segunda-feira, julho 23, 2018

A chacina da Candelária, no Rio de Janeiro, foi há 25 anos

O monumento com a igreja no fundo
A chacina da Candelária, como ficou registada pelos media, ocorreu na madrugada do dia 23 de julho de 1993 próximo da Igreja de mesmo nome, localizada no centro da cidade do Rio de Janeiro. Nesta chacina, seis menores e dois maiores sem-abrigo foram assassinados por polícias militares.
 
A chacina
Na madrugada do dia 23 de julho de 1993, aproximadamente à meia-noite, vários carros pararam em frente à Igreja da Candelária. Logo após, os policias abriram fogo contra mais de setenta crianças e adolescentes que estavam dormindo nas proximidades da Igreja. Como resultado da chacina, seis menores e dois maiores morreram e várias crianças e adolescentes ficaram feridos. Um dos sobreviventes da chacina, Sandro Barbosa do Nascimento, mais tarde voltou aos noticiários quando se tornou o responsável pelo sequestro do autocarro 174.
Os nomes dos oito mortos no episódio encontram-se inscritos numa cruz de madeira, erguida no jardim em frente da Igreja:
  • Paulo Roberto de Oliveira, 11 anos
  • Anderson de Oliveira Pereira, 13 anos
  • Marcelo Cândido de Jesus, 14 anos
  • Valdevino Miguel de Almeida, 14 anos
  • "Gambazinho", 17 anos
  • Leandro Santos da Conceição, 17 anos
  • Paulo José da Silva, 18 anos
  • Marcos Antônio Alves da Silva, 19 anos
Investigação, participantes e assassinos
A investigação pelos culpados levou até Wagner dos Santos, um dos adolescentes feridos na chacina. Santos sofreria um segundo atentado em 12 de setembro de 1994, na Estação Central do Brasil, o que lo colocou no Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas. O seu testemunho foi fundamental no reconhecimento dos envolvidos. Inicialmente foram indiciadas quatro pessoas pela chacina: o ex-Polícia Militar Marcus Vinícios Emmanuel, os Polícias Militares Cláudio dos Santos e Marcelo Cortes e o serralheiro Jurandir Gomes França. Os três condenados gozam de liberdade atualmente foram:
  • Marcus Vinicius Borges Emmanuel, ex-Polícia Militar – foi condenado a 309 anos de prisão em primeira instância. Recorreu a sentença e, num segundo julgamento, foi condenado a 89 anos. Insatisfeito com o resultado, o Ministério Público pediu um novo julgamento e, em fevereiro de 2003, Emmanuel foi condenado a 300 anos de prisão. No entanto, o assassino foi libertado da prisão em 29 de junho 2012.
  • Nélson Oliveira dos Santos – foi condenado a 243 anos de prisão pelas mortes da chacina e a 18 anos por tentativa de assassinato de Santos. Recorreu a sentença, sendo absolvido pelas mortes em um segundo julgamento, mesmo após ter confessado o crime. O Ministério Público recorreu e, no ano de 2000, Nélson foi condenando a 27 anos de prisão pelas mortes e foi mantida a condenação por tentativa de assassinato, somando uma pena de 45 anos. Nélson Oliveira dos Santos Cunha também já está solto. Atualmente ele está em liberdade condicional por outros crimes, segundo o Tribunal de Justiça do Rio.
  • Marcos Aurélio Dias Alcântara – foi condenado a 204 anos de prisão, além de matar participar da chacina, também foi acusado de violar um adolescente. No final de 2010, contudo, conseguiu o indulto e também foi libertado da prisão.

Envolvidos na chacina e que não foram condenados:
  • Arlindo Lisboa Afonso Júnior – condenado a dois anos por ter em seu poder uma das armas usadas no crime.
  • Carlos Jorge Liaffa – não foi indiciado, mesmo tendo sido reconhecido por um sobrevivente e a perícia ter comprovado que uma das cápsulas que atingiu uma das vítimas foi disparada pela arma do seu padrasto.
Monumento e referências
Há em frente à igreja um pequeno monumento que relembra à chacina. Ele é constituído por uma cruz de madeira, que tem inscrito os nomes dos jovens assassinados, e uma placa de concreto. Esta mesma sofreu aparentemente ações de vandalismo, pois está bastante danificada, desmembrada do seu suporte e com a sua epígrafe ilegível.
A chacina foi retratada num episódio do programa Linha Direta da Rede Globo. Também é retratada, em formato de flashback, pelo protagonista do livro O Imperador da Ursa Maior de Carlos Eduardo Novaes. O documentário Ônibus 174 de José Padilha e o filme Última Parada 174, de Bruno Barreto, narram a história de Sandro Barbosa do Nascimento, sobrevivente do massacre que, anos mais tarde, protagonizou o sequestro ao autocarro da linha 174 da mesma cidade. No livro "A Fórmula da Esperança", de Roberto Freire, este evento é o ponto de partida da estória.
  

domingo, julho 22, 2018

Há sete anos um maluco matou 76 pessoas na Noruega

Edifício governamental danificado pela explosão
  
Os atentados de 22 de julho de 2011 na Noruega consistiram numa explosão na zona de edifícios governamentais da capital, Oslo, e num tiroteio ocorrido poucas horas depois, na ilha de Utøya (no lago Tyrifjorden, Buskerud). Os atentados, perpetrados por um ativista de extrema-direita e fundamentalista cristão, resultaram em pelo menos 76 mortos (68 em Utoya e 8 em Oslo).
Local da explosão - vermelho: prédio do governo; azul: ministério do Petróleo e laranja: localização provável da bomba
  
