sábado, junho 08, 2019

O livro Nineteen Eighty-Four foi publicado há setenta anos

Nineteen Eighty-Four (em português: Mil Novecentos e Oitenta e Quatro ou 1984) é um romance distópico, um clássico do autor inglês Eric Arthur Blair, mais conhecido pelo pseudónimo de George Orwell. Terminado de escrever no ano de 1948 e publicado a 8 de junho de 1949. O romance é ambientado na "Pista de Pouso Número 1" (anteriormente conhecida como Grã-Bretanha), uma província do superestado da Oceania, num mundo de guerra perpétua, vigilância governamental omnipresente e manipulação pública e histórica. Os habitantes deste superestado são orquestrados por um regime político totalitário eufemisticamente chamado de "Socialismo Inglês", encurtado para "Ingsoc" na novilíngua, a linguagem inventada pelo governo. O superestado está sob o controle da elite privilegiada do Partido Interno, um partido e um governo que persegue o individualismo e a liberdade de expressão como "crime de pensamento", que é aplicado pela "Polícia do Pensamento". A tirania é ostensivamente supervisionada pelo Grande Irmão, o líder do Partido que goza de um intenso culto de personalidade, mas que talvez nem sequer exista. O Partido "busca o poder por seu próprio bem. Não está interessado no bem dos outros, está interessado unicamente no poder". O protagonista da novela, Winston Smith, é membro do Partido Externo, que Trabalha para o Ministério da Verdade, que é responsável pela propaganda e pelo revisionismo histórico. O seu trabalho é reescrever artigos de jornais do passado, de modo que o registo histórico sempre apoie a ideologia do partido. Grande parte do Ministério também destrói ativamente todos os documentos que não foram editados ou revistos; desta forma, não existe nenhuma prova de que o governo esteja a mentir. Smith é um trabalhador diligente e habilidoso, mas odeia secretamente o Partido e sonha com a rebelião contra o Grande Irmão. A heroína da novela, Julia, é baseada na segunda esposa de Orwell, Sonia Orwell.
Como ficção política literária e ficção científica distópica, Nineteen Eighty-Four é um romance clássico em conteúdo, trama e estilo. Muitos dos seus termos e conceitos, como Grande Irmão, duplipensar, crime de pensamento, novilíngua, sala 101, teletela e 2 + 2 = 5, entraram em uso comum desde a sua publicação em 1949. A obra popularizou o adjetivo orwelliano, que descreve o engano oficial, a vigilância secreta e a manipulação da história registada por um estado totalitário ou autoritário. Em 2005, o romance foi escolhido pela revista Time como uma das 100 melhores romances da língua inglesa de 1923 a 2005. Foi premiado com um lugar em ambas as listas da Modern Library de 100 melhores romances. Em 2003, o livro foi listado no número 8 na pesquisa da "The Big Read" da BBC.
  

Bonnie Tyler - 68 anos

Gaynor Hopkins, conhecida mundialmente como Bonnie Tyler, (Skewen, Neath, 8 de junho de 1951) é uma cantora galesa que ficou famosa com as músicas "Total Eclipse of The Heart" (1983), "It's a Heartache", "Making Love", "Holding Out For a Hero" e "Lost in France".
    
   

Tomaso Albinoni nasceu há 348 anos

Tomaso Giovanni Albinoni (Veneza, 8 de junho de 1671 – Veneza,17 de janeiro de 1751) foi um compositor barroco italiano, nascido na República de Veneza. Famoso na sua época como compositor de óperas, atualmente é mais conhecido pela sua música instrumental, parte da qual é regularmente regravada. Massificou a sua música, mas graças ao seu talento melódico e estilo pessoal, foi tão popular na época quanto Arcangelo Corelli ou Antonio Vivaldi.
 
 

Mick Hucknall, a voz dos Simply Red, faz hoje 59 anos

Michael James Hucknall (Denton, 8 de junho de 1960), conhecido como Mick Hucknall, é vocalista e foi o principal membro e compositor da banda Simply Red.
    
  

Nick Rhodes, o teclista dos Duran Duran, faz hoje 57 anos

Nick Rhodes, nascido Nicholas James Bates (Moseley, 8 de junho de 1962) é um músico britânico, teclista da banda new romantic Duran Duran.
É o único membro da banda que esteve presente desde a sua fundação, em 1978. Nick divorciou-se de Julie Anne Friedman em 1993, após nove anos de casamento. Os dois tiveram uma filha, Tatjana, nascida em 1986.
  
     

Seu Jorge - 49 anos

Seu Jorge, nome artístico de Jorge Mário da Silva (Belford Roxo, 8 de junho de 1970) é um ator, cantor, compositor e multi-instrumentista brasileiro de MPB, de samba e soul.
    
