quarta-feira, novembro 21, 2018

Fábio Júnior - 65 anos!

Fábio Júnior ou Fábio Jr. (nome artístico de Fábio Correa Ayrosa Galvão; São Paulo, 21 de novembro de 1953) é um cantor, compositor, ator e apresentador brasileiro. Teve vários papéis de protagonista e galã na Rede Globo. Atualmente, está sem fazer telenovelas desde 1998 e seu último trabalho foi na telenovela Corpo Dourado.
Biografia
Começou na música tocando com os irmãos em grupos como Os Colegiais, Os Namorados, Bossa 4 e Arco-Íris e, mais tarde (em 1971) lançou-se numa carreira a solo gravando canções em inglês (com pseudónimos como Uncle Jack e Mark Davis, sendo que como o último teve um hit, "Don't Let Me Cry", de 1973). Adotou o pseudónimo de Fábio Júnior para não ser confundido com o ator Flávio Galvão e começou a apresentar, ao lado do cantor Sílvio Brito, o programa Hallelluyah!, na extinta TV Tupi. A televisão foi um meio fundamental para a carreira de Fábio. Gravou o seu primeiro compacto como Fábio Júnior em 1975. No ano seguinte, participou de sua primeira telenovela, Despedida de Casado, que foi censurada. A sua estreia na tela foi na novela Nina, mas uniu os seus dois talentos em um caso especial chamado "Ciranda Cirandinha", na Rede Globo, que se tornou série. No episódio "Toma que o Filho é Teu" lançou a música "Pai", que inspirou a novela Pai Herói, em 1979. Até hoje, esta é sua canção mais emblemática. Em 1976 casou pela primeira vez com Tereza de Paiva Coutinho, que não faz parte do meio artístico. Em 1980 atuou pela única vez no cinema, no filme Bye Bye Brasil, de Cacá Diegues.
O seu primeiro LP foi lançado em 1981, mas Fábio Júnior não abandonou a carreira de ator, trabalhando nas novelas Cabocla, em 1979, Água Viva, em 1980, O Amor é Nosso, em 1981 e Louco Amor, em 1983, todas na Rede Globo. Em 1983 gravou seu primeiro especial para a TV (Nunca Deixe de Sonhar) e passou a dedicar-se somente à carreira de cantor, cuja tradição em baladas românticas já lhe haviam dado o epíteto de sucessor de Roberto Carlos. O casamento com a atriz Glória Pires (garantindo o papel de "casal perfeito", que os levou a representar Romeu e Julieta num especial de televisão) também garantiu os holofotes necessários ao cantor. Em 1985 voltou à televisão com a novela Roque Santeiro e trocou a Som Livre pela CBS. Na nova gravadora, passou a dedicar-se à sua carreira em castelhano, que culminou em 1987, quando ganhara o prémio Antorcha de Plata (Tocha de Prata) no festival chileno de Viña del Mar. Nesse mesmo ano gravou a canção "Sem limites para sonhar", com a cantora britânica Bonnie Tyler (que cantava a parte da letra em inglês).

Vida pessoal
Foi casado com a atriz Glória Pires, de quem teve uma filha, a também atriz Cléo Pires. É também pai de Krizia, Tainá, e Filipe Galvão, frutos do seu casamento com Cristina Karthalian. Foi casado com a atriz Guilhermina Guinle, de 1993 a 1998. Em 2001, casou-se com a atriz Patrícia de Sabrit, mas o casal separou-se três meses depois. Casou-se pela sexta vez no dia 1 de setembro de 2007, com a modelo Mari Alexandre. Em 2009, nasceu o primeiro e único filho do casal, Záion. Devido a uma vasectomia feita por Fábio, Mari recorreu a fertilização in vitro para conseguir engravidar. Separaram-se em 2010. Filipe Galvão, conhecido como Fiuk, seu filho com Cristina Karthalian, foi o protagonista de uma temporada da telenovela Malhação, que estreou em novembro de 2009.
  

