segunda-feira, setembro 25, 2017

Adolfo Suárez nasceu há 85 anos

Adolfo Suárez González (Cebreros, Ávila, 25 de setembro de 1932 - Madrid, 23 de março de 2014) foi um político da Espanha. Ocupou o lugar de presidente do governo de Espanha de 1976 a 1981, sendo o primeiro presidente democrático após a ditadura do general Franco.
Foi-lhe concedido pelo rei Juan Carlos I da Espanha o título de "duque de Suárez" em 1981, com grandeza da Espanha, e foi cavaleiro da Ordem do Tosão de Ouro.

Brasão de armas do I duque de Suárez

Etapa de formação e primeira trajetória política
Licenciado em Direito pela Universidade de Salamanca, desempenhou diferentes cargos no regime franquista pela mão de Fernando Herrero Tejedor, um falangista ligado à Opus Dei, que foi o seu protetor desde que o conheceu, quando era governador civil de Ávila. Desta forma, em 1958, passa a fazer parte da Secretaría General del Movimiento ascendendo, em 1961, a Chefe do Gabinete técnico do Vice-Secretário Geral, procurador nas Cortes por Ávila em 1967 e governador civil de Segóvia em 1968. Em 1969 foi designado Diretor Geral de Radiotelevisión Española, onde já desempenhara outros cargos entre 1964 e 1968; permaneceu neste cargo até 1973.
Em abril de 1975, novamente da mão de Herrero Tejedor, foi nomeado Vice-Secretário Geral do Movimiento, cargo que ostentaria até a morte do seu mentor, a 13 de junho desse ano.
A 11 de dezembro de 1975, entrou no primeiro gabinete de Carlos Arias Navarro, formado após a morte de Franco, por sugestão de Torcuato Fernández Miranda, Adolfo Suárez é nomeado Ministro Secretário Geral do Movimiento.
A sua projeção para a titularidade da Presidência do Governo aumentou consideravelmente graças ao apoio da Coroa e o apoio popular às suas políticas reformistas. A 9 de junho de 1976, num discurso sobre a Lei de Associações Políticas nas Cortes antes da sua escolha citou uns versos de Antonio Machado (exilado devido ao avanço das tropas franquistas durante a Guerra Civil):

Presidente do Governo espanhol
Quando, em julho de 1976, o rei Juan Carlos I lhe encomendou a formação do segundo governo do seu reinado e a conseguinte desmontagem das estruturas franquistas, Suárez era um desconhecido para a maioria do povo espanhol. Porém, aos seus 43 anos, com dificuldades, foi capaz de aglutinar um grupo de políticos da sua geração que chegaram às convicções democráticas por diversos caminhos. Soube reunir, junto a falangistas «conversos» como ele, sociais democratas, liberais, democrata-cristãos, etc. e, entre 1976 e 1979, desmontar o regime franquista com a cumplicidade das forças antifranquistas, como o PSOE e, especialmente, do Partido Comunista de Espanha e do seu líder, Santiago Carrillo, que denominou Suárez como um "anticomunista inteligente".
Nesta tarefa contou com a ajuda de Torcuato Fernández Miranda, entre outros, que conseguiu a auto-liquidação das cortes franquistas e avançar no Projeto de Reforma Política diante duma receosa oposição democrática e com a colaboração do Tenente-General Manuel Gutiérrez Mellado, encarregado de tranquilizar e controlar, no possível, as altas esferas militares, compostas na sua maior parte por militares que ganharam a guerra civil e, portanto, favoráveis ao regime franquista.

Primeiro presidente democrático
A 15 de junho de 1977, pela primeira vez na Espanha desde 1936, celebraram-se eleições gerais livres. Adolfo Suárez alçava-se como vencedor das mesmas, à frente de um conglomerado de formações de centro-direita, aglutinadas sob as siglas UCD (União de Centro Democrático). As Cortes saídas daquelas eleições, convertidas em constituintes, aprovaram a Constituição, que o povo espanhol referendou em 6 de dezembro de 1978.
A 20 de agosto de 1978 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo de Portugal.
A 3 de março de 1979, Adolfo Suárez ganhava pela segunda vez umas eleições, e iniciava o seu terceiro mandato como presidente do Governo. Talvez o seu primeiro erro neste período tivesse sido o de evitar a apresentação do seu programa de governo perante o Congresso, o que lhe pôs contra de algum grupo, como o Partido Socialista Andaluz. Por outro lado, o triunfo nas eleições gerais ficou muito em segundo plano depois do acesso da esquerda aos principais municípios do país após as primeiras eleições municipais de abril. O acordo entre o PSOE e o PCE permitiu as grandes cidades espanholas serem governadas por prefeitos de partidos da oposição.
Foi uma etapa de governo cheia de dificuldades políticas, sociais e económicas. Em 1980, o PSOE apresentou uma moção de censura que, embora derrotada de antemão, deteriorou ainda mais a imagem de um Suárez desprovido de apoios no seu próprio partido. Finalmente, a falta de sintonia com o rei Juan Carlos e as tensões crescentes no seu próprio partido, levaram a apresentar a sua demissão a 29 de janeiro de 1981. Na sua mensagem ao país afirmou:
A suposição de que renunciava pela pressão dos militares pareceu confirmada pela tentativa de golpe de estado que aconteceu durante a investidura de Leopoldo Calvo-Sotelo. Contudo, alguns autores como Javier Tusell e Charles Powell insistem no cansaço e na falta de apoio da Coroa como principais fatores para a sua demissão.
Em 1981, o rei concedeu-lhe o título de "duque de Suárez" pelo seu papel no processo da transição espanhola.