    

Música adequada à data...!


sexta-feira, junho 07, 2019

Música dos anos oitenta para os nossos leitores...




Aztec Camera - Somewhere In My Heart
  
Summer in the city where the air is still
A baby being born to the overkill
Who cares what people say
We walk down love's motorway
  
Ambition and love wearing boxing gloves
And singing hearts and flowers
  
Somewhere in my heart
There is a star that shines for you
Silver splits the blue
Love will see it through
And somewhere in my heart
There is the will to set you free
All you've got to be is true
  
A star above the city in the northern chill
A baby being born to the overkill
No say no place to go
A t.v. and a radio
  
Amibition and love wearing boxing gloves
And singing hearts and flowers
   
Somewhere in my heart
There is a star that shines for you
Silver splits the blue
Love will see it through
And somewhere in my heart
There is the will to set you free
All you've got to be is true
   
But who could heal
What's never been as one
And our hearts have been torn
Since the day we were born
Just like anyone
  
From Westwood to Hollywood
The one thing that's understood
Is that you can't buy time
But you can sell your soul
And the closest thing to heaven is to rock and roll
   
Somewhere in my heart
There is a star that shines for you
Silver splits the blue
Love will see it through
And somewhere in my heart
There is the will to set you free
All you've got to be is true

Tom Jones nasceu há 79 anos

Sir Tom Jones, nascido Thomas Jones Woodward, (Pontypridd, 7 de junho de 1940) é um cantor de música pop do País de Gales.
Aos dezesseis anos ele casou e teve um filho, muito antes de se tornar um ídolo pop. Apesar das suas frequentes e bem divulgadas relações extra-conjugais (incluindo um romance com a ex-Miss Mundo de 1973, Marjorie Wallace), ele permaneceu casado, e é tido como um homem de família. Jones mora nos Estados Unidos, mas visita frequentemente a sua terra natal, no País de Gales, no Reino Unido.
    
   

Alan Turing morreu há 65 anos

Alan Mathison Turing (Maida Vale, Londres, 23 de junho de 1912 - Wilmslow, Cheshire, 7 de junho de 1954) foi um matemático, lógico, criptoanalista e cientista da computação britânico. Foi influente no desenvolvimento da ciência da computação e na formalização do conceito de algoritmo e computação com a máquina de Turing, desempenhando um papel importante na criação do computador moderno e também é pioneiro na inteligência artificial e na ciência da computação. É conhecido como o pai da computação.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Turing trabalhou para a inteligência britânica em Bletchley Park, num centro especializado em quebra de códigos. Por um tempo ele foi chefe do Hut 8, a seção responsável pela criptoanálise da frota naval alemã. Planeou uma série de técnicas para quebrar os códigos alemães, incluindo o método da bomba eletromecânica, uma máquina eletromecânica que poderia encontrar definições para a máquina Enigma.
Após a guerra, trabalhou no Laboratório Nacional de Física do Reino Unido, onde criou um dos primeiros projetos para um computador com um programa armazenado, o ACE. Posteriormente, Turing se interessou pela química. Escreveu um artigo sobre a base química da morfogénese e previu reações químicas oscilantes como a Reação de Belousov-Zhabotinsky, que foram observadas pela primeira vez na década de 60.
A homossexualidade de Turing resultou num processo criminal em 1952, pois atos homossexuais eram ilegais no Reino Unido na época, e ele aceitou o tratamento com hormonas femininas e castração química, como alternativa à prisão. Morreu em 1954, algumas semanas antes de seu aniversário, devido a um aparente autoadministrado envenenamento por cianeto, apesar de sua mãe (e alguns outros) terem considerado a sua morte acidental. Em 10 de setembro de 2009, após uma campanha de internet, o primeiro-ministro britânico Gordon Brown fez um pedido oficial de desculpas público, em nome do governo britânico, devido à maneira pela qual Turing foi tratado após a guerra. Em 24 de dezembro de 2013, Alan Turing recebeu o perdão real da rainha Isabel II, da condenação por homossexualidade.
 

