sexta-feira, outubro 29, 2010

Uns comem o marisco, os outros pagam a conta...

Cartoon de Antero (Blog Anterozóide )


Ainda sem link para a notícia completa, aqui fica a estória: na inauguração do quartel de Silves da GNR o Ministro foi comer, sem pagar, um generoso Arroz de Marisco com as individualidades presentes - os soldados tiveram direito a um tardio lanche de sandes pagas (a 2,8 euros a dose...). Se era para pagar o marisco, acho pouco, mesmo que os desgraçados tenham repetido - devia ser bastante mais, para os que pagam sempre se irem habituando.



ADENDA: a notícia já está completa no site do CM - e vale a pena ler...

A ética republicana e socialista - versão mandar cantar um cego por meio milhão de euros

(imagem daqui)

Meio milhão de euros

"O que é meio milhão de euros? Acha que dá para mandar cantar um cego?". Foi assim que um dos consultores de comunicação favoritos do Governo respondeu à pergunta que lhe foi feita pela revista ‘Sábado’. A empresa deste consultor foi criada em 2007 e facturou 1,2 milhões de euros em adjudicações directas do Governo e do Estado.

A First Five Consulting é uma sociedade anónima criada pelo referido consultor, com um cunhado de um assessor de Sócrates, que entretanto a abandonou, e um advogado que tem relações profissionais com o actual chefe de gabinete do primeiro-ministro. O que choca aqui, porém, não são estas coincidências que aparentemente colocam esta empresa numa plataforma de proximidade com o actual poder.

Os 1,2 milhões de adjudicações directas em tão pouco tempo é certo que não estão ao alcance de qualquer empresa. Mas, na verdade, ninguém está limitado na sua autonomia privada por ser cunhado ou prestador de serviços a pessoas que exercem funções políticas relevantes. O que aqui choca é a total insensibilidade dos insultos feitos aos portugueses com a pornográfica relativização do valor de meio milhão de euros. Só gente muito confortada com o futuro fala desta maneira. E se esse futuro passa pela adjudicação directa de mais 1,2 milhões é uma vergonha sem nome...

in CM - ler texto

ADENDA - este é o post n.º 3750 deste Blog...!

A ética republicana e socialista - versão perdoa-me


Quinta da Escola – um local no PNSAC recomendado por nós



O ano passado colaborámos, no âmbito de uma visita ao Carsoscópio, com uma mestranda da Universidade de Lisboa, permitindo que os nossos alunos respondessem a um inquérito.

Essa mesma mestranda (Verónica Paiva) enviou-nos a versão final da Tese (que iremos aqui divulgar quando a tiver defendido) e ainda o Plano Anual de Actividades da Quinta da Escola – Centro de Educação Ambiental, com imensas actividades, local para dormidas e refeições.

O Blog Geopedrados recomenda este local, situado entre as localidades de Alvados e Serra de Santo António, cuja localização aqui fica (seta verde):


Ver mapa maior

quinta-feira, outubro 28, 2010

A ética republicana e socialista - versão peixe podre do PS

Polícia
Armando Vara acusado de três crimes de tráfico de influências

Armando Vara foi acusado de três crimes de tráfico de influência no âmbito do caso "Face oculta". Penedos, pai e filho, também acusados de crimes neste processo.


O ex-administrador do BCP é acusado de beneficiar o empresário Manuel Godinho. Segundo a acusação revelada hoje, quinta-feira, pelo Departamento de Investigação e Acção penal de Aveiro, "Armando Vara teria recebido 25 mil euros em 20 de Junho de 2009, das mãos de Manuel Godinho, na casa deste sucateiro, no Furadouro, em Ovar", diz o Expresso.

José Penedos, então presidente da Rede Eléctrica Nacional (REN), está acusado de dois crimes de corrupção passiva e dois delitos de participação económica em negócio.

Paulo Penedos, advogado e filho do ex-presidente da REN, foi acusado de um crime de tráfico de influência, confirmou o advogado do arguido.

Ricardo Sá Fernandes adiantou à agência Lusa que o seu constituinte lhe comunicou ter sido notificado pela Comarca do Baixo Vouga, em Aveiro, daquela acusação.

