domingo, dezembro 08, 2013

Jim Morrison nasceu há 70 anos!

James "Jim" Douglas Morrison (Melbourne, 8 de dezembro de 1943 - Paris, 3 de julho de 1971) foi um cantor, compositor e poeta norte-americano, mais conhecido como o vocalista da banda de rock The Doors. Foi o autor da maior parte das letras da banda. Após aumento explosivo da fama do The Doors em 1967, Morrison desenvolveu uma grave dependência de drogas e do álcool que culminou na sua morte com 27 anos de idade em Paris. Ele é acusado de ter morrido de uma overdose de heroína, mas como não foi realizada autópsia, a causa exata de sua morte ainda é contestada.
Morrison era conhecido por muitas vezes pelas suas performances de spoken word e poesias improvisadas enquanto a banda tocava ao vivo. Devido à sua maneira de atuar no palco e sua personalidade selvagem, ele é considerado por críticos e fãs como um dos vocalistas mais icónicos, carismáticos e pioneiros do rock da história da música. Morrison foi classificada na 47° posição na lista da revista Rolling Stone dos "100 Maiores Cantores de Todos os Tempos", e em 22° lugar na lista da revista Classic Rock dos "50 maiores cantores de rock".

Início de vida
Jim Morrison era filho do Almirante George Stephen Morrison e da sua mulher, Clara Clark Morrison, ambos funcionários da marinha americana. Os seus pais eram conservadores e rigorosos, todavia Jim acabou por tomar para si pontos de vista completamente antagónicos aos que lhe foram ensinados. Ainda jovem, foi escuteiro.
De acordo com Morrison, um dos eventos mais importantes da sua vida aconteceu em 1947, então com quatro anos, durante uma viagem de família ao Novo México, que ele descreveu assim:
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A primeira vez que descobri a morte… eu, os meus pais e os meus avós, íamos de automóvel no meio do deserto ao amanhecer. Um caminhão carregado de índios, tinha chocado com outra viatura e havia índios espalhados por toda a auto-estrada, sangrando. Eu era apenas uma criança e fui obrigado a ficar dentro do automóvel enquanto os meus pais foram ver o que se passava. Não consegui ver nada – para mim era apenas tinta vermelha esquisita e pessoas deitadas no chão, mas sentia que alguma coisa se tinha passado, porque conseguia perceber a vibração das pessoas à minha volta, então de repente apercebi-me que elas não sabiam mais do que eu sobre o que tinha acontecido. Esta foi a primeira vez que senti medo… e eu penso que nessa altura as almas daqueles índios mortos – talvez de um ou dois deles – andavam a correr e aos pulos e vieram parar à minha alma, e eu, apenas como uma esponja, ali sentado a absorvê-las.
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Os pais de Morrison afirmaram que tal incidente nunca ocorreu. Morrison dizia que ele ficara tão perturbado pelo caso que os seus pais lhe diziam que tinha sido um pesadelo, para o acalmar. Em qualquer caso, tenha sido real ou imaginário, o incidente marcou-o profundamente, e ele fez repetidas referências nas suas canções, poemas e entrevistas, como por exemplo nas músicas "Peace Frog" e "Ghost Song".
Jim cresceu em locais como Alexandria; Virginia; Clearwater, Flórida; Washington D.C.; Albuquerque, Novo México; Claremont e Alameda, Califórnia; e em mais dois ou três sítios, devido à profissão do pai.
Ele foi influenciado por Friedrich Nietzsche, cujas opiniões sobre a estética, moralidade e dualidade apolínica e dionisíaca iriam aparecer na sua conversa, poesia e canções. Ele leu as obras do poeta francês simbolista Arthur Rimbaud, cujo estilo influenciaria mais tarde a forma de pequenos poemas em prosa que ele escreveu. Ele também foi influenciado por Jack Kerouac, Allen Ginsberg, Lawrence Ferlinghetti, Charles Baudelaire, Molière, Franz Kafka, Honoré de Balzac e Jean Cocteau, juntamente com a maioria dos filósofos existencialistas franceses. Quando Morrison atingiu os 15 anos, a família mudou-se para Washington, onde ficaram 3 anos enquanto Jim frequentou George Washington High School. Apesar da poesia já fazer parte da sua vida, a partir deste ponto ele começou a levá-la bem a sério (escreveu Horse Latitudes durante este período) escrevendo sem parar em diários e cadernos. Ele graduou-se na George Washington High School em 1961, apesar dos pais o acharem preguiçoso. Os seus pais matricularam-no na St. Petersburg Junior College na Flórida, e mandaram para passar um ano a viver em Clearwater, Florida com os avós. Jim depressa aprendeu que ficar bêbado e perseguir a vida boémia deixava os avós bastante chateados, por isso ele fazia ambas as coisas. Quando o ano passou, Jim começou as aulas na Florida State University - "apenas porque não conseguia pensar em nada mais para fazer". Estudou, entre outras coisas, filosofia e psicologia de multidão, onde sem dúvida aprendeu uns truques que usaria mais tarde na sua vida. Mas ele queria desistir, para estudar cinema em UCLA. Não conseguindo persuadir os pais a aceitarem,matriculou-se em tantas aulas relacionadas com o teatro quanto possível. Ele ainda estava determinado a chegar a UCLA. E conseguiu em 1964, depois de ter finalmente a permissão dos pais (apesar de ter mais de 18 anos, presumivelmente necessitava de assistência financeira). No departamento de artes teatrais de UCLA, Jim especializou-se em técnicas de filme. Jim graduou-se na UCLA no verão de 1965. Ele nem se incomodou em ir à sua cerimónia de graduação. Já tinha ido embora, exprimido raiva durante uns dias, depois da primeira e única passagem do seu filme de fim de ano ter atraído comentários bastante negativos, tanto de professores como de estudantes. Jim cortou todas as comunicações com a família, chegando mesmo a queimar cheques que lhe mandavam.

The Doors
Morrison tornou-se um descobridor, interessado em explorar novos caminhos e sensações diferentes, e seguiu uma vida boémia na Califórnia, frequentou a Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), formando-se no curso de cinema, deambulando por lá, dormindo em sofás, andou por Venice, Los Angeles, devorando livros. Após a graduação pela UCLA, Morrison, após um encontro casual com o seu antigo colega Ray Manzarek, leu-lhe alguns poemas (entre os quais o famoso "Moonlight Drive"), e ambos decidiram logo fazer uma banda de rock. Para completar a banda vieram mais dois membros juntar-se a eles, Robby Krieger e John Densmore, que Ray conhecia das suas aulas de meditação. O nome da banda – The Doors - foi inspirado no livro The Doors of Perception de Aldous Huxley, que o tinha ido buscar a um verso de um poema de William Blake, que dizia: If the doors of perception were cleansed, every thing would appear to man as it is, infinite. (Se as portas da percepção estiverem limpas/ Todas as coisas se apresentarão ao homem como são, infinitas) - The Marriage of Heaven and Hell. Morrison desenvolveu um estilo de cantar único e um estilo de poesia a tocar fortemente o misticismo.
Morrison adoptou a alcunha de "Mr. Mojo Risin'", um anagrama de "Jim Morrison" e que ele usou como refrão na música "LA Woman" no álbum com o mesmo nome e o último que gravou. Era também chamado de Lizard King retirado de um verso do seu famoso épico "The celebration of the Lizard", parte do qual foi gravado no álbum Waiting for the Sun, adaptado a musical nos anos 90.
Ainda antes da formação dos Doors, Morrison começou a consumir várias drogas, a beber álcool em grandes quantidades e a entregar-se a diversos prazeres, aparecendo embriagado para as sessões de gravação (podendo ouvir-se soluços em "Five to one").
Apesar de nunca se ter sentido próximo da sua família, Morrison protegia os seus companheiros de banda. Aparentemente, uma vez disse a Ray Manzarek que nunca se sentia confortável num encontro social a não ser que ele ou outro membro do grupo estivesse com ele. Morrison recusou algumas oportunidades de carreira a solo.
Em março de 1971, após todos os membros da banda terem decidido parar algum tempo, Morrison mudou-se para Paris, na companhia da sua namorada de sempre, Pamela Courson, com o propósito de se concentrar na escrita.
Jim Morrison era um barítono e tinha um timbre de voz bonito e encorpado. Ele tinha bons graves e chegava a altos agudos.