O Tratado de Tordesilhas foi assinado há 525 anos

O Tratado de Tordesilhas, assinado na povoação castelhana de Tordesilhas em 7 de junho de 1494, foi um tratado celebrado entre o Reino de Portugal e o recém-formado Reino da Espanha para dividir as terras "descobertas e por descobrir" por ambas as Coroas fora da Europa. Este tratado surgiu na sequência da contestação portuguesa às pretensões da Coroa espanhola resultantes da viagem de Cristóvão Colombo, que um ano e meio antes chegara ao chamado Novo Mundo, reclamando-o oficialmente para Isabel, a Católica.
O tratado definia como linha de demarcação o meridiano a 370 léguas a oeste da ilha de Santo Antão no arquipélago de Cabo Verde. Esta linha estava situada a meio-caminho entre estas ilhas (então portuguesas) e as ilhas das Caraíbas descobertas por Colombo, no tratado referidas como "Cipango" e Antílhas. Os territórios a leste deste meridiano pertenceriam a Portugal e os territórios a oeste, à Espanha. O tratado foi ratificado pela Espanha a 2 de julho e por Portugal a 5 de setembro de 1494.
Algumas décadas mais tarde, na sequência da chamada "questão das Molucas", o outro lado da Terra seria dividido, assumindo como linha de demarcação, a leste, o antimeridiano correspondente ao meridiano de Tordesilhas, pelo Tratado de Saragoça, a 22 de abril de 1529.
No contexto das Relações Internacionais, a sua assinatura ocorreu num momento de transição entre a hegemonia do Papado, poder até então universalista, e a afirmação do poder singular e secular dos monarcas nacionais - uma das muitas facetas da transição da Idade Média para a Idade Moderna.
Para as negociações do Tratado e a sua assinatura, D. João II de Portugal designou como embaixador a sua prima de Castela (filha de uma infanta portuguesa) a D. Rui de Sousa. Os originais de ambos os tratados estão conservados no Arquivo General de Indias na Espanha e no Arquivo Nacional da Torre do Tombo em Portugal.
   

Nara Leão morreu há trinta anos...

Nara Lofego Leão Diegues (Vitória, 19 de janeiro de 1942 - Rio de Janeiro, 7 de junho de 1989) foi uma cantora brasileira.
  
Biografia
Filha mais nova do casal capixaba (do estado do Espírito Santo) Jairo Leão, advogado, e Altina Lofego Leão, professora. Era descendente de imigrantes da Basilicata que imigraram para o Espírito Santo no século XIX (famílias D'Amico e Lofiego). Nara nasceu em Vitória e mudou-se para a Cidade do Rio de Janeiro quando tinha apenas um ano de idade, com os pais e a irmã, a jornalista Danuza Leão.
Durante a infância, Nara teve aulas de violão com Solon Ayala e Patrício Teixeira, ex-integrante do grupo "Os Oito Batutas" de Pixinguinha. Aos 14 anos, em 1956, resolveu estudar violão na academia de Carlos Lyra e Roberto Menescal, que funcionava em um quarto-e-sala na rua Sá Ferreira, em Copacabana. Aos 18 anos, Nara tornou-se professora da academia.
   
Musa da Bossa Nova
A Bossa Nova nasceu em 1957, quando Nara fazia reuniões no apartamento dos seus pais, localizado no edifício Champ-Elysées, em frente ao posto 4, da Avenida Atlântica, em Copacabana, das quais participavam nomes que seriam consagrados no género, como Roberto Menescal, Carlos Lyra, Sérgio Mendes e Ronaldo Bôscoli.
Daí em diante, Nara se reaproxima de Carlos Lyra, que rompeu a parceria musical com Bôscoli em 1960, e de ideias mais à esquerda. Inicia um namoro com o cineasta Ruy Guerra e casa com ele algum tempo depois. Nessa época passa a se interessar pelo samba de morro.
A estreia profissional se deu quando da participação, ao lado de Vinícius de Moraes e Carlos Lyra, na comédia Pobre Menina Rica (1963). O título de musa da Bossa Nova foi a ela creditado pelo cronista Sérgio Porto. Mas a consagração efetiva ocorre após o golpe militar de 1964, com a apresentação do espetáculo Opinião, ao lado de João do Vale e Zé Keti, um espetáculo de crítica social à dura repressão imposta pelo regime militar. Maria Bethânia, por sua vez, a substituiria no ano seguinte, interpretando Carcará, pois Nara precisara se afastar por estar afónica. Nota-se que Nara Leão vai mudando suas preferências musicais ao longo dos anos 1960. De musa da Bossa Nova, passa a ser cantora de protesto e simpatizante das atividades dos Centros Populares de Cultura da UNE. Embora os CPCs já tivessem sido extintos pela ditadura, em 1964, o espetáculo Opinião tem forte influência do espírito cepecista. Em 1966, interpretou a canção A Banda, de Chico Buarque no Festival de Música Popular Brasileira (TV Record), que ganhou o festival e público brasileiro.
Dentre as suas interpretações mais conhecidas, destacam-se O barquinho, A Banda e Com Açúcar e com Afeto - feita a seu pedido por Chico Buarque, cantor e compositor a quem homenagearia nesse disco homónimo, lançado em 1980.
   
