O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Gene Simmons, nome artístico de Chaim Weitz, (Haifa, 25 de agosto de 1949) é o vocalista, baixista e fundador da banda de hard rockKiss. Simmons é mais conhecido pela sua alcunha "The Demon". Juntamente com Paul Stanley, Simmons é o único membro remanescente da formação original do Kiss, e participou de todos os álbuns da banda. Contrariamente a muitas personalidades do rock, Simmons afirma "nunca ter consumido drogas, nunca ter fumado nem nunca ter bebido álcool demais em toda a sua vida." É famoso pelo seu jeito demoníaco durante os shows e pelo seu baixo em forma de machado, Axe Bass. Naturalizado norte-americano, é um ex-professor primário. De entre suas melhores composições estão Rock and Roll All Night, Shout It Out Loud, Christine 16, I Love It Loud, War Machine, entre outros hits. Simmons também estreou o seu próprio reality show "Gene Simmons: Family Jewels" exibido na A&E.
Biografia
Chaim Weitz (que posteriormente mudaria seu nome para Eugene Klein) nasceu em Haifa, Israel e mudou-se com a mãe para os Estados Unidos quando tinha nove anos, indo morar em Queens, Nova Iorque (durante a Segunda Guerra a sua mãe esteve num campo de concentração). Gene aprendeu inglês lendo histórias em quadradinhos de super heróis, livros de ficção científica e filmes, particularmente os de terror (além de inglês, ele também fala hebraico, alemão e húngaro). Formou-se no Richmond College e foi professor de inglês no Harlem espanhol. Ele aprendeu a tocar guitarra, mas preferiu o baixo porque, segundo ele, existiam muitos guitarrista, e queria ser diferente.
Um amigo, Steve Coronel, apresentou-o a Stanley Eisen (mais tarde, Paul Stanley). De começo eles não gostaram um do outro, mas depois se tornaram amigos e juntos fundaram uma das mais importantes bandas de Hard Rock e Heavy Metal do mundo: os Kiss, em janeiro de 1973. Perfeccionista, entra de cabeça nos negócios da banda, encarando a fantasia e explorando (e bem) o marketing dela. Mulherengo convicto, tem centenas de polaroid nuas das raparigas com quem (segundo ele, mais de 5 mil) fez sexo nas tournés. Namorou as cantoras Cher e Diana Ross. Mora com a atriz e playmateShannon Tweed há mais de 23 anos, com quem tem dois filhos, (Sophie Simmons e Nicholas Simmons). Em 2011, casou-se com a mesma.
Depois do sucesso da banda nos anos 70/80, Gene começa a descobrir novas bandas. Descobriu os Van Halen e Cinderella. Ele retira a máscara em 1983 com o lançamento do álbum "Lick it Up" a ficou assim até 1996 quando houve a "Reunion Tour" com todos os membros originais do Kiss. Na década de 80 Gene tentou a carreira de ator estrelando filmes como "Runaway" (de 1985, com Tom Selleck, da série Magnun), "Wanted Dead or Alive", entre outros. Gene resolveu ampliar seus horizontes e passou a fazer várias participações em filmes e séries (fez o papel de um traficante na série Third Watch), produziu novas bandas (Keel foi uma delas), desenhos animados, sua própria revista, etc. Nesta época deixou o Kiss um pouco de lado, coisa do que ele se arrependeu futuramente.
É famoso mundialmente por sua gigantesca língua e nos palcos chama a atenção pela sua demoníaca figura, por cuspir fogo, vomitar sangue, além de tocar o seu baixo em formato de machado. Tem a sua própria revista "Gene Simmons Tongue Magazine",o seu próprio selo (Simmons Record), desenho animado "My Dad the Rock Star". Em dezembro de 2001 lançou seu livro, KISS And Make-up, onde conta coisas inesperadas da banda. Em agosto de 2006 estreou seu reality show "Gene Simmons: Family Jewels" no canal A&E, e devido ao seu sucesso, teve uma segunda temporada onde entre muitas coisas mostra a cirurgia plástica a que se submeteu. Em 2009 promoveu um leilão beneficente para uma instituição onde o produto que foi arrematado por quinze mil dólares era uma pedra retirada cirurgicamente de um de seus rins.
Keita nasceu em Djoliba. Ele fora ostracizado devido ao seu albinismo, que é um sinal de azar na cultura Mandinka. Ele abandonou Djoliba e foi viver em Bamako em 1967, para se juntar a banda Super Rail Band de Bamako. Em 1973, Salif Keita juntou-se a banda Les Ambassadeurs. Keita e Les Ambassadeurs fugiram da instabilidade política do país, em meados de 70, para Abidjan, Costa do Marfim mudando o nome da banda para Les Ambassadeurs Internationales. Esta banda ganhou reputação internacional na década de 70 e, em 1977, Keita recebeu o prémio National Order do presidente da Guiné, Sékou Touré. Keita mudou-se para Paris em 1984, com o objectivo de prosseguir a sua carreira.
