domingo, outubro 03, 2010

Actividade do Blog Geopedrados na terça-feira

Na próxima terça-feira, dia 05.10.2010, os Blogues Geopedrados e GeoLeiria irão organizar uma Saída de Campo pelo Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC). Esta será feita recorrendo a veículos dos participantes e será feita nos seguintes moldes:


1. Trajecto

Leiria – Alqueidão da Serra – Porto de Mós – Alcaria – Serra de Santo António – Pé da Pedreira – Portela de Teira – Leiria.


2. Horário

09.30 – Partida da Travessa da Rua das Olhalvas; 10.00 – Alqueidão da Serra - visita a afloramento com disjunção esferóidal; 11.00 – Ecoteca de Porto de Mós - eventual visita; 12.30 – Alcaria - observação de local com fósseis e almoço partilhado; 14.00 – Serra de Santo António - visita a um Algar; 15.00 – Pé da Pedreira - visita ao Geomonumento de Vale de Meios; 16.00 - Portela de Teira - visita a afloramento com disjunção prismática; 17.00 – Chegada ao ponto de partida.


3. Custos

Poderá ser combinada um valor para dar aos donos dos veículos.


4. Aspectos práticos da visita

- Trazer roupa e calçado para andar no campo e chapéu ou boné, bem como máquina fotográfica e GPS (opcionais);
- Trazer água e alimentação (o almoço e merenda serão em pic-nic partilhado).


NOTA: As pessoas interessadas devem contactar-me, por e-mail, indicando quantos adultos e quantas crianças vão e se pretendem levar automóvel.

A longa espera

"Dão-nos um bolo que é a história
Da nossa história sem enredo
E não nos soa na memória
Outra palavra para o medo"


(Natália Correia)

1. Não há nada pior para uma comunidade que a percepção de que o sacrifício a que é sujeita não irá ter uma contrapartida.

Olhando para o novo plano de austeridade, é com essa sensação que ficamos. Nada nos garante que daqui a pouco tempo não nos será dito que é preciso mais do nosso dinheiro para aguentar a máquina do Estado, que o assalto fiscal não continuará, que não teremos de aceitar menos apoios sociais, que uma parte importante dos nossos concidadãos não irá cair na pobreza.

De facto, nada de estrutural muda. Não vemos um plano, vemos apenas medidas avulsas sem um propósito preciso e bem definido.

Há algum projecto de reforma do aparelho do Estado? Há, finalmente, uma definição concreta do papel do Estado na comunidade? Em algum lado vemos que vai haver um esforço para acabar com os milhares de fundações, institutos, empresas públicas que nada produzem e que não deixam produzir?

Há algum plano que nos dê, pelo menos, a ilusão de que vai haver crescimento económico? Podemos discernir um projecto que nos garanta que a iniciativa privada vai ser apoiada ou pelo menos não boicotada?

O que vamos ter é um plano que corta de forma igual os salários aos funcionários públicos que são bons trabalhadores e aos que se arrastam pelas repartições públicas. Um aumento de impostos que vai gerar ainda mais desigualdades. Um pequeno decréscimo nas transferências para empresas que nem sequer deviam estar na alçada do Estado. Retiram-se apoios a pessoas que vivem nos limiares da sobrevivência.

Nada muda. Continuamos descrentes esperando que nos anunciem outro e outro plano de austeridade.


2. Não fossem as particularidades do nosso sistema político, e o Governo teria caído na última quinta- -feira.

Não, não por causa do anúncio do enésimo malfadado pacote; não por as medidas anunciadas serem correctas ou incorrectas, evitáveis ou inevitáveis; não pela sensação de que, se tivessem sido implementadas mais cedo, poderiam ser menos duras; não por desconfiarmos de que há uma manigância (lembram-se?) na questão do fundo de pensões da PT; não por nos ter sido dito e redito que era impossível cortar na despesa e afinal...;

Não duvido que seria legítimo pensar que estas razões seriam suficientes para que o Governo não pudesse estar em funções nem mais um dia, mas não me parece que sejam definitivas. A grande questão é que o Governo desistiu de dar explicações aos portugueses. O Governo convenceu-se de que o seu mandato lhe confere o poder de não prestar contas. Esta atitude rompe, de maneira definitiva, o contrato entre os eleitores e quem os governa. O Governo esquece que os eleitores não passam um cheque em branco, que a democracia não é a ditadura da maioria, que a democracia não se esgota nas eleições.