Oslo
Às 15.20 horas CET (13.20 UTC), houve uma grande explosão junto dos prédios onde se situa o gabinete do primeiro-ministro da Noruega Jens Stoltenberg, danificando vários edifícios e provocando oito mortos e numerosos feridos. Na zona fica também a sede do Ministério do Petróleo e Energia, que foi o edifício mais danificado. Segundo os meios de comunicação locais, o edifício do governo atingido ficou praticamente destruído e a zona "assemelha-se a uma zona de guerra", pelos danos causados. De acordo com as declarações da polícia, o atentado foi perpetrado mediante um carro-bomba e pode ter consistido em uma ou mais explosões que atingiram os edifícios, deixando o edifício do gabinete do primeiro-ministro em chamas e os seus dezassete pisos com graves danos. Para uma melhor ação das equipas de emergência, a polícia vedou o acesso à área e evacuou a totalidade do resto dos edifícios governamentais.
Meios de comunicação noruegueses asseguraram que "literalmente" se sentiu um movimento no solo com a explosão. Testemunhos no local asseguraram que poderá ter sido causada por um carro-bomba. Além disso, o estrondo da explosão e a onda de choque foram sentidos a muitos quilómetros em redor.
Utøya fica no lago Tyrifjorden, a nordeste de Nes
  
Utøya
Poucas horas depois, na ilha de Utøya, ao norte da capital, um homem armado abriu fogo contra os participantes de um acampamento de jovens («universidade de verão»), organizado pela juventude do Arbeiderpartiet (Partido Trabalhista Norueguês), que atualmente está no governo do país. Entre 400 e 600 pessoas participavam do evento e pelo menos 68 foram mortas no atentado. O atirador, vestido com um uniforme de polícia, justificou a sua entrada no campo como «verificação de rotina após o atentado em Oslo» e começou a disparar contra os jovens. Estava prevista uma visita do primeiro-ministro Jens Stoltenberg ao acampamento.
Autoria
O cidadão norueguês Anders Behring Breivik (Oslo, 13 de fevereiro de 1979), foi descrito inicialmente como um fundamentalista cristão, embora tal definição seja contestada (não no que concerne ao "cristão"). Muitos mantém a definição de Breivik como um fundamentalista cristão. O ativista, ligado à extrema-direita europeia, filiado numa loja maçónica de Oslo, neoconservador e defensor do Estado de Israel, foi o autor confesso dos atentados. Foi acusado de ter entrado, disfarçado de agente da polícia, no acampamento de jovens do Partido Trabalhista (Arbeiderpartiet), na ilha de Utøya, abrindo fogo contra os presentes e matando pelo menos 68 deles. Também se lhe atribui a autoria do atentado usando bombas em combinação, ocorrido cerca de duas horas antes, em Oslo. Behring foi preso em Utøya, ficando sob custódia da polícia.
De acordo com o chefe da polícia de Oslo, Breivik era dono de uma empresa agrícola. Estava inscrito no registo estadual com duas armas - uma automática e uma pistola do tipo Glock. Em maio de 2009, inscreveu a sua empresa agrícola (uma quinta no leste do país) no registo de comércio com o nome de "Breivik Geofarm". Segundo a polícia, isso permitiu que comprasse grandes quantidades de fertilizantes, que podem ser usados na fabricação de explosivos, sem levantar suspeitas.
De 1999 a 2006, Anders Behring Breivik foi membro do Fremskrittspartiet (Partido do Progresso), de direita, populista, que defende maiores restrições à imigração. Entre 1997 e 2007, Breivik participou ativamente na juventude do partido (Framstegspartiet sin Ungdom, FpU), tendo servido em várias funções, inclusive a de presidente da secção local de Oslo-Oeste (de janeiro a outubro de 2002) da organização e a de diretor da mesma secção, entre outubro de 2002 e novembro de 2004. Apesar disso, o líder do Fremskrittspartiet, Siv Jensen, garante que Breivik já não militava no partido e "nunca foi muito ativo".
Retratado como neonazi pelos media, Anders na verdade auto-proclamava-se anti-nazi e defensor do Estado de Israel como bastião da Civilização Ocidental no Oriente Médio, ao mesmo tempo em que coloca a ideologia nazi, do marxismo cultural e do fundamentalismo islâmico num mesmo "pacote anti-Ocidente".
Segundo o chefe dos serviços de informação, Øystein Mæland, Anders Behring Breivik parecia situar-se na extrema-direita política e seria um "fundamentalista cristão". Breivik manifestou-se em blogs, atacando o multiculturalismo e o Islão. "Quando o multiculturalismo deixará de ser uma ideologia criada para destruir a cultura europeia, as tradições e a identidade do Estado-nação?", escreveu ele em comentário postado no dia 2 de fevereiro de 2010, num site de extrema-direita (www.documento.no). Um jornalista do diário DagBladet definiu Breivik como "islamofóbico, pró-Israel, anti-imigração, hipernacionalista e relativamente intelectual, que cresceu na zona oeste de Oslo, a parte rica e burguesa". Na sua suposta página no Facebook, dizia que é solteiro, cristão (mas contra a política do Vaticano), conservador, interessado em fisiculturismo, francomaçonaria e caça. Devido ao crime, as contas de Anders B. Breivik no Facebook e no Twitter foram bloqueadas pela polícia.
 
(imagem daqui)
    
Anders Behring Breivik (Oslo, 13 de fevereiro de 1979) é um terrorista norueguês e o autor confesso dos ataques na Noruega em 2011. Até este momento (julho de 2013) não se sabe se agiu sozinho. A ideologia de extrema-direita de Breivik é manifesta em uma coleção de textos intitulados "2083 - Uma declaração europeia de independência", que foi distribuída por Breivik nos meios virtuais no dia dos ataques. Nos textos, o terrorista expressa suas visões de mundo, que incluem conservadorismo cultural radical, ultranacionalismo, islamofobia, homofobia, misoginia e racismo. O autor considera o marxismo cultural e a Ásia como duas ameaças à Cristandade. Ele foi acusado de, vestido como um polícia, ter entrado em 22 de julho de 2011, no terreno de um acampamento de jovens da Arbeiderpartiet norueguês (Partido dos Trabalhadores) na ilha de Utøya, abrir fogo contra os jovens presentes e matar pelo menos 68 deles. Ele também foi associado com as explosões combinadas ocorridas duas horas antes em Oslo. Anders foi preso em Utøya e está atualmente sob custódia da polícia. No dia 29 de novembro de 2011, foi divulgado um relatório afirmando que o norueguês estava doente quando matou 77 pessoas. Psiquiatras consideraram o atirador louco, logo não deveria ser condenado a prisão e, no máximo, deveria ser internado num centro psiquiátrico, possivelmente a vida toda.
De acordo com o chefe de polícia de Oslo, Anders era dono de uma empresa agrícola e tinha registadas duas armas (uma automática e uma pistola do tipo Glock). Em maio de 2009 ele registou uma empresa agrícola com o nome "Breivik Geofarm" no comércio.
  
