sábado, agosto 28, 2010

El-Rei D. Afonso V morreu há 529 anos


D. Afonso V de Portugal, (Sintra, 15 de Janeiro de 1432 - Sintra, 28 de Agosto de 1481), foi o décimo-segundo Rei de Portugal, cognominado o Africano pelas conquistas no Norte de África. Filho do rei Duarte I, sucedeu-o em 1438 com apenas seis anos. Por ordem paterna a regência foi atribuída a sua mãe, Leonor de Aragão mas passaria para o seu tio D. Pedro, Duque de Coimbra, que procurou concentrar o poder no rei em detrimento da aristocracia e concluiu uma revisão na legislação conhecida como Ordenações Afonsinas. Em 1448 D. Afonso V assumiu o governo, anulando os editais aprovados durante a regência. Com o apoio do tio homónimo Afonso I, Duque de Bragança declarou D. Pedro inimigo do reino, derrotando-o na batalha de Alfarrobeira. Concentrou-se então na expansão no norte de África, onde conquistou Alcácer Ceguer, Anafé, Arzila, Tânger e Larache. Concedeu o monopólio do comércio na Guiné a Fernão Gomes, com a condição de este explorar a costa, o que o levaria em 1471 a Elmina, onde descobriu um florescente comércio de ouro cujos lucros auxiliaram o rei na conquista. Em 1475, na sequência de uma crise dinástica, D. Afonso V casou com a sobrinha Joana de Trastâmara assumindo pretensões ao trono de Castela, que invadiu. Após fracassar na batalha de Toro, com sintomas de depressão, D. Afonso abdicou para o filho, D. João II de Portugal, falecendo em 1481.

Contra a barbárie


ADENDA - faz hoje 45 anos a cantora canadiana Shania Twain. Até para contrapor à tristeza do post, recordemos a data com uma música sua:

sexta-feira, agosto 27, 2010

Alma até Almeida!

(imagem daqui)

Passam amanhã dois séculos sobre a rendição da Praça Forte de Almeida, após a explosão do paiol, no decorrer das Invasões Napoleónicas - recordemos a data com uma referência à recriação do evento - AQUI.

Há 127 anos uma erupção destruiu a ilha de Krakatoa e matou 36.000 pessoas


No dia 27 de Agosto de 1883, a ilha de Krakatoa ou Cracatoa (em indonésio: Krakatau), localizada no estreito de Sunda, entre as ilhas de Sumatra e Java, na Indonésia, desapareceu quando o vulcão de mesmo nome, no monte Perboewatan - supostamente extinto - entrou em erupção. É considerada a erupção vulcânica mais violenta que o homem moderno já testemunhou.

A sucessão de erupções e explosões durou 22 horas e o saldo foi de mais de 36 mil mortos. Sua explosão atirou pedras a aproximadamente 27 km de altitude e o som da grande última explosão foi ouvida a cinco mil quilómetros, na ilha de Rodrigues, tendo os habitantes ficado surpreendidos com o estrondo, supondo significar uma batalha naval. Os barógrafos de Bogotá (próximo às antípodas do local da explosão) e Washington enlouqueceram. O barulho chegou também até Austrália, Filipinas e Índia.

Acredita-se que o som da última grande explosão foi o mais intenso já ouvido na face da Terra e reverberou pelo planeta ao longo de nove dias. Todos os que se encontravam em um raio de 15 km do vulcão tiveram seus tímpanos rompidos.
Os efeitos atmosféricos da catástrofe, como poeira e cinzas circundando o globo, causaram estranhas transformações na Terra, como súbita queda de temperatura e transformações no nascer e pôr do Sol por aproximadamente 18 meses e levando até anos para voltar ao normal. Todas as formas de vida animal e vegetal da ilha foram destruídas. Por causa das explosões, vários tsunamis ocorreram em diversos pontos do planeta. Perto das ilhas de Java e Sumatra, as ondas chegaram a mais de 40 metros de altura.

A cratera do vulcão era monstruosa, possuía aproximadamente 16 km de diâmetro. O vulcão não parou de cuspir lava e houve ainda outras erupções durante todo o ano. Antes da erupção, a ilha possuía quase dois mil metros de altitude, mas após a erupção a ilha foi riscada do mapa, tendo-se um lago formado na cratera do vulcão, onde hoje vivem várias espécies de plantas e pássaros.