Os eleitores devem sempre ser a todo o tempo esclarecidos sobre a condução dos assuntos que a todos dizem respeito, se o Governo não está disposto a isso deve imediatamente ser substituído.

Quinta-feira, os representantes dos cidadãos perguntaram várias vezes ao primeiro-ministro o que todos os portugueses querem saber: o que mudou em quatro meses? O que se passou para praticamente dum momento para o outro o PEC II ser insuficiente para atingir as metas propostas? Porque é que dia 6 de Julho tudo estava a correr como o planeado, e pouco mais de dois meses volvidos nos dizem que é preciso outro pacote?

O primeiro-ministro, recusando-se a dar qualquer tipo de satisfação, insultou a democracia e os portugueses. Não, repito, pelas novas medidas de austeridade (agora provavelmente inevitáveis), mas por lhes negar as respostas a que todos temos democraticamente direito.

Não pode ser esquecida a responsabilidade do PSD neste processo. E não é a falsa responsabilidade que lhe querem imputar, ou seja, a de ter de deixar passar o novo orçamento a qualquer preço. Quer os sociais-democratas se abstenham quer votem contra o Orçamento, há só um e apenas um responsável pelas medidas que, provavelmente, aí vêm: o Governo.

O PSD não pode, não deve, aceitar qualquer negociação enquanto não lhe for dada uma explicação sobre os resultados do PEC II. O PSD não pode partir para o diálogo fazendo tábua rasa do passado recente.

Os sociais-democratas devem isso aos portugueses.

NOTA: o poema citado tem uma versão musical, lindíssima, a Queixa das almas jovens censuradas, cantada por José Mário Branco, que queremos partilhar com os nossos leitores:

Hoje é o dia em que Alemanhã acabou de pagar as dívidas decorrentes da I Grande Guerra


Como cá em Portugal não se fala do assunto (as compensações decorrente do Tratado de Versalhes, por causa da participação do Império Alemão na I Grande Guerra, com a curiosidade de coincidir com os 20 anos da Unificação Alemã...), aqui fica um link para artigo do El Mundo, em castelhano:

Notícia sobre Paleontologia no DN

Pinguim gigante viveu há 36 milhões de anos


Tinha o dobro do peso do pinguim-imperador e mais 30 centímetros do que este, chegando aos 1,5 metros de altura.


Uma equipa de paleontólogos norte-americanos descobriu o fóssil de um antigo pinguim gigante que viveu há mais de 36 milhões de anos no Peru. O Inkayacu paracasensis, ou "rei das águas", media mais de 1,5 metros de altura, tinha o dobro do peso do pinguim-imperador e estava coberto de penas castanhas e cinzentas. A descoberta permite perceber melhor a evolução desta aves, segundo o estudo publicado na revista Science.

"Antes da descoberta deste fóssil, não tínhamos qualquer indicação sobre as penas, a sua cor e a forma dos membros destes antigos pinguins", explicou Julia Clarke, da Universidade do Texas. "Tínhamos várias perguntas e esta é a primeira hipótese de respondermos", acrescentou a principal autora do estudo.

O fóssil - que foi baptizado de "Pedro" - foi encontrado por um estudante peruano na Reserva Nacional de Paracas e mostra que o formato dos membros e das penas evoluiu muito cedo, enquanto as cores - hoje o preto e branco, em vez do castanho e cinzento - só terão surgido mais recentemente.

É a forma dos seus membros e o modo como as penas criam uma camada protectora que permite que os pinguins sejam tão bons nadadores. "Uma coisa que é interessante é que a profundidade a que os pinguins de hoje conseguem mergulhar está relacionada com o seu peso", disse Clarke à BBC. "Quanto mais pesado, mais fundo vai. Se isto for verdade para qualquer pinguim, então estes gigantes atingiam profundidades muito diferentes dos de hoje." 

in DN - ler notícia

Humor (quase) geológico...


CCC - Crise, Carros e Camaradas do PS


O novo Mercedes, cuja compra está a causar polémica em tempo de crise, está estacionado na garagem da Presidência do Conselho de Ministros


Miguel Freitas ia para o Algarve num BMW 330 quando o radar disparou entre os nós do Fogueteiro e Coina. Não pagou logo a coima de 120 euros.

NOTA: a crise, quando chega, é para funcionários públicos e pobres, diz Sócrates. Já o deputado do PS Miguel Freitas acha que isso de limites de velocidade é para os outros. Resumindo, todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que os outros.

