmo ofício. José Cunha Campos tem 66 anos, 23 na mina. Um dia, com uns amigos, partiu de Alijó, em Trás-os-Montes, e rumou à Panasqueira à procura de ganhar mais algum dinheiro – uns 1800 escudos (nove euros) no início. "É uma vida complicada, é difícil, embora agora existam os jumbos (brocas mecânicas que furam a rocha, chegadas na década de 1980) e padejadores (máquinas de encher). Eu ainda andei nove anos agarrado a um martelo pneumático". E antes dele andaram outros de picareta em punho a partir pedra e a carregar à pazada os vagões de minério, empurrados por homens ou puxados sobre carris para o exterior por cavalos.

"Aquilo lá em baixo é muito húmido (a temperatura média é de 18 graus). Há dificuldades, como a escuridão, mas tudo vai do hábito. Nunca tive nenhum problema, mas há lugares mais perigosos onde é preciso ter muita atenção. Ainda tivemos de fugir à frente das pedras", descreve José Cunha, reformado, que temia "ouvir o barulho do terreno a partir-se".


HISTÓRIA COMOVENTE

Quando lhe falam da situação dos mineiros no Chile, aí comove-se. Percebe o que está a acontecer-lhes? "Se percebo?! Aquilo custa muito". Se uma situação semelhante acontecesse na Panasqueira, o socorro seria mais rápido e fácil. "Esta é uma mina em rampas, com várias entradas, onde circulam carrinhas; totalmente diferente da do Chile, que é em poço, como a de Neves Corvo (Alentejo)".

José Alentejano (José Manuel Silva, de baptismo), nasceu em São Luís, Beja. Só lá voltou uma vez e chegou à Panasqueira com oito anos. Nas minas anda há 30 e tem 48. É o exemplo da profissão herdada. "O meu pai foi mineiro, o meu filho é mineiro há oito anos, a minha filha casou com um mineiro e até tenho tios mineiros", diz o operador de jumbo. "Tem corrido bem. Sustos? Debaixo do chão há sempre sustos. Aquilo é complicado. Entra-se e não se sabe quando se sai!" Mesmo assim, José Alentejano gosta do trabalho, apesar das tragédias como a dos colegas de profissão chilenos. "Sofremos quando vemos aquelas imagens. Temos pena e sentimos dor. Nós sofremos mais, porque sabemos como é e compreendemos melhor".


COMO NO MAR

Se é verdade, como diz o escritor Fernando Dacosta, que "a terra exerce sobre os mineiros a mesma atracção que o mar sobre os pescadores", então as mulheres de ambos padecem do mesmo sofrimento: "ando sempre com o coração nas mãos. Aquele que morreu estava onde trabalha o meu filho Marco. Eram colegas. Eu também estou sempre a ver o que está a acontecer no Chile", diz Natália Silva, 44 anos, casada com José Alentejano, que só uma vez desceu às galerias.

A mina, numa região isolada, de acessos difíceis, entranhada na serra, é a solução quase exclusiva de quem quer trabalhar. O maçarico (novato) Gonçalo Gomes, 19 anos, é disso exemplo. A 20 de Outubro assinala o primeiro ano de trabalho, como operador de uma máquina de furação de chaminés. "Andava farto de estudar. Fiz o 9º ano e estava a tirar um curso de electricista no Fundão, mas eu queria era trabalhar", diz o jovem, que gosta da profissão e segue as pisadas do avô, do pai e do irmão, este de 31 anos e entregue aos caprichos da mina há 10.

"Não é um trabalho muito puxado e não tenho medo. No início tive algum receio, mas depois fui-me habituando. E aqui ainda é onde se ganha melhor e estou perto de casa, mas só fico até arranjar melhor". Gonçalo Gomes nasceu na Aldeia de São Francisco de Assis, em pleno couto mineiro, mas agora mora com os pais na Barroca Grande. Sobre o drama chileno, viu uma reportagem: "tento não pensar muito nisso". Jacinto Canas, 45 anos, na mina desde 1982, com um intervalo de 13 anos empregue na emigração, vê o caso com outra atenção, talvez por ter perdido o irmão, Albertino, 23 anos, num acidente acorrido em 1986. "Levou com 40 toneladas de terra em cima. Aquilo vai acabar bem. É preciso ter fé até ao fim". Quanto à Panasqueira, lamenta: "os milhões vão todos embora, até a derrama fica em Lisboa porque é lá a sede da empresa. Aqui só fica a sarrisca".

