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sexta-feira, novembro 17, 2023

O Duque de Saldanha nasceu há 233 anos

   

João Carlos Gregório Domingos Vicente Francisco de Saldanha Oliveira e Daun  (Lisboa, 17 de novembro de 1790 - Londres, 20 de novembro de 1876), 1.º conde, 1.º marquês e 1.º duque de Saldanha, também conhecido por Marechal Saldanha, foi um oficial do Exército Português, no qual atingiu o posto de marechal, diplomata e um dos políticos dominantes do século XIX em Portugal, com uma carreira política que se iniciou na Guerra Civil Portuguesa (1828-1834) e só terminou com a sua morte em 1876. A sua longa carreira política, e os cargos de relevo que exerceu, fizeram dele o mais importante homem de estado do período da monarquia constitucional portuguesa, influenciando de forma substancial o rumo dos acontecimentos políticos em Portugal ao longo de meio século. Entre outros cargos e honrarias, foi marechal general do exército, par do reino, conselheiro de estado efetivo, ministro plenipotenciário em Londres, mordomo-mor da Casa Real, vogal do Supremo Conselho de Justiça Militar, vinte e quatro vezes ministro, assumindo designadamente as pastas da Guerra e dos Negócios da Fazenda, e, por quatro vezes, presidente do Conselho de Ministros de Portugal (em 1835, 1846 - 1849, 1851 - 1856 e em 1870). Dedicou-se ao estudo de temas filosóficos e, infelizmente, foi um dos pioneiros da homeopatia em Portugal. O marechal duque de Saldanha é lembrado na toponímia de inúmeras povoações e por um monumento nacional, na Praça Duque de Saldanha, em Lisboa, inaugurado a 18 de fevereiro de 1909 com imponente solenidade.

   

in Wikipédia

  

Brasão de Armas dos Duques de Saldanha - daqui

quarta-feira, novembro 15, 2023

Venceslau de Lima, geólogo e político monárquico, nasceu há 165 anos

         
Venceslau de Sousa Pereira de Lima (Porto, 15 de novembro de 1858 - Lisboa, 24 de dezembro de 1919), também conhecido por Wenceslau de Sousa Pereira de Lima ou por Venceslau de Lima, foi um geólogo, investigador da paleontologia e político português, que, entre outras funções, foi deputado, ministro e presidente do Conselho de Ministros (actual primeiro-ministro). Foi sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa

Biografia
Venceslau de Sousa Pereira de Lima, filho de José Joaquim Pereira de Lima, capitalista e comendador, e de D. Isabel Amália Tallone de Sousa Guimarães, nasceu no Porto a 15 de novembro de 1858. Oriundo de uma abastada família portuense, foi enviado muito jovem para o estrangeiro, tendo aí feito os seus estudos preparatórios e secundários. Terminados esses estudos, regressou a Portugal com uma formação voltada para as ciências naturais, bem distinta da formação que as escolas portuguesas então propiciavam. Matriculou-se em Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, completando o curso com elevada classificação. Requereu exame de licenciatura, defendendo com brilhantismo uma tese sobre carvões. Logo de seguida, a 26 de novembro de 1882, doutorou-se pelas mesmas Faculdade e Universidade.
Em 1883 concorreu para uma vaga de lente da Academia Politécnica do Porto, tendo apresentado no respectivo concurso de provas públicas uma dissertação sobre a função clorofilina. Tendo a prova sido considerada brilhante e distinta, foi nomeado para o lugar, iniciando uma carreira que duraria perto de 30 anos. Durante esse período regeu, com pequenas intermitências causadas pela sua actividade política, a cadeira de geologia daquele estabelecimento de ensino superior. Paralelamente, desenvolveu ali um conjunto de trabalhos de investigação pioneiros no domínio da paleontologia vegetal.
À época, a paleontologia era uma ciência nova e o estudo dos fósseis encontrados em território português era muito incipiente, devendo-se essencialmente ao trabalho de alguns investigadores estrangeiros que tinha colectado amostras em Portugal. Os únicos trabalhos publicados por investigadores portugueses resumiam-se aos estudos sobre a flora fóssil do Carbonífero feitos por Bernardino António Gomes.
Venceslau de Sousa Pereira de Lima teve o mérito de reunir os trabalhos anteriormente publicados por estrangeiros, nomeadamente por Daniel Sharpe, Charles Bunbury e Oswald Heer, e a partir dessa base incipiente desenvolver um profícuo estudo da geologia e paleontologia vegetal de Portugal, com destaque para a referente aos terrenos carboníferos.
A sua dedicação a estes estudos levaram, em 1886, à sua nomeação como engenheiro da Secção dos Trabalhos Geológicos, encarregado do estudo da flora fóssil portuguesa. Foi, nessas funções, um dos colaboradores de Carlos Ribeiro, um dos pioneiros da geologia portuguesa.
Quando em 1908 faleceu o general Joaquim Filipe Nery da Encarnação Delgado, à altura presidente da Comissão dos Serviços Geológicos, passou a exercer aquele cargo. O seu importante trabalho científico valeu-lhe a nomeação como sócio efectivo da Academia Real das Ciências de Lisboa e do Instituto de Coimbra.
Sendo uma personalidade multifacetada e com grande capacidade de intervenção na vida social, Venceslau de Sousa Pereira de Lima não se limitou à sua carreira científica: pouco depois de iniciar funções docentes filiou-se no Partido Regenerador, tendo de seguida desempenhado o cargo de governador civil dos distritos de Vila Real, Coimbra e Porto. Foi também eleito deputado pelos círculos do norte de Portugal em diversas legislaturas. Em 1901 foi elevado a Par do Reino, tendo tomado assente na respectiva Câmara na sessão de 17 de março daquele ano.
As suas intervenções nas Cortes centraram-se nos temas relacionados com a instrução pública, pugnando pela reforma do Conselho Superior de Instrução Pública, órgão de que era membro.
Quando em 1903 coube a Ernesto Rodolfo Hintze Ribeiro assumir a presidência do Conselho de Ministros, convidou Venceslau para assumir o cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros, a que ele acedeu. Durante o seu mandato conseguiram-se notáveis progressos no relacionamento com o Reino Unido e celebrou-se um tratado comercial com a Alemanha. Voltou à pasta dos Negócios Estrangeiros em 1905.
Em 1909, já em pleno período de implosão da monarquia constitucional portuguesa foi nomeado para formar governo, presidindo a um dos últimos executivos do regime. Durante a sua efémera passagem pela presidência, acumulou as funções de Ministro do Reino. Sendo Conselheiro de Sua Majestade Fidelíssima, Par do Reino, Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Reino foi, também, nomeado Conselheiro de Estado a 22 de dezembro de 1909 (Diário do Governo, n.º 292, 24 de dezembro de 1909). Ao longo da sua carreira política, foi também membro do Conselho de Estado, presidente da Câmara Municipal do Porto, director da Escola Médico-Cirúrgica do Porto e provedor da Santa Casa da Misericórdia da mesma cidade. Foi ainda vice-presidente da comissão executiva da Assistência Nacional aos Tuberculosos e vogal da comissão do Patronato Portuense.
Foi também um esclarecido viticultor, introduzindo nas suas importantes propriedades vários melhoramentos técnicos, alguns pioneiros em Portugal. Nesta área de actividade foi presidente da Comissão AntiFiloxérica do Norte, introduzindo nessas funções diversas inovações técnicas na luta contra aquela praga das vinhas.
Intransigente nas suas ideias políticas, com a implantação da República Portuguesa, não querendo de forma alguma colaborar com um regime com que não concordava, demitiu-se de todos os cargos públicos que desempenhava.
Afastado da actividade política, durante os últimos anos da sua vida, a sua actividade intelectual orientou-se para os trabalhos de investigação científica, preparando um estudo sobre os terrenos carboníferos portugueses, que não pôde terminar por ter entretanto falecido. Teve colaboração na revista A semana de Lisboa (1893-1895).
Casado desde 1879 com D. Antónia Adelaide Ferreira, filha de António Bernardo Ferreira (III) e neta da sua homónima D. Antónia Adelaide Ferreira (1811-1896), a famosa "D. Antónia" ou simplesmente "Ferreirinha", Venceslau de Lima viveu os últimos anos de vida no exílio, na cidade de Pau, em França, e morreu em Lisboa, a 24 de dezembro de 1919. Está sepultado no Porto, no Cemitério da Lapa.
    
Obras publicadas
Durante perto de 30 anos o Doutor Wenceslau de Lima publicou um conjunto vasto de trabalhos sobre paleontologia e geologia dos depósitos carboníferos, sendo dignos menção os seguintes:
  • Notícia sôbre os vegetais fósseis da flora neocomiana do solo português;
  • Monografia do gênero Dicranophillum (Sistema Carbónico);
  • Notice sur une algue palèozoique;
  • Notícia sôbre as camadas da série permo-carbónica do Bussaco;
  • Note sur une nouvel Eurypterus rothliegendes.
        

terça-feira, novembro 07, 2023

Hintze Ribeiro nasceu há 174 anos...