Vida política posterior
Pouco depois da sua demissão criou juntamente com outros ex-dirigentes da UCD o partido Centro Democrático e Social (CDS), com o que se apresentou às eleições de 28 de outubro de 1982, sendo eleito deputado por Madrid. Revalidou a sua cadeira em 1986 e 1989, mas em 1991 demitiu-se de Presidente do CDS após os maus resultados da sua formação nas eleições municipais e abandonou definitivamente a política.
A 22 de fevereiro de 1996 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade de Portugal. Em 1996 foi-lhe concedido o "Prêmio Príncipe de Astúrias da Concórdia" pela sua importante contribuição para a Transição Espanhola à democracia, da qual é considerado um dos grandes artífices.
Tanto a sua esposa, Amparo Illana Elórtegui, quanto a sua filha maior, Marian Suárez Illana, padeceram e faleceram de cancro (Amparo em 2001 e a sua filha em 2004). A sua filha Sonsoles Suárez, apresentadora de televisão, também sofreu cancro. Suárez teve outros três filhos: Adolfo, que foi candidato do Partido Popular à presidência da Comunidade Autónoma de Castela-A Mancha em 2003, Laura e Javier.
Foi o seu filho Adolfo que, no decurso de uma entrevista para o programa Las cerezas da Televisão Espanhola emitido a 31 de maio de 2005, revelou que o ex-presidente Suárez padecia de Alzheimer, havia dois anos e nem sequer se lembrava de ter sido Presidente do Governo ,nem não reconhecia ninguém, respondendo unicamente a estímulos afetivos.
A 8 de junho de 2007 e por ocasião do trigésimo aniversário das primeiras eleições democráticas, o rei Juan Carlos nomeou-o cavaleiro da insigne Ordem do Tosão de Ouro, pela sua importantíssima atuação na transição espanhola, comenda que lhe foi entregue a 16 de julho de 2008.
A 23 de setembro de 2007 foi publicada uma entrevista inédita feita em 1980 no jornal ABC.

Morte 
Morreu a 23 de março de 2014, em Madrid, aos 81 anos.
  

Dee Dee Warwick nasceu há 75 anos

Delia Mae "Dee Dee" Warwick (Newark, 25 de setembro de 1942 - Condado de Essex, 18 de outubro de 2008) foi uma cantora de soul norte-americana. Era irmã de Dionne Warwick, sobrinha de Cissy Houston e prima de Whitney Houston.
Formou dupla com a irmã no início da carreira. Dee Dee teve alguns êxitos nas paradas de soul e R&B no final da década de 60 e na década de 70, incluindo "Foolish Fool" e "She Didn´t Know (She Kept on Talking)". Foi indicada duas vezes ao Grammy e fez coros para Aretha Franklin e Wilson Pickett, entre outros, antes da carreira a solo. Nos últimos meses de vida a cantora sofria diversos problemas de saúde. Morreu aos 66 anos, num asilo no condado de Essex, Estados Unidos ao lado da irmã Dione.
 
 

Christopher Reeve, o imortal Super-Homem, nasceu há 65 anos

Christopher D'Olier Reeve (Nova Iorque, 25 de setembro de 1952 - Mount Kisco, 10 de outubro de 2004) foi um ator e diretor realizador de cinema norte-americano. O seu papel mais famoso foi como o Super-Homem, numa série de quatro filmes. Tetraplégico desde 1995, após sofrer um acidente a cavalo, passou a liderar uma campanha pela legalização de pesquisas com células-tronco. Faleceu 10 de outubro de 2004 aos 52 anos de uma grave infecção, em virtude do seu estado de saúde.
 

O cantor Andy Williams morreu há cinco anos

Howard Andrew Williams, conhecido como Andy Williams (Wall Lake, 3 de dezembro de 1927 - Branson, 25 de setembro de 2012) foi um cantor norte-americano famoso por sucessos como a canção-tema do filme Breakfast at Tiffany's, Boneca de Luxo em Portugal, "Moon River".