Sobre as comemorações da imposição da república

(imagem daqui)
 
Contra o branqueamento do 5 de Outubro


Um dos nossos mais prestigiados historiadores, especialista na história política portuguesa do fim das guerras liberais à consolidação do Estado Novo, tem levantado a voz contra «a forma como nos andam a vender o regime saído do 5 de Outubro». «Ao arrepio de toda a investigação histórica», acusa. Ao Destak, explica o que foi a I República e como não há razões nenhumas para celebrar a traição do verdadeiro ideal de república.


As suas posições sobre as comemorações do 5 de Outubro de 1910 têm sido polémicas. Acha que estão a branquear os factos?

O que é polémico não são o que chama «as minhas posições», mas a forma como nos andam a vender o regime saído do 5 de Outubro. Imagine que alguém falava do Salazar mencionando apenas as barragens, o abono de família, a neutralidade na segunda guerra mundial, sem jamais referir a PIDE, a censura, a guerra colonial. Está a imaginar a gritaria que já não iria para aí? Pois é o que temos visto sobre o domínio da vida pública portuguesa pelo Partido Republicano depois de 1910: nada sobre a retirada do direito de voto à maioria da população, nada sobre a negação do direito de voto às mulheres, nada sobre o "empastelamento" e apreensão dos jornais, nada sobre a política de genocídio no sul de Angola, e o menos possível sobre a perseguição ao clero e aos sindicatos. É esse branqueamento, ao arrepio de toda a investigação histórica, que é polémico. Porque a verdade é que se voltássemos aos tempos de Afonso Costa, a maioria dos portugueses de hoje teria um choque tão grande como se voltássemos aos tempos de Salazar.

O que era a monarquia constitucional?

A monarquia constitucional, governada pelos liberais, foi o regime político que nos últimos 200 anos mais tempo durou em Portugal, e não por acaso. Os liberais conseguiram um equilíbrio de correntes políticas que ressalvou o pluralismo e a liberdade e extinguiu a violência política, alargou a participação eleitoral dos cidadãos ao mais alto nível antes de 1975, e criou condições para períodos de grande prosperidade. Mas atenção: a governação liberal não instalou uma democracia, não conseguiu resolver o problema do desenvolvimento sustentado a longo prazo, gerou desequilíbrios financeiros graves e no fim tinha entrado numa crise política aparentemente sem remédio. Se devemos criticar o branqueamento da república, não devemos omitir os impasses a que chegara o regime anterior.

A situação política antes do 5 de Outubro era complicada. A monarquia foi boicotada pelos próprios monárquicos?

Não havia monárquicos. A chamada monarquia era governada por políticos que se classificavam a si próprios como "liberais", e raramente como "monárquicos". Os liberais eram "republicanos teóricos", isto é, consideravam a república a melhor forma de regime, e só aceitavam a monarquia provisoriamente, porque pensavam que os portugueses ainda não estavam suficientemente instruídos para se governarem a si próprios. A monarquia era apenas um expediente, até ver. Por isso, os liberais nunca cultivaram qualquer espécie de fidelidade à dinastia. Pelo contrário. Aqueles a quem as opções do rei desagradavam habituaram-se a atacá-lo e a ameaçá-lo com uma revolução. Em 1910, tudo isso tinha chegado a um ponto extremo. Os políticos detestavam D. Manuel e a rainha D. Amélia. Repare: quando os republicanos avançam, ninguém de facto defende a monarquia.

O Partido Republicano tinha lugar nas Cortes e concorria a eleições livres. O 5 de Outubro foi um golpe de Estado?

Foi uma sublevação militar, apoiada por civis, que só pode ser compreendida no contexto da crise da monarquia constitucional no ano de 1910. Em Junho desse ano, o rei D. Manuel tinha concedido o governo à esquerda liberal. Isso irritou a direita conservadora, que se divorciou do regime. Alguns republicanos decidiram apoiar o governo contra os conservadores; outros, porém, viram uma oportunidade para derrubar o regime, já que sabiam que a direita conservadora não defenderia a monarquia. Foi o que aconteceu. Os republicanos não derrubaram um regime próspero e estável. O que verdadeiramente fizeram, em 5 de Outubro, foi preencher um vazio de poder. Nesse momento, ninguém estava certo do tipo de república que viria. Havia quem esperasse um regime tolerante.