 

Ernesto Rodolfo Hintze Ribeiro (Ponta Delgada, 7 de novembro de 1849 - Lisboa, 1 de agosto de 1907) foi um político português de origem açoriana. O seu nome aparece por vezes grafado como Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro, Ernesto Rudolfo Hintze Ribeiro, Ernesto Rudolpho Hintze Ribeiro e Ernst Rudolf Hintze Ribeiro.
Distinto parlamentar e par do Reino, procurador-geral da Coroa, ministro das obras públicas, das finanças e dos negócios estrangeiros e líder incontestado do Partido Regenerador, por três vezes assumiu o cargo de Presidente do Conselho (equivalente hoje ao lugar de primeiro-ministro). Foi um dos políticos dominantes da fase final da Monarquia Constitucional, ocupando a presidência do ministério mais tempo que qualquer outro naquele período.
A ele se devem importantes reformas, algumas das quais ainda perduram, tais como as autonomias insulares (1895), o regime das farmácias e a criação do regime florestal (1901). O Decreto de 24 de dezembro de 1901, que regula o regime florestal, ainda está em vigor. Feito Conselheiro de Estado efetivo em 1891, recebeu múltiplas condecorações, entre as quais a grã-cruz da Torre e Espada.
Foi presidente da Comissão Central do 1.º de Dezembro de 1640, no período de 14 de novembro de 1900 até à data da sua morte, e sócio efetivo da Academia Real de Ciências.
 
          

segunda-feira, novembro 06, 2023

O primeiro Duque de Loulé nasceu há 219 anos


 

D. Nuno José Severo de Mendonça Rolim de Moura Barreto, nono conde de Vale de Reis, segundo marquês de Loulé e primeiro duque de Loulé, (Lisboa, 6 de novembro de 1804 - Lisboa, 22 de maio de 1875) foi um importante nobre e político português no tempo da monarquia Constitucional.
Líder do Partido Histórico, foi por diversas vezes ministro e, por três vezes, primeiro-ministro de Portugal (1856-1859, 1860-1865 e 1869-1870).

Filho do primeiro marquês de Loulé, Agostinho de Moura Barreto, nasceu no seio de uma antiga família nobre. Recebeu um educação militar, tendo frequentado o Colégio Militar.
Em 1821, já era alferes de Cavalaria, tendo estado ao lado do infante D. Miguel na Vilafrancada. Recebeu então, pela sua participação exemplar, a "medalha da poira" e o título de conde de Vale dos Reis. Após a morte do seu pai, recebeu do rei D. João VI, em 1824, honras, títulos e dignidades, tornando-se gentil-homem da Câmara do Rei. Dois anos depois, por carta régia de D. Pedro IV, foi eleito par do Reino.
Conhecido pela sua beleza durante a juventude, casou-se, em 5 de dezembro de 1828, com a princesa Ana de Jesus Maria de Bragança, filha de D. João VI e da rainha D. Carlota Joaquina. Este casamento foi visto pelas forças conservadoras (absolutistas) como um escândalo. Por um lado, embora Moura Barreto fosse nobre, não pertencia a uma família real europeia (ainda que ele mesmo fosse descendente da família real portuguesa), e por isso o seu estatuto era diferente do da Infanta. Por outro, a infanta já se encontrava "de esperanças" quando casou.
Esta hostilidade agravou-se quase automaticamente devido ao facto do marquês de Loulé ter decidido apoiar D. Pedro IV na guerra civil. Por essa razão, exilou-se após a tomado do poder de D. Miguel, e participou ao lado dos liberais na guerra civil de 1832-34.

terça-feira, outubro 31, 2023

Indira Gandhi foi assassinada há trinta e nove anos...

      
Indira Priyadarshini Gandhi (Allahabad, 19 de novembro de 1917 - Nova Deli, 31 de outubro de 1984) foi primeira-ministra da Índia entre 1966 e 1977 e entre 1980 e 1984.
  
(...)
 
Os anos seguintes de seu Governo ficaram marcados por um rompimento grave nas relações entre os hindus e sikhs que levariam finalmente a seu assassinato. Alarmados com o aumento de popularidade de um líder missionário sikh, figura altamente politizada, Sant Jarnail Singh Bhindranwale, os líderes da Índia mais se perturbaram com a proclamação por parte dele de que os Sikhs eram uma comunidade soberana que devia se autogovernar.
Temendo o apoio do Paquistão ao movimento, em junho de 1984 Gandhi ordenou a Operação Estrela Azul, um assalto militar ao santuário sagrado em Amritsar intitulado Harmindar Sahib ou Templo de Ouro, templo mais importante de prece para os Sikh, que fora ocupado por Sant Jarnail Singh e os seus partidários e militantes e transformado em esconderijo secreto de armas. Gandhi deu ordem ao Exército para irromper pelo santuário e os ocupantes recusaram-se a sair. Na luta que se seguiu houve 83 soldados e 493 ocupantes mortos, incluindo os líderes, além de numerosos feridos.
Os Sikhs encheram-se de raiva com a profanação do santuário, que teve consequências dramáticas, pois a 31 de outubro de 1984, Indira Gandhi foi assassinada por dois dos seus guarda-costas Sikh, Beant Singh e Satwant Singh. Morreu minutos depois de entrar no All India Institute for Medical Sciences (AIIMS), em Nova Deli. Beant Singh foi morto durante o assassinato e Satwant Singh condenado a morrer enforcado, em 1988. Em Nova Deli, começaram motins anti-sikh, em que mais de dois mil sikhs morreram. Muitos membros do partido do Governo, e do Congresso estiveram implicados nos motins, alguns ainda aguardam julgamento nos tribunais. Indira parece ter tido uma premonição de sua morte pois na própria noite em que morreu, num discurso, disse: "I don't mind if my life goes in the service of the nation. If I die today, every drop of my blood will invigorate the nation», ou seja, «Não me importa se perco a vida ao serviço da nação. Se morrer hoje, cada gota de meu sangue revigorará a nação.»
     