Condenação
Condenado por unanimidade no dia 24 de agosto de 2012, em Oslo, a 21 anos de prisão, prorrogáveis, ouviu com um sorriso o veredicto no qual foi declarado responsável pelo assassinato de 77 pessoas no dia 22 de julho de 2011 ao disparar contra um acampamento de jovens trabalhistas, depois de detonar uma bomba perto da sede do governo da Noruega. Por decisão do tribunal de Oslo, a sentença é prorrogável e pode estender-se indefinidamente, se a Justiça norueguesa avaliar que o réu continua a representar um perigo para a sociedade. Breivik respondeu pelas mortes causadas em um duplo atentado de 22 de julho de 2011, em Oslo e na ilha de Utoya, na Noruega. A custódia é uma figura legal do direito norueguês, que na prática pode equivaler a uma prisão perpétua.
Anders Behring Breivik sorriu ao ouvir o veredicto da justiça, fez a saudação da extrema-direita e pediu desculpas aos extremistas por não ter conseguido matar mais pessoas no ataque pelo qual foi condenado a 21 anos de prisão, numa prova de que o assassino em massa norueguês permaneceu desafiador até o fim. Para o autoproclamado guerreiro em batalha contra o multiculturalismo e a "invasão do Islão", a sentença máxima de 21 anos de prisão e não o confinamento num hospital psiquiátrico, foi a melhor possível. Ele já havia dito que ser enviado para uma instituição psiquiátrica - como pedido pelos promotores - seria um destino "pior do que a morte". O atirador inicialmente dissera que só recorreria caso fosse declarado doente mental e condenado a tratamento psiquiátrico forçado. O criminoso afirmou querer ser condenado, para que não pesasse dúvida sobre sua sanidade e sua ideologia e não deve recorrer da sentença. O atirador era réu confesso dos piores ataques no país desde a Segunda Guerra Mundial. Os seus advogados afirmaram que ele não vai apelar da sentença. Como a culpa de Breivik, de 33 anos, não estava em questão, o tema central do julgamento, que terminou no dia 22 de junho, foi a sua saúde mental.
A custódia é uma figura legal do Direito norueguês, que, na prática, pode equivaler à prisão perpétua. Uma vez cumprida a pena, esta pode ser prolongada por forma indefinida caso seja considerado que o réu continua a ser um perigo para a sociedade. A pena será cumprida num centro de segurança máxima em Ila, a oeste de Oslo, onde Breivik permaneceu em prisão preventiva desde o dia do crime.
   

sábado, julho 21, 2018

O segundo homem a viajar no espaço e o quinto a pisar a Lua morreu há vinte anos

Alan Barlett Shepard, Jr. (Derry, 18 de novembro de 1923 - Monterey, 21 de julho de 1998) foi um astronauta dos Estados Unidos, integrante dos projetos Mercury e Apollo, segundo homem e primeiro norte-americano a ir ao espaço - num voo suborbital em 1961 - e um dos doze homens que pisaram na Lua, onde esteve na missão Apollo XIV, em fevereiro em 1971.


In the Navy
O seu pai era um oficial do exército. Formado em Ciências pela Academia Naval dos Estados Unidos em Annapolis em 1944 e pela Escola de Piloto de Teste Naval dos Estados Unidos em 1951, Alan Shepard começou a sua carreira naval na Segunda Guerra Mundial, a bordo de um destroyer, no Oceano Pacífico. Logo depois a guerra, ele entrou em treino aéreo de combate no Texas e na Flórida e recebeu as suas asas de aviador em 1947, aos 24 anos de idade, tendo, nessa altura, casado com Louise Brewer. Integrado num esquadrão da caças, serviu em porta-aviões no Mediterrâneo nos anos seguintes. Na década de 1950 serviu como piloto de diversos tipos de aeronaves de combate e de testes em grandes altitudes e fez duas viagens ao sudoeste do Pacífico como líder de esquadrão baseado em porta-aviões.
No fim da sua carreira como piloto militar, Shepard havia acumulado uma experiência de mais de 8.000 horas de voo, 3.700 delas em caças a jato de combate.

Shepard a bordo da Freedom VII

Projeto Mercury
Em 1959, Shepard foi um dos 110 aviadores militares norte-americanos convidados a participar da recém criada agência espacial Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (National Aeronautics and Space Administration - NASA) como voluntários para o programa que pretendia enviar o primeiro homem ao espaço, chamado Projeto Mercury. Após uma série de duros e exaustivos testes físicos e psicológicos, apenas sete daquele total de pilotos foram escolhidos para integrar o programa, entre eles Shepard.
Em janeiro de 1961 ele foi escolhido para o primeiro voo espacial tripulado dos Estados Unidos. Apesar da missão ter sido planeada para se realizar em outubro de 1960, uma série de atrasos, devido a problemas técnicos, adiaram-na para maio de 1961. Com estes atrasos, em 12 de abril de 1961, o cosmonauta soviético Yuri Gagarin tornou-se o primeiro ser humano no espaço.
Em 5 de maio de 1961, Shepard pilotou a nave Freedom VII e tornou-se o segundo homem a viajar pelo espaço. Lançado de Cabo Canaveral, no Centro Espacial Kennedy, Flórida, Shepard voou numa trajetória balística que o levou a uma altitude 116 milhas no espaço - cerca de 180 km de altura - num voo suborbital, mas ao contrário do voo orbital automático de Gagarin dias antes, ele teve que assumir o controle manual da cápsula espacial por diversas vezes. O seu voo, o retorno do espaço e a sua recolha no mar por helicópteros da marinha foi visto pela televisão por milhões de pessoas em todo mundo.
Após a missão ele se tornou um herói nacional norte-americano, desfilou em carro aberto no meio de multidões em Nova Iorque, Washington e Los Angeles e foi recebido e condecorado na Casa Branca pelo presidente John F. Kennedy.