Poesia e cinema a solo
Morrison começou a escrever em sua adolescência. Na faculdade, ele estudou os campos relacionados do teatro e cinema.
Ele publicou independentemente dois volumes de sua poesia, em 1969, The Lords / Notes on Vision e The New Creatures. The Lords consiste em breves descrições de lugares, pessoas, eventos e pensamentos de Morrison sobre o cinema. Os versos de The New Creatures são mais poéticos em estrutura, sentimento e aparência. Esses dois livros foram depois combinados em um único volume intitulado The Lords and The New Creatures. Esses foram os únicos escritos publicados durante a vida de Morrison.
Morrison ajudou o poeta beat Michael McClure, que escreveu para a biografia de Morrison por Danny Sugerman, No One Here Gets Out Alive. McClure e Morrison colaboraram em projetos de filme, incluindo uma versão da peça infame de McClure, The Beard, na qual Morrison teria atuado como Billy the Kid.
Depois da sua morte, dois volumes da poesia de Morrison foram publicados. O conteúdo dos livros foi selecionado e corganizado pelo amigo de Morrison Frank Lisciandro, e pelos pais da namorada Pamela Courson, que possuíam os direitos de autor da sua poesia. The Lost Writings of Jim Morrison Volume 1 é intitulado Wilderness, e, depois de ser lançamento em 1988, tornou-se um best seller na pesquisa do jornal New York Times. O volume 2, The American Night, lançado em 1990, foi também um sucesso.
Morrison gravou a sua própria poesia num estúdio profissional de som, em duas ocasiões separadas. A primeira foi em março de 1969, em Los Angeles, e a segunda ocorreu em 8 de dezembro de 1970. Na última sessão assistiram amigos pessoais de Morrison e incluiu uma gama de peças esboçadas. Alguns dos segmentos da sessão de 1969 foram lançados no álbum bootleg The Lost Paris Tapes e foram posteriormente utilizadas como parte do álbum do The Doors An American Prayer, lançado em 1978. O álbum alcançou o número 54 em listas de música. A poesia gravada em dezembro de 1970 permanece não lançada até hoje e está na posse da família Courson.
O mais conhecido mas raramente visto empenho cinematográfico de Morrison é HWY: An American Pastoral, um projeto que ele começou em 1969. Morrison financiou-o e formou a sua própria companhia de produção para manter controle completo do projeto. Paul Ferrara, Frank Lisciandro e Babe Hill ajudaram na inciativa. Morrison interpretou o personagem principal, um viajante à boleia tornado assassino e ladrão de carros. Morrison convidou o seu amigo, o compositor e pianista Fred Myrow, para selecionar a banda sonora para o filme.

(imagem daqui)

Morte
Em Paris, morreu a 3 de julho de 1971, na banheira, aos 27 anos de idade. Na sua lápide está escrito: "Kata ton daimona eaytoy"  (Κατά τον δαίμονα εαυτού - numa tradução literal, em português: "Destrói o teu demónio interior). Muitos fãs e biógrafos especularam sobre a causa da morte, se teria sido por overdose, pois embora Jim não era conhecido por consumir heroína, mas Pam fazia-o (morreu de overdose em 1973) e é sabido que, nesse verão, correu Paris à procura de heroína de uma pureza invulgar. Outra hipótese seria um assassinato planeado pelas próprias autoridades do governo americano. Morrison foi referido como sendo o nº 4 a morrer misteriosamente, tendo sido os três primeiros Jimi Hendrix, Janis Joplin e Brian Jones (todos mortos com 27 anos). O relatório oficial diz que foi "ataque de coração" a causa da sua morte. Está sepultado no famoso Cemitério Père-Lachaise,  em Paris. Devido a atos de vandalismo de alguns fãs, por diversas vezes a associação de amigos do cemitério sugeriu que o corpo fosse transferido para outra necrópole.
Em abril de 2010, foi lançado o documentário When You're Strange de Tom DiCillo, que conta a história do The Doors. O documentário é narrado pelo ator Johnny Depp.


Corey Taylor - 40 anos!

Corey Taylor (Des Moines, 8 de dezembro de 1973) é um compositor, produtor cinematográfico e vocalista das bandas Slipknot e Stone Sour.
Na banda Slipknot, Corey é #8. É conhecido por ter uma voz extremamente rouca e grave.
Nos palcos, Corey é como se fosse outra pessoa, quando está utilizando a sua máscara, mas garante que, fora do palco, é uma pessoa muito tranquila. Taylor é o número 69 no ranking do Top 100 Metal Vocalists of All Time 2012.

Taylor com os Slipknot em 2011

Máscara
Era, originalmente, uma máscara de couro com dreads verdadeiros que praticamente cobriam o seu cabelo; essa máscara moldada com látex e dreads falsos teve várias versões. Com a máscara do Vol. 3, que no lado esquerdo está sorrindo e no direito está triste, os dreads sumiram e é seu próprio cabelo, vermelho e roxo, que se vê. Atualmente, Corey usa uma máscara toda de látex, somente com abertura para nariz e boca, uma tela preta cobre seus olhos que são de tamanhos diferentes, pequenos furos para os ouvidos e aberta em cima, na região dos cabelos.

"Nós não estamos nos escondendo atrás dessas máscaras, estamos nos revelando mais do que vocês podem imaginar. A máscara que eu uso põe para fora toda as coisas más que há dentro de mim. Mesmo se não usássemos máscaras, a nossa música ainda seria de boa qualidade."

