No princípio centrou sua atenção nos processos energéticos das partículas subatómicas, incluídos os
eletrões,
positrões e raios cósmicos. Cedo se envolveu em assuntos
políticos, preocupado pelo auge dos
nazis na
Alemanha. Em 1936 mostrou ser partidário dos republicanos, depois do início da
guerra civil espanhola.
Ao herdar a fortuna do pai, falecido em 1937, não perdeu nenhuma
oportunidade de subvencionar diversas organizações antifascistas.
Dececionado pelo comportamento dispensado aos cientistas pela ditadura
estalinista, acabou por separar-se das associações
comunistas a que esteve vinculado. Em 1939
Albert Einstein e
Leo Szilard advertiram-no a respeito da terrível ameaça que tinha suposto para a humanidade sobre a possibilidade de que o
regime nazi
fosse o primeiro a dispor de uma bomba atómica. Oppenheimer começou
então a pesquisar tenazmente sobre o processo de obtenção de
urânio-235, a partir de minerais de
urânio, ao mesmo tempo que determinava a massa crítica de urânio requerida para a bomba.
Em 1942 integrou o Projeto Manhattan, destinado a gerir a investigação e o desenvolvimento por parte de
cientistas britânicos e norte-americanos da
energia nuclear
com fins militares. A sede central, o laboratório secreto de Los
Alamos, no Novo México, foi escolhida pelo próprio Oppenheimer. Depois do
sucesso da prova efetuada em Alamogordo, em 1945, demitiu-se de
diretor do projeto.
Dois anos depois foi eleito presidente da Comissão para a Energia
Atómica do país, cargo que exerceu até 1952. Um ano mais tarde,
devido a sua antiga vinculação com os comunistas, foi vítima da
caça às bruxas de
McCarthy, e foi destituído da presidência da comissão. Participou da 8ª e 10ª
Conferência de Solvay, e foi presidente da 13ª conferência, em 1964.
Os últimos anos de sua vida foram dedicados à reflexão sobre os problemas surgidos da relação entre a
ciência e a
sociedade. Morreu, de
cancro na garganta, aos 62 anos de idade.
“Now I am become Death, the destroyer of worlds”
Oppenheimer