O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Nascido no Brasil, filho de imigrantes portugueses, veio aos dois anos para Portugal. A família fixa-se em Cantanhede, mais precisamente na vila de Febres, onde o pai exercia medicina. Em 1933 muda-se para Coimbra, onde permanece durante quinze anos, a fim de prosseguir os estudos. Em 1941 ingressa na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde estabelece amizade com Joaquim Namorado, João Cochofel e Fernando Namora. Em 1947 licencia-se em Ciências Histórico-Filosóficas, instalando-se definitivamente em Lisboa, no ano seguinte. Periodicamente volta a Coimbra e à Gândara. Em 1949 casa-se com Ângela, jovem madeirense que conhecera nos bancos da Faculdade, sua companheira e futura colaboradora permanente.
Data de 1942
o seu primeiro livro de poemas, intitulado "Turismo", com ilustrações
de Fernando Namora e integrado na colecção poética de 10 volumes do
"Novo Cancioneiro", iniciativa colectiva que, em Coimbra, assinalava o
advento do movimento neo-realista. Porém, em 1937, já publicara em conjunto com Fernando Namora e Artur Varela, amigos de juventude, um pequeno livro de contos "Cabeças de Barro". Em 1943 publica o seu primeiro romance, "Casa na Duna", segundo volume da colecção dos Novos Prosadores (1943), editado pela Coimbra Editora. No ano de1944
surge o romance "Alcateia", que viria a ser apreendido pelo regime. No
entanto é desse mesmo ano a segunda edição de "Casa na Duna".
Em 1945
publica um novo livro de poesias, "Mãe Pobre". Os anos seguintes serão,
para Carlos de Oliveira, bem profícuos quanto à integração e afirmação
no grupo que veicula e auspera por um novo humanismo, com a
participação nas revistas Seara Nova e Vértice, além da colaboração no livro de Fernando Lopes Graça "Marchas, Danças e Canções", uma antologia de vários poetas, musicadas pelo maestro.
Em 1953 publica "Uma Abelha na Chuva", o seu quarto romance e, unanimemente reconhecido, uma das mais importantes obras da literatura portuguesa do séculoXX, tendo sido integrado no programa da disciplina de português no ensino secundário.
Em 1968 publica dois novos livros de poesia, "Sobre o Lado Esquerdo" e "Micropaisagem", e colabora com Fernando Lopes na adaptação de "Uma Abelha na Chuva". Em 1971 sai "O Aprendiz de Feiticeiro", colectânea de crónicas e artigos, e "Entre Duas Memórias", livro de poemas, que lhe vale o Prémio da Casa da Imprensa.
Em 1976
reúne toda a sua poesia em dois volumes, sob o título de "Trabalho
Poético", juntando aos seus poemas anteriores, os inéditos reunidos em
"Pastoral", publicado autonomamente no ano seguinte.
O seu último romance, "Finisterra", sai em 1978, tendo como fundo a paisagem gandaresa. A obra proporciona-lhe o Prémio Cidade de Lisboa, no ano seguinte.
Morre na sua casa, em Lisboa, com 60 anos incompletos.
Ator,
bailarino, cantor, coreógrafo. Ele nasceu em Nova York, e tornou-se um
dos mais renomados sapateadores de todos os tempos, bem como um
premiado estrela do palco e tela. Ele começou a se apresentar como um
membro do grupo de dança "Hines, Hines e papá", com o seu pai e irmão.
Ele apareceu pela primeira vez nos palcos da Broadway com a idade de
oito anos, atuando como engraxador na comédia musical "The Girl in Pink
Tights", de março a junho de 1954. Ele recebeu a sua primeira nomeação
para o Tony (Melhor destaque em um Musical) em 1979, pelo seu papel na
Broadway na revista musical "Eubie!". Ele ganhou o Theatre World Award
de 1979 com o mesmo desempenho. Ele protagonizou os três musicais,
"Uptown Comin '" (1979-80), "Sophisticated Ladies" (1981-83), e
"Jelly's Last Jam" (1992-93). Ele foi nomeado para o Melhor Ator no
Musical Tony Award para os três papéis, e ganhou em 1992, pela sua
performance como Jelly Roll Morton
em "Jelly's Last Jam". Ele também ganhou o Drama Desk Award de Melhor
Ator em um Musical para este desempenho, e foi nomeado para o Tony e o
Drama Desk Awards por sua coreografia para este show. Os seus créditos
no cinema inclui papéis em "História do Mundo: Parte 1", "White
Nights", "Toque", "Renaissance Man", "Waiting to Exhale" e "The
Preacher's Wife". Na televisão incluídos os filmes "TV Eubie!" e "The
Kid Cherokee"; papéis do convidado em shows como "Faerie Tale Theatre",
"Amazing Stories", e "Law & Order" e papéis recorrentes em "The
Gregory Hines Show", "Little Bill", "Will & Grace " e " Lost at
Home ". Ele gravou um dueto de "There's Nothing Better Than Love" com Luther Vandross, e também lançou um álbum auto-intitulado, em 1987.
Hines morreu de cancro de fígado na tarde de sábado, 9 de agosto
de 2003, no caminho de sua casa em Los Angeles, Califórnia, para um
hospital. Ele tinha 57 anos e era noivo de Negrita Jayde, no momento da
sua morte. Além do seu pai e irmão, ele deixou sua noiva, Negrita Jayde, uma filha, Daria Hines, um filho, Zach; uma enteada, Jessica Koslow e um neto.