Vida pessoal
Corey Taylor é o mais velho de três irmãos, foi criado por pouco tempo em Orlando pelo seu tio George Robinson, mas Corey foi criado principalmente com a sua a mãe em Waterloo, num lugar descrito por Corey como um "buraco no chão com edifícios ao redor dele". Corey tem ascendência belga, polaca e dinamarquesa, por parte de pai.
Taylor foi criado por sua mãe solteira. Ele desenvolveu um sentimento apaixonado pelo rock clássico depois que sua avó lhe permitiu que ouvisse música desse estilo.
Em 1981, ele e a sua mãe assistiram à série de ficção científica Buck Rogers in the 25th Century. Antes da série, assistiram ao filme de terror Halloween. Taylor disse que isso "desenvolveu algum sentido próprio dos Slipknot". Inspirado nesse filme, Taylor se identificou com máscaras e temas de terror, enquanto a avó de Taylor lhe permitia conhecer o rock, mostrando-lhe uma coleção de LP's de Elvis Presley. Ele, especialmente, começou gostar de algumas músicas, como "Teddy Bear", "In The Ghetto" e "Suspicious Minds", por apelarem aos seus interesses, descrevendo-os como "bons tempos". Taylor também começou a ouvir Black Sabbath desde pequeno, começando assim com a sua aprendizagem musical.
Taylor, com a sua mãe e irmã, moravam numa "velha quinta em ruínas", que em dias de outono lhe lembrava as capas de discos dos Black Sabbath. Aos 15 anos, Corey tinha desenvolvido dependência de drogas e teve duas overdoses de cocaína, quando isso aconteceu, Corey estava a viver em Waterloo. Depois foi morar em uma roulotte com a sua avó, no Ohio. Ela ficou com a custódia legal dele e ajudou-o a comprar os seus primeiros instrumentos musicais. Quando Taylor completou os 18 anos, ele deixou a avó e foi morar em vários lugares, achando que a sua cidade natal, Des Moines, era o melhor lugar para viver.
Taylor também teve problemas de abuso de álcool, que a sua ex-esposa, Scarlett, ajudou-o, tendo-o impedido de cometer suicídio. Em 2006, Taylor disse à MTV que ele tentou pular de uma varanda do oitavo andar do Hyatt, na Sunset Boulevard, em 2003, mas "de alguma forma [Scarlett] me parou". Isso foi mais tarde Corey se retratou desta afirmação, em entrevista à Kerrang! e disse, na verdade, que fora o seu amigo Thom Hazaert que o impediu de saltar. Scarlett então lhe disse ele teria que ficar sóbrio ou que se separavam.

Casamentos
Taylor se divorciou de Scarlett Stone – com quem se casou a 11 de março de 2004, numa cerimónia pequena, no Botanical Center, em Des Moines, Iowa, no começo de 2007. Na edição de novembro de 2008 da revista Revolver, ele foi citado como tendo dito: “Depois que fiquei sóbrio, descobri que o meu relacionamento já não estava bom para mim. A minha esposa e eu tínhamos nos afastado demais.” Corey casou pela segunda vez com Stephanie Luby no dia 13 de novembro de 2009, no Palm's Hotel, em Las Vegas. A noiva caminhou até o altar ao som de “For Whom The Bell Tolls“, dos Metallica. Foram convidados 350 pessoas, que lencheram o Pearl Concert Theater do Hotel, incluindo Mark McGrath, dos Sugar Ray, e também Dave Navarro, dos The Panic Channel e Billy Morrison (que fez a cerimónia) dos Camp Freddy. Depois, o noivo e todos os músicos presentes subiram ao palco, para cantar três músicas. Coincidentemente, nesse ano o dia 13 de novembro foi numa sexta-feira 13.

Reencontro com o pai
Corey cresceu sem conhecer o seu pai, que partiu pouco antes de seu nascimento e, a pedido da sua mãe, ficou longe da sua vida. Os dois finalmente encontraram-se muitos anos depois, em 2006, quando Scarlett Stone (ex-esposa de Corey) persuadiu a mãe de Taylor para que contasse tudo que sabia sobre o pai, e quando ela concordou, Scarlett contratou um detetive particular para encontrar o pai de Corey Taylor.

Slipknot
Em Des Moines, Iowa, Joey Jordison, Shawn Crahan, Mick Thomson foram até Corey pedindo-lhe para se juntar Slipknot. Ele concordou em ir para um dos ensaios, e acabou cantando na frente deles. Pediram-lhe para entrar na banda, por causa de seus vocais melódicos. Taylor tornou-se vocalista da banda, quando o vocalista anterior, Anders Colsefini, saiu, por causa de problemas com o seu desempenho nos shows. Dos nove membros do Slipknot, Corey foi o sexto a entrar na banda.
Sentindo que poderia se expandir mais nos Slipknot do que nos Stone Sour, Taylor entrou em hiato com os Stone Sour. O primeiro show de Corey com os Slipknot foi a 22 de agosto de 1997, que, de acordo com os restantes membros da banda, não correu muito bem. Durante o seu primeiro show, Corey cantou sem usar uma máscara, no entanto, no seu segundo show, quase um mês depois, Corey usava uma máscara que lembra a máscara do álbum de estreia. A máscara atual de Taylor foi descrita por Chris como "se fosse feita de carne apodrecida como Leatherface.
Taylor grava com Slipknot desde o lançamento do Slipknot Demo, o CD demo utilizado para a banda conseguir um produtor. Já como vocalista permanente, gravou com os Slipknot no Indigo Ranch em Malibu, Califórnia o álbum Slipknot. Taylor foi acusado de violação de direitos de autor, sobre a letra da música "Purity", mas esta acusação acabou por rejeitada pelos tribunais. Taylor começou a gravar o seu segundo álbum de estúdio, Iowa, em 2001 no Sound City, Sound Image, em Los Angeles, Califórnia. Taylor decidiu não falar palavrões nas músicas do Vol. 3: (The Subliminal Verses) por querer que todos pudessem ouvi-lo, mas no quarto álbum o All Hope Is Gone há uma classificação indicativa que apenas permite que as crianças ouçam o disco por critério dos pais.

Stone Sour
A Banda Stone Sour foi originalmente formada por James Root e Corey Taylor em 1992. Conheceram-se através de um amigo dos dois na época, conhecido como Danny, que os apresentou, tomando assim a decisão de formarem uma banda. Josh entrou como guitarrista, mas não deu certo. Logo depois, Shawn entrou como guitarrista, mas Joel viu o seu talento quando o viu a tocar baixo, trocando de instrumento. Esta época foi marcada pelas várias mudanças entre os seus membros. Até 1994, passaram mais de 10 guitarristas. Neste mesmo ano, Shawn tocava numa banda com James Root, e convidou-o para ver um ensaio do seu projeto paralelo. Ele não queria muito ir, já tinha ouvido algum material da banda no ano anterior, mas acabou por comparecer. Entretanto, entrou na banda, deixando o "Atomic Opera" de Des Moines. Em 1997, Corey saiu da banda para participar num projeto paralelo, (Slipknot), e foi então que os outros foram para outras bandas. Em 1998, James também entrou para os Slipknot. Mas eles nunca declararam o final da banda, voltando em 2002, gravando o seu primeiro álbum, homónimo da banda (Stone Sour). Em 2005 o baterista Joel deixou a banda, porque o seu filho, de acordo com exames médicos, tinha uma doença no cérebro, dando o seu lugar para Roy Mayorga, ex-Soulfly. No ano de 2011, participaram do festival de música "Rock In Rio", tocando no segundo dia de apresentações, no palco principal. Nessa apresentação especial, o baterista Roy Mayorga foi substituído pelo então ex-baterista dos Dream Theater, Mike Portnoy, por causa do nascimento da sua filha. A banda voltou em 2006 para lançar o seu segundo álbum de estúdio, Come What(ever) May O single Sillyworld, chegou à 2ª posição nas paradas do Mainstream Rock. Through Glass provou ser um sucesso atingindo a 1ª posição do Mainstream Rock, a 2ª posição do Modern Rock Tracks, a 12ª posição do Hot Adult Top 40 e a 39ª posição no Billboard Hot 100, todos em 2006. Eles lançaram mais 2 singles em 2007, Made of Scars e Zzyzx Rd.. Em 2006 foram nomeados para o Grammy de Best Peformance Hard Rock/Metal pela música 30/30-150.