Elvis Costello, nome artístico de Declan Patrick Aloysius MacManus (Londres, 25 de agosto de 1954) é um cantor, compositor e músicobritânico. Ele teve participação nos primórdios do cenário pub rock britânico no meio dos anos 70, e mais tarde foi associado aos estilos de punk rock e new wave antes de se estabilizar como uma voz única e original nos anos 80. O seu alcance musical é impressionantemente amplo. Certo crítico escreveu que “Costello, a enciclopédia do pop, pode inventar o passado sob a sua própria imagem”.
Começo de vida e carreira
MacManus nasceu no St. Mary's Hospital em Paddington, Londres, vivendo na região até os dezasseis anos. Já com uma família musical (o pai, Ross MacManus, cantava com Joe Loss), MacManus mudou-se com a mãe para Liverpool em 1971. Foi ali que formou a primeira banda, Flip City, com um estilo calcado no pub rock; tocaram até 1975/76, época em que MacManus passou a viver em Londres com a esposa e filho.
Teve diversos empregos enquanto continuava a compor, e iniciou uma tentativa agressiva de conseguir um contrato, o que provocou um incidente com prisão por atitute suspeita no local de uma reunião de executivos de gravadora. Depois de mandar uma fita demo, foi contratado pela Stiff Records. O empresário na Stiff, Jake Rivera, sugeriu a mudança de nome (usando o primeiro nome de Elvis Presley e o sobrenome artístico de seu pai, "Day Costello", para formar “Elvis Costello”) e juntou-o com uma banda de country/soft rock chamada “Clover”.
Anos 70
O primeiro álbum de Costello, My Aim Is True (1977) foi de um sucesso comercial moderado, com ele aparecendo na capa usando os óculos que se tornariam sua marca registada, e beirando uma semelhança chocante com Buddy Holly. Este lançamento viu Costello promovido por Stiff como um artista New Wave e punk, apesar do facto de o álbum apresentar a conservadora balada “Alison” (uma de suas canções mais conhecidas). No mesmo ano Costello recrutou a sua própria banda, The Attractions, composta por Steve Nieve (piano), Bruce Thomas (baixo) e Pete Thomas (bateria). Ele lançou o seu primeiro compacto de sucesso, o cinematográfico “Watching The Detectives”, gravado com Nieve e mais Steve Goulding (bateria) e Andrew Bodnar (baixo), ambos integrantes da banda Graham Parker & The Rumour.
Depois de uma badalada turnê com outros artistas da Stiff (capturada no álbum Live Stiffs, notável pela versão do sucesso de Burt Bacharach/Hal David “I Just Don’t Know What To Do With Myself”), a banda lançou This Year’s Model (1978), uma gravação frenética preenchida com rouca energia e os versos afiados de Costtelo.
Em 1977 Costello participou do Saturday Night Live. Durante os ensaios, ele e o Attractions tocaram “Less Than Zero”. Mas quando chegou a hora da apresentação, Costello e sua banda fizeram apenas a introdução da música e então – para o choque dos produtores do programa – parou tudo, desculpou-se com a plateia e começou uma versão de “Radio, Radio”, que o programa pediu que não tocassem devido a sua mensagem anticorporativista (Costello também afirmou achar que “Less Than Zero” não faria muito sentido para o público americano). O produtor Lome Michaels ficou furioso, não só com o desafio de Costello mas também porque o programa foi tirado do ar. Costello só seria convidado a tocar no Saturday Night Live novamente em 1989, não aparecendo em mais nenhum programa de televisão americano nos anos seguintes a esse incidente.
1979 foi sem dúvida nenhuma o ano do auge do sucesso comercial de Costello com o lançamento de Armed Forces (intitulado originalmente de Emotional Fascism). Inspirada pelas turnês constantes, a banda estava em fina forma e Costello evoluiu notavelmente no seu talento de compositor, passando a tratar de assuntos pessoais e políticos. Também encontrou tempo naquele ano para produzir o álbum de estreia da banda de skaThe Specials.
O seu sucesso nos E.U.A foi severamente prejudicado, entretanto, quando Costello chamou Ray Charles de “crioulo cego e ignorante” durante uma discussão com Bonnie Bramlett no bar do hotel Holiday Inn em Columbus, Ohio (sendo um comentário particularmente esquisito, pois Elvis trabalhava constantemente na campanha britânica Rock Against Racism tanto antes quanto depois disso). Um contido Costello desculpou-se em uma conferência de imprensa em Nova York, dizendo que estava bêbado e que disse aquilo só para provocar Bramlett (e conseguiu; ela lhe deu um murro). Em seu encarte da versão remasterizada de Get Happy!!, Costello escreveu que recusou um convite para conhecer Charles pouco tempo depois do infame incidente: “qualquer desculpa depois de todos esses anos seria mais do que embaraçosa para todos os presentes, e tudo que eu pude fazer foi virar meu rosto em vergonha e frustração sabendo que aquela era uma mão que eu provavelmente nunca apertaria… eu também descobri que a culpa é um fogo que arde sem qualquer sinal de limitação”. O incidente com Bonnie inspirou Costello a compor Riot Act, canção presente no álbum Get Happy!.