Carly Rae Jepsen - 33 anos

Carly Rae Jepsen (Mission, Colúmbia Britânica, 21 de novembro de 1985) é uma cantora e compositora canadiana, que se tornou mais conhecida após ficar em 3º lugar na quinta temporada do reality-show Canadian Idol e fazer parte da turnê Canadian Idol Top 3.
Pouco depois de participar no programa Idol assinou contrato com a Fontana Records e com a MapleMusic e lançou o seu álbum de estreia, Tug of War, a 30 de setembro de 2008. Três anos depois a cantora lançou um novo single "Call Me Maybe" pela gravadora 604 Records, seguido do lançamento do seu EPCuriosity, a 14 de fevereiro de 2012. A canção e teledisco "Call Me Maybe" teve muito sucesso, alcançando a primeira posição nos Estados Unidos, no Top 100 da Billboard, e também no Canadá e Reino Unido. Jepsen assinou contrato com a Interscope Records, que irá ajudar a "levar sua música ao resto do mundo".
  
   

Magritte nasceu há 120 anos

René François Ghislain Magritte (Lessines, 21 de novembro de 1898 - Bruxelas, 15 de agosto de 1967) foi um dos principais artistas surrealistas belgas, ao lado de Paul Delvaux.
Biografia
Magritte nasceu em Lessines, Bélgica, no dia 21 de novembro de 1898, filho mais novo de Léopold Magritte. Em 1912 a sua mãe, Régina, cometeu suicídio por afogamento no rio Sambre. Magritte estava presente quando o corpo de sua mãe foi retirado das águas do rio.
Em 1916, ingressou na Académie Royale des Beaux-Arts, em Bruxelas, onde estudou durante dois anos. Foi durante esse período que ele conheceu Georgette Berger, com quem se casou em 1922. Trabalhou numa fábrica de papel de parede, e foi designer de cartazes e anúncios até 1926, quando um contrato com a Galerie la Centaure, na capital belga, fez da pintura a sua principal atividade. Nesse mesmo ano, Magritte produziu sua primeira pintura surrealista, Le jockey perdu, tendo a sua primeira exposição sido apresentada no ano seguinte.
René Magritte praticava o surrealismo realista, ou “realismo mágico”. Começou imitando a vanguarda, mas precisava realmente de uma linguagem mais poética e viu-se influenciado pela pintura metafísica de Giorgio de Chirico.
Magritte tinha espírito travesso, e, em A queda, os seus bizarros homens de chapéu-alto caem do céu absolutamente serenos, expressando algo da vida como conhecemos. A sua arte, pintada com tal nitidez que parece muitíssimo realista, caracteriza o amor surrealista aos paradoxos visuais: embora as coisas possam dar a impressão de serem normais, existem anomalias por toda a parte: A Queda tem uma estranha exatidão, e o surrealismo atrai justamente porque explora nossa compreensão oculta da esquisitice terrena.
Mudou-se para Paris em 1927, onde começou a envolver-se nas atividades do grupo surrealista, tornando-se grande amigo dos poetas André Breton e Paul Éluard e do pintor Marcel Duchamp.
Quando a Galerie la Centaure fechou e o seu contrato terminou, Magritte regressou a Bruxelas, permanecendo na cidade mesmo durante a ocupação alemã, na Segunda Guerra Mundial.
O seu trabalho foi exposto em 1936 na cidade de Nova York, Estados Unidos, e em mais duas exposições retrospectivas nessa mesma cidade, uma no Museu de Arte Moderna, em 1965, e outra no Metropolitan Museum of Art, em 1992.
Magritte morreu de cancro e foi enterrado no Cemitério Schaarbeek, em Bruxelas.
Le Fils de l'homme - 1964

terça-feira, novembro 20, 2018

Franco morreu há 43 anos

Francisco Franco Bahamonde (Ferrol, 4 de dezembro de 1892 - Madrid, 20 de novembro de 1975) foi um militar, Chefe do Estado, ditador espanhol, Regente do Reino de Espanha desde 1 de outubro de 1936 até à sua morte, em 1975.