Projeto Gemini
Em junho de 1963 ele foi designado para comandar o primeiro voo tripulado do projeto Gemini, o programa espacial da NASA que levaria dois homens ao espaço na mesma missão, com Tom Stafford, da nova turma selecionada de astronautas, como seu co-piloto. Mas no começo de 1964 foi-lhe diagnosticada uma doença na parte interna do ouvido, que lhe afetava a audição e o equilíbrio, a Síndrome de Ménière, o que causou sua remoção do status de astronauta do programa espacial por todo o resto da década de 1960, sendo substituído nesse voo pioneiro pelo colega de Projeto Mercury, Virgil Grisson.

Alan Shepard hasteia a bandeira dos Estados Unidos em Fra Mauro
Projeto Apollo
Em maio de 1969, após seis anos trabalhando em funções técnicas no solo, Shepard foi novamente integrado ao corpo de astronautas após uma cirurgia corretiva - através do desenvolvimento de novos métodos - da Síndrome de Ménière e foi inicialmente escalado para o comando da missão Apollo XIII, mas como sentiu que tinha necessidade de um pouco mais de tempo de treino, ele e seus colegas de tripulação - Edgar Mitchell e Stuart Roosa - fizeram uma troca de missões com a então tripulação da Apollo XIV, James Lovell, Ken Mattingly e Fred Haise. A troca iria permitir-lhe pisar a Lua, já que os integrantes da fatídica Apollo XIII, devido a problemas na nave, jamais tiveram essa oportunidade.
Aos 47 anos, o mais velho astronauta do Programa Apollo, ele fez o seu segundo voo ao espaço, desta vez para a Lua, no comando da missão Apollo XIV, entre 31 de janeiro e 9 de fevereiro de 1971, a terceira bem sucedida missão lunar dos Estados Unidos. Pilotando o módulo lunar Antares, ele realizou a mais precisa alunagem de todo o programa, na primeira missão transmitida pela televisão a cores para todo o mundo.
Na Lua, entrou para a história a sua frase quando, ao se tornar o primeiro jogador de golfe fora da Terra, descreveu a tacada com a bola viajando por "milhas, milhas e milhas", pela superfície de baixa gravidade do satélite.
Após a missão ele voltou a assumir a posição de chefe do escritório de astronautas da NASA por mais três anos e, como oficial da marinha, ainda foi promovido a contra-almirante antes de se retirar da vida militar e da NASA, em agosto de 1974.
Depois de sair da NASA
Sempre um homem de negócios experiente, Shepard foi o primeiro astronauta a ser milionário ainda ativo. Após a sua reforma como astronauta, criou a sua própria empresa, a Seven-Fourteen Enterprises (Empresas Sete-Quatorze), em homenagem aos números de suas missões, Freedom 7 e Apollo 14, e por vinte anos serviu em direções e conselhos de diversas empresas de seu país.
Faleceu de leucemia, dois anos após lhe ser diagnosticado a doença, em Pebble Beach, Califórnia, aos 74 anos, em 21 de julho de 1998. A sua esposa, de 53 anos da casamento, Louise Brewer Shepard, morreu cinco semanas depois. Ambos foram cremados e as suas cinzas atiradas juntas ao mar. O mais competitivo, frio e determinado do brilhante grupo de pilotos de teste que compôs o primeiro grupo de astronautas do programa espacial norte-americano, no dia de sua morte disse dele o Presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton: "Alan Shepard foi um dos grandes heróis de nossa era".

Condecorações
Entre as diversas honrarias que recebeu em vida, Shepard é um dos 28 homens e mulheres a terem recebido até hoje a Medalha de Honra Espacial do Congresso, a maior condecoração concedida pelo governo dos Estados Unidos a astronautas que tenham realizado algum feito extraordinário para a nação ou para a Humanidade, no desempenho de alguma missão espacial.
  

Cat Stevens nasceu há setenta anos!

(imagem daqui)
 
Anteriormente conhecido pelo nome artístico de Cat Stevens (Londres, 21 de julho de 1948) é um cantor e compositor britânico.
O seu nome de nascimento é Stephen Demetre Georgiou. O pai é de origem greco-cipriota e a sua mãe de origem sueca. Vendeu 40 milhões de álbuns, principalmente entre as décadas de 60 e 70. Em 1971, escreveu uma música para o filme Harold and Maude. Entre as suas canções mais populares estão "Morning Has Broken", "Peace Train", "Moonshadow", "Wild World", "Father and Son" e "Oh Very Young".
Stevens converteu-se ao Islão e abandonou a música em 1978. Desde então passou a se dedicar a atividades beneficentes e educacionais em prol da religião. Toma muito cuidado quanto ao uso das suas músicas. Muitas delas dissertam a respeito de temas de sua vida anterior à conversão, e Stevens não quer mais ser associado a eles. Não surpreende que nunca tenha permitido que qualquer de suas canções fosse usada em comerciais de televisão. Apesar de estar há quase 30 anos afastado da indústria musical, os trabalhos anteriores como Cat Stevens continuam vendendo uma média de 1,5 milhão de discos por ano.
  