Actualmente, na região da cratera, há uma nova formação rochosa em andamento chamada Anak Krakatau (Anak Krakatoa, filho de Krakatoa ou Krakatau), que já possui mais de 800 metros de altura, sendo que a cada ano aumenta cinco metros aproximadamente, podendo haver mudanças.

quinta-feira, agosto 26, 2010

O grande químico Lavoisier nasceu há 267 anos


Antoine-Laurent de Lavoisier (Paris, 26 de Agosto de 1743 — Paris, 8 de Maio de 1794) foi um químico francês, considerado o criador da química moderna.

Foi o primeiro cientista a enunciar o princípio da conservação da matéria. Além disso identificou e baptizou o oxigénio, refutou a teoria flogística e participou na reforma da nomenclatura química. Célebre por seus estudos sobre a conservação da matéria, mais tarde imortalizado pela frase popular "Na Natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma."


NOTA: este homem era mesmo importante - só recordo, com pena, nos meus tempos de estudante em Coimbra, o facto de as Cantinas da Universidade usarem como lema a máxima atrás citada - "nada se perde, nada se cria, tudo se transforma".

Madre Teresa de Calcutá nasceu há um século


Madre Teresa de Calcutá, também chamada Beata Teresa de Calcutá, cujo nome verdadeiro é Agnes Gonxha Bojaxhiu (Skopje, 26 de Agosto de 1910Calcutá, 5 de Setembro de 1997), foi uma missionária católica albanesa, nascida na República da Macedônia e naturalizada indiana, beatificada pela Igreja Católica em 2003. Considerada, por alguns, a missionária do século XX, fundou a congregação "Missionárias da Caridade", tornando-se conhecida ainda em vida pelo cognome de "Santa das sarjetas".

quarta-feira, agosto 25, 2010

It´s a small step for...




É um pequeno passo - a assunção dos erros da Ministra Maria de Lurdes Rodrigues, a correcção de asneiras graves que ainda iremos pagar bem caro no futuro... - mas não chega ainda. E vem demasiado tarde pois estamos a duas semanas do início da ano lectivo e depois de três anos de estragos na Escola Pública.

Mas quem fez as asneiras - a verdadeira Ministra da Educação nos últimos seis anos, de seu nome Sócrates - há-de ainda vir a pagar tudo (com juros e correcção monetária...), embora a factura final, como sempre, seja paga pelos do costume.

ADENDA: faz hoje 80 anos o verdadeiro agente 007 James Bond, Sir Sean Connery... Os nossos parabéns ao actor!

Curso de fotografia no Parque Natural do Tejo Internacional




Aproveitando as noites mais frescas e também o facto de esta propriedade da Quercus ficar longe da confusão e das luzes dos centros urbanos, temos os ingredientes necessários para uma bela sessão de fotografia nocturna, brincar com as estrelas, pintar de cor árvores e rochas, são algumas das actividades deste workshop que nos convida a fotografar durante a noite. A noite é convidativa á criatividade e técnica. E porque não vais querer perder esta oportunidade de conhecer o Monte Barata, mesmo no coração do Parque Natural do Tejo Internacional, espaço onde os abutres e muitas águias, veados, velhas azinheiras e,  quem sabe, o lince ibérico, convivem em perfeita harmonia com os que se aventuram a aparecer nesta bela propriedade, vamos descobrir isto tudo de noite, quando não temos sol, mas temos muitas oportunidades fotográficas a descobrir. Aparece e descobre como…

Eu serei o orientador desta actividade que decorre nos dias 3, 4 e 5 de Setembro de 2010. Esta está limitada a 20 participantes e as temáticas a aprender e a praticar são: introdução à fotografia nocturna, conhecer o equipamento, técnicas para fotografar a noite, curtas e longas exposições, pintar com a luz, rastros de luz e estrelas, eventos de noite, amanhecer e anoitecer, análise de resultados. Material fotográfico a não esquecer em casa e aconselhado é máquina fotográfica, tripé, flash e cabo disparador, lanterna e relógio. Os destinatários são qualquer pessoa que goste de fotografia e pretenda aprofundar os aspectos criativos, independentemente das temáticas preferidas e do tipo de equipamento que possua.

