O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Ao longo da carreira consagrou-se como cantora popular com sucessos como: Pedação de mim (Chico Buarque), Nunca, Luz e mistério, Meu amigo meu herói (Gilberto Gil), Caminhos do sol (Herman Torres/Salgado Maranhão), Engraçadinha, Eu velejava em você, O amor vem pra cada um (George Harrison/versão Beto Fae), Dê um rolê, Per amor, Perigo (Nico Rezende/Paulinho Lima), Esquece e vem, Noite, A paz, Toda uma história (Zizi Possi/Luiz Avelar) e principalmente Asa morena (Zé Caradípia).
Teresa de Cepeda e Ahumada nasceu na província de Ávila, Espanha,
numa família da baixa nobreza. Os seus pais chamavam-se Alonso Sánchez de
Cepeda e Beatriz Dávila e Ahumada. Teresa refere-se a eles com muito
carinho. Alonso teve três filhos do seu primeiro casamento e Beatriz
deu-lhe outros nove.
Aos sete anos, gostava muito de ler histórias dos santos. O seu irmão
Rodrigo tinha quase a sua idade, por isto costumavam brincar juntos. As
duas crianças viviam pensando na eternidade, admiravam a coragem dos
santos na conquista da glória eterna. Achavam que os mártires tinham
alcançado a glória muito facilmente e decidiram partir para o país dos mouros com a esperança de morrer pela fé. Assim sendo, fugiram de casa, pedindo a Deus que lhes permitisse dar a vida por Cristo. Em Adaja
encontraram um dos tios que os devolveu aos braços da aflita mãe.
Quando esta os repreendeu, Rodrigo colocou toda a culpa na irmã. Com o
fracasso de seus planos, Teresa e Rodrigo decidiram viver como eremitas
na própria casa e construíram uma cela no jardim, sem nunca conseguir
terminá-la. Desde então, Teresa já amava a solidão.
Juventude
A mãe de Teresa faleceu quando esta tinha catorze anos: "Quando
me dei conta da perda que sofrera, comecei a entristecer-me. Então me
dirigi a uma imagem de Nossa Senhora e supliquei com muitas lágrimas que
me tomasse como sua filha". Quando completou quinze anos, o pai levou-a a estudar no Convento das Agostinianas de Ávila, para onde iam as jovens da sua classe social.
Um ano e meio mais tarde, Teresa adoeceu e o seu pai levou-a para casa. A jovem começou a pensar seriamente na vida religiosa, que a atraía por um lado e lhe repugnava por outro. O que a ajudou na decisão foi a leitura das "Cartas" de São Jerónimo,
cujo fervoroso realismo encontrou eco na alma de Teresa. A jovem
comunica ao pai que desejava tornar-se religiosa, mas este pediu-lhe
para esperar que ele morresse para ingressar no convento. No entanto, numa madrugada, com 20 anos, a santa fugiu para o Convento Carmelita de Encarnación, em Ávila, com a intenção de não voltar para casa.
Vida religiosa
Teresa ficou no Convento da Encarnação. Tinha 20 anos. O seu pai, ao
vê-la tão decidida, deixou de opor-se à sua vocação. Um ano depois fez a
profissão dos votos. Pouco depois, piorou de uma enfermidade que
começara a molestá-la antes de professar. Seu pai retirou-a novamente do
convento e a irmã Joana Suárez acompanhou Teresa, para ajudá-la. Os
médicos, apesar
de todos os tratamentos, deram-se por vencidos e a enfermidade,
provavelmente paludismo (malária), agravou-se. Teresa conseguiu
suportar aquele sofrimento, graças a um livrinho que lhe fora dado de
presente pelo seu tio Pedro: "O terceiro alfabeto espiritual", do
Padre Francisco de Osuna. Teresa seguiu as instruções da pequena obra e
começou a praticar a oração mental. Finalmente, após três anos, ela
recuperou a saúde e retornou ao Carmelo.