A facção que ficou no poder era a mais radical?

Aquilo a que é costume chamar I República corresponde ao domínio do País pelos militantes do chamado Partido Republicano. Depois de tomar o poder, em 1910, esse partido dividiu-se no ano seguinte e, a pouco e pouco, o novo regime passou a ser hegemonizado pela facção dirigida por Afonso Costa. O problema da república esteve nesta hegemonia. Aquilo que tornou o regime odioso para muitos esteve no monopólio do poder por um partido que excluía e perseguia todos os outros da maneira mais violenta. Essa política de sectarismo brutal de Afonso Costa e do seu partido não teve só a Igreja ou os defensores de uma restauração da monarquia como vítimas, mas também o movimento sindical e sobretudo os outros republicanos. Muitos republicanos, na chamada "direita republicana", acreditavam que era possível e necessário fazer outro tipo de república, aberta a todos os portugueses. Era o caso, por exemplo, do primeiro Presidente da República, Manuel de Arriaga, um homem decente, obrigado a resignar o mandato e enxovalhado. É importante lembrar que entre os republicanos que mais combateram Afonso Costa e o seu partido estiveram precisamente os que fizeram o 5 de Outubro: Machado Santos, o herói da Rotunda, e José Carlos da Maia, que comandou a tomada do couraçado D. Carlos. Por causa disso, foram assassinados na "noite sangrenta" de 19 de Outubro de 1921.

Diz que, se o que se pretende celebrar é o ideal de República, se escolheu a data errada. Porquê?

Porque o ideal da república não começou com o 5 de Outubro nem se reduz ao Partido Republicano, nem a haver um chefe de Estado eleito. Pelo contrário: em muitos aspectos fundamentais, o domínio do Partido Republicano foi a negação completa desse ideal.

O primeiro-ministro vai inaugurar nesse dia 100 escolas - a educação é, de facto, a bandeira da I República?

A assimilação entre a educação e o monopólio do poder pelo Partido Republicano não faz sentido. Todos os regimes dos últimos 200 anos quiseram escolarizar os portugueses. O Partido Republicano distinguiu-se por ter sido o que menos fez por isso. Não por qualquer intenção obscurantista, mas porque não teve meios para grandes investimentos públicos. A sua grande bandeira, depois do anti-clericalismo, foi a ortodoxia financeira. Para além de Salazar, Afonso Costa foi o único governante português do século XX a apresentar um orçamento sem défice. A melhor maneira de o primeiro-ministro celebrar a hegemonia sectária e intolerante do Partido Republicano, se é isso que quer, seria com um orçamento fortemente restritivo, à Afonso Costa.

Defende que quando se percebeu que a I República não tinha nada que ver com a democracia pós-25 de Abril, isso cortou as pernas às comemorações. Acha que as pessoas perceberam isso, ou que simplesmente estão com a cabeça na crise?

Provavelmente, tudo isso. Por um lado, todos viram esta coisa aberrante que é estarmos a celebrar como exemplo e inspiração para o futuro um regime de exclusivismo partidário que, quando as pessoas começaram a ler coisas sobre a época percebem que é estranho a princípios básicos do regime actual. Por outro lado, creio que todos sentimos, da parte dos mais exaltados manipuladores do centenário, um mau hálito sectário, a que já não estávamos habituados: para alguns deles, basta alguém expor o que honesta e rigorosamente investigou sobre uma época histórica para o acusarem de "fascista", "monárquico", "clerical" e não sei que mais crimes e pecados mortais. A comemoração está a ser explorada por aqueles que querem substituir o sistema científico de debate por um regime de suspeição política, de caça às bruxas, de agressão pessoal. Isso acabou por tornar toda esta celebração bafienta e antipática. É como descer a uma cave há muito tempo fechada e sem ventilação, onde só vivem coisas que se dão bem com o bolor e a podridão.

Mas, então, quem é que acredita estar tão interessado em comemorar a I República?

As esquerdas no século XX foram quem pior disse da I República. Enquanto foram marxistas, trataram os velhos republicanos como burgueses ou "pequeno-burgueses", que se tinham distraído com perseguições à Igreja e até combatido a "classe operária", em vez de destruírem o capitalismo e implantarem o socialismo em Portugal. Só depois de terem deixado de ser marxistas, com o fracasso das ditaduras comunistas na Europa, é que importaram a política de guerra cultural da América do Norte. Foi por essa via que descobriram uma admiração pelo sectarismo anticlerical dos republicanos radicais de 1910. Os mais facciosos estão a tentar perverter as comemorações no sentido de identificar a actual democracia com essa tradição velha e já morta, de modo a poderem tratar como marginais e sob suspeita todos aqueles que, por vários motivos, não estão dispostos a dar vivas ao defunto.

