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domingo, abril 07, 2024

El Greco morreu há quatrocentos e dez anos...


Doménikos Theotokópoulos (em grego: Δομήνικος Θεοτοκόπουλος), mais conhecido como El Greco, "O Grego" (Fodele, Iráclio, 1541 - Toledo, 7 de abril de 1614), foi um pintor, escultor e arquiteto grego que desenvolveu a maior parte da sua carreira na Espanha. Assinava as suas obras com o nome original, em grego, para realçar a sua origem.
Nasceu em Creta, que naquela época pertencia à República de Veneza e era um centro artístico pós-bizantino. Treinou ali e tornou-se um mestre dentro dessa tradição artística, antes de viajar, aos vinte e seis anos, para Veneza, como já tinham feito outros artistas gregos. Em 1570 mudou-se para Roma, onde abriu um ateliê e executou algumas séries de trabalhos. Durante a sua permanência na Itália, enriqueceu seu estilo com elementos do maneirismo e da renascença veneziana. Mudou-se finalmente em 1577 para Toledo, na Espanha, onde viveu e trabalhou até sua morte. Ali, El Greco recebeu diversas encomendas e produziu suas melhores pinturas conhecidas.
O estilo dramático e expressivo de El Greco foi considerado estranho por seus contemporâneos, mas encontrou grande apreciação no século XX, sendo considerado um precursor do expressionismo e do cubismo, ao mesmo tempo em que a sua personalidade e trabalhos eram fonte de inspiração de poetas e escritores como Rainer Maria Rilke e Nikos Kazantzakis. El Greco é considerado, pelo modernos estudiosos, como um artista tão individual que não o consideram como pertencente a nenhuma das escolas convencionais. É mais conhecido por suas figuras tortuosamente alongadas e uso frequente de pigmentação fantástica ou mesmo fantasmagórica, unindo tradições bizantinas com a pintura ocidental.
Na sua época teve somente dois seguidores de seu estilo: o seu filho Jorge Manuel Theotokópoulos e Luis Tristán

El entierro del Conde de Orgaz - El Greco, 1587
         

Almada Negreiros nasceu há cento e trinta e um anos

  
José Sobral de Almada Negreiros (Trindade, 7 de abril de 1893 - Lisboa, 15 de junho de 1970) foi um artista multidisciplinar, pintor, escritor, poeta, ensaísta, dramaturgo e romancista português ligado ao grupo modernista. Também foi um dos principais colaboradores da Revista Orpheu.
 
“Auto-retrato com Boné”, óleo sobre tela de Almada-Negreiros, circa 1927
 
 
...)

Em 1952 expõe individualmente na Galeria de Março (exposição inaugural dessa galeria) e participa na Exposição de Arte Moderna (Lisboa). Dois anos mais tarde pinta a primeira versão de Retrato de Fernando Pessoa para o restaurante Irmãos Unidos. Em 1957 participa na I Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian, sendo galardoado com um prémio extra concurso. Ainda dentro da colaboração com Pardal Monteiro, entre 1957 e 1961 realiza grandes painéis decorativos para as fachadas de vários edifícios da Cidade Universitária de Lisboa (Faculdade de Direito; Faculdade de Letras; Reitoria). Em 1960 dá uma série de entrevistas, publicadas no Diário de Notícias, onde de algum modo encerra o seu "itinerário espiritual" e retoma a questão da reconstrução do Painéis de São Vicente de Fora; em 1963 expõe na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa, e nesse mesmo ano é alvo de homenagem por ocasião do seu septuagésimo aniversário, sendo publicada a primeira monografia sobre a sua obra, da autoria de José Augusto França. Encomendas e atividades diversas preenchem os anos finais, entre as quais se destacam as tapeçarias para a Exposição de Lausana, para o Tribunal de Contas e para o Hotel Ritz, Lisboa; uma série de gravuras em vidro acrílico (1963) e cenários para o «Auto da Alma», de Gil Vicente, no Teatro Nacional de São Carlos, a sua última participação no teatro. É condecorado com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada a 13 de julho de 1967. Em 1968-1969 realiza o painel Começar, para o átrio do edifício sede da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa. Em julho de 1969 faz a sua derradeira intervenção pública, participando no programa televisivo Zip-Zip.
Morre em Lisboa, a 15 de junho de 1970, no mesmo quarto em que faleceu Fernando Pessoa, no Hospital de São Luís dos Franceses, no Bairro Alto.
  
   
Átrio do edifício das Matemáticas - Universidade de Coimbra
 
Retrato de Fernando Pessoa, 1954, óleo sobre tela
 
  

 

Rondel do Alentejo

 

Em minarete
mate
bate
leve
verde neve
minuete
de luar.

Meia-noite
do Segredo
no penedo
duma noite
de luar.

Olhos caros
de Morgada
enfeitava
com preparos
de luar.