Biografia
Começou a cantar na Igreja Presbiteriana local, depois formou um quarteto com os seus irmãos e se apresentou no show de Bing Crosby, em 1944. Começou a sua carreira a solo em 1952 e obteve diversos sucessos, até se tornar um dos mais populares cantores do país na década de 1960. Ganhou dezoito discos de ouro e três de platina, atrás apenas de Frank Sinatra, Elvis Presley e Johnny Mathis. Combinando bom gosto, técnica vocal e carisma, chegou várias vezes ao topo da lista da revista Billboard.
Teve o seu próprio show de televisão, o The Andy Williams Show, o mais popular da época e que venceu três prémios Emmy, entre 1962 e 1971, tendo cantado, ao lado de Julie Andrews, Ella Fitzgerald, Bobby Darin, Jerry Lewis, Bing Crosby, Judy Garland, Robert Goulet, Sammy Davis Jr., os irmãos Karen e Richard Carpenter, Tony Bennett, Dorival Caymmi (de quem gravou Roses, Roses, Roses), Marcos Valle (de quem gravou Summer Samba (So Nice) e The Face I Love) e Tom Jobim, que o considerava o melhor cantor americano de bossa nova. Nos anos 90 fundou o seu próprio teatro, chamado Moon River Theatre, em Branson, Missouri. Gravou oito álbuns de músicas natalícias, o que lhe valeu o título de Mr. Christmas, e apresentou por sete anos seguidos a cerimónia dos Grammy.
Em 1961 casou-se com Claudine Longet, de quem teve três filhos, separando-se dela em 1969. Casou-se pela segunda vez em 1991 com Debbie Haas. Williams e Debbie moravam em Branson, Missouri e La Quinta, na Califórnia, numa casa de arquitetura notável, pela sua arte moderna. Williams era golfista amador e manteve-se em plena atividade mesmo em idade avançada.
Faleceu a 25 de setembro de 2012, aos 84 anos, devido a complicações ocasionadas devido a um cancro de bexiga.
  
  

William Faulkner nasceu há 120 anos

William Cuthbert Faulkner (New Albany, 25 de setembro de 1897 - Byhalia, 6 de julho de 1962) foi um escritor norte-americano considerado um dos maiores escritores do século XX.
Recebeu o Prémio Nobel de Literatura de 1949. Posteriormente, ganhou o National Book Awards em 1951, por Collected Stories e, em 1955, pelo romance Uma Fábula. Foi vencedor de dois prémios Pulitzer de Ficção, o primeiro em 1955 por Uma Fábula e o segundo em 1962 por Os Desgarrados.
Utilizando a técnica do fluxo de consciência, consagrada por James Joyce, Virginia Woolf, Marcel Proust e Thomas Mann, Faulkner narrou a decadência do sul dos Estados Unidos, interiorizando-a nos seus personagens, a maioria deles vivendo situações desesperadoras no condado imaginário de Yoknapatawpha. Por muitas vezes descrever múltiplos pontos de vista (não raro, simultaneamente) e impor bruscas mudanças de tempo narrativo, a obra faulkneriana é tida como extremamente complexa e desafiadora.

domingo, setembro 24, 2017

Túpac Amaru foi executado há 445 anos

Túpac Amaru (Cusco, 1545 - Cusco, 24 de setembro de 1572) foi o último Inca, que se rebelou em Vilcabamba na época da conquista espanhola.
Filho de Manco Inca (também conhecido como Manco Capac II), foi feito sacerdote e guardião do corpo do seu pai. Túpac Amaru assumiu o título de supa inca, na época em que o Império Inca já havia perdido a sua capital, Cusco, e se resumia apenas à região de Vilcabamba, dezenas de quilómetros a norte de Cusco.

Ascensão
Túpac Amaru assumiu como Inca de Vilcabamba depois que seu meio-irmão, o inca Titu Cusi, morreu em 1570 . Os incas acreditavam que seu meio-irmão tinha sido forçado a admitir missionários agostinianos em Vilcabamba e que os espanhóis o haviam envenenado. Nestes tempos os espanhóis ainda não tinham sido avisados da morte do ex-Inca e tinham enviado como faziam rotineiramente embaixadores para continuar as negociações em curso. Um deles foi o conquistador Atilano de Anaya que, depois de atravessar a ponte de Chuquisaca, foi capturado e executado, juntamente com a sua escolta pelo general inca Curi Paucar. Ao ser informado dessa notícia pelo padre de Amaybamba, o novo vice-rei do Peru, Francisco de Toledo, decidiu submeter pela força o Reino de Vilcabamba, apelando para a justificativa de que os incas tinham quebrado a lei inviolável de todas as nações do mundo: o respeito pelos embaixadores, o vice-rei declarou formalmente a guerra em 14 de abril de 1572.
  