Estilo e influências
Os dois primeiros álbuns dos Slipknot com Corey, o Slipknot e o Iowa, ambos contêm conteúdo explícito (para maiores de idade). O estilo vocal de Corey, que contém às vezes canto melódico, guturais, o levou a ficar no número 86 na Hit Parader do Top 100 dos Vocalistas de Metal de Todos os Tempos.
Corey tem duas bandas cheias de contrastes: os Slipknot são considerado como banda de Heavy metal, Nu metal e Metal alternativo e mostram diversos tipos de humores, como depressão, hostilidade, raiva e rebeldia. Os Stone Sour são classificados como banda de Hard rock, Metal alternativo, Heavy metal, e Post-grunge e expressam desolação, raiva e rebelião. Taylor cita Mötley Crüe, Iron Maiden, Metallica, Nine Inch Nails, Dokken, Misfits, Black Sabbath, Black Flag, Slayer, Def Leppard, Sex Pistols, Lynyrd Skynyrd, Cheap Trick, Pearl Jam, The Damned, The Cramps e Bob Dylan como influências.





sábado, dezembro 07, 2013

Dominic Howard, o baterista dos Muse, faz hoje 36 anos

Dominic James Howard (Stockport, 7 de dezembro de 1977) é o baterista da banda inglesa Muse.
Dominic nasceu não muito longe da cidade de Manchester. Aos 8-9 anos de idade mudou-se para Teignmouth, uma cidade pequena da região de Devon. Dominic inspira-se em bateristas como Stewart Copeland, Dave Grohl e Buddy Rich. O seu gosto musical é amplo: ele gosta tanto de Jimi Hendrix, Pavement, Radiohead, dEUS e The Smashing Pumpkins, como de Primus, Rage Against the Machine e Limp Bizkit. Hoje em dia, Dominic ampliou o seu gosto musical para a feminine indie scene, apreciando bandas como The Like, Metric, Be your own PET, entre outras.
Primeiramente os Muse começaram por se chamar “Gothic Plague”, mais tarde “Rocket Baby Dolls” (segundo Dominic: “Todas estas bandas tinham nomes de bandas de metal, mas todas tocavam pop sem grande qualidade!”), e depois, finalmente, Muse.
A família de Dominic foi atingida por uma tragédia em 2004. O seu pai Bill, o seu maior fã, foi ver um concerto deles a Glastonbury, em 2004. Após o concerto, o pai do baterista morreu de ataque cardíaco. Isto fez com que a banda cancelasse vários shows, mas, através da ajuda da família e amigos, Dominic recuperou-se e os Muse conseguiram prosseguir com a turnê.


Carlos de Laet morreu há 86 anos

Carlos Maximiliano Pimenta de Laet (Rio de Janeiro, 3 de outubro de 1847 - Rio de Janeiro, 7 de dezembro de 1927) foi um jornalista, professor e poeta brasileiro.

Filho de Joaquim Ferreira Pimenta de Laet e de Emília Ferreira de Laet, aos quatorze anos de idade matriculou-se no primeiro ano do Colégio Pedro II. Laureado bacharel em Letras, matriculou-se na Escola Central, atual Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Formado em Engenharia, não quis seguir a carreira preferindo voltar-se para o magistério e o jornalismo. Em 1873, foi aprovado no concurso para o Colégio Pedro II para a cadeira de Português, Geografia e Aritmética, disciplinas que formavam o primeiro ano do curso. Em 1915, com a reforma da instrução secundária, desapareceu aquilo que Ramiz Galvão chamara de "anomalia" - a reunião de três disciplinas tão díspares numa mesma cadeira - e Laet foi então nomeado professor de Língua Portuguesa.
Por um momento, deixou-se seduzir pela política. Em 1889 seus amigos monárquicos insistiram com ele para aceitar uma cadeira de Deputado. Eleito, a Proclamação da República privou-o da cadeira. Manteve-se monárquico e fiel ao culto de D. Pedro II. Proclamada a República, deliberou o Governo Provisório extinguir quaisquer reminiscências do antigo regime, e uma das medidas que tomou foi substituir o nome do Colégio Pedro II pelo de Instituto Nacional de Instrução Secundária.
Na sessão da congregação da casa de 2 de Maio de 1890, Laet requereu fosse feito um apelo ao governo republicano para conservar-se o nome antigo do estabelecimento. Mas a grande maioria dos professores era então republicana. No dia seguinte, o Diário Oficial trazia a demissão de Carlos de Laet. Pouco depois, Benjamin Constant, o primeiro ministro da Educação do novo governo, conseguia transformar o ato de demissão em reforma. Só no governo de Venceslau Brás foi ele reconduzido ao seu posto no magistério secundário.
Carlos de Laet exerceu, desde então, até aposentar-se, em 1925, o seu cargo de professor, sendo também, durante longos anos, diretor do Internato Pedro II. Foi professor do Externato de São Bento e do Seminário de São José, entre outros estabelecimentos de ensino particular.
No jornalismo, estreou no Diário do Rio em 1876, passando em 1878 para o Jornal do Commercio, onde durante dez anos escreveu os textos do seu "Microcosmo". Trabalhou também, como colaborador ou como redator, na Tribuna Liberal, no Jornal do Brasil, no Jornal do Commercio de São Paulo e do Jornal, nos quais deixou uma vasta produção de páginas sobre arte, história, literatura, crítica de poesia e crítica de costumes.
Por suas convicções monarquistas sofreu perseguição também em 1893, por ocasião da Revolta da Armada. Orgulhava-se de não ter embainhado "o pedaço da espada que me quebraram em 89". No entanto, ter-lhe-ia sido mais cómodo aderir ao novo regime. Mesmo porque à República só poderia ser grato e proveitoso o apoio de um homem como ele. O jornalista refugiou-se então em São João del-Rei, onde dedicou-se a escrever o livro "Em Minas". Católico fervoroso, serviu à Igreja no Brasil, como presidente do Círculo Católico da Mocidade, sendo-lhe conferido pelo Vaticano o título de Conde.
Ferrenho opositor do movimento nascido em São Paulo com a Semana de Arte Moderna de 1922 ironizou e combateu o Modernismo. Graça Aranha foi alvo de suas críticas e zombarias, tendo-lhe fornecido assunto para três sonetos galhofeiros.
Tendo produzido um acervo jornalístico que, reunido em livros, chegaria a dezenas de volumes, Carlos de Laet deixou bem poucas obras publicadas.


Triste filosofia

Ia a Rosa vestir-se, e do vestido
Uma voz se desprende e assim murmura:
"Muitas morremos de uma morte escura,
Por que te envolva sérico tecido!"

Ia toucar-se, e escuta-se um gemido
Do marfim que as madeixas lhe segura:
"Por dar-te o afeite desta minha alvura,
Jaz na selva meu corpo sucumbido!"

Põe um colar, e a pérola mais fina:
"Para pescar-me quantos párias, quantos!
Padeceram no mar lúgubres sortes!"