Tropicalismo
Nara também aderiu ao movimento tropicalista, tendo participado do disco-manifesto do movimento - Tropicália ou Panis et Circensis, lançado pela Philips em 1968 e disponível hoje em CD.
  
Vida pessoal
Desde criança se interessava por música, e passou toda sua adolescência envolvida com música: reunia-se com amigos na praia ou em casa, tocava violão e escrevia letras. Em 1957 teve o seu primeiro namorado, Roberto Menescal, seu amigo da época de escola e que frequentava sua casa nas reuniões musicais. O relacionamento terminou de forma amigável em 1958. Mesmo assim, Nara entrou em depressão e contraiu uma hepatite, proveniente de água contaminada. Após muito tempo afastada das aulas, decide abandonar os estudos no segundo ano colegial para se dedicar somente a estudar música.
Neste mesmo ano de 1958 arranjou o seu primeiro emprego: como secretária de redação do “Tablóide UH”, caderno de utilidades comandado por Alberto Dines no jornal Última Hora, jornal esse cujo dono era Samuel Wainer, futuro marido de Danuza Leão e cunhado de Nara. Em menos de um ano, a jovem Nara foi promovida a repórter do tablóide.
Ainda como secretária, Nara conheceu Ronaldo Bôscoli, já que ele também lá como redator, apesar de estar envolvido com a música, o que aproximou os dois. Ele passou a frequentar a casa de Nara nas rodas musicais. Em 1959, Nara e Bôscoli começam a namorar. Nesse período de namoro, Nara começa a se destacar como cantora formado por seu grupo de amigos. O namoro com Bôscoli terminou em 1961, quando ele a traiu com a cantora Maysa, durante uma turnê em Buenos Aires. A jovem entra em depressão e rompeu com Bôscoli, nem mesmo ficando sua amiga. No mesmo ano, começa a namorar o compositor Carlos Lyra, porém, o relacionamento chega ao fim no fim do ano de 1961.
No início de 1962, já se apresentando pelo país com seu grupo de amigos em pequenos shows de bossa nova, conhece um compositor estrangeiro: o luso-moçambicano Ruy Guerra. Os dois começam a namorar. Nesta época passa a se apresentar como cantora solo e de facto profissional em discotecas do Rio. Também grava o seu primeiro disco e começa a se apresentar na televisão.
Em 1963 casa-se civilmente com Ruy Guerra. Nara não se muda de bairro e continua morando com o marido em Copacabana, próxima dos seus pais. Nos anos subsequentes cresce sua fama, novos discos surgem, e ela rompe com a bossa nova, passando a cantar outros géneros musicais, se interessando em cantar samba de morro. No começo fora criticada, por acharem que ela combinava com bossa e ter sempre que cantar bossa, mas depois fora muito aplaudida, pois a sua musicalidade encaixava em qualquer melodia.
Em 1965 o seu casamento chega ao fim, por desentendimentos. A separação oficial é pedida com urgência pela cantora, e o divórcio, que costumava demorar a sair, sai no mesmo ano. Ainda em 65, a cantora passa a ficar mais conhecida, não somente pela sua belíssima voz, mas também pela sua opinião sincera e polémica sobre os assuntos que envolviam o país, como a ditadura, concedendo diversas entrevistas no rádio e na TV.
Em 1966, a cantoria faz férias e viaja por toda a Europa e Nova York com a família. Ao voltar, começa a trabalhar como apresentadora de programas de TV e continua gravando discos e fazendo shows. Neste ano começou a namorar o cineasta Cacá Diegues. Depois de seis meses de namoro, o casal fica noivo.
Em 1967 começa a participar de festivais de música e a fazer shows internacionais. Em 26 de julho casa-se com Cacá Diegues. Os dois continuam vivendo em Copacabana. Com a agenda cheia de compromissos profissionais, o casal adia a viagem de lua de mel, acabando por passá-la no Rio. No fim do ano, surge um convite para Nara cantar em Paris. Entusiasmada, leva o marido junto e lá finalmente eles têm a lua de mel que tanto planearam. Ao voltar para o Rio e por influência do marido, começa a fazer cursos de teatro e a fazer participações como atriz no cinema.
No ano de 1968 começa a apresentar musicais em teatros de Ipanema. Também passa a se envolver mais com política, e junto com o marido, participa de protestos e manifestações públicas contra a ditadura. Nara começa a compor melodias contra o governo militar, indo claramente contra a ditadura, o que passa e incomodar os governantes, que instalaram a censura.
Em 1969, Nara aparece cantando rapidamente no filme dirigido pelo marido,, Os Herdeiros, assim como Caetano Veloso. Diminui os seus shows no Brasil, pois vê-se ameaçada no país: o governo estava mandando prender qualquer um que fosse contra a ditadura. Recebe um convite e viaja para fazer uma temporada de shows em Portugal. Neste ano sua carreira já a estava incomodando, pois não podia ir em nenhum lugar que já era perseguida por fãs. Estava visivelmente estressada.