Duas empresas visadas e 34 arguidos

O processo ficou anteontem concluído e na acusação do Ministério Público da Comarca do Baixo-Vouga foram incluídos 34 arguidos e ainda duas empresas. Vão responder por crimes de associação criminosa, corrupção activa e passiva, tráfico de influências, burla agravada, furto qualificado, participação económica em negócio, corrupção activa e passiva no sector privado, falsificação de notação técnica e perturbação de arrematações.

Também no rol dos acusados estão vários administradores de empresas de capital público que efectuaram negócios com Godinho, em que o erário público terá ficado a perder. Fonte ligada ao processo explicou ao JN que o julgamento pode realizar-se em Lisboa, local da sede de empresas públicas lesadas.

in JN - ler notícia

Carta aberta ao Sr. José

O Vendedor de Magalães

Caro Sr. José Sócrates, primeiro ministro de Portugal e vendedor de computadores:

Há coisa de ano e meio, frequentavam os meus filhos respectivamente o 2º e 3º ano do 1º ciclo, foi-me dito que deveria adquirir 2 PC's Magalhães pois os mesmos passariam a ser usados nas escolas.


Dado que:

- Actualmente os meus filhos frequentam respectivamente o 4º ano do 1º ciclo e o 5º ano do 2º ciclo e até à data nenhum dos dois Magalhães teve o prazer de pôr os K's na escola;
- Apesar de ter pago 50€ (cinquenta euros) por cada um, ambos já sofreram avarias;
- Das três vezes que tive que proceder à reparação das avarias paguei mais do que os 50 euros do custo do computador (exemplo: avaria na fonte de alimentação: 70 euros);
- Não sou livre de escolher onde ou por quem quero que o(s) Magalhães sejam reparados, antes sou obrigado a recorrer aos serviços de uma empresa que não conheço e que amavelmente se oferece para fazer a recolha do Magalhães avariado em casa sem avisar que posteriormente cobrará 20 euros por essa deslocação;
- Por virem com dois sistemas operativos instalados (Windows e Linux) e respectivos inúteis programas, não têm espaço de memória livre em disco para guardar nem um documento de Word;
- Não me permitirem, pela mesma razão, desinstalar o Microsoft Office e instalar um programa alternativo como o Open Office (que como deverá saber não tem custos de licenças, nem para mim utilizador, nem teria para mim, contribuinte, se usado de raiz);
- Simplesmente não servem para nada.

Venho pelo acima exposto solicitar a V. Exa. que aceite de volta os dois inúteis Magalhães que tenho cá em casa, devolvendo-me os 100 euros que me custaram e respectivas despesas de reparações (que somam à data 240 euros) pois neste momento estes 340 euros fazem-me muito mais falta do que os ditos Magalhães que ademais V. Exa. não terá dificuldade em revender ao seu amigo Hugo Chávez.

Quanto à educação dos meus filhos não se apoquente V. Exa. pois cada um tem um PC (chama-lhes "torres", não sei se já ouviu falar) que com software livre (linux), apropriado espaço de memória e com o auxílio de um modem que fornece internet (em inglês diz-se "u-ái-re-lé-sse") a toda a casa não ficarão desamparados.

Certo da sua compreensão que desde já agradeço, fico a aguardar que me indique para onde devo enviar os 2 Magalhães. Após receber (em numerário, por favor) os referidos 340 euros.

Cordialmente

João Moreira de Sá


PS (é post scriptum, não um viva ao partido): por favor não mande buscar porque a empresa a quem o governo concedeu o exclusivo da recolha e reparação dos Magalhães cobra carote, conforme informado acima.


NOTA - O meu filho tem muita sorte: está no 3º Ano, numa escola privada, de Leiria,e pediu Magalhães há 3 anos (no seu 1º Ano). A DREC perdeu os papéis de 200 alunos da Escola e no 1ª ano não houve Magalhães; no segundo mandámos novamente os papéis e houve promessa de virem nesse ano, se o Sócrates ganhasse as eleições.... Este ano veio a informação de que não virá para nenhum, excepto para os do 1º Ano...

Indonésia a ferro e fogo

Número de vítimas mortais de sismo e tsunami sobe para 343
Indonésia: Vulcão Merapi volta a entrar em erupção

Quatro mil pessoas perderam as suas casas

O número de mortos devido ao terramoto seguido de tsunami que atingiu na segunda-feira o arquipélago de Mentawai, Indonésia, aumentou esta quinta-feira para 343. A juntar-se à tragédia está novamente o vulcão Merapi, que entrou em actividade esta manhã, dois dias depois da primeira erupção que levou à retirada de mais de 40 mil pessoas e à morte de mais de outras 30.