A sua prudência, amabilidade e caridade conquistavam a todos. Segundo o
costume dos conventos espanhóis da época, as religiosas podiam receber
todos os visitantes que desejassem, a qualquer hora. Teresa passava
grande parte de seu tempo conversando no locutório. Isto a levou a
descuidar-se da oração mental. Vivia desculpando-se, dizendo que as suas
enfermidades a impediam de meditar.
(...)Não, minhas irmãs, não. O Senhor quer
obras. Quer, por exemplo, que se virdes uma doente a quem podeis
aliviar, deixeis de lado as vossas devoções para lhe dar assistência, e
que lhe testemunheis compaixão, que o seu sofrimento seja o vosso, e
que, se necessário, jejueis para que ela tenha o alimento
necessário.(...)
— Teresa de Ávila
Pouco depois da morte de seu pai, o confessor de Teresa fê-la ver o
perigo em que se achava a sua alma e aconselhou-a a voltar à prática da
oração. Desde então, a santa jamais a abandonou. No entanto, ainda não
se decidira a entregar-se totalmente a Deus nem a renunciar totalmente
às horas que passava no locutório, trocando conversas e presentes com os
visitantes. Curioso notar que, em todos estes anos de indecisão no
serviço de Deus, Santa Teresa jamais se cansava de prestar atenção aos sermões, "por piores que fossem".
Cada vez mais convencida de sua indignidade, Teresa invocava com frequência os grandes santos penitentes, Santo Agostinho e Santa Maria Madalena, aos quais estão associados dois factos que foram decisivos na vida da santa. O primeiro foi a leitura das "Confissões" de Santo Agostinho. O segundo foi um chamamento à penitência que ela experimentou diante de um quadro da Paixão do Senhor: "Senti que Santa Maria Madalena vinha em meu socorro... e desde então muito progredi na vida espiritual".
Sentia-se muito atraída pelas imagens de Cristo ensanguentado em
agonia. Certa ocasião, ao deter-se sob um crucifixo muito ensanguentado,
perguntou: "Senhor, quem vos colocou aí?" Pareceu-lhe ouvir uma voz: "Foram as tuas conversas no parlatório que me puseram aqui, Teresa".
Ela chorou muito e a partir de então não voltou a perder tempo com
conversas inúteis e nas amizades que não a levavam à santidade.
As Carmelitas, como a maioria das religiosas, desde os princípios do século XVI,
já haviam perdido o primeiro fervor. Já vimos que os locutórios dos
conventos de Ávila eram uma espécie de centro de reunião para damas e
cavalheiros de toda a cidade. As religiosas saíam da clausura pelo menor
pretexto. Os conventos eram lugares ideais para quem desejava uma vida
fácil e sem problemas. As comunidades eram muito numerosas. O Convento
da Encarnação possuía quase 200 religiosas.
Só o amor dá valor a todas as coisas. E o mais necessário é que seja grande o bastante para que nenhuma coisa o estorve.
— Teresa de Ávila
Reformadora e fundadora
Já que esta situação era aceite como normal, as religiosas não davam
conta de que o seu modo de vida estava muito distante do espírito
dos seus fundadores. Assim, quando uma sobrinha de Santa Teresa, também
religiosa no Convento da Encarnação, lhe deu a ideia de fundar uma
comunidade reduzida, a santa, que já estava há 25 anos naquele convento,
resolveu colocar em prática o plano.
São Pedro de Alcântara, São Luís Beltrán e o bispo de Ávila aprovaram o projeto. O provincial dos Carmelitas, o
Padre Gregório Fernández, autorizou Teresa a colocar o seu plano em
prática. Contudo, a execução do projeto causou muitos comentários e o
provincial retirou a permissão. Santa Teresa foi criticada pelos nobres,
pelos magistrados, pelo povo e até pelas suas próprias irmãs. Apesar
disso tudo, o dominicano Padre Ibañez incentivou Teresa a prosseguir o seu projeto.
São Pedro de Alcântara, Dom Francisco de Salcedo e o Padre Gaspar Daza
conseguiram que o bispo tomasse
para si a causa da fundação do novo convento. Eis que chega de Roma a autorização para se criar a nova casa
religiosa, o que ocorreu no dia de São Bartolomeu, em 1562. Durante a missa receberam o véu a sobrinha da santa e outras três noviças.