Fica a sarrisca e até agora 12 mil quilómetros (22 vezes o comprimento de Portugal) de serra perfurada e 700 euros, em média, nos bolsos de cada mineiro. E fica também uma história iniciada há 124 anos, altura do primeiro registo da mina, cujas potencialidades até os romanos conheciam.


RIQUEZA DE GERAÇÕES

A matéria-prima, mais de 130 toneladas mensais de concentrado de volfrâmio, é exportada na totalidade, a grande maioria para a empresa alemã Osram, uma das líderes mundiais no fabrico de lâmpadas. "É o melhor volfrâmio do Mundo, retirado da maior mina subterrânea do Mundo em actividade", diz José Isidoro, 55 anos, do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira, garantindo que, ao ritmo actual, o futuro desta exploração está "assegurado por mais 12 anos". Depois, descendo em profundidade, aos 400 metros, há ainda trabalho para três gerações de mineiros.

A aventura contra os elementos continuará na Panasqueira ou no Chile. "Abaixo da superfície terrestre, três homens descem corredores e galerias, enfrentando obstáculos e peripécias, às vezes andam perdidos" – não é o início do guião da vida de um mineiro, antes é um resumo do livro de Júlio Verne ‘Viagem ao Centro da Terra’ (1864). Os mineiros não entram tão fundo na alma da terra, mas ninguém a conhece melhor do que eles.


UTILIZADO EM ARMAMENTO, LÂMPADAS E ESFEROGRÁFICAS

Foi a indústria de armamento que deu fama ao volfrâmio (ou tungsténio), por ser muito duro e usado em ligas de aço. Mas também é utilizado na indústria eléctrica – em filamentos de lâmpadas incandescentes –, em esferográficas, em resistências eléctricas, em ligas de aço e no fabrico de ferramentas. As minas são o principal empregador nas freguesias que envolvem o couto mineiro da Panasqueira. Curiosamente, em São Jorge da Beira, localidade de 700 habitantes, o segundo maior é o Centro de Solidariedade Social, seguindo-se a construção civil, como revelou Fausto Baptista, 46 anos, presidente da Junta de Freguesia.


NOTAS

11 MIL

Durante a II Guerra Mundial, a Panasqueira chegou a empregar 11 mil pessoas. Hoje são apenas 325.


100 ANOS

A exploração industrial começou em 1910. É gerida pela japonesa Sojitz Beralt Tin & Wolfram, S.A.


TRÊS MINAS

Em Portugal há três minas em actividade. Além da Panasqueira, Neves Corvo e Aljustrel (cobre e zinco), ambas no Alentejo.

in CM - ler notícia

NOTA: pese embora o facto de a notícia ter um erro (as minas portuguesas - as subterrâneas... - são quatro, pois faltou referirem a de Campina de Cima, dentro da cidade de Loulé, onde se extrai sal-gema...) é sempre de saudar de saudar que se fale dos mineiros e dos seus problemas.

Houve dois acidentes mortais em minas portuguesas este Verão

Morreu na mina em acidente de trabalho aos 60 anos
25 Junho 2010

Joaquim Fernandes já estava reformado, mas não deixou de trabalhar para compor o rendimento. Empresa abriu inquérito

Reformado desde 2000, mas com baixo rendimento e força para continuar, Joaquim Ramos Fernandes, 60 anos, regressou há três anos ao serviço nas Minas da Panasqueira, concelho da Covilhã. Na quarta-feira, depois de mais de 30 anos passados no interior das minas, e enquanto fazia o turno da noite, acabou por morrer vítima de um acidente de trabalho. A situação recoloca na ordem do dia a questão das condições de trabalho no interior das minas.

Em cinco anos, este foi o segundo acidente de trabalho mortal naquele espaço. Em Outubro de 2005, um deslizamento de terras também provocou a morte de outro mineiro. A estatística não é assustadora, mas mesmo assim o Sindicato de Trabalhadores da Indústria Mineira recorda que é preciso fazer mais pelas condições de segurança.

"Estamos a falar de um trabalho específico e que acarreta muitos riscos. Desde há muito tempo que defendemos que nenhum trabalhador deve estar sozinho, dentro da mina. Não nos podemos esquecer que os gases que o minério liberta são perigosos e podem trazer consequências. Não queremos especular, mas se calhar se este homem estivesse acompanhado poderia ter sido socorrido mais rapidamente e, quem sabe, ainda estar vivo", diz José Maria Isidoro, porta-voz do Sindicato que em Março convocou duas greves. A luta prendia-se com o aumento de salários e a melhoria das condições de trabalho. A empresa cedeu à primeira reivindicação (aumento de um por cento) e os mineiros voltaram ao trabalho.