Ferry Faisal, funcionário da Agência Nacional de Gestão de Desastres de Sumatra Ocidental, indicou que "338 pessoas permanecem desaparecidas" devido ao terramoto magnitude 7,7 na escala Richter e do tsnunami que se fez sentir no país.

Além disso, cerca de 4 mil pessoas perderam as suas casas, destruídas por ondas de até seis metros que entraram nas ilhas Mentawai, situadas próximo ao litoral de Sumatra.

Quarta-feira, chegou à ilha de Pagai, norte de Mentawai, o primeiro avião com ajuda humanitária, carregado com 16 toneladas de barracas, remédios, alimentos e roupas. Contudo as equipas de emergência estão a ter problemas para chegar às ilhas mais remotas.

À tragédia causada pelo tsunami juntou-se a erupção do vulcão Merapi, na região central da ilha de Java, que deixou pelo menos 30 mortos, cerca de 100 feridos e quase 42 mil desalojados.

Esta manhã, família e amigos acompanharam enterros colectivos de algumas vitimas da tragédia que abateu o país.

A Indonésia fica sobre o chamado Anel de Fogo do Pacífico, uma zona de grande actividade sísmica e vulcânica que é atingida por cerca de 7 mil terramotos anualmente, a maioria de baixa magnitude e não sentida pela população.




in CM - ler notícia

Música para uns políticos muitos infelizes e tristes


Tango para um novo dia


quarta-feira, outubro 27, 2010

Sugestão para um novo local para futuras negociações do orçamento (do leite achocolatado...)

Aqui:


PS - e assim:


Acabou o tango - viva a margarina com 23% de IVA!

Acabou a negociação do orçamento do leite (achocolatado...)


Mad World

All around me are familiar faces
Worn out places, worn out faces
Bright and early for their daily races
Going nowhere, going nowhere
And their tears are filling up their glasses
No expression, no expression
Hide my head I want to drown my sorrow
No tomorrow, no tomorrow
And I find it kind of funny
I find it kind of sad
The dreams in which I'm dying
Are the best I've ever had
I find it hard to tell you
'Cos I find it hard to take
When people run in circles
It's a very, very
Mad World
Children waiting for the day they feel good
Happy Birthday, Happy Birthday
Made to feel the way that every child should
Sit and listen, sit and listen
Went to school and I was very nervous
No one knew me, no one knew me
Hello teacher tell me what's my lesson
Look right through me, look right through me 

NOTA - para os puristas, a versão original, dos anos oitenta, dos Tears for Fears:

E não é só o planeta...

O planeta pode estar a perder a coluna vertebral da biodiversidade

Rã da Papuásia - Nova Guiné

A primeira grande avaliação à escala global da taxa de declínio dos vertebrados concluiu que a Terra pode estar a perder a coluna vertebral da biodiversidade. Quase um quinto de todas as espécies de vertebrados tem o estatuto de “quase ameaçadas” no Livro Vermelho da União Internacional para a Conservação da Natureza. Além disso, uma média de 52 espécies de mamíferos, aves e anfíbios sobem todos os anos uma categoria no estatuto de conservação que as aproxima da extinção.


Estas são algumas das conclusões de uma avaliação do estatuto dos vertebrados a nível mundial, liderada por Michael Hoffmann, da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). Estiveram envolvidos 174 cientistas, de 115 instituições e 38 países, que publicam hoje esta investigação na edição online da revista Science. Na mesma edição é também publicada uma análise global de vários estudos sobre biodiversidade, feita por uma equipa de 23 cientistas de nove países, liderada pelo português Henrique Miguel Pereira, do Centro de Biologia Ambiental da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, e por Paul Leadley, da Universidade Paris-Sul (ver texto “Cientistas propõem criação de um painel para a biodiversidade”).

O estudo coordenado por Michael Hoffmann utilizou informação existente no Livro Vermelho sobre 25 mil espécies de vertebrados (mamíferos, aves, anfíbios, répteis e peixes), para ver se o seu estatuto de conservação sofreu alterações ao longo do tempo. Em termos de extinção, esse estatuto é classificado segundo as categorias de “pouco preocupante”, “quase ameaçado”, “vulnerável”, “em perigo”, “criticamente em perigo”, “extinto na natureza” ou “extinto”.