A inauguração causou grande rebuliço em Ávila.
Nesta mesma tarde, a superiora do Convento da Encarnação mandou chamar
Teresa e a santa a procurou com certo temor, pensando que iam
encarcerá-la. Teve que explicar a sua conduta à superiora e ao Padre Angel de Salazar,
provincial da Ordem. A Santa reconhece que não faltava razão a seus
superiores por estarem desgostosos. Mesmo assim, o Padre Salazar
prometeu-lhe que ela poderia retornar ao Convento de São José logo que se acalmassem os ânimos da população.
A fundação não era bem vista em Ávila,
porque as pessoas desconfiavam das novidades e temiam que um convento
sem recursos se transformasse num peso para a cidade. O prefeito e os
magistrados teriam mandado demolir o convento, se não tivessem sido
dissuadidos pelo dominicano Bañez. Santa Teresa não perdeu a paz no meio às perseguições e prosseguiu, colocando a obra nas mãos de Deus.
Francisco de Salcedo e outros partidários da fundação enviaram à
corte um sacerdote que defendesse a causa diante do Rei. Os dois dominicanos, Báñez e Ibáñez, acalmaram o bispo e o provincial. Pouco a pouco a
tempestade foi acalmando. Quatro meses depois, o Padre Salazar permitiu
que Santa Teresa e as suas quatro religiosas regressassem ao Convento de São José.
Teresa estabeleceu no seu convento a mais estrita clausura e o
silêncio quase perpétuo. A comunidade vivia na maior pobreza. As
religiosas vestiam hábitos toscos, usavam sandálias em vez de sapatos
(por isso foram chamadas "descalças") e eram obrigadas a
abstinência perpétua de carne. A fundadora, a princípio, não aceitou
comunidades com mais de treze religiosas. Mais tarde, nos conventos que
possuíam alguma receita, aceitou que residissem vinte monjas.
A grande mística Teresa não descuidava as coisas práticas. Sabia utilizar as coisas materiais para o serviço de Deus. Certa ocasião disse: "Teresa, sem a graça de Deus é uma pobre mulher; com a graça de Deus, uma fortaleza; com a graça de Deus e muito dinheiro, uma potência".
Encontrou certo dia em Medina del Campo dois frades carmelitas que estavam dispostos a abraçar a Reforma: Antonio de Jesús de Heredia, superior, e Juan de Yepes, que seria o futuro São João da Cruz.
Aproveitando a primeira oportunidade, ela fundou um pequeno convento de frades em Duruelo, em 1568. Em 1569 fundou o de Pastrana. Em ambos reinava a maior pobreza e austeridade. Santa Teresa deixou o resto das fundações de conventos de frades a cargo de São João da Cruz. Depois de muitas lutas, incompreensões e perseguições, obteve de Roma uma ordem que eximia os Carmelitas Descalços da jurisdição do Provincial dos restantes carmelitas.
Em 1580, quando se estabeleceu a separação entre os dois ramos da Ordem do Carmo,
Santa Teresa de Ávila tinha 65 anos e a sua saúde estava muito
debilitada. Nos últimos anos de sua vida fundou outros dois conventos.
As fundações da Santa não eram simplesmente um refúgio das almas
contemplativas, mas também uma espécie de reparação pelos destroços
causados nos mosteiros pelo protestantismo, principalmente na Inglaterra e na Alemanha.