Em agosto, viaja para Londres, onde nas rádios e TV's locais dá entrevistas dizendo que sua carreira de cantora está encerrada. Ela e o marido voltam ao Brasil, na esperança de estar tudo mais calmo, como noticiavam as rádios. Nara recebe ameaças do governo, de colocá-la na cadeia, por ela ter feito músicas de oposição à ditadura e o marido por dirigir filmes que retratavam o que se passava no país. Assustada, ela e o marido viajam para Paris, onde compram uma casa e passam a viver.
Em 1970 volta atrás em sua decisão e passa a fazer pequenos shows. No início do ano descobre estar grávida, o que é uma grande felicidade, para ela e seu marido, Cacá. Em 28 de setembro de 1970, em Paris, nasce a primeira filha do casal, Isabel. Em abril de 71, Quando a filha completou 7 meses de vida, Nara descobre estar novamente grávida, o que é uma enorme surpresa e emoção a ela e Cacá.
A 1 de janeiro de 1972, Nara e Cacá voltam a morar no Brasil. No dia 17, no bairro de Copacabana, nasce o segundo filho do casal: Francisco.
Nara passa a gravar algumas músicas e participar de pequenos festivais. Não quer mais a agitação da carreira que antes tinha, e passa a se dedicar exclusivamente ao marido e aos filhos. Ainda em 1972 ela faz um dos papeis principais do filme musical de Cacá Diegues, Quando o Carnaval Chegar.
Em 1973 participa como atriz de alguns filmes e passa a fazer pequenos shows pelo Brasil. Neste ano, volta a estudar, e termina o último ano do colegial, atual ensino médio, antigo científico.
Em 1974, grava alguns discos e participa de festivais. Passou no vestibular de Psicologia na PUC-RJ. Ser psicóloga era um antigo desejo que possuía, e seguiria esta profissão, caso não fosse cantora. Agora que tinha diminuído seu ritmo de trabalho, passa a se dedicar aos estudos, filhos e casamento, porem sem deixar a música de lado, sua maior inspiração. De fato, Nara planeava abandonar a música mas não chegou a deixar a profissão de cantora, apenas diminuindo o ritmo de trabalho e modificando o estilo dos espetáculos, pois considerava muito cansativa a vida de uma cantora, já que agora tinha uma família para se preocupar constantemente.
No ano de 1975 fez poucos trabalhos, gravando e lançando apenas um disco, que foi sucesso de vendas, o que a fez ganhar o troféu de Melhor Cantora do Ano.
Em 1976 não trabalhou, e tirou este ano para estudar e cuidar do lar. Em 1977 volta com força total, lançando novos discos, viajando o Brasil participando de espetáculos, fazendo novas amizades no ramo musical, que lhe abriram portas, gravando música de outros cantores, também escrevendo e compondo suas melodias, e se apresentando em rádio e TV.
Por desentendimentos constantes nos último anos, Nara e Cacá divorciam-se mas, de comum acordo, a cantora continuou assinando o sobrenome do marido, Diegues.
No ano de 1978, divulga discos e passa a fazer shows nacionais e internacionais. Os seus estudos na Faculdade de Psicologia têm de ser interrompidos para Nara manter a sua agenda de cantora.
Em 1979, tendo muito sucesso, Nara sentiu-se muito mal, com dores fortes de cabeça, tonturas e desmaio, e ficou internada. A cantora descobre possuir um tumor inoperável no cérebro. Ele surgiu de um coágulo e jamais poderia ser operado, pois estava numa área delicada do cérebro. Caso fosse operada, a cantora faleceria na cirurgia e caso sobrevivesse, teria sequelas, como ficar cega ou paralítica. Apavorada, a partir daí entrou em depressão e começou a tomar remédios fortíssimos para tentar diminuir o tumor, que era benigno. A descoberta desta doença contribuiu para Nara abandonar a carreira musical, mas voltou atrás e, no ano seguinte, regressou com muito sucesso.
Apesar de seu emocional abalado, isso não a fez se entregar a depressão: Nos anos 80 fez muito sucesso, viajando o Brasil e o mundo, lançando novos discos, gravando canções, atuando em musicais no teatro e fazendo parcerias musicais. Nesta época viajou para o Japão, onde divulgou a Música Popular Brasileira. De vez e quando passava mal em algum show, mas logo se restabelecia. Começa a fazer shows sozinha com seu violão, e também volta a se interessar por política, participando de eventos públicos a favor da eleição direta para presidente no Brasil.
Em 1986 a sua saúde piora, passando a ter dores mais fortes de cabeça e esquecimento das coisas que fazia. Sua dose de remédios fora aumentada e descobriu-se que o seu tumor inicialmente cresceu, mas depois diminuiu, porém não desaparecia. Nara passa a maior parte do ano em repouso e internada, apesar de ainda fazer pequenos shows pela Zona Sul do Rio.
Em 1987 e 1988, tem uma considerável melhora de saúde e passa a fazer temporadas de shows em casas noturnas do Rio com alguns integrantes de seu grupo de bossa nova da adolescência.
  