A rainha D. Amélia e muitos com ela argumentavam que o povo não queria a República, que lhes foi imposta. Fazia sentido um referendo?

O "povo" em Portugal nunca foi e não é único. Havia povo que queria a República, e até a República que existiu, e havia povo que não queria. Temos de nos habituar à ideia de que vivemos num país plural, que os portugueses com direito a Portugal não são só aqueles que pensam como nós. Esta comemoração revelou que esse simples princípio de decência e respeito ainda não iluminou algumas cabeças mais primitivas. Mas, atenção: o actual regime democrático nada tem a ver, felizmente, com o domínio exclusivista e repressor do Partido Republicano. É mesmo o contrário daquilo que existiu em Portugal nesse tempo. Nós hoje vivemos em democracia, o sufrágio é universal, as eleições são livres, há rotação no poder por via eleitoral, etc. Creio que isso é o mais importante para a maioria dos cidadãos.



Nome: Rui Ramos.
Profissão: Historiador, investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa 
Marco Importante: Doutoramento em Oxford.
Livros: Coordenou a mais recente História de Portugal, escreveu a biografia de D. Carlos, entre muitos outros. 
Época Histórica Favorita: História política nacional entre 1834 e 1936 (fim das guerras liberais ao Estado Novo).

A ética republicana e socialista - versão deputado do PS Ricardo "Esfomeado" Gonçalves

(imagem daqui)



NOTA: apetece dizer - dá uma esmolinha ao deputado, dá, dá...

 (imagem daqui)

Como melhorar uma ida ao Hipermercado


Lista de 15 coisas para fazer num supermercado.

1. Agarrar em 24 caixas de preservativos e pôr em vários carrinhos, aleatoriamente, quando as pessoas estiverem distraídas.

2. Programar os despertadores para tocarem de 5 em 5 minutos.

3. Fazer um rasto com molho de tomate até à casa de banho.

4. Abordar um funcionário e diz 'Código vermelho no bazar ligeiro'... e ver o que ele faz!

5. Ir ao apoio a clientes e perguntar se te podem reservar um pacote de M&M's.

6. Pôr o sinal de 'ATENÇÃO - PISO MOLHADO' ao pé da área dos tapetes.

7. Montar uma tenda na secção de campismo, dizer aos outros clientes que vai passar a noite por lá. Convencer as pessoas atraentes a trazerem almofadas da secção têxtil e juntarem-se a ti.

8. Quando um funcionário te perguntar se precisas de ajuda, começar a chorar e gritar 'Porque é que vocês não me deixam em paz?!?!!?!?'

9. Encontrar uma câmara de vigilância e usá-la como espelho enquanto se tira macacos do nariz.

10. Procurar uma faca de trinchar bem afiada, levá-la durante todo o percurso das compras e ir perguntando aos funcionários se ali vendem anti-depressivos.

11. Deslizar pela loja com um ar suspeito, enquanto canta o tema da 'Missão Impossível'.

12. Na secção de acessórios para os automóveis, praticar o teu 'look Madonna' usando diferentes tipos de cones de sinalização.

13. Esconder-se atrás da roupa que está exposta em cabides e quando alguém estiver a ver os artigos gritar 'ESCOLHE-ME! LEVA-ME PARA CASA!'

14. Quando alguém anunciar seja o que for no altifalante, deitar-se no chão, em posição fetal, e gritar 'NÃÃÃO! As vozes! Outra vez as vozes!'

15. Ir ao provador de roupa, fechar a porta, aguardar um minuto e depois gritar: 'Onde é que está o papel higiénico?!'

Ir ao supermercado não tem obrigatoriamente de ser uma coisa chata, podemos dar uma alegria ao acto !


Agrada-me para começar a n.º 5 !
NOTA: ideia roubada daqui.

Vídeos para celebrar a imposição da república - III

Contributos para a comemoração da imposição da república - continuação

(imagem daqui)


Hipocrisia ou ignorância crassa?