Para mais Informações e inscrições contactar a Quercus/Castelo Branco para o telefone 272 324 272 ou para o e-mail castelobranco@quercus.pt ou através do meu contacto de telemóvel 962 943 454.

in Grande Angular - post de Pedro Martins

terça-feira, agosto 24, 2010

Ou a Lua encolheu ou...

A Nasa descobriu que o diâmetro da Lua diminuiu 100 metros


Segundo Thomas Watters, do Centro de Estudos Planetários e da Terra do Museu do Ar e Espaço do Smithsonian, ao analisar as imagens proporcionadas pelo orbitador eles descobriram "falhas" na crosta lunar até agora nunca vistas.
Watters explicou que as imagens que se tinha da Lua até agora não permitiam detectar que o satélite se "contraiu cerca de 100 metros" em seu diâmetro em um passado que o cientista considera "recente", embora remeta a 1 bilhão de anos atrás.
Esta descoberta proporciona chaves importantes para estudar a geologia da Lua e a evolução tectônica recente, dizem os pesquisadores.
A Lua se formou em um ambiente caótico de intenso bombardeio por asteróides e meteoritos, há 4,5 bilhões de anos, explica a Nasa.
A Lua se formou em um ambiente caótico de intenso bombardeio por asteróides e meteoritos, há 4,5 bilhões de anos, explica a Nasa.
Estes choques, junto com a desintegração de elementos radioativos, fizeram com que a Lua fosse um corpo quente que posteriormente se esfriou.
"Estes incríveis resultados sublinham a importância de observar globalmente para entender os processos globais", disse John Keller, o subdiretor do projeto de reconhecimento lunar da Nasa no centro de voos espaciais Goddard, em Greenbelt (Maryland).
"Enquanto o projeto está em uma nova fase, com ênfase em medições científicas e nossa habilidade de fazer um inventário dos traços da Lua, será uma poderosa ferramenta para entender a história da Lua e do sistema solar", acrescentou.
O orbitador LRB foi lançado ao espaço em junho do ano passado.

Um interessante sistema estelar...

A 127 anos-luz da Terra
Descoberto o sistema solar mais parecido com o nosso 


A representação artística do sistema solar agora descoberto (ESO/L. Calçada)

Tem sete planetas em órbita, um é rochoso e pouco maior do que a Terra e está a 127 anos-luz de distância. É o sistema solar mais parecido com o nosso descoberto até agora, anunciou hoje uma equipa internacional de caçadores de planetas extra-solares — de que os portugueses Alexandre Correia, da Universidade de Aveiro, e Nuno Santos, do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto, fazem parte.

“Só tem menos um planeta do que o nosso sistema solar. Desde 2006, Plutão é um planeta-anão, como o asteróide Ceres”, sublinha Alexandre Correia, que com este anúncio recebeu uma prenda de aniversário antecipada. Amanhã faz 35 anos.

Para cinco dos planetas, gasosos como Neptuno, os cientistas têm provas fortes da sua existência, segundo os resultados apresentados numa conferência em França, no Observatório de Haute-Provence. Para os restantes dois, há indícios: um será semelhante a Saturno, o outro será o mais pequeno detectado até ao momento. A confirmar-se o tamanho, tem apenas 1,4 vezes a massa da Terra.

Ao longo de seis anos, os cientistas acompanharam uma estrela, conhecida por HD 10180, na constelação da Hidra, com observações num telescópio do Observatório Europeu do Sul (ESO) em La Silla, no Chile. Na equipa estão dois grandes caçadores de planetas, Michel Mayor e Didier Queloz, do Observatório de Genebra, na Suíça, que descobriram o primeiro planeta extra-solar em 1995 e causaram furor mundial. Nuno Santos, de 36 anos, há muito que colabora com a equipa da Suíça.

Desde 1995 já foram detectados mais de 500 planetas. Conhecem-se 15 sistemas solares com pelo menos três planetas. O recorde anterior era um sistema solar com cinco planetas.