A guerra final com a Espanha
Para liderar a expedição de conquista foi contratado o conquistador Martín Hurtado de Arbieto e como mestre-de-campo foi nomeado Juan Alvarez Maldonado, como tenente-real e secretário Pedro Sarmiento de Gamboa. As tropas sob o seu comando eram compostas de várias peças de artilharia, 250 soldados espanhóis e 2.500 aliados nativos, entre os quais 1.000 Cañaris, inimigos mortais dos Incas rebeldes.   Para a defesa de Vilcabamba, Túpac Amaru tinha cerca de 2.000 soldados dos quais 600 ou 700 eram guerreiros antis (chamados chunchos pelos incas de Cusco), sobre os quais o falecido Titu Cusi dizia aos espanhóis, fingida ou verdadeiramente, que os mesmos ainda praticavam o canibalismo. Entre os seus generais estavam Hualpa Yupanqui, Parinango, Curi Paucar e Coya Topa.
Para atacar a cidadela inca, Hurtado de Arbieto dividiu seu exército em dois grupos, o primeiro, sob o seu comando direto atacaria por Chuquichaca, enquanto a segunda coluna, comandada por Arias de Sotelo, atacaria por Curahuasi. Ocorreram várias escaramuças, mas somente uma única grande batalha que teve lugar em Choquelluca, nas margens do rio Vilcabamba. Os incas atacaram primeiro com muita garra, apesar de parcamente armados, mas os espanhóis e os seus aliados indígenas foram capazes de resistir.  Nesta batalha ocorreu uma luta pessoal e desarmada entre o capitão inca Huallpa e o comandante Garcia de Loyola, quando o comandante espanhol estava em apuros depois ter recebido vários golpes diretos e estar prestes de cair de um barranco, um de seus homens traiçoeiramente disparou nas costas do inca, matando-o e causando um clima de indignação que reacendeu a luta. Durante a batalha, por um momento, os espanhóis estiveram prestes a serem dominados pelos guerreiros incas, mas, de repente, estes abandonaram a luta depois que os seus generais Maras Inga e Parinango foram mortos por projeteis de arcabuzes
No final da batalha os espanhóis capturaram a cidade e o Palácio de Vitcos, ao se aproximarem da cidadela de Tumichaca foram recebidos pelo seu comandante Puma Inga, que se rendeu e disse que a morte do embaixador espanhol Anaya fora responsabilidade de Curi Paucar e outros rebeldes. Em 23 de junho, caiu ante a artilharia espanhola o último foco de resistência Inca, o forte de Huayna Pucará, os nativos tinham-no construído recentemente e era defendido por 500 arqueiros antis. Os restos do exército Inca, agora em retirada, optaram por abandonar Vilcabamba, a sua última cidade e dirigiram-se a selva para reagrupar. Em 24 de junho os espanhóis tomaram posse de Vilcabamba. Nesta ocasião Sarmiento dirigiu as solenidades, levantou o estandarte real, o levou até a praça principal e proclamou:
Eu, o capitão Pedro Sarmiento de Gamboa, tenente-general deste campo, sob mandado do ilustre senhor Martín Hurtado de Arbieto, General, tomo posse desta cidade de Vilcabamba de sua região, províncias e jurisdição.
 
A Captura de Túpac Amaru 
Enquanto isso ocorria Túpac Amaru, acompanhado por seus guerreiros, havia deixado Vilcabamba no dia anterior e rumado a oeste, pelas matas das várzeas. O seu séquito, que incluía os seus generais e membros da sua família, foram divididos em pequenos grupos, numa tentativa de evitar que fossem presos todos juntos na perseguição.
Grupos de soldados espanhóis e guerreiros indígenas foram enviados para caçá-los, ocorrendo escaramuças sangrentas com a escolta do Inca. Um dos grupos espanhóis enviados capturou a esposa e filho de Wayna Cusi. Um segundo voltou sem encontrar nada. Um terceiro ao regressar voltou com dois irmãos de Tupac Amaru, outros parentes e os seus generais. Mas o Inca e o seu comandante permaneciam soltos.
A perseguição continuou, um grupo de quarenta soldados escolhidos a dedo saiu atrás de Tupac Amaru e Curi Paucar. O grupo seguiu o Rio Masahuay por 275 quilômetros, onde encontraram um tambo com ouro e pratos. Os espanhóis capturaram um grupo de antis e os forçaram a contar o que tinham visto, e eles relataram que ele tinham visto o Inca rio abaixo num barco. Os espanhóis construíram 20 balsas e continuaram a perseguição.
Ao chegarem às terras Momorí os espanhóis descobriram que Tupac Amaru tinha ancorado e continuou a sua fuga por terra. Eles continuaram com a ajuda de indígenas da região, que mostraram a rota pela qual os incas seguiram e avisaram que Tupac estava seguindo lentamente porque a sua esposa estava prestes a dar à luz. Após uma marcha de cerca de 80 quilómetros os espanhóis viram uma fogueira, por volta das nove horas da noite. Encontraram Tupac Amaru e a sua esposa, aprisionando-os.
Os cativos foram trazidos de volta para as ruínas de Vilcabamba e de lá entraram foram conduzidos para Cusco. Os vencedores também trouxeram os restos mumificados de Manco Capac e Titu Cusi e a estátua de ouro de Punchao, a mais preciosa relíquia da linhagem inca que continha os restos mortais dos corações dos incas falecidos. Estes objetos sagrados foram destruídos de seguida.
 
