sexta-feira, março 02, 2012

Smetana nasceu há 188 anos

Bedřich Smetana  (Leitomischl - Litomyšl, Boémia Oriental, 2 de março de 1824 - Praga, 12 de maio de 1884), foi um compositor checo. Sua obra mais famosa é O Moldava (Vltava) do poema sinfónico Minha Pátria (Má Vlast).

Estudou piano e violino desde pequeno, e sofreu resistências da família pela opção de carreira na área da música. Estudou música em Praga e foi contratado como músico numa família de nobres. O compositor Franz Liszt, em 1848, apoiou-o para criar a sua própria escola de música.
Em Setembro de 1855, Smetana perdeu a sua filha Bedřiska, então com quatro anos de idade, perdendo outro filho nove meses depois. Deprimido, Smetana passou a dedicar-se à composição. Desta época data o seu «Trio para violino, violoncelo e piano em sol menor» (op. 15).
No ano seguinte, Smetana mudou-se para Gotemburgo, na Suécia, onde permaneceu até 1863. Durante esse período realizou muitos recitais e concertos.
Bedřich, devido à tensão nervosa e à sífilis, começou a ficar surdo em março de 1874, aos 50 anos, aquando da estreia da sua ópera «As Duas Viúvas». Alguns meses depois, a 20 de outubro de 1874, ficou afectado por surdez total. Ainda viveu 10 anos na mais completa surdez, compondo ainda muita música, tal como o poema sinfónico «Minha Pátria» («Má Vlast»), com a parte musical mundialmente conhecida «O Moldava» («Vltava»), em sol maior, de 1874, evocando o rio Moldava ou Vltava – afluente do rio Elba – , bem como as óperas «O Beijo» (1876), «O Segredo» (1878) e «A Parede do Diabo» (1882). Smetana é considerado como o pai da escola musical checa. Antonín Dvořák será o seu seguidor.
Smetana é, juntamente com Ludwig van Beethoven e Fauré, um dos compositores que escreveram música em total surdez.
Faleceu em 1884 num manicómio na cidade de Praga, surdo e acometido de problemas neurológicos decorrentes de sífilis.


Rory Gallagher nasceu há 64 anos

Rory Gallagher (2 de março de 194814 de junho de 1995) foi um multi-instrumentista e compositor irlandês. Foi considerado o 57º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone.

É irlandês de nascimento e iniciou o seu sucesso como guitarrista, após formar o power trio Taste em 1965. O Taste foi uma banda irlandesa de blues pesado e com elementos de jazz e rock, que alcançou fama no final dos anos 1960. Após participar do Festival da Ilha de Wight em 1970, famoso festival do qual também participaram Jimi Hendrix, The Who, Emerson, Lake & Palmer, Miles Davis e muitos outros, ele encerrou a banda, formou um power trio com Gerry McAvoy, baixista que o acompanhou por quase toda a sua carreira e Wilgar Campbell na bateria e partiu para uma vitoriosa carreira solo.
Lançou seu primeiro álbum, chamado apenas Rory Gallagher e a partir daí, sua carreira começou a avançar e no mesmo ano de 1971 lançou seu segundo álbum, chamado Deuce onde o objetivo principal era gravar as músicas como um show ao vivo e o resultado foi um álbum com pouca produção e totalmente elétrico. Palavras do próprio Rory: "Eu amo tocar para o povo. O público significa muito para mim. Não é uma coisa vazia. Eu amo gravar também, mas preciso de um contacto regular e frequente com o público, porque ele me dá energia!!!" Daí é possível entender o por quê da gravação de Deuce ao vivo no estúdio e sem overdubs. É desse disco a canção Crest of a Wave que tem uma melodia fantástica, um vocal poderoso, forte e um solo de "slide" onde Rory mostra um pouco de sua técnica com sua Fender Stratocaster, sem pedais, que o acompanhou por toda carreira desde os 15 anos de idade e também In Your Town, que se tornou um clássico de seu repertório.
Sentindo e sabendo que o seu potencial ao vivo era fantástico, Rory gravou vários shows de sua tournée de 1972 e lançou o álbum Live! in Europe. Esse disco ficou entre os tops na Inglaterra e levou a Rory ser eleito músico do ano pelo jornal Melody Maker e também foi eleito o melhor guitarrista deste mesmo ano. Esse disco foi o primeiro dele lançado no Brasil. O disco é uma pedrada e abre com uma faixa (Messin' With The Kid) cujo trabalho de guitarra, poderia tranquilamente ser classificado como uma aula. Em 1974, agora com Rod de'Ath na bateria e Lou Martin nos teclados, lançou um de seus discos mais conhecidos; o duplo e também ao vivo, Irish Tour que também virou um filme. Neste Rory esta mais visceral e mais largado como ele gostava de ser. Rory era um guitarrista de poucos efeitos e conhecia como poucos, timbragens de um instrumento e um bom amplificador. Tanto que seus amplificadores principais, um Vox AC30 e um Fender Bassman, viraram febre muitos anos depois.
A trajetória de Rory Gallagher seguiu com mais 14 trabalhos, entre eles o disco Calling Card, de 1976, seu 8º álbum, que foi gravado em Munique, na Alemanha e produzido por Roger Glover, baixista do Deep Purple. Certa vez, Roger Glover lembrando as gravações com Rory disse: "…uma vez, tarde da noite, Rory estava ao microfone, no estúdio, fazendo uma espécie de sermão, como um pastor, chamando a todos para repetir suas palavras e chamando a Deus. Isto durou toda a noite sempre com muita bebida e risadas. É isto que fez dele um grande astro, um grande performer ou seja, a sua habilidade em divertir o público, independente da ocasião."
Em 1978, Rory voltou ao formato de power trio e recrutou Ted McKenna, ex-baterista da Alex Harvey Band. Gravaram o álbum Photo Finish, com um trabalho maravilhoso de slide guitar. Com esta formação, Rory ainda gravou mais dois discos e depois deu uma parada, vindo a lançar mais tres álbuns, sendo o último Fresh Evidence em 1990.
Infelizmente, depois de 16 álbuns gravados, muitos shows e grande reconhecimento dentro da comunidade musical, Rory Gallagher faleceu em 14 de junho de 1995, depois de contrair uma infecção hospitalar, quando se recuperava de uma cirurgia de transplante de fígado. Bono Vox (U2) na época falou: “Rory foi um dos grandes guitarristas de todos os tempos e um grande cavalheiro, uma pessoa muito simples.” Em seu enterro, pelas ruas de Cork, cidade irlandesa, Rory foi reverenciado por uma multidão. Rory Gallagher pôs a Irlanda no mapa da música rock mundial, foi um dos grandes guitarristas do rock e do blues e merecia muito mais que apenas a lembrança de seus fãs.