Rompem fogo
pandeiretas
morenitas,
bailam tetas
e bonitas,
bailam chitas
e jaquetas,
são de fitas
desafogo
de luar.

Voa o xaile
andorinha
pelo baile,
e a vida
doentinha
e a ermida
ao luar.

Laçarote
escarlate
de cocote
alegria
de Maria
la-ri-rate
em folia
de luar.

Giram pés
giram passos
girassóis
os bonés,
os braços
estes dois
iram laços
o luar.

colete
esta virgem
endoidece
como o S
do foguete
em vertigem
de luar.

Em minarete
mate
bate
leve
verde neve
minuete
de luar.

 

Almada Negreiros

sábado, abril 06, 2024

Rafael nasceu há 541 anos - e morreu há 504 anos...

Rafael Sanzio, Autorretrato

Rafael Sanzio (em italiano: Raffaello Sanzio; Urbino, 6 de abril de 1483 - Roma, 6 de abril de 1520), frequentemente referido apenas como Rafael, foi um mestre da pintura e da arquitetura da escola de Florença durante o Renascimento italiano, celebrado pela perfeição e suavidade de suas obras. Também é conhecido por Raffaello Sanzio, Raffaello Santi, Raffaello de Urbino ou Rafael Sanzio de Urbino. Juntamente com Miguel Ângelo e Leonardo Da Vinci forma a tríade de grandes mestres do Alto Renascimento.
      

Jeanne Hébuterne, a companheira de Modigliani, nasceu há 126 anos...

      
Jeanne Hébuterne (Arras, 6 de abril de 1898 - Paris, 25 de janeiro de 1920) foi uma pintora francesa.
   
Biografia
Jeanne Hébuterne nasceu a 6 de abril de 1898 em Arras, no norte da França. O seu pai, Achille Casimir Hébuterne, trabalhava como chefe de perfumaria da loja de departamentos Bon Marché, era um ardente admirador de Pascal, lia sempre fragmentos da sua obra enquanto a família descascava batatas para o jantar, o que sempre irritou a Jeanne. O seu irmão, André Hébuterne (1894-1992), ao escolher a arte como profissão, causou a primeira rutura na conhecida respeitabilidade dos seus pais. Quando Jeanne seguiu o seu irmão no caminho da arte, escolheu estudar na Academia Colarossi, na rua Grande Chaumière, desde pequena mostrou aptidão para a pintura e para o desenho. Possuía estilo próprio e criava suas próprias roupas. De acordo com o escultor Leon Indebaum, Jeanne no era una luminaria de la vida de los cafés sino una figura menor, interesante por sus exóticos turbantes, su capa marrón y sus botas altas.
Por influência de seu irmão, conheceu Tsuguharu Foujita (1886-1968) pintor francês de ascendência japonesa, personagem característico de Montparnasse, sendo retratada por ele diversas vezes. Jeanne tinha a rosto pálido e ovalado com grandes olhos azuis, usava grandes tranças, era considerada uma mulher tímida, porém de olhar intrigante.
Em 1917, Jeanne conheceu o pintor Amedeo Modigliani no Café de La Rotonde, todos disputavam para saber quem ficaria primeiro com Jeanne, e como Modigliani tinha a fama de mulherengo, ganhou. Primeiro ele desenhou-a, em seguida a levou para um hotel miserável e pintou-a, depois dormiram juntos, tinha ela apenas dezoito anos. Modigliani, que era treze anos mais velho do que ela, era um homem muito considerado e com charme. Começaram a encontrar-se imediatamente e acabaram apaixonando-se. Em 29 de novembro de 1918 dá a luz a uma menina, que recebe o mesmo nome da mãe, Jeanne Modigliani (1918-1984), sendo reconhecida como filha por Modigliani.
No final de junho de 1919, informa Modigliani que estava grávida novamente, ao que este, surpreendido, teria dito: "Não temos sorte!". É afastada da sua família, por escolher viver com Modi. Logo fica comprometida a casar-se com o pintor. A vida do casal não era um mar de rosas e Modigliani tinha a saúde debilitada, devido a uma tuberculose mal curada e ao consumo excessivo de álcool e drogas. Em janeiro de 1920 trouxeram Modigliani, com febre e delirando, não tinha carvão e nem água, era necessário descer até o pátio para tirar água do poço, Jeanne grávida de nove meses, estava muito fraca, quase não tinham comida, pois alimentavam-se apenas de sardinhas enlatadas. Ficaram esquecidos por todos e trancados no estúdio durante uma semana. Modigliani delirava e Jeanne desenhava-se a si mesma.
  
