O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Portugal foi-nos roubado - João Ferreira-Rosa Portugal foi-nos roubado Há que dizê-lo a cantar Para isso nos serve o Fado Para isso e para não chorar 5 de outubro que treta O que foi isso afinal Dona Lisboa de Opereta Muito chique por sinal Sou português e por tal Nunca fui republicano O que eu quero é Portugal Para desfazer o engano Os heróis dos republicanos Banqueiros, tropa, doutores No estado em que ainda estamos Só lhe devemos favores Outubro, maio e abril Cinco, dois oito, dois cinco Reina a canalha mais vil Neste pano verde e tinto Sou português e por tal Nunca fui republicano O que eu quero é Portugal Para desfazer o engano.
José Maria Viana Dionísio (Lisboa, 6 de dezembro de 1922 - Lisboa, 8 de janeiro de 2003), foi um ator português,
de teatro de revista, cinema e televisão. Foi, também, pintor, expondo
em Portugal e no estrangeiro. Numa das suas exposições, em Valladolid, na Galeria Velázquez, vendeu integralmente toda a coleção.
José Viana recebeu por seis vezes o Prémio Bordalo, ou Prémio da Imprensa, atribuídos pela Casa da Imprensa, metade deles como ator e a outra metade como autor, sempre na categoria "Teatro de Revista":
Prémio Bordalo (1967), partilhado com Aníbal Nazaré e Eugénio Salvador, pela peça Pão, Pão, Queijo, Queijo, considerada "Melhor espetáculo". Nessa mesma ocasião seriam galardoados os atores Mariema e Raul Solnado.
Dois Prémio Bordalo (1968), um como ator, acompanhado pela atriz Florbela Queirós, e outro, como autor, novamente partilhado com Aníbal Nazaré e Eugénio Salvador, agora pela peça Grande Poeta é o Zé, considerada "Melhor espetáculo".
Mais dois Prémio Bordalo (1970), um como ator na peça Pimenta na Língua, acompanhado desta feita pela atriz Maria do Céu Guerra, e outro, como autor, agora apenas repete parceria com Aníbal Nazaré, nesta ocasião pela peça Pimenta na Língua. Desta vez seria ainda premiado o cenógrafo Mário Alberto.
Na década de 50
foi considerada "menina-prodígio", começou a cantar desde muito cedo,
com 11 anos de idade, em espetáculos de beneficência, estreando-se no fado aos 13 anos.
Assinou contrato com a editora RCA, em 1962, para a gravação do primeiro disco.
Algumas das suas canções mais conhecidas são "Mouraria", "Deixa
Que Te Cante Um Fado", "Fado, Dor e Sofrimento", "Passeio à Mouraria" ou
"Saudade, Silêncio e Sombra".
Teresa Tarouca atuou em vários países como Dinamarca, Bélgica, Espanha, Estados Unidos da América ou Brasil.
Após alguns afastamento das lides artísticas, Teresa Tarouca teve uma participação especial em 2008 no musicalFado... Esse Malandro Vadio!, de João Núncio, com encenação de Francisco Horta.
Ó meu amor não te atrases Vou agora pôr-te à prova Esta noite é Lua Nova E tu não sabes de fases
Se chegas tarde te acuso De que andarás a enganar-me Vindo de ti cada abuso Me soa a sinal de alarme
Teus olhos arregalados Não são desculpa melhor Sabes cá chegar de cor E mesmo de olhos fechados
Nem um cego se perdia Lá fora agitam-se os ramos Nas brenhas da ventania É tarde porém juramos
Que enquanto este amor se guarde E seja o nosso segredo Virias cedo, bem cedo E havias de partir tarde
Sendo a Lua Nova ou Cheia Ou Crescente ou Minguante O que a nós nos incendeia É fogo de outro quadrante
É clarão de uma outra luz Que ao pressentir os teus passos Acendi quando dispus Quatro quartos nos teus braços Quatro quartos nos teus braços Quatro quartos nos teus braços Quatro quartos Nos teus braços
Se uma gaivota viesse trazer-me o céu de Lisboa no desenho que fizesse, nesse céu onde o olhar é uma asa que não voa, esmorece e cai no mar. Que perfeito coração no meu peito bateria, meu amor na tua mão, nessa mão onde cabia perfeito o meu coração. Se um português marinheiro, dos sete mares andarilho, fosse quem sabe o primeiro a contar-me o que inventasse, se um olhar de novo brilho no meu olhar se enlaçasse. Que perfeito coração no meu peito bateria, meu amor na tua mão, nessa mão onde cabia perfeito o meu coração. Se ao dizer adeus à vida as aves todas do céu, me dessem na despedida o teu olhar derradeiro, esse olhar que era só teu, amor que foste o primeiro. Que perfeito coração no meu peito morreria, meu amor na tua mão, nessa mão onde perfeito bateu o meu coração.