Nascido Francisco Paulino Hermenegildo Teódulo Franco y Bahamonde na cidade galega de Ferrol, estudou na Academia de Infantaria de Toledo e entre 1912 e 1917, distingue-se nas campanhas bélicas do Marrocos espanhol. Após uma estada de três anos em Oviedo, volta ao Marrocos, onde combate às ordens de Rafael de Valenzuela y Urzaiz e de Millán Astray, destacando-se pelo seu valor e frieza no combate. Em 1923, apadrinhado por Afonso XIII, casa-se com Carmen Polo, de uma família da burguesia das Astúrias.
Destinado novamente a Marrocos com a patente de tenente-coronel, assume o comando da Legião Espanhola em 1923 e participa activamente no desembarque na baía de Alhucemas e na reconquista do Protectorado (1925). É, com José Sanjurjo, o mais brilhante dos militares chamados africanistas. Entre 1928 e 1931 dirige a Academia Militar de Saragoça.
Aquando da implantação da República (1931) é afastado de cargos de responsabilidade (é destacado para os governos militares da Corunha e das Baleares). O triunfo das forças de direita em 1933 fá-lo regressar a altos cargos do Exército. Planifica a cruel repressão da Revolução das Astúrias (1934) com tropas da Legião. Quando Gil Robles ocupa o Ministério da Guerra, é nomeado Chefe do Estado-Maior Central (1935). Em 1936, o Governo da Frente Popular nomeia-o comandante militar das Canárias. Dali mantém contacto com Emilio Mola (chamado «O Director») e Sanjurjo, que preparam o levantamento militar.
Em 17 de julho voa das Canárias até Marrocos, revolta a guarnição e torna-se comandante das tropas. Cruza o Estreito de Gibraltar com meios precários (aviões cedidos por Mussolini e Hitler e navios de pouca tonelagem) e avança até Madrid por Mérida, Badajoz e Talavera de la Reina. Apodera-se rapidamente da direcção militar e política da guerra (Setembro de 1936), e em 1 de Outubro de 1936 converte-se em Chefe do Estado, chefiando igualmente o Governo. Em abril de 1937 une os falangistas da Falange Espanhola das Juntas de Ofensiva Nacional-Sindicalista, FE-JONS, e os monárquicos carlistas da Comunhão Tradicionalista numa única força política, a FET y de las JONS (Falange Espanhola Tradicionalista e das JONS), e coloca-se à frente da nova organização como seu Chefe Nacional: Caudilho. Anos mais tarde diz que apenas presta contas da sua atividade "perante Deus e perante a História".
Terminada a guerra civil espanhola empreende a reconstrução do país. Recebeu o Grande-Colar da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito a 30 de Junho de 1939. Não só não quer contar com os vencidos para esta tarefa, mas também a repressão e os fuzilamentos se prolongam durante, pelo menos, um lustro. Cria um estado católico, autoritário e corporativo cujo regime recebe o nome de franquismo. Apesar das suas estreitas relações com a Alemanha e a Itália, mantém a neutralidade espanhola durante a Segunda Guerra Mundial. Terminada esta, os vencedores isolam o regime franquista. Contudo, este vai-se consolidando na base da promulgação das novas Leis Fundamentais: criação das Cortes Espanholas (1942), o Foro dos Espanhóis (1945), Lei do Referendo Nacional (1945), Lei da Sucessão na Chefia do Estado (1947), etc.
Em 1953 são restabelecidas as relações diplomáticas com os Estados Unidos e, em 1955, o regime de Franco é reconhecido pela Organização das Nações Unidas. Recebeu a Banda das Três Ordens a 14 de fevereiro de 1962. Em 1966 promulga uma nova lei fundamental às já existentes, a Lei Orgânica do Estado, e três anos mais tarde apresenta às Cortes, como sucessor a título de Rei, o PríncipeJuan Carlos, neto de Afonso XIII. Em junho de 1973 cede a presidência do Governo ao seu mais directo colaborador, Luis Carrero Blanco. A morte deste, num atentado, poucos meses depois, é o princípio da decomposição do regime. Franco morre, após longa doença, num hospital de Madrid.

segunda-feira, novembro 19, 2018

O Discurso de Gettysburg foi proferido há 155 anos


O Discurso de Gettysburg é o mais famoso discurso do Presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln. Foi proferido na cerimónia de dedicação do Cemitério Nacional de Gettysburg, na tarde do dia 19 de novembro de 1863, quatro meses depois da vitória na batalha de Gettysburg, decisiva para o resultado da Guerra de Secessão.
Em apenas 269 palavras, ditas em menos de dois minutos, Lincoln invocou os princípios de igualitarismo da Declaração de Independência e definiu a Guerra Civil como um novo nascimento da Liberdade que iria trazer a igualdade entre todos os cidadãos, criando uma nação unificada em que os poderes dos estados não se sobrepusessem ao "Governo do Povo, Pelo Povo, para o Povo".
A importância do Discurso de Gettysburg é comprovada pela sua recorrência na cultura americana. Além de estar gravado no Memorial de Lincoln em Washington, DC, o discurso é estudado em muitas escolas e é frequentemente mencionado pelos media e em obras de cultura popular.
Texto original

Four score and seven years ago our fathers brought forth on this continent a new nation, conceived in liberty and dedicated to the proposition that all men are created equal.


Now we are engaged in a great civil war, testing whether that nation or any nation so conceived and so dedicated can long endure. We are met on a great battlefield of that war. We have come to dedicate a portion of that field as a final resting-place for those who here gave their lives that that nation might live. It is altogether fitting and proper that we should do this.


But in a larger sense, we cannot dedicate, we cannot consecrate, we cannot hallow this ground. The brave men, living and dead who struggled here have consecrated it far above our poor power to add or detract. The world will little note nor long remember what we say here, but it can never forget what they did here.


It is for us the living rather to be dedicated here to the unfinished work which they who fought here have thus far so nobly advanced. It is rather for us to be here dedicated to the great task remaining before us – that from these honored dead we take increased devotion to that cause for which they gave the last full measure of devotion – that we here highly resolve that these dead shall not have died in vain, that this nation under God shall have a new birth of freedom, and that government of the people, by the people, for the people shall not perish from the earth.
 
Tradução

Há 87 anos, os nossos pais deram origem neste continente a uma nova Nação, concebida na Liberdade e consagrada ao princípio de que todos os homens nascem iguais.

Encontramo-nos actualmente empenhados numa grande guerra civil, pondo à prova se essa Nação, ou qualquer outra Nação assim concebida e consagrada, poderá perdurar. Eis-nos num grande campo de batalha dessa guerra. Eis-nos reunidos para dedicar uma parte desse campo ao derradeiro repouso daqueles que, aqui, deram a sua vida para que essa Nação possa sobreviver. É perfeitamente conveniente e justo que o façamos.

Mas, numa visão mais ampla, não podemos dedicar, não podemos consagrar, não podemos santificar este local. Os valentes homens, vivos e mortos, que aqui combateram já o consagraram, muito além do que nós jamais poderíamos acrescentar ou diminuir com os nossos fracos poderes.

O mundo muito pouco atentará, e muito pouco recordará o que aqui dissermos, mas não poderá jamais esquecer o que eles aqui fizeram.

Cumpre-nos, antes, a nós os vivos, dedicarmo-nos hoje à obra inacabada até este ponto tão insignemente adiantada pelos que aqui combateram. Antes, cumpre-nos a nós os presentes, dedicarmo-nos à importante tarefa que temos pela frente – que estes mortos veneráveis nos inspirem maior devoção à causa pela qual deram a última medida transbordante de devoção – que todos nós aqui presentes solenemente admitamos que esses homens não morreram em vão, que esta Nação com a graça de Deus venha gerar uma nova Liberdade, e que o governo do povo, pelo povo e para o povo jamais desaparecerá da face da terra.

Hoje é o Dia Mundial do Xadrez - Capablanca nasceu há 130 anos!

Jose Raúl Capablanca y Graupera (Havana, 19 de novembro de 1888 - Nova Iorque, 8 de março de 1942) foi um xadrezista cubano detentor do título de campeão do mundo da modalidade entre 1921 e 1927.
   
Carreira
Capablanca é referido por vários historiadores da modalidade como o Mozart do xadrez, uma vez que o seu brilhantismo desde cedo se evidenciou.
Aos quatro anos teria aprendido as regras do xadrez simplesmente observando o seu pai a jogar. Conta-se que Capablanca teria visto o seu pai fazer uma jogada ilegal com o cavalo, acusando-o de fazer batota e seguidamente explicando-lhe o que teria feito.
Com doze anos de idade Capablanca derrotou o campeão de Cuba, Juan Corzo, obtendo o resultado de 4 vitórias, 2 derrotas e 6 empates.
Em 1909, aos vinte anos, Capablanca venceu o campeão dos Estados Unidos, Frank Marshall, uma vitória avassaladora com o resultado de oito vitórias, uma derrota e catorze empates. Note-se que Marshall era um jogador com qualidade suficiente para ter disputado um match pelo título de campeão do mundo apenas dois anos antes.
Em 1911, persuadido por Marshall, Capablanca jogou o torneio de São Sebastião, Espanha, um dos mais importantes torneios do mundo na altura, veja-se que dentre os jogadores de topo da época apenas o campeão do mundo, Emanuel Lasker, não estava presente. Ossip Bernstein e Aaron Nimzowitsch discordaram da presença de Capablanca, por este ainda não ter vencido um torneio de relevo e a resposta de Capablanca foi vencer a primeira ronda contra Bernstein, tendo este jogo conquistado o prémio de brilhantismo. Após isto, Bernstein ganhou um novo respeito por Capablanca e afirmou que não seria surpresa para ele se Capablanca viesse a ganhar o torneio. O jovem cubano levou facilmente de vencida Nimzowitsch em alguns jogos de rápidas que disputaram. Os mestres reconheceram que não havia quem levasse a melhor a Capablanca nas variantes rápidas do jogo. Capablanca venceu ainda Nimzowitsch naquele que foi considerado o jogo do torneio.
Capablanca surpreendeu o mundo do xadrez ao vencer o torneio com seis vitórias, uma derrota e sete empates, superando Akiba Rubinstein, Carl Schlechter e Siegbert Tarrasch.
Em 1911 Capablanca desafiou Lasker para disputarem o campeonato do mundo, este assentiu mas impôs dezassete condições para o match. Como Capablanca não acordou com todas estas condições, o match acabou por não se disputar.
Em setembro de 1913, Capablanca conseguiu lugar no Ministério dos Negócios Estrangeiros cubano, onde não tinha qualquer tarefa exceto jogar xadrez. Esta posição permitiu-lhe defrontar em vários jogos de exibição os melhores jogadores europeus, onde provou a sua superioridade.
Em 1914, num torneio em São Petersburgo, Capablanca encontrou Lasker no tabuleiro pela primeira vez, e, apesar de ter estado com uma vantagem de 1,5 pontos acabou por perder para Lasker, com 13 pontos contra os 13,5 deste, embora com larga vantagem para o terceiro classificado, Alexander Alekhine.
   