As circunstâncias relativas ao acidente que vitimou Joaquim Ramos Fernandes, residente no Alqueidão, freguesia da Barroca, Fundão, ainda não estão devidamente apuradas. Sabe-se que foi apanhado por um dos vagões que fazia a recolha do minério. Estava sozinho e não pôde ser socorrido antes que uma descarga de pedras o soterrasse.

A Sojitz Beral Tin & Wolfram, empresa que explora o Couto Mineiro da Panasqueira, já mandou abrir um inquérito. "Temos de esperar pelo resultado da autópsia para podermos perceber o que aconteceu. Não sabemos porque caiu para o vagão, nem tão pouco se morreu da queda ou da descarga que se sucedeu", sublinhou Correia de Sá, administrador da empresa - que já mandou abrir um inquérito e se mostra solidário com a família.

in DN - ler notícia

Acidente mortal na mina de Aljustrel
2010-09-01

Um trabalhador da mina de Aljustrel morreu esta manhã, quarta-feira, cerca das 11 horas, na sequência do despiste da máquina que conduzia, quando operava na rampa de acesso ao fundo da mina.

O trabalhador, de 31 anos e natural de Aljustrel, filho de um antigo mineiro, conduzia um veículo Dumper MTT quando, segundo Jacinto Anacleto, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Industria Mineira (STIM), "a máquina terá ficado sem travões", citando informações prestadas pela administração da empresa.

Jacinto Anacleto revelou ao JN que "o sindicato vai apresentar uma queixa no Ministério Público, para que a Polícia Judiciária investigue as causas do acidente", lembrando o sindicalista que quando dizem que os trabalhadores precisam de formação como mineiros, "a administração não liga e desvaloriza o assunto".

A Autoridade para as Condições do Trabalho foi alertada para a ocorrência tendo sido de imediato deslocados para a mina "dois inspectores para apurar as causas do acidente", confirmou ao JN Carlos Graça, Delegado Regional do Alentejo da ACT.

Contactada a administração da Almina-Minas de Aljustrel, no sentido de obter explicações do administrador delegado Arménio Pacheco, foi indicado que "o administrador não tem tempo livre e já fez um comunicado para uma agência", recusando o envio do mesmo ao JN.

A Almina, é uma empresa que resulta da aquisição das Pirites Alentejanas, por parte da Martifer, dos Irmãos Martins, cuja aquisição foi feita por um euro, e viabilizada pelo Governo de José Sócrates, tendo como principal interlocutor o ex-ministro Manuel Pinho.

in JN - ler notícia

segunda-feira, setembro 06, 2010

Um performer fantástico que vem a Portugal

Homenagem ao Professor Doutor Manuel Maria Godinho


O Simpósio Modelação de Sistemas Geológicos constitui pretexto para homenagear o Professor Manuel Maria Godinho, decorrendo em Coimbra a 15 de Janeiro de 2011.

Procura-se através de um conjunto de conferencistas convidados apresentar novos contributos para a modelação dos sistemas geológicos e simultaneamente valorizar a importância académica e científica do homenageado no domínio das Ciências Geológicas.

Em paralelo será editado um livro de homenagem, aberto à comunidade científica, constituído por artigos versando temáticas das Geociências. Os artigos devem seguir as normas de publicação científica e existirá um processo de peer review associado.

No final do Simpósio decorrerá um jantar de homenagem e confraternização, com carácter facultativo, em local a designar ulteriormente.


Nota Biográfica

O Professor Manuel Maria Godinho licenciou-se em Ciências Geológicas pela Universidade de Coimbra em 1964, tendo-se aposentado em 2008 como Professor Catedrático da Faculdade de Ciências e Tecnologia da mesma Universidade. A sua actividade científica tem incidido sobre diferentes domínios das Geociências, das quais se destacam a Mineralogia, Petrologia, Geoquímica, Recursos Geológicos e Ambiente e Ordenamento do Território. Como contributo de referência do homenageado, e transversal à sua obra, pode referir-se o desenvolvimento e aplicação da Geomatemática na compreensão e modelação dos processos geológicos.

Ao longo do seu percurso académico o Professor Manuel Godinho publicou mais de uma centena de trabalhos científicos e orientou dezenas de trabalhos de Mestrado e Doutoramento, tendo sido o incentivador do desenvolvimento de novas técnicas de análise laboratorial, como é exemplo o Laboratório de Radioactividade Natural da Universidade de Coimbra.