A morte
Na fundação do convento de Burgos, que foi a última, as dificuldades não diminuíram. Em julho de 1582, quando o convento já ia com suas obras adiantadas, Santa Teresa tinha intenção de regressar a Ávila, mas viu-se forçada a mudar seus planos para ir a Alba de Tormes visitar a Duquesa Maria Henríquez. A Beata Ana de São Bartolomeu
afirmou que a viagem não estava bem programada e que a Santa estava tão
fraca que desmaiou no caminho. Certa noite só puderam comer alguns
figos. Chegando a Alba, Teresa teve que deitar-se imediatamente. Três
dias depois, disse à Beata Ana de São Bartolomeu: "Finalmente, minha filha, chegou a hora de minha morte". O Padre Antonio de Heredia ministrou-lhe os últimos sacramentos. Quando o mesmo padre lhe levou o viático, a Santa conseguiu erguer-se do leito e exclamou: "Oh, Senhor, por fim chegou a hora de nos vermos face a face!" Ela morreu às 9 horas da noite de 4 de outubro de 1582 e, exatamente no dia seguinte efetuou-se a mudança para o calendário gregoriano, que suprimiu dez dias, de modo que a festa da santa foi fixada, mais tarde, para o dia 15 de outubro. Foi sepultada em Alba de Tormes, onde repousam as suas relíquias.
Teresa é uma das maiores personalidades da mística católica de todos
os tempos. As suas obras, especialmente as mais conhecidas (Livro da Vida,
Caminho de Perfeição, Moradas e Fundações), contém uma doutrina que
abraça toda a vida da alma, desde os primeiros passos até à intimidade
com Deus no
centro do Castelo Interior. As suas cartas no-la mostram absorvida com os
problemas mais triviais e a sua doutrina sobre a união da alma com Deus
é bem firmada no caminho da espiritualidade carmelita, que ela tão
notavelmente soube enriquecer e transmitir, não apenas a seus irmãos,
filhos e filhas espirituais, mas à toda Igreja, à qual serviu fiel e
generosamente. Ao morrer a sua alegria foi poder afirmar: "Morro como filha da Igreja".
Santa Teresa de Ávila é considerada um dos maiores génios que a
humanidade já produziu. Mesmo ateus e livres-pensadores são obrigados a
enaltecer sua viva e arguta inteligência, a força persuasiva dos seus
argumentos, o seu estilo vivo e atraente e o seu profundo bom senso. O
grande Doutor da Igreja, Santo Afonso Maria de Ligório, tinha-a em tão alta estima que a escolheu como patrona, e a ela se
consagrou como filho espiritual, enaltecendo-a em muitos dos seus
escritos.
Como vimos antes, a sua festa é comemorada no dia 15 de outubro.
Terra...
Era em Ávila da Ibéria a minha terra...
Terra!
Mas eu não vi a terra que me teve!
Nem lhe dei o calor que um filho deve
A sua Mãe!
Terra!
Nem lhe sabia o nome verdadeiro!
Nem a cor! nem o gosto! nem o cheiro!
Nem calculava o peso que ela tem!
Terra...
Vai-se embaçando o brilho dos meus olhos!
Apodrece o tutano dos meus ossos!
Crescem as unhas doidas nos meus dedos
Contra a palma da mão encarquilhada!
Medra o livor em mim de tal maneira
Que me babo de nojo do meu nada!
Terra!...
E andei eu a morrer a vida inteira!
E andei eu a secar a seiva da raiz
Que do Céu ou do Inferno me prendia
A ti, humana terra de Castela!
Terra!
E andei eu a viver a morte que vivia
Disfarçada em amor na minha cela!
Terra!...
E andei eu a negar o amor do mundo,
Quando de pólo a pólo o meu amor podia
Ser sem limites como a alma quer!...
E ser fecundo como a luz do dia!
E dar um filho, porque eu fui mulher!
Terra!...
E andei eu a legar este legado:
“Vivo morrendo primeiro”,
Derradeiro Castelo a que subi!...
Terra...
E Deus, que prometeu ter-me a seu lado,
Tem-me aqui.
O acidente ocorrido a 28 de março de 1979, na central nuclear de Three
Mile Island, no estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, foi causado por
falhas do equipamento devido a falhas no sistema secundário nuclear e
erro humano. Houve corte de custos que afetaram economicamente a
manutenção e uso de materiais de qualidade inferior. Mas, principalmente,
apontaram-se erros humanos, com decisões e ações erradas, tomadas por
pessoas não preparadas
O acidente desencadeou-se pelos problemas mecânico e elétrico que
ocasionaram a paragem de uma bomba de água que alimentava o gerador de vapor,
que acionou certas bombas de emergência que tinham sido deixadas
fechadas. O núcleo do reator começou a aquecer e parou e a pressão
aumentou. Uma válvula abriu-se para reduzir a pressão que voltou ao
normal. Mas a válvula permaneceu aberta, ao contrário do que o indicador
do painel de controle assinalava. Então, a pressão continuou a cair e
seguiu-se uma perda de líquido refrigerante ou água radioativa: 1,5
milhões de litros de água foram lançados no rio Susquehanna. Gases
radioativos escaparam e atingiram a atmosfera. Outros elementos
radioativos atravessaram as paredes.