Neil Armstrong andou na Lua há 49 anos

At 02:39 UTC on Monday July 21, 1969, Armstrong opened the hatch, and at 02:51 UTC began his descent to the lunar surface. The Remote Control Unit controls on his chest kept him from seeing his feet. Climbing down the nine-rung ladder, Armstrong pulled a D-ring to deploy the Modular Equipment Stowage Assembly (MESA) folded against Eagle's side and activate the TV camera, and at 02:56:15 UTC he set his left foot on the surface. The first landing used slow-scan television incompatible with commercial TV, so it was displayed on a special monitor and a conventional TV camera viewed this monitor, significantly reducing the quality of the picture. The signal was received at Goldstone in the United States but with better fidelity by Honeysuckle Creek Tracking Station in Australia. Minutes later the feed was switched to the more sensitive Parkes radio telescope in Australia. Despite some technical and weather difficulties, ghostly black and white images of the first lunar EVA were received and broadcast to at least 600 million people on Earth. Although copies of this video in broadcast format were saved and are widely available, recordings of the original slow scan source transmission from the lunar surface were accidentally destroyed during routine magnetic tape re-use at NASA.
After describing the surface dust as "very fine-grained" and "almost like a powder," Armstrong stepped off Eagle's footpad and uttered his famous line, "That's one small step for [a] man, one giant leap for mankind" six and a half hours after landing. Aldrin joined him, describing the view as "Magnificent desolation."
  

sexta-feira, julho 20, 2018

Bruce Lee morreu há 45 anos

Bruce Lee (nascido Lee Jun-fan; 27 de novembro de 194020 de julho de 1973) foi um filósofo, artista marcial, instrutor de artes marciais, ator, roteirista, diretor e produtor cinematográfico sino-americano e honconguês, fundador do movimento de artes marciais Jeet kune do. Ele é amplamente considerado por muitos comentadores, por críticos, pelos media e outros artistas marciais como o lutador de artes marciais mais influente do mundo e um ícone cultural.
Lee nasceu em São Francisco, filho de pais honcongueses, mas cresceu em Hong Kong até à sua adolescência. Emigrou para os Estados Unidos aos 18 anos, para reivindicar a cidadania americana e receber uma sua educação superior. Foi durante esta época que começou a ensinar artes marciais, que logo o levariam para papéis em filmes e séries de televisão.
Os seus filmes produzidos em Hong Kong elevaram os filmes de artes marciais tradicionais honconguesas a um novo patamar de popularidade e consagração, e provocou uma tendência que aumentou o interesse nas artes marciais chinesas no mundo ocidental na década de 1970. A direção e tom dos seus filmes mudaram e influenciaram o cinema de ação de Hong Kong, bem como no resto do mundo. Ele é conhecido pelos seus papéis em cinco longa-metragens: The Big Boss (1971) e Fist of Fury (1972) de Lo Wei; Way of the Dragon (1972), dirigido e escrito por Lee; Enter the Dragon (1973), da Warner Bros., dirigido por Robert Clouse; e Game of Death (1978), dirigido também por Clouse.
Lee tornou-se uma figura icónica em todo o mundo, particularmente entre os chineses, por ter retratado a cultura chinesa nos seus filmes. Inicialmente treinava no estilo Wing Chun, porém posteriormente rejeitou estilos de artes marciais bem definidos, favorecendo, em vez de técnicas de várias fontes, o espírito da filosofia das suas artes marciais pessoais, que ele chamou de Jeet Kune Do.
  
(...)
  
Em 10 de maio de 1973, Lee desmaiou no estúdio Golden Harvest, enquanto fazia o trabalho de dobragem para o filme Operação Dragão. Ele sofreu convulsões e dores de cabeça e foi imediatamente levado para um hospital de Hong Kong, onde os médicos diagnosticaram edema cerebral. Eles foram capazes de reduzir o inchaço com a administração de manitol. Esses mesmos sintomas que ocorreram no seu primeiro colapso depois foram repetidos no dia da sua morte.
Em 20 de julho de 1973, Lee foi a Hong Kong, para um jantar com o ex-James Bond George Lazenby, com quem pretendia fazer um filme. Segundo a sua esposa, Linda Lee, ele encontrou o produtor Raymond Chow às 2 da tarde em casa, para discutir a realização do filme Jogo da Morte. Eles trabalharam até às 4 da tarde e depois dirigiram juntos para a casa da colega de Lee, Betty Ting, uma atriz do Taiwan. Os três passaram o script em casa e, em seguida Chow deitou-se.
Mais tarde, Lee queixou-se de uma dor de cabeça, e Ting deu-lhe um analgésico, Equagesic, que incluía aspirina e um relaxante muscular. Cerca das 19.30 horas, foi deitar-se para dormir. Quando Lee não apareceu para jantar, Chow foi ao apartamento, mas não viu Lee acordado. Um médico foi chamado, que passou dez minutos a tentar reanimá-lo antes de enviá-lo de ambulância ao hospital. Lee foi dado como morto no momento em que chegou ao hospital.
Não houve lesão externa visível, porém de acordo com relatórios da autópsia, o seu cérebro tinha inchado consideravelmente, passando de 1.400 a 1.575 gramas (um aumento de 13%). Lee tinha 32 anos. A única substância encontrada durante a autópsia foi Equagesic. Em 15 de outubro de 2005, Chow declarou numa entrevista que Lee morreu de anafilaxia ao relaxante muscular "Equagesic", que descreveu como um ingrediente comum em analgésicos.
  

quinta-feira, julho 19, 2018

Mayakovsky nasceu há 125 anos!

Vladimir Vladimirovitch Mayakovsky (Baghdati, 7 de julho no calendário juliano e 19 de julho no nosso atual calendário gregoriano de 1893Moscovo, 14 de abril de 1930) foi um poeta, dramaturgo e teórico russo, frequentemente citado como um dos maiores poetas do século XX, ao lado de Ezra Pound e T.S. Eliot, bem como "o maior poeta do futurismo".
  