Morte
No dia 21 de janeiro de 1920, quando o pintor Ortiz de Zárate apareceu no estúdio e horrorizado, fez com que Modigliani fosse internado no Hospital de la Charité. Jeanne, atordoada, é levada a casa dos pais, sendo a última vez que viu Modigliani com vida, pois ele morre no dia 24 de janeiro, de tuberculose meningítica, aos 35 anos de idade. Ortiz levou a triste notícia a Jeanne, que estava quase em trabalho de parto. Na manhã seguinte, ela foi até ao hospital para ver Amedeo. Quando entrou no quarto em que o corpo estava, aproximou-se e olhou para ele durante um longo período. Depois, segundo Francis Carco, cortaram a mecha do cabelo de Jeanne e colocaram-no sobre o peito do seu amado, saindo em seguida, sem dizer uma palavra.
À tarde, Jeanne volta para a casa dos seus pais na rua Amyot, nº 8. O seu irmão, André, passa grande parte da noite no quarto de Jeanne em sua companhia, porém, com a proximidade do amanhecer, ele adormece. Jeanne, companheira devotada e grávida de nove meses do segundo filho, aproveita o momento e atira-se de costas do quinto andar da casa de seus pais, tinha 21 anos. O corpo de Jeanne foi recolhido por um homem que o levou até o apartamento da família. Apavorado, André Hébuterne não quis recebê-lo e ordenou que o levasse ao ateliê de Modigliani. O corpo fora então transportado numa carroça até o ateliê da Grand Chaumière , contudo a zeladora recusou-se a recebê-lo. De novo aquele homem com compaixão exemplar conduziu os pobres e rejeitados restos pelo bairro até a delegacia. A polícia acabou com a grotesca peregrinação mostrando uma ordem que obrigava a zeladora do estúdio a receber a defunta. E ali ficou abandonado o corpo de Jeanne.
Uma amiga de Jeanne da École des Arts Décoratifs e da Academia Colarossi, Chantal Quenneville e Jeanne Léger, esposa do pintor Fernand Léger foram até ao ateliê. A visão da jovem dotada de tão incondicional amor por Amadeo transtornou-as. Léger foi buscar uma enfermeira para limpar e vestir o corpo.
O enterro de Modigliani, no dia 27 de janeiro de 1920, foi um estrondoso acontecimento público, onde a essa alturas suas obras já haviam experimentado uma vertiginosa valorização, do nada à glória. O corpo de Jeanne Hébuterne foi sepultado no mesmo dia, às escondidas e em penosa solidão, pelos pais, no cemitério de Bagneux. A sua filha foi criada pelas irmãs de Modigliani, e cresceu sem saber o que ocorrera com os pais. Apenas nove anos depois, o irmão mais velho de Modigliani conseguiu convencer a família Hébuterne a trasladar os restos mortais de Jeanne e do seu filho que não nasceu para o cemitério do Père Lachaise, onde, transfigurados pela imaginação e pela lenda, descansam enfim juntos.
Os trabalhos de Jeanne foram guardados pelo seu irmão André, a sete chaves, e apenas em 2000 foram mostrados em público, numa exposição na Itália, com uma sala reservada apenas para obras do casal.
    
Autorretrato
       

Albrecht Durer morreu há 496 anos

    
Albrecht Dürer (Nuremberga, 21 de maio de 1471 - Nuremberga, 6 de abril de 1528) foi um gravador, pintor, ilustrador, matemático e teórico de arte alemão e, provavelmente, o mais famoso artista do Renascimento nórdico, tendo influenciado artistas do século XVI no seu país e nos Países Baixos. A sua mestria como pintor foi o resultado de um trabalho árduo e, no campo das artes gráficas, não tinha rival. As suas xilogravuras, consideradas revolucionárias, são ainda marcadas pelo estilo gótico. É considerado como o primeiro grande mestre da técnica da aguarela, principalmente no que diz respeito à representação de paisagens. Os seus interesses, no espírito humanista do Renascimento, abrangiam ainda outros campos, como a geografia, a arquitetura, a geometria e a fortificação.
Conseguiu chamar a atenção do imperador Maximiliano I para o seu trabalho, tendo sido por ele nomeado pintor da corte em 1512. Viveu, provavelmente, duas vezes na Itália em adulto. Em 1520, depois da morte do imperador, partiu para os Países Baixos, visitou muitas das cidades do norte e conheceu pintores e homens de letras, como Erasmo de Roterdão. Nos seus últimos anos, em Nuremberga, partindo de estudos de teoria da Arte italianos de autores que o antecederam, ocupou-se principalmente com a elaboração de tratados sobre a medida e proporções humanas, perspetiva e geometria como elementos estruturantes da obra de arte.
Chegou até nós uma quantidade apreciável de documentos pessoais e autobiográficos, como cartas, textos e desenhos acompanhados de anotações minuciosas que permitem uma boa compreensão da sua obra. Esta documentação é ainda enriquecida por diversas fontes que derivam da fama conquistada por Dürer numa idade relativamente jovem.
  