Um aparelho de grande precisão instalado no telescópio foi registando movimentos minúsculos da estrela HD 10180, ora para a frente, ora para trás, que a atracção gravitacional de planetas em seu redor causaria. Foi dessa forma que se obtiveram sinais fortes da presença de cinco planetas, com 13 e 25 vezes a massa da Terra, e que demoram entre seis e 600 dias terrestres a completar uma órbita à estrela.

Rochoso mas sem vida
No caso dos dois planetas de que há indícios, o que é idêntico a Saturno atinge 65 vezes a massa da Terra e está mais afastado da estrela: é preciso que passem 2200 dias para completar uma volta. Em contrapartida, o que é pouco maior do que o nosso planeta situa-se tão perto da estrela que o faz apenas em pouco mais de 28 horas. Um ano lá é pouco mais do que um dia na Terra.

“Está mesmo em cima da estrela, está mais perto do que Mercúrio do Sol. Não pode ter vida, isso está completamente fora de questão”, diz Alexande Correia.

E é sólido? “Para ser deste tamanho, tem de ser rochoso.” Segundo os modelos sobre a formação de planetas, até cinco massas da Terra considera-se que é rochoso. “A partir daí, passa a ser gasoso. Tem gravidade suficiente para ter uma atmosfera tão grande como Júpiter ou Saturno”, responde o astrofísico.
Outro aspecto interessante é o da distribuição dos sete planetas pelo sistema solar, obedecendo a uma lei semelhante à que se encontra no nosso sistema solar (a lei de Titius-Bode): cada planeta está quase ao dobro da distância do anterior, explica um comunicado da Universidade de Aveiro.

“Esta descoberta extraordinária também enfatiza o facto de estarmos a entrar numa nova era da investigação de exoplanetas: o estudo 
de sistemas planetários complexos e não apenas de planetas individuais”, comenta Christophe Lovis, 
do Observatório de Genebra, que é o primeiro autor do artigo científico sobre a descoberta, a publicar na revista "Astronomy and Astrophysics".
“Os estudos dos movimentos planetários no novo sistema revelam interacções gravitacionais complexas entre os planetas e dão informações sobre a evolução do sistema a longo prazo”, refere Lovis, citado numa nota do ESO.

Pode ainda não ter sido desta vez que se encontrou uma cópia perfeita do nosso sistema solar, incluindo um planeta rochoso a uma distância da estrela que permita a vida. Mas esse momento parece aproximar-se.

Sobre um anarquista falador, os espiões e um General sem papas na língua

Do regular funcionamento das instituições


Ontem, o Ministro da Defesa deu uma entrevista ao jornal I, anunciando que Portugal deverá enviar espiões para o Líbano.
 
 
Num Estado decente, ou o Ministro se demitia ou o Chefe do Estado Maior das Forças Armadas seria demitido.
 
Faltam 14 dias para o PR perder o direito de dissolver o Parlamento. 
in O Cachimbo de Magritte - post de

Estamos a ficar velhos (para isto...)

Investigação publicada ontem
Sistema solar ‘envelhece’ dois milhões de anos


Análise de restos minerais de um meteorito revelou novos dados

A análise dos restos minerais de um meteorito encontrado no noroeste de África revelou que o sistema solar poderá ter-se originado dois milhões de anos antes do que se pensava, segundo um artigo publicado na revista ‘Nature’.

Os minerais do meteorito são os restos sólidos mais antigos encontrados até agora e crê-se que se formaram logo após o nascimento do Sol, de modo que a análise pode fornecer dados mais precisos sobre a formação do sistema solar.

Segundo a investigação da Universidade de Arizona, EUA, a formação do sistema solar teria acontecido há 4568,2 milhões de anos, entre 300 mil e 1,9 milhões de anos antes do que se pensava. Os cientistas Audrey Bouvier e Meenaskshi Wadhwa, que coordenaram a investigação, utilizaram a técnica dos isótopos, empregada em geologia para determinar a idade de restos de fósseis.

in CM - ler notícia

A cidade romana de Pompeia foi destruida pelo Vesúvio há 1931 anos


Pompeia foi outrora uma antiga cidade do Império Romano situada a 22 quilómetros da cidade de Nápoles, na Itália, no território do actual município de Pompeia. A antiga cidade foi destruída durante uma grande erupção do vulcão Vesúvio em 24 de Agosto do ano 79 d.C.