Um dia depois foi medido a radioatividade em volta da central, com
valores de até 8 vezes maior que a
letal e que
alcançavam até 16 quilómetros. Apesar disso, o governador do estado da
Pensilvânia iniciou a evacuação da população só dois dias depois do
acidente. O governador Dick Thornburgh
aconselhou o chefe da NRC, Joseph Hendrie, a iniciar a evacuação "pelas
mulheres grávidas e crianças em idade pré-escolar num um raio de 5
milhas
ao redor das instalações". Em poucos dias, 140.000 pessoas haviam
deixado a área voluntariamente.
Factos Interessantes
Treze dias antes havia sido lançado o filme "Síndrome da China" com
Jane Fonda, que muitos consideraram como premonitório da catástrofe na
central nuclear, inclusive sendo usado as suas cenas, pelo jornalistas
da TV,
para ilustrar a cobertura do acidente.
O acidente nuclear nesta central foi considerado o mais grave, até
ser superado pelos desastres de Chernobyl e de Fukushima.
No filme X-Men Origens: Wolverine, a central é usada para um centro
fictício de mistura genética dos mutantes, para criação de mutantes
assassinos.
Apesar de estreitamente ligado aos círculos do novo poder liberal (foi deputado às Cortes e precetor do futuro Rei D. Pedro V), recusou fazer parte do primeiro Governo da Regeneração, chefiado pelo Duque de Saldanha.
Recusou honrarias e condecorações e, a par da sua obra literária e
científica, de que nunca se afastou inteiramente, preferiu retirar-se
progressivamente para um exílio que tinha tanto de vocação como de
desilusão.
Minha Pátria onde existe? ..................................É lá somente! Oh lembrança da Pátria acabrunhada Um suspiro também tu me hás pedido; Um suspiro arrancado aos seios d'alma Pela ofuscada glória, e pelos crimes Dos homens que ora são, e pelo opróbrio Da mais ilustre das nações da terra! A minha triste Pátria era tão bela, E forte, e virtuosa! e ora o guerreiro E o sábio e o homem bom acolá dormem, Acolá, nos sepulcros esquecidos, Que a seus netos infames nada contam Da antiga honra e pudor e eternos feitos. O escravo português agrilhoado Carcomir-se lhes deixa junto às lousas Os decepados troncos desse arbusto, Por mãos deles plantado à liberdade, E por tiranos derribado em breve, Quando pátrias virtudes se acabaram, Como um sonho da infância!... .................................Oh vil escravo, Imerso em vícios, em bruteza e infâmia, Não erguerá os macerados olhos Para esses troncos, que destroem vermes Sobre as cinzas de heróis, e, aceso em pejo, Não surgirá jamais? - Não há na terra Coração português, que mande um brado De maldição atroz, que vá cravar-se Na vigília e no sono dos tiranos, E envenenar-lhes o prazer por noites De vil prostituição, e em seus banquetes De embriaguez lançar fel e amarguras? Não! - Bem como um cadáver já corrupto, A nação se dissolve: e em seu letargo O povo, involto na miséria, dorme.
XXV
Oh, talvez, como o vate, ainda algum dia Terei de erguer à Pátria hino de morte, Sobre seus mudos restos vagueando! Sobre seus restos? - Nunca! Eterno, escuta Minhas preces e lágrimas: - se em breve, Qual jaz Sião, jazer deve Ulisseia; Se o anjo do extermínio há-de riscá-la Do meio das nações, que d'entre os vivos Risque também meu nome, e não me deixe Na terra vaguear, órfão de Pátria.