O cavaleiro, a morte e o diabo, 1513, gravura em metal, Museu Boymans Van Beuningen, Roterdão
      

sexta-feira, abril 05, 2024

Fragonard nasceu há 292 anos

"A Inspiração" (1769), auto-retrato
  
Jean Honoré Fragonard (Grasse, 5 de abril de 1732 - Paris, 22 de agosto de 1806) foi um pintor francês, cujo estilo rococó foi distinguido por sua notável facilidade, exuberância e hedonismo. Um dos mais prolíficos artistas ativos nas últimas décadas do Antigo Regime, Fragonard produziu mais de 550 pinturas (sem contar desenhos e águas-fortes), das quais apenas cinco são datadas. Entre suas obras mais populares estão as pinturas de género, que transmitem uma atmosfera de intimidade e erotismo.
  
Le verrou, 1780
  

quinta-feira, abril 04, 2024

O pintor Maurice de Vlaminck nasceu há 148 anos

André Derain (esquerda) e Vlaminck (direita), 1942

  

Maurice de Vlaminck (Paris, 4 de abril de 1876 - Rueil-la-Gadelière, 11 de outubro de 1958) foi um pintor francês. Ao lado de André Derain e Henri Matisse, é considerado um dos principais artistas do movimento fauvista, caracterizado pela distorção das formas e das cores em suas obras.

O pintor é considerado um dos mais audazes do Fauvismo no exagero das formas e das cores. De Vlaminck pinta paisagens não-realistas, colorindo-as com amarelos e vermelhos que se contrastam violentamente. Não se assemelha a pintura subtil de Monet e nem às faces macias das mulheres de Renoir.
 
Maurice de Vlaminck. The River Seine at Chatou, 1906, Metropolitan Museum of Art
    

Bateaux sur la Seine), 1905-06
  

Roque Gameiro nasceu há cento e sessenta anos...

Auto Retrato

 

Alfredo Roque Gameiro (Minde, 4 de abril de 1864 - Lisboa, 5 de agosto de 1935) foi um pintor e desenhador português, especializado na arte da aguarela

Estudou na Academia de Belas Artes de Lisboa, onde foi aluno de Manuel Maria de Macedo, José Simões de Almeida e Enrique Casanova. Frequentou também a Escola de Artes e Ofícios de Leipzig, como bolseiro do Governo português, onde estudou litografia com Ludwig Nieper. De regresso a Portugal, em 1886, dirigiu a Companhia Nacional Editora e em 1894 foi nomeado professor na Escola Industrial do Príncipe Real. Com o seu nome existem três instituições em Portugal, duas delas na Amadora: a Escola Roque Gameiro (2º e 3º ciclo do Ensino Básico) e a "Casa Roque Gameiro" residência do artista e da família (atualmente espaço de exposições do município); a outra existe em Minde, sua terra natal: o Centro de Artes e Ofícios Roque Gameiro, que inclui o Museu de Aguarela Roque Gameiro. A maioria das suas obras encontra-se no acervo do Museu de Minde (obras pertencentes ao museu e obras de familiares e da Fundação Gulbenkian em depósito).

Tem colaboração artística em diversas publicações periódicas: em 1884 o seu nome surge no periódico Lisboa creche: jornal miniatura; seguem-se o jornal humorístico A Comédia Portuguesa, começado a editar em 1888, o semanário Branco e Negro (1896-1898) e as revistas Brasil-Portugal (1899-1914), Serões (1901-1911), Atlântida (1915-1920) e Arte e Vida (1904-1906). Ilustrou, juntamente com Manuel de Macedo (1839-1915), a Grande edição ilustrada de Os Lusíadas, publicada em Lisboa, pela Empreza da História de Portugal, em 1900.

Casou em Lisboa, Sacramento, com Maria da Assunção de Carvalho Forte (Lisboa, Pena - ?), filha de Manuel Forte e de sua mulher Guilhermina de Carvalho, com descendência.

Roque Gameiro não deixou apenas uma vasta coleção de obras; deixou também uma família de artistas. Todos os seus cinco filhos foram importantes artistas por direito próprio:

 

Retrato do El-Rei Carlos I por Alfredo Roque Gameiro

 

quarta-feira, abril 03, 2024

Bartolomé Esteban Murillo morreu há 342 anos

Autor-retrato
  
Bartolomé Esteban Perez Murillo (Sevilha, 31 de dezembro de 1618 - Cádiz, 3 de abril de 1682) foi um pintor barroco espanhol, talvez, o que melhor define o barroco espanhol. Nasceu em Sevilha, onde passou a maior parte da sua vida. O dia exato do seu nascimento é-nos desconhecido, mas terá, provavelmente, nascido no(s) último(s) dia(s) do ano, já que foi batizado a 1 de janeiro de 1618, na Igreja da Madalena. Era costume na Idade Moderna, batizar as crianças no dia seguinte ou somente alguns dias após o seu nascimento, como tal é normal que os especialistas façam tal afirmação.
O seu pai chamava-se Gaspar Esteban e era barbeiro. A sua mãe chamava-se Maria Pérez Murillo. Estes e Esteban Murillo integravam uma família muito numerosa, sendo Murillo o décimo-quarto filho do casal. Mesmo assim, a situação económica da família era bastante boa e, como tal, formavam uma família feliz.
Porém o seu pai morreu em 1627 e a sua mãe poucos meses mais tarde. Assim, Murillo ficou ao cuidado da sua irmã Ana, que era casada com um barbeiro de nome Juan Agustín de Lagares. As relações entre Murillo e o cunhado eram muito boas.
Murillo iniciou a sua aprendizagem artística com o seu (suposto) tio, Juan del Castillo. Del Castillo não era um artista de primeira, mas os seus trabalhos eram respeitados no ambiente artístico sevilhano.
Os primeiros quadros de Murillo eram muito influenciados pelo estilo do seu mestre, Del Castillo, como se pode apreciar no quadro A "Virgem do Rosário, com São Domingo".
Em 1645 recebeu a sua primeira encomenda importante: treze quadros para um claustro do Convento de São Francisco, em Sevilha. Nestas obras demonstrou uma notável influência de Van Dyck, Ticiano e Peter Paul Rubens. Foi também neste ano que Murillo casou, a 26 de fevereiro, com uma jovem sevilhana de 22 anos, Beatriz Cabrera y Villalobos, na famosa Igreja da Madalena. Durante os dezoito anos de duração do matrimónio tiveram uma ampla descendência: um total de nove filhos.
O êxito alcançado com as pinturas no claustro do Convento de São Francisco motivou o aumento do número de encomendas.
Porém, em 1649 a peste assolou Sevilha, tendo morrido quatro dos filhos de Esteban Murillo. Mesmo assim, as encomendas continuaram a bom ritmo.
Em 1658 Murillo mudou-se para Madrid, onde tomou contacto com a pintura flamenga e veneziana e, para além disso, conheceu Velázquez, Francisco de Zurbarán, Alonso Cano, entre outros artistas madrilenos. Mas, no final do mesmo ano, voltou para a sua cidade natal.
As encomendas continuaram e o reconhecimento aumentou. Tal contribuiu para que Murillo pudesse desfrutar de uma boa situação económica, complementada com as propriedades dele e da sua mulher e ainda com a existência de uma escrava.
O ano de 1660 foi de grande importância para o pintor, tendo fundado a Academia de Desenho de Sevilha, em parceria com Francisco de Herrera el Mozo. Três anos mais tarde, a sua mulher Beatriz faleceu, devido ao seu último parto.
Em 1665, teve início o seu período mais produtivo, ou seja, o período em que recebeu mais encomendas. Neste ano, a fama alcançada por Murillo estendeu-se por todo o país, chegando à corte madrilena, onde, segundo Palomino, o próprio rei Carlos II convidou-o a estabelecer-se em Madrid.
Em 1681 mudou-se para a paróquia de Santa Cruz, onde recebe a sua última encomenda: vários retábulos da igreja do Convento de Santa Catalina de Cádiz. Quando trabalhava nesta encomenda, sofreu uma grave queda, que resultou na sua morte, alguns meses mais tarde, já no ano de 1682.
Em sua honra, os populares fizeram um enorme funeral. Para se ter ideia da sua fama, o seu caixão foi carregado por dois marqueses e quatro cavaleiros. Na atualidade Murillo continua a ser um pintor muito conhecido.
 
O regresso do filho pródigo, Washington, National Gallery of Art
 

São João Batista e o "Cordeiro", finais do século XVII
  

terça-feira, abril 02, 2024

O pintor pré-rafaelita William Holman Hunt nasceu há 197 anos...

Autorretrato, 1867, Galleria degli Uffizi, Florença

William Holman Hunt (Londres, 2 de abril de 1827 - Londres, 7 de setembro de 1910) foi um pintor inglês.
Fundou, juntamente com Dante Gabriel Rossetti e John Everett Millais, em 1848, a Irmandade Pré-Rafaelita, um grupo artístico entre o espírito do revivalista do romantismo e as novas vanguardas do século XX.
 
The Scapegoat, 1854, Lady Lever Art Gallery
 

The Hireling Shepherd, 1851, City of Manchester Art Galleries

O pintor surrealista Max Ernst nasceu há 133 anos

 

Max Ernst (Brühl, 2 de abril de 1891 - Paris, 1 de abril de 1976) foi um pintor alemão, naturalizado norte-americano e depois francês. Também praticou a poesia entre os surrealistas, movimento do qual fez parte. Seu filho foi Jimmy Ernst.

