domingo, janeiro 01, 2023

Música de aniversariante de hoje...

Há quarenta e três anos um terramoto nos Açores matou 71 pessoas...

 
Igreja da Misericórdia

 
Sé Catedral
(imagens daqui)

O sismo da Terceira de 1980, também referido como terramoto de 1980 nos Açores, foi uma catástrofe natural, um sismo de grande intensidade, ocorrido a 1 de janeiro de 1980 no Grupo Central do arquipélago dos Açores.
  
Mapa de epicentros dos sismos mais importantes no Grupo Central dos Açores (daqui)
  
 
O evento
O sismo ocorreu pelas 15.42 (hora local) do dia 1 de janeiro de 1980, e teve magnitude 7,2 na escala de Richter e intensidades máximas de IX na escala de Mercalli, na Terceira, e VIII, no Topo e em Santo Antão, em S. Jorge. A profundidade hipocentral estimada foi de 10 km e o epicentro situou-se no mar, cerca de 35 km a SSW de Angra do Heroísmo.
   
Os danos
Em consequência, na ilha Terceira causou a destruição de 80% dos edifícios na cidade de Angra do Heroísmo, assim como extensos danos na vila de São Sebastião e nas freguesias do Oeste e Noroeste da ilha (em especial nas Doze Ribeiras); na Graciosa, danos nas freguesias do Carapacho e na Luz; e na ilha de São Jorge, danos nas freguesias de Vila do Topo e de Santo Antão.
Foram registadas 71 vítimas fatais (51 na Terceira e 20 em São Jorge) e mais de 400 feridos.
No total, ficaram danificados mais de 15.500 edifícios, causando cerca de 15.000 desalojados.
O então presidente da República Portuguesa, António Ramalho Eanes anunciou três dias de luto nacional.     
     

O Divórcio de Veludo da Checoslováquia foi há trinta anos

     
A dissolução da Checoslováquia foi um processo histórico que pôs fim à antiga Checoslováquia e criou dois novos países, a República Checa e a Eslováquia, a partir de 1 de janeiro de 1993. A sua divisão ocorreu após uma série de protestos e reivindicações populares, mas sem nenhum conflito armado, de forma diferente da separação dos países da antiga Jugoslávia. Também é conhecida como Separação de Veludo ou Divórcio de Veludo, por ter ocorrido de maneira pacífica, a exemplo da Revolução de Veludo de 1989.
    

Spallanzani nasceu há 294 anos

    
Lazzaro Spallanzani (Scandiano, 10 de janeiro de 1729 - Pavia, 12 de fevereiro de 1799) foi um sacerdote católico, fisiologista italiano, estudioso das ciências naturais. Educado num colégio de jesuítas, Spallanzani abandonou os seus estudos em Direito na Universidade de Bolonha para se dedicar à ciência. O seu trabalho centrou-se na investigação da teoria da geração espontânea. Com suas experiências, Spallanzani mostrou que os micróbios movem-se pelo ar e que podem ser eliminados por fervura.
O seu intuito era derrubar as ideias de John Needham, que, através de suas experiências, havia "comprovado" que a vida poderia surgir espontaneamente de um caldo nutritivo, colocado em um recipiente vedado e aquecido até sua fervura. O problema do experimento de Needham eram os recipientes, que não foram bem vedados, permitindo a entrada de microorganismos e a contaminação do caldo nutritivo, e uma fervura branda, que possivelmente não haveria matado todos os microrganismos que já estavam no caldo nutritivo. Spallanzani mostra que com os recipientes vedados de outra maneira mais eficiente e realizando a fervura por mais tempo, a vida não surge espontaneamente.
Porém Needham retorquiu afirmando que com aquela fervura Spallanzani havia acabado com o ar dos recipientes, impossibilitando o surgimento da vida. Realmente a experiência acabava com o oxigénio dos frascos. A controvérsia só veio a ser esclarecida mais tarde, com as descobertas de Louis Pasteur.
Além disso, aprofundou os estudos de René-Antoine Reaumur, ao demonstrar que o suco gástrico era um fator decisivo na digestão. Obteve suco gástrico fazendo um animal engolir um tubo atado a um fio para posteriormente o retirar cheio do suco digestivo. Com este suco realizava experiências sobre a digestão no estômago. Para assegurar as condições corretas de temperatura, mantinha os tubos de ensaio nas suas axilas, dispensando assim a necessidade de um termostato (que não existia na altura). Também fez experiências com animais, fazendo com que estes engolissem pedaços de carne presos por fios, que depois recuperava para observar a progressão da digestão, assim como os fazia engolir objetos metálicos. Também estudou o fenómeno nele próprio, engolindo, numa das vezes, uma saqueta de tela contendo pão e carne. Deixou ficar a saqueta durante 2 dias, retirando-a repetidamente para verificar a evolução da digestão. Concluiu que, ao fim de 18 horas, a carne era completamente digerida mas o pão ficava intacto.
   