Whitney Elizabeth Houston (Newark, 9 de agosto de 1963 - Los Angeles, 11 de fevereiro de 2012) foi uma cantoranorte-americana de R&B, pop, gospel, além de atriz e modelo. Whitney Houston foi a artista mais premiada de todos os tempos, segundo o Guinness World Records; a sua lista de prémios inclui dois Emmy Awards, seis Grammy Awards, trinta Billboard Music Awards, 22 American Music Awards, num total de 415 prémios conquistados na sua carreira até 2010.
Houston também foi uma das artistas mais bem sucedidas do mundo da música, tendo vendido mais de 200 milhões de cópias em todo o mundo. Inspirada por vários cantores de soul de destaque em sua família, incluindo a mãe, Cissy Houston, as primas Dionne Warwick e Dee Dee Warwick, bem como sua madrinha, Aretha Franklin, Houston começou a cantar com o coral gospel júnior da Nova igreja de Jersey aos 11 anos de idade. Depois que ela começou a atuar ao lado de sua mãe em casas noturnas na cidade de Nova York, ela foi descoberta por Clive Davis, empresário da Arista Records. Até o presente, Houston lançou seis álbuns de estúdio e três álbuns de trilha sonora, todos eles certificados com diamante, multiplatina, platina e ouro pela Recording Industry Association of America (RIAA).
Seu álbum de estreia autointitulado, lançado em 1985, se tornou o álbum de estreia mais vendido por uma artista feminina, com 25 milhões de cópias comercializadas. Seu segundo álbum, Whitney (1987), tornou-se o primeiro álbum de uma artista feminina a estrear em primeiro lugar na Billboard 200. Whitney alcançou grandes sucessos nas paradas de música popular, bem como sua proeminência na MTV, começando com seu vídeo de How Will I Know, permitiu várias artistas femininas afro-americanas seguirem seu sucesso. O primeiro papel de Houston no cinema foi no filme O Guarda-Costas (1992), no qual fez um enorme sucesso como protagonista. A trilha sonora original do filme ganhou o Grammy 1994 de Álbum do Ano. Seu primeiro single, I Will Always Love You, se tornou o mais vendido por uma artista feminina na história da música. O álbum é o único de uma artista feminina entre os cinco mais vendidos de todos os tempos, ocupando o quarto lugar. Houston continuou como estrela de filmes e contribuiu com a banda sonora dos mesmos, inclusive com os filmes Waiting to Exhale (1995) e The Preacher's Wife (1996). Três anos após o lançamento de seu quarto álbum, My Love Is Your Love (1998), Whitney renovou seu contrato com a gravadora Arista Records. Ela lançou o seu quinto álbum de estúdio, Just Whitney, em 2002, e o álbum de Natal com o título One Wish: The Holiday Album em 2003. No meio de uma ampla cobertura dos media da sua turbulência pessoal e profissional, Houston terminou o seu casamento de 14 anos com o cantor Bobby Brown, em 2006. Em 2009, Houston lançou o seu sétimo e último álbum de estúdio, I Look to You.
Whitney foi reconhecida internacionalmente como uma das maiores artistas de todos os tempos, devido ao seu talento, legado e, principalmente, à sua voz marcante e lendária. Graças a esse talento vocal marcante, Whitney foi frequentemente chamada de The Voice (A Voz). Whitney é frequentemente comparada a grandes artistas do passado, como Frank Sinatra, Aretha Franklin e Elvis Presley e também está entre os 500 Maiores artistas de todos os tempos da Revista Rolling Stone. Whitney faleceu em 11 de fevereiro de 2012 e, segundo o Instituto de Criminalística de Los Angeles, a morte de Whitney Houston foi acidental. A cantora afogou-se na banheira, mas, segundo os peritos, outros dois fatores contribuíram para a morte dela: uma doença nas artérias do coração e vestígios de cocaína que foram encontrados durante a autópsia.
David Howell Evans (Londres, 8 de agosto de 1961) mais conhecido por seu nome artístico The Edge (ou apenas Edge), é o guitarrista, backing vocal e teclista da banda de rock irlandesa U2. Em 2003, foi considerado o 38º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone.
Paul Bruce Dickinson (Nottinghamshire, Inglaterra, 7 de agosto de 1958) é um cantor, compositor, piloto, historiador, esgrimista, locutor de rádio, autor, roteirista e, inicialmente, diretor de marketing, mais conhecido como o vocalista da banda de heavy metalIron Maiden.
Bruce começou a sua carreira musical em pequenas bandas na escola e na faculdade, como a banda Styx em 1976, Speed (em 1977 e 1978) e Shots no começo de 1979. Ele entrou, então, na banda Samson no fim de 1979, onde ganhou um pouco de popularidade com o nome artístico "Bruce Bruce." Ele saiu dos Samson em 1981 para entrar nos Iron Maiden, substituindo Paul Di'Anno, e estreando no álbum The Number of the Beast. Durante a sua primeira participação na banda, foram lançados vários álbuns de sucesso, resultando na fama mundial de Bruce, que se tornou um dos vocalistas de heavy metal mais conceituados.