E Rosa chora: "Oh! desditosa sina!
Todo sorriso é feito de mil prantos,
Toda a vida se tece de mil mortes!"


Carlos de Laet

O astrónomo Gerard Peter Kuiper nasceu há 108 anos

Gerard Peter Kuiper, batizado como Gerrit Pieter Kuiper (Harenkarspel, 7 de dezembro de 1905 - Cidade do México, 23 de dezembro de 1973) foi um astrónomo neerlandês, onde nasceu e cresceu, que passou a ser cidadadão dos Estados Unidos em 1933.
Gerard Kuiper descobriu duas luas de planetas no nosso Sistema Solar: uma lua de Urano, Miranda, e uma de Neptuno, Nereida. Sugeriu a existência de um cinturão de asteróides além da órbita de Neptuno, hoje designada como Cintura de Kuiper, que já se conseguiu confirmar a existência (hoje conhecem-se vários objetos trans-neptunianos). Kuiper foi também pioneiro na observação aérea por infravermelhos, utilizado o avião Convair 990 nos anos 60.
Em 1959 recebeu a Henry Norris Russell Lectureship, da Sociedade Astrónoma Americana e, na década de 1960, Kuiper ajudou na decisão  da escolha dos locais de aterragem na Lua para o projeto Apollo.
O asteroide 1776 Kuiper e crateras de impacto na Lua, Marte e Mercúrio foram baptizadas com o seu nome, em homenagem.

Noam Chomsky - 85 anos!

Avram Noam Chomsky (Filadélfia, 7 de dezembro de 1928) é um linguista, filósofo e ativista político dos Estados Unidos, professor de Linguística no Instituto de Tecnologia de Massachusetts.
O seu nome está associado à criação da gramática ge(ne)rativa transformacional. É também o autor de trabalhos fundamentais sobre as propriedades matemáticas das linguagens formais, sendo o seu nome associado à chamada Hierarquia de Chomsky.
Os seus trabalhos, combinando uma abordagem matemática dos fenómenos da linguagem com uma crítica do behaviorismo, nos quais a linguagem é conceptualizada como uma propriedade inata do cérebro/mente humanos, contribuem decisivamente para a formação da psicologia cognitiva, no domínio das ciências humanas.
Além da sua investigação e ensino no âmbito da linguística, Chomsky é também conhecido pelas suas posições políticas de esquerda e pela sua crítica à política externa dos Estados Unidos. Chomsky descreve-se como um socialista libertário, havendo quem o associe ao anarcossindicalismo.
O termo chomskiano é habitualmente usado para identificar as suas ideias linguísticas embora o próprio considere que esses tipos de classificações (chomskiano, marxista, freudiano) "não fazem sentido em nenhuma ciência", e que "pertencem à história da religião, enquanto organização".
 
Sobre Chomsky
  • Arundhati Roy: "Mesmo um quarto da evidência que ele compilou teria sido o suficiente para me convencer. Eu costumava refletir porque ele precisava realizar tanto trabalho. Mas agora eu entendo que a magnitude e a intensidade do trabalho de Chomsky é um barómetro da magnitude, escopo e implacabilidade da máquina de propaganda a qual ele se opõe. Ele é como o devorador de madeira que vive dentro da terceira prateleira da minha estante. Dia e noite, eu ouço suas mandíbulas roendo através da madeira, triturando-a em poeira fina. É como se ele discordasse da literatura e quisesse destruir a própria estrutura na qual ela se apoia.", 24 de agosto de 2003.
  • Chris Hedges: "Chomsky é o maior intelectual americano. O seu corpo maciço de trabalho, que inclui quase 100 livros, tem por décadas esvaziado e exposto as mentiras da elite do poder e os mitos que ela perpetra. Chomsky fez isso apesar de ser colocado na lista negra dos media comercial, ser transformado num pária pela academia e, como ele próprio admitiu, ser um orador pedante e por vezes chato. Ele combina autonomia moral com conhecimento rigoroso, um notável domínio dos detalhes e um intelecto poderoso.", 19 de abril de 2010.
  • Glenn Greenwald: "[...] o ativista político e intelectual público mais realizado e corajoso da nação [...]"
  • Norman Finkelstein: "Não posso lhe dizer quantas pessoas, eu inclusive, e isso não é uma hipérbole, cujas vidas foram transformadas por ele. Se não fosse por Chomsky eu teria sucumbido há muito tempo. Bateram e me atacaram em minha vida profissional. É somente o conhecimento de que uma das maiores mentes na história humana tem fé em mim que compensa esse constante, implacável e perverso ataque. Há muitas pessoas que são consideradas nulidades, as chamadas pessoas pequenas [little people] desse mundo, que de repente recebem um e-mail de Noam Chomsky. Isso sopra uma nova vida em você. Chomsky provocou muitas, muitas pessoas a perceberem um nível de seu potencial que seria perdido para sempre.", 2010.
  • Robert Fisk: "[...] um dos maiores filósofos e linguistas da América [...]", 24 de janeiro de 2002. 
  • John Searle: "O trabalho de Chomsky é uma das realizações intelectuais mais notáveis da era atual [...] Com o tempo acredito que a maior contribuição dele será que ele deu um grande passo na direção de restaurar a concepção tradicional da dignidade e singularidade do homem."  
Prémios e reconhecimento
É membro da Academia Nacional de Ciências dos EUA (desde 1972), da Sociedade Americana de Filosofia (desde 2004), da Academia de Artes e Ciências da Sérvia, da Academia Americana de Artes e Ciências, membro honorário da Associação Internacional de Intérpretes e Tradutores Profissionais.
De acordo com o Institute for Scientific Information, os 10 autores com o maior número de citações (Arts and Humanities Citation Index) em periódicos académicos entre 1980 e 1992 são, em ordem: Marx, Lenin, Shakespeare, Aristóteles, a Bíblia, Platão, Freud, Noam Chomsky, Hegel e Cícero.
  • British Academy, Honorary Fellow.
  • The Bertrand Russell Society, Honorary Member.
  • IEEE Intelligent Systems Hall of Fame.
  • 1984: Prémio por Contribuições Científicas Relevantes da Associação Americana de Psicologia.
  • 1987: Orwell Award.
  • 1989: Orwell Award (com Edward S. Herman).
  • 1988: Prêmio Kyoto na categoria Ciências Básicas.
  • Lannan Literary Award for Nonfiction, 1992.
  • 1996: Medalha Helmholtz, a qual é entregue a cada dois anos pela Academia Berlim-Brandenburgo de Ciências e Humanidades.
  • Medalha Benjamin Franklin na categoria Ciência Cognitiva e da Computação "Pelas suas contribuições para o campo da linguística e seus efeitos na ciência da computação, e insight nos processos do pensamento humano.", 1999.
  • 2002: Prémio Adela Dwyer - St. Thomas of Villanova Peace Award do Centro para a Paz e a Justiça da Universidade Villanova.
  • Honorary Fellowship na Sociedade Histórica e Literária da Universidade College Dublin, Irlanda, 2002.
  • 2003, Peace Award, Turkish Publishers Association in Istanbul.
  • 2003, Peace Award, St. Thomas of Villanova, Villanova University.
  • 2003, Award, Kurdish Human Rights Association of Diyarbakir.
  • 2008, President's Medal da Literary and Debating Society da Universidade Nacional da Irlanda, Galway.
  • Honorary Life Membership, University College Dublin Law Society, 2009.
  • 2010 (23 de março): Prémio Erich Fromm em Estugarda, Alemanha.
  • 2010, Thomas Merton Award, o qual é entregue pelo Thomas Merton Center.
  • Honorary Concert, Manukyan's Musical Tribute to Scientists, 2010.
  • 2011 (1 de junho): Prémio Sydney da Paz.
  • 2012, Lifetime of Leadership for Peace and Justice, Coalition for Peace Action.
  • 2012, People Before Profits Award, Center for Popular Economics.
  • 2012, Latin American Peace and Justice Award in honor of NACLA’s 45th Anniversary.
  • 2013, UCD Ulysses Medal.
  • Global Exchange Human Rights Awards, 2013.