Morte
Em 1989 faz sua última apresentação no Pará. Ao voltar para o Rio, sua saúde piorou e precisou ficar internada por meses, quando o seu tumor cerebral rompeu, ocasionando uma hemorragia. A cantora faleceu na Casa de Saúde São José, no dia 7 de junho.
O seu último disco foi My foolish heart, lançado naquele mesmo ano, interpretando versões de clássicos americanos.
Em 2002, os seus discos lançados anteriormente em LPs foram relançados em duas caixas separadas - uma com o período 1964-1975 e a outra 1977-1989 - trazendo também faixas-bónus e um livreto sobre sua biografia. Mesmo depois de ter morrido há anos, as suas músicas ainda eram sucesso, como até hoje são.
Em 2007, a cantora Fernanda Takai gravou o disco Onde Brilhem os Olhos Seus, onde interpreta canções típicas do repertório de Nara Leão, fazendo assim uma homenagem. Em janeiro de 2012, o seu acervo de fotografias, músicas e documentos foi digitalizado e aberto para consulta.
  

 

Paulo Leminski morreu há trinta anos...

(imagem daqui)
 
Paulo Leminski Filho (Curitiba, 24 de agosto de 1944 - Curitiba, 7 de junho de 1989) foi um escritor, poeta, crítico literário, tradutor e professor brasileiro. Era, também, cinturão-preto de judo.
Biografia
Filho de Paulo Leminski II e Áurea Pereira Mendes, mestiço de pai polaco e mãe negra, Paulo Leminski foi um filho que sempre chamou a atenção pela sua intelectualidade, cultura e genialidade. Estava sempre à beira de uma explosão e assim produziu muito. É dono de uma extensa e relevante obra. Desde muito cedo, Leminski inventou um jeito próprio de escrever poesia, preferindo poemas breves, muitas vezes fazendo haicais, trocadilhos, ou brincando com ditados franceses.
Em 1958, aos catorze anos, foi para o Mosteiro de São Bento em São Paulo e ficou lá o ano inteiro. Participou do I Congresso Brasileiro de Poesia de Vanguarda, em Belo Horizonte, onde conheceu Haroldo de Campos, amigo e parceiro em várias obras. Leminski casou-se, aos dezassete anos, com a desenhista e artista plástica Neiva Maria de Sousa (da qual se separou em 1968). Estreou em 1964 com cinco poemas na revista Invenção, dirigida por Décio Pignatari, em São Paulo, porta-voz da poesia concreta paulista. Em 1965 tornou-se professor de História e de Redação em cursos pré-vestibulares, e também era professor de judo. Classificado em 1966 em primeiro lugar no II Concurso Popular de Poesia Moderna.
Casou-se em 1968 com a também poetisa Alice Ruiz, com quem viveu durante vinte anos. Algum tempo depois de começarem a namorar, Leminski e Alice foram morar com a primeira mulher do poeta e seu namorado, em uma espécie de comunidade hippie. Ficaram lá por mais de um ano, e só saíram com a chegada do primeiro de seus três filhos: Miguel Ângelo (que morreu com dez anos de idade, vítima de um linfoma). Eles também tiveram duas meninas, Áurea (homenagem à sua mãe) e Estrela Ruiz Leminski. De 1969 a 1970 decidiu morar no Rio de Janeiro, retornando a Curitiba para se tornar diretor de criação e redator publicitário.
Dentre suas atividades, criou habilidade de letrista e músico. Verdura, de 1981, foi gravada por Caetano Veloso no disco Outras Palavras. A própria bossa nova resulta, em partes iguais, da evolução normal da MPB e do feliz acidente de ter o modernismo criado uma linguagem poética, capaz de se associar com suas letras mais maleáveis e enganadoramente ingênuas às tendências de então da música popular internacional. A jovem guarda e o tropicalismo, à sua maneira, atualizariam esse processo ao operar com outras correntes musicais e poéticas. Por sua formação intelectual, Leminski é visto por muitos como um poeta de vanguarda, todavia por ter aderido à contracultura e ter publicado em revistas alternativas, muitos o aproximam da geração de poetas marginais, embora ele jamais tenha sido próximo de poetas como Francisco Alvim, Ana Cristina César ou Cacaso. Por sua vez, em muitas ocasiões declarou sua admiração por Torquato Neto, poeta tropicalista e que antecipou muito da estética da década de 1970.