Ora, 20 por cento dos vertebrados de todo o mundo estão hoje classificados como “quase ameaçados” – incluindo 25 por cento de todos os mamíferos, 13 por cento das aves, 22 dos répteis, 41 dos anfíbios, 33 dos peixes cartilaginosos e 15 dos peixes com ossos. Embora os vertebrados sejam apenas três por cento de todas as espécies da Terra, sublinha um dos vários comunicados de imprensa sobre esta avaliação, eles representam papéis vitais nos seus ecossistemas e têm grande importância cultural e económica para os seres humanos.

“A ‘coluna vertebral’ da biodiversidade está a ser erodida”, lamenta o famoso biólogo norte-americano Edward O. Wilson, da Universidade de Harvard, citado num dos comunicados. “Um pequeno passo para cima no Livro Vermelho é um grande passo em direcção à extinção. Esta é apenas uma pequena janela para as perdas globais que actualmente estão a ocorrer.”

Os vertebrados nas regiões tropicais, em particular no Sudoeste asiático, são os que têm conhecido o declínio mais acentuado. A expansão agrícola, o corte de árvores e a caça estão entre as principais causas desse declínio.

Nem tudo é mau. A avaliação também sublinha que as perdas e o declínio teriam sido cerca de 20 por cento piores se não tivessem sido postas em prática acções de protecção das espécies em risco. Os esforços de conservação têm sido mais eficazes no combate às espécies invasoras do que na luta contra a perda de habitats ou a caça.

E a avaliação realça 64 exemplos de mamíferos, aves e anfíbios que tiveram melhorias graças a acções de conservação, incluindo três espécies que tinham sido dadas como extintas na natureza (o condor da Califórnia e o furão de patas negras, nos Estados Unidos, e o cavalo de Przewalski, na China e Mongólia) e estão em recuperação.

A ética republicana e socialista - alguns (bons) exemplos governamentais


"Elevada complexidade técnica" é um dos argumentos oficiais
Governo pagou por um projecto de diploma de arbitragem que propõe justiça fiscal à parte


O Ministério das Finanças pagou 42 mil euros a um escritório de advogados por um projecto de diploma sobre arbitragem fiscal que, caso fosse promulgado, limitaria a acção da administração fiscal e autonomizaria o contencioso judicial de primeira instância, por pressupor que é difícil melhorar o funcionamento do Fisco ou dos tribunais tributários.
O Governo justificou esta encomenda por se tratar de um tema de "elevada complexidade técnica e necessidade de trazer ao texto experiência da advocacia em matéria de contencioso tributário". O processo iniciou-se em 2010 com a audição informal de juristas. E a escolha recaiu sobre Gonçalo Leite de Campos, advogado do escritório Sérvulo & Associados e filho de Diogo Leite de Campos, jurista que é actualmente vice-presidente do PSD e um dos defensores públicos da arbitragem.

Notícia sobre as catástrofes indonésias

Balanço actualizado de 154 mortos
Equipas de resgate lutam para socorrer vítimas de tsunami e vulcão na Indonésia

O vulcão de Mount Merapi entrou em erupção no fim de Agosto, pela primeira vez em séculos

As equipas de socorro indonésias prosseguem as buscas pelos mais de 400 desaparecidos num tsunami que varreu aldeias inteiras no arquipélago de Mentawai, e cujo balanço oficial de vítimas mortais ascendeu esta manhã a 154.


O chefe dos serviços de emergência da província de Sumatra Oeste sublinhou que as operações de resgate enfrentam muitas dificuldades, dado o difícil acesso às ilhas mais afectadas pela vaga gerada pelo terramoto (de 7,7 na escala de Richter, com epicentro a 78 quilómetros a oeste de Pagai Sul, na noite de segunda-feira).

À dificuldade de acesso juntam-se ainda más condições atmosféricas, com chuvas intensas que se devem prolongar nos próximos dias, além de réplicas do terramoto.

As autoridades sublinham ser urgente fazer chegar ajuda aos sobreviventes que perderam casas e não dispõem nem de alimentos. “Já há algumas tendas de campanha [nos locais], mas não são suficientes, são precisas muitas mais”, avaliava o responsável de Sumatra Oeste.