O camarada Mário faz hoje 89 anos...


(imagens daqui)

Sua Alteza Real, D. Mário Soares “o chulo de Portugal”
Clara Ferreira Alves, no Expresso

Tudo o que aqui relato é verdade. Se quiserem, podem processar-me.

Eis parte do enigma. Mário Soares, num dos momentos de lucidez que ainda vai tendo, veio chamar a atenção do Governo, na última semana, para a voz da rua.

A lucidez, uma das suas maiores qualidades durante uma longa carreira politica. A lucidez que lhe permitiu escapar à PIDE e passar um bom par de anos, num exílio dourado, em hotéis de luxo de Paris.

A lucidez que lhe permitiu conduzir da forma “brilhante” que se viu o processo de descolonização.

A lucidez que lhe permitiu conseguir que os Estados Unidos financiassem o PS durante os primeiros anos da Democracia.

A lucidez que o fez meter o socialismo na gaveta durante a sua experiência governativa. A lucidez que lhe permitiu tratar da forma despudorada amigos como Jaime Serra, Salgado Zenha, Manuel Alegre e tantos outros.

A lucidez que lhe permitiu governar sem ler os “dossiers”...

A lucidez que lhe permitiu não voltar a ser primeiro-ministro depois de tão fantástico desempenho no cargo.

A lucidez que lhe permitiu pôr-se a jeito para ser agredido na Marinha Grande e, dessa forma, vitimizar-se aos olhos da opinião pública e vencer as eleições presidenciais.

A lucidez que lhe permitiu, após a vitória nessas eleições, fundar um grupo empresarial, a Emaudio, com “testas de ferro” no comando e um conjunto de negócios obscuros que envolveram grandes magnatas internacionais.

A lucidez que lhe permitiu utilizar a Emaudio para financiar a sua segunda campanha presidencial.

A lucidez que lhe permitiu nomear para Governador de Macau Carlos Melancia, um dos homens da Emaudio.

A lucidez que lhe permitiu passar incólume ao caso Emaudio e ao caso Aeroporto de Macau e, ao mesmo tempo, dar os primeiros passos para uma Fundação na sua fase pós-presidencial.

A lucidez que lhe permitiu ler o livro de Rui Mateus, “Contos Proibidos”, que contava tudo sobre a Emaudio, e ter a sorte de esse mesmo livro, depois de esgotado, jamais voltar a ser publicado.

A lucidez que lhe permitiu passar incólume as “ligações perigosas” com Angola, ligações essas que quase lhe roubaram o filho no célebre acidente de avião na Jamba (avião esse transportando de diamantes, no dizer do então Ministro da Comunicação Social de Angola). A lucidez que lhe permitiu, durante a sua passagem por Belém, visitar 57 países (“record” absoluto para a Espanha – 24 vezes – e França – 21), num total equivalente a 22 voltas ao mundo (mais de 992 mil quilómetros).

A lucidez que lhe permitiu visitar as Seychelles, esse território de grande importância estratégica para Portugal, aproveitando para dar uma voltinha de tartaruga.

A lucidez que lhe permitiu, no final destas viagens, levar para a Casa-Museu João Soares uma grande parte dos valiosos presentes oferecidos oficialmente ao Presidente da Republica Portuguesa.

A lucidez que lhe permitiu guardar esses presentes numa caixa-forte blindada daquela Casa, em vez de os guardar no Museu da Presidência da Republica.

A lucidez que lhe permite, ainda hoje, ter 24 horas por dia de vigilância paga pelo Estado nas suas casas de Nafarros, Vau e Campo Grande.

A lucidez que lhe permitiu, abandonada a Presidência da Republica, constituir a Fundação Mário Soares. Uma fundação de Direito privado, que, vivendo à custa de subsídios do Estado, tem apenas como única função visível ser depósito de documentos valiosos de Mário Soares. Os mesmos que, se são valiosos, deviam estar na Torre do Tombo.

A lucidez que lhe permitiu construir o edifício-sede da Fundação, violando o PDM de Lisboa, segundo um relatório do IGAT, que decretou a nulidade da licença de obras.

A lucidez que lhe permitiu conseguir que o processo das velhas construções que ali existiam e que se encontrava no Arquivo Municipal fosse requisitado pelo filho e que acabasse por desaparecer convenientemente num incêndio dos Paços do Concelho.

A lucidez que lhe permitiu receber do Estado, ao longo dos últimos anos, donativos e subsídios superiores a um milhão de contos.

A lucidez que lhe permitiu receber, entre os vários subsídios, um de quinhentos mil contos, do Governo Guterres, para a criação de um auditório, uma biblioteca e um arquivo num edifico cedido pela Câmara de Lisboa.

A lucidez que lhe permitiu receber, entre 1995 e 2005, uma subvenção anual da Câmara Municipal de Lisboa, na qual o seu filho era Vereador e Presidente.

A lucidez que lhe permitiu que o Estado lhe arrendasse e lhe pagasse um gabinete, a que tinha direito como ex-presidente da República, na… Fundação Mário Soares.

A lucidez que lhe permite que, ainda hoje, a Fundação Mário Soares receba quase 4 mil euros mensais da Câmara Municipal de Leiria.

A lucidez que lhe permitiu fazer obras no Colégio Moderno, propriedade da família, sem licença municipal, numa altura em que o Presidente era… João Soares.

A lucidez que lhe permitiu silenciar, através de pressões sobre o director do “Público”, José Manuel Fernandes, a investigação jornalística que José António Cerejo começara a publicar sobre o tema.

A lucidez que lhe permitiu candidatar-se a Presidente do Parlamento Europeu e chamar dona de casa, durante a campanha, à vencedora Nicole Fontaine.

A lucidez que lhe permitiu considerar José Sócrates “o pior do guterrismo” e ignorar hoje em dia tal frase como se nada fosse.

A lucidez que lhe permitiu passar por cima de um amigo, Manuel Alegre, para concorrer às eleições presidenciais mais uma vez.

A lucidez que lhe permitiu, então, fazer mais um frete ao Partido Socialista.

A lucidez que lhe permitiu ler os artigos “O Polvo” de Joaquim Vieira na “Grande Reportagem”, baseados no livro de Rui Mateus, e assistir, logo a seguir, ao despedimento do jornalista e ao fim da revista.

A lucidez que lhe permitiu passar incólume depois de apelar ao voto no filho, em pleno dia de eleições, nas últimas Autárquicas.