Jean Bernoulli morreu há 275 anos

   
Jean Bernoulli (Basileia, 6 de agosto de 1667 - Basileia, 1 de janeiro de 1748) foi um matemático suíço.
Estudando inicialmente medicina, o seu irmão Jakob Bernoulli ensinou-lhe matemática. O facto de seu nome por vezes aparecer numerado deve-se à existência de um Johann II Bernoulli, nascido posteriormente na família.
Com o seu irmão Jakob, desenvolveu trabalhos que precediam em muito o cálculo de Gottfried Leibniz. Foi acusado de ter roubado ideias do seu irmão Jakob e de expulsar o seu filho Daniel Bernoulli de casa, por ter ganho um prémio da Academia Francesa de Ciências, para o qual ele estava a competir. Fez pesquisas fundamentais sobre cálculo de variações.
O seu primeiro emprego académico foi em Groningen, em 1695, como professor de matemática. Após a morte de Jakob, em 1705, ocupou o seu lugar em Basileia. Muito fez para divulgar o cálculo na Europa. O seu campo de atuação incluía física, química, astronomia, além da matemática. Em ciência aplicada contribuiu extensamente para a ótica, escreveu sobre a teoria das marés e a teoria matemática da navegação. Permaneceu ativo até alguns dias antes da sua morte, com a idade de oitenta anos.
Contribuiu ainda em várias áreas da matemática aplicada, incluindo o movimento de uma partícula num campo gravitacional. Estabeleceu a equação da catenária em 1690.
Bernoulli propôs ainda um engenho de movimento perpétuo.
 

O Euro faz hoje vinte e um anos...!


Euro (símbolo: ; código: EUR) é a moeda oficial da zona Euro, a qual é constituída por 20 dos 27 estados-membro da União Europeia: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Croácia, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos e Portugal. A moeda é também usada de forma oficial pelas instituições da União Europeia e por quatro outros países europeus e um território (Andorra, Mónaco, San Marino, Vaticano e Acrotíri e Deceleia) e, de forma unilateral, pelo Kosovo e Montenegro. Em 2018, a moeda foi usada diariamente por cerca de 343 milhões de europeus. A moeda é também usada oficialmente em diversos territórios ultramarinos da UE.

A moeda é ainda usada por mais 240 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais 190 milhões em África, que usam moedas de câmbio fixo em relação ao euro. O euro é a segunda maior moeda de reserva e a segunda moeda mais transacionada no mundo a seguir ao dólar dos Estados Unidos. Com mais de 1,2 mil biliões de euros em circulação em 2018, o euro tem o maior valor combinado de notas e moedas em circulação no mundo, tendo ultrapassado o dólar norte-americano. Com base em estimativas do Fundo Monetário Internacional do PIB e da paridade do poder de compra, a zona euro é a segunda maior economia do mundo.