A erupção do vulcão provocou uma intensa chuva de cinzas que sepultou completamente a cidade, que se manteve oculta por 1600 anos antes de ser reencontrada por acaso. Cinzas e lama moldaram os corpos das vítimas, permitindo que fossem encontradas do modo exacto em que foram atingidas pela erupção do Vesúvio. Desde então, as escavações proporcionaram um sítio arqueológico extraordinário, que possibilita uma visão detalhada na vida de uma cidade dos tempos da Roma Antiga.

segunda-feira, agosto 23, 2010

Geologia no Verão em Leiria


Vai decorrer na cidade de Leiria uma Geologia no Verão que eu já fiz o ano passado e que o Blog Geopedrados recomenda:

Título: Leiria do rio Liz tem uma geologia encantadora
(Departamento de Ciências da Terra, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade de Coimbra)
Data: 29-08-2010 10:00:00 
Descrição: Travessia da cidade, analisando a natureza das rochas, a disposição dos estratos, a morfologia e a localização das águas (Liz e nascentes). As observações permitirão a interpretação dos principais traços da geologia: movimentos de rochas maleáveis (um diapiro) no cruzamento de duas grandes fracturas. Por estas ascenderam as rochas ígneas que, resistindo melhor à erosão, formam o Castelo natural.
Ponto de encontro: Açude dos Caniços / ponte sobre o Liz (junto ao quartel dos Bombeiros Municipais).
Como Chegar: Fora da cidade: seguir indicações Hospital e depois Bombeiros Municipais. Junção das Ruas da Fábrica do Papel e Joaquim Ribeiro de Carvalho
Coordenadas GPS: 39.74044186316138 N, -8.799726963043213 O
Idade mínima: 6 anos
Localidade: Leiria / LEIRIA / LEIRIA
Itinerário: Ao longo do Liz entre o Açude dos Caniços e a Fonte Quente, Castelo, Estádio, rotunda N1-N109.
Duração: 5 h
Transporte: A pé, Bicicleta
Responsável pela acção: Jorge Dinis
Nota: Usar roupa e calçado de passeio, chapéu, protector solar, líquidos. Recomenda-se pequeno farnel, binóculos e câmara fotográfica e/ou de vídeo...para mais tarde recordar. Pode ser seguida de bicicleta, embora com subidas moderadas.

INSCRIÇÕES - AQUI

O Ministério da Anarquia - notícia do Público

Início do ano lectivo
Escolas abrem sem regulamentos internos adaptados ao novo Estatuto do Aluno


"Vai ser um início de ano de loucos", diz o presidente da ANDAEP


O ano lectivo vai arrancar sem que as escolas tenham os regulamentos internos adaptados ao novo Estatuto do Aluno, que ainda nem foi promulgado. Segundo as associações de directores, é necessário entre “um a dois meses” para concluir o processo.

O diploma foi aprovado em votação final no Parlamento a 22 de Julho e enviado para promulgação pelo Presidente da República a 6 de Agosto. Fonte do Palácio de Belém disse à Lusa que “ainda não há qualquer decisão” por parte de Cavaco Silva.

O presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares sublinha que este tipo de documentos, para entrar em vigor no próximo ano lectivo, deveriam chegar às escolas até ao final de Maio, para que haja “um tempo razoável” para a adaptação às novas orientações.

“Para que se façam as adaptações de forma conscienciosa, com critérios, com rigor e para que se encontrem as soluções mais razoáveis é necessário entre um a dois meses”, estima Pedro Araújo, lembrando que as alterações ao regulamento interno necessitam de parecer do conselho pedagógico e aprovação do conselho geral.

Segundo o responsável, sempre que o limite de final de Maio for ultrapassado, as escolas ficam “impedidas” de tomar as melhores decisões, o que, alerta, poderá trazer “prejuízos” para escolas e alunos.


Escolas terão “tempo necessário”

Questionado pela Lusa, o Ministério da Educação sublinhou que será “solicitado oportunamente” às escolas que procedem às adaptações necessárias, garantindo que os estabelecimentos de ensino terão “o tempo necessário”.

Também o presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) garante que as escolas já não vão a tempo de regulamentar o Estatuto do Aluno e estima que o processo só esteja pronto no final do primeiro período.