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Jon Bon Jovi - 50 anos!

Jon Bon Jovi (nome artístico de John Francis Bongiovi, Perth Amboy, 2 de março de 1962) é um cantor e músico dos Estados Unidos da América. Nasceu em Perth Amboy, mas aos 4 anos de idade juntamente com a família Bongiovi, descendente de italianos, o pai John Bongiovi, a mãe Carol Bongiovi e os irmãos mais novos, Matt e Anthony, se mudou para a cidade que hoje é conhecida por ele ter passado a infância e adolescência, a cidade de Sayreville, Nova Jérsei.
É o líder da banda Bon Jovi, que mantém algumas características do estilo hard rock dos anos 80 até hoje, mas assimilou influências dos variados estilos surgidos no rock e heavy metal desde o seu álbum de estreia, em 1984. Sua banda já vendeu mais de 130 milhões de álbuns em todo o mundo. A banda Bon Jovi ao passar dos anos veio a se tornar uma das bandas mais bem sucedidas da história do rock, quando se trata de tournés pelo mundo, sua marca, músicas em seriados, e aparições em programas de TV, a banda em 2011 foi eleita pela revista Rolling Stone como a segunda banda de rock mais cara do planeta, perdendo o topo para os irlandeses, os U2.

O poeta Luis de Montalvor morreu há 55 anos

(imagem daqui)

Poeta, ensaísta e editor português, de nome verdadeiro Luís Filipe de Saldanha da Gama da Silva Ramos, nascido a 31 de janeiro de 1891, em S. Vicente, Cabo Verde, e falecido a 2 de março de 1947, em Lisboa. Como editor e colaborador de Orpheu, em 1915 - onde publica, no número 1, Introdução, editorial que sublinha o carácter elitista do projeto estético que une o grupo de Orpheu, e, no número 2, o poema "Narciso" -, o seu nome inscreve-se no primeiro modernismo, no que esse movimento representou de continuidade e redescoberta do simbolismo-decadentismo. É nesse sentido que, ao fundar, no ano seguinte, Centauro, publica, a título programático relativamente à publicação, a "Tentativa de um ensaio sobre a Decadência", onde apela para uma recuperação do simbolismo, cuja breve explicação baseia numa teoria dos símbolos, bebida em Maeterlinck, movimento literário enaltecido por conter uma "teoria de libertação", "um fundo espiritual poético e misterioso, mais adiante identificado como "flor da arte decadente": ser-se decadente "É ser-se, enfim, andrógino e equívoco de qualquer maneira. É ser-se, enfim, todos, sem ser o que todos são, [...] Só são decadentes os que receberam o mandato de Deus e da Beleza [...]". É, aliás, nas páginas de Centauro, e na sequência desta reflexão, que publica os poemas inéditos de Camilo Pessanha (posteriormente recolhidos em Clepsidra, 1920), como expressão mais pura do simbolismo português. Vindo ainda a colaborar em Presença, Exílio, Athena, Contemporânea, Sudoeste, Cadernos de Poesia e Seara Nova, Luís de Montalvor desenvolveu simultaneamente uma atividade editorial de especial relevância cultural, se considerarmos o impacto que a leitura dos modernistas teve para as gerações poéticas dos anos 40 e 50, ao encetar, na editorial e livraria Ática, fundada pelo próprio em 1942, a publicação e divulgação das obras completas de Fernando Pessoa e de Mário de Sá-Carneiro. A sua poesia, esparsamente publicada, foi coligida postumamente, em 1960, e revela, sobretudo a partir da sua aproximação ao grupo de "Orpheu", uma íntima conexão com uma estética decadentista-simbolista. Numa abordagem mais modernista, publicou Noite de Satan e A Caminho, e, em colaboração com Diogo de Macedo, A Arte Indígena Portuguesa (1935).
ENTARDECER

Sol-posto ungindo o mar: incensos de ouro!

Recolhe funda a tarde em sonho e mágoa.
Surdina fluida: anda o silêncio a orar –
E há crepúsculos de asas e, na água,
O céu é mármore extático a cismar!

E nas faces marmóreas dos rochedos
Esboçam-se perfis,
- Cintilações,
Penumbra de segredos!

Ó painéis de nuvens sobre a terra,
Ogivas delirantes
Na água refractando…
Encheis de sombra o mar de espumas rasas,
Iniciando
A hora pânica das asas!

E, à meia luz da tarde,
Na areia requeimada,
São vultos sonolentos
As proas dos navios…

Ó tristeza dos balões
Iluminando,
Na água prateada,
Os pegos e baixios…

Dormentes constelações
Que, em fundos lacustres
E musgosos,
Pondes reverberações
Em nossos olhos ansiosos.

Ó tardes de aquático esplendor,
Descendo em meu olhar!

Num sonho de regresso,
Numa ânsia de voltar,
Em mim todo me esqueço
E fico-me a cismar.