No final de uma vida de lucidez, o que resta a Mário Soares? Resta um punhado de momentos em que a lucidez vem e vai. Vem e vai. Vem e vai. Vai…. e não volta mais.

Enquanto tivemos empréstimos, já se lembrou que éramos pobres e que a regra é deixar património para os filhos e não uma herança de dividas? Para quem tem memória curta! Não é por acaso que foi cognominado de viajante…

A Moral dum exímio gastador!!!!!

Alguém se lembra do nosso Presidente Soares e das suas viagens?

Vamos lá fazer um resumo de onde foram gastos milhões dos nossos impostos, só em viagens, com a sua comitiva… tudo pago pelo contribuinte, claro!

1986
11 a 13 de Maio – Grã-Bretanha
06 a 09 de Julho – França
12 a 14 de Setembro – Espanha
17 a 25 de Outubro – Grã-Bretanha e França
28 de Outubro – Moçambique
05 a 08 de Dezembro – São Tomé e Príncipe
08 a 11 de Dezembro – Cabo Verde

1987
15 a 18 de Janeiro – Espanha
24 de Março a 05 de Abril – Brasil
16 a 26 de Maio – Estados Unidos
13 a 16 de Junho – França e Suíça
16 a 20 de Outubro – França
22 a 29 de Novembro – Rússia
14 a 19 de Dezembro – Espanha

1988
18 a 23 de Abril – Alemanha
16 a 18 de Maio – Luxemburgo
18 a 21 de Maio – Suíça
31 de Maio a 05 de Junho – Filipinas
05 a 08 de Junho – Estados Unidos
08 a 13 de Agosto – Equador
13 a 15 de Outubro – Alemanha
15 a 18 de Outubro – Itália
05 a 10 de Novembro – França
12 a 17 de Dezembro – Grécia

1989
19 a 21 de Janeiro – Alemanha
31 de Janeiro a 05 de Fevereiro – Venezuela
21 a 27 de Fevereiro – Japão
27 de Fevereiro a 05 de Março – Hong-Kong e Macau
05 a 12 de Março – Itália
24 de Junho a 02 de Julho – Estados Unidos
12 a 16 de Julho – Estados Unidos
17 a 19 de Julho – Espanha
27 de Setembro a 02 de Outubro – Hungria
02 a 04 de Outubro – Holanda
16 a 24 de Outubro – França
20 a 24 de Novembro – Guiné-Bissau
24 a 26 de Novembro – Costa do Marfim
26 a 30 de Novembro – Zaire
27 a 30 de Dezembro – República Checa

1990
15 a 20 de Fevereiro – Itália
10 a 21 de Março – Chile e Brasil
26 a 29 de Abril – Itália
05 a 06 de Maio – Espanha
15 a 20 de Maio – Marrocos
09 a 11 de Outubro – Suécia
27 a 28 de Outubro – Espanha
11 a 12 de Novembro – Japão

1991
29 a 31 de Janeiro – Noruega
21 a 23 de Março – Cabo Verde
02 a 04 de Abril – São Tomé e Príncipe
05 a 09 de Abril – Itália
17 a 23 de Maio – Rússia
08 a 11 de Julho – Espanha
16 a 23 de Julho – México
27 de Agosto a 01 de Setembro – Espanha
14 a 19 de Setembro – França e Bélgica
08 a 10 de Outubro – Bélgica
22 a 24 de Novembro – França
08 a 12 de Dezembro – Bélgica e França

1992
10 a 14 de Janeiro – Estados Unidos
23 de Janeiro a 04 de Fevereiro – Índia
09 a 11 de Março – França
13 a 14 de Março – Espanha
25 a 29 de Abril – Espanha
04 a 06 de Maio – Suíça
06 a 09 de Maio – Dinamarca
26 a 28de Maio – Alemanha
30 a 31 de Maio – Espanha
01 a 07 de Junho – Brasil
11 a 13 de Junho – Espanha
13 a 15 de Junho – Alemanha
19 a 21 de Junho – Itália
14 a 16 de Outubro – França
16 a 19 de Outubro – Alemanha
19 a 21 de Outubro – Áustria
21 a 27 de Outubro – Turquia
01 a 03 de Novembro – Espanha
17 a 19 de Novembro – França
26 a 28 de Novembro – Espanha
13 a 16 de Dezembro – França

1993
17 a 21 de Fevereiro – França
14 a 16 de Março – Bélgica
06 a 07 de Abril – Espanha
18 a 20 de Abril – Alemanha
21 a 23 de Abril – Estados Unidos
27 de Abril a 02 de Maio – Grã-Bretanha e Escócia
14 a 16 de Maio – Espanha
17 a 19 de Maio – França
22 a 23 de Maio – Espanha
01 a 04 de Junho – Irlanda
04 a 06 de Junho – Islândia
05 a 06 de Julho – Espanha
09 a 14 de Julho – Chile
14 a 21 de Julho – Brasil
24 a 26 de Julho – Espanha
06 a 07 de Agosto – Bélgica
07 a 08 de Setembro – Espanha
14 a 17 de de Outubro – Coreia do Norte
18 a 27 de Outubro – Japão
28 a 31 de Outubro – Hong-Kong e Macau

1994
02 a 05 de Fevereiro – França
27 de Fevereiro a 03 de Março – Espanha (incluindo Canárias)
18 a 26 de Março – Brasil
08 a 12 de Maio – África do Sul (tomada de posse de Mandela)
22 a 27 de Maio – Itália
27 a 31 de Maio – África do Sul
06 a 07 de Junho – Espanha
12 a 20 de Junho – Colômbia
05 a 06 de Julho – França
10 a 13 de Setembro – Itália
13 a 16 de Setembro – Bulgária
16 a 18 de Setembro – - França
28 a 30 de Setembro – Guiné-Bissau
09 a 11 de Outubro – Malta
11 a 16 de Outubro – Egipto
17 a 18 de Outubro – Letónia
18 a 20 de Outubro – Polónia
09 a 10 de Novembro – Grã-Bretanha
15 a 17 de Novembro – República Checa
17 a 19 de Novembro – Suíça
27 a 28 de Novembro – Marrocos
07 a 12 de Dezembro – Moçambique
30 de Dezembro a 09 de Janeiro 1995 – Brasil

1995
31 de Janeiro a 02 de Fevereiro – França
12 a 13 de Fevereiro – Espanha
07 a 08 de Março – Tunísia
06 a 10 de Abril – Macau
10 a 17 de Abril – China
17 a 19 de Abril – Paquistão
07 a 09 de Maio – França
21 de Setembro – Espanha
23 a 28 de Setembro – Turquia
14 a 19 de Outubro – Argentina e Uruguai
20 a 23 de Outubro – Estados Unidos
27 de Outubro – Espanha
31 de Outubro a 04 de Novembro – Israel
04 e 05 de Novembro Faixa de Gaza e Cisjordânia
05 e 06 de Novembro – Cidade de Jerusalém
15 a 16 de Novembro – França
17 a 24 de Novembro – África do Sul
24 a 28 de Novembro – Ilhas Seychelles
04 a 05 de Dezembro – Costa do Marfim
06 a 10 de Dezembro – Macau
11 a 16 de Dezembro – Japão

1996
08 a 11 de Janeiro – Angola

Durante os anos que ocupou o Palácio de Belém, Soares visitou 57 países (alguns várias vezes como por exemplo Espanha que visitou 24 vezes e a França 21 vezes), percorrendo no total 992.809 Km, o que corresponde a 22 vezes a volta ao mundo…
Para quê?