quinta-feira, outubro 26, 2023

Marcello Caetano, o último primeiro-ministro da II República, morreu há 43 anos

     
Marcello José das Neves Alves Caetano (Lisboa, 17 de agosto de 1906 - Rio de Janeiro, 26 de outubro de 1980) foi um jurisconsulto, professor de direito e político português. Proeminente figura durante o regime salazarista, foi o último Presidente do Conselho (primeiro-ministro) do Estado Novo.
       

domingo, outubro 08, 2023

Clement Attlee morreu há 56 anos

  
Clement Richard Attlee, 1.º Conde Attlee (Putney, 3 de janeiro de 1883Londres, 8 de outubro de 1967) foi político inglês e primeiro-ministro do Reino Unido entre os anos de 1945 e 1951.
Sucedeu a Winston Churchill como primeiro-ministro, após a derrota dos Conservadores para o Partido Trabalhista, nas eleições de maio de 1945. Ao longo da guerra, Attlee provaria ser um aliado leal de Churchill, apesar de pertencerem a partidos rivais. Enquanto Churchill se notabilizou pela condução da Inglaterra durante a II Guerra, coube a Attlee levar um estado falido pelo esforço de guerra à prosperidade económica. Foi o grande construtor do Estado Britânico após o conflito, ao instituir as bases do estado do bem-estar social no Reino Unido. Foi o responsável pela criação do Serviço Nacional de Saúde e pela nacionalização de minas de carvão, estradas e ferro. Teve entre seus colaboradores nestas reformas sociais e económicas John Maynard Keynes e Aneurin Bevan. As instituições criadas por Attlee só seriam parcialmente revogadas por Margaret Thatcher, com a emergência do neo-liberalismo.
A sua política externa teve quatro preocupações básicas: a reconstrução da Europa do pós-guerra, o começo da guerra fria, o estabelecimento da ONU e a descolonização. De estilo político conciliador, Attlee procurou manter boas relações com os EUA e com a URSS. Participou das fases subsequentes à Conferência de Potsdam ao lado de Truman e Estaline. Apoiou o Plano Marshall para a reconstrução da Europa. Outra marca de seu governo foi o processo de descolonização, quando Índia, Birmânia, Ceilão e Paquistão obtiveram a independência.
Foi eleito por votação de professores, em 2004, o melhor primeiro-ministro britânico do século XX fora de tempo de guerra. Foi enterrado na Abadia de Westminster.



quinta-feira, agosto 17, 2023

Marcello Caetano, último primeiro-ministro da II república, nasceu há 117 anos

       
Marcello José das Neves Alves Caetano (Lisboa, 17 de agosto de 1906 - Rio de Janeiro, 26 de outubro de 1980) foi um jurisconsulto, professor de direito e político português. Proeminente figura durante o regime salazarista, foi o último Presidente do Conselho (primeiro-ministro) do Estado Novo.
        

terça-feira, agosto 01, 2023

Hintze Ribeiro morreu há 116 anos...

     
Ernesto Rodolfo Hintze Ribeiro (Ponta Delgada, 7 de novembro de 1849 - Lisboa, 1 de agosto de 1907) foi um político português de origem açoriana. O seu nome aparece por vezes grafado como Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro e Ernst Rudolf Hintze Ribeiro.
Distinto parlamentar e par do Reino, procurador-geral da Coroa, ministro das obras públicas, das finanças e dos negócios estrangeiros e líder incontestado do Partido Regenerador, por três vezes assumiu o cargo de presidente do Conselho (equivalente hoje ao lugar de primeiro-ministro). Foi um dos políticos dominantes da fase final da Monarquia Constitucional, ocupando a presidência do ministério mais tempo que qualquer outro naquele período.
A ele se devem importantes reformas, algumas das quais ainda perduram, tais como as autonomias insulares (1895), o regime das farmácias e a criação do regime florestal (1901). O Decreto de 24 de dezembro de 1901, que regula o regime florestal, ainda está em vigor. Feito Conselheiro de Estado efetivo em 1891, recebeu múltiplas condecorações, entre as quais a grã-cruz da Torre e Espada.
Foi presidente da Comissão Central 1.º de Dezembro de 1640, no período de 14 de novembro de 1900 até à data da sua morte, e sócio efetivo da Academia Real de Ciências.
   