A tarde é toda um sonho moribundo.
É já olor da cor que amorteceu.
O céu vive no mar: sono profundo.
A asa do rumor no ar adormeceu!


Luís de Montalvor

A Música está de luto...

Aos 68 anos
Morreu Lucio Dalla, um dos músicos italianos mais importantes

Lucio Dalla estava em digressão
 
Lucio Dalla, considerado um dos mais importantes cantautores italianos, morreu nesta quinta-feira de ataque cardíaco em Montreux, na Suíça, onde estava em digressão. O músico tinha 68 anos, completaria 69 no próximo dia 4.

Nascido em Bolonha, Lucio Dalla, com dezenas de discos editados, é autor de temas mundialmente conhecidos como “Gesùbambino” (que Chico Buarque gravou como “Minha História” ou “Caruso”, uma homenagem à lenda da opera Enrico Caruso, e que foi várias vezes interpretada por Pavarotti.

“Lucio morreu esta manhã, depois do concerto de ontem à noite”, escreveu em comunicado a agência Midas Promotions, responsável pela série de concertos que o italiano tinha marcado para a Suíça.

Muito respeitado no meio, Lucio Dalla começou a sua carreira na música na década de 1960. Em 1966 editou o seu primeiro álbum com a banda “The Flippers” e em 1979 ganhou o reconhecimento não só nacional como internacional com o disco homónimo, que vendeu mais de um milhão de cópias.

“Estou em choque. Ele era um grande amigo de Luciano. Um grande artista e uma grande homem com uma sensibilidade enorme. Esteve sempre perto de mim nos momentos difíceis”, disse Nicoletta Mantovani, viúva de Pavarotti, à AFP.

Também no Twitter e na imprensa italiana têm-se multiplicado as mensagens de homenagem a Lúcio Dalla que, em 2005, passou por Portugal, num concerto em que se apresentou em palco com músicos da Academia do Fado.

“Não posso acreditar que a notícia da morte de Lucio Dalla seja verdade. Ele foi o primeiro artista italiano que me viu cantar num restaurante de Bolonha quando eu tinha oito anos. Nunca mais me esqueci da sua das suas belas palavras de encorajamento”, escreveu no seu Twitter a cantora italiana Laura Pausini.

Para o presidente da Republica italiano, Giorgio Napolitano, Lucio Dalla foi um músico que “ajudou a renovar a promover a música italiana no mundo”. “Era um artista amado por muitos italianos de diferentes gerações”, escreveu em comunicado o Napolitano, recordando os encontros que teve com Lucio Dalla, “o último deles foi em Bolonha num evento de caridade”.

Lucio Dalla estava em digressão a apresentar o seu último trabalho, o álbum “Questo è amore”, que saiu para as lojas no ano passado. A digressão estava prevista terminar a 30 de março, em Berlim.

in Público - ler notícia

quinta-feira, março 01, 2012

Roger Daltrey, vocalista da banda britânica The Who, faz hoje 68 anos

Roger Harry Daltrey (Londres, 1 de março de 1944) é um cantor de rock, mais conhecido como fundador e vocalista da banda britânica The Who. Além de seu trabalho com o grupo, Daltrey obteve grande êxito como artista solo e ator, participando de diversos filmes, peças de teatro e séries de televisão.


BIOGRAFIA

Primórdios
Daltrey nasceu na área de Shepherd's Bush em Londres, a mesma vizinhança de classe média de onde surgiram seus colegas de banda Pete Townshend e John Entwistle. Ele demonstrou um futuro acadêmico promissor na escola estadual inglesa, ficando entre os primeiros de sua classe nos exames que o levaram à Acton County Grammar School. Seus pais, Harry e Irene, esperavam que Roger continuasse os estudos até a faculdade, mas obedecer regras e aprender com seus professores não estava nos planos do auto-proclamado "rebelde de escola".
Ele construiu sua primeira guitarra de um bloco de madeira e formou uma banda chamada The Detours. Quando seu pai lhe deu uma guitarra Epiphone em 1959, Daltrey se tornou o guitarrista base do grupo. Logo depois, não se interessando em nada além do rock and roll, foi expulso do colégio, se tornando metalúrgico durante o dia enquanto praticava e se apresentava noite dentro com a banda em casamentos, pubs e clubes masculinos. Nesta época o Detours consistia de Roger na guitarra base, Pete Townshend na guitarra rítmica, John Entwistle no baixo, Doug Sandom na bateria e Colin Dawson nos vocais. Depois que Dawson deixou o grupo, Daltrey assumiu os vocais e Townshend passou para a guitarra base.
No princípio Daltrey era o líder da banda, ganhando a reputação de usar seus punhos para exercer controle quando necessário, apesar de sua baixa estatura. Era ele quem geralmente selecionava as músicas a serem apresentadas, incluindo canções dos Beatles, de artistas da Motown, James Brown e alguns clássicos do rock. Em 1964 ele também decidiu na escolha de um novo nome para o grupo, nome este sugerido por Richard Barnes, colega de quarto de Townshend: "The Who".

The Who
Com o primeiro contrato de estúdio firmado em 1965, Townshend passou a compor material original para o grupo, enfraquecendo aos poucos a liderança de Daltrey. Enquanto Townshend se transformava em um dos mais refinados compositores do rock, os vocais de Daltrey foram se tornando o veículo através do qual as visões de Townshend eram expressadas, e ele ganhou uma reputação inigualável de vocalista. Seu hábito de girar o microfone pelo fio durante os shows da banda se tornou a marca registrada de sua exuberância. No auge do sucesso do The Who, Daltrey era o rosto e a voz da banda enquanto eles se definiam como os últimos rebeldes de uma geração em processo de mudança.
Apesar de tudo, Daltrey via-se repetidamente tendo de lutar para se manter no The Who ao mesmo tempo que tentava evitar a dissolução do grupo, se envolvendo em brigas com os outros integrantes e até mesmo senso expulso por um breve período em 1965 após brigar com Keith Moon. Mas com o sucesso do compacto "My Generation" e uma agenda de shows a ser cumprida, a banda não viu outra alternativa a não ser permitir sua volta, com a condição de que Roger se tornasse um sujeito mais pacífico. A partir de então ele se transformou no alvo predileto das brincadeiras de Keith.
Também eram frequentes os conflitos com Pete Townshend sobre a liderança e a direção a ser tomada pelo The Who, conflitos que acabaram culminando em agressão física durante um ensaio de Quadrophenia em 1973. Mas, foi necessário apenas um soco para Townshend cair desmaiado. A dupla voltaria a se bater em 1975, desta vez por meio de entrevistas a semanários musicais. As diferenças aparentemente só chegaram a termos após a morte de Entwistle em 2002 e a prisão de Townshend em 2003, quando Daltrey demonstrou um apoio total ao colega. Em 2005 ele voltou a morar em Londres, na mesma vizinhança de Richmond onde Townshend vive, e atualmente os dois trabalham em mais um álbum do The Who.

Carreira solo
Embora considerasse o The Who sua principal ambição na vida, Daltrey chegou a lançar oito álbuns solo, carreira que ele definia como sendo apenas um "passatempo".
Daltrey, de 1973, veio após lançamentos individuais de John Entwistle e Pete Townshend. Emplacou um sucesso entre as cinco mais no Reino Unido, "Giving It All Away", além de entrar no Top 50 nos Estados Unidos. Foi também a estréia de Leo Sayer como compositor, que posteriormente seguiria carreira musical.
Outro lançamento de impacto foi McVicar, de 1980. Trilha sonora do filme homônimo, foi produzido por Daltrey e contou com participações de todos os integrantes do The Who - Townshend, Entwistle e Kenney Jones - sendo quase considerado um lançamento da banda. Foi o álbum mais vendido de Daltrey.
Seu último sucesso foi com Under a Raging Moon de 1985, que alcançou repercussão graças ao compacto "After The Fire" e a faixa-título, uma homenagem ao baterista Keith Moon, falecido em 1978.

Carreira de ator
Entre suas participações em mais de 30 longa-metragens, Daltrey estrelou os filmes McVicar, sobre o assaltante transformado em escritor, Tommy, que narra as desventuras de um garoto cego, mudo e surdo, e Liztomania, sobre o compositor húngaro Franz Liszt. No teatro, Daltrey participou de montagens do Mago de Oz e Um Conto de Natal. Já na TV, foi convidado especial em inúmeras séries e especiais, como "That 70's Show" Sliders, Witchblade e Highlander. Em 2003 ele estrelou a série televisiva Extreme History, onde recriava as experiências vividas pelos grandes exploradores da história.


Glenn Miller nasceu há 108 anos

Major Glenn Miller em serviço no exército norte-americano

Alton Glenn Miller (Clarinda, 1 de março de 1904 - 15 de dezembro de 1944) foi um músico de jazz norteamericano e bandleader na era do swing. Ele foi um dos artistas de mais vendas entre 1939 e 1942, liderando uma das mais famosas Big Bands.

Após ter estudado na Universidade de Colorado, em 1926 Miller transformara-se num trombonista profissional na banda de Ben Pollack. Por volta de 1930, já era um reconhecido músico independente de Nova Iorque. Mais tarde transformou-se num organizador de orquestras ligeira masculinas, sobretudo das dos irmãos Dorsey, iniciada em 1934, e de Ray Noble, organizada em 1935. Depois de ter tentado infrutiferamente formar a sua própria orquestra em 1937, acabou por o conseguir no ano seguinte e em finais de 1939 era já um famoso director de orquestra ligeira. Ingressou no exército americano durante a Segunda Guerra Mundial, tendo-lhe sido dado o posto de capitão, sendo promovido mais tarde a major e a director da banda da força aérea do Exército dos Estados Unidos na Europa. Ao voar de Inglaterra para Paris, desapareceu; não tendo os corpos nem os destroços dos ocupantes do avião em que viajava sido avistados ou recuperados.
Os triunfos de Miller nos salões de dança basearam-se em orquestrações doces executados meticulosamente. O som do trombone de Miller, imediatamente reconhecível e muito copiado, baseava-se em princípios musicais muito simples, como foram todos os seus grandes sucessos, incluindo a sua própria composição, "Moonlight Serenade" que nasceu de um exercício que tinha escrito para Joseph Schillinger. Os seus dois filmes realizados em Hollywood, Sun Valley Serenade, de 1941, e Orchestra Wives, no ano seguinte, não deixaram de contribuir para aumentar a sua reputação, mas o factor mais importante para a continuação do seu reconhecimento foi a saída, em 1953, do filme biográfico, um pouco aligeirado The Glenn Miller Story.
Alguns críticos afirmam que o contributo do jazz para a música da sua orquestra foi insignificante, mas outros consideram que o seu som representa o paradigma da música popular do seu tempo

Após sua morte, a Glenn Miller Orchestra foi reconstituída sob a direção de Tex Beneke, saxofonista, cantor e um dos amigos mais próximos de Miller. Anos depois a família de Miller, tendo seguido caminhos distintos de Beneke, contratou Ray McKinley (baterista da banda da Força Aérea do Exército dos Estados Unidos liderada por Miller) para organizar uma nova "banda fantasma" em 1956, banda esta que continua a se apresentar até os dias de hoje.


Ryan Peake, dos Nickelback, faz hoje 39 anos

Ryan Peake nascido Ryan Anthony Peake (1 de março de 1973) é o guitarrista e segunda voz da banda Nickelback.
Com uma trajetória de banda grande desde o primeiro álbum foi protagonista de sucessos gigantescos como "Someday", "Savin´me", "Figured you out", "If everyone cared", "Rockstar", entre outros.
Ajudou a banda a conseguir várias multiplatinas na América, Europa e Ásia e é um guitarrista que faz parte de uma das últimas bandas atuais que fizeram parte da história e marcaram o rock com ritmos famosos. Escrevem músicas para que as pessoas pensem não apenas em aproveitar o que têm, mas também para pensar no próximo e ter ética.


Kesha faz hoje 25 anos

Kesha Rose Sebert (Los Angeles, 1 de março de 1987), mais conhecida pelo nome artístico Kesha (estilizado Ke$ha) é uma cantora e compositora pop dos Estados Unidos. Começou sua carreira em 2005 como backing vocal, e em 2009 fechou contrato com a RCA Records.

Ke$ha nasceu em Los Angeles, California, mas viveu em Nashville, Tennessee, até os 18 anos, quando voltou a sua cidade natal, onde reside atualmente. A cantora, é filha de Pebe Sebert, uma cantora de punk rock do anos 70, e tem 2 irmãos, o mais velho Lagan Sebert e o mais novo Louie Sebert. Pebe levou a família para Nashville, Tennessee, em 1991, depois de garantir um acordo de publicação de suas novas composições.
Ela assinou um contrato com a RCA Records/Sony BMG no final de 2008.
Aos dezoito anos, Kesha assinou com Luke's, gravadora e companhia de publicidade da música. Seis meses depois de organizar Paris Hilton em sua casa, Luke's deu a Kesha a oportunidade de cantar vocais de fundo para o single de Hilton, "Nothing In This World". Em 2006, assinou com a empresa Kesha David Sonenberg de gestão, DAS Communications Inc., pouco interagindo com Luke's depois disso. DAS foi incumbida de obter um negócio, no período de um ano em troca de 20 por cento de sua renda a música, com ela tendo a opção de terminar o relacionamento se eles falharam. Ela co-escreveu um single de The Veronicas, "This Love" com Toby Gad. Ke$ha está realizando sua entrada no cenário musical há bastante tempo: teve músicas na trilha de programas como My Super Sweet 16 e The Hills, co-escreveu a canção "This Love" para as The Veronicas, fez backing vocal para Britney Spears e Paris Hilton, aparece no videoclipe da música "I Kissed a Girl" da cantora Katy Perry. Sua família, que é do estado do Tennessee, hospedou as socialites Paris Hilton e Nicole Richie na 3ª temporada do reality show The Simple Life. Também escreveu a canção "The Time of Our Lives" para Miley Cyrus e "Disgusting" para Miranda Cosgrove. Os desenhos animados americanos "The Simpsons" alteraram a sua abertura para uma versão com a música "Tik Tok" no episódio de 2 de maio de 2010.

Seu álbum de estreia Animal foi lançado em 1 de janeiro de 2010 nos Países Baixos em 30 de janeiro do mesmo ano no resto do mundo. A Rolling Stone resumiu o álbum como "repugnante, nojento e ridiculamente cativante". Ao mesmo tempo o álbum estreou no número um na Billboard 200. Kesha trabalhou com uma variedade de produtores e escritores como Dr. Luke, Max Martin e outros. Kesha assinou um contrato de vários álbuns com a gravadora RCA através do Dr. Luke, depois de negociações com a Lava Records e a Atlantic Records. Tendo passado os últimos seis anos trabalhando em seu álbum de estreia, começou dando os retoques finais para o álbum com Luke e Max Martin. O álbum narra os quatro anos que passou em Los Angeles como uma batalhadora cantora e compositora. O álbum teve produção executiva por Dr. Luke, que produziu a maioria das músicas com combinações de Martin e Benny Blanco. O álbum é principalmente do género dance-pop com batidas electro e sintetizadores, marcando uma mudança no som de Dr. Luke de seu pop rock produções de assinatura, que ele atribuiu a Kesha que estava convencido de que não haja guitarras usadas na gravação. O álbum vendeu 152 mil cópias na primeira semana nos Estados Unidos. O seu álbum de estreia Animal vendeu mais de 2 milhões de cópias no mundo inteiro. Também em 2010 a cantora lançou sua primeira coletânea chamada Animal + Cannibal uma junção de seu álbum de estreia Animal e seu primeiro extended play (EP) Cannibal.
Seu primeiro single, "TiK ToK", lançado em 7 de agosto de 2009, alcançou ótimos números, sendo tocado diversas vezes em várias rádios. Esteve nove semanas na primeira posição da Billboard Hot 100, e se tornou a música de maior sucesso de Kesha até momento. A canção foi produzida por Dr. Luke e Benny Blanco e co-escrito por Blanco, Dr. Luke e Kesha. "Tik Tok" foi eleita a música do ano pela revista Billboard. A canção vendeu 12,8 milhões de cópias digitais em todo o mundo, tornando-se a melhor venda de single do ano, que vendeu 5,633 milhões de downloads nos Estados Unidos. O segundo single do álbum "Blah Blah Blah" que conta com a participação da dupla 3OH!3 estreou no top dez nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, na mesma semana que o álbum, devido ao grande número de vendas digitais.
"Your Love Is My Drug" também alcançou sucesso, fixando-se na quarta posição da Billboard Hot 100 e a primeira posição em vários países. E "Take It Off" alcançou um sucesso semelhante, alcançando o top dez de muitos países. Ke$ha também trabalhou com o grupo de eletropop 3OH!3, o cantor Taio Cruz e cantora Katy Perry durante a produção do disco.
Para dar suporte ao seu álbum de estreia Animal Ke$ha fez uma participação abrindo os shows na abertura da tournée Last Girl on Earth Tour da cantora Rihanna em 16 de abril de 2010.

Em 19 de novembro de 2010 Ke$ha lançou seu primeiro extended play (EP) Cannibal. O EP é um relançamento do seu álbum anterior, Animal. Originalmente, seria apenas um relançamento do álbum Animal, mas foi lançado tanto como EP quanto como uma edição deluxe do álbum anterior. Kesha trabalhou com vários produtores e escritores, como o Dr. Luke como produtor executivo, Benny Blanco, Ammo, Max Martin, Bangladesh e outros. O uso em excesso de Auto-Tune é uma critica semelhantes em todos os trabalhos da cantora.
O primeiro single do álbum, é a música "We R Who We R" que foi lançada no dia 25 de Outubro de 2010, a canção junto com Tik Tok ficou em primeiro lugar na parada americana Billboard Hot 100. O álbum tem quase o mesmo estilo do Animal, com músicas electro-pop e músicas muito leves, incluindo um remix de Animal, faixa-título de seu primeiro álbum. "Blow" foi lançado como segundo single em 8 de Fevereiro de 2011 e seu videoclipe em 25 de Fevereiro de 2011. Becky Bain do site "Idolator" considerou o vídeo um "lixo magnífico", e chamou o diálogo do vídeo entre Kesha e o ator James Van Der Beek, "a melhor cena de diálogo em um video em toda a história de videos musicais". Bill Lamb, de About.com escreveu que "Blow" "tem alguns dos diálogos mais engraçados palavra falada na memória recente em um clipe da música". Lamb chamou a escrita de vídeo de encantadora, "videos como este são um sinal de que Ke$ha está aqui para ficar por algum tempo. Apenas tente evitar ser encantado." Em 8 de novembro de 2010 Kesha anunciou em seu site oficial sua primeira turnê solo, para divulgar seu EP Cannibal Get Sleazy Tour vai visitar a América do Norte e Austrália.
Em 2011 Kesha escreveu a canção "Till the World Ends" para ó sétimo álbum de estúdio da cantora Britney Spears que mais tarde foi lançado como single. Também foi lançado uma versão em remix que conta com a participação da própria Kesha e da rapper Nicki Minaj.

Kesha citou músicos de uma variedade de diferentes géneros como influências musicais, incluindo Beck Hansen, Queen, Madonna, Aaron Neville, Beastie Boys, The Damned, The Velvet Underground, Talking Heads e Blondie. Ela destacou os Beastie Boys como uma grande influência, dizendo a Newsweek que ela sempre quis ser como eles e queria para fazer também "jovem, irreverente hinos". Ela também chamou seu primeiro álbum, Animal uma homenagem aos Licensed to Ill álbum dos Beastie Boys e creditado a criação do rap driven "Tik Tok" para o seu amor para o Beastie Boys na música rap. Vanity Fair descobriu que havia semelhanças entre os temas das "celebrações frathouse de festa, bebida e sexo casual" no Animal e Licensed to Ill, enquanto MTV destacou a música "Dinosaur" como sendo tão "over-the-top" como qualquer coisa de Licensed to Ill, sugerindo que Kesha tinha enchido o "bobo da corte" o papel que os Beastie Boys já haviam desocupado.
Ela tem escrito créditos em cada faixa do álbum e defendeu sua decisão de fazer música pop em entrevista, explicando que "as pessoas ficam tão pretensiosa sobre música pop, então eu sinto como eu estou lutando esta batalha. Meu recorde é honesto e divertido. É uma celebração da juventude e da vida e sair e ficar louco. Eu sou irreverente sobre a não-pretensioso e vai tomar no c* boa diversão!" Kesha disse que se considera uma "compositora em primeiro lugar", tendo também escrito para Britney Spears e Miley Cyrus. Animal é do género dance-pop, que incorpora elementos do electropop em sua produção. Ele varia de alta energia pistas de dança pop, baladas eletrónicas.
Kesha utiliza um estilo de cantar a canção-rap sobre um certo número de suas canções, ela admitiu que havia começado como uma brincadeira, principalmente em seu single de estreia "Tik Tok". The New York Times afirmou que a música representava "a completa assimilação e indolor do rapper branco do sexo feminino na música pop." O Los Angeles Times comparou o estilo vocal que a de L'Trimm e Salt-n-Pepa. Kesha tem sido criticado por usar o Auto-Tune e vocoders para distorcer sua voz em seu álbum Animal. Billboard disse que os vocais processados ​​pesadamente "[feito] é difícil dizer se [Kesha pode] realmente cantar."
As letra de Kesha são simples e baseada em suas experiências de vida e influenciado pelo estilo de contar histórias da música country. Ela pediu que os críticos não levassem suas letras a sério, como em "Tik Tok", onde ela tem sido criticada por referências de escovar os dentes com uma garrafa de uísque Jack Daniel's. Ela explicou que:
Cquote1.svg Todo mundo está muito ofendido com isso. Mas vamos lá, escovar os dentes com Jack Daniel's: que garota faz isso?, As pessoas é tipo: 'Você realmente defende escovar os dentes com bourbon?' Eu sou tipo, 'Sim, na verdade, eu faço, todos os dias, para todos. Especialmente oito anos de idade.' Quer dizer, o que você está falando? Claro que não. Venha." Cquote2.svg
'
Kesha também expressou frustração com o duplo padrão para a objetivação das mulheres na música. Assim, em canções como "Blah Blah Blah" e "Boots and Boys", ela faz questão de cantar os homens mesma forma, assim como os homens cantam sobre as mulheres.

A discografia de Kesha é composta de um álbum de estúdio, um extended play, seis singles como artista principal, bem como três singles como artista convidada. Na idade de dezoito anos, Kesha assinou com a gravadora de Dr. Luke. Para se estabelecer, ela cantou os vocais de fundo e escreveu canções para outros artistas, e enquanto trabalhava em seu álbum de estreia, acabou fazendo sua descoberta no início de 2009, com o single de Flo Rida "Right Round", que alcançou o número um.
O álbum de estreia de Kesha, Animal, lançado em janeiro de 2010, liderou as paradas canadenses, gregas e americanas, estreando em número um em sua primeira semana na Billboard 200. O álbum vendeu 152 mil cópias, das quais as vendas digitais representaram um recorde de 76% para maiores vendas digitais versus vendas físicas de um álbum número um. O álbum gerou quatro singles, sendo o single de estreia, "Tik Tok", que foi lançado em 7 de agosto de 2009. Ele alcançou o número um em onze países e recebeu certificação de platina na Austrália, Canadá, Alemanha e Nova Zelândia. Nos Estados Unidos, a canção chegou ao topo da Billboard Hot 100 durante nove semanas consecutivas, e a partir de Julho de 2010, vendeu cinco milhões de cópias. "Blah Blah Blah", "Your Love Is My Drug" e "Take It Off" foram lançados como o segundo e terceiro singles do álbum. Todas as três músicas atingiram o top dez em vários países e receberam as certificações de ouro e platina na Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos.


Camilo Pessanha morreu há 86 anos

Camilo Almeida Pessanha (Coimbra, 7 de setembro de 1867 - Macau, 1 de março de 1926) foi um poeta português.
É considerado o expoente máximo do simbolismo em língua portuguesa, além de antecipador do princípio modernista da fragmentação.

Vida
Tirou o curso de direito em Coimbra. Procurador Régio em Mirandela (1892), advogado em Óbidos, em 1894, transfere-se para Macau, onde, durante três anos, foi professor de Filosofia Elementar no Liceu de Macau, deixando de leccionar por ter sido nomeado, em 1900, conservador do registro predial em Macau e depois juiz de comarca. Entre 1894 e 1915 voltou a Portugal algumas vezes, para tratamento de saúde, tendo, numa delas, sido apresentado a Fernando Pessoa que era, como Mário de Sá-Carneiro, apreciador da sua poesia.
Publicou poemas em várias revistas e jornais, mas seu único livro Clepsidra (1920), foi publicado sem a sua participação (pois se encontrava em Macau) por Ana de Castro Osório, a partir de autógrafos e recortes de jornais. Graças a essa iniciativa, os versos de Pessanha se salvaram do esquecimento. Posteriormente, o filho de Ana de Castro Osório, João de Castro Osório, ampliou a Clepsidra original, acrescentando-lhe poemas que foram encontrados. Essas edições foram publicadas em 1945, 1954 e 1969.
Apesar da pequena dimensão da sua obra, é considerado um dos poetas mais importantes da língua portuguesa. Camilo Pessanha morreu no dia 1 de março de 1926 em Macau.

Caraterísticas estéticas
Além das características simbolistas que sua obra assume, já bem conhecidas, Camilo Pessanha antecipa alguns princípios de tendências modernistas.
Camilo Pessanha buscou em Charles Baudelaire, proto-simbolista francês, o termo “Clepsidra”, que elegeu como título do seu único livro de poemas, praticando uma poética da sugestão como proposta por Mallarmé, evitando nomear um objeto direta e imediatamente.
Por outro lado, segundo o pesquisador da Universidade do Porto Luís Adriano Carlos, o seu chamado "metaforismo" entraria no mesmo rol estético do imagismo, do inteseccionismo e do surrealismo, buscando as relações analógicas entre significante e significado por intermédio da clivagem dinâmica dos dois planos. Junto de sua fragmentação sintática, que segundo a pesquisadora da Universidade do Minho Maria do Carmo Pinheiro Mendes substitui um mundo ordenado segundo leis universalmente reconhecidas por um mundo fundado sobre a ambiguidade, a transitoriedade e a fragmentação, podemos encontrar na obra de Camilo Pessanha, de acordo com os dois autores citados, duas características que costumam ser mais relacionadas à poesia moderna que ao Simbolismo mais convencional.


Canção da Partida

Ao meu coração um peso de ferro
Eu hei de prender na volta do mar.
Ao meu coração um peso de ferro... Lançá-lo ao mar.
Quem vai embarcar, que vai degredado,
As penas do amor não queira levar...
Marujos, erguei o cofre pesado, Lançai-o ao mar.
E hei de mercar um fecho de prata.
O meu coração é o cofre selado.
A sete chaves: tem dentro uma carta...
- A última, de antes do teu noivado.
A sete chaves, - a carta encantada!
E um lenço bordado... Esse hei de o levar,
Que é para o molhar na água salgada
No dia em que enfim deixar de chorar.

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Clepsidra - Camilo Pessanha

Vergílio Ferreira morreu há 16 anos


(imagem daqui)

Vergílio António Ferreira (Melo, 28 de janeiro de 1916 - Lisboa, 1 de março de 1996) foi um escritor português.
Embora formado como professor (veja-se a referência aos professores de Manhã Submersa e Aparição), foi como escritor que mais se distinguiu. O seu nome continua actualmente associado à literatura através da atribuição do Prémio Vergílio Ferreira. Em 1992, foi galardoado com o Prémio Camões.
A sua vasta obra, geralmente dividida em ficção (romance, conto), ensaio e diário, costuma ser agrupada em dois períodos literários: o Neo-realismo e o Existencialismo. Considera-se que Mudança é a obra que marca a transição entre os dois períodos.