O nome "euro" foi oficialmente adotado em 16 de dezembro de 1995. O euro foi introduzido nos mercados financeiros mundiais enquanto unidade de conta a 1 de janeiro de 1999, em substituição da antiga Unidade Monetária Europeia (ECU), a um câmbio de 1:1 (1,1743 USD). As moedas e notas físicas de euro entraram em circulação a 1 de janeiro de 2002, tornando-a a moeda de uso corrente entre os membros originais. Embora nos primeiros dois anos a cotação do euro tenha descido para 0,8252 USD (26 de outubro de 2000), a partir do fim de 2002 começou a ser transacionada a valores superiores ao dólar, atingindo um máximo de 1,6038 USD em 18 de julho de 2008. A partir do fim de 2009, a crise da dívida pública da Zona Euro levou à criação do Fundo Europeu de Estabilização Financeira e à adoção de várias reformas de estabilização monetária.

   

Saudades de Carlos do Carmo...

O nosso atual calendário faz 2068 anos


O calendário juliano foi implantado pelo líder romano Júlio César, em 46 a.C., como uma importante e substancial alteração no calendário romano. Foi modificado ainda mais em 8 d.C., pelo imperador Augusto, e os nomes dos meses sofreram ainda várias mudanças ao longo do Império Romano. O calendário juliano acabou por sofrer a sua última modificação em 1582, pelo Papa Gregório XIII, dando origem ao calendário gregoriano, que foi adotado progressivamente por diversos países, e hoje é utilizado pela maioria dos países ocidentais.

O calendário juliano, com as modificações feitas por Augusto, continua sendo utilizado pelos cristãos ortodoxos em vários países. Nele, os anos bissextos ocorrem sempre de quatro em quatro anos, enquanto no calendário gregoriano não são bissextos os anos seculares exceto os múltiplos de 400, o que hoje acumula uma diferença para o calendário gregoriano de 13 dias.
Em 46 a.C., Júlio César, percebendo que as festas romanas em comemoração à estação primaveril do ano, marcadas para março (que era o primeiro mês do ano), caíam em pleno Inverno, determinou que o astrónomo alexandrino Sosígenes corrigisse o calendário. As modificações realizadas a partir desses estudos modificaram radicalmente o calendário romano: dois meses, Unodecembris e Duocembris foram adicionados ao final do ano de 46 a.C., deslocando assim Januarius e Februarius para o início do ano de 45 a.C.. Os dias dos meses foram fixados numa sequência de 31, 30, 31, 30... de Januarius a December, à exceção de Februarius, que ficou com 29 dias e que, a cada três anos, teria 30 dias.
Com estas mudanças, o calendário anual passou a ter doze meses que somavam 365 dias. O mês de Martius, que era o primeiro mês do ano, continuou sendo a marcação do equinócio. Foi abandonado o formato luni-solar do calendário romano se fixando para um calendário predominantemente solar, se substituiu o mês intercalar Mercedonius de 22 e 23 dias por apenas um dia chamado de dia extra que deveria ser incluso após o 25º dia de Februarius, "ante die sextum kalenda martias", que, em função da forma de contagem dos romanos acabou criando o conceito de ano bissexto, de 366 dias que deveria ocorrer de três em três anos.
Os anos bissextos definidos no calendário juliano aproximavam o ano trópico por 365,25 dias, incorporando pequenos erros no alinhamento das estações ao longo dos anos. O imperador Augusto acabou corrigindo essas diferenças em 8 d.C., determinando que os anos bissextos ocorressem de quatro em quatro anos.

Calendário juliano após 8 d.C.