Hoje o Presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyoni – que se encontra em visita ao Vietname – deslocar-se-á a Padang, bem perto das zonas mais devastadas em Sumatra, para avaliar as operações de resgate.

Ao mesmo tempo, as autoridades indonésias enfrentam os efeitos da erupção do vulcão de Mount Merapi, ontem, que provocou 28 mortos e 14 feridos graves. Os esforços estão agora em conseguir deslocar mais de 11 mil aldeões que habitam em redor do vulcão, um dos mais activos da Indonésia, nos arredores da cidade de Yogyakarta, na ilha de Java. O alerta permanece elevado, mas os peritos dizem que o vulcão está agora “bastante calmo”.



NOTA: embora com erros (basta ler atentamente a legenda da figura para descobrir dois...) aqui fica a notícia.

Música adequada às negociações de amanhã sobre o IVA da margarina e do leite (achocolatado...)


O orçamento do leite achocolatado - a visão de Mário Soares



A ética republicana e socialista - versão ex-deputado e actual chefe de gabinete de governador civil

Ex-deputado do PS acusado de 19 crimes de corrupção

O Ministério Público acusou um ex-deputado do PS de 23 crimes, dos quais 19 são de corrupção passiva. Carlos Lopes é suspeito de prometer obras a troco de dinheiro para o partido.


Carlos Lopes, ex-deputado do PS pelo círculo de Leiria, foi acusado pelo Ministério Público de 23 crimes, dos quais 19 são de corrupção passiva. Em causa está uma investigação à campanha eleitoral para as eleições autárquicas de 2005 no concelho de Figueiró dos Vinhos. O antigo deputado é acusado pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) de ter invocado aquela qualidade de forma a angariar dinheiro para a campanha eleitoral junto de construtores civis.

Na investigação levada a cabo pela Unidade Nacional Contra a Corrupção da Polícia Judiciária (UNCC) foi apreendida a Carlos Lopes uma lista, escrita em papel timbrado da Assembleia da República, que discriminava os "doadores" e os "não doadores" para a campanha. Isto num esquema, segundo o Ministério Público, de pagamentos "por fora".

De acordo com informações recolhidas pelo DN, o Ministério Público acusa Carlos Lopes - que era dirigente local do PS - de se ter aproveitado do facto de ser deputado para, nos contactos com os construtores civis a quem pediria dinheiro, aludir futuras obras públicas e concursos que iriam ser abertos, como forma de aliciar os empreiteiros.

A investigação apurou ainda que, no final da campanha, os arguidos aperceberam-se de que as contas não batiam certo.

O PS perdeu a autarquia e nos últimos dias de mandato do socialista Fernando Manata, os arguidos terão levado a cabo um esquema que levou a que fosse a autarquia a pagar algumas despesas partidárias. Terá sido assim com despesas de tipografia e com a contratação de um grupo musical. Esta despesa, segundo a acusação, entrou nas contas da Câmara de Figueiró dos Vinho na rubrica "Festas do Concelho".

Contactado pelo DN, o ex-deputado Carlos Lopes, actualmente chefe de gabinete do governador civil de Leira, rejeitou "por inteiro" a acusação do Ministério Público. "Em 2005, não tinha qualquer responsabilidade que me permitisse prometer obras em troca de favores", justificou ainda o Carlos Lopes, manifestando-se "completamente tranquilo e sereno" com a situação. "Quando fui ouvido na Polícia Judiciária, garantiram-me que não havia nenhuma suspeita de que eu tivesse obtido qualquer vantagem pessoal e isso convém sublinhar", declarou, ontem, ao DN o ex-deputado.

Notícia sobre a mina de Aljustrel

Mineiros pedem mais trabalho

Cobre valorizou quase 300% desde o ano passado mas Portugal não lucra com este 'boom' do mercado.


Os mineiros de Aljustrel dizem-se "enganados" e "traídos" pelo Governo. Isto porque em Dezembro de 2008 o primeiro-ministro, José Sócrates, e o então ministro da Economia, Manuel Pinho, anunciaram a retoma da laboração e, passados quase dois anos, a quantidade de minério extraída é "insignificante", não tendo a empresa gerado mais do que 400 postos de trabalho, "um terço dos necessários para uma actividade de acordo com os valores normais".