Execução
Os cinco generais incas capturados foram acusados das mortes de Frei Diego Ortiz, de Pedro Pando e do embaixador Atilano de Anaya, receberam um julgamento sumário em que nada foi dito em sua defesa sendo condenados a serem enforcados por Gabriel de Loarte, magistrado da corte, e então governador da cidade de Cusco. Os generais foram conduzidos pelas ruas até ao local de execução, depois de serem torturados na prisão. Três não aguentaram até chegar ao cadafalso, morrendo no caminho, e tendo o seu corpo colocado ao pé da forca, os dois restantes, Curi Paucar e um índio chamado Huanca, foram pendurados ainda vivos.
Já o julgamento de Tupac Amaru começou dois dias depois. Condenado à decapitação pelo assassinato de sacerdotes em Urcos, dos quais provavelmente era inocente. Muitos clérigos, convencidos dessa inocência, imploraram de joelhos ao vice-rei para que o líder Inca fosse enviado à Espanha, para ser julgado em vez de ser executado. No dia 24 de setembro de 1572, Tupac Amaru foi conduzido pelas ruas de Cusco entre o padre Alonso de Baranza e o padre Molina tendo as suas mãos atadas. Uma multidão aguardava na praça, que era guarnecida por cerca de 400 guardas com lanças. Em frente à catedral, na praça central de Cuzco, uma plataforma havia sido erguida. Tupac Amaru subiu ao cadafalso. Os índios lamentavam a sua sorte. Tupac Amaru levantou calmamente as mãos e o silêncio e a imobilidade caíram sobre a multidão. Tupac falou e implorou para que a multidão nunca amaldiçoasse os seus filhos por um mau comportamento, que os castigassem, mas nunca os amaldiçoasse. Os sacerdotes tinham-no convencido de que a sua morte era o desejo de Deus, pois uma vez tinha irritado sua mãe e esta o amaldiçoara com uma morte não natural. As suas últimas palavras dos incas foram: Ccollanan Pachacamac ricuy auccacunac yahuarniy hichascancuta. Mãe Terra, testemunha como meus inimigos derramaram meu sangue. Ao proferir essas palavras colocou a cabeça no tronco e o carrasco, um índio Canãri, tomou o cabelo de Tupac numa mão e cortou a cabeça com um único golpe de machete. Ele ergueu a cabeça no ar para a multidão ver. Ao mesmo tempo, os sinos igrejas e mosteiros da cidade tocaram. Uma grande tristeza se abateu em todos os nativos presentes.

Legado
O seu bisneto Tupac Amaru II liderou uma revolta, duzentos anos depois, e o seu nome e a sua história inspiraram o movimento revolucionário Tupamaros.
 

O Aiatolá Khomeini nasceu há 115 anos

O Aiatolá Sayyid Ruhollah Musavi Khomeini (Khomein, 24 de setembro de 1902 - Teerão, 3 de junho de 1989) foi uma autoridade religiosa xiita iraniana, líder espiritual e político da Revolução Iraniana de 1979 que depôs Mohammad Reza Pahlavi, na altura o xá do Irão. Governou o Irão desde a deposição do xá Reza Pahlavi até à sua morte, em 1989.
Costuma ser referido como Imã Khomeini dentro do Irão e pelos seus seguidores ao redor do mundo, e como Aiatolá Khomeini fora de seu país.
  
Falecimento
Khomeini morreu no hospital, onze dias depois de uma operação feita para tentar parar uma hemorragia interna. Diz-se que uma multidão de mais de um milhão de iranianos reuniu-se à volta do local de enterro, que era suposto não ser conhecido. Encontra-se sepultado no Cemitério Behesht-e Zahra, Teerão, no Irão.

sábado, setembro 23, 2017

sexta-feira, setembro 22, 2017

É (finalmente) outono...

(imagem daqui)

Glosa à chegada do Outono

O corpo não espera.Não.Por nós
ou pelo amor.Este pousar de mãos,
tão reticente e que interroga a sós
a tépida secura acetinada,
a que palpita por adivinhada
em solitários movimentos vãos;
este pousar em que não estamos nós,
mas uma sede,uma memória,tudo
o que sabemos de tocar desnudo
o corpo que não espera;este pousar
que não conhece,nada vê,nem nada
ousa temer no seu temor agudo...
Tem tanta pressa o corpo!E já passou,
quando um de nós ou quando o amor chegou.

 
in Fidelidade(1958) - Jorge de Sena

Marcel Marceau morreu há dez anos

Marcel Mangel, mais conhecido como Marcel Marceau ou Mime Marceau, (Estrasburgo, 22 de março de 1923 - Cahors, 22 de setembro de 2007) foi o mímico mais popular do período pós-guerra. Juntamente com Étienne Decroux e Jean-Louis Barrault deu uma nova roupagem à mímica no século XX.

(...)

Marcel Marceau morreu aos 84 anos. A notícia foi divulgada pela imprensa francesa, mas a família não forneceu detalhes sobre a sua morte. O seu enterro ocorreu no dia 26 de setembro de 2007, no cemitério parisiense do Père-Lachaise, na presença de cerca de 300 pessoas.
Casou-se três vezes e teve quatro filhos.

Nick Cave - 60 anos

Nicholas Edward Cave (Warracknabeal, 22 de setembro de 1957) é um músico, compositor, autor, argumentista e, ocasionalmente, ator australiano. É mais conhecido pelo seu trabalho no rock, com os Nick Cave and the Bad Seeds, onde explora temáticas como religião, morte, amor, América e violência. Em julho de 2015 o seu filho morreu ao cair de um penhasco, em Brighton, East Sussex, na Inglaterra. Este tinha 15 anos - este episódio culminou na temática do disco Skeleton Tree, que o músico estava a compor na época, com a banda Bad Seeds.
No filme Harry Potter e as Relíquias da Morte (parte 1) é tocada a música "O'Children", de sua autoria.