No. Mês Dias
1 Januarius 31
2 Februarius 28 ou 29
3 Martius 31
4 Abrilis 30
5 Maius 31
6 Junius 30
7 Julius 31
8 Augustus 31
9 September 30
10 October 31
11 November 30
12 December 31
 
Este calendário vigorou até a Idade Média aproxima o ano trópico por 365,25 dias, importando em um dia de erro no alinhamento dos equinócios a cada 128 anos. Por esse motivo foi modificado pelo Papa Gregório XIII, em 4 de outubro de 1582 quando suprimiu-se 10 dias do calendário juliano e mudou-se a regra do ano bissexto implementada por Augusto. Este novo calendário foi adotado por países da Igreja Católica, entretanto, a Igreja Ortodoxa não aceitou seguir esta mudança, optando pela permanência no calendário juliano o que explica hoje a diferença de 13 dias entre estes dois calendários.


NOTA: na península ibérica (e, em particular, em Portugal) usou-se uma variante deste calendário até ao reinado de D. João I:
A chamada Era de César ou Era Hispânica é uma variante do calendário Juliano, que começou a ser contada na Hispânia Romana a partir de 1º de janeiro de 38 a.C., o mesmo ano em que foi renovado o acordo do Triunvirato, que concedeu a César Otaviano Augusto o governo da Hispânia - e também das Gálias e da Itália. Contudo, o surgimento deste calendário está na verdade ligado à imposição, por Augusto, de uma nova taxa regular de impostos aos seus súbditos ibéricos em 38 a.C., o que teria sido um marco simbólico do estabelecimento definitivo da Pax Romana na região.


Este calendário foi usado durante mais de mil anos na península Ibérica, primeiro pelos romanos e romanizados, depois pelos cristãos até os tempos da Reconquista, quando finalmente começou a cair em desuso. Os catalães teriam sido os primeiros a abandoná-lo, em 1180; os últimos foram os portugueses, em 1422, quando o rei João I de Portugal decretou a adoção oficial da Era de Cristo, ou Era Anno Domini, por meio de uma Carta Régia.

Del Reeves morreu há dezasseis anos...

    
Franklin Delano "Del" Reeves (Sparta, Carolina do Norte, 14 de julho de 1932 - 1 de janeiro de 2007) foi um cantor de música country norte-americano, mais conhecido pelas suas canções da década de 60. Tornou-se num dos cantores masculinos de country dessa década. Reeves devia o seu nome ao presidente Franklin Delano Roosevelt, que fora nomeado pelo Partido Democrático para ser o seu candidato a presidente alguns dias antes do nascimento do cantor.
   

 


O Barão de Coubertin nasceu há cento e sessenta anos...

   
Pierre de Frédy (Paris, 1 de janeiro de 1863 - Genebra, 2 de setembro de 1937), mais conhecido pelo seu título nobiliárquico de Barão de Coubertin, foi um pedagogo e historiador francês, que ficou para a história como o fundador dos Jogos Olímpicos da era moderna.
 
Brasão do Barão de Coubertin
    
Biografia
Nascido em Paris, a capital francesa, numa família aristocrática, descendente de Fernando III de Castela, Pierre de Frédy foi inspirado pelas suas visitas a colégios ingleses e americanos, e propôs-se a melhorar os sistemas de educação. Acredita-se que foi ele quem teve a ideia de reiniciar com os Jogos Olímpicos.
A certo ponto, após ter idealizado uma competição internacional para promover o atletismo, e tirando partido de um crescente interesse internacional nos Jogos Olímpicos da Antiguidade, alimentado por descobertas arqueológicas nas ruínas de Olímpia, o barão de Coubertin concebeu um plano para fazer reviver os Jogos Olímpicos.
  
