Filha dos americanos Francis Leen Taylor (1897–1968) e Sara Viola Rosemond Warmbrodt (1895–1994), mudaram-se para os
Estados Unidos em
1939. Começou a carreira cinematográfica ainda criança, quando foi descoberta aos dez anos. Contratada pela
Universal Pictures, filmou
There's One Born Every Minute, mas não teve o contrato renovado. Assim como o amigo pessoal
Mickey Rooney, revelou talento participando de filmes infanto-juvenis, como na estreia em
1943 num pequeno papel da série
Lassie. A partir de então, apaixonou-se pela profissão e permanecer no estúdio tornou-se o maior sonho.
Liz, como foi mais conhecida, foi reverenciada como uma das mulheres mais bonitas de todos os tempos; a marca registada são os traços delicados de seu rosto e seus olhos de cor azul-violeta, uma cor difícil de achar, emoldurados por sobrancelhas desenhadas e espessas, de cor negra.
Foi uma celebridade cercada por intenso
glamour, cercada do carinho de fãs e muito luxo. Seu talento e beleza chocavam qualquer pessoa, do mundo da
media ou de fora dele. Foi a diva eterna dos anos de ouro do
cinema norte-americano.
Elizabeth era uma compulsiva colecionadora de jóias, era muito vaidosa, adorava o brilho de brincos, colares, anéis e pulseiras, além de amar maquilhagens, sapatos de griffe, bolsas da moda e vestidos caros, mas mesmo sem tudo isso, em trajes simples e sem pintura, ainda assim era considerada de uma beleza muito rara. Os críticos da moda consideravam sua simetria de rosto e corpo ideais, os dois se encaixavam perfeitamente, e chamavam atenção de qualquer pessoa por onde andasse, seus olhos, então, ainda mais.
Certa vez, o amigo, o mágico
David Copperfield, convidou-a para uma das apresentações e fez sumir das mãos um dos anéis favoritos.
Liz, simpaticamente, e ao gritos, divertiu a plateia manifestando um momento de desespero ao ver o anel sumir.
Ficou famosa também pelos inúmeros casamentos, oito ao todo: Seu primeiro casamento foi com Conrad Nicholson Hiltonem em
1950, mas durou apenas 1 ano.
O mais famoso casamento foi com o ator
britânico Richard Burton, seu 5º marido, notório pelo
alcoolismo, com quem se casou duas vezes: De
1964 a
1974; e de
1975 a
1976. Fez duplas com ele em vários filmes nos
anos 60, como o antológico
Cleópatra, o dramático
Quem tem medo de Virgínia Woolf?, em que ela ganhou o segundo Óscar,
Os Farsantes e
A Megera Domada. Vencedora duas vezes do Óscar da Academia para Melhor Atriz, o primeiro em
1960 pelo papel da
call-girl de
Disque Butterfield 8 (
O Número do Amor). Nessa década, com o reconhecimento do prémio máximo do cinema mundial, consagrou-se como a mais bem paga atriz do mundo.
Liz teve 3 filhos biológicos e 1 adotivo.
Com Michael Wilding, seu segundo marido, com quem foi casada de 1952 a 1957, teve dois filhos: Michael Howard Taylor Wilding, nascido em
1953, e Christopher Edward Taylor Wilding, nascido em
1955.
Com Michael Todd, seu terceiro marido, tendo sido casada com ele por 1 ano, teve uma filha em
1957, chamada Eliza Frances Todd, mas conhecida como
Liza. Elizabeth Taylor ficou viúva em
1958, tendo de criar a filha sozinha, o que a fez sofrer pela perda de seu companheiro.
Em
1959 se casou com o melhor amigo de seu marido, Eddie Fisher, com quem viveu até
1964, mas se envolveu com Richar Burton e o casamento terminou.
Em
1964 casou-se com Richard Burton. O casal resolveu adotar uma menina alemã, a quem batizaram de Maria Taylor Jenkins.
O casamento com Richard era muito conturbado, cheio de brigas e ciúmes, com idas e vindas, chegando a ficar separados por mais de seis meses. Nos
anos 70, ainda casada, passou a trair o marido com o embaixador iraniano nos EUA, Ardeshir Zahedi, se encontrando com ele em quartos de luxo da cidade. Elizabeth, por odiar mentiras, resolveu assumir o romance com o iraniano e assim conseguiu divorciar-se de Richard, com quem já não era mais feliz, já que ele era agressivo, ciumento e bebia demais.
Vendo que o que viveu com Ardeshir Zahedi não passou de encontros sem importância para ele, que ele não queria ter nada sério, Liz resolveu separa-se dele. Sozinha e desiludida em encontrar um grande amor, conheceu um novo homem, John Warner, um político. Foi casada com ele de
1976 a
1982, mas houve a separação.
Os anos passaram e ela não quis mais se casar, apenas namorar alguns homens e viver pequenas aventuras, até que conheceu Larry Fortensky. Se apaixonou pelo camionista, e o casamento dos dois ocorreu em
1991 e foi realizado no Rancho Neverland, propriedade de seu amigo
Michael Jackson. A separação ocorreu em
1996, por diferenças que ela classificava como irreconciliáveis. Ele foi seu último marido, e após o término, passou a namorar alguns homens, mas nada de casar outra vez, não queria mais decepções.
Foi amiga do Rei do Pop Michael Jackson, que participou de perto e a ajudou em seus casamentos e sofrimentos. Michael dedicou-lhe vários de seus trabalhos, inclusive a canção "
Liberian Girl". Também era madrinha de seu primeiro filho,
Prince Michael Jackson I, juntamente com o ator
Macaulay Culkin.
Em
1997, a atriz passou por uma delicada cirurgia para remover um tumor do cérebro.
Na juventude, Elizabeth também teve problemas com o vício em álcool e
drogas, mas conseguiu se libertar e prosseguir na carreira.
Foi pioneira no desenvolvimento de acções
filantrópicas, levantando fundos para as campanhas contra a
SIDA a partir dos
anos 80, logo após a morte de Rock Hudson. A despeito de ter nascido fora dos EUA, em
2001 recebeu do presidente
Bill Clinton a segunda mais importante medalha de reconhecimento a um cidadão norte-americano: a Presidential Citizens Medal, oferecida pelos seus vários trabalhos filantrópicos. Nessa época se agravaram os problemas de saúde, ganhando peso e sendo levada a internações recorrentes em hospitais.
Taylor tratou vários problemas de saúde ao longo dos anos, incluindo as questões relativas à insuficiência cardíaca crónica. Em 2009, foi submetida a uma
cirurgia para substituir uma válvula defeituosa no
coração. Ela usava uma cadeira de rodas havia mais de cinco anos para lidar com sua dor crónica na região cardíaca.
Em fevereiro de 2011, apareceram novos sintomas relacionados à sua insuficiência cardíaca. Não aguentando de dor no peito e com muita falta de ar, foi internada no Centro Médico Cedars-Sinai, em
Los Angeles para fazer uma cirurgia de emergência, mas não resistiu; seu coração, que tanto amou a arte, e amou muito viver a vida, parou. Liz morreu na manhã do dia 23 de março, aos 79 anos de idade. A informação foi confirmada pelo agente da actriz e por um familiar. Encontra-se sepultada no
Forest Lawn Memorial Park (Glendale),
Glendale,
Los Angeles, nos
Estados Unidos.