Vasco Pulido Valente retrata hoje no Público o que foi a I República, a qual “justifica” o gasto de mais de uma dezena de milhões nas comemorações do seu centenário (bolds meus):

(…) Não admira que a República nunca se tenha conseguido consolidar. De facto, nunca chegou a ser um regime. Era um “estado de coisas”, regulamente interrompido por golpes militares, insurreições de massa e uma verdadeira guerra civil. Em pouco mais de 15 anos morreu muita gente: em combate, executada na praça pública pelo “povo” em fúria ou assassinada por quadrilhas partidárias, como em 1921 o primeiro-ministro António Granjo, pela quadrilha do “Dente de Ouro”. O número de presos políticos, que raramente ficou por menos de um milhar, subiu em alguns momentos a mais de 3.000. Como dizia Salazar, “simultânea ou sucessivamente” meio Portugal acabou por ir parar às democráticas cadeias da República, a maior parte das vezes sem saber porquê.
Em 2010, a questão é esta: como é possível pedir aos partidos de uma democracia liberal que festejem uma ditadura terrorista em que reinavam “carbonários” vigilantes de vário género e pêlo e a “formiga branca” do jacobinismo? Como é possível pedir a uma cultura política assente nos “direitos do homem e do cidadão” que preste homenagem oficial a uma cultura política que perseguia sem escrúpulos uma vasta e indeterminada multidão de “suspeitos” (anarquistas, anarco-sindicalistas, monárquicos, moderados e por aí fora)? Como é possível ao Estado da tolerância e da aceitação do “outro” mostrar agora o seu respeito por uma ideologia cuja essência era a erradicação do catolicismo? E, principalmente, como é possível ignorar que a Monarquia, apesar da sua decadência e da sua inoperância, fora um regime bem mais livre e legalista do que a grosseira cópia do pior radicalismo francês, que o 5 de Outubro trouxe a Portugal?

Um país com Instituições dignas e um pingo de decência e de vergonha, não gastaria um cêntimo a comemorar a fantochada de I República. Mas estamos num país insane cujos dirigentes perderam há muito qualquer réstia de bom senso.

sábado, outubro 02, 2010

Canção para celebrar um dia bonito

Hoje houve Almoço dos Geopedrados...!


Com antes noticiámos, hoje os Geopedrados tiveram o almoço comemorativo dos 25 anos de entrada na Universidade!

Estivemos presentes cerca de 40 pessoas, entre os originais, os seus cônjuges e a sua prole, no almoço organizado pelo Manel Caveira na Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, instituição cuja directora é uma Geopedrada - a nossa colega Ana Paula Pais.

A comida e bebida eram excelentes e o local muito bom para o convívio - e correu tudo tão bem que decidimos que brevemente faremos duas actividades: uma espécie de almoço de curso e ida no Cortejo da Queima das Fitas, em Maio de 2011, e um fim de semana no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, em 16 e 17 de Julho de 2011, com observação astronómica, percurso pedestre, espeleologia, barbecue e outros, a organizar pelo Fernando e Adelaide Martins.

Actualizámos ainda os nossos contactos (e eu e o Manel iremos reformular o ficheiro e mandar para todos). Marcámos falta a muitos dos ausentes e congratulámo-nos com o facto de alguns terem aparecido no almoço depois de longa ausência (foi bom ver o Tó-Jó, o Rui Alverca , a Paula do Luso e a Gabi...) ou de estarem de novo na nossa lista de telefones e e-mail.

Quanto a fotos, irei publicar algumas aqui no Blog, logo que possa, e quem as quiser eu faço-lhas chegar todas via e-mail. ou afim...

A ética republicana e socialista - versão António "Insultador" Costa




ADENDA - as aulas que os dirigentes do PS anda a ter com Chávez estão a ter resultados promissores...

Contributos para a comemoração da imposição da república

 

"... em 2010, a questão é esta: como é possível pedir aos partidos de uma democracia liberal que festejem uma ditadura terrorista em que reinavam "carbonários", vigilantes de vário género e pêlo e a "formiga branca" do jacobinismo? Como é possível pedir a uma cultura política assente nos "direitos do homem e do cidadão" que preste homenagem oficial a uma cultura política que perseguia sem escrúpulos uma vasta e indeterminada multidão de "suspeitos" (anarquistas, anarco-sindicalistas, monárquicos, moderados e por aí fora)? (...) E, principalmente, como é possível ignorar que a Monarquia, apesar da sua decadência e da sua inoperância, fora um regime bem mais livre e legalista do que a grosseira cópia do pior radicalismo francês, que o "5 de Outubro" trouxe a Portugal?".