Nascido Mojša Zacharavič Šahałaŭ, romanizadoMovsha Zatskelevich Shagalov, no seio de uma família judaica, na sua juventude entrou para o ateliê de um retratista famoso da sua cidade natal. Lá aprendeu não só as técnicas de pintura, como a gostar e a exprimir-se nessa arte. Ingressou, posteriormente, na Academia de Arte de São Petersburgo, de onde rumou para a próspera cidade-luz, Paris.
Ali entrou em contacto com as vanguardasmodernistas que enchiam de cor, alegria e vivacidade a capital francesa. Conheceu também artistas como Amedeo Modigliani e La Fresnay. Todavia, quem mais o marcou, deste próspero e pródigo período, foi o modernista Guillaume Apollinaire, de quem se tornou grande amigo.
É também neste período que Chagall pinta dois dos seus mais conhecidos quadros: Eu e a aldeia e O Soldado Bebé, pintados em 1911 e 1912, respectivamente.
Neste ano, após a explosão da guerra, Marc Chagall volta ao seu país natal, sendo, portanto, mobilizado para as trincheiras. Todavia, permaneceu em São Petersburgo, onde casou um ano mais tarde com Bella, uma jovem que conheceu na sua aldeia.
Regressou então a Paris, onde iniciou mais um pródigo período de produção artística, tendo mesmo ilustrado uma Bíblia. Em 1927, ilustrou também as Fábulas de La Fontaine, tendo feito cem gravuras, somente publicadas em 1952. São também deste ano conhecidas as suas primeiras paisagens.
Visitou em 1931 a Palestina e, depois, a Síria, tendo publicado, em memória destas duas viagens o livro de carácter autobiográfico Ma vie (em português: "Minha vida").
Desde 1935, com a perseguição dos judeus e com a Alemanha prestes a entrar em mais uma guerra, Chagall começa a retratar as tensões e depressões sociais e religiosas que sentia na pele, já que também era judeu convicto.
Anos mais tarde, parte para os Estados Unidos,
onde se refugia dos alemães. Lá, em 1944, com o fim da guerra a
emergir, Bella, a sua mulher, falece, facto que lhe causa uma enorme
depressão, mergulhando novamente no mundo das evocações, dos
chamamentos, dos sonhos. Conclui este período com um quadro que já havia iniciado em 1931: Em torno dela.
Na França e nos Estados Unidos pintou, para além de diversos quadros, vitrais e mosaicos. Explorou também os campos da cerâmica, tema pelo qual teve especial interesse.
Gaga ganhou proeminência como uma artista após o lançamento do seu álbum de estúdio de estreia, intitulado The Fame, em 2008. O disco foi um sucesso a nível crítico e comercial, tendo atingido o número um no Reino Unido, Canadá, Áustria, Alemanha e Irlanda, enquanto nos Estados Unidos chegou ao número dois na Billboard 200. As canções "Just Dance" e "Poker Face", co-escritas e produzidas por RedOne, tornaram-se sucessos internacionais de número um, atingindo o topo da Billboard Hot 100 nos EUA, bem como em vários outros países. O álbum, mais tarde, conseguiu um total de sete indicações e dois prémios nos Grammy Awards. No início de 2009, ela foi para a sua primeira turnê, a The Fame Ball Tour. No quarto trimestre do ano, lançou o extended play (EP) The Fame Monster, que contém os êxitos internacionais "Bad Romance", "Telephone" e "Alejandro", e entrou na sua segunda turnê, a The Monster Ball Tour. The Fame Monster vendeu 10 milhões de cópias mundialmente e foi o álbum mais vendido de 2010. O seu segundo álbum de estúdio, Born This Way, foi lançado em 23 de maio de 2011 e vendeu 2,2 milhões de cópias nos EUA e 6 milhões mundialmente. Além disso, produziu os singles "Born This Way", "Judas" e "The Edge of Glory", que se tornaram sucessos mundiais.