(...)
   
A carta de demissão enviada por Hintze Ribeiro ao Rei é ainda hoje considerada como um dos mais importantes documentos políticos da época. Após o abandono da vida política ativa, Hintze Ribeiro viajou pelo estrangeiro e, ao regressar a Portugal ainda participou em alguns debates parlamentares atacando a política do seu ex-correlegionário João Franco.
Por esse tempo Hintze Ribeiro era um dos vultos mais prestigiosos do campo monárquico. Depois de deixar o poder, sentindo-se doente, fez uma viagem ao estrangeiro para se distrair, mas a vida já se lhe ia extinguindo. Tendo falecido o conde de Casal Ribeiro, que era seu amigo íntimo, quis, apesar do seu estado de saúde, acompanhá-lo ao cemitério, mas pouco depois do cadáver ter entrado no jazigo, Hintze Ribeiro caiu fulminado, ao encaminhar-se para a porta do cemitério.
A imprensa política de todos os partidos, até mesmo os que lhe eram mais adversos, prestaram-lhe as maiores homenagens, publicando artigos elogiosos, lastimando tão grande perda para a política portuguesa.
Falecendo com apenas 57 anos de idade, Hintze Ribeiro possuía já as mais altas distinções e condecorações nacionais e estrangeiras, entre elas o Tosão de Ouro e as grã-cruzes da Torre e Espada, da Legião de Honra e da ordem dos Serafins.

Banda autonómica dos Açores na Monarquia Constitucional (daqui)
      

terça-feira, julho 25, 2023

Mota Pinto nasceu há 87 anos


Carlos Alberto da Mota Pinto (Pombal, 25 de julho de 1936 - Coimbra, 7 de maio de 1985) foi um juristapolítico português

   

(...)

 

Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, onde se licenciou e doutorou (1970) em Ciências Jurídicas, com uma tese sobre Cessão da Posição Contratual.

Foi um teórico influente no campo do Direito Civil, lecionando naquela Faculdade as disciplinas de Teoria Geral do Direito Civil, Direito das Obrigações, Direitos Reais e Direito Público da Economia. 

    

(...)   

    

Depois do 25 de Abril de 1974, Mota Pinto ajudou a fundar o Partido Popular Democrático (PPD), atual Partido Social Democrata (PPD/PSD), aderindo assim ao projeto de Francisco Sá Carneiro, Francisco Pinto Balsemão e Joaquim Magalhães Mota de criar um partido político social-democrata em Portugal.

Pelo mesmo partido, Mota Pinto foi eleito deputado à Assembleia Constituinte e, novamente eleito à Assembleia da República, cuja designação se deve, aliás, a uma proposta legislativa por si apresentada, durante os próprios trabalhos da Constituinte.

Foi presidente do Grupo Parlamentar do PSD.

Ao PSD deu também o slogan «Hoje somos muitos, amanhã seremos milhões», incluído no seu discurso no primeiro comício do partido, realizado no Pavilhão dos Desportos, em Lisboa, em 1974.

Entrou em rutura com Sá Carneiro no Congresso de Aveiro, em dezembro de 1975, tendo-se posteriormente reconciliado com ele e com o partido. À data da morte de Sá Carneiro era mandatário nacional da candidatura presidencial do candidato da AD, general Soares Carneiro.

Foi igualmente ministro do Comércio e Turismo no I Governo Constitucional (Mário Soares, 1976–1977), 152.º primeiro-ministro do IV Governo Constitucional (1978-1979), nomeado por iniciativa presidencial de Ramalho Eanes, e ainda vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa Nacional do IX Governo Constitucional (Mário Soares, 1983–1985).

Liderou a Comissão Política Nacional do PSD, entre 1984 e 1985, depois de, entre 1983 e 1984, ter liderado o partido, juntamente com Nascimento Rodrigues e Eurico de Melo, na chamada "troika".

Dado como provável vencedor das eleições que se disputariam no final de maio de 1985 no congresso da Figueira da Foz, em que tinha como adversário João Salgueiro, Mota Pinto faleceu subitamente dias antes da realização desse congresso, o qual resultaria na chefia do PSD por Aníbal Cavaco Silva.

Casou com Maria Fernanda Cardoso Correia, provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa de janeiro de 1992 a 1 de janeiro de 1996, da qual teve três filhos: Paulo, Nuno e Alexandre.