Anos 80
Possivelmente como outra afirmação de seu auto-imposto débito com a música negra, o álbum seguinte de Costello e o Attractions, Get Happy!!, foi um inventivo pastiche do pop da new wave com a soul music. Seria o primeiro e, juntamente com King Of America, provavelmente o mais bem sucedido dos muitos experimentos de Costello com géneros além dos quais ele é commumente associado. A brevidade das canções (20 faixas em aproximadamente 45 minutos) formatou o novo estilo da banda. Liricamente, as canções eram repletas da marca registada de Costello - o jogo de palavras - ao ponto de ele sentir mais tarde como se estivesse tornando-se uma auto-paródia, diminuindo o ritmo em composições posteriores.
Trust, de 1981, soava mais pop, mas o resultado geral era claramente influenciado pelas tensões crescentes entre a banda, particularmente entre Bruce e Pete Thomas. Apesar de seu ecletismo, ‘’Trust’’ não obteve muita repercussão e foi o primeiro álbum de Costello a não gerar compactos de sucesso.
Depois da insatisfação comercial de Trust, Costello deu um tempo da carreira de compositor e a banda seguiu para Nashville para gravar Almost Blue, um álbum de versões de sucessos da música country compostos por Hank Williams (“Why Don’t You Lije Me (Like You Used To Do?)”), Merle Haggard, (“Tonight The Bottle Let Me Down”) e Gram Parsons (“How Much I Lied”). Com críticas variadas, algumas das quais acusavam Costello de estar ficando sofisticado.
Imperial Bedroom, de 1982, marcou um som mais obscuro, quase barroco, para Costello, em grande parte devido à produção de Geof Emerick, famoso por ser o engenheiro-de-som de várias gravações dos Beatles. Apresentando uma gama superior de canções – tanto musicalmente quanto liricamente – este permanece como um de seus álbuns mais aclamados pela crítica, mas, novamente, fracassou em gerar compactos de sucesso. Costello disse não ter gostado da promoção do estúdio para o álbum, com fracos anúncios consistindo apenas da frase “Obra Prima?”.
1983 viu o lançamento de outra experimentação de pop-soul com Punch The Clock, com coros femininos e até uma banda de metais. Foi deste álbum que saiu o sucesso internacional “Everyday I Write The Book”, ilustrado por um profético videoclipe que apresentava sósias do príncipe Charles e da princesa Diana passando por uma crise doméstica em uma casa suburbana.
A tensão entre a banda estava passando a ficar insuportável, e Costello, começando a se sentir esgotado, anunciou a sua retirada e a separação do grupo logo depois da gravação de Goodbye Cruel World, em 1984. Com um número de canções fracas (e mesmo as melhores, mal produzidas), o disco não obteve muita repercussão, e até os mais fanáticos seguidores de Costello consideram Goodbye como seu pior álbum.
A saída dos palcos de Costello, embora de vida curta, foi acompanhada por duas coletâneas, Elvis Costello: The Man no Reino Unido, Europa e Austrália e The Best of Elvis Costello and the Attractions nos E.U.A.
Em 1985, Costello juntou-se ao seu amigo T-Bone Burnett para gravar um compacto chamado “The People’s Limousine” sob o pseudónimo de “The Coward Brothers”. Neste mesmo ano, Costello produziu Rum, Sodomy and the Lash para a banda punk/folk The Pogues. Foi aí que ele conheceu a sua segunda esposa, Cait O’Riordan, baixista do Pogues.
Já em 1986 Costello estava se preparando para retomar a sua carreira. Trabalhando nos Estados Unidos com Burnett, mais uma banda contendo vários músicos de apoio de Elvis Presley e uma parte da formação dos Attractions, ele produziu King of America, um álbum firmado no som do violão country, complementado por algumas de suas melhores composições por um bom tempo. Foi nesta época que ele voltou legalmente a se chamar Declan MacManus, acrescentando um Aloysius como um nome do meio extra.
No final do mesmo ano, ele voltou ao estúdio com o Attractions e gravou Blood And Chocolate, proclamado por um fervor pós-punk que não se via desde This Year’s Model, de 1978. Também marcou o retorno do produtor Nick Lowe, que produziu os primeiros cinco álbuns de Costello. Foi neste disco que ele usou pela primeira vez seu alter-ego “Napoleon Dynamite” (este apelido havia sido usado anteriormente em 1982, quando o lado-B do compacto “Imperial Bedroom” foi creditado à “Napoleon Dynamite & The Royal Guard”.)