Vladimir Mayakovsky nasceu e passou a infância na aldeia de Bagdadi, nos arredores de Kutaíssi, na Geórgia, então no Império Russo.  Lá fez o liceu e, após a morte súbita do pai, a família ficou na miséria e transferiu-se para Moscovo, onde Vladimir continuou os seus estudos.
Fortemente impressionado pelo movimento revolucionário russo e impregnado desde cedo de obras socialistas, ingressou aos quinze anos na facção bolchevique do Partido Social-Democrático Operário Russo. Detido em duas ocasiões, foi solto por falta de provas, mas em 1909-1910 passou onze meses na prisão. Entrou na Escola de Belas Artes, onde se encontrou com David Burliuk, que foi o grande incentivador de sua iniciação poética. Os dois amigos fizeram parte do grupo fundador do assim chamado cubo-futurismo russo, ao lado de Khlebnikov, Kamiênski e outros. Foram expulsos da Escola de Belas Artes. Procurando difundir suas concepções artísticas, realizaram viagens pela Rússia.
Após a Revolução de Outubro, todo o grupo manifestou a sua adesão ao novo regime. Durante a Guerra Civil, Mayakovsky se dedicou a desenhos e legendas para cartazes de propaganda e, no início da consolidação do novo Estado, exaltou campanhas sanitárias, fez publicidade de produtos diversos, etc. Fundou em 1923 a revista LEF (de Liévi Front, Frente de Esquerda), que reuniu a “esquerda das artes”, isto é, os escritores e artistas que pretendiam aliar a forma revolucionária a um conteúdo de renovação social.
Fez inúmeras viagens pelo país, aparecendo diante de vastos auditórios para os quais lia os seus versos. Viajou também pela Europa Ocidental, México e Estados Unidos. Entrou freqüentemente em choque com os “burocratas’’ e com os que pretendiam reduzir a poesia a fórmulas simplistas. Foi homem de grandes paixões, arrebatado e lírico, épico e satírico ao mesmo tempo.
Oficialmente, suicidou-se com um tiro, em 1930, sem que isto tivesse relação alguma com a sua atividade literárira e social. Mas o facto é que o poeta estava sendo pressionado pelos programas oficiais, que desejavam instaurar uma literatura simplista e dita realista, dirigidos por Molotov e perseguindo antigos poetas revolucionários como o próprio Maiakovski. Em vista disso, aponta-se a possibilidade real de um suicídio forjado por motivos políticos.
  
 
Brilhar sempre,
brilhar em todo lugar
até os últimos dias do guerreiro
brilhar –
e sem desculpa nenhuma!
Eis o meu lema –
e do sol.

quarta-feira, julho 18, 2018

Porque hoje é preciso celebrar Mandela...



Asimbonanga (Mandela) - Johnny Clegg & Savuka

Asimbonanga (We have not seen him) 
Asimbonang' uMandela thina (We have not seen Mandela) 
Laph'ekhona (In the place where he is) 
Laph'ehleli khona (In the place where he is kept) 

Oh the sea is cold and the sky is grey 
Look across the Island into the Bay 
We are all islands till comes the day 
We cross the burning water
  
Asimbonanga (We have not seen him) 
Asimbonang' uMandela thina (We have not seen Mandela) 
Laph'ekhona (In the place where he is) 
Laph'ehleli khona (In the place where he is kept)
  
A seagull wings across the sea 
Broken silence is what I dream 
Who has the words to close the distance 
Between you and me 
  
Asimbonanga (We have not seen him) 
Asimbonang' uMandela thina (We have not seen Mandela) 
Laph'ekhona (In the place where he is) 
Laph'ehleli khona (In the place where he is kept)
  
A seagull wings across the sea 
Broken silence is what I dream 
Who has the words to close the distance 
Between you and me
  
 Steve Biko, Victoria Mxenge 
Neil Aggett 
Asimbonanga Asimbonang 'umfowethu thina (We have not seen our brother) 
Laph'ekhona (In the place where he is) 
Laph'wafela khona (In the place where he died) 
Hey wena (Hey you!) 
Hey wena nawe (Hey you and you as well) 
Siyofika nini la' siyakhona (When will we arrive at our destination.