A par do indiscutível contributo para o progresso da ciência, as suas capacidades de reflexão crítica, as qualidades pedagógicas a a dedicação institucional marcaram e continuam a marcar e a formar gerações.


DATAS RELEVANTES
  • ABRIL 2010 – Primeira circular
  • JULHO 2010 – Segunda circular
    • Programa do evento
    • Template para submissão de artigos
  • OUTUBRO 2010
    • Submissão de artigos
    • Formalização das inscrições

PREÇO DE INSCRIÇÃO
  • EVENTO
  • Não estudantes – 50 €
  • Estudantes – 35€
  • JANTAR DE HOMENAGEM
    • Valor único – 40€

PRÉ-INSCRIÇÃO EM
www.dct.uc.pt
(ver secção de eventos)

CONTACTOS

MORADA
Organização do Simpósio
“Modelação de Sistemas Geológicos”
Departamento de Ciências da Terra
Largo Marquês de Pombal
3000-272 Coimbra

Telefone
239 860 563

Fax
239 860 501



NOTA: link para folheto – AQUI e formulário de pré-inscrição - AQUI.

Livros de Astronomia - Breve História dos Cometas

Post em estereofonia com o Blog AstroLeiria:

(imagem daqui)

O astrónomo amador Vieira Calado lançou, recentemente, o livro Breve História dos Cometas, na sequência de outro intitulado A Terra e as Estrelas. Eu, como consumidor interessado na matéria e leitor habitual do blog de Vieira Calado, ASTRONOMIA-ALGARVE, pedi que mos enviasse por correio.

Recebi-os há dias e gostei dos dois - são pequenos textos, muitos publicados em jornais regionais, sobre coisas que os astrónomos por vezes têm dúvidas, muito didácticos e bem escritos - e tudo isto por apenas 5 euros, portes incluídos (e ao comprarem a Breve História dos Cometas recebem A Terra e as Estrelas)!

Para os interessados, aqui fica o e-mail do autor: vieiracalado@gmail.com.

Músicas para uma nossa leitora...


Música para um político qualquer que hoje faz anos





PS - Porreiro, pá...!

Música para a minha mana que hoje é bebé...


Shout

Shout, shout, let it all out, these are the things I can do without
Come on, I'm talking to you, come on
Shout, shout, let it all out, these are the things I can do without


In violent times, you shouldn't have to sell your soul
In black and white, they really really ought to know
Those one track minds that took you for a working boy
Kiss them goodbye, you shouldn't have to jump for joy
You shouldn't have to
Shout, shout, let it all out, these are the things I can do without
Come on, I'm talking to you, come on


They gave you life, and in return you gave them hell
As cold as ice, I hope we live to tell the tale
I hope we live to tell the tale


Let it all out, these are the things I can do without
Come on, I'm talking to you, come on
Shout, shout, let it all out, these are the things I can do without
Come on, I'm talking to you, come on


Shout, shout, let it all out
These are the things I can do without
Come on, I'm talking to you, come on


And when you've taken down your guard
If I could change your mind, I'd really love to break your heart
I'd really love to break your heart


Shout, shout, let it all out
(Break your heart) these are the things I can do without
(I'd really love to break your heart) come on
I'm talking to you, come on
Shout, shout, let it all out, these are the things I can do without
Come on, I'm talking to you so come on


Shout, shout, let it all out, these are the things I can do without
Come on, I'm talking to you, come on
(They really really ought to know) Shout, shout, let it all out
(Really really ought to know) These are the things I can do without
(They really really) Come on, I'm talking to you, come on
(They really really ought to know) Shout, shout, let it all out
(I'd really love to break your heart)
These are the things I can do without
(I'd really love to break your heart)
Come on, I'm talking to you so come on
Shout, shout, let it all out, these are the things I can do without
Come on, I'm talking to you, come on...


NOTA: espero que a minha mana goste (e se lembre...). Para os outros, mais uma versão - os Tears For Fears estão vivos:

domingo, setembro 05, 2010

A Terra vista do espaço em tempo real


Um nosso fiel leitor mando-nos um link para este interessante site, que mostra a Terra, vista do espaço, com a chegada da noite e muitos outros aspectos configuráveis.