Jogos Olímpicos
Para publicar os seus planos, organizou um congresso internacional em 23 de junho de 1894 na Sorbonne em Paris. Então, propôs que fosse reinstituída a tradição de realizar um evento desportivo internacional periódico, inspirado no que se fazia na Grécia antiga. Este congresso levou à constituição do Comitê Olímpico Internacional(COI), do qual o barão de Coubertin seria secretário geral. Foi também decidido que os primeiros Jogos Olímpicos da era moderna teriam lugar em Atenas, na Grécia e que a partir daí, tal como na antiguidade, seriam realizados a cada quatro anos uma Olimpíada. Dois anos depois realizaram-se os Jogos Olímpicos de Verão de 1896, que foram um sucesso.
Após os Jogos de 1896, Demetrius Vikelas abandonou o posto de presidente do COI e Pierre de Coubertin tomou o seu lugar na frente da organização. Apesar do sucesso dos primeiros jogos, o Movimento Olímpico enfrentaria tempos difíceis, com os Jogos Olímpicos de 1900 e de 1904 a serem completamente obscurecidos pelas exposições mundiais em que foram integrados, e passando completamente despercebidos.
A situação melhorou com a realização dos Jogos Olímpicos de Verão de 1906 que, utilizando o pretexto de comemorar os 10 anos da primeira edição, serviram para limpar a imagem e promover os Jogos como um evento internacional por excelência. A partir de então os Jogos Olímpicos continuariam a ganhar audiência, tornando-se o mais importante evento desportivo mundial. Pierre de Coubertin abandonou a presidência do COI após os Jogos Olímpicos de Verão de 1924, realizados em Paris, a sua cidade natal, e com um sucesso muito maior que a anterior edição de 1900. Foi sucedido no cargo por Henri de Baillet-Latour.
  
Morte
Coubertin morreu a 2 de setembro de 1937, em Genebra. Foi enterrado em Lausanne (local da sede do COI), mas o seu coração foi sepultado separadamente, num monumento perto das ruínas da antiga Olímpia.
  
 

Lhasa de Sela morreu há treze anos...

    
Lhasa de Sela (Big Indian, New York, 27 de setembro de 1972 - Montreal, 1 de janeiro de 2010) foi uma cantora dos Estados Unidos da América, radicada no Canadá.
A sua ascendência era, de um lado mexicana, e de outro, americano-judeu-libanesa, filha de um professor, não convencional, que percorria os EUA e o México, difundindo o conhecimento, e de uma fotógrafa. Assim passou sua infância, de maneira nómada, juntamente com os seus pais e as suas três irmãs.
A sua obra musical mistura tradição mexicana, klezmer e rock e é cantada em três idiomas: espanhol, francês e inglês.
Faleceu a 1 de janeiro de 2010, em Montreal, Canadá, vítima de cancro de mama.
    

 


Patti Page morreu há dez anos...

   
Patti Page, nome artístico de Clara Ann Fowler (Claremore, 8 de novembro de 1927 - Encinitas, 1 de janeiro de 2013), foi uma cantora norte-americana.
Foi uma cantora de grande sucesso nos anos de 50, vendendo mais de cem milhões de discos.
  

 


Carlos do Carmo morreu há dois anos...

    
Carlos do Carmo, nome artístico de Carlos do Carmo de Ascensão de Almeida (Lisboa, 21 de dezembro de 1939Lisboa, 1 de janeiro de 2021), foi um cantor e intérprete de fado português.
    

 


Milt Jackson nasceu há um século...!

   
Milton (Milt) Jackson (Detroit, Michigan, 1 de janeiro de 1923Manhattan, 9 de outubro de 1999) foi um vibrafonista de jazz norte-americano e um dos primeiros no bebop.
 
Biografia
Milt Jackson, apelidado de "Bags", foi o principal vibrafonista do jazz pós-swing, e talvez o maior de todo o jazz. Nascido em Detroit em 1923, começou tocando viola e piano, antes de se decidir pelo vibrafone na adolescência. Em 1945, fazendo parte de um grupo de Detroit, encontrou-se com Dizzy Gillespie pela primeira vez. Depois foi chamado por Dizzy para o seu sexteto em Nova Iorque, e também para a sua big band.
Sepultado no Cemitério de Woodlawn, fez parte do grupo Modern Jazz Quartet.
  

 

 


Porque hoje é o Dia da Paz e a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus...