(Crónica de Vasco Pulido Valente, na edição de hoje do "Público", subordinada ao título "Comemorações da República" - via Blog 31 da Armada)


A ética republicana e socialista - versão deputado do PS Ricardo Gonçalves

O deputado do PS Ricardo Gonçalves disse, esta sexta-feira, que os deputados são dos que perdem mais dinheiro com as medidas de austeridade apresentadas pelo Governo.
Mais um cromo da República que à dita só dá má fama… E o problema é que esta gente é eleita, no meio de listas, metidos lá pelos amiguismos e é quase impossível enxotá-los.
Só uma vantagem: há umas dezenas de alunos de Filosofia que se livraram de aturar aulas desta ditosa criatura…


Daqueles que serão avaliados como bem se sabe…

Tão ridículo, tão patético, que a TSF já tornou as suas palavras como um dos sons do momento.
Ditosa pátria, minha amada, que está entregue a isto

in A Educação do meu Umbigo - post de Paulo Guinote

O cantor Sting nasceu há 59 anos

Gordon Matthew Thomas Sumner, CBE (Newcastle, 2 de Outubro de 1951), mais conhecido pelo seu nome artístico, Sting, é um músico, cantor e actor inglês. Natural de Wallsend, em North Tyneside, antes de sua carreira solo foi o principal compositor, cantor e baixista da banda de rock The Police. Vendeu ao longo de sua carreira mais de 100 milhões de discos, e recebeu dezasseis Prémios Grammy por seu trabalho, incluindo o seu primeiro, por "melhor performance instrumental de rock", em 1981, e recebeu uma indicação ao Oscar de melhor canção original.


Para memória futura...

Mentiroso, Vaidoso, Safado

Democracia é um tipo de regime político que, no limite, obriga uma senhora - séria, professora universitária, com passado - a ter de discutir com um vendedor de ilusões, um artista dos nossos dias - mentiroso, com passado curto e habilitações literárias duvidosas - como se fosse sério e competente.


in Educação S.A. - post de Reitor

Fósseis de Angola permitem compreender os mosassauros

Um novo esqueleto de um mosassauro, um réptil marinho aparentado aos lagartos monitores, descoberto em Angola permite compreender melhor a anatomia e evolução de um grupo de mosassauros, os globidensinos, adaptado a uma dieta durófoga (à base de animais de carapaça ou concha dura, como moluscos e crustáceos). 

Este tipo de mosassauros têm os dentes arrendondados (justificando o nome Globidens) e muito fortes para poderem esmagar as suas presas.

A espécie em causa, Globidens phosphaticus, era conhecida a partir de dentes isolados do Cretácico superior de Marrocos, mas esta descoberta pela equipa PaleoAngola, que inclui elementos da Universidade Nova de Lisboa e Museu da Lourinhã, vem dar a conhecer muito melhor a sua anatomia pois trata-se do esqueleto mais completo da espécie. O estudo foi liderado por Michael Polcyn (SMU).




Polcyn, M., Jacobs, L., Schulp, A.S., Mateus, O. 2010. The North African Mosasaur Globidens phosphaticus from the Maastrichtian of Angola. Historical Biology. 22 (1 – 3): 175–185 DOI: 10.1080/08912961003754978 PDF

Abstract: New mosasaur fossils from Maastrichtian beds at Bentiaba, Angola, representing elements of the skull and postcranial axial skeleton from two individuals of the durophagous genus Globidens, are reported. Based on dental morphology, specifically the inflated posterior surface and vertical sulci, the Bentiaba specimens are identified as Globidens phosphaticus, a species defined by characters of a composite dentition from the Maastrichtian of Morocco. Comparisons indicate that G. phosphaticus is most closely related to G. schurmanni, from the late Campanian of South Dakota, the youngest north American Globidens species at about 72.5 Ma. The morphology of the premaxilla and its relationship with the maxillae is unique among mosasaurs, and supports the taxonomic validity of G. phosphaticus. In contrast with earlier species of the genus, G. phosphaticus is currently known from north and west Africa, the Middle East and the central eastern margin of South America, suggesting it may have been restricted to the Maastrichtian tropical zone as previously hypothesised.

in Lusodinos - post de Octávio Mateus

Vídeos para celebrar a imposição da república - II