Em 1987 Costello, com um novo contrato pela Warner Bros., deu início ao que seria uma longa parceria com Paul McCartney. Eles compuseram diversas canções juntos, incluindo “Veronica” e “Pads, Paws and Claws” do álbum Spike (1989, disco que também contém God´s Comic) e “So Like Candy” e “Playboy to a Man” de Mighty Like A Rose (1991), ambos álbuns de Costello, e “My Brave Face”, “Don’t Be Careless Love”, “That Day Is Done” e “You Want Her Too”, de Flowers in the Dirt, “Back On My Feet” (Lado B do single Once Upon A Long Ago) e “The Lovers The Never Were” e “Mistress and Maid” de Off The Ground, lançados por McCartney. Em 1989, ele participou de um especial pela HBO, Roy Orbison and Friends, A Black and White Night, estrelando seu ídolo de longa data Roy Orbison, e foi convidado a participar no Saturday Night Live pela primeira vez desde 1977.
Anos 90
Em 1991 Costello lançou o supracitado Mighty Like A Rose, nesta época deixando crescer uma infame e longa barba.
Em 1993 Costello provou das águas da música clássica com uma aclamada colaboração com o Brodsky Quartet em The Juliet Letters. Costello retornaria ao rock and roll no ano seguinte, com um projeto que o reuniu com os The Attractions, Brutal Youth. Um álbum de versões gravado cinco anos antes foi lançado em 1995, ‘’Kojak Variety’’, seguido em 1996 por um álbum de canções que ele escrevera originalmente para outros artistas, All This Useless Beauty. Este foi o último álbum de seu contrato com a Warner Bros.
Em 1996 ele colaborou com Burt Bacharach em uma canção chamada “God Give Me Strength” para o filme ‘’Grace Of My Heart’’. Esta colaboração levou a dupla a compor e gravar um álbum juntos, Painted From Memory, lançado em 1998 sob seu novo contrato com a Mercury Records.
Para o vigésimo quinto aniversário de Saturday Night Live, Costello foi convidado para o programa, onde ele reviveu sua abrupta troca de músicas de 1977. Desta vez, entretanto, ele interrompeu “Sabotage”, dos Beastie Boys, e eles ficaram como sua banda de apoio em “Radio, Radio”.
2000 até ao presente
Em 2001, Costello foi anunciado como o “artista em residência” na UCLA (embora ele tenha terminado fazendo menos aparições do que o previsto) e compôs músicas para um ballet. Também produziu e participou de um álbum da cantora de ópera Anne Sofie von Otter, For The Stars.
Em 2002 ele lançou um novo álbum, When I Was Cruel, viajando em turnê com uma nova banda, os Imposters (os Attractions com um baixista diferente, Davey Farragher). Costello separou-se da sua segunda esposa, Cait O’Riordan, no final do mesmo ano.
Em março de 2003, Elvis Costello & The Attractions foram incluídos no Hall da Fama do Rock and Roll. Em maio, o seu casamento com a cantora de jazzcanadianaDiana Krall foi anunciado. Setembro viu o lançamento de North, um álbum de baladas ao piano. Em dezembro, Costello e Krall casaram na mansão londrina de Elton John. Em 2004 a canção “Scarlet Tide” (co-escrita por Costello e T-Bone Burnett e usada no filme ‘’Cold Mountain’’) foi indicada para o Óscar; ele tocou-a na sessão de prémios com Alison Krauss, que a canta na banda sonora oficial.
Em julho de 2004 o primeiro trabalho orquestral em larga larga escala de Costello, Il Sogno, foi apresentado em Nova York. O trabalho, um ballet inspirado na obra “Sonho de Uma Noite de Verão” de William Shakespeare foi representado pela trupe de dança italiana Aterballeto, sendo um sucesso de crítica. Enquanto o escrevia, Costello propositadamente recusou-se a ouvir as interpretações anteriores de Mendelssohn e Britten para preservar a sua própria originalidade. Uma gama de estilos e temas musicais foi usado para representar os diferentes elementos dos personagens. Il Sogno foi lançado em CD em setembro do mesmo ano pela Deustche Grammophon.
Costello também lançou outro álbum naquele mesmo mês: The Delivery Man, um álbum de rock gravado em Oxford, Miss. Composto na sua maioria de blues, country e folk, The Delivery Man foi aclamado pela crítica com um dos melhores álbuns de Costello, e dá continuação à busca pessoal de Elvis de lançar um disco diferente em cada um dos selos da gravadora Universal.
Ainda no contexto do álbum The Delivery Man, em outubro de 2005, Costello esteve no Brasil, desta vez não como "atração-extra" (como no Free Jazz de 1995), mas como principal atrativo do TIM Festival daquele ano. Fez 3 shows, nos quais realizou um memorável apanhado de sua carreira: um no Rio de Janeiro, outro em Belo Horizonte e ainda um em São Paulo. Neste último houve um aparecimento significativo de grandes nomes da música nacional.
Em 2008, a banda de Pop/Rock norte-americana, Fall Out Boy contou com a participação de Elvis Costello no single What a Catch, Donnie, do novo álbum do grupo chamado Folie à Deux.
Tem sido necessário lidar com as falsidades das propagandas, os jogos duplos e a linguagem histérica da política, a vaidade e o egocentrismo dos comunicadores públicos, de modo a seguir meus próprios pensamentos conflituantes.
José Maria Nicolau, ciclista português, nasceu no Cartaxo no dia 15 de outubro de 1908. Ingressou no Sport Lisboa e Benfica em 1929. Venceria com a camisola encarnada a Volta a Portugal em 1931 e 1934. O país desportivo, na década de 30, rejubilou com os seus famosos duelos com o arqui-rival sportinguista Alfredo Trindade, também de Cartaxo.
Ambos tinham cinco meses de diferença de idade e uma mútua amizade.
Nicolau era alto, forte e possante, ao contrário de Trindade, pequeno e
franzino. Esta sã rivalidade desportiva entre os dois contribuiu
decisivamente para a consolidação dos dois emblemas desportivos a nível
nacional. Nicolau é considerado o maior corredor da História do ciclismo do Benfica, modalidade simbolicamente representada no seu emblema.
Terminaria a sua carreira no dia 24 de setembro de 1939. Faleceu a 25 de agosto de 1969, num acidente de viação, quando Alfredo Trindade era, por curiosidade, técnico de ciclismo do Benfica.
José maria nicolau fugiu. Quem o apanha?
Nunca ele pedalou tanto como agora
Decerto vai chegar antes da hora
A etapa era decisiva e está ganha
Ele que várias vezes deu a volta a portugal
deu desta vez a volta a quê? Talvez à vida
A alguns anos já da primeira partida
fugiu. Tudo se torna agora mais real
Que média fez num terreno tão mau
É tudo serra custa tanto subi-la
Deixem que eu vista a camisola amarela
ao grande corredor josé maria nicolau
Em 1914 a sua família mudou-se para a Suíça, onde estudou e de onde viajou para a Espanha. No seu regresso à Argentina, em 1921, Borges começou a publicar os seus poemas e ensaios em revistas literárias surrealistas. Também trabalhou como bibliotecário e professor universitário público. Em 1955 foi nomeado diretor da Biblioteca Nacional da República Argentina e professor de literatura na Universidade de Buenos Aires. Em 1961, destacou-se no cenário internacional quando recebeu o primeiro prémio internacional de editores, o Prémio Formentor.
O seu trabalho foi traduzido e publicado extensamente no Estados Unidos e Europa. Borges era fluente em várias línguas.
A sua obra abrange o "caos que governa o mundo e o caráter de irrealidade em toda a literatura". Os seus livros mais famosos, Ficciones (1944) e O Aleph (1949), são coletâneas de histórias curtas interligadas por temas comuns: sonhos, labirintos, bibliotecas, escritores fictícios e livros fictícios, religião, Deus. Os seus trabalhos contribuíram significativamente para o género da literatura fantástica. Estudiosos notaram que a progressiva cegueira
de Borges ajudou-o a criar novos símbolos literários através da
imaginação, já que "os poetas, como os cegos, podem ver no escuro". Os
poemas de seu último período dialogam com vultos culturais como Spinoza, Luís de Camões e Virgílio.
A sua fama internacional foi consolidada na década de 60, ajudado pelo "Boom Latino-americano" e o sucesso de Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez. Para homenagear Borges, em O Nome da Rosa um romance de Umberto Eco, há o personagem Jorge de Burgos,
que além da semelhança no nome, é cego - assim como Borges foi ficando
ao longo da vida. Além da personagem, a biblioteca que serve como plano
de fundo do livro é inspirada no conto de Borges A Biblioteca de Babel (uma biblioteca universal e infinita que abrange todos os livros do mundo).
O escritor e ensaísta John Maxwell Coetzee
disse sobre ele: "Borges, mais do que ninguém, renovou a linguagem de
ficção e, assim, abriu o caminho para uma geração notável de
romancistas hispano-americanos".
Ajedrez I En su grave rincón, los jugadores rigen las lentas piezas. El tablero los demora hasta el alba en su severo ámbito en que se odian dos colores. Adentro irradian mágicos rigores las formas: torre homérica, ligero caballo, armada reina, rey postrero, oblicuo alfil y peones agresores. Cuando los jugadores se hayan ido, cuando el tiempo los haya consumido, ciertamente no habrá cesado el rito. En el Oriente se encendió esta guerra cuyo anfiteatro es hoy toda la Tierra. Como el otro, este juego es infinito.
II Tenue rey, sesgo alfil, encarnizada reina, torre directa y peón ladino sobre lo negro y blanco del camino buscan y libran su batalla armada. No saben que la mano señalada del jugador gobierna su destino, no saben que un rigor adamantino sujeta su albedrío y su jornada. También el jugador es prisionero (la sentencia es de Omar) de otro tablero de negras noches y de blancos días. Dios mueve al jugador, y éste, la pieza. ¿Qué Dios detrás de Dios la trama empieza de polvo y tiempo y sueño y agonía?
Filho de Paulo Leminski II e Áurea Pereira Mendes, era um mestiço, de pai polaco e mãe negra, e foi um filho que sempre chamou a atenção pela sua intelectualidade, cultura e genialidade. Estava sempre à beira de uma explosão e assim produziu muito. É dono de uma extensa e relevante obra. Desde muito cedo, Leminski inventou um jeito próprio de escrever poesia, preferindo poemas breves, muitas vezes fazendo haicais, trocadilhos, ou brincando com ditados franceses.
Em 1958, aos catorze anos, foi para o Mosteiro de São Bento em São Paulo e lá ficou o ano inteiro. Participou do I Congresso Brasileiro de Poesia de Vanguarda em Belo Horizonte onde conheceu Haroldo de Campos, amigo e parceiro em várias obras. Leminski casou-se, aos dezassete anos, com a desenhista e artista plástica Neiva Maria de Sousa (da qual se separou em 1968). Estreou em 1964 com cinco poemas na revista Invenção, dirigida por Décio Pignatari, em São Paulo, porta-voz da poesia concreta paulista. Em 1965 tornou-se professor de História e de Redação em cursos pré-vestibulares, e também era professor de Judo. Em 1966 ficou em primeiro lugar no II Concurso Popular de Poesia Moderna.
Casou-se em 1968 com a também poetisa Alice Ruiz, com quem viveu durante vinte anos. Algum tempo depois de começarem a namorar, Leminski e Alice foram morar com a primeira mulher do poeta e o seu namorado, numa espécie de comunidade hippie. Ficaram lá por mais de um ano, e só saíram com o nascimento do primeiro dos seus três filhos: Miguel Ângelo (que morreu com dez anos de idade, vítima de um linfoma). Também tiveram duas meninas, Áurea (homenagem a sua mãe) e Estrela Ruiz Leminski. De 1969 a 1970 decidiu morar no Rio de Janeiro, retornando a Curitiba para se tornar diretor de criação e redator publicitário.
Dentre suas atividades, criou habilidade de letrista e músico. Verdura, de 1981, foi gravada por Caetano Veloso no disco Outras Palavras. A própria bossa nova resulta, em partes iguais, da evolução normal da MPB e do feliz acidente de ter o modernismo criado uma linguagem poética, capaz de se associar com suas letras mais maleáveis e enganadoramente ingénuas às tendências de então da música popular internacional. A jovem guarda e o tropicalismo, à sua maneira, atualizariam esse processo ao operar com outras correntes musicais e poéticas. Por sua formação intelectual, Leminski é visto por muitos como um poeta de vanguarda, todavia por ter aderido à contracultura e ter publicado em revistas alternativas, muitos o aproximam da geração de poetas marginais, embora ele jamais tenha sido próximo de poetas como Francisco Alvim, Ana Cristina César ou Cacaso. Por sua vez, em muitas ocasiões declarou a sua admiração por Torquato Neto, poeta tropicalista e que antecipou muito da estética da década de 1970.
Na década de 1970, teve poemas e textos publicados em diversas revistas - como Corpo Estranho, Muda Código (editadas por Régis Bonvicino) e Raposa. Em 1975 - e lançou o seu ousado Catatau, que denominou "prosa experimental", em edição particular. Além de poeta e prosista, Leminski era também tradutor (traduziu para o castelhano e o inglês alguns trechos de sua obra Catatau, a qual foi traduzida na íntegra para o castelhano).
Na poesia de Paulo Leminski, por exemplo, a influência da MPB é tão clara que o poeta paranaense só poderia mesmo tê-la reconhecido escrevendo belas letras de música, como Verdura.
Paulo Leminski foi um estudioso da língua e cultura japonesas e publicou em 1983 uma biografia de Bashô. Além de escritor, Leminski também era cinturão preto de judo. A sua obra literária tem exercido marcante influência em todos os movimentos poéticos dos últimos 20 anos.
Morreu em 7 de junho de 1989, em consequência do agravamento de uma cirrose hepática que o acompanhou por vários anos.
Verdura - Caetano Veloso Letra e música de Paulo Leminski
De repente me lembro do verde Da cor verde a mais verde que existe A cor mais alegre, a cor mais triste Verde que veste, verde que vestiste No dia em que te vi No dia em que me viste De repente vendi meus filhos Pra uma família americana Eles tem carro, eles tem grana Eles tem casa e a grama é bacana Só assim eles podem voltar E pegar um sol em Copacabana Pegar um sol em Copacabana
No segundo período, em que foi eleito por voto direto,
Getúlio governou o Brasil como presidente da república, por 3 anos e
meio: de 31 de janeiro de 1951 até 24 de agosto de 1954, quando
suicidou.
A sua doutrina
e seu estilo político foram denominados de "getulismo" ou "varguismo".
Os seus seguidores, até hoje existentes, são denominados "getulistas".
As pessoas próximas o tratavam por "Doutor Getúlio", e as pessoas do
povo o chamavam de "O Getúlio", e não de "Vargas".
Getúlio Vargas foi inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, em 15 de setembro de 2010, pela lei nº 12.326.
(...)