Bruce saiu dos Maiden em 1993, para seguir com sua a carreira a solo, sendo substituído por Blaze Bayley, que o viu como um experiência em vários estilos de rock e metal. Bruce juntou-se aos Iron Maiden novamente em 1999 juntamente com o guitarrista Adrian Smith, com quem lançou mais 4 álbuns de estúdio. Desde então, Bruce lançou apenas mais um álbum em sua carreira solo, Tyranny of Souls. Ele é o primo mais velho de Rob Dickinson, primeiro vocalista da banda britânica de rock alternativoCatherine Wheel. O seu filho, Austin, é o vocalista da banda de metalcoreRise to Remain. No dia 19 de julho de 2011 recebeu um doutoramento honoris causa pelo Queen Mary College de Londres, pela sua contribuição para a indústria musical. Segundo a Hit Parader, Bruce Dickinson é considerado o 7º melhor vocalista de heavy metal do mundo.
Andy Warhol nasceu em Pittsburgh, Pensilvânia. Era o quarto filho de Ondrej Warhola e Ulja,
apelido de solteira Zavacká (1892–1972), cujo primeiro filho nasceu na
sua terra natal e morreu antes da sua migração para os Estados Unidos.
Os seus pais eram imigrantes da classe operária originários de Mikó (hoje chamada Miková), no nordeste da Eslováquia, então parte do Império Austro-Húngaro.
O pai de Warhol emigrou para os E.U.A em 1914 e sua mãe juntou-se-lhe
em 1921, após a morte dos avós de Andy Warhol. O seu pai trabalhou numa
mina de carvão. A família vivia na Rua Beelen, e mais tarde, na Rua
Dawson, em Oakland, um bairro de Pittsburgh. A família era católica bizantina rutena
(uniata) e frequentava a igreja bizantina de São João Crisóstomo, em
Pittsburgh. Andy Warhol tinha dois irmãos mais velhos, Ján e Pavol, que
nasceram na atual Eslováquia. O filho de Pavol, James Warhola, tornou-se um bem sucedido ilustrador de livros para crianças.
Nos primeiros anos de estudo, Warhol teve coreia, uma doença do sistema nervoso que provoca movimentos involuntários das extremidades, que se acredita ser uma complicação da escarlatina e causa manchas de pigmentação na pele. Ele tornou-se hipocondríaco,
desenvolvendo um medo de hospitais e médicos. Muitas vezes de cama
enquanto criança, tornou-se um excluído entre os seus colegas de escola,
ligando-se fortemente à sua mãe. Às vezes, quando estava confinado à
cama, desenhava, ouvia rádio e colecionava imagens de estrelas de
cinema ao redor da sua cama. Warhol depois descreveu esse período como
muito importante no desenvolvimento da sua personalidade, do conjunto
de suas habilidades e de suas preferências.
Aos 17 anos, em 1945, entrou para o Instituto de Tecnologia de Carnegie, em Pittsburgh, hoje Universidade Carnegie Mellon e formou-se em design.
Logo após mudou para Nova York e começou a trabalhar como ilustrador de importantes revistas, como a Vogue, Harper's Bazaar e The New Yorker, além de fazer anúncios publicitários e displays
para vitrines de lojas. Começa aí uma carreira de sucesso como artista
gráfico, ganhando diversos prémios como diretor de arte do Art Director's Club e do The American Institute of Graphic Arts.
Fez a sua primeira mostra individual em 1952, na Hugo Galley onde exibe quinze desenhos baseados na obra de Truman Capote. Esta série de trabalhos é mostrada em diversos lugares durante os anos 50, incluindo o MOMA, Museu de Arte Moderna, em 1956. Passa então a assinar-se Warhol.
Os anos 1960 marcam uma mudança na sua carreira de artista plástico e passa a utilizar os motivos e conceitos da publicidade nas suas obras, com o uso de cores fortes e brilhantes e tintas acrílicas. Reinventa a pop art,
com a reprodução mecânica e seus múltiplos serigráficos são temas do
quotidiano e artigos de consumo, como as reproduções das latas de sopas Campbell e a garrafa de Coca-Cola, além de rostos de figuras conhecidas como Marilyn Monroe, Liz Taylor, Michael Jackson, Elvis Presley, Pelé, Che Guevara e símbolos icónicos da história da arte, como Mona Lisa. Estes temas eram reproduzidos em série, com variações de cores.
Além das serigrafias Warhol também se utilizava de outras técnicas, como a colagem e o uso de materiais descartáveis, não usuais em obras de arte.
Em 1968, Valerie Solanas, fundadora e único membro da SCUM (Society for Cutting Up Men
- Sociedade para Eliminar os Homens) invade o estúdio de Warhol e
fere-o com três tiros, mas o ataque não é fatal e Warhol recupera,
depois de se submeter a uma cirurgia que durou cinco horas. Este facto é
tema do filme I shot Andy Warhol (Eu disparei contra Andy Warhol), dirigido por Mary Harron, em 1996.
Em 1987, ele foi operado à vesícula biliar.
A operação aparentemente correu bem mas Andy Warhol morreu no dia
seguinte. Ele era célebre há 35 anos. De facto, a sua conhecida frase: In the future everyone will be famous for fifteen minutes (No futuro todos terão quinze minutos de fama),
só se aplicará no futuro, quando a produção cultural for totalmente
massificada e em que a arte será distribuída por meios de produção de
massa.
