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sexta-feira, janeiro 03, 2025

Às vezes a causa de mudanças climáticas é geológica...

Encontrado o misterioso vulcão que há 200 anos quase destruiu o Mundo

 

A erupção misteriosa ocorreu no vulcão Zavaritskii, na ilha de Simushir, e criou uma caldeira com 3 km de largura, revelando espetaculares camadas vermelhas, pretas e brancas constituídas por depósitos eruptivos do passado

 

A identidade do misterioso do vulcão responsável por uma erupção vulcânica gigante que intrigou os cientistas durante quase 200 anos foi finalmente encontrada: foi o vulcão Zavaritskii, na remota e desabitada ilha de Simushir, parte das Ilhas Curilhas

Em 1831, uma erupção vulcânica maciça lançou gases sulfurosos na atmosfera, refletindo a luz solar e provocando um arrefecimento global de cerca de 1ºC.

Este tempo frio, bem documentado em todo o mundo, levou a quebras de colheitas generalizadas e a fomes devastadoras.

O compositor Felix Mendelssohn chegou mesmo a escrever sobre o tempo catastrófico durante a sua viagem de verão pelos Alpes, em 1831: “Tempo desolador, voltou a chover toda a noite e toda a manhã, está tão frio como no inverno, já há neve profunda nas colinas mais próximas…

A erupção de 1831 é a mais recente “erupção misteriosa” da Terra. Embora os cientistas soubessem que se tratava de um acontecimento importante que causou alterações climáticas e convulsões sociais, a identidade do vulcão responsável permaneceu desconhecida e ferozmente debatida, até agora.

Num novo estudo, uma equipa liderada por Will Hutchison, investigador da Universidade de St Andrews, analisou os registos do núcleo de gelo do evento de 1831 e identificou uma “correspondência perfeita das impressões digitais” dos depósitos de cinzas.

Os resultados do estudo foram apresentados num artigo publicado a semana passada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

“Só nos últimos anos é que desenvolvemos a capacidade de extrair fragmentos microscópicos de cinzas de núcleos de gelo polar e efetuar análises químicas detalhadas. São incrivelmente minúsculos, com cerca de um décimo do diâmetro de um cabelo humano”, explica Hutchison num comunicado da universidade.

Hutchison e a sua equipa conseguiram datar com precisão e fazer corresponder os depósitos do núcleo de gelo ao vulcão Zavaritskii, na remota e desabitada ilha de Simushir, parte das Ilhas Curilhas.

Estas ilhas são um território disputado entre a Rússia e o Japão. Atualmente controladas pela Rússia, funcionam como um posto militar estratégico.

Durante a Guerra Fria, num enredo que faz lembrar um filme de Bond, os soviéticos utilizaram Simushir como base secreta de submarinos nucleares, atracando os navios numa cratera vulcânica inundada.

“Analisámos a química do gelo com uma resolução temporal muito elevada. Isto permitiu-nos identificar o momento exato da erupção, na primavera/verão de 1831, confirmar que foi altamente explosiva e depois extrair os pequenos fragmentos de cinzas”, acrescenta Hutchison.

“Encontrar a correspondência demorou muito tempo e exigiu uma colaboração alargada com colegas do Japão e da Rússia, que nos enviaram amostras recolhidas nestes vulcões remotos há décadas”, nota o investigador.

“O momento no laboratório em que analisámos as duas cinzas juntas, uma do vulcão e outra do núcleo de gelo, foi um verdadeiro momento eureka. Não conseguia acreditar que os números eram idênticos”, conta Hutchison.

“Depois disso, passei muito tempo a investigar a idade e a dimensão da erupção nos registos de Kuril para me convencer verdadeiramente de que a correspondência era real“, admite.

Os resultados do estudo permitem identificar as Ilhas Kuril como uma região vulcânica pouco estudada mas extremamente produtiva.

O vulcão responsável pela erupção de 1831 era muito remoto, mas teve um impacto global significativo no clima e consequências graves para as populações humanas.

Identificar as fontes destas erupções misteriosas é crucial, pois permite aos cientistas cartografar e monitorizar as regiões da Terra com maior probabilidade de produzir eventos vulcânicos que alteram o clima.

“Há muitos vulcões como este, o que realça a dificuldade de prever quando ou onde poderá ocorrer a próxima erupção de grande magnitude. Como cientistas e como sociedade, temos de pensar em coordenar a resposta internacional quando ocorrer a próxima grande erupção, como a de 1831”, conclui.

 

in Wikipédia

domingo, maio 26, 2013

Um sismo profundo (o mais forte do ano), na zona de subducção das Curilhas, ocorreu esta madrugada

Localização do epicentro - fonte USGS

Recebido via e-mail do IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera):

No dia 24 de maio de 2013, pelas 05.44 UTC (06.44 horas em Portugal Continental), ocorreu um sismo de grande magnitude (8.3MW) na zona do Mar de Okhotsk, perto das ilhas Curilhas, com uma profundidade focal de cerca de 600 km. Este sismo é o de maior magnitude registado em 2013.

De acordo com o mecanismo focal já calculado pelo USGS, o sismo terá tido origem numa falha normal, a grande profundidade, consequência do movimento de subducção da placa do pacífico sob a placa norte-americana, que neste zona do globo convergem na direção Este-Sudeste - Oeste-Noroeste.

Este sismo foi detectado nas estações da rede sísmica nacional, tendo as primeiras ondas sido registadas às 06:56:08 (hora local) na estação sísmica de Bragança.

Aqui ficam exemplos de registos nas estações de Lamas de Olo, Casmilo/Condeixa, Montargil, Mafra, Vaqueiros, Porto Moniz (Madeira), Porto Santo e Rosais (S.Jorge, Açores):

(clicar para aumentar)