Discografia

Nick Cave And The Bad Seeds
  • 1984 - From Her to Eternity
  • 1985 - The First Born Is Dead
  • 1986 - Kicking Against the Pricks
  • 1986 - Your Funeral... My Trial
  • 1988 - Tender Prey
  • 1990 - The Good Son
  • 1992 - Henry's Dream
  • 1993 - Live Seeds (ao vivo)
  • 1994 - Let Love In
  • 1996 - Murder Ballads
  • 1997 - The Boatman's Call
  • 1999 - The Best of Nick Cave and the Bad Seeds (coletânea)
  • 2001 - No More Shall We Part
  • 2003 - Nocturama
  • 2004 - Abattoir Blues & The Lyre of Orpheus
  • 2008 - Dig, Lazarus, Dig!!!
  • 2013 - Push the Sky Away
  • 2016 - Skeleton Tree
Grinderman
  • 2007 - Grinderman
  • 2010 - Grinderman2

O padre e músico José Maurício Nunes Garcia nasceu há 250 anos

José Maurício Nunes Garcia (Rio de Janeiro, 22 de setembro de 176718 de abril de 1830) foi um padre católico, professor de música, maestro, multi-instrumentista e compositor brasileiro.
Mulato, descendente de escravos, nasceu pobre, mas recebeu uma educação sólida tanto em música como em letras e humanidades. Optou pela carreira na Igreja por devoção mas provavelmente também por praticidade, sendo um meio de garantir um futuro decente, especialmente para pessoas de sua condição social. Suas elevadas qualificações artísticas e intelectuais se revelaram cedo e, de certo modo, fizeram a sociedade escravocrata da sua época atenuar as fortes restrições de acesso a posições de prestígio que colocava contra os negros e pardos como ele, mas não o livraram completamente dos infortúnios gerados pelo preconceito.
José Maurício viveu numa fase de grandes mudanças políticas, sociais e culturais, testemunhando a transição entre o Brasil colonial e o Império independente, e entre o Barroco e o Neoclassicismo. Neste período passou-se de um universo cultural que tinha dois séculos de idade e raízes solidamente fincadas no Brasil, baseando-se nos contrastes acentuados, na sumptuosidade decorativa e na expressão emocional exaltada, para outro em que houve a recuperação de ideais da Antiguidade, que pregavam o equilíbrio, a clareza e a economia expressiva sob o primado da razão. A sua obra musical refletiria essas mudanças estéticas em uma síntese híbrida e multifacetada, traindo a herança da música colonial brasileira mas absorvendo fortes influências da escola classicista germânica, que viria a dominar sua produção madura. O seu apogeu durou apenas cerca de dez anos, iniciando com sua nomeação como mestre de capela da Catedral do Rio de Janeiro no final do século XVIII, e transcorrendo ao longo da primeira parte do período em que a corte portuguesa esteve no Rio. Nessa época, caiu nas graças do príncipe-regente dom João, que foi um grande admirador de seu talento, indicando-o diretor da Capela Real e fazendo-o cavaleiro da Ordem de Cristo. Entretanto, o afamado operista português Marcos Portugal, ao chegar em 1811, imediatamente ganhou o favor da elite e lhe fez guerra constante, ocupando praticamente todo o seu antigo espaço. Isto iniciou sua fase de decadência, ao que parece acelerada por uma saúde em declínio e pela generalizada crise económica e institucional dos primeiros anos após a Independência do Brasil. Mesmo assim, neste período final compôs algumas de suas obras mais importantes, como o Requiem e o Ofício de Finados (1816) e as missas de Nossa Senhora do Carmo (1818) e de Santa Cecília (1826). Faleceu, quase na miséria, com pouco mais de sessenta anos, deixando, apesar de ser padre, cinco filhos, que teve com Severiana Rosa de Castro.
Foi talvez o compositor brasileiro mais prolífico da sua época, e hoje é considerado um dos nomes mais representativos da música brasileira de todos os tempos e sem dúvida o mais importante compositor de sua geração. Entretanto, sua posição histórica tem sido interpretada à luz de ideologias divergentes e muitos mitos ainda se prendem à sua figura, que é mais citada pelo folclore que gerou do que realmente conhecida e compreendida de maneira objetiva e crítica. Sobrevivem mais de 240 composições catalogadas, praticamente todas no género sacro e vocal, entre missas, matinas, vésperas, motetos, antífonas e outras voltadas para o culto católico, além de umas poucas modinhas e peças orquestrais e dramáticas, bem como uma obra didática, e outro tanto foi perdido. Fez renome também como professor de música e instrumentista, elogiado sobretudo pelas suas qualidades como improvisador e acompanhador ao teclado.
 