Andy Warhol também foi financiador e mentor intelectual da banda The Velvet Underground.
Em 1967, forçou a entrada de sua amiga Nico, cantora e modelo alemã,
para a banda. Houve rejeição e conflito por parte da banda e o nome do
primeiro álbum foi The Velvet Underground and Nico, excluindo Nico, de certa forma. Logo depois da gravação do álbum White Light/White Heat, Andy Warhol afastou-se e Nico foi expulsa da banda.
Andy fez diversos filmes, pouco divulgados e alguns com uma duração
temporal pouco habitual, e também foi autor de alguns livros, a saber:
Montini serviu no Departamento de Estado do Vaticano de 1922 a 1954.
Enquanto esteve no Departamento de Estado, Montini e Domenico Tardini
foram considerados os colaboradores mais próximos e influentes do Papa Pio XII, que o nomeou, em 1954, arcebispo da Arquidiocese de Milão,
um cargo que fez dele automaticamente Secretário da Conferência de
Bispos Italianos. João XXIII elevou-o ao Colégio de Cardeais em 1958, e após a morte de João XXIII, Montini foi considerado um dos mais prováveis sucessores.
Escolheu o nome Paulo, para indicar que tinha uma missão mundial
renovada de propagar a mensagem de Cristo. Ele reabriu o Concílio
Vaticano II, que fora automaticamente fechado com a morte do Papa João XXIII e
atribuiu-lhe prioridade e direção. Após ser concluído o trabalho do
Concílio, Paulo VI tomou conta da interpretação e implementação de seus
mandatos, frequentemente andando sobre uma linha entre as expectativas
conflitantes de vários grupos da Igreja Católica. A magnitude e a
profundidade das reformas, que afetaram todas as áreas da vida da Igreja
durante o seu pontificado, excederam políticas reformistas semelhantes
de seus predecessores e sucessores.
Paulo VI foi um devoto mariano, discursando repetidamente a congressistas marianos e em reuniões mariológicas,
visitando santuários marianos e publicando três encíclicas marianas.
Paulo VI procurou diálogo com o mundo, com outros cristãos, religiosos e
irreligiosos, sem excluir ninguém. Viu-se como um humilde servo de uma
humanidade sofredora e exigiu mudanças significativas dos ricos na América e Europa em favor dos pobres do Terceiro Mundo.
O seu ensinamento, na linha da tradição da Igreja, contrário à regulação da natalidade por métodos artificiais (ver Humanae Vitae) e a outras questões foram controversas na Europa Ocidental e na América do Norte; no entanto, o Pontífice foi elogiado em grande parte da Europa Oriental e Meridional, além da América Latina. O seu pontificado decorreu durante, certas vezes, mudanças revolucionárias no mundo, revoltas estudantis, a Guerra do Vietname e outros transtornos. Paulo VI procurava entender todos os assuntos, mas ao mesmo tempo, defender o princípio do fidei depositum, uma vez que que lhe foi confiado. Paulo VI faleceu em 6 de agosto de 1978, na Festa da Transfiguração. O processo diocesano para a beatificação de Paulo VI iniciou-se em 11 de maio de 1993.
Depois de passar boa parte de sua infância em lares adotivos, Monroe começou uma carreira como modelo, o que a rendeu um contrato no cinema em 1946, com a 20th Century-Fox. As suas aparições nos seus primeiros filmes eram pequenas, mas suas interpretações em The Asphalt Jungle, All About Eve e sendo a primeira mulher a posar para a Playboy, chamou a atenção do público. Em 1952, ela teve seu primeiro papel principal em Don't Bother to Knock que prosseguiu com o papel principal em Niagara, um filme melodramático que habitava seu poder de sedução. A sua personalidade cómica como "loira burra" foi usada para filmes posteriores como Gentlemen Prefer Blondes (1953), How to Marry a Millionaire (1953) e The Seven Year Itch (1955). Monroe estudou na Actors Studio para ampliar o seu alcance na atuação para seu próximo filme dramático, Bus Stop (1956), que foi aclamado pela crítica e recebeu uma indicação para o Globo de Ouro. A sua produtora, "Marilyn Monroe Productions", lançou The Prince and the Showgirl (1957), pelo qual recebeu uma indicação ao BAFTA e ganhou o prémio italiano David di Donatello. Ela recebeu um Globo de Ouro pela sua interpretação em Some Like It Hot (1959). O último filme concluído de Monroe foi The Misfits (1961), onde ela estrelava ao lado de Clark Gable, enquanto que o roteiro ficou por conta de seu então marido, Arthur Miller.
As circunstâncias de sua morte foi de uma overdose de barbitúricos, e
têm sido objeto de especulação. Embora oficialmente classificado como
um "provável suicídio", a possibilidade de uma overdose acidental, bem
como de homicídio, não foram descartadas. Em 1999, Monroe foi
classificada como a sexta maior estrela feminina de todos os tempos pela
American Film Institute. Nas décadas seguintes a sua morte, ela tem sido frequentemente citada tanto como um ícone pop e cultural,
bem como o símbolo sexual por excelência americana. Em 2009, um canal
americano a nomeou na 1.ª posição das mulheres mais sexy de todos os
tempos.
(...)
Em 5 de agosto de 1962, às 04.25 horas, o sargento Jack Clemmons recebeu um telefonema do Dr. Ralph Greenson, psiquiatra de Marilyn Monroe, dizendo que Monroe foi encontrada morta na sua casa em Brentwood, Los Angeles, Califórnia. Ela faleceu aos 36 anos de idade. Na autópsia posterior, hidrato de cloro
e Nembutal foram encontrados no seu corpo, e o Dr. Thomas Noguchi
disse que a causa da sua morte foi "envenenamento barbitúrico agudo",
resultante de um "provável suicídio".
Morreu a mais bela mulher do mundo
tão bela que não só era assim bela
como mais que chamar-lhe marilyn
devíamos mas era reservar apenas para ela
o seco sóbrio simples nome de mulher
em vez de marilyn dizer mulher
Não havia no fundo em todo o mundo outra mulher
mas ingeriu demasiados barbitúricos
uma noite ao deitar-se quando se sentiu sozinha
ou suspeitou que tinha errado a vida
ela de quem a vida a bem dizer não era digna
e que exibia vida mesmo quando a suprimia
Não havia no mundo uma mulher mais bela mas
essa mulher um dia dispôs do direito
ao uso e ao abuso de ser bela
e decidiu de vez não mais o ser
nem doravante ser sequer mulher
O último dos rostos que mostrou era um rosto de dor
um rosto sem regresso mais que rosto mar
e toda a confusão e convulsão que nele possa caber
e toda a violência e voz que num restrito rosto
possa o máximo mar intensamente condensar
Tomou todos os tubos que tinha e não tinha
e disse à governanta não me acorde amanhã
estou cansada e necessito de dormir
estou cansada e é preciso eu descansar
Nunca ninguém foi tão amado como ela
nunca ninguém se viu envolto em semelhante escuridão
Era mulher era a mulher mais bela
mas não há coisa alguma que fazer se certo dia
a mão da solidão é pedra em nosso peito
Perto de marilyn havia aqueles comprimidos
seriam solução sentiu na mão a mãe
estava tão sozinha que pensou que a não amavam
que todos afinal a utilizavam
que viam por trás dela a mais comum imagem dela
a cara o corpo de mulher que urge adjectivar
mesmo que seja bela o adjectivo a empregar
que em vez de ver um todo se decida dissecar
analisar partir multiplicar em partes
Toda a mulher que era se sentiu toda sozinha
julgou que a não amavam todo o tempo como que parou
quis ser até ao fim coisa que mexe coisa viva
um segundo bastou foi só estender a mão
e então o tempo sim foi coisa que passou.
Prece Senhor, a noite veio e a alma é vil. Tanta foi a tormenta e a vontade! Restam-nos hoje, no silêncio hostil, O mar universal e a saudade. Mas a chama, que a vida em nós criou, Se ainda há vida ainda não é finda. O frio morto em cinzas a ocultou: A mão do vento pode erguê-la ainda. Dá o sopro, a aragem — ou desgraça ou ânsia — Com que a chama do esforço se remoça, E outra vez conquistaremos a Distância — Do mar ou outra, mas que seja nossa!
A Batalha de Alcácer-Quibir, conhecida em Marrocos como Batalha dos Três Reis, foi uma grande batalha travada no norte de Marrocos perto da cidade de Ksar-El-Kebir, entre Tânger e Fez, em 4 de agosto de 1578. Os combatentes foram os portugueses liderados pelo rei D. Sebastião aliados ao exército do sultão Mulay Mohammed (Abu Abdallah Mohammed Saadi II, da dinastia Saadi) contra um grande exército marroquino liderado pelo Sultão de Marrocos Mulei Moluco (Abd Al-Malik da dinastia Saadi) com apoio otomano.
No seu fervor religioso, o rei D. Sebastião planeara uma cruzada após Mulay Mohammed ter solicitado a sua ajuda para recuperar o trono, que seu tio Abd Al-Malik havia tomado. A batalha resultou na derrota portuguesa, com o desaparecimento em combate do rei D. Sebastião e da nata da nobreza portuguesa. Além do rei português morreram na batalha os dois sultões rivais originando o nome "Batalha dos Três Reis", com que ficou conhecida entre os Marroquinos.
A derrota na batalha de Alcácer-Quibir levou à crise dinástica de 1580 e ao nascimento do mito do Sebastianismo. O reino foi gravemente empobrecido pelos resgates que foi preciso pagar para reaver os cativos. A batalha ditou o rápido fim da Dinastia de Avis e do período de expansão iniciado com a vitória na batalha de Aljubarrota. A crise dinástica resultou na perda da independência de Portugal por 60 anos, com a união ibérica sob a dinastia Filipina.
D. Sebastião, Rei de Portugal Louco, sim, louco, porque quis grandeza Qual a Sorte a não dá. Não coube em mim minha certeza; Por isso onde o areal está Ficou meu ser que houve, não o que há. Minha loucura, outros que me a tomem Com o que nela ia. Sem a loucura que é o homem Mais que a besta sadia, Cadáver adiado que procria?