1 de janeiro é o 1.º dia do ano no calendário gregoriano, faltando 364 dias para acabar o ano.
Esta data é o Dia Mundial da Paz, além de Dia da Fraternidade Universal, sendo assim, um feriado internacional, adotado por quase todas as nações do planeta.
  
in Wikipédia
  
  

   

O Dia Mundial da Paz, inicialmente chamado simplesmente de Dia da Paz, é comemorado em 1 de janeiro, tendo sido criado pelo papa Paulo VI em 1967.
Em 8 de dezembro de 1967, o papa Paulo VI escreveu uma mensagem propondo a criação do Dia Mundial da Paz, a ser festejado no dia 1 de janeiro de cada ano. Mas o papa não queria que a comemoração se restringisse apenas aos católicos – para ele, a verdadeira celebração da paz só estaria completa se envolvesse todos os homens, não importando a religião. “A proposta de dedicar à paz o primeiro dia do novo ano não tem a pretensão de ser qualificada como exclusivamente nossa, religiosa ou católica. Antes, seria para desejar que ela encontrasse a adesão de todos os verdadeiros amigos da paz”, dizia, em sua mensagem. No texto, expressava seu desejo de que esta iniciativa ganhasse adesão ao redor do mundo com “caráter sincero e forte de uma humanidade consciente e liberta dos seus tristes e fatais conflitos bélicos, que quer dar à história do mundo um devir mais feliz, ordenado e civil”. Portanto, O Dia da Paz Mundial é um dia a ser celebrado pelos "verdadeiros amigos da Paz", independente de credo, etnia, posição social ou económica.
Dizia o Papa Paulo VI em sua primeira mensagem para este dia: "Dirigimo-nos a todos os homens de boa vontade, para os exortar a celebrar o Dia da Paz, em todo o mundo, no primeiro dia do ano civil, 1 de Janeiro de 1968. Desejaríamos que depois, cada ano, esta celebração se viesse a repetir, como augúrio e promessa, no início do calendário que mede e traça o caminho da vida humana no tempo que seja a Paz, com o seu justo e benéfico equilíbrio, a dominar o processar-se da história no futuro".
A proposta de dedicar à Paz o primeiro dia do novo ano não tem a pretensão de ser qualificada como exclusivamente religiosa ou católica. Antes, seria para desejar que ela encontrasse a adesão de todos os verdadeiros amigos da Paz, como se se tratasse de uma iniciativa sua própria; que ela se exprimisse livremente, por todos aqueles modos que mais estivessem a caráter e mais de acordo com a índole particular de quantos avaliam bem, como é bela e importante ao mesmo tempo, a consonância de todas as vozes do mundo, consonância na harmonia, feita da variedade da humanidade moderna, no exaltar este bem primário que é a Paz.
Completava ainda o Papa Paulo VI: "A Igreja católica, com intenção de servir e de dar exemplo, pretende simplesmente lançar a ideia, com a esperança de que ela venha não só a receber o mais amplo consenso no mundo civil, mas que também encontre por toda a parte muitos promotores, a um tempo avisados e audazes, para poderem imprimir ao Dia da Paz, a celebrar-se nas calendas de cada novo ano, caráter sincero e forte, de uma humanidade consciente e liberta dos seus tristes e fatais conflitos bélicos, que quer dar à história do mundo um devir mais feliz, ordenado e civil".
   

 


sábado, dezembro 31, 2022

Poesia para recordar um Poeta...

Unamuno visto por Ramon Casas (imagem daqui)
    
      
Unamuno
 
 
D. Miguel…
Fazia pombas brancas de papel
Que voavam da Ibéria ao fim do mundo…
Unamuno Terceiro!
(Foi o Cid o primeiro,
D. Quixote o segundo.)

Amante duma outra Dulcineia,
Ilusória, também
(Pátria, mãe,
Ideia
E namorada),
Era seu defensor quando ninguém
Lhe defendia a honra ameaçada!