 

 

Max Ernst, Ubu Imperator, 1923, Musée National d'Art Moderne, Centre Pompidou, Paris

 

in Wikipédia

Samuel Morse morreu há cento e cinquenta e dois anos

  
Samuel Finley Breese Morse (Charlestown, 27 de abril de 1791 - Nova Iorque, 2 de abril de 1872) foi um inventor, físico e pintor de retratos e cenas históricas norte-americano. Tornou-se mundialmente célebre pela suas invenções: o código Morse e o telégrafo com fios, em 1844.
Era filho de um pastor protestante chamado Jedidiah Morse e de Breese Elizabeth, de Nova Jersey, numa família com grandes tradições puritanas.
 
Vida

Morse nasceu em Charlestown no ano de 1791. Começou os seus estudos na Academia Phillips, de Andover, e terminou-os em 1810, na Universidade de Yale, e, mais tarde, interessou-se pelo estudo de física e de química, embora a pintura o tenha atraído desde a adolescência. Mais tarde, aos catorze anos, começou a interessar-se pela eletricidade. Esta última atrai-o muito, mas apenas como forma de estudo.

Ainda na época de colégio, Morse escreveu uma carta aos pais dizendo que queria se tornar um pintor. Os pais, preocupados com o futuro do filho, preferiram transformá-lo num vendedor de livros em Charlestown. Desse modo, Morse passou a vender livros de dia e a pintar à noite. Ante a persistência do artista, os pais decidiram mandar o filho para Londres para que estudasse artes na Royal Academy em 1811 com o conceituado pintor em Benjamin West.
 
Telégrafo
Em 1825 Morse estava na Cidade de Nova Iorque realizando um retrato de Lafayette, na ocasião do início da pintura um mensageiro a cavalo chegou, trazendo notícias de seu pai, que diziam: "A sua querida esposa está convalescente". No dia seguinte Morse recebe outra carta de seu pai detalhando que a sua esposa sofreu uma morte súbita. Morse deixa então o retrato inacabado e retorna para New Haven. Após este facto de desencontro de notícias Morse decide explorar meios de conseguir uma comunicação de longa distância. A partir de 1832 começa a desenvolver um tipo de telégrafo com fio. 
 
Cronologia 

Em 1815, Morse retornou à América e montou um estúdio em Boston, Massachusetts.

Ao retornar aos Estados Unidos, casou-se em 1818 e, logo em seguida, vieram os filhos: dois meninos e uma menina. Morse lutava com dificuldades, uma vez que à época não havia muitos interessados em retratos.

Em 1823 finalmente se estabeleceu em Nova York.

Em 1825, após o falecimento da sua esposa, Morse retornou à Europa, levando os seus filhos e a cunhada.

Em 1826 fundou uma sociedade artística que, em breve, se transformou na Academia Nacional de Desenho. A partir de 1832 ensinou pintura e escultura na Universidade de Nova Iorque, atingindo a fama de excelente retratista. 

Em 1829 retornou à Europa e estabeleceu-se em Paris.

No início da década de 1830 cria o telégrafo elétrico com fios e em 1835 constrói um primeiro aparelho, que chamou de "Recording Electric Telegraph", com o qual transmitiu sinais a um quilómetro de distância, mas não os recebia pela mesma linha, efeito que só conseguiu dois anos depois. Em 1839 conclui o trabalho de elaboração do código Morse. O sistema utiliza uma combinação de pontos, traços e pausas para transmitir informações por meio de impulsos telegráficos ou visuais. Em 1843 utiliza o sistema para construir a primeira linha telegráfica, que liga Baltimore a Washington.

No ano seguinte transmite a primeira mensagem: "What hath God wrought!" (Que obra fez Deus!).

Pelas suas descobertas, foi premiado com numerosas distinções provenientes da maior parte do planeta.

Morreu rico em Nova York. A sua fortuna deveu-se à proliferação de linhas telegráficas nos Estados Unidos. Foi sepultado no Green-Wood Cemetery, Brooklyn, Nova Iorque nos Estados Unidos

 

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domingo, março 31, 2024

Sergei Diaghilev, o fundador dos Ballets Russes, nasceu há 152 anos

  
Serguei Pavlovich Diaguilev ou Diaghilev (Perm, 31 de março de 1872Veneza, 19 de agosto de 1929), também conhecido como Serge, foi um empresário artístico russo e fundador dos Ballets Russes, companhia de bailado a partir da qual muitos famosos dançarinos e coreógrafos surgiram.
Nasceu em Perm, na Rússia, em 1872. De origem nobre, teve uma educação privilegiada. Jovem de grande capacidade e muito dinamismo, foi designado pelo príncipe Volkonski, então diretor dos teatros imperiais russos, no início do século XX, como delegado nas missões extraordinárias dos teatros imperiais e, assim, começou a dedicar-se ao ballet por pura casualidade.
Fundou o diário artístico “O Mundo da Arte”, que divulgava a pintura e arte russas em geral. Era um homem de notável cultura, podendo ser considerado como um autêntico símbolo do século XX.
Em 1905, após mais de um ano de viagens por diferentes regiões russas, Diaguilev organizou uma importante exposição de retratos russos no palácio Tauride, em São Petersburgo. No ano seguinte, levaria uma grande exposição de arte russa ao Petit Palais, em Paris, dando origem a uma estreita colaboração com a França. Já em 1907, apresentaria cinco concertos de música russa em Paris e, no ano seguinte, traria uma produção de Boris Godunov, de Mussorgsky, à Ópera de Paris.
Isto levaria a um convite para regressar a Paris no ano seguinte, não só com ópera, mas também com ballet e, assim, ao lançamento dos Ballets Russes.
Enquanto organizador e diretor dos Ballets Russes, Diaguilev pode ser considerado como um dos maiores produtores de ballet do mundo. Ambicioso e inteligente, absorvia com facilidade todas as novas correntes da arte. Dotado de uma personalidade muito forte e de notável cultura artística, bastante eclético, mas conservador no que tocava a preservar as tradições clássicas, Diaguilev, com a ajuda de alguns mecenas, conseguiu moldar à sua maneira grandes talentos e revelou ao mundo no campo da dança, da música, da cenografia, da pintura, da poesia, grandes nomes como o de Vaslav Nijinski, Anna Pavlova, Tamara Karsavina, Olga Spesivtzeva, Natalia Dubrovska, Adolf Bolm, Aleksandra Danilova, Serge Lifar, Léonide Massine, Stravinski, Glazunov Tcherepnine, Rimski-Korsakov, Benois, Bakst, Korovin, Serov, Gontcharova, George Balanchine, Debussy, Ravel, Satie, Prokofieff, Stravinsky, Matisse, Picasso ou Cocteau, entre muitos outros.
Diaguilev também encomendou música de bailado a compositores como Claude Debussy (Jeux, 1913), Maurice Ravel (Daphnis et Chloé, 1912), Erik Satie (Parade, 1917), Richard Strauss (Josephs-Legende, 1914), Sergei Prokofiev (Ala and Lolly, rejeitado por Diaghilev e transformado em Scythian Suite, e Chout, 1915), Ottorino Respighi (La Boutique Fantasque, 1918), Francis Poulenc (Les Biches, 1923) e outros.
O seu coreógrafo Mikhail Fokine adaptava frequentemente a música para bailado. Por sua vez, o diretor artístico dos Ballets Russes, Léon Bakst, ajudou a desenvolver uma forma de ballet mais complexa, com elementos espetaculares, destinados a apelar ao público em geral, e não apenas à aristocracia. O caráter exótico dos Ballets Russes terá também tido um efeito sobre pintores fauvistas e o então embrionário estilo Art Deco. Diz-se que Coco Chanel terá afirmado "Diaguilev inventou a Rússia para estrangeiros." [Rhonda K. Garelick].
Homossexual, teve várias ligações, sendo a mais famosa com o bailarino Vaslav Nijinski. Diaguilev ficou conhecido pelo seu caráter duro e exigente, mas muitos dos seus bailarinos recordaram também a sua generosidade, comparando-o a uma figura paternal austera, mas sempre preocupada com o seu bem-estar, e pondo muitas vezes a subsistência dos seus bailarinos acima da sua.
Por um período de vinte anos, Diaguilev maravilhou o mundo, mostrando a arte russa em todo o seu esplendor. Morreu em 1929, em Veneza; a sua sepultura encontra-se na ilha de San Michele, perto do túmulo de Stravinsky.
O filme The Red Shoes é tido como uma dramatização velada dos Ballets Russes. O departamento de Teatro e Performance do Victoria and Albert Museum, em Londres, alberga a Coleção Ekstrom da Fundação Diaghilev e Stravinsky, da qual fazem parte registos financeiros, cartas e telegramas, que dão conta da gestão dos Ballets Russes, bem como de outros aspetos pessoais e sociais da época.
  

sábado, março 30, 2024

Música adequada à data...

 

 

Vincent (Starry Starry Night) - Don McLean

 

Starry, starry night
Paint your palette blue and gray
Look out on a summer's day
With eyes that know the darkness in my soul

Shadows on the hills
Sketch the trees and the daffodils
Catch the breeze and the winter chills
In colors on the snowy linen land

Now I understand
What you tried to say to me
And how you suffered for your sanity
And how you tried to set them free

They would not listen, they did not know how
Perhaps they'll listen now

Starry, starry night
Flaming flowers that brightly blaze
Swirling clouds in violet haze
Reflect in Vincent's eyes of china blue

Colors changing hue
Morning fields of amber grain
Weathered faces lined in pain
Are soothed beneath the artist's loving hand

Now I understand
What you tried to say to me
And how you suffered for your sanity
And how you tried to set them free