Segundo o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira, Jacinto Anacleto, "numa altura em que o país precisa de criar riqueza e emprego, não se percebe porque é que as minas de Aljustrel não se encontram a funcionar como foi anunciado pelo Governo".

Uma delegação dos trabalhadores mineiros foi ontem recebida em Lisboa por assessores do ministro da Economia, Vieira da Silva, não tendo avançado pormenores sobre a retoma da laboração.

"Foi uma reunião para empalhar. O Estado português já financiou a empresa em muitos milhões de euros para a criação de emprego e formação profissional e não percebemos a razão deste impasse", diz Jacinto Anacleto, referindo que a quantidade de minério actualmente extraída em Aljustrel é "muito pouca face às reservas existentes".

Por outro lado, apesar de os níveis de cobre na mina do Gavião, próximo de Aljustrel, serem "bastante aceitáveis", o sindicato diz que "nem um trabalho de desenvolvimento mineiro" foi feito naquele espaço nos últimos dois anos.

"Não percebemos as razões de tudo isto, o Governo nada nos diz, não foram criados novos postos de trabalho e tememos que venha a acontecer o que sucedeu no passado, ou seja, a suspensão da laboração."

Apontada inicialmente para meados de 2009, a retoma da extracção de minério em Aljustrel foi adiada para Julho deste ano.

"Recomeçaram a actividade extractiva mas em quantidades muito reduzidas", refere Jacinto Anacleto.

Ao DN, o presidente da Câmara Municipal de Aljustrel, Nelson Brito, diz ter garantias de uma retoma "em pleno" até final do ano. "A empresa tem referido a existência de problemas técnicos [para o não cumprimento dos prazos]. O minério que tem estado a ser extraído fica armazenado no interior da mina, algumas quantidades já terão sido comercializadas e a minha expectativa é que a actividade da empresa venha a corresponder às expectativas criadas", adianta o autarca.

Detida pela I'M Mining, controlada pelos irmãos Martins (grupo Martifer), a Almina - Minas do Alentejo é a sociedade que detém o complexo mineiro de Aljustrel, no Alentejo,tendo assinado um contrato de 103,8 milhões de euros com o Estado português para o relançamento das actividades de extracção de cobre, cujo preço no mercado internacional "face à quebra do preço do zinco, assegurará a viabilidade da exploração".

Na London Metal Exange (LEM), bolsa de referência para o preço dos metais a nível mundial, o cobre valorizou-se em quase 300 por cento desde Fevereiro de 2009, estando a ser transaccionado a cerca de 8,3 mil dólares por tonelada.

"É uma cotação que torna este projecto viável gerando a expectativa da criação de novos postos de trabalho", sublinha Nelson Brito, recordando que a mina tem uma "repercussão enorme" na actividade económica do concelho e da região.

in DN - ler notícia

terça-feira, outubro 26, 2010

Erupção na Indonésia

19 mil habitantes retirados do local
Indonésia: Vulcão Merapi entra em erupção


O vulcão indonésio Merapi, localizado na ilha de Java, entrou esta terça-feira em erupção, emitindo por três ocasiões nuvens e cinzas vulcânicas, indicou um vulcanólogo.


"Ouvimos três explosões por volta das 18.00 horas (12.00 horas em Lisboa), que lançaram cinzas até 1,5 quilómetros de altitude e nuvens de vapor ao longo das encostas" do vulcão, afirmou Surono, responsável pela vigilância dos vulcões indonésios.

As autoridades indonésias ordenaram na segunda-feira a retirada de cerca de 19 mil pessoas que vivem num raio de 10 quilómetros, depois de terem elevado o nível de alerta para erupção iminente.

O vulcão Merapi, situado a 26 quilómetros a norte da cidade de Yogyakarta, é um dos 129 vulcões indonésios activos com maior actividade, entrando em erupção, em média, de quatro em quatro anos.

O vulcão, que entrou em erupção pela última vez em 2006, já tinha lançado na segunda-feira pequenas quantidades de lava que atingiram o rio Gendol.

As autoridades oficiais explicaram então que a erupção do Merapi poderia ser idêntica à ocorrida em 1930 quando soterrou 13 aldeias e provocou a morte a 1.400 pessoas.

Em 2006, o vulcão entrou em erupção depois de um terramoto em Yogyacarta e provocou uma nuvem de cinza e gás que causou dois mortos.