Na década de 1970, teve poemas e textos publicados em diversas revistas - como Corpo Estranho, Muda Código (editadas por Régis Bonvicino) e Raposa. Em 1975 - e lançou o seu ousado Catatau, que denominou "prosa experimental", em edição particular. Além de poeta e prosista, Leminski era também tradutor (traduziu para o castelhano e o inglês alguns trechos de sua obra Catatau, a qual foi traduzida na íntegra para o castelhano).
Na poesia de Paulo Leminski, por exemplo, a influência da MPB é tão clara que o poeta paranaense só poderia mesmo tê-la reconhecido escrevendo belas letras de música, como Verdura.
Músico e letrista, Leminski fez parcerias com Caetano Veloso, o grupo A Cor do Som e o a banda de punk rock Beijo AA Força, entre 1970 e 1989. Teve influência da poesia de Augusto de Campos, Décio Pignatari, Haroldo de Campos, convivência com Régis Bonvicino, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Moraes Moreira, Itamar Assumpção, José Miguel Wisnik, Arnaldo Antunes, Wally Salomão, Antônio Cícero, Antonio Risério, Julio Plaza, Reinaldo Jardim, Regina Silveira, Helena Kolody, Turiba e Ivo Rodrigues, entre outros.
A música estava ligada às obras de Paulo Leminski, uma de suas paixões, proporcionando uma discografia rica e variada.
Entre 1984 e 1986, em Curitiba, foi tradutor de Petrônio, Alfred Jarry, James Joyce, John Fante, John Lennon, Samuel Beckett e Yukio Mishima, pois falava 6 línguas estrangeiras (inglês, francês, latim, grego, japonês, espanhol). Publicou o livro infanto-juvenil ‘’Guerra dentro da gente’’, em 1986, em São Paulo.
Entre 1987 e 1989 foi colunista do Jornal de Vanguarda que era apresentado por Doris Giesse, na Rede Bandeirantes.
Paulo Leminski foi um estudioso da língua e cultura japonesas e publicou, em 1983, uma biografia do poeta nipónico Bashô. Além de escritor, Leminski era também cinturão-preto de judo. A sua obra literária tem exercido marcante influência em todos os movimentos poéticos dos últimos 20 anos.
Morreu em 7 de junho de 1989, em consequência do agravamento de uma cirrose hepática que o acompanhou durante vários anos.
  
   
Sintonia para pressa e presságio
  
Escrevia no espaço.
Hoje, grafo no tempo,
na pele, na palma, na pétala,
luz do momento.
Soo na dúvida que separa
o silêncio de quem grita
do escândalo que cala,
no tempo, distância, praça,
que a pausa, asa, leva
para ir do percalço ao espasmo.
  
Eis a voz, eis o deus, eis a fala,
eis que a luz se acendeu na casa
e não cabe mais na sala.
  
  
Paulo Leminski

Livramento morreu há vinte anos

(imagem daqui)
  
António José Parreira do Livramento, (São Manços, 28 de fevereiro de 1943Lisboa, 7 de junho de 1999), mais conhecido como António Livramento, foi um jogador de hóquei em patins português, considerado por muitos o melhor jogador do Mundo de todos os tempos. Conquistou incontáveis títulos durante a sua longa carreira, tanto de jogador, como de treinador. Entre esses troféus, destacam-se os 3 Mundiais e 7 Europeus, ganhos pela selecção portuguesa, e a Taça dos Campeões Europeus, ganha ao serviço do Sporting.
 
(...)
  
Falecimento
É-lhe feita uma última homenagem em vida, com o seu nome a ser atribuído à Supertaça de Portugal em hóquei em patins, troféu disputado entre o campeão nacional e o vencedor da Taça de Portugal. Morre repentinamente a 7 de junho de 1999, com apenas 55 anos, vítima de uma trombose, deixando o País em choque e comoção, pela perda de uma das suas grandes estrelas.
  