Por causa do crime da rua Tonelero Getúlio foi pressionado, pela
imprensa e por militares, a renunciar ou, ao menos, licenciar-se da
presidência. O Manifesto dos Generais, de 22 de agosto de 1954, pede a renúncia de Getúlio. Foi assinado por 19 generais de exército, entre eles, Castelo Branco, Juarez Távora e Henrique Lott e dizia: "Os
abaixo-assinados, oficiais generais do Exército...solidarizando com o
pensamento dos camaradas da Aeronáutica e da Marinha, declaram julgar,
como melhor caminho para tranquilizar o povo e manter unidas as forças
armadas, a renúncia do atual presidente da República, processando sua substituição de acordo com os preceitos constitucionais".
Esta crise levou Getúlio Vargas ao suicídio na madrugada de 23 para
24 de agosto de 1954, logo depois de sua última reunião ministerial, na
qual fora aconselhado, por ministros, a se licenciar da presidência. Getúlio registou na sua agenda de compromissos, na página do dia 23 de agosto de 1954, segunda-feira: "Já
que o ministério não chegou a uma conclusão, eu vou decidir: determino
que os ministros militares mantenham a ordem pública. Se a ordem for
mantida, entrarei com pedido de licença. Em caso contrário, os
revoltosos encontrarão aqui o meu cadáver."
Getúlio concordou em se licenciar sob condições, que constavam da
nota oficial da presidência da república divulgada naquela madrugada: "Deliberou
o Presidente Getúlio Vargas.... entrar em licença, desde que seja
mantida a ordem e os poderes constituídos..., em caso contrário,
persistirá inabalável no propósito de defender suas prerrogativas
constitucionais, com sacrifício, se necessário, de sua própria vida".
Getúlio, no final da reunião ministerial, assina um papel, que os
ministros não sabiam o que era, nem ousaram perguntar. Encerrada a
reunião ministerial, sobe as escadas para ir ao seu apartamento. Vira-se
e despede-se do ministro da Justiça Tancredo Neves, dando a ele uma caneta Parker 21 de ouro e diz: "Para o amigo certo das horas incertas"!
A data não poderia ser mais emblemática: Getúlio, que se sentia
massacrado pela oposição, pela "República do Galeão" e pela imprensa,
escolheu a noite de São Bartolomeu para a sua morte. Getúlio Vargas cometeu suicídio, com um tiro no coração, nos seus aposentos no Palácio do Catete, na madrugada de 24 de agosto de 1954. Tancredo contou a Carlos Heitor Cony em 3 de agosto de 1984, como foram os últimos minutos de Getúlio. O depoimento de Tancredo saiu na Revista Manchete de 1 de setembro de 1984:
"Por volta das sete e meia, oito horas da
manhã, ouviu-se o estampido seco. Desceu o elevador, às pressas, o
Coronel Dornelles, um dos oficiais de serviço na presidência. Nós
subimos apressadamente para o quarto onde o presidente se achava. Os
primeiros a entrar foram o General Caiado, Dona Darci, Alzira, Lutero e
eu. Encontramos o presidente de pijama, como meio corpo para fora da
cama, o coração ferido e dele saindo sangue aos borbotões. Alzira de um
lado, eu do outro, ajeitamos o presidente no leito, procuramos estancar o
sangue, sem conseguir. Ele ainda estava vivo. Havia mais pessoas no
quarto
quando ele lançou um olhar circunvagante e deteve os olhos na Alzira.
Parou, deu a impressão de experimentar uma grande emoção. Neste momento,
ele morre. Foi uma cena desoladora. Todos nós ficamos profundamente
compungidos; esse desfecho não estava na nossa previsão. O presidente em
momento nenhum demonstrou qualquer traço de emoção, nunca perdeu o seu
autodomínio, jamais perdeu sua imperturbável dignidade, de maneira que
foi um trágico desfecho, que surpreendeu a todos e nos deixou arrasados."
Nem ele nem Vanzetti foram absolvidos, nem mesmo depois de um outro
homem admitir em 1925 a autoria dos crimes. Foram condenados à pena
capital e executados na cadeira elétrica a 23 de agosto de 1927.
Há uma citação sobre ambos no poema "América" de Allen Ginsberg.
Howard Fast,
escritor de origem judaica e militante político, escreveu um livro que
narra a história dos dois anarquistas, imigrantes, italianos condenados a
morte, no livro "Sacco e Vanzetti".
Em 16 de abril de 1922, a Alemanha e a União Soviética participaram no Tratado de Rapallo,
por cujos termos renunciavam às reivindicações territoriais e
financeiras contra os demais. As partes se comprometeram ainda à
neutralidade na eventualidade de um ataque de um contra um outro pelo Tratado de Berlim (1926).
No início da década de 1930, a ascensão do Partido Nazi ao poder na Alemanha, aumentou as tensões entre estes países, a União Soviética e outros países de etnia eslava, que foram considerados "Untermenschen" ("sub-humanos") de acordo com a ideologia racial nazi. Além disso, os nazis, antissemitas, associavam a etnia judia com o comunismo e com o capitalismo financeiro,
aos quais se opunham. Por conseguinte, a liderança nazi declarou que
os eslavos na União Soviética estavam a ser governados por "judeus
bolcheviques".