Chamado pelo aceno da miragem,
Deixava o Escorial onde vivia,
E subia, subia,
A requestar na carne da paisagem
A alma que, zeloso, protegia.

Depois, correspondido,
Voltava à cela desse nosso lar
Por Filipe Segundo construído
Com granito da fé peninsular.

E falava com Deus em castelhano.
Contava-lhe a patética agonia
Dum espírito católico, romano,
Dentro dum corpo quente de heresia.

Até que a madrugada o acordava
Da noite tumular.
E lá ia de novo o cavaleiro andante
Desafiar
Cada torvo gigante
Que impedia o delírio de passar.

Unamuno Terceiro!
Morreu louco.
O seu amor, por ser demais, foi pouco
Para rasgar o ventre da Donzela.
D. Miguel…
Fazia pombas brancas de papel,
E guardava a mais pura na lapela.


in
Poemas Ibéricos (1965) - Miguel Torga

Poesia para terminar um ano complicado...

 



Aos Vindouros, Se os Houver…




Vós, que trabalhais só duas horas
a ver trabalhar a cibernética,
que não deixais o átomo a desoras
na gandaia, pois tendes uma ética;

que do amor sabeis o ponto e a vírgula
e vos engalfinhais livres de medo,
sem peçários, calendários, Pílula,
jaculatórias fora, tarde ou cedo;

computai, computai a nossa falha
sem perfurar demais vossa memória,
que nós fomos pràqui uma gentalha
a fazer passamanes com a história;

que nós fomos (fatal necessidade!)
quadrúmanos da vossa humanidade.
 
 

Alexandre O'Neil

A mais antiga Corrida de São Silvestre faz hoje 97 anos

  
A Corrida Internacional de São Silvestre é uma corrida de rua realizada anualmente na cidade de São Paulo, Brasil, no dia 31 de dezembro, no dia de São Silvestre (data de morte do Papa da Igreja Católica, canonizado também neste dia, anos depois, no IV século) e de onde vem o seu nome.
A corrida, a mais famosa e tradicional do Brasil e a da América do Sul, tem um percurso atual de 15 km pelo centro de São Paulo e é uma corrida mista desde 1975, quando começou a participação oficial das mulheres. Entre 1925, ano de sua criação e 1944, foi disputada apenas por brasileiros.
O maior vencedor – e também recordista – da prova é o queniano Paul Tergat com cinco vitórias e, entre as mulheres, a portuguesa Rosa Mota, que, com seis vitórias consecutivas nos anos 80, é a maior vencedora geral. Entre os brasileiros, o título fica com Marílson Gomes dos Santos, com três vitórias.
Alguns dos maiores fundistas da história do atletismo já participaram e venceram a prova. Além de Paul Tergat e Rosa Mota, já correram nas ruas de São Paulo, campeões e medalhistas olímpicos e recordistas mundiais como Franjo Mihalic, Gaston Roelants, Frank Shorter, Carlos Lopes, Arturo Barrios, Ronaldo da Costa, Priscah Jeptoo, Derartu Tulu e a "Locomotiva Humana", o checo Emil Zatopek, campeão em 1953. A Corrida Internacional de São Silvestre é transmitida ao vivo pela televisão para o Brasil e para o mundo pela TV Gazeta e pela TV Globo desde 1982.

