quinta-feira, abril 07, 2022
Suzanne Valadon morreu há oitenta e quatro anos
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Marcadores: França, impressionismo, pintura, Suzanne Valadon
Spencer Dryden, baterista dos Jefferson Airplane, nasceu há 84 anos
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Marcadores: acid rock, bateria, Grace Slick, jazz, Jefferson Airplane, Lather, música, rock psicadélico
A OMS faz hoje 74 anos
Joaquim Agostinho nasceu há 79 anos
O campeão Jim Clark morreu há 54 anos
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Marcadores: automobilismo, Fórmula 1, Jim Clark
São Francisco Xavier nasceu há 516 anos
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El Greco morreu há 408 anos...
Domenico Dragonetti nasceu há 259 anos
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Marcadores: contrabaixo, Domenico Dragonetti, Double-Bass Concerto in A major, Itália, Reino Unido, romantismo
Gabriela Mistral nasceu há 133 anos
Yo no quiero que a mi niña
golondrina me la vuelvan;
se hunde volando en el Cielo
y no baja hasta mi estera;
en el alero hace el nido
y mis manos no la peinan.
Yo no quiero que a mi niña
golondrina me la vuelvan.
Yo no quiero que a mi niña
la vayan a hacer princesa.
Con zapatitos de oro
¿cómo juega en las praderas?
Y cuando llegue la noche
a mi lado no se acuesta...
Yo no quiero que a mi niña
la vayan a hacer princesa.
Y menos quiero que un día
me la vayan a hacer reina.
La subirían al trono
a donde mis pies no llegan.
Cuando viniese la noche
yo no podría mecerla...
¡Yo no quiero que a mi niña
me la vayan a hacer reina!
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Marcadores: Chile, Gabriela Mistral, Piecesitos de niño, poesia, Prémio Nobel
Almada Negreiros nasceu há 129 anos
Se eu fosse cego amava toda a gente.
Não é por ti que dormes em meus braços que sinto amor. Eu amo a minha irmã gémea que nasceu sem vida, e amo-a a fantasiá-la viva na minha idade.
Tu, meu amor, que nome é o teu? Diz onde vives, diz onde moras, dize se vives ou se já nasceste.
Eu amo aquela mão branca dependurada da amurada da galé que partia em busca de outras galés perdidas em mares longissimos.
Eu amo um sorriso que julgo ter visto em luz do fim-do-dia por entre as gentes apressadas.
Eu amo aquelas mulheres formosas que indiferentes passaram a meu lado e nunca mais os meus olhos pararam nelas.
Eu amo os cemitérios - as lages são espessas vidraças transparentes, e eu vejo deitadas em leitos floridos virgens nuas, mulheres belas rindo-se para mim.
Eu amo a noite, porque na luz fugida as silhuetas indecisas das mulheres são como as silhuetas indecisas das mulheres que vivem em meus sonhos. Eu amo a lua do lado que eu nunca vi.
Se eu fosse cego amava toda a gente.
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Billie Holiday nasceu há 107 anos
Billie Holiday (Filadélfia, 7 de abril de 1915 - Nova Iorque, 17 de julho de 1959), por vezes, mais conhecida como Lady Day, é por muitos considerada a maior de todas as cantoras do jazz.
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Ravi Shankar nasceu há 102 anos
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O Massacre de Realengo foi há onze anos
Fachada da escola momentos depois do crime
O Massacre de Realengo refere-se à chacina ocorrida em 7 de abril de 2011, por volta das 08.30 horas da manhã (UTC-3), na Escola Municipal Tasso da Silveira, localizada no bairro de Realengo, no município do Rio de Janeiro. Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, invadiu a escola armado com dois revólveres e começou a disparar contra os alunos presentes, tendo matado doze deles, com idade entre 13 e 15 anos, deixando mais 22 feridos. O assassino foi intercetado por polícias, mas cometeu suicídio antes de ser detido.
Wellington Menezes de Oliveira matou a tiros doze adolescentes na Escola Municipal Tasso da Silveira
Conforme a lista divulgada pela polícia do Rio de Janeiro, as vítimas foram:
- Ana Carolina Pacheco da Silva, 13 anos
- Bianca Rocha Tavares, 14 anos
- Géssica Guedes Pereira, 15 anos
- Igor Moraes, 13 anos
- Karine Chagas de Oliveira, 14 anos
- Larissa dos Santos Atanásio, 13 anos
- Laryssa Silva Martins, 13 anos
- Luiza Paula da Silveira Machado, 15 anos
- Mariana Rocha de Souza, 13 anos
- Milena dos Santos Nascimento, 15 anos
- Rafael Pereira da Silva, 14 anos
- Samira Pires Ribeiro, 14 anos
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O trompetista Freddie Hubbard nasceu há 84 anos
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quarta-feira, abril 06, 2022
O Visconde de Alvalade nasceu há 185 anos
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Gerry Mulligan nasceu há 95 anos
Gerry Mulligan, nome artístico de Gerald Joseph Mulligan (Nova Iorque, 6 de abril de 1927 - Darien, 20 de janeiro de 1996) foi um saxofonista de jazz norte-americano.
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Marcadores: cool jazz, Gerry Mulligan, jazz, música, Satin Doll
Sing Me Back Home, Merle Haggard...
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Marcadores: Bakersfield sound, country, Fender Telecaster, Merle Haggard, música, Sing Me Back Home
O Principezinho foi publicado há 79 anos...
E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou mas não viu nada.- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira.- Quem és tu? - perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...- Sou uma raposa, disse a raposa.- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.- Ah! desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- Que quer dizer “cativar”?- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?- Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer “cativar”?- Os homens, disse a raposa, têm armas e caçam. É bem incómodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que eles fazem. Tu procuras galinhas?- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer “cativar”?- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa “criar laços...”- Criar laços?- Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um menino inteiramente igual a cem mil outros meninos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...- Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...- É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra...- Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
- Noutro planeta?- Sim.- Há caçadores nesse planeta?- Não.- Que bom! E galinhas?- Também não.- Nada é perfeito, suspirou a raposa.
Mas a raposa voltou à sua ideia.
- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens caçam-me. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E é por isso que eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativares, a minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos fazem-me entrar na toca. Os teus chamar-me-ão para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa nenhuma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor... cativa-me! disse ela.- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa nenhuma. Compram tudo já pronto nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens já não têm amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu sentar-te-ás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu olhar-te-ei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, sentar-te-ás cada vez mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estaria inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso rituais.- Que é um ritual? perguntou o principezinho.- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um ritual. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até à vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias!
Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! Eu vou chorar.- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não te queria fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...- Quis, disse a raposa.- Mas tu vais chorar! disse o principezinho.- Vou, disse a raposa.- Então, não ganhaste nada.- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.
Depois ela acrescentou:
- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te darei de presente um segredo.
Foi o principezinho rever as rosas:
- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela á agora única no mundo.
E as rosas estavam desapontadas.
- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.
E voltou, então, à raposa:
- Adeus, disse ele...
- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...
- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
in O Principezinho - Antoine de Saint Exupery
Postado por Fernando Martins às 07:09 0 bocas
Marcadores: Antoine de Saint Exupery, O Principezinho, raposa, Saint-Exupéry
Hoje é um dia importante para a Escócia...!
Postado por Fernando Martins às 07:02 0 bocas
Marcadores: Declaração de Arbroath, Escócia, Tartan