“Os regulamentos internos só vão estar adaptados no final do primeiro período. As alterações implicam uma regulamentação muito bem pensada”, defende Adalmiro Botelho da Fonseca.

Mesmo que o diploma saia em Diário da República nas próximas semanas, Pedro Araújo garante que no primeiro dia de aulas “nenhuma” escola terá o regulamento interno adoptado, pelo que directores, conselhos pedagógicos e conselhos gerais vão ter de trabalhar “em cima do joelho”.

 
Período de transição

“As escolas ou iniciam o ano com o anterior estatuto enquanto estudam o novo, apesar de entrar em vigor no dia seguinte ao da publicação, ou então vão ter de trabalhar em cima do joelho. Mas terá sempre de haver um período de transição”, sublinha Pedro Araújo, director da Escola Secundária de Felgueiras.

Segundo a tutela, no início do ano lectivo vale “o que já se encontra consignado” nos regulamentos internos, desde que “não conflitue” com o novo Estatuto do Aluno.

Por seu turno, o presidente da ANDAEP e director da Escola Secundária de Oliveira do Douro lembra que em Setembro há necessidade de dar andamento a todas as questões relacionadas com o arranque do ano lectivo, como a preparação de aulas, planificação de actividades, reunir conselhos de turma: “Vai ser um início de ano de loucos”. O ano lectivo começa entre 8 e 13 de Setembro no ensino pré-escolar, básico e secundário.


Violência escolar

Cinco meses depois do anúncio, o bullying ainda não foi tipificado como crime no âmbito da violência escolar. O Governo afirma que a matéria será tratada “oportunamente”, a menos de três semanas do arranque do novo ano lectivo.

A 30 de Março, numa audição no Parlamento, a ministra da Educação, Isabel Alçada, anunciou a intenção de levar a Conselho de Ministros uma proposta de alteração ao Código Penal, criando o “crime de violência escolar”, configurado como “crime público”, no qual se incluirá o bullying.

Questionado pela Lusa sobre o atraso na apresentação da proposta, o Ministério da Educação limitou-se a afirmar que esta “é uma matéria que será oportunamente tratada pelo Governo”.

ADENDA: parece-me que dois meses para actualizar os Regulamentos Internos é manifestamente pouco (sei o que digo, sou Presidente de um Conselho Geral...). Mas bem pior estão, neste capítulo (nos outros estão ainda num estado que não atrevo a classificar...), os órgãos dos Mega Agrupamentos: não têm Regulamento Interno em vigor e não têm ainda órgão (Conselho Geral Transitório) que o crie e aprove... Se a anterior Ministra era uma anarquista assumida, esta nova mostra ainda melhor como não se legislar...!

O triste caso do desaparecimento das abelhas

As abelhas estão a desaparecer do país e ninguém sabe porquê


"Tem sido uma calamidade, morrem, morrem e ninguém sabe porquê"

Comunidade científica internacional continua a estudar o fenómeno e ainda não tem conclusões. Em Arouca, os apicultores estão apreensivos com o abandono inexplicável das colmeias.

No alto de um monte de Arouca, Alberto Aguiar, apicultor há 20 anos, mostra as 30 colmeias com um ar desolado. "O movimento está fraco, está quase tudo morto, devo ter duas ou três colónias vivas", desabafa. O fato de protecção não chega a ser necessário para dar uma volta pelas colónias. Está tudo calmo. Há quatro anos que as abelhas teimam em desaparecer das suas colmeias sem deixar rasto. Situação que o deixa apreensivo ao ponto de questionar a continuidade na arte. Tem agora pouco mais de 20 colmeias habitadas, chegou a ter 170. "Tem sido uma calamidade, morrem, morrem e ninguém sabe porquê."

Alberto Aguiar mostra o que resta das provas, ou seja, o interior de colmeias com aspecto queimado, colónias que estranhamente deixaram de ter habitantes. "A partir do ano passado, comecei a desistir de povoar as colmeias", revela. Ainda foi ao Alentejo comprar abelhas, mas no último ano garante que 90 por cento das suas colónias morreram. Feitas as contas, a diminuição dos ganhos financeiros ronda a mesma drástica percentagem. "Não vale a pena investir, é perder dinheiro." Sempre que abre uma colmeia e encontra o inesperado, que agora que se tornou habitual, a vontade de desistir da apicultura aumenta. "As rainhas continuam a pôr ovos, mas o problema é que não têm abelhas suficientes para o aquecimento e para alimentar as larvas."