 

quarta-feira, junho 21, 2023

Benazir Bhutto nasceu há setenta anos...



    
Benazir Bhutto (Karachi, 21 de junho de 1953 - Rawalpindi, 27 de dezembro de 2007) foi uma política paquistanesa, duas vezes primeira-ministra de seu país, tornando-se a primeira mulher a ocupar um cargo de chefe de governo de um Estado muçulmano moderno.
    
(...)
    
Benazir Bhutto foi morta no dia 27 de dezembro de 2007, durante um atentado suicida em Rawalpindi, cidade próxima de Islamabad, quando retornava de um comício no Parque Liaquat (Liaquat Bagh). O parque é assim chamado em homenagem ao primeiro-ministro paquistanês Liaquat Ali Khan, também assassinado no local, em 1951.
O ataque ocorreu enquanto o carro da ex-primeira-ministra andava lentamente, seguido por simpatizantes, e Benazir acenava para a multidão, pelo teto aberto do veículo. Bhutto foi alvejada no pescoço e no peito, possivelmente por um homem bomba que, em seguida, se explodiu próximo do veículo, provocando a morte de cerca de 20 pessoas. Um dirigente da Al-Qaeda no Afeganistão reivindicou a responsabilidade pelo ato.
   

terça-feira, junho 20, 2023

Xanana Gusmão - 77 anos

    

José Alexandre "Kay Rala Xanana" Gusmão (Manatuto, 20 de junho de 1946) é um político timorense. Foi um dos principais ativistas pela independência de seu país, tendo sido o 1° presidente durante largos anos na resistência timorense, durante a ocupação indonésia.
Durante o início da década de 90, Gusmão envolveu-se na diplomacia e na utilização dos meios de comunicação, instrumento utilizado para alertar o mundo para o massacre ocorrido no cemitério de Santa Cruz em 12 de novembro de 1991. Gusmão foi entrevistado pelos media internacionais e chamou a atenção do mundo inteiro.
Com o seu alto perfil, Gusmão converte-se em objetivo principal do governo indonésio. Uma campanha para capturá-lo finalmente ocorre em novembro de 1992. Em novembro de 1992 foi preso, submetido à tortura do sono, julgado e condenado a prisão perpétua pelo governo indonésio. Foi-lhe negado o direito a se defender. Passou sete anos na prisão de Cipinang em Jacarta. A sua libertação, no entanto, ocorreria em fins de 1999. Durante o cativeiro foi visitado por representantes das Nações Unidas e altos dignitários como Nelson Mandela.
   
Referendo e administração das Nações Unidas
Em 30 de agosto de 1999 é realizado um referendo em Timor-Leste, com a esmagadora maioria da população a votar pela independência do território. Perante isso, os militares indonésios e os grupos paramilitares por eles apoiados e armados começaram uma campanha de terror que trouxe consequências terríveis. Apesar do governo indonésio negar estar por detrás desta ofensiva, foi condenado internacionalmente por não evitar a ação. Como resultado da pressão diplomática internacional, uma força de pacificação da ONU, constituída maioritariamente por soldados australianos entrou em Timor-Leste e Gusmão foi libertado. Com o seu regresso a Díli começou uma campanha de reconciliação e de reconstrução.
Gusmão foi convidado para governar juntamente com a administração da ONU até 2002. Durante este tempo promoveu continuamente campanhas para a unidade e a paz dentro de Timor-Leste e assumiu-se como o líder de facto na nova nação.
    
Eleição como presidente (2002) até a atualidade 
As eleições presidenciais, em abril de 2002, deram-lhe a vitória de forma retumbante, convertendo-o no primeiro presidente de Timor-Leste quando o país se tornou formalmente independente, em 20 de maio de 2002.
No início de 2007 anuncia que não é candidato à reeleição. Funda, com o objetivo de concorrer às eleições legislativas de 30 de junho, um novo partido político cuja sigla é CNRT, a mesma do antigo Conselho Nacional de Resistência Timorense, o que causa polémica. Do ato eleitoral sai indigitado.
Depois da libertação do jugo indonésio, foi o primeiro presidente de Timor Leste e ocupou mais tarde o cargo de primeiro-ministro.
   

 


segunda-feira, junho 05, 2023

Pinheiro de Azevedo nasceu há 106 anos

   
José Baptista Pinheiro de Azevedo (Luanda, 5 de junho de 1917 - Lisboa, 10 de agosto de 1983), foi um oficial da Marinha e político português. Foi primeiro-ministro de Portugal do VI Governo Provisório.

Nascimento
Pinheiro de Azevedo nasceu a 5 de junho de 1917, na cidade de Luanda, província ultramarina de Angola, de pais de etnia judaica, originários de Viseu e de Braga. Era irmão do escritor Eduardo Baptista Pinheiro de Azevedo. 