Em 2013, Gaga lançou o seu terceiro álbum de estúdio, Artpop. Após o álbum, sentiu-se inspirada para que começasse uma mudança de imagem na sua carreira musical e visual. Lançou o seu quarto álbum de estúdio em 2014, Cheek to Cheek, um projeto de música jazz em parceria com Tony Bennett. Em 2016 lançou o seu quinto álbum de estúdio, Joanne, que apresenta influências fortes do country e rock. Influenciada por artistas como David Bowie, Michael Jackson, Madonna e os Queen, Gaga é reconhecida pelas suas contribuições extravagantes, diferentes e exageradas para a indústria musical através da sua roupa, actuações e vídeos musicais. Ela vendeu um número estimado de 27 milhões de álbuns e 66 milhões de singles no mundo, o que fez dela uma das recordistas de vendas de discos no mundo.
As suas conquistas incluem nove Grammy Awards e treze MTV Video Music Awards. A artista apareceu consecutivamente na lista dos "Artistas do Ano" da revista Billboard (conseguindo o título definitivo em 2010), posicionou-se no número quatro na lista das "100 Maiores Mulheres na Música" do VH1, e é regularmente destacada em listas elaboradas pela revista Forbes e foi nomeada uma das pessoas mais influentes do mundo pela revista Time. Em 2012, Gaga foi posicionada no número quatro na lista das "15 Mulheres Mais Bem Sucedidas do Entretenimento" da Billboard, obtendo mais de 25 milhões de dólares. Além disso, Gaga também iniciou uma carreira como atriz, dentre os quais se destacam trabalhos como a série televisiva American Horror Story: Hotel, que lhe rendeu um Globo de Ouro de melhor atriz, e o filme A Star Is Born (2018), no qual atuou ao lado de Bradley Cooper e para o qual contribuiu também com a banda sonora. Após o lançamento da película, Gaga foi aclamada pelos críticos, nomeada para o Óscar de melhor atriz e vencedora da categoria de melhor canção original, à qual levou a estatueta pela música "Shallow". Com isto, Gaga se tornou a primeira artista musical a vencer cinco prémios na mesma temporada: Óscar, Grammy, Globo de Ouro, Bafta e Critics' Choice. Devido a isso, foi convidada pelo Óscar para fazer parte dos membros votantes dos trabalhos musicais e de atuação.
Era um apaixonado pelos livros, pela música e por Amália. Foi apresentado a Amália, em 1962, por Luís de Macedo, diplomata em Paris, durante umas férias na Praia do Lisandro, perto da Ericeira. Oulman mostrou a Amália uma música que tinha composto ao piano, sobre o poema Vagamundo de Luís de Macedo.
O álbum Busto, editado em 1962, marcou o início de colaboração de Alain Oulman com Amália. Foi ele quem levou os poetas portugueses, como Luís de Camões, David Mourão-Ferreira, Alexandre O'Neill ou Manuel Alegre, para dentro de casa de Amália. Alain Oulman é também considerado o principal responsável por uma profunda alteração na música que a acompanhava.
Foi também ele que compôs a música do conhecido fado A Minha terra é Viana do poeta Pedro Homem de Mello, do álbum Cantigas numa Língua Antiga.
Oulman, pessoa de esquerda, é perseguido e preso pela PIDE. Amália tudo fez para o apoiar aquando da sua prisão. É deportado para França. "A sua activa solidariedade com a luta antifascista portuguesa levou-o a ser preso pela PIDE, sendo expulso de Portugal e fixando-se definitivamente em Paris", lê-se no 'site' oficial do Partido Comunista Português.
Oulman escreveu a música para Meu Amor é Marinheiro, com base em A Trova do Amor Lusíada, que Manuel Alegre escreveu quando esteve preso em Caxias.
Após o 25 de abril de 1974, Alain Oulman fez parte da minoria que defendeu Amália, quando esta foi acusada de estar ligada ao anterior regime, escrevendo cartas para os jornais "República" e "O Século".
"Alain Oulman, que em sucessivos discos publicados nos anos 50 e 60 soube transformar a fadista Amália Rodrigues - cuja popularidade era incontestada desde o final da Segunda Guerra - na «Amalia», sem acento, que se tornou diva internacional. Oulman divulgou a voz, mas soube renovar-lhe a cada passo os atributos com desafios ousados: primeiro, já não apenas a guitarra e a viola, mas também os acompanhamentos orquestrais, depois as variações sobre estes, conduzindo-a ao extremo de um «jazz combo»."