Os afro-americanos provaram o seu valor na Guerra Civil Americana há 155 anos

The Second Battle of Fort Wagner, also known as the Second Assault on Morris Island or the Battle of Fort Wagner, Morris Island, was fought on July 18, 1863, during the American Civil War. Union Army troops commanded by Brig. Gen. Quincy Gillmore, launched an unsuccessful assault on the Confederate fortress of Fort Wagner, which protected Morris Island, south of Charleston Harbor. The battle came one week after the First Battle of Fort Wagner.
Gilmore ordered his siege guns and mortars to begin a bombardment of fort on July 18 and they were joined by the naval gunfire from six monitors that pulled to within 300 yards of the fort. The bombardment lasted eight hours, but caused little damage against the sandy walls of the fort, and in all, killed only about 8 men and wounded an additional 20, as the defenders had taken cover in the bombproof shelter.
The 54th Massachusetts, an infantry regiment sometimes composed of African-American soldiers led by Colonel Robert Gould Shaw, led the Union attack at dusk. They were backed by two brigades composed of nine regiments. The first brigade was commanded by Gen. George Crockett Strong and was composed of the 54th Massachusetts, 6th Connecticut, 48th New York, 3rd New Hampshire, 76th Pennsylvania, and the 9th Maine regiments. The second brigade was commanded by Col. Haldimand S. Putnam of the 7th New Hampshire as acting brigade commander. His brigade consisted of the 7th New Hampshire, 62nd Ohio, 67th Ohio, and the 100th New York regiments. A third brigade under Gen. Stevenson was in reserve, with General Truman Seymour commanding on the field, but did not enter action.
The assault began at 7:45 p.m. and was conducted in three movements. The 54th Massachusetts attacked to the west upon the curtain of Wagner, with the remainder of Gen. Strong's brigade and Col. Putnam's brigade attacking the seaward salient on the south face. As the assault commenced and bombardment subsided, the men of the 1st South Carolina Artillery, Charleston Battalion, and 51st North Carolina Infantry took their positions. The 31st North Carolina, which had been completely captured during the battle of Roanoke Island and later exchanged, remained in the bombproof shelter and did not take its position in the southeast bastion. When the 54th Massachusetts reached about 150 yards from the fort, the defenders opened up with cannon and small arms, tearing through their ranks. The 51st North Carolina delivered a direct fire into them, as the Charleston Battalion fired into their left. The 54th managed to reach the parapet, but after a fierce struggle, including hand-to-hand combat, they were forced back. The 6th Connecticut continued the assault at the weakest point, the southeast, where the 31st had failed to take its position. General Taliaferro quickly rounded up some soldiers to take the position, while the 51st North Carolina and Charleston Battalion fired obliquely into the assailants. Behind the 6th Connecticut, the 48th New York also successfully reached the slopes of the bastion. The remainder of Strong's brigade did not reach that far, as three of the defending howitzers were now in action and firing canister into their flanks, bringing them to a halt. Colonel Putnam quickly brought up his brigade, but only about 100 or 200 men from the 62nd and 67th Ohio reached the bastion. The Confederates attempted to counter-attack twice, but were beaten back after having the officers leading the charge shot down. As the Union assault continued to crumble, due to lack of reinforcements from General Stevenson, Taliaferro was reinforced by the 32nd Georgia Infantry, which had been transported to the island by Brigadier General Johnson Hagood. The fresh troops swept over the bastion, killing and capturing the rest of the Union troops that remained.
By 10 p.m. the bloody struggle had concluded with heavy losses. Gen. George Crockett Strong was mortally wounded in the thigh by grape shot while trying to rally his men. Col. Haldimand S. Putnam was shot in the head and killed in the salient while giving the order to withdraw. Col. John Lyman Chatfield of the 6th Connecticut was mortally wounded. The 54th Massachusetts's colonel, Robert Gould Shaw, was killed upon the parapet early in the action. Some confederate reports claim his body was pierced seven times, with the fatal wound a rifle bullet to his chest.
In all, 1,515 Union soldiers were killed, captured, or wounded in the assault of July 18, although this number has never been accurately ascertained. Gen. Hagood, the commander of Fort Wagner on the morning of July 19, stated in his report to Gen. P.G.T. Beauregard that he buried 800 bodies in mass graves in front of Wagner. Only 315 men were left from the 54th after the battle. Thirty were killed in action, including Col. Shaw and Captains Russel and Simpkins, and buried together in a single grave. Twenty-four later died of wounds, fifteen were captured, and fifty-two were reported missing after the battle and never seen again. The men of the 54th Massachusetts were hailed for their valor. William Carney, an African-American sergeant with the 54th, is considered the first black recipient of the Medal of Honor for his actions that day in recovering and returning the unit's U.S. Flag to Union lines. Their conduct improved the reputation of African Americans as soldiers, leading to greater Union recruitment of African-Americans, which strengthened the Northern states' numerical advantage. Confederate casualties numbered 174.
The fort was reinforced by Brig. Gen. Johnson Hagood's brigade shortly after the assault had ended. The garrison of Fort Wagner was then changed during the night, and Gen. Hagood assumed command. He was relieved by Col. Laurence M. Keitt, who commanded the fort until it was abandoned on September 7. Gen Hagood wrote a book titled Memoirs of the War of Secession, in which he states that the constant bombardment from the Union guns had unearthed such large numbers of the Union dead buried after the assault of July 18, and the air was so sickening with the smell of death, that one could no longer stand to be in the fort. The constant bombardment caused Confederate soldiers who were killed during the siege to be buried in the walls of Wagner, and they were also constantly being unearthed. Following the Union repulse, engineers besieged the fort. The Confederates abandoned the fort on September 7, 1863, after resisting 60 days of shelling, it having been deemed untenable because of the damage from constant bombardment, lack of provisions, and the close proximity of the Union siege trenches to Wagner.
A depiction of the battle is the climax of the 1989 film Glory.
  

Mandela nasceu há cem anos...!

Nelson Rolihlahla Mandela (Mvezo, 18 de julho de 1918 - Joanesburgo, 5 de dezembro de 2013) foi um advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais importante líder da África Negra, ganhador do Prémio Nobel da Paz de 1993, e pai da moderna nação sul-africana, onde é normalmente referido como Madiba (nome do seu clã) ou Tata ('Pai').

Joly Braga Santos morreu há trinta anos

(imagem daqui)

Joly Braga Santos (Lisboa, 14 de maio de 1924 - Lisboa, 18 de julho de 1988) foi um compositor de música erudita e maestro português, condecorado com a Ordem de Sant'Iago da Espada em 1977. Durante a sua vida, que terminou quando estava no máximo da sua criatividade, escreveu seis sinfonias.
  
Inicio de vida
José Manuel Joly Braga Santos nasceu em Lisboa a 14 de maio de 1924. A música, que já ouvia aos dois anos de idade, é a primeira forma artística de que se lembra. Gostava que lhe oferecessem instrumentos musicais e o seu pai, apercebendo-se da sua predilecção pela música, levava-o aos concertos e à opera. Joly gostava especialmente das óperas com muito coro.
Aos cinco anos começou a tocar num violino de brincadeira. O seu apego ao instrumento parecia conduzi-lo a uma carreira de violinista profissional. Na verdade, chegou a estudar violino e composição no Conservatório de Lisboa, onde foi aluno de Luís de Freitas Branco. Provando ser o seu aluno mais talentoso, Joly herdou do mais proeminente compositor da altura a paleta de cores das suas orquestrações. Outra pessoa que muito contribuiu para a sua formação foi o maestro Pedro de Freitas Branco, dando a conhecer a obra de Braga Santos em todo o mundo. O próprio compositor lembra: «Ele ajudou-me de uma forma espantosa e abriu caminho à formação que mais tarde eu viria a ter.»