Carreira 
Entrou na Escola Naval em 1 de outubro de 1934, e foi promovido a oficial em 1937. Foi professor de Astronomia e Navegação na Escola Naval e lecionou no Curso de Capitães da Escola Náutica Infante D. Henrique. Colaborou em livros técnicos, sobre Trigonometria, Meteorologia e Navegação.
Integrou o Movimento de Unidade Democrática e foi apoiante das candidaturas de José Norton de Matos, Manuel Quintão Meireles e Humberto Delgado. Serviu na Guerra Colonial, tendo sido encarregado da defesa marítima de Angola.
Liderou a defesa marítima de Santo António do Zaire, em Angola, e de 1968 a 1971 exerceu a função de adido naval à Embaixada de Portugal em Londres. A partir de 1970, foi promovido a capitão-de-mar-e-guerra, e, em 1972, tornou-se comandante dos Fuzileiros Navais. Depois da Revolução de 25 de Abril de 1974, foi nomeado para a Junta de Salvação Nacional, tendo sido promovido a chefe do Estado-Maior três dias depois. 
Empenhado na democratização do país durante o Processo Revolucionário em Curso (PREC), assumiu funções como primeiro-ministro do VI Governo Provisório desde 29 de Agosto de 1975. Contribui, igualmente, para a derrota do "gonçalvismo" e defendeu a normalização da vida nacional. No final do seu mandato foi substituído interinamente, entre 23 de junho e 23 de julho de 1976, por Vasco Almeida e Costa, ministro da Administração Interna.
Pinheiro de Azevedo foi, posteriormente, candidato a Presidente da República, sem apoios partidários, nas presidenciais de 1976, nas quais alcançou cerca de 14% dos votos. 
Um ano depois tornou-se presidente do Partido da Democracia Cristã, fundado por José Eduardo Sanches Osório, cargo em que permaneceu até à sua morte.
Ficou conhecido como o almirante sem medo. 

Presidenciais de 1976
Resultados eleitorais das eleições presidenciais de 27 de junho de 1976
 Citações
  • É apenas fumaça!... A discursar num comício no Terreiro do Paço, em 10 de novembro de 1975, quando explodiu uma bomba de gás lacrimogéneo que rebentou junto ao Ministério da Justiça, na esquina da Rua do Ouro.
  • Fui sequestrado. Já duas vezes. Não gosto de ser sequestrado. É uma coisa que me chateia. E agora vou almoçar, pá. 13 de novembro de 1975, quando as tropas do Copcon – Comando Operacional do_Continente, uma polícia política da extrema-esquerda, libertaram os deputados do parlamento, pois uma manifestação do movimento operário mantivera-os fechados durante toda a noite.
  • O povo é sereno. O povo é sereno.