Vão ver, que vão adorar:

Falta um mês para a palhaçada do ano

sábado, setembro 04, 2010

Sismo da Nova Zelândia - dados do NEIC

Magnitude7.0
Date-Time
Location43.530°S, 172.120°E
Depth5 km (3.1 miles) set by location program
RegionSOUTH ISLAND OF NEW ZEALAND
Distances
  • 44 km (27 miles) W (273°) from Christchurch, New Zealand
  • 200 km (124 miles) S (169°) from Westport, New Zealand
  • 290 km (180 miles) NNE (27°) from Dunedin, New Zealand
  • 332 km (206 miles) SW (220°) from WELLINGTON, New Zealand
Location UncertaintyError estimate not available
ParametersNST=374, Nph=374, Dmin=88.7 km, Rmss=0 sec, Gp= 18°,
M-type=centroid moment magnitude (Mw), Version=9
Source
  • Institute of Geological and Nuclear Sciences, Lower Hutt, New Zealand


Forte sismo na ilha do Sul da Nova Zelândia

Há apenas registo de feridos ligeiros
Sismo provocou danos avultados na Nova Zelândia

Vários carros foram esmagados pela queda de muros

Um sismo de magnitude sete na escala de Richter abalou a Nova Zelândia às primeiras horas de sábado (tarde de sexta-feira em Portugal), provocando danos avultados em Christchurch, a segunda maior cidade do país. Até ao momento, há apenas registos de feridos ligeiros.

Segundo o instituto geológico norte-americano, o sismo ocorreu às 04.35 horas locais (17.35 em Lisboa), com epicentro a 55 quilómetros de Christchurch, na costa Leste da Ilha Sul. Teve origem a 12 quilómetros da superfície, mas apesar da pouca profundidade não foi emitido qualquer alerta de tsunami.

Segundo a edição online do jornal local The Press, o sismo danificou vários edifícios da cidade, derrubando muros e telhados. A cidade está também sem electricidade e a circulação na rede de comboios foi suspensa para verificar a extensão dos danos causados. O abalo foi sentido em toda a ilha e também na capital, Wellington, na vizinha Ilha Norte.

O site noticioso Wellington Stuff divulgou já fotografias dos estragos, com ruas bloqueadas e carros esmagados pelos destroços.

Logo após o abalo, descrito como um dos mais fortes de que há registo, viveram-se momentos de pânico na cidade, com os moradores a saírem ainda em pijama para a rua, relata o jornal.

“Foi inacreditável. Tinha acordado para ir trabalhar e ouvi um barulho imenso e a seguir, boom, a causa foi atingida e tudo começou a estremecer”, contou ao The Press Kevin O’Halon.

sexta-feira, setembro 03, 2010

Relato de Ciência Viva no Verão no Algarve

No passado dia 25 de Agosto de 2010 fui, mais a família, a uma actividade da Ciência Viva no Verão 2010 na Praia de Faro. No pacote estava incluída uma Geologia no Verão (As barras também migram) e uma Biologia no Verão (Biodiversidade numa Ria Formosa em permanente mudança), numa actividade feita debaixo de telha, no Centro Náutico.

Muito interessante, pese embora o facto de poder ser melhorada, em termos de Geologia, no futuro. Para o ano, se houver novamente, lá estaremos novamente...

E, agora, algumas fotos da actividade:


Bichos da Ria Formosa - I (pepino do mar)


Bichos da Ria Formosa - II (ferro de engomar)


Bichos da Ria Formosa - III (lebre do mar)


Bichos da Ria Formosa - IV


Malacologia



Vendo microrganismos no microscópio óptico



Fitoplâncton no microscópio



Zooplâncton no microscópio



O Tanque das bichesas da Ria Formosa



Fichas para identificar invertebrados da Ria Formosa



Brincando às ondas



As Dunas - versão secador



A Ria Formosa na Carta Corográfica


Brincando às sequências estratigráficas positivas...

Fernando Machado Soares nasceu há 80 anos



Fernando Machado Soares (nasceu a 3 de Setembro 1930) é um cantor de fado, de Coimbra, poeta, compositor, jurista e juiz jubilado.

Nasceu em Roque do Pico, Ilha do Pico, Açores, sendo descendente do último Capitão-Mor das Lajes do Pico. Licenciou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra nos anos 50. Participou no filme Rapsódia Portuguesa. Após ter concluído o curso superior, suspendeu durante alguns anos a sua actividade artística. Porém, acompanhou o Orfeão Académico de Coimbra aos Estados Unidos, onde cantou com êxito em Nova York (Lincoln Center), Boston, Chicago ou Atlanta. Participou ainda num programa televisivo da NBC. Autor de diversos fados muito célebre, entre eles a "Balada da Despedida".



quarta-feira, setembro 01, 2010

Mais um ano de trabalho...

Uma musiquinha para celebrar a data...

terça-feira, agosto 31, 2010

Conferência em Sesimbra


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