Música
Durante a sua juventude, o contexto de guerra mundial de então impediu um contacto mais próximo do compositor com a cultura musical europeia. Joly Braga Santos procurou assim inspiração na tradição portuguesa, especialmente na obra do seu mestre Luís de Freitas Branco. O antigo folclore português e o polifonismo renascentista está bem presente no seu primeiro período, durante o qual compõe as suas primeiras quatro sinfonias. O talento de Joly demonstra-se assim a si próprio pelo facto das referidas obras terem sido compostas entre os 22 e os 27 anos e imediatamente executadas pela Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional. Mas antes de completar os seus 20 anos, o compositor transpôs para música textos de, Antero de Quental, Fernando Pessoa e Luís de Camões, que voltaria a ser fonte de inspiração da sua 6ª Sinfonia. Contudo já na 4ª sinfonia tinha usado um poema de Vasconcellos Sobral no seu epílogo, tema esse que chegou a ser proposto para Hino Mundial da Juventude.
O contacto com a Europa acontece com a sua ida para Itália, país onde foi bolseiro para musicologia, composição musical e direcção de orquestra. Estudou com Virgílio Mortari, Gioachino Pasqualini, Alceo Galliera e Hermann Scherchen, cujo Curso Internacional de Regência frequentou com Luigi Nono, Bruno Maderna e Fernando Corrêa de Oliveira.
No seu regresso a Portugal, Joly tornou-se uma figura de destaque na direcção de orquestra e durante um longo período de tempo deixou de lado a composição. Refere-se a essa fase como um período "sabático", antes de se voltar, em 1965, para a sua maior criação, a Quinta Sinfonia. Esta obra foi o seu último trabalho puramente orquestral, pois a Sexta Sinfonia foi composta para coro e soprano.
Por esta altura, o compositor português estava já bastante familiarizado com a mudança de estilo musical resultante do período pós-guerra, apoiando aqueles que compunham num idioma mais agressivo e mais moderno. Braga Santos também catapultou a sua carreira nesse sentido, embora sem nunca perder a qualidade melódica que faz a sua música tão brilhante, misturando-a apenas com um pouco daquela aspereza que aparecia então na música mundial. Neste período compôs a ópera Trilogia das Barcas, baseada em Gil Vicente e estreada em 1970 no Festival da Gulbenkian, constituindo umas das grandes obras de sempre do repertório lírico português.
A música de Joly Braga Santos pode ser vista principalmente como uma fusão dos vários estilos Europeus, particularmente da Europa Ocidental. Mas é o próprio quem diz: «Desde sempre entendi que tinha de criar o meu próprio estilo e a minha música devia ser o resultado dessa criação.» A melodia era para ele a razão de ser da música.
Além da vasta obra musical, Braga Santos pertenceu ainda ao Gabinete de Estudos Musicais da Emissora Nacional, foi Director da Orquestra Sinfónica do Porto, Maestro Assistente e de Captação da Orquestra Sinfónica da RDP, professor de Composição do Conservatório Nacional de Lisboa, crítico e articulista, entre outros do Diário de Notícias, e fundou ainda a Juventude Musical Portuguesa.
O musicólogo João de Freitas Branco, autor da obra de referência da história da música portuguesa, salientou a generosidade cultural do maior sinfonista português. «Ele é o inverso do artista que se dirige apenas a minorias privilegiadas. Ele queria que muitas pessoas viessem a usufruir da sua arte.» Comunicar para ele era essencial, contribuindo para isso o seu espírito aberto. Pai de uma família muito unida, adorava as suas filhas, a quem chamava as suas «maravilhas pequeninas»
Eleito pela UNESCO como um dos 10 melhores compositores da música contemporânea de então, Joly Braga Santos disse de si próprio, parafraseando Stravinsky, «Não me considero compositor, mas sim inventor de música.»
Morreu em Lisboa, no ano de 1988.
 
 

terça-feira, julho 17, 2018

Whistler morreu há 115 anos

Arrangement in Gray: Portrait of the Painter (self portrait, c. 1872), Detroit Institute of Arts

James Abbott McNeill Whistler (Lowell, Massachusetts, 10 de julho de 1834 - Londres, 17 de julho de 1903) foi um pintor norte-americano estabelecido na Inglaterra e na França. Os seus pais eram o engenheiro civil George Washington Whistler e a sua segunda esposa, Anna Matilda McNeill.
Whistler passou a infância nos Estados Unidos até 1843, quando se mudou para São Petersburgo, na Rússia, para onde o seu pai havia sido contratado para a construção de uma linha de comboio no ano anterior. Lá, o menino Whistler tinha aulas particulares de arte, ingressando na Academia Imperial de Belas Artes de São Petersburgo, com apenas 11 anos de idade.
Após a morte do seu pai, em 1849, a família retornou para a América. Em 1851, Whistler entrou para a Academia Militar dos Estados Unidos, em West Point, onde teve aula de artes com o famoso pintor Robert Walter Weir. Porém, um ato de indisciplina, numa aula de Química, levou à expulsão de Whistler da Academia Militar. No ano de 1855, James Whistler viajou para a Europa para estudar artes. Ele nunca mais regressará aos Estados Unidos, apesar de manter a sua cidadania americana.
Chegado a Paris, James Whistler alugou um estúdio no Quartier Latin e rapidamente adotou a vida de um artista boémio. Durante um curto período estudou os métodos tradicionais da arte na Ecole Impériale et Spéciale de Dessin e no atelier de Charles Gleyre. Nesta época, namorou uma costureira francesa chamada Heloísa.
Em 1857 visitou a "Art Treasures Exhibition", em Manchester, passando a ter uma paixão pelos grandes mestres holandeses, que permaneceria ao longo de toda sua vida. No Museu do Louvre conheceu Henri Fantin Latour, e, através dele, entrou no círculo de amizades de Gustave Courbet, líder dos realistas na época. A sua primeira pintura importante, um retrato da sua meia-irmã. Deborah Haden, e a sua filha, foi rejeitado no Salão de 1859, mas admirado por Courbet.
Em agosto de 1858, uma viagem pelo norte da França resultou na série de gravuras "Twelve Etchings from Nature", impressas com a ajuda de Auguste Delâtre, em Paris. As gravuras de Whistler foram aceites no 91º Salão da Royal Academy de Londres, em 1859. O sucesso do seu trabalho incentivou o artista a mudar-se para a capital inglesa.
Entre seus trabalhos mais conhecidos, destaca-se a pintura Arranjo em cinza e preto No.1 (1871), popularmente conhecida como Retrato da Mãe do Artista.
James Abbott McNeill Whistler morreu em Londres, com 69 anos de idade, a 17 de julho de 1903.