A feroz retórica anti-soviética de Adolf Hitler foi uma das razões pelas quais a Grã-Bretanha e a França decidiram que a participação da União Soviética na Conferência de Munique, em 1938, sobre o destino da Checoslováquia, seria perigosa e inútil. O Acordo de Munique,
então assinado, marcou uma anexação parcial da Checoslováquia pela
Alemanha, no final de 1938, seguido da sua dissolução completa, em março
de 1939, o que é visto como parte de um apaziguamento da Alemanha realizado pelos gabinetes de Neville Chamberlain e Édouard Daladier.
Esta política levantou de imediato a questão de saber se a União
Soviética poderia evitar ser o próximo passo na lista de Hitler.
Nesse contexto, a liderança soviética acreditava que o Ocidente
poderia querer incentivar a agressão alemã a Oriente, e que a
Grã-Bretanha e a França poderiam ficar neutras no conflito iniciado pela
Alemanha Nazi. Pelo lado da Alemanha, devido a que uma aliança com a
Grã-Bretanha era impossível, tornava-se necessário estreitar relações
mais estreitas com a União Soviética para a obtenção de
matérias-primas. Além disso, um bloqueio naval britânico era esperado
em caso de guerra, o que iria provocar uma escassez crítica de
matérias-primas para o esforço de guerra da Alemanha. Depois do acordo
de Munique, aumentaram as necessidades alemãs em termos de
abastecimento militar, ao passo que, devido à implementação do
terceiro plano quinquenal na URSS, eram essenciais investimentos
maciços em tecnologia e equipamentos industriais.
Em 31 de março de 1939,
em resposta ao desafio da Alemanha nazi do Acordo de Munique e da
ocupação da Checoslováquia, a Grã-Bretanha garantiu o apoio da própria
França para garantir a independência da Polónia, da Bélgica, da Roménia, da Grécia e da Turquia. Em 6 de Abril, a Polónia e a Grã-Bretanha concordaram em formalizar a garantia de uma aliança militar. Em 28 de abril, Hitler denunciou o Pacto de Não-Agressão Polaco-Alemão de 1934 e o Acordo Naval Anglo-Germânico de 1935.
À esquerda as fronteiras conforme o Pacto Molotov-Ribbentrop; à direita, as fronteiras reais em 1939
O Pacto
Foi assinado em Moscovo na madrugada de 24 de agosto de 1939 (mas datada de 23 de agosto) pelo então ministro do exterior soviético Vyacheslav Molotov e pelo então ministro do exterior da Alemanha Joachim von Ribbentrop.
Em linhas gerais estabelecia que ambas as nações se comprometiam a
manter-se afastadas uma da outra em termos bélicos. Nenhuma nação
favoreceria os inimigos da outra, nem tão pouco invadiriam os seus
respectivos territórios, além do que, a União Soviética não reagiria a
uma agressão alemã à Polónia, e que, em contrapartida, a Alemanha apoiaria uma invasão soviética à Finlândia, entre outras concessões. De facto à invasão nazi seguiu-se a Invasão Soviética da Polónia e também da Finlândia, ainda em 1939.
Em dois protocolos secretos, os dois governos organizaram a partilha
dos territórios da Europa de Leste em zonas de influência, decidindo que
a Polónia deveria deixar de existir (passando o seu território para a
Alemanha e para a URSS), que a Lituânia
ficaria sob alçada alemã (meses mais tarde a Alemanha trocou a
Lituânia por outra zonas de influência, ficando a Lituânia sob alçada
soviética), que a Estónia e a Letónia passariam para a URSS bem como grande parte da Finlândia e vastas zonas da Roménia e da Bulgária.
O pacto estabelecia também fortes relações comerciais, vitais para os dois países, nomeadamente petróleo soviético da zona do Cáucaso e trigo da Ucrânia, recebendo em contrapartida ajuda, equipamento militar alemão e ouro.
Este novo facto nas relações internacionais alarmou a comunidade das
nações, não só porque os nazistas eram supostos inimigos dos comunistas,
mas também porque, secretamente, objetivava a divisão dos estados da Finlândia, Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia e Roménia
segundo as esferas de interesses de ambas as partes. O pacto era
absolutamente vital para ambos os países: para os alemães assegurava que
se poderiam concentrar apenas na sua frente ocidental para além de
terem assegurado combustíveis que de outro modo impossibilitariam tais
operações. Do lado soviético, a paz e a ajuda militar eram
fundamentais, tanto mais que as forças militares não estavam
preparadas para qualquer grande combate, como se comprovou na mal
sucedida aventura finlandesa de novembro de 1939 - a chamada guerra de inverno.
O pacto durou até 22 de junho de 1941, quando a Alemanha nazi, sem prévio aviso, iniciou a invasão do território soviético na Operação Barbarossa.
Caricatura no jornal semanal "Mucha", de Varsóvia, a 8 de setembro de 1939, já com a invasão nazi em andamento - Ribbentrop faz reverência a Estaline