Quando esta escrevo a Vossa Alteza
Estou com um soluço que é sinal de morte.
Morro à vista de Goa, a fortaleza
Que deixo à Índia a defender-lhe a sorte.
Morro de mal com todos que servi,
Porque eu servi o Rei e o povo todo.
Morro quase sem mancha, que não vi
Alma sem mancha à tona deste lodo.
De Oeste a Leste a Índia fica vossa;
De Oeste a Leste o vento da traição
Sopra com força para que não possa
O Rei de Portugal tê-la na mão.
Em Deus e em mim o império tem raízes
Que nem um furacão pode arrancar...
Em Deus e em mim, que temos cicatrizes
Da mesma lança que nos fez lutar.
Em mais alguém, Senhor, em mais ninguém
O meu sonho cresceu e avassalou
A semente daninha que de além
A tua mão, Senhor, lhe semeou.
Por isso a Índia há de acabar em fumo
Nesses doirados paços de Lisboa;
Por isso a pátria há de perder o rumo
Das muralhas de Goa.
Por isso o Nilo há de correr no Egito
E Meca há de guardar o muçulmano
Corpo dum moiro que gerou meu grito
De cristão lusitano.
Por isso melhor é que chegue a hora
E outra vida comece neste fim...
Do que fiz não cuido agora:
A Índia inteira falará por mim.
Sou da noite um filho noite Trago rugas nos meus dedos De contarem os segredos Nas altas fontes do amor
E canto porque é preciso Raiar a dor que me impele E gravar na minha pele As fontes da minha dor
Noite companheira dos meus gritos Rio de sonhos aflitos Das aves que abandonei Noite céu dos meu casos perdidos Vêm de longe os sentidos Nas canções que eu entreguei
Oh minha mãe de arvoredos Que penteias a saudade Com que vi a humanidade A minha voz soluçar
Dei-te um copo de segredos Onde risquei minha mágoa E onde bebi essa água Que se prendia no ar
Noite companheira dos meus gritos Rio de sonhos aflitos Das aves que abandonei Noite céu dos meu casos perdidos Vêm de longe os sentidos Nas canções que eu entreguei
Pomba branca, pomba branca Já perdi o teu voar Naquela terra distante Toda coberta p'lo mar Pomba branca, pomba branca Já perdi o teu voar Naquela terra distante Toda coberta p'lo mar
Fui criança e andei descalço Porque a terra me aquecia E eram longos os meus olhos Quando a noite adormecia Vinham barcos dos países E eu sorria a deus, sonhei Traziam roupas, felizes As crianças dos países Nesses barcos a chegar
Pomba branca, pomba branca Já perdi o teu voar Naquela terra distante Toda coberta p'lo mar Pomba branca, pomba branca Já perdi o teu voar Naquela terra distante Toda coberta p'lo mar
Depois mais tarde ao perder-me Por ruas de outras cidades Cantei meu amor ao vento Porque sentia saudades Do primeiro amor da vida Desse instante a aproximar Dos campos, do meu lugar À chegada e à partida
Pomba branca, pomba branca Já perdi o teu voar Naquela terra distante Toda coberta p'lo mar