sábado, maio 27, 2023

Nehru morreu há 59 anos


Jawaharlal Nehru (Allahabad, 14 de novembro de 1889 - Nova Délhi, 27 de maio de 1964), também conhecido como Pandit (professor) Nehru ou Pandita Nehru, foi um estadista indiano, que foi o primeiro (e até hoje o de mandato mais longo) primeiro-ministro da Índia, desde 1947 até 1964. Líder da ala socialista no congresso nacional indiano durante e após o esforço da Índia para a independência do império britânico, tornou-se no primeiro-ministro da Índia na independência, de 15 de agosto de 1947 até à sua morte.
Figura líder do movimento de independência indiano, Nehru foi eleito pelo Partido do Congresso para assumir o posto inaugural de primeiro-ministro da Índia independente, e reeleito quando Partido do Congresso ganhou a primeira eleição geral da Índia em 1952. Como um dos fundadores do Movimento Não-Alinhado, foi também uma figura importante na política internacional do pós-guerra.
Filho de um rico advogado e político indiano, Motilal Nehru, Nehru tornou-se um líder da ala esquerda do Congresso Nacional Indiano, quando ainda bastante jovem. Ascendendo até tornar-se presidente do Congresso, sob a orientação de Mahatma Gandhi, Nehru foi um líder carismático e radical, defendendo a independência completa em relação ao Império Britânico. Na longa luta pela independência da Índia, em que foi uma peça chave, Nehru foi finalmente reconhecido como herdeiro político de Gandhi. Ao longo de sua vida, Nehru foi também um defensor do socialismo fabiano e do setor público como o meio pelo qual os desafios de longa data do desenvolvimento económico poderiam ser abordados pelas nações mais pobres.
Nehru foi educado na Grã-Bretanha, na escola independente para rapazes Harrow School e no Trinity College, em Cambridge.
Nehru teve a singular honra de levantar a bandeira da Índia independente em Nova Deli, a 15 de agosto de 1947, no dia em que a Índia obteve a independência. A valoração de Nehru das virtudes da democracia parlamentar, o secularismo e liberalismo, juntamente com as suas preocupações com os pobres e desfavorecidos, são reconhecidos como o que o guiou na formulação de políticas que influenciam a Índia até o presente. Também refletem as origens socialistas da sua visão de mundo. Sua longa permanência foi fundamental na modelagem das tradições e das estruturas da Índia independente. Ele é muitas vezes referido como o "Arquiteto da Índia Moderna". A sua filha, Indira Gandhi, e o seu neto, Rajiv Gandhi, também exerceram o cargo de primeiros-ministros da Índia.
Gita Sahgal - uma escritora e jornalista que aborda questões do feminismo, fundamentalismo e racismo, diretora de premiados documentários e ativista de direitos humanos - é sua sobrinha-neta.
Filho de Motilal Nehru, um destacado dirigente do Congresso, Jawaharlal regressou à Índia após formar-se na Universidade de Cambridge para exercer a advocacia antes de ser introduzido na política por seu pai, chegando a ser o braço-direito de Mohandas Gandhi e alcançando a presidência do Congresso pela primeira vez em 1929.
Preso 32 meses depois dos eventos de 1942, Nehru formou o primeiro governo hindu, em julho de 1946, com a oposição da Liga Muçulmana, que aspirava a criar um estado separado (o Paquistão), em 1947.
Como primeiro-ministro, Nehru inaugurou uma política exterior de não-alinhamento, convertendo-se no fundador e dirigente desse movimento. No entanto, ao mesmo tempo também fez reivindicações territoriais que colocavam a Índia na posição de um império agressor e não de uma nação pacífica. Reivindicou a Caxemira, apesar da oposição do Paquistão e da população do território, o que levou à primeira guerra entre os dois países (1947-49). Também anexou Hyderabad, em setembro de 1948, e invadiu os território portugueses de Goa (em dezembro de 1961). A invasão do território português, destruiu a imagem de pacifista que Nehru tinha criado ao longo dos anos. No ocidente, ele passou a ser visto como um pouco mais que um hipócrita.
Depois que Nehru demonstrou que a Índia não tinha intenções pacíficas, iniciou-se a confrontação com a China que, precavida com as ações militares contra Portugal e Paquistão, reuniu forças militares que permitiram a vitória militar da República Popular da China sobre a Índia, em outubro de 1962. Nehru, tentou ainda criar uma política de boa vizinhança com os países limítrofes, mas a sua imagem internacional estava já completamente desgastada quando faleceu.
    

quarta-feira, maio 10, 2023

Churchill chegou a primeiro-ministro há 83 anos


Sir Winston Leonard Spencer-Churchill (Oxfordshire, 30 de novembro de 1874 - Londres, 24 de janeiro de 1965) foi um político conservador e estadista britânico, famoso principalmente por sua atuação como primeiro-ministro do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial. Ele foi primeiro-ministro por duas vezes (1940-45 e 1951-55). Orador e estadista notável, ele também foi Oficial no Exército Britânico, historiador, escritor e artista. Ele é o único primeiro-ministro britânico a ter recebido o Prémio Nobel de Literatura e o primeiro cidadão honorário dos Estados Unidos.

(...)

Em 10 de maio de 1940, Churchill chegou ao cargo de primeiro-ministro britânico, contando 65 anos de idade. Seus discursos memoráveis, chamando o povo britânico à resistência e sua crescente aproximação com o então presidente americano Franklin Delano Roosevelt, visando a que os Estados Unidos da América ingressassem definitivamente na guerra, foram essenciais para o êxito dos aliados. O exemplo de Churchill e sua incendiária oratória permitiram-lhe manter a coesão do povo britânico nas horas de prova suprema que significaram os bombardeamentos sistemáticos da Alemanha sobre Londres e outras cidades do Reino Unido. Devido a estes bombardeamentos, em 20 de julho de 1944, mesmo dia em que Hitler sofreria um grave atentado contra sua vida, Churchill consideraria a possibilidade de utilizar gás venenoso em civis alemães, contrariando as regras internacionais da guerra moderna, sendo fortemente desencorajado pelos generais britânicos, abandonando a ideia ao final. Nessa época, ele comandava a Inglaterra de um prédio de escritórios simples, que não fora projetado para seu conforto, passando as manhãs deitado na cama, tomando banho numa casa-de-banho separado de seu quarto, de forma tal que às vezes oficiais ingleses encontravam-no andando pelo prédio seminu e molhado. A má alimentação de Churchill, que passava o dia fumando charutos e bebendo whiskies, apavorava o seu médico.
     
Brasão de Winston Spencer-Churchill