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sexta-feira, março 15, 2024

Novo fóssil de mosassauro descoberto em Marrocos...

Descoberto “lagarto marinho” gigante que dominou os oceanos graças aos dentes em forma de punhais

 

Khinjaria acuta, conceito artístico

 

O fóssil do animal foi descoberto em Marrocos e indica que seria um nadador rápido e um grande caçador.

Uma nova espécie de mosassauro do período Cretácico, chamada Khinjaria acuta, foi descoberta em Marrocos.

A nova espécie destaca-se pelos seus dentes afiados como punhais e um crânio de formato incomum, até mesmo para os padrões pré-históricos.

Esta descoberta foi feita por uma equipa internacional no depósito de fosfatos de Sidi Chennane, na Bacia de Oulad Abdoun, província de Khouribga, e relatada num estudo publicado na Cretaceous Research. A pesquisa revela novos dados sobre a diversidade marinha no Cretácico tardio, há cerca de 66 milhões de anos.

Khinjaria acuta, cujo nome deriva das palavras árabes e latinas para “adaga” e “afiado”, respetivamente, era um plioplatecarpo, um grupo especializado de mosassauros conhecidos por serem nadadores rápidos e caçadores especializados.

O fóssil encontrado consiste em partes do crânio, algumas vértebras, parte da mandíbula e os dentes, sugerindo que o animal tinha um tamanho comparável ao de uma orca moderna, com cerca de 7 a 8 metros de comprimento.


 Longrich, N. R., et al (2024) Cretaceous Research

  

A análise indica que Khinjaria acuta está é um parente próximo de outra espécie, Goronyosaurus nigeriensis, ambos caracterizados por um focinho curto e uma parte posterior do crânio alongada, o que sugere uma mordida lenta, mas com uma força impressionante.

Esta característica, juntamente com a morfologia dos dentes, leva os investigadores a suspeitar que a dieta de Khinjaria incluía grandes espécies de peixes, talvez até tubarões ou outros mosassauros, explica o IFLScience.

Os investigadores propõem que o animal possa ter adotado uma estratégia de caça incomum para evitar competição com outros predadores da época, possivelmente utilizando o olfato como um sentido crucial para caçar à noite ou em águas turvas, uma hipótese apoiada pelo pequeno tamanho das suas órbitas oculares e a forma do seu focinho.

Este estudo contribui para o entendimento de que os ecossistemas oceânicos antigos eram significativamente diferentes dos atuais, capazes de sustentar múltiplos predadores de topo que se alimentavam de grandes presas, o que contrasta com os ecossistemas marinhos modernos, onde apenas alguns grandes predadores, como as orcas e os tubarões brancos, dominam o topo da cadeia alimentar.

 

in ZAP

quarta-feira, agosto 24, 2011

Mais uma interessante descoberta de icnofósseis e ossos de vertebrados em Angola

Expedição internacional ocorreu entre Julho e Agosto
Português descobre primeiras pegadas de dinossauro encontradas em Angola

O paleontólogo Octávio Mateus, responsável pelo achado

O paleontólogo Octávio Mateus descobriu as primeiras pegadas de dinossauro encontradas em Angola, durante uma expedição internacional ocorrida entre Julho e este mês.

O cientista português disse à Lusa que se trata das "primeiras pegadas  que se conhece em Angola", que se presume pertencerem a um dinossauro saurópode  que terá vivido no Cretácico Inferior, há cerca de 128 milhões de anos. 
Ao todo, a descoberta é composta por 70 pegadas de mamíferos e por dois  trilhos de dinossauros, um deles ainda com "impressões de pele".  
Os achados de pegadas de mamíferos levam a equipa de cientistas internacionais,  composta ainda por dois americanos e por um holandês e com colaboração angolana,  a admitir a descoberta de "mamíferos muito maiores do que aqueles que se  pensavam existirem à época no resto do mundo", dada a dimensão de pegadas  com cerca de cinco centímetros.  
Durante a expedição, foram ainda feitos achados de plesiossauros, pterossauros e mosassauros, de mamíferos marinhos e de baleias e crocodilos.  
Duas novas espécies de mosassauros (répteis marinhos), que até agora  se desconheciam existirem em Angola, foram descobertas: "Carnodeus belgicus"  e "Mosasaurus hoffmani" (este com um crânio enorme de 1,5 metros).  
A expedição foi realizada nas províncias de Cabinda, Bengo, Kwanza Sul,  Benguela, Namibe, Huila e Lunda Sul. Os achados seguem agora para estudo, ficando mais tarde expostos no  Museu de Geologia da Universidade Agostinho Neto, em Luanda.  

in CM - ler notícia

sábado, outubro 02, 2010

Fósseis de Angola permitem compreender os mosassauros

Um novo esqueleto de um mosassauro, um réptil marinho aparentado aos lagartos monitores, descoberto em Angola permite compreender melhor a anatomia e evolução de um grupo de mosassauros, os globidensinos, adaptado a uma dieta durófoga (à base de animais de carapaça ou concha dura, como moluscos e crustáceos). 

Este tipo de mosassauros têm os dentes arrendondados (justificando o nome Globidens) e muito fortes para poderem esmagar as suas presas.

A espécie em causa, Globidens phosphaticus, era conhecida a partir de dentes isolados do Cretácico superior de Marrocos, mas esta descoberta pela equipa PaleoAngola, que inclui elementos da Universidade Nova de Lisboa e Museu da Lourinhã, vem dar a conhecer muito melhor a sua anatomia pois trata-se do esqueleto mais completo da espécie. O estudo foi liderado por Michael Polcyn (SMU).




Polcyn, M., Jacobs, L., Schulp, A.S., Mateus, O. 2010. The North African Mosasaur Globidens phosphaticus from the Maastrichtian of Angola. Historical Biology. 22 (1 – 3): 175–185 DOI: 10.1080/08912961003754978 PDF

Abstract: New mosasaur fossils from Maastrichtian beds at Bentiaba, Angola, representing elements of the skull and postcranial axial skeleton from two individuals of the durophagous genus Globidens, are reported. Based on dental morphology, specifically the inflated posterior surface and vertical sulci, the Bentiaba specimens are identified as Globidens phosphaticus, a species defined by characters of a composite dentition from the Maastrichtian of Morocco. Comparisons indicate that G. phosphaticus is most closely related to G. schurmanni, from the late Campanian of South Dakota, the youngest north American Globidens species at about 72.5 Ma. The morphology of the premaxilla and its relationship with the maxillae is unique among mosasaurs, and supports the taxonomic validity of G. phosphaticus. In contrast with earlier species of the genus, G. phosphaticus is currently known from north and west Africa, the Middle East and the central eastern margin of South America, suggesting it may have been restricted to the Maastrichtian tropical zone as previously hypothesised.

in Lusodinos - post de Octávio Mateus

segunda-feira, maio 10, 2010

Filme Sea Rex 3D

Mais um "trailer" de um filme a não perder: Sea Rex 3D. Com plesiossauros, mosassauros e outros aspectos dos mares mesozóicos.


Via Blog Lusodinos