 

Antônio Conselheiro morreu há 120 anos

Estátua em madeira representando o Conselheiro no memorial em Quixeramobim

Antônio Vicente Mendes Maciel (Nova Vila de Campo Maior, 13 de março de 1830 - Canudos, 22 de setembro de 1897), mais conhecido na História do Brasil como Antônio Conselheiro, que se autodenominava "o peregrino", foi um líder religioso brasileiro.
Figura carismática, adquiriu uma dimensão messiânica ao liderar o arraial de Canudos, um pequeno vilarejo no sertão da Bahia, que atraiu milhares de sertanejos, entre camponeses, índios e escravos recém libertos, e que foi destruído pelo Exército da República na chamada Guerra de Canudos em 1896.
A imprensa dos primeiros anos da República e muitos historiadores, para justificar o genocídio, retrataram-no como um louco, fanático religioso e contra-revolucionário monárquico perigoso.
Herói do Brasil, lutou pelos grupos sociais menos favorecidos, em uma época em que a escravidão e opressão eram naturais.

(...)

Em 22 de setembro de 1897, morre Antônio Conselheiro. Não se sabe ao certo qual foi a causa de sua morte. As razões mais citadas são ferimentos causados por uma granada, e uma forte "caminheira" (disenteria).
Em 5 de outubro de 1897 são mortos os últimos defensores de Canudos, e o exército inicia a contagem das casas do arraial. No dia seguinte o cadáver de Antônio Conselheiro é encontrado enterrado no Santuário de Canudos, sua cabeça é cortada e levada até a Faculdade de Medicina de Salvador para ser examinada pelo Dr. Nina Rodrigues, pois para a ciência da época, "a loucura, a demência e o fanatismo" deveriam estar estampados nos traços de seu rosto e crânio. O arraial de Canudos é completamente destruído.

Madre Teresa de Santo Agostinho nasceu há 265 anos

Mère Thérèse bénissant les carmélites avant l'exécution, Vitrail de l'église Saint Honoré

Marie-Madeleine-Claudine Lidoine, appelée en religion Mère Thérèse de Saint-Augustin ou parfois Madame Lidoine (Paris le - Paris le ) est la mère supérieure des Carmélites de Compiègne qui furent guillotinées à Paris durant la Grande Terreur.
Béatifiée avec ses sœurs carmélites martyres de Compiègne le par le pape Pie X, elle est fêtée le 17 juillet.

 
Pintura representativa da chegada em glória ao Céu das mártires carmelitas de Compiègne

As Carmelitas de Compiègne ou Mártires Carmelitas de Compiègne ou Mártires de Compiègne são dezasseis religiosas do Carmelo de Compiègne assassinadas por revolucionários franceses do Comité de Salvação Pública que as levaram à guilhotina por ódio à religião, no segundo período do Terror da Revolução Francesa, no dia 17 de julho de 1794, no local hoje denominado "Place de la Nation", na época "Place du Trône Renversé".

Antes de serem executadas ajoelharam-se e cantaram o hino Veni Creator, após o que todas renovaram em voz alta os seus compromissos do batismo e os votos religiosos. A execução teve início com a noviça e por último foi executada a Madre Superiora 'Madeleine-Claudine Ledoine (Madre Teresa de Santo Agostinho - Paris, 22 de setembro de 1752), professa em 16 ou 17 de maio de 1775. Durante as execuções reinou absoluto silêncio. Os seus corpos foram sepultados num profundo poço de areia num cemitério em Picpus. Como neste areal foram enterrados 1.298 vítimas da Revolução, é pouco provável a recuperação das suas relíquias. Foram solenemente beatificadas em 27 de maio de 1906 pelo Papa São Pio X.
O Papa João Paulo I sobre elas disse: Durante o processo ouviu-se a condenação: "À morte por fanatismo". E uma, na sua simplicidade, perguntou: — "Senhor Juiz, se faz favor, que quer dizer fanatismo?". Responde o juiz: — É pertencerdes tolamente à religião". — "Oh, irmãs!" — disse então a religiosa — "ouvistes, condenam-nos pelo nosso apego à fé. Que felicidade morrer por Jesus Cristo!". Fizeram-nas sair da prisão da Conciergerie, meteram-nas na carreta fatal e elas, pelo caminho, foram cantando hinos religiosos; chegando ao palco da guilhotina, uma atrás doutra ajoelharam-se diante da Prioresa e renovaram o voto de obediência. Depois entoaram o "Veni Creator"; o canto foi-se tornando, porém, cada vez mais débil, à medida que iam caindo, uma a uma, na guilhotina, as cabeças das pobres irmãs. Ficou para o fim a Prioresa, Irmã Teresa de Santo Agostinho; e as suas últimas palavras foram estas: "O amor sempre vencerá, o amor tudo pode". Eis a palavra exacta: não é a violência que tudo pode, é o amor que tudo pode.
O grupo de religiosas carmelitas, lideradas por Madre Teresa de Santo Agostinho, era composto por 16 mulheres: 10 freiras, 1 noviça, 3 irmãs leigas e 2 irmãs rodeiras.