Alberto Aguiar, com vários prémios nacionais conquistados pela qualidade do seu mel, acompanha o assunto e sabe que a ciência ainda não conseguiu encontrar uma explicação para tão estranho desaparecimento. Chegou a colocar um plástico preto à entrada de várias colmeias para tentar apanhar uma abelha morta para enviar para um laboratório. Sem resultados. "Elas desorientam-se, desaparecem e não voltam às colmeias... há alguma coisa que interfere com elas." A hipótese que os pesticidas usados nas produções intensivas estão a afastar as abelhas não o convence. "Tenho apiários de montanha, longe de culturas onde se usam pesticidas, e também lá as abelhas estão a desaparecer", explica. As radiações dos aparelhos electrónicos são, na sua opinião, um factor que deve ser analisado com mais atenção. "Sempre que atendo o telemóvel, as abelhas rodeiam a minha mão e não me largam. É curioso."

Luís Tomé mostra um lote de mais de 20 colmeias empilhadas a um canto da sua garagem. "Está tudo morto, vai tudo para queimar. Há um mês, trouxe 10 colmeias para casa cheias de traças", conta. Há 20 anos que se dedica à apicultura e, neste momento, tem cerca de 100 colmeias em Arouca. "Todos os anos, morrem abelhas, mas neste momento esta mortandade é anormal. Este ano, não temos quase mel nenhum", lamenta. Não se lembra de nada assim, mas, por enquanto, Luís Tomé não pensa abandonar a apicultura, que partilha com outra actividade profissional. "Alguém tem de investigar e indicar um medicamento. Há cada vez menos abelhas, cada vez menos... e isto vai acabar."

Alberto Santos, apicultor de Arouca há 15 anos, perdeu todas as colmeias, 18 no total, e não sabe porquê. O que se passa? "Boa pergunta. As abelhas perdem-se... não sei o que acontece. Se fosse uma doença, elas estariam perto das colmeias, mas a questão é que desaparecem sem deixar rasto e sabemos que não morrem à fome", comenta. Há dois anos que os seus apiários vinham a perder habitantes. "Desde o ano passado que esta mortandade tem sido mais acentuada." Alberto Santos, apicultor por hobby, garante que não vai baixar os braços e tentará repovoar as suas colmeias em Fevereiro do próximo ano. "Não se pode desistir", conclui.

Fenómeno global

O desaparecimento das abelhas é um fenómeno global. Nos Estados Unidos a situação é bastante preocupante, pelas repercussões ambientais, humanas e até económicas. Espanha, França e Alemanha também dão conta de uma anormal diminuição de abelhas. Em Portugal, as associações do sector garantem que, por enquanto, não há razões para alarme.

A Federação Nacional dos Apicultores de Portugal (FNAP), que representa cerca de 30 associações do sector, já aderiu a um grupo mundial que está a analisar o caso. Manuel Gonçalves, presidente da FNAP, considera que, neste momento, a situação não é preocupante, mas que poderá sê-lo "a curto prazo" se as abelhas continuarem a desaparecer. "São diversos os factores que são apresentados para tentar explicar essa situação e se se comprovar que é um factor ambiental, isso pode ser preocupante", refere. O responsável garante que há cerca de dois anos que os associados da FNAP falam do assunto. "Todos os anos, há sempre uma falha efectiva de cerca de 20 por cento de colmeias que não se consegue repor, mas a situação poderá vir a ser preocupante se verificarmos que a mortandade é excessiva." "Há um equilíbrio que deixou de existir", acrescenta. A FNAP está, por isso, atenta a todos os passos dados nesta matéria. O recenseamento oficial é feito a meio do ano e o último, segundo o responsável, até aponta para um acréscimo de cerca de cinco por cento do número de colmeias no país - neste momento, existirão à volta de 400 mil colónias, numa média de 50 por cada apicultor.