James Hetfield foi criado numa família norte-americana tradicional, seguidores rigorosos da Ciência Cristã, cujos valores começaram a ser questionados por ele durante a adolescência, o que criou vários conflitos com seu pai, Virgil Hetfield, que era camionista. James voltaria à fé somente em meados da década de 1990. A sua mãe, Cynthia, fora cantora lírica enquando jovem, e ajudou James nos seus primeiros passos na música, quando ele era criança. Cynthia e Virgil divorciaram-se e James só voltou a manter contato com o seu pai somente depois do lançamento do Black Album, mas disse numa entrevista que achou o comportamento do pai inapropriado, pois ele só o procurava para assinar certos 'papéis'.
Cynthia morreu de cancro ainda jovem após recusar receber tratamento, por acreditar que a cura viria através da fé em Deus, e não de remédios, conforme pregava a doutrina religiosa que seguia. O episódio afetou James profundamente que, anos mais tarde, viria a externar o sentimento em músicas como "The God that Failed" ("O Deus que Falhou") e "Until It Sleeps" ("Até que Durma"). É casado com a argentina Francesca Hetfield com quem tem 3 filhos, Cali Hetfield (nascida em 18 de outubro de 1998), Castor Hetfield (nascido em 18 de Maio de 2000) e Marcella Hetfield (nascida em 17 de abril de 2002).
Na adolescência James Hetfield era tímido, mas de acordo com uma ex-namorada dele em uma entrevista ele se soltava quando subia num palco.Isso se devia provavelmente à música ser o melhor e preferido jeito que Hetfield achou para expressar todos os sentimentos reprimidos que ele tinha devido às dificuldades na sua infância.
Iniciação na música e primeiras bandas
James iniciou o seu contato com a música aos 9 anos, quando teve aulas de piano, pouco tempo depois, também aprendeu a tocar bateria antes de partir para a guitarra. Anos mais tarde, já no final da sua adolescência, James começa a dedicar-se totalmente à música e forma a sua primeira banda chamada Obsession, inspirados em bandas como Black Sabbath, UFO, Aerosmith, Motorhead e Thin Lizzy. A banda era formada pelos irmãos Veloz no baixo e bateria, Jim Arnold na guitarra e Hetfield no vocal. Os seus amigos Ron McGovney e Dave Mass cumpriam o papel de roadies. Os Obsession tocavam em apresentações na escola, e já começavam a compor as suas primeiras letras, mas sem muito sucesso. As pequenas plateias (quando tinham) preferiam covers, o que irritava James.
Entretanto, James mudou-se para Brea, uma cidade situada também na Califórnia, e foi estudar para o Brea Olinda High School, onde conheceu o baterista Jim Mulligan. Os dois entretinham-se a ensaiar na escola, durante a hora do intervalo, aterrorizando os seus colegas com a sonoridade pesada que praticavam. Um dia, encontraram um colega de escola, Hugh Tanner, a passear com uma guitarra partida. Surgiram então os Phantom Lord, banda constituída por James Hetfield na guitarra e vocais, Jim Mulligan na bateria e Hugh Tanner na guitarra. O baixo ficou assegurado por diversos músicos, até que James terminou o ensino secundário e regressou à cidade de Downey.
De volta à sua localidade de origem, James foi morar com o seu amigo Ron McGovney, em uma casa que pertencia aos pais de Ron e que estava em vias de ser demolida. Tratava-se do local ideal para ambos darem largas à sua arte, para ensaiarem e fazerem barulho sem serem incomodados. Entretanto, James convenceu o amigo a tocar baixo. Surgiu assim a terceira banda liderada por James: os Leather Charm. Neste grupo, James Hetfield era vocalista, Ron McGoveny assegurava o baixo, enquanto Hugh Tanner e Jim Mulligan mantinham os mesmos instrumentos que tocavam na banda anterior. Os Leather Charm tocavam em alguns clubes noturnos e ainda conseguiram gravar uma fita demo. Depois disso, a banda começou a separar-se, primeiro foi Hugh Tanner que abandonou o projeto, tendo sido substituído por Troy James. Mais tarde, o baterista Mulligan decidiu participar de uma banda com estilo mais progressivo. Com a falta de um baterista, James e seus companheiros finalmente decidiram dissolver os Leather Charm.
Metallica
Nos primórdios da banda, os Metallica experimentaam várias formações de vocal e guitarra; além disso, James também tocava bateria. Algumas das opções consideradas incluiam um outro guitarrista, tendo John Roads como guitarrista solo e John Bush dos Armored Saint (que mais tarde se juntaria ao Anthrax) como vocalista. Hetfield afirmou numa entrevista em 1989 para a revista Spin que a banda queria o ex-vocalista do Misfits, Glenn Danzig, mas não deixou claro se Danzig chegou a ser contactado pela banda. Finalmente, a banda foi formada com James Hetfield (guitarra e vocal), Lars Ulrich (bateria), Dave Mustaine (guitarra) e Ron McGovney (baixo). De 1981 a 1983, o estilo de vida errático de Mustaine ocasionou problemas de relacionamento entre ele e o resto da banda. Uma discussão em particular, ficou famosa, quando Dave Mustaine trouxe o seu cão para um ensaio, o cão achou o carro de Ron McGovney, e arranhou todo o painel frontal. James deu um pontapé no cão de Mustaine e os dois começaram a discutir, até que ambos chegaram às vias de facto, trocando socos. Em seguida Ron pulou em cima de Dave, que o jogou contra a parede. Então o despediram mas no dia seguinte ele foi perdoado. Noutro caso Mustaine chegou a derramar cerveja no baixo de McGovney, o que fez com que ele levasse um choque elétrico ao ligar o baixo e por pouco não se ferisse mais seriamente. Hetfield e Ulrich acabaram por rejeitar Mustaine por causa dos seus excessos com a bebida, e recrutaram o guitarrista Kirk Hammett da banda Exodus no mesmo dia. Mustaine foi mandado de volta para casa numa viagem de 4 dias de autocarro e acabou formando os Megadeth.
Hetfield envolveu-se em muitos incidentes em palco, sendo o mais conhecido o da pirotecnia no Estádio Olímpico de Montreal, em turnê conjunta com o Guns N' Roses, em 8 de agosto de 1992. Ele acidentalmente entrou na área destinada a parte das chamas químicas que estavam programadas para incendiar em "Fade to Black". A guitarra o protegeu da força da explosão, entretanto, o fogo envolveu o lado esquerdo de seu corpo, queimando a sua mão, o seu braço, sobrancelha, rosto e cabelo. Ele sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus, mas voltou aos palcos 17 dias depois, com o guitarrista John Marshall (ex-técnico de guitarra de Hammett e membro da banda Metal Church) tocando em seu lugar, durante quatro semanas, até que se recuperasse totalmente. John Marshall também substitui James em algumas ocasiões na década de 80, quando o frontman feriu o braço em acidentes de skate. No ano 2000 durante a Summer Sanitarium Tour, James não pode comparecer a 3 shows por causa de um acidente de jet ski, na ocasião foi substituído por Kid Rock.
James travou a sua maior batalha, nesses últimos anos, contra o seu maior vício: o álcool. Durante a gravação do álbum St. Anger, James entrou num processo de reabilitação. Esse facto e outros problemas encontrados pela banda nos últimos anos pode ser visto mais detalhadamente no DVD Some Kind of Monster.
Nascido no seio de uma família humilde de pequenos proprietários agrícolas, o seu percurso no Estado português
iniciou-se quando foi escolhido pelos militares para Ministro das
Finanças durante um curto período de duas semanas, na sequência da Revolução de 28 de Maio de 1926. Foi substituído pelo comandante Filomeno da Câmara de Melo Cabral após o golpe do general Gomes da Costa. Posteriormente, foi de novo Ministro das Finanças entre 1928 e 1932, procedendo ao saneamento das finanças públicas portuguesas. Ficou também para a história como o estadista que mais tempo governou Portugal, desempenhando funções em ditadura entre 1932 e 1933, e de forma autoritária, desde o início da segunda república até ser destituído em 1968.
Figura de destaque e promotor do Estado Novo (1933–1974) e da sua organização política, a União Nacional, Salazar dirigiu os destinos de Portugal como presidente do Ministério de forma ditatorial entre 1932 e 1933 e, como Presidente do Conselho de Ministros
entre 1933 e 1968. Os autoritarismos e nacionalismos que surgiam na
Europa foram uma fonte de inspiração para Salazar em duas frentes
complementares: a da propaganda e a da repressão. Com a criação da Censura, da organização de tempos livres dos trabalhadores FNAT e da Mocidade Portuguesa, o Estado Novo procurava assegurar a doutrinação de largas massas da população portuguesa ao estilo do fascismo, enquanto que a sua polícia política (PVDE, posteriormente PIDE e mais tarde ainda DGS), em conjunto com a Legião Portuguesa, combatiam os opositores do regime que, eram julgados em tribunais especiais (Tribunais Militares Especiais e, posteriormente, Tribunais Plenários).
Inspirado no fascismo e apoiando-se na doutrina social da Igreja Católica, Salazar orientou-se para um corporativismo de Estado, com uma linha de acção económica nacionalista assente no ideal da autarcia. Esse seu nacionalismo económico levou-o a tomar medidas de proteccionismo e isolacionismo de natureza fiscal, tarifária, alfandegária, para Portugal e suas colónias, que tiveram grandes impactos positivos e negativos durante todo o período em que exerceu funções.
(...)
O princípio do fim de Salazar começou a 3 de agosto de 1968, no Forte de Santo António, no Estoril. A queda de uma cadeira de lona, deixada em segredo primeiro, acabou por ditar o seu afastamento do Governo.
António de Oliveira Salazar preparava-se para ser tratado pelo
calista Hilário, quando se deixou cair para uma cadeira de lona. Com o
peso, a cadeira cedeu e o chefe do Governo caiu com violência, sofrendo
uma pancada na cabeça, nas lajes do terraço do forte onde anualmente
passava as férias, acompanhado pela governanta D. Maria de Jesus.
Levantou-se atordoado, queixou-se de dores no corpo, mas pediu segredo
sobre a queda e não quis que fossem chamados médicos, segundo conta
Franco Nogueira.
Outra testemunha, o barbeiro Manuel Marques, contraria esta tese.
Segundo ele, Salazar não caiu na cadeira, que estava fora do lugar, mas
tombou no chão desamparado. Segundo Marques, Salazar costumava ser
distraído e tinha o hábito de «saltar para as cadeiras». Nesse dia,
preparando-se para ler o jornal, caiu onde habitualmente estava uma
cadeira, mas que nesse dia tinha sido movida.
Ainda outra testemunha diz que Salazar não caiu de uma cadeira, e sim
de uma banheira, testemunha essa que acompanhou Salazar da casa de banho
até ao quarto no dia do sucedido.
A vida de António de Oliveira Salazar prosseguiu normalmente e só
três dias depois é que o médico do Presidente do Conselho, Eduardo
Coelho, soube do sucedido.
Só 16 dias depois, a 4 de Setembro, Salazar admite que se sente doente:
«Não sei o que tenho». A 6 de Setembro, à noite, sai um carro de São
Bento. Com o médico, Salazar e, no lugar da frente, o director da PIDE,
Silva Pais. Salazar é internado no Hospital de São José
e os médicos não se entendem quanto ao diagnóstico − hematoma
intracraniano ou trombose cerebral −, mas concordam que é preciso
operar, o que acontece a 7 de Setembro.
Salazar foi afastado do governo em 27 de setembro de 1968, quando o então presidente da república, Américo Tomás, chamou Marcello Caetano para substituí-lo. A 4 de outubro desse ano (pelo 58.º aniversário da implantação da república) recebeu o grande-colar da Ordem do Infante D. Henrique. Até morrer, em 1970,
continuou a receber visitas como se fosse ainda Presidente do Conselho,
nunca manifestando sequer a suspeita de que já o não era − no que não
era contrariado pelos que o rodeavam.
Alexander Soljenítsin nasceu em Kislovodsk, pequena cidade do sul da Rússia, numa região localizada entre o Mar Negro e o Mar Cáspio,
filho póstumo de Isaac Soljenítsin, um oficial do exército imperial, e
da sua jovem viúva, Taisia Soljenítsina. O seu avô materno havia
superado as suas origens humildes e adquirido uma grande propriedade na
região de Kuban, no sopé da grande cadeia de montanhas do Cáucaso. Durante a Primeira Guerra Mundial, Taisia fora estudar em Moscovo,
onde conhecera o seu futuro marido. (Soljenítsin relataria vividamente a
história de sua família em suas obras "Agosto de 1914" e "A Roda
Vermelha".)
Em 1918
Taisia encontrou-se grávida, mas pouco depois receberia a notícia da morte
do seu marido num acidente de caça. Esse fato, o confisco da
propriedade de seu avô pelas novas autoridades comunistas, e a Guerra Civil Russa
disputada ao redor, levaram às circunstâncias bastante modestas da
infância de Aleksandr. Mais tarde ele diria que sua mãe lutava pela mera
sobrevivência, e que os elos de seu pai com o antigo regime tinham que
ser mantidos em segredo. O menino exibia conspícuas tendências
literárias e científicas, que a sua mãe incentivava como bem podia. Esta
viria a falecer aos fins de 1939.
Algumas semanas antes do fim do conflito, já havendo alcançado território alemão na Prússia Oriental, foi preso por agentes da NKVD por fazer alusões críticas a Estaline
em correspondência a um amigo. Foi condenado a oito anos num campo de
trabalhos forçados, a serem seguidos por exílio interno perpétuo.
A primeira parte da pena de Soljenítsin foi cumprida em vários campos
de trabalhos forçados; a "fase intermédia", como ele viria a
referir-se a esta época, passou-a em uma sharashka, um instituto
de pesquisas onde os cientistas e outros colaboradores eram
prisioneiros. Dessas experiências surgiria o livro "O Primeiro Círculo",
publicado no exterior em 1968. Em 1950 foi enviado a um "campo especial" para prisioneiros políticos em Ekibastuz, Cazaquistão onde trabalharia como pedreiro, mineiro e metalúrgico. Esta época inspiraria o livro "Um Dia na Vida de Ivan Denisovich". Neste campo retiraram-lhe um tumor, mas o seu cancro não chegou a ser diagnosticado.
A partir de março de 1953, iniciou a pena de exílio perpétuo em Kol-Terek, no sul do Cazaquistão. O seu cancro, ainda não detectado, continuou a espalhar-se, e no fim do ano, Soljenítsin encontrava-se próximo da morte. Porém, em 1954 finalmente recebeu tratamento adequado em Tashkent, Uzbequistão, e curou-se. Estes eventos formaram a base de " O Pavilhão dos Cancerosos".
Durante os seus anos de exílio, e após a sua libertação e retorno à
Rússia europeia, Soljenítsin, enquanto leccionava em escolas secundárias
durante o dia, passava as noites a escrever em segredo. Mais tarde, na
breve autobiografia que escreveria ao receber o Nobel de Literatura, relataria que "durante todos os anos, até 1961,
eu não estava apenas convencido que sequer uma linha por mim escrita
jamais seria publicada durante a minha vida, mas também raramente ousava
permitir que os meus íntimos lessem o que eu havia escrito por medo de
que o facto se tornasse conhecido".
Publicou ainda nos EUA uma obra sobre um gigantesco tabu que é a
proeminência dos judeus russos no Partido Comunista e na polícia secreta
soviética, sendo apelidado de antissemita e desmoralizado no seu
exílio.
Soljenítsin regressou à Rússia a 27 de maio de 1994, depois de vinte anos de exílio e morreu em Moscovo a 3 de Agosto de 2008, segundo o seu filho, em consequência de uma insuficiência cardíaca aguda.
Encontra-se sepultado no Cemitério do Mosteiro de Donskoi, em Moscovo, na Rússia.