"Eu tenho uma proximidade muito maior com a Amália dos anos 60, do período do Oulman. Cabe tudo ali - e é isso que lhe dá dimensão. Nós não podemos reduzi-la - como ela nunca se quis reduzir - a um qualquer sub-género do seu repertório."
A voz de Vaughan caracterizava-se por sua tonalidade grave, por sua enorme versatilidade e por seu controle do vibrato. Sarah Vaughan foi uma das primeiras vocalistas a incorporar o fraseio do bebop.
Tony Banks (nascido Anthony George Banks, a 27 de março de 1950, em Sussex, Inglaterra) é um compositor, letrista e teclista britânico. Foi um dos membros fundadores dos Genesis, e, em conjunto com o guitarrista e baixista Mike Rutherford, foi o único a pertencer à banda desde o princípio.
Primeiro anos
Banks possui formação em piano clássico e foi autodidata ao aprender guitarra sozinho. Estudou na Charterhouse School em meados da década de 60, na qual conheceu Peter Gabriel em 1965. Em conjunto com o baterista Chris Stewart formou a banda The Garden Wall. Ela foi fundida com a banda Anon, que incluia Mike Rutherford e Anthony Phillips. Gravaram alguns demos que acabaram conduzindo à formação dos Genesis.
Papel nos Genesis
Os solos elaborados, com timbres de órgão Hammond e Mellotron juntamente com o uso de progressões harmónicas nas composições são as marcas mais fortes da musicalidade de Banks no início dos Genesis. Durante as gravações do álbum Selling England By The Pound adquiriu o seu primeiro sintetizador, modelo ARP ProSoloist, instrumento limitado e mais barato, o único disponível para ele na época. Desde então Banks demonstrou aptidão notável como programador de sintetizadores, reforçando o seu rig com mais sintetizadores com o passar dos anos. Embora não seja tão citado quanto os colegas Rick Wakeman ou Keith Emerson devido ao seu estilo tímido e introspectivo de tocar, o talento de Tony Banks deu estatura não só ao som dos Genesis, mas ao género que foi cunhado pela imprensa britânica como sendo o rock progressivo e tem seu estilo frequentemente imitado. Banks está colocado na 11ª posição dos melhores teclistas de todos os tempos, pelo site MusicRadar.
Algumas de suas composições mais características são Firth of Fifth, The Cinema Show e Home by the Sea, que ajudaram a estabelecer a identidade sonora dos Genesis. Além disso, Banks contribuía com Steve Hackett e Mike Rutherford nas passagens acústicas utilizando uma guitarra de 12 cordas. Banks também fazia ocasionalmente coros e chegou a ser o vocalista líder na sobra de estúdio The Shepherd (em dueto com Peter Gabriel). O empresário dos Genesis, Tony Smith, declarou que Banks era o único membro da banda que não poderia ser substituído.
Após a saída de Gabriel e Hackett, Banks foi o primeiro dos três remanescentes a lançar um álbum a solo, que, entretanto, não atingiu grande sucesso de público como Mike Rutherford e Phil Collins. Nos anos 80 trabalhou com Fish, vocalista da banda Marillion em dois álbuns. Em 2004 se aventurou como compositor de música erudita, lançando a obra Seven e em 2012 lançou o segundo trabalho do mesmo tipo intitulado Six Pieces For Orchestra.
O Desastre Aéreo de Tenerife ocorreu a 27 de março de 1977, um domingo, no Aeroporto de Los Rodeos, na Ilha de Tenerife, no Arquipélago das Canárias (Espanha), quando dois aviões JumboBoeing 747, um deles pertencente à empresa holandesa Royal Dutch Airlines (KLM) e o outro da norte-americana Pan American World Airways (Pan Am), chocaram na pista daquele aeroporto, ocasionando a morte de 583 pessoas e ferimentos em outras 61.