A Associação de Apicultores do Parque Natural de Motesinho, que representa cerca de 320 dos 600 apicultores da zona de Bragança, Vinhais, Vimioso e Miranda do Douro, registou alguns casos pontuais, mas nada de alarmante. "Na nossa zona têm havido algumas situações de morte de abelhas, o que, para já, não tem sido motivo de preocupação", refere Helena Guedes, técnica da associação. De qualquer forma, a situação está a ser avaliada e acompanhada. "Estamos a averiguar as origens das perdas dos efectivos dos nossos apicultores. Mas, para já, não se pode concluir que haja um desaparecimento anormal de abelhas", adianta.

A Associação de Apicultores do Nordeste do Alentejo também registou "dois ou três casos estranhos". "Embora pudesse haver algumas situações mais estranhas, em termos de desaparecimento de abelhas, não podemos avançar para uma situação alarmista", garante João Neto, técnico da associação. "Vinte por cento de quebra de colónias no Inverno é normal", acrescenta o responsável da estrutura que reúne cerca de 100 apicultores de Nisa, Portalegre, Marvão, Castelo de Vide, entre outras regiões.

Contactado pelo PÚBLICO, o Ministério da Agricultura adianta que a Direcção-Geral de Veterinária não tem, até este momento, conhecimento de qualquer fenómeno relacionado com um estranho desaparecimento de abelhas, sublinhando que a diminuição de efectivos tem sido sempre "associada a causa naturais (incêndios, seca) ou a causas sanitárias (doenças das abelhas)".


NOTA: embora não goste de mel, sei da importância das abelhas em termo de biodiversidade - o nosso planeta está doente... Sugere-se ainda a leitura desta outra notícia do Público - Ciência sem explicações...

domingo, agosto 22, 2010

A conquista de Ceuta foi há 595 anos


A Conquista de Ceuta, cidade islâmica no Norte d'África, por tropas portuguesas sob o comando de João I de Portugal, deu-se a 22 de Agosto de 1415.

sábado, agosto 21, 2010

O desastre da Praia de Maria Luísa foi há um ano

(imagem daqui)

Conforme nós aqui referimos no blog, a tragédia da Praia de Maria Luísa, com 5 mortos e 3 feridos, foi há exactamente um ano.

Hoje fala-se novamente do assunto, mas tudo permanece igual: pouca fiscalização, ausência de geólogos nas Câmaras e centros de decisão e as mesmas pessoas debaixo dos mesmos pedregulhos, à espera da desgraça...

Grutas e Nascentes de Porto de Mós - dois filmes




Grutas e Nascentes de Porto de Mós - algumas fotos

Participei há dias na actividade da Geologia no Verão 2010 intitulada Grutas e Nascentes de Porto de Mós, conforme nós antes tínhamos aqui referido (1 e 2), organizada pela Sociedade Portuguesa de Espeleologia (SPE).

Como a malta da SPE nunca mais nos pede as fotos, aqui ficam algumas (e quem estiver interessado nelas é favor mandar um e-mail para fernando.oliveira.martins-arroba-gmail.com):

Na Ecoteca de Porto de Mós

Na Ecoteca de Porto de Mós II

Início do percurso - escarpa de falha

Início do percurso - placa oficial

A Fórnea

O caminho das pedras...

Fórnea

Cascalheira - deslizamento actual

Escarpa de falha, a meia encosta, vista da Fórnea

O vale da Fórnea, visto a meia encosta

Fotografando...

Aspectos interessantes do topo da Fórnea

Assombrosa Fórnea...

Fotografando a entrada da Cova da Velha

Explicando Geologia in situ

Grafittis (arte rupestre...) na entrada da Cova da Velha

Grupo à entrada da Cova da Velha

Quatro apoios...!

Água no último sifão

Morcego (fotografado sem flash...)

Rostrum de Belemnite na rocha da gruta

Almoço à saída da Gruta

A biquinha na base da Fórnea

Amonite (molde externo)

Amonites (fósseis e modelo)

Belemnites (fósseis e modelo)

Gruta da Mouração - à entrada

Gruta da Mouração - estalagmite e morcego

Saindo da Gruta da Mouração

Nascente do Lena - exsurgência permanente

NOTA - clicar para aumentar...