Expliquem ao povo para que serviu tanta viagem… Eis um dos porquês do nosso recurso ao acordo da troika.

Para o qual esta Alteza agora quer deixar de ser ”fiel“…

Mário Soares: A obrigação do PS ser fiel ao acordo da troika chegou ao fim – Economia – Jornal de Negócios
(Já ninguém se lembra disto…)

Há 72 anos o Japão arrastou os Estados Unidos para a II Guerra Mundial

Ataque a Pearl Harbor
Guerra do Pacífico
Attack on Pearl Harbor Japanese planes view.jpg
Fotografia tirada de um avião japonês ao início do ataque - a explosão no centro é o resultado de um ataque torpedeiro contra o USS Oklahoma
Data 7 de dezembro de 1941
Local Pearl Harbor, Havaí
 Estados Unidos
Resultado Vitória Japonesa
Combatentes
US flag 48 stars.svg Estados Unidos Japão Império do Japão
Comandantes
Husband Kimmel
Walter Shor
Chuichi Nagumo
Forças
8 couraçados, 6 cruzadores, 29 contratorpedeiros, 9 submarinos, ~390 aviões 6 porta-aviões, 2 fragatas, 3 cruzadores, 9 couraçados, 441 aviões, 6 mini-submarinos
Baixas
2403 mortos; 5 couraçados afundados; 3 danificados; 3 cruzadores afundados, 3 contratorpedeiros danificados; 188 aviões destruídos; 155 aviões danificados 29 aviões abatidos, 55 pilotos mortos; 5 mini-submarinos afundados, 9 marinheiros mortos, 1 capturado

O ataque a Pearl Harbor foi uma operação aeronaval de ataque à base norte-americana de Pearl Harbor, efetuada pela Marinha Imperial Japonesa na manhã de 7 de dezembro de 1941.
O ataque em Pearl Harbor, na ilha de Oahu, Havaí, foi executado de surpresa contra a frota do Pacífico da Marinha dos Estados Unidos da América e as suas forças de defesa, o corpo aéreo do exército americano e a força aérea da Marinha.
O ataque danificou ou destruiu 21 navios e 347 aviões, matando cerca de 2.403 pessoas e ferindo outras 1.178. Contudo, os três porta-aviões da frota do Pacífico não se encontravam no porto, pelo que não foram danificados, tal como os depósitos de combustível e outras instalações.
O ataque marcou a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial e o início da Guerra do Pacífico, ficando conhecido como Bombardeamento de Pearl Harbor e Batalha de Pearl Harbor, embora o nome mais comum seja Ataque a Pearl Harbor ou simplesmente Pearl Harbor.

Ary dos Santos nasceu há 76 anos

(imagem daqui)

José Carlos Pereira Ary dos Santos (Lisboa, 7 de dezembro de 1937 - Lisboa, 18 de janeiro de 1984) foi um poeta e declamador português.
Ficou na História da música portuguesa por ter escrito poemas de 4 canções vencedoras do Festival Eurovisão da Canção: Desfolhada Portuguesa (1969), com interpretação de Simone de Oliveira, Menina do Alto da Serra (1971), interpretada por Tonicha, Tourada (1973), interpretada por Fernando Tordo e Portugal no Coração (1977), interpretada pelo grupo Os Amigos.
Com Fernando Tordo escreve mais de 100 poemas para canções do músico e o duo Tordo/Ary continua a ser, até hoje, um dos mais profícuos da História da Música Portuguesa. São de suas autorias canções intemporáis como Tourada, Estrela da Tarde, Cavalo à Solta, O amigo que eu canto, Café, Dizer Que Sim à Vida e Rock Chock. Estas canções foram interpretadas por cantores como Fernando Tordo, Carlos do Carmo, Mariza, Amália Rodrigues, Mafalda Arnauth e Paulo de Carvalho.



A Naifa - A Tourada
Poema de José Carlos Ary dos Santos e música de Fernando Tordo

Não importa sol ou sombra
camarotes ou barreiras
toureamos ombro a ombro
as feras.

Ninguém nos leva ao engano
toureamos mano a mano
só nos podem causar dano
espera.

Entram guizos chocas e capotes
e mantilhas pretas
entram espadas chifres e derrotes
e alguns poetas
entram bravos cravos e dichotes
porque tudo o mais
são tretas.

Entram vacas depois dos forcados
que não pegam nada.
Soam brados e olés dos nabos
que não pagam nada
e só ficam os peões de brega
cuja profissão
não pega.

Com bandarilhas de esperança
afugentamos a fera
estamos na praça
da Primavera.

Nós vamos pegar o mundo
pelos cornos da desgraça
e fazermos da tristeza
graça.

Entram velhas doidas e turistas
entram excursões
entram benefícios e cronistas
entram aldrabões
entram marialvas e coristas
entram galifões
de crista.

Entram cavaleiros à garupa
do seu heroísmo
entra aquela música maluca
do passodoblismo
entra a aficionada e a caduca
mais o snobismo
e cismo...

Entram empresários moralistas
entram frustrações
entram antiquários e fadistas
e contradições
e entra muito dólar muita gente
que dá lucro as milhões.
E diz o inteligente
que acabaram as canções.

sexta-feira, dezembro 06, 2013

O 9º Duque de Bragança, herdeiro do trono português, faleceu há 360 anos

D. Teodósio de Bragança (Vila Viçosa, 8 de fevereiro de 1634 - Belém, 6 de dezembro de 1653), primogénito do Rei de Portugal, D. João IV e da Rainha D. Luísa de Gusmão, herdeiro da coroa portuguesa, 9.º Duque de Bragança (como D. Teodósio III) e 1.º Príncipe do Brasil, título especialmente criado em sua honra, enquanto herdeiro do trono, por carta do pai de 27 de outubro de 1645.
Desde cedo vocacionado para o exercício do poder, revelou grandes dotes para as letras e para a música, à semelhança de seu pai; contudo, a sua morte prematura, aos 19 anos, apartou-o do trono, levando ao poder, em seu lugar, seu irmão D. Afonso, mentalmente débil.
Com apenas seis anos, impusera-se como a grande esperança da Restauração da Independência de Portugal. Diz Veríssimo Serrão, na sua "História de Portugal", no volume V, página 36: «recebera uma boa educação literária, científica e militar, contribuindo para a sua formação o padre António Vieira, que lhe moldou o espírito religioso na consciência do grande papel que o destino lhe reservava.» «O impulso da juventude o fez visitar em 1651 os castelos do Alentejo, onde animou os soldados e as populações; e, no regresso a Lisboa, viu-se nomeado capitão-general das armas do Reino. Para ele houve várias tentativas de consórcio, mas a diplomacia portuguesa não conseguiu impor o projecto na corte de França. Referem os cronistas que era muito devoto e, ao mesmo tempo, impregnado de ideal guerreiro. Mas tinha uma saúde frágil, pelo que aos 19 anos não resistiu aos efeitos de uma tuberculose pulmonar de que há muito padecia.»