O evento nas Artes
  • Literatura e teatro
A respeito deste facto, Gertrud von le Fort, escritora e romancista alemã (1876-1971), escreveu o romance histórico "A última ao cadafalso", posteriormente adaptado para o teatro, por Georges Bernanos, sob o título de "Diálogo das Carmelitas", publicado postumamente (em 1949).
  • Música
Em 1957, Francis Poulenc lançou uma ópera intitulada Dialogues des carmélites, sobre este evento.
  • Cinema
O texto da peça de Bernanos foi adaptado para o cinema sob o nome de Diálogo das Carmelitas.
 

quinta-feira, setembro 21, 2017

September, 21 - Do you remember?


September - Earth, Wind & Fire

Do you remember the
21st night of September?
Love was changing the minds of pretenders
While chasing the clouds away
Our hearts were ringing
In the key that our souls were singing.
As we danced in the night,
Remember how the stars stole the night away
Ba de ya - say do you remember
Ba de ya - dancing in September
Ba de ya - never was a cloudy day
Ba duda, ba duda, ba duda, badu
Ba duda, badu, ba duda, badu
Ba duda, badu, ba duda
My thoughts are with you
Holding hands with your heart to see you
Only blue talk and love,
Remember how we knew love was here to stay
Now December found the love we shared in September.
Only blue talk and love,
Remember the true love we share today
Ba de ya - say do you remember
Ba de ya - dancing in September
Ba de…

O livro O Hobbit foi publicado há oitenta anos!

The Hobbit, or There and Back Again (publicado em Portugal como O Gnomo e O Hobbit e, no Brasil, como O Hobbit ou Lá e de Volta Outra Vez ou simplesmente O Hobbit) é um livro infanto-juvenil de alta fantasia escrito pelo filólogo e professor britânico J. R. R. Tolkien. Publicado originalmente a 21 de setembro de 1937, foi aclamado pela crítica, sendo nomeado à Medalha Carnegie e recebendo um prémio do jornal norte-americano New York Herald Tribune de melhor ficção juvenil. O romance mantém-se popular com o passar dos anos e é reconhecido como um clássico da literatura infantil.
Situado num tempo "Entre o Alvorecer das Fadas e o Domínio dos Homens", o livro segue a busca do hobbit caseiro Bilbo Baggins para conquistar uma parte do tesouro guardado pelo dragão Smaug. A jornada de Bilbo o leva de um ambiente rural alegre a um território mais sinistro. A história é contada na forma de uma busca episódica, e a maioria dos capítulos apresenta uma criatura específica, ou um tipo de criatura, das "Terras Ermas" de Tolkien. Ao aceitar o lado desonroso, romântico, feérico e aventureiro da sua natureza e aplicar a sua inteligência e senso comum, Bilbo ganha um novo nível de competência, maturidade e sabedoria. A história atinge o seu clímax na Batalha dos Cinco Exércitos, onde muitos das personagens e criaturas dos capítulos anteriores reemergem para se envolver no conflito.
O crescimento pessoal e as diferentes formas de heroísmo são os temas centrais da história. Juntamente das causas que levam a uma guerra, esses temas levaram os críticos a citar as próprias experiências pessoais de Tolkien durante a Primeira Guerra Mundial como instrumentos na formação da história. O conhecimento académico do autor sobre literatura anglo-saxónica e o seu interesse em contos de fadas também são indicados como influências.
Encorajada pelo sucesso crítico e financeiro do livro, a editora pediu uma continuação. Como o trabalho de Tolkien no seu sucessor, O Senhor dos Anéis, estava evoluindo, o escritor fez algumas acomodações retrospectivas para ele em O Hobbit. Essas poucas porém significativas mudanças foram integradas na segunda edição. Seguiram-se outras edições com alterações menores, incluindo aquelas que refletem um conceito variável de Tolkien do mundo de Bilbo. A obra nunca esteve fora de catálogo de vendas e seu legado permanente abrange muitas adaptações para teatro, cinema, rádio, jogos de tabuleiro e video games. Várias dessas adaptações têm recebido reconhecimento da crítica por seus próprios méritos.

Stephen King - 70 anos

Stephen Edwin King (Portland, 21 de setembro de 1947) é um escritor americano, reconhecido como um dos mais notáveis escritores de contos de horror fantástico e ficção de sua geração. Os seus livros já venderam quase 400 milhões de cópias, com publicações em mais de 40 países. Muitas de suas obras foram adaptadas para o cinema. É o nono autor mais traduzido no mundo.
Embora seu talento se destaque na literatura de terror/horror, escreveu algumas obras de qualidade reconhecida fora desse género e cuja popularidade aumentou ao serem levadas ao cinema, como nos filmes Conta Comigo, Os Condenados de Shawshank (contos retirados do livro As Quatro Estações), Christine, Eclipse Total, Lembranças de um Verão e À Espera de um Milagre.
O seu livro, The Dead Zone, originou a série da FOX com o mesmo nome. O próprio King já escreveu roteiros de episódios para séries, como The X-Files (Arquivo X no Brasil, Ficheiros Secretos em Portugal), em que ele escreveu o roteiro do episódio "Feitiço", da quinta temporada.