Bandeira da Cidade de São Paulo


  

Anthony Hopkins faz hoje 85 anos

    
Anthony Hopkins, de nome completo Philip Anthony Hopkins  (Port Talbot, País de Gales, 31 de dezembro de 1937), é um premiado ator britânico.
Considerado como um dos maiores atores em atividade, Hopkins é mais conhecido por interpretar o serial killer canibal, Hannibal Lecter, em The Silence of the Lambs (vencendo um Óscar de Melhor Ator), a sua sequela Hannibal e a sua prequela Red Dragon. Outros filmes proeminentes incluem The Lion in Winter, The Elephant Man, 84 Charing Cross Road, Dracula, Legends of the Fall, The Remains of the Day, Amistad e Nixon. Nascido e criado no País de Gales, manteve a sua cidadania britânica, adquirindo também a cidadania americana, a 12 de abril de 2000. Os filmes de Hopkins incluem uma enorme variedade de géneros, de filmes para a família até ao terror. Além do Óscar, também foi premiado com três BAFTA, dois Emmy do Primetime e um Prémio Honorário Cecil B. DeMille.
Hopkins foi feito cavaleiro pela Rainha Isabel II em 1993, pelos seus serviços à arte, e teve direito a uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood em 2003.
    

Miguel de Unamuno morreu há 86 anos...

    
Miguel de Unamuno y Jugo (Bilbau, 29 de setembro de 1864Salamanca, 31 de dezembro de 1936) foi um ensaísta, romancista, dramaturgo, poeta e filósofo espanhol. Foi também deputado entre 1931 a 1933 pela região de Salamanca. É o principal representante espanhol do existencialismo cristão, sendo conhecido principalmente por sua obra O sentimento trágico da vida, que lhe valeu a condenação do Santo Ofício. Tendo apoiado inicialmente o franquismo, passaria seus últimos dias de vida em prisão domiciliar.
    
Biografia
Nasceu na Calle Ronda, no bairro de Casco Viejo (Bilbau), sendo o terceiro filho do comerciante Félix de Unamuno Larraza e da sua sobrinha, Salomé Jugo Unamuno. Ao concluir os seus estudos fundamentais, testemunha o assédio da sua cidade durante a Terceira Guerra Carlista, o que se refletirá no seu primeiro romance, Paz na guerra.
É considerado como a figura mais completa da Generación del 98 - um grupo constituído por nomes como Antonio Machado, Azorín, Pío Baroja, Ramón del Valle-Inclán, Ramiro de Maetzu, Angel Ganivet, entre outros.
Estudou na Universidade de Madrid, onde concluiu o curso de Filosofia e Letras em 1883. No ano seguinte, obtém seu doutorado com uma tese sobre a língua basca: Crítica del problema sobre  el origen y prehistoria de la raza vasca, na qual antecipa suas ideias sobre a origem dos bascos - contrárias àquelas que nos anos seguintes irão alimentar o nacionalismo basco, fundado pelos irmãos Arana Goiri, que defenderão uma "raça basca" (no sentido de etnia), não contaminada por outras.
Em 1891 obteve a cátedra de Grego clássico na Universidade de Salamanca. Em 1900, com apenas 36 anos de idade, é nomeado Reitor, cargo que exerceria por mais duas vezes.
Conhecido também pelos sucessivos ataques à monarquia de Afonso XIII de Espanha, viveu no exílio, de 1926 a 1930, primeiro nas Ilhas Canárias e depois em França, de onde só voltaria depois da queda do general Primo de Rivera. Mais tarde o General Francisco Franco, cujo golpe Unamuno inicialmente apoiara, afastou-o novamente da vida pública, devido a críticas duras feitas pelo filósofo ao General Millán-Astray. Unamuno passaria os seus últimos dias de vida em prisão domiciliar, na cidade de Salamanca.
   

 

Portugal

Del atlántico mar en las orillas
desgreñada y descalza una matrona
se sienta al pie de sierras que corona
triste pinar. Apoya en las rodillas

los codos y en las manos las mejillas
y clava ansiosos ojos de leona
en la puesta del sol; el mar entona
su trágico cantar de maravillas.

Dice de luengas tierras y de azares
mientras ella, sus pies en las espumas
bañando, sueña en el fatal imperio

que se le hundió en los tenebrosos mares,
y mira cómo entre agoreras brumas
se alza Don Sebastián, rey del misterio.



Miguel de Unamuno