They would not listen, they did not know how
Perhaps they'll listen now

For they could not love you
But still your love was true
And when no hope was left in sight
On that starry, starry night

You took your life, as lovers often do
But I could've told you Vincent
This world was never meant for
One as beautiful as you

Starry, starry night
Portraits hung in empty halls
Frame-less heads on nameless walls
With eyes that watch the world and can't forget

Like the strangers that you've met
The ragged men in ragged clothes
The silver thorn of bloody rose
Lie crushed and broken on the virgin snow

Now I think I know
What you tried to say to me
And how you suffered for your sanity
And how you tried to set them free

They would not listen, they're not listening still
Perhaps they never will

Poesia, acompanhada de pintura, para celebrar um grande artista...

Autorretrato com Orelha Enfaixada e Cachimbo, 1889

 

A CABEÇA LIGADA
 

La pintura è una poesia che si vede
Leonardo


 
Van Gogh, queria algo
tão consolador como a música.
 
Os campos de trigo e centeio
com ciprestes, os seus obeliscos,
e lírios e grandes nuvens,
a sesta dos camponeses,
a natureza morta
de girassóis e anémonas,
o sereno bivaque de ciganos,
as árvores com o azul tisnado do céu,
loendros, paveias,roçadores
de pastagens limão ouro pálido,
o semeador ferruginoso de ocre,
enxofre e do tamanho de uma catedral,
o voo de corvos sobre ramos
luminosos e ternos
de amendoeiras em flor.
 
Depois de cortar a orelha
retratou-se com os lábios
pintados de sangue.
Se o sofrimento fosse mensurável,
naquela cara de símio
louco de ser homem
haveria dores
de um inteiro campo de concentração.

  
 
 
in
A Ignorância da Morte (1978) - António Osório

Goya nasceu há 278 anos

Retrato de Goya feito por Vicente López Portaña em 1826

  
Francisco de Goya y Lucientes (Fuendetodos, provincia de Zaragoza, 30 de marzo de 1746 - Burdeos, Francia, 16 de abril de 1828)​ fue un pintor y grabador español. Su obra abarca la pintura de caballete y mural, el grabado y el dibujo. En todas estas facetas desarrolló un estilo que inaugura el Romanticismo. El arte goyesco supone, asimismo, el comienzo de la pintura contemporánea y es precursor de las vanguardias pictóricas del siglo XX; por todo ello, se le considera uno de los artistas españoles más relevantes y uno de los grandes maestros de la historia del arte.
  
 Autorretrato, 1795 (Museo del Prado)
 
Tras un lento aprendizaje en su tierra natal, en el ámbito estilístico del Barroco tardío y las estampas devotas, viaja a Italia en 1770, donde traba contacto con el incipiente Neoclasicismo, que adopta cuando marcha a Madrid a mediados de esa década, junto con un pintoresquismo costumbrista rococó derivado de su nuevo trabajo como pintor de cartones para los tapices de la manufactura real de Santa Bárbara. El magisterio en esta actividad y en otras relacionadas con la pintura de corte lo imponía Mengs, mientras que el pintor español más reputado era Francisco Bayeu, que fue cuñado de Goya.
Una grave enfermedad que le aqueja en 1793 le lleva a acercarse a una pintura más creativa y original, que expresa temáticas menos amables que los modelos que había pintado para la decoración de los palacios reales. Una serie de cuadritos en hojalata, a los que él mismo denominaba de capricho e invención, inician la fase madura de la obra del artista y la transición hacia la estética romántica.
Además, su obra refleja el convulso periodo histórico en que vive, particularmente la Guerra de la Independencia, de la que la serie de estampas de Los desastres de la guerra es casi un reportaje moderno de las atrocidades cometidas y componen una visión exenta de heroísmo donde las víctimas son siempre los individuos de cualquier clase y condición.
Gran popularidad tiene su Maja desnuda, en parte favorecida por la polémica generada en torno a la identidad de la bella retratada. De comienzos del siglo XIX datan también otros retratos que emprenden el camino hacia el nuevo arte burgués. Al final del conflicto hispano-francés pinta dos grandes cuadros a propósito de los sucesos del levantamiento del Dos de Mayo de 1808, que sientan un precedente tanto estético como temático para el cuadro de historia, que no solo comenta sucesos próximos a la realidad que vive el artista, sino que alcanza un mensaje universal.
Pero su obra culminante es la serie de pinturas al óleo sobre el muro seco con que decoró su casa de campo (la Quinta del Sordo), las Pinturas negras. En ellas Goya anticipa la pintura contemporánea y los variados movimientos de vanguardia que marcarían el siglo XX.
 
 
Três de maio de 1808 em Madrid: os fuzilamentos na montanha do Príncipe Pío, de Francisco de Goya - Museu do Prado

       
Francisco de Goya, La maja desnuda, 1795-1800