Vergílio Ferreira nasceu em Melo, aldeia do concelho de Gouveia, na Beira Alta, a meio da tarde do dia 28 de Janeiro de 1916, filho de António Augusto Ferreira e, de Josefa Ferreira que, em 1927, emigraram para os Estados Unidos da América, em busca de melhores condições de vida. Então, o pequeno Vergílio é deixado mais os irmãos, ao cuidado de tias maternas. Esta dolorosa separação é descrita em Nitido Nulo. A neve - que virá a ser um dos elementos fundamentais do seu imaginário romanesco é o pano de fundo da infância e adolescência passadas na zona da Serra da Estrela. Aos dez anos, após uma peregrinação a Lourdes, entra no seminário do Fundão, que frequentará durante seis anos. Esta vivência será o tema central de Manhã Submersa.
Em 1932, deixa o seminário e acaba o Curso Liceal no Liceu da Guarda. Entra para a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, continuando a dedicar-se à poesia, nunca publicada, salvo alguns versos lembrados em Conta-Corrente e, em 1939, escreve o seu primeiro romance, O Caminho Fica Longe. Licenciou-se em Filologia Clássica em 1940. Concluiu o Estágio no Liceu D.João III (1942), em Coimbra. Começa a leccionar em Faro. Publica o ensaio "Teria Camões lido Platão?" e, durante as férias, em Melo, escreve "Onde Tudo Foi Morrendo". Em 1944, passa a leccionar no Liceu de Bragança, publica "Onde Tudo Foi Morrendo" e escreve "Vagão "J"" que, publicou em 1946; no mesmo ano em que se casou, com Regina Kasprzykowsky, professora polaca que se encontrava refugiada em Portugal da guerra e, com quém Vergílio ficaria até à sua morte. Após uma passágem pelo liceu de Évora (onde escreveu o mundialmente conhecido romance Manhã Submersa, corria o ano de 1953), fixa-se como docente em Lisboa, leccionando o resto da sua carreira no Liceu Camões.
Em 1980, o realizador Lauro António adapta para o cinema, o romance Manhã Submersa e, Vergílio Ferreira intrepreta um dos principais papéis, o de Reitor do Seminário, contracenando assim com outros grandes vultos da cena portuguesa, tais como: Eunice Muñoz, Canto e Castro, Jacinto Ramos e Carlos Wallenstein. Vergílio morreu no dia 1 de março de 1996, em sua casa, em Lisboa, na freguesia de Alvalade. O funeral foi realizado no cemitério de Melo, sua terra-natal e, a seu pedido, o caixão fora enterrado na ala do cemitério com vista para a Serra da Estrela.


Yitzhak Rabin nasceu há 90 anos


Quinto primeiro-ministro de Israel, no cargo entre 1974 e 1977, regressou ao cargo em 1992, exercendo funções até 1995, ano em que foi assassinado. Foi também o primeiro chefe de governo a ter nascido no território que se tornaria Israel e o segundo a morrer durante o exercício do cargo.

Judeu, filho de pai nascido nos Estados Unidos e mãe nascida na Rússia, ambos imigrados para a então Palestina, Yitzhak Rabin nasceu em Jerusalém mas quando tinha um ano de idade a sua família mudou-se para Tel-Aviv, onde cresceu e frequentou a escola.
Em 1941, já formado pela Escola de Agricultura Kadoorie, ingressa na Haganá, uma organização paramilitar judaica, e dentro desta no seu corpo de elite, o Palmach, onde foi oficial de operações. Durante a Guerra de Independência (1948-1949) comandou a brigada Harel que conquistou a parte Ocidental de Jerusalém. Com o cessar fogo de 1949, foi membro da delegação israelita nas negociações de paz com o Egipto.
Em 1948 contraiu matrimónio com Lea Schlossberg, sua esposa durante os seguintes 47 anos. O casal teve dois filhos, Dalia (Pelossof-Rabin) e Yuval.
Entre 1964 e 1968 exerceu as funções de Chefe do Estado-Maior do Exército israelita, tendo sido um dos responsáveis pela vitória de Israel na guerra de 1967, que o opôs o país aos seus vizinhos árabes.
Após se aposentar das Forças de Defesa de Israel, tornou-se embaixador nos Estados Unidos entre os anos de 1968 e 1973. Nesse ano regressa a Israel, onde é eleito deputado no Knesset (Parlamento), pelo Partido Trabalhista.
Foi Ministro do Trabalho no governo de Golda Meir. Com a queda do governo de Meir, em 1974, Rabin é eleito primeiro-ministro, mas demite-se em 1977.
Entre 1985 e 1990 é membro dos governos de unidade nacional, onde desempenhou as funções de Ministro da Defesa, tendo implementado a retirada das forças israelitas do sul do Líbano. Apanhado desprevenido pela Intifada de dezembro de 1987, tenta, sem sucesso, reprimir o levantamento dos palestinianos ordenando que os soldados quebrem os ossos dos manifestantes. Na ocasião, recebeu o pejorativo apelido de "quebra-ossos".
Em 1992 foi eleito líder do Partido Trabalhista, que conduz à vitória nas eleições legislativas de julho desse ano, tornando-se primeiro-ministro pela segunda vez. Desempenhou um importante papel nos Acordo de Paz de Oslo, que criaram uma Autoridade Nacional Palestiniana com algumas funções de controle sobre a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. Em outubro de 1994 assinou o tratado de paz com a Jordânia.
Foi galardoado com o Nobel da Paz em 1994 pelos seus esforços a favor da paz no Oriente Médio, honra que partilhou com o seu Ministro dos Negócios Estrangeiros, Shimon Peres, e com o então líder da OLP, Yasser Arafat.
No dia 4 de novembro de 1995 foi assassinado pelo estudante judeu ortodoxo Yigal Amir, militante de extrema-direita que se opunha às negociações com os palestinianos, quando participava num comício pela paz na Praça dos Reis (hoje Praça Yitzhak Rabin) em Tel Aviv. A sua viúva faleceu em 2000 de cancro no pulmão. O túmulo do casal encontra-se no cemitério do Monte Herzl, Jerusalém em Israel.