Troféus conquistados 
  
Jogador
Benfica
Sporting
Selecção Nacional

Treinador
Sporting
FC Porto
Selecção Nacional
   
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quinta-feira, junho 06, 2019

El-Rei D. José I nasceu há 205 anos

D. José I de Portugal (nome completo: José Francisco António Inácio Norberto Agostinho de Bragança; Lisboa, 6 de junho de 1714 - 24 de fevereiro de 1777), cognominado O Reformador devido às reformas que empreendeu durante o seu reinado, foi Rei de Portugal da Dinastia de Bragança desde 1750 até à sua morte. Casou, em 1729, com Mariana Vitória de Bourbon, infanta de Espanha.

Biografia
O reinado de José I é sobretudo marcado pelas políticas do seu primeiro-ministro, o Marquês de Pombal, que reorganizou as leis, a economia e a sociedade portuguesas, transformando Portugal num país moderno. A 1 de novembro de 1755, El-Rei José I e a sua família sobrevivem à destruição do Paço Real no Terremoto de Lisboa por se encontrarem na altura a passear em Santa Maria de Belém. Depois desta data, José I ganhou uma fobia de recintos fechados e viveu o resto da sua vida num complexo luxuoso de tendas no Alto da Ajuda, em Lisboa. Outro ponto alto do seu reinado foi a tentativa de regicídio que sofreu a 3 de setembro de 1758 e o subsequente processo dos Távoras. Os Marqueses de Távora, o Duque de Aveiro e familiares próximos, acusados da sua organização, foram executados ou colocados na prisão, enquanto que a Companhia de Jesus foi declarada ilegal e os jesuítas expulsos de Portugal e das colónias.
Quando subiu ao trono, José I tinha à sua disposição os mesmos meios de acção governativa que os seus antecessores do século XVII, apesar do progresso económico realizado no país, na primeira metade do século XVIII.
Esta inadaptação das estruturas administrativas, jurídicas e políticas do país, juntamente com as condições económicas deficientes herdadas dos últimos anos do reinado de João V, vai obrigar o monarca a escolher os seus colaboradores entre aqueles que eram conhecidos pela sua oposição à política seguida no reinado anterior.
Diogo de Mendonça, Corte Real Pedro da Mota e Silva e Sebastião José de Carvalho e Melo passaram a ser as personalidades em evidência, assistindo-se de 1750 a 1755 à consolidação política do poder central e ao reforço da posição do Marquês de Pombal, com a consequente perda de importância dos outros ministros.
Uma segunda fase, de 1756 a 1764, caracteriza-se pela guerra com a Espanha e a França, pelo esmagamento da oposição interna - expulsão dos Jesuítas, reforma da Inquisição e execução de alguns nobres acusados de atentarem contra a vida do rei, entre os quais o duque de Aveiro e o marquês de Távora -, e pela criação de grandes companhias monopolistas, como a do Grão-Pará.
Uma terceira fase, até 1772 é marcada por uma grande crise económica e, até final do reinado, assiste-se à política de fomento industrial e ultramarino e à queda económica das companhias monopolistas brasileiras.
Todo o reinado é caracterizado pela criação de instituições, especialmente no campo económico e educativo, no sentido de adaptar o País às grandes transformações que se tinham operado. Funda-se a Real Junta do Comércio, o Erário Régio, a Real Mesa Censória; reforma-se o ensino superior, cria-se o ensino secundário (Colégio dos Nobres, Aula do Comércio) e o primário (mestres régios); reorganiza-se o exército. Em matéria de política externa, José conservou a política de neutralidade adoptada por seu pai. De notar ainda, o corte de relações com a Santa Sé, que durou 10 anos.
Sucedeu-lhe a filha, a futura Rainha D.ª Maria I de Portugal (Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana de Bragança: Lisboa, 17 de dezembro de 1734 - Rio de Janeiro, 20 de março de 1816) que, antes de assumir o trono, foi Princesa do Brasil, Princesa da Beira e duquesa de Bragança. A continuidade dinástica da Casa de Bragança ficou assegurada com o seu casamento com o irmão do Rei e tio da princesa, o futuro rei Pedro III de Portugal. O casamento foi realizado no Palácio de Nossa Senhora da Ajuda, em Lisboa, a 6 de julho de 1760. Dado o casal já ter filhos quando Maria ascendeu ao trono, passou a ser o Rei Pedro III, sendo ainda o 19.º duque de Bragança, 16º duque de Guimarães e 14.º duque de Barcelos, 12.º marquês de Vila Viçosa, 20º conde de Barcelos, 16.º conde de Guimarães, de Ourém, de Faria, e de Neiva, 22.º conde de Arraiolos. Tiveram quatro filhos e três filhas.
Do seu casamento com Mariana de Espanha teve quatro filhas: