quinta-feira, dezembro 23, 2010

Músicas para preparar o Natal - XII

Os cro-magnons, os denisovanos e os neandertais

Nós, os Neandertais e agora também a Mulher-X

Na gruta Denisova, descobriu-se uma falange e um molar

Era uma mulher. Viveu entre há 30 a 50 mil anos. E, sem que o suspeitássemos até agora, pertencia a um grupo de humanos diferente de nós, mas que se reproduziu com a nossa espécie. Eis a Mulher-X, o primeiro indivíduo identificado desse grupo.

Este novo capítulo na história complexa da nossa espécie, os humanos modernos ou Homo sapiens sapiens, é contado amanha na revista Nature, pela equipa de Svante Pääbo, guru mundial da paleoantropologia genética do Instituto Max Planck para a Antropologia Evolutiva, em Leipzig, na Alemanha.

Em 2008, encontrava-se a ponta do dedo de um humano na Sibéria, na gruta Denisova. Pensando estar perante a falange de um humano moderno, talvez de um Neandertal com sorte, a equipa de Pääbo sequenciou o ADN extraído desse pedaço de osso — não o ADN do núcleo das células, mas o que está nas mitocôndrias, as baterias das células e que é herdado só pela parte da mãe.

Quando viram os resultados, os cientistas não queriam acreditar: tinham em mãos ADN de um humano antigo desconhecido, pertencente a uma linhagem diferente das duas que até aqui se sabia terem habitado a Europa e a Ásia nessa altura — os humanos modernos, que saíram de África há cerca de 60 mil anos, e os Neandertais, que surgiram na Europa e Médio Oriente há 300 mil anos e extinguiram há cerca de 30 mil. Em Março último, a equipa revelou esses resultados, também na Nature, e espantou toda a gente.

Era também a primeira vez que um novo grupo de humanos era descrito não a partir da morfologia dos seus ossos fossilizados, mas da sua sequência de ADN.

Só pelo ADN das mitocôndrias, que está fora do núcleo das células, os cientistas não podiam saber se aquela falange, de um indivíduo com cinco a sete anos de idade, era de homem ou mulher. Mas deram-lhe a alcunha de Mulher-X, porque o ADN mitocondrial é matrilinear e porque gostavam de imaginar que era de uma mulher.

Depois, partiram para a sequenciação do ADN contido no núcleo celular e é a análise desses resultados que agora publicam. Além de confirmarem que a falange é mesmo feminina, os cientistas dizem que este novo grupo de humanos partilha um antepassado comum com os Neandertais, mas cada um seguiu uma história evolutiva diferente. Portanto, há 50 mil anos, além de nós e dos Neandertais, havia um terceiro grupo de humanos. Chamaram-lhe denisovanos.

Também sequenciaram agora o ADN mitocondrial retirado de um dente molar de outro indivíduo, um jovem adulto, descoberto na mesma gruta. Tanto o ADN como a morfologia do dente corroboram que se trata de um humano distinto dos Neandertais e da nossa espécie.

Durante décadas, discutiu-se se os Neandertais se teriam reproduzido ou não com a nossa espécie e se, apesar de extintos, haveria um bocadinho deles dentro de nós. Em Maio, o mesmo Pääbo pôs um ponto final na polémica, com a sequenciação do genoma dos Neandertais, dizendo que sim, que nos actuais euroasiáticos há um pouco de Neandertal. E agora a sua equipa diz que nos humanos modernos há igualmente um pouco dos denisovanos.

Mas, ao contrário dos Neandertais, os denisovanos não contribuíram geneticamente para os euroasiáticos actuais. As comparações genéticas entre os denisovanos e humanos modernos da Euroásia, África e Melanésia mostraram que são estes últimos que herdaram os seus genes.

De facto, a equipa descobriu que os naturais da Papuásia-Nova Guiné e das Ilhas Salomão partilham um número elevado de traços genéticos com os denisovanos, o que sugere que houve reprodução entre estes humanos até há poucos meses desconhecidos e os antepassados dos melanésios.

Sozinhos há pouco tempo

“Em conjunto com a sequenciação do genoma dos Neandertais, o genoma dos denisovanos sugere uma imagem complexa das interacções genéticas entre os nossos antepassados e diferentes grupos antigos de hominíneos”, comenta Pääbo, citado num comunicado de imprensa do seu instituto.

“O facto de os denisovanos terem sido descobertos no Sul da Sibéria, mas terem contribuído para o material genético de populações de humanos modernos da Papuásia-Nova Guiné sugere que os denisovanos podem ter-se espalhado pela Ásia”, diz.

Para Eugénia Cunha, especialista em evolução humana da Universidade de Coimbra, estes resultados mostram ainda quão diversos eram os grupos humanos no passado. “Sempre houve coexistência de várias espécies. Agora é que estamos numa situação anómala”, sublinha a antropóloga. “Há 50 mil anos, viviam os Neandertais, os humanos modernos e pelo menos este grupo distinto. Só muito recentemente é que nos tornámos a única espécie.” 

quarta-feira, dezembro 22, 2010

Biodiversidade dos elefantes em África - novos dados

África tem duas espécies de elefantes e não uma

O elefante da savana é maior do que o elefante da floresta tropical

Em vez de apenas uma espécie de elefante, o continente africano tem duas, anunciou uma equipa de cientistas de três universidades, confirmando, com a ajuda da sequenciação genética, uma suspeita que já durava há anos.

Investigadores das universidades de Harvard, Illinois (Estados Unidos) e York (Reino Unido), fizeram uma análise genética pormenorizada para provar que o elefante africano da savana (Loxodonta africana) e o elefante africano da floresta tropical (Loxodonta cyclotis) são duas espécies diferentes há vários milhões de anos.

“A descoberta surpreendente do nosso estudo é que os elefantes africanos da floresta tropical e da savana – que alguns defendiam serem a mesma espécie – são tão diferentes entre si como são diferentes dos elefantes asiáticos ou mesmo dos mamutes”, explicou David Reich, professor do Departamento de Genética da Escola de Medicina de Harvard, em comunicado.

Para o estudo, publicado na edição de Dezembro da revista “PLoS Biology”, os cientistas tinham apenas o ADN de um elefante de cada espécie mas recolheram dados suficientes de cada genoma para abranger milhões de anos de evolução, regressando ao tempo em que os elefantes começaram a divergir uns dos outros.

“A divergência entre elefantes africanos de savana e de floresta é quase tão antiga como a separação entre humanos e chimpanzés. Isto surpreendeu-nos a todos”, comentou Michi Hofreiter, do Departamento de Biologia da Universidade de York.

A possibilidade de estas serem duas espécies diferentes surgiu em 2001 quando uma equipa de cientistas do Quénia e dos Estados Unidos propôs na revista “Science” a reclassificação do maior mamífero terrestre, com base em oito anos de trabalho de campo.

Apesar de viverem em ambientes diferentes e terem comportamentos distintos, aquilo que salta mais à vista é a diferença de tamanho. O elefante da savana tem uma altura média de 3,5 metros e um peso entre as seis e as sete toneladas, enquanto o elefante da floresta tropical tem uma altura de 2,5 metros e um peso entre as três e as quatro toneladas.

Mas há mais do que isto. As análises ao ADN revelaram uma grande diversidade genética entre as espécies. O elefante da savana tem uma diversidade genética muito baixa e o da floresta uma diversidade muito elevada. Os investigadores acreditam que isto se deve aos diferentes níveis de competição reprodutora entre os machos.

“Agora temos de tratar os elefantes da savana e da floresta como duas unidades diferentes para fins conservacionistas”, opiniou Alfred Roca, do Departamento de Ciências Animais na Universidade do Illinois. “Desde 1950, todos os elefantes africanos têm sido conservados enquanto apenas uma espécie. Agora que sabemos que são dois animais distintos, o elefante da floresta deveria tornar-se uma prioridade maior, a nível de conservação”, acrescentou.

Os chimpanzés fêmeas e as brincadeiras femininas humanas

Crias fêmeas de chimpanzés brincam com pauzinhos como se fossem bonecas

As fêmeas põem de lado os seus galhos assim que se tornam mães

Talvez o presente perfeito para uma jovem chimpanzé esteja na própria árvore de Natal e não debaixo dela. Cientistas de Harvard descobriram que as crias fêmeas tratam os pauzinhos e galhos como se fossem bonecas. Os machos têm brincadeiras diferentes.

Segundo os investigadores da Universidade de Harvard e do Bates College, Richard W. Wrangham e Sonya M. Kahlenberg, respectivamente, as jovens fêmeas mantêm os galhos consigo até elas próprias terem crias.

O estudo, publicado ontem na revista “Current Biology”, apresenta-se como a primeira prova de que uma espécie selvagem brinca com bonecas rudimentares e de que os machos e as fêmeas escolhem brincadeiras diferentes.

Em 14 anos de recolha de dados sobre o comportamento dos chimpanzés no Parque Nacional Kibale, no Uganda, Kahlenberg e Wrangham registaram mais de cem exemplos de crias que carregavam os seus pauzinhos. Em muitos casos, as jovens fêmeas não usavam os galhos para procurar alimentos ou lutar, como fazem por vezes os adultos, ou para qualquer objectivo perceptível. Segundo um comunicado da Universidade de Harvard, alguns jovens chimpanzés levavam os galhos para o sítio onde dormiam e houve uma cria que chegou mesmo a construir uma cama para o seu galho.

“Ao longo de muitos anos temos visto juvenis com galhos de um lado para o outro e porque, às vezes, tratavam-nos como bonecas, queríamos saber se este comportamento representava alguma coisa parecida com uma brincadeira com bonecas”, explicou Wrangham. “Se a hipótese da boneca estivesse certa, pensámos que as fêmeas iriam andar com os seus galhos mais do que os machos e que os abandonariam assim que tivessem as primeiras crias. Agora observámos chimpanzés suficientes para testar ambas as situações.”

Ambos os cientistas acreditam que o seu estudo ajuda a provar que, provavelmente, as crianças dos seres humanos já nascem com as suas próprias ideias sobre como se comportar em vez de imitarem outras raparigas a brincar com bonecas ou, no caso dos rapazes, optar pelos carrinhos. Talvez a escolha dos bonecos não se deva totalmente à socialização, apontam.

A investigação de Kahlenberg e Wrangham foi financiada pela Fundação Nacional da Ciência, Fundação Leakey, National Geographic Society, Fundação Getty e Fundação Wenner-Gren.


Sócrates Noves Fora Nada

(imagem daqui)

"A Prova Dos Nove"

O esplendoroso crescimento do PISAcoiso mereceu rasgados elogios e untuosos comentários. Agora que pode descer o Ratingcoiso, já não comentas. Tss, tss, tss. Fraquinho.

in Educação S. A. - post de Reitor

Este blog adverte que o excesso de anarquia e roubalheira mata um país

(imagem daqui)





Um banco de investimentos do grupo da Caixa Geral de Depósitos vai distribuir mais de um milhão de euros a 200 colaboradores, apesar do regime de austeridade imposto pelo Governo


O artista é um bom artista - não havia nexexidade...






Comentários:

1. Gostei da parte da deslocação - e, já agora, usando um neologismo (tão caro à elite política que, governando-se, nos governa...) quando é se deslocaliza José Sócrates de S. Bento, Largo do Rato e arredores?

2. Porquê só um dia e meio de feriados? E porquê só na função pública? As eleições estão à porta e deviam ser três (véspera de consoada, consoada e véspera de ano novo).

3. À falta de melhor, sugerimos que o PM institucionalize dois novos feriados: o de Consoada passava a ser o Dia de São Sócrates e o de véspera de ano novo o Dia de Santa Bancarrota.

4. Para agradecer os feriados, em meu nome e nome dos fazem e lêem este blog publicamos uma cançãozinha dedicada ao menino d'oiro:

O BPN e a política económica do governo

A vergonha do BPN
 


Há cerca de 1 ano publiquei aqui este postDesemprego ZERO!

O estado tinha nacionalizado o BPN e a coisa resumia-se a pouco mais de mil milhões de euros, incorporando o BPN na CGD e tentando tapar o sol com a peneira.

Muitos dos "economistas" e "filósofos" do regime por aqui andaram a justificar a coisa. Era um risco sistémico, o estado só estava a prestar um aval, não havia perdas para os contribuintes... havia até um dos leitores/comentadores que dizia que se calhar com isto o estado até ia ganhar dinheiro, e que a CGD ao incorporar o BPN tinha assumido as dívidas mas também ficava com os activos. Ou seja, poderia vir a ser um bom negócio.

Enfim... foi o que se viu. A factura que era de 1.3 mil milhões de euros em Janeiro de 2009, está já em 5 MIL MILHÕES DE EUROS: ou seja, os "ganhos" foram de -3.7 mil milhões de euros, e o banco não vale três reis de mel coado (ninguém lhe pegou na privatização que foi tentada pelo governo). O caso BPN é, como era fácil de ver, um CASO DE POLÍCIA que nada tem a ver com a crise financeira internacional, mas sim com roubo e actividade fraudulenta: um crime nojento.

Para terem uma ideia do descalabro, 5 mil milhões de euros é o que o nosso PM José Sócrates quer injectar na economia nacional para fazer com que ela recupere da "maior crise dos últimos 80 anos", ou a "maior crise das nossas vidas", como costuma dizer nos seus discursos cheios de VAZIO.

Sinceramente, não podem ser os contribuintes a pagar. E o que se espera do governo é que identifique estes casos e actue na defesa dos interesses de todos, e não só de alguns. E seja competente. Fazer o que é óbvio qualquer um é capaz. Colocar os contribuintes a pagar as fraudes cometidas por por estes senhores é INACEITÁVEL. 

in De Rerum Natura - post de J. Norberto Pires

A propaganda e o país do faz-de-conta dos boys do PS

(imagem de 2008 daqui)

Comboio vazio para inauguração de variante ferroviária


O Governo fez a CP deslocar no domingo um comboio Alfa Pendular vazio de Lisboa a Alcácer do Sal para a inauguração da variante ferroviária, ao mesmo tempo que meia centena de automóveis com convidados e jornalistas faziam o mesmo trajecto por estrada. A cerimónia incluiu um passeio de comboio no novo troço de 29 quilómetros, tendo a composição regressado a Lisboa novamente vazia.

Segundo o simulador ambiental da própria CP - que compara a poluição e os custos ambientais do modo ferroviário com o transporte individual - uma viagem de comboio entre Lisboa e Alcácer traduz-se numa emissão de zero gramas de CO2 (dióxido de carbono) para quem circula sobre carris e de 197,65 gramas para o automóvel. Os custos ambientais por cada passageiro são estimados em 2,08 euros no comboio e 7,51 no automóvel.

Na cerimónia da inauguração da variante de Alcácer podia contar-se cerca de meia centena de automóveis no exterior e entre 80 e 100 pessoas na sala. Num cálculo por baixo, contando 90 pessoas e 40 automóveis que tenham viajado de Lisboa ao local com as comitivas do Governo e administradores e quadros da Refer e da CP, bem como equipas de reportagem de jornalistas, chega-se à conclusão de que foram emitidos 32 quilos de CO2 e que os custos externos do automóvel atingiram 1352 euros. Se a viagem de ida e volta fosse realizada no Alfa Pendular com toda a comitiva dentro, os custos ambientais teriam sido de 374 euros. O PÚBLICO perguntou à CP e à Refer por que motivo não foi utilizado o comboio para aquela inauguração ferroviária, uma vez que o próprio discurso político colocava a tónica neste modo de transporte como mais económico e amigo do ambiente, mas não obteve resposta.

A inauguração desta variante de 29 quilómetros à Linha do Sul ocorreu uma semana depois de aquele troço ter sido aberto à circulação pela segunda vez (em Outubro, este troço tinha estado 15 dias a funcionar devido a um descarrilamento que interditou a Linha do Sul em Alcácer durante aquele período de tempo) e poucos dias depois de o Governo ter anunciado importantes cortes no serviço ferroviário nacional.

Em causa, devido à política de contenção orçamental, está o desaparecimento do serviço regional em 450 quilómetros de vias-férreas e a redução do número de comboios nas Linhas do Douro, Minho, Beira Alta, Beira Baixa e Algarve. Também as linhas suburbanas de Lisboa e do Porto vão sofrer reduções na oferta à noite e aos fins-de-semana.

O PÚBLICO perguntou à CP quais os custos da deslocação do Alfa Pendular em vazio de Lisboa a Alcácer e volta, mas a empresa remeteu o assunto para a Refer, por ter sido esta entidade que organizou o evento. Aquela empresa pública, por sua vez, também não respondeu.

Então não se podia adiar para não se perder a massa?!? Mentirosos...

NOTÍCIA TVI: TGV adiado e Portugal não perde fundos
Comissário confirma que Governo já decidiu atrasar todas as linhas

É uma notícia TVI. O governo português informou a Comissão Europeia que decidiu atrasar todas as linhas de TGV, incluindo a ligação de Lisboa a Madrid.

Governo nega alterações a adiamentos que estão no PEC

Portugal pode adiar o projecto sem perder os fundos comunitários. A Comissão Europeia garante mesmo que o Governo nem sequer precisa de autorização para adiar os projectos para lá de 2013.

A confirmação surge pela voz do comissário europeu para as políticas regionais, Johannes Hahn: «O governo português informou a Comissão Europeia da sua decisão de adiar ou atrasar a construção das linhas de alta velocidade ferroviária».

O responsável pelo acompanhamento dos fundos de coesão territorial, questionado pela TVI, foi ainda mais específico: «A construção das linhas Lisboa-Madrid e Porto-Vigo foi atrasada e a linha Porto-Lisboa foi adiada».

O Governo tem usado o risco de Portugal perder os fundos comunitários como argumento contra o adiamento do troço entre o Poceirão e o Caia, um contrato no valor de 3500 milhões de euros que ainda não passou no Tribunal de Contas.

Mas esse risco não existe: «O plano de construção entre 2007-2013 é meramente indicativo. Nada obriga a que as linhas sejam construídas, indica apenas que são consideradas prioritárias».

Ou seja, os fundos do programa operacional de valorização do território 2007-2013 podem ser executados mais tarde, e a decisão é portuguesa, nem sequer depende de Bruxelas: «O estado-membro não precisa da autorização da Comissão Europeia para atrasar ou adiar a construção das linhas de Alta Velocidade».

in TVI24 - ler notícia

Emprego para geólogo desempregado

Estágio profissional no Museu da Lourinhã

O Museu da Lourinhã abriu uma vaga para o Programa ”Estágio Profissional para Licenciados”. Replico o comunicado que está no site do Museu da Lourinhã:


GEAL – Grupo de Etnologia e Arqueologia da Lourinhã 

Museu da Lourinhã 


Ao abrigo da Portaria nº681/2010, de 12 de Agosto, da Portaria nº 127/2010, de 1 de Março, da Resolução do Conselho de Ministros nº 5/2010, de 20 de Janeiro e da Portaria nº 127, de 1 de Março de 2010, em parceria com o Instituto do Emprego e Formação Profissional, o GEAL, entidade que tutela o Museu da Lourinhã, pretende realizar uma pré-selecção para uma vaga, a integrar no Programa ”Estágio Profissional para Licenciados”, com a duração de nove meses. 

Descrição da Função: 
- Serviços de recepção, visitas guiadas, vigilância, funcionamento da loja, actividades administrativas e apoio às actividades museológicas. 

Requisitos: 
- Habilitações literárias: Licenciatura nas áreas de actividade do Museu 
- Idade até 35 anos; 
- Desempregado(a) e inscrito(a) num Centro de Emprego (à data da candidatura); 
- Conhecimentos de informática na óptica do utilizador; 
- Conhecimento de línguas estrangeiras (preferencialmente duas, incluindo Inglês); 
- Capacidade de comunicação, de iniciativa e de trabalho em equipa. 
Método de selecção: 
- Análise curricular; 
- Análise de texto manuscrito (máximo 1 folha A4), relativo às motivações da candidatura; 
- Eventual entrevista. 

A candidatura deve ser apresentada através de  Europass curriculum vitae e  acompanhada do texto  acima referido.

As candidaturas deverão ser entregues na sede do GEAL, ou enviadas por correio, para Rua João Luís de Moura, 95 – 2530-158 Lourinhã, até ao dia 28 de Dezembro de 2010.  

O Presidente da Direcção 
Hernâni Mergulhão

Músicas para preparar o Natal - XI

terça-feira, dezembro 21, 2010

Hoje é o Solstício de Inverno



Long, long Winter

it's gonna be a long long winter for me (for me)
a long long winter you'll see (you'll see)
that girl is gone from me
left my heart in misery
and it's a long long winter for me (you'll see)
now that shes gone gone gone days and nights are dreary and blue
now that shes gone gone gone the lonely memories linger here too
said that girl is gone from me
left my heart in misery
and its a long long winter for me (for me)
now that shes gone gone gone days and nights are dreary and blue
now that shes gone gone gone lonely memories linger here too
said that girl is gone from me
left my heart in misery
and its a long long winter for me (you'll see)
it's gonna be cold cold and dreary everyday (oh yea)
but i hope lord said i hope lord
she wont no want it that way oh no no no no
lord i hope that i am right
cause i cant stand these lonely nights
with this longer longer longer longer longer longer longer winter for me (you'll see)
oh shes gone days and nights dreary and blue
now that shes gone gone gone lonely memories linger here too
said that girl

"Dinossauros da Lourinhã e Paleontologia para principiantes" em livro

O Museu da Lourinhã lançou o livro "Dinossauros da Lourinhã e Paleontologia para principiantes" de autoria de Simão Mateus.

 

A notícia do Jornal Alvorada:
Simão Mateus lançou livro que responde às interrogações da juventude: 
 “Espero que aprendam um pouco mais sobre dinossauros”

“Dinossauros da Lourinhã e Paleontologia para Principiantes” é o nome do primeiro livro lançado pelo Grupo de Etnografia e Arqueologia da Lourinhã (GEAL) da autoria do lourinhanense Simão Mateus.

A sessão de lançamento teve lugar no passado dia 25 de Novembro, no Auditório Dr. Afonso Rodrigues Pereira, na Lourinhã, perante a presença de familiares, amigos, professores, crianças e jovens do concelho.

Editado pelo Museu da Lourinhã, os textos foram revistos por vários professores do ensino básico para adaptar os conteúdos aos currículos programáticos e teve revisão científica do irmão do autor, o paleontólogo Octávio Mateus. “É um livro que surgiu de muitas das questões que me são colocadas durante as visitas guiadas ao museu”, referiu na sessão Simão Mateus.

Ao escrever este livro, pensou nos alunos com quem está diariamente e que de vez em quando “precisam de uns auxiliares de memória com a informação condensada, simples e fácil de ler e, de preferência, que seja divertido”.

Além disso, a publicação condensa meio manual do programa escolar do 7º ano. “Tratam-se de histórias giras com desenhos que já tenho feito há algum tempo e decidi fazer uma espécie de caderno de campo”, referiu o jovem escritor. E deixou um apelo: “espero que aprendam um pouco mais sobre os dinossauros e a paleontologia de uma forma leve e simples”.

O presidente da direcção do GEAL expressou na ocasião que se trata de “um assunto que nos interessa e que é importante para todos nós e que se fez livro”. Sendo esta a primeira edição publicada pelo GEAL, “esperemos que venham mais e que pelo menos tenham qualidade tão boa como esta”.

Também presente na sessão de apresentação, a professora de História, Élia Morais referiu que o livro é um conjunto de respostas a muitas questões que foram sendo colocadas por muitas crianças e jovens que, do país inteiro, partem para visitar o museu. “É interessante ver como o Simão Mateus sentiu esta necessidade de colocar por escrito num espaço muito agradável de divulgação respostas a essas perguntas”, referiu a docente. “Isto torna-se particularmente importante para as crianças e jovens do concelho porque todos sabemos que a Lourinhã é conhecida como Capital dos Dinossauros e esta designação suscita uma grande responsabilidade para quem nasceu ou vive aqui”.

A publicação é editada como um caderno de caligrafia e “é uma espécie de alfabetização paleontológica das crianças e dos jovens e conhecer a paleontologia da Lourinhã é deveras importante”, referiu Élia Morais. Este conhecimento proporciona “a construção de uma relação de pertença com o património”.

Por último, usou da palavra o vereador, José António Tomé, que referiu que o lançamento deste livro é, para a Lourinhã, “um motivo de orgulho porque foi feito por alguém que é de cá e que tem dedicado praticamente a sua vida a estas temáticas dos dinossauros”.

Por outro lado, sublinhou que a publicação “é um excelente recurso que permite às escolas do concelho a possibilidade de fazer um trabalho mais profundo com os alunos sobre a paleontologia”, vindo colmatar uma falha cultural.

Porque é que a Lourinhã é considerada a Capital dos Dinossauros ou porque foi dado o nome de “Lourinhanosaurus antunesi” a um dos dinossauros descobertos pelos paleontólogos do museu, são algumas das perguntas a que o livro dá resposta.

As explicações que se encontram nas 32 páginas, numa linguagem acessível, são acompanhadas por ilustrações infantis e científicas, dando aos leitores a imagem de cada um dos dinossauros descobertos no nosso concelho.

“Dinossauros da Lourinhã e Paleontologia para Principiantes” está à venda por cinco euros no Museu da Lourinhã.


in Lusodinos - post de Octávio Mateus

José Sócrates, Teixeira dos Santos e um país adiado

(imagem daqui)










(imagem daqui)










Quem é amigo, quem é? ou Mais uma prenda de José Sócrates




Sugestão de prenda de Natal adequada à época


Cão Azul

Grão a grão...

Novidades

A nota da Moody's, de hoje, ao contrário das outras, rotineiras, pode ter impacto severo no nível das taxas de juro, pois traz novidades. É a primeira vez que uma agência de rating chama a atenção para a possibilidade da «métrica» da dívida pública vir a ser afectada pela necessidade do Estado ter de vir a socorrer os bancos. O resto é conhecido: pressões deflacionárias, problemas de financiamento e refinanciamento, incapacidade do Governo de reduzir as novas necessidades de financiamento sem recurso a fundos de pensões da PT & Cª.
Por memória: há já 1.200 milhões de euros, que deveriam ser abatidos à dívida, com receitas de privatizações, um equivalente a 0,73% do PIB, em 2010, que não vão ser encaixados. O BPN, uma das privatizações agendadas, não só falhou, como vai requerer, para se manter, uma nova injecção de capital (cf. Relatório do Orçamento 2011, p. 165). Naturalmente que estes desaires são irrisórios face àquilo para que a Moody's alerta. 

in O Cachimbo de Magritte - post de Jorge Costa

O intrujão, as ordens de Bruxelas e Berlim e o pacote de vagas intenções

«Dito & Feito»
Por José António Lima

NA VÉSPERA da cimeira de Bruxelas, onde vai prestar contas à senhora Merkel e restantes parceiros europeus, José Sócrates anunciou um pacote de meia centena de medidas para aumentar a competitividade da economia - das quais, apesar de tão numerosas, pouco ou nada de concreto se sabe.

O que se sabe é que este extenso rol de medidas é o resultado directo das exigências feitas, há uma semana e meia, pelos eurocratas de Bruxelas a Portugal e, em particular, ao agora quase mudo ministro Teixeira dos Santos (que, contrafeito com o papel a que se viu remetido - de ouvir raspanetes nas reuniões europeias e andar a vender a dívida portuguesa porta a porta por esse mundo fora - se auto-impôs uma greve parcial de declarações públicas). O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, pediu a Teixeira dos Santos «novas medidas de consolidação orçamental», o comissário Olli Rehn insistiu com mais passos «nas reformas estruturais, como a da legislação laboral». E o resultado aí está.

Mas o que parece é que este pacote de 50 intenções vagas, conhecendo nós demasiado bem o estilo e as práticas de Sócrates, se destina mais a iludir os seus colegas europeus e a sossegar as suas exigências do que a ter qualquer efeito na competitividade da economia portuguesa.

Ainda assim, há aqui um padrão de comportamento que se repete. Foi também exactamente na véspera de uma importante cimeira europeia, do Ecofin, no final de Setembro, que Sócrates e Teixeira dos Santos anunciaram ao país o terceiro e mais drástico pacote de medidas de austeridade: corte de 5% nos salários da Função Pública, congelamento de pensões e subsídios sociais, aumento do IVA para 23%, etc. E foi também como resultado das crescentes pressões de Bruxelas que esse pacote foi aprovado em Conselho de Ministros.

Ou seja, o Governo, que há muito perdeu a autonomia e a iniciativa das decisões, passou a ser comandado ao ritmo das directivas de Bruxelas. E a aprovar pacotes de medidas em todas as vésperas de reuniões ou cimeiras europeias. Quanto a Sócrates, continua a dar profusas entrevistas, a desmentir a realidade e a vender ilusões. Reduziu-se a uma espécie de marketeer político. Antes de sair de cena.

«SOL» de 17 Dez 10

Eu não acredito em bruxas, mas...