Campeão mundial
Em 1920, Lasker verificou que Capablanca era demasiado forte para ele, e desistiu do seu título a favor deste, dizendo: "Você ganhou o título, não através dum desafio formal, mas através das suas brilhantes capacidades." Apesar disso, Capablanca queria vencer num match, mas Lasker insistiu que ele próprio é que era o desafiante, que se disputou em Havana, em 1921, tendo o resultado cifrado-se em +4 -0 =10 (4  vitórias, 0 derrotas e 10 empates). O feito de ganhar o título de campeão do mundo sem derrotas só tem paralelo na vitória de Vladimir Kramnik sobre Garry Kasparov +2 -0 =14, em 2000.
Já como campeão do mundo, Capablanca dominou absolutamente em 1922 em Londres. Nesta altura apareciam cada vez mais jogadores de qualidade e pensou-se que o campeão do mundo não deveria poder evitar desafios ao seu título, como se verificou até então. Neste torneio os grandes jogadores da época Alekhine, Efim Bogoljubow, Geza Maroczy, Richard Réti, Akiba Rubinstein, Savielly Tartakower e Milan Vidmar encontraram-se para discutir as regras pelas quais se conduziriam os futuros campeonatos. Entre outras condições, uma imposta por Capablanca foi que o desafiante deveria angariar um mínimo de dez mil dólares para o prize money. Nos anos que se seguiram Rubinstein e Nimzowitsch desafiaram Capablanca mas não conseguiram reunir o dinheiro suficiente. Posteriormente Alekhine desafiou Capablanca, residindo o seu suporte financeiro num grupo de empresários argentinos e no próprio presidente do país.
No período em que foi campeão do mundo, Capablanca teve grandes mudanças na sua vida pessoal: em dezembro de 1921 casou com Gloria Simoni Beautucourt e deste casamento nasceram José Raul em 1923 e Gloria em 1925. O casal acabou contudo por se divorciar e, neste período, os pais de Capablanca faleceram.
Em 1924 Capablanca foi o segundo classificado, atrás de Lasker, em Nova Iorque, novamente com larga vantagem para o terceiro classificado, Alekhine, em Moscovo, em 1925, ficou-se somente pelo terceiro lugar atrás de Efim Bogoljubow e Lasker, mas dominou completamente o torneio de seis jogadores, disputado em Nova Iorque em 1927, ao não perder qualquer jogo e terminando com 2,5 pontos de vantagem para Alekhine. Nestas condições Capablanca era o claro favorito à vitória no match contra Alekhine a disputar nesse ano.
   
Perda do título
Neste match verificou-se a queda de Capablanca. Apesar de ter tentado fazer Alekhine anular o match quando este rotundou numa série de empates, Alekhine recusou-se e acabou por levar o título com +6 -3 =25, contudo, apesar de acordado nas condições impostas para que o match decorresse que haveria direito a desforra, Alekhine recusou-se a jogar a desforra, em vez disso jogou dois matches contra Efim Bogolyubov, que não era da mesma craveira (Capablanca tinha um registo de 5-0 contra ele). Alekhine recusou-se mesmo a jogar os mesmo torneios que o seu rival.
Após ter perdido o título, Capablanca venceu vários torneios fortes, e em 1931 derrotou Max Euwe +2 -0 =8. Em seguida retirou-se do xadrez de alto nível, jogando apenas em jogos de menor responsabilidade no Manhattan Chess Club e simultâneas. Reuben Fine refere que neste período estava a um nível próximo do de Alekhine no blitz, mas Capablanca vencia-o "sem misericórdia" nas poucas vezes que jogaram.
Em 1934, Capablanca voltou a jogar ao mais alto nível. Tinha encontrado uma nova companheira, Olga Chagodayev, com quem casou em 1938, que o levou a jogar novamente. Em 1935, Alekhine perdeu o título para Euwe. Capablanca ficou com esperanças renovadas quanto à possibilidade de recuperar o título, tendo vencido o torneio de Moscovo em 1936, à frente de Botvinnik e Lasker. Venceu empatado com Botvinnik o super-torneio de Nottingham também em 1936, à frente de Euwe, Lasker, Alekhine e os jogadores jovens mais promissores, neste torneio Capablanca e Alekhine defrontaram-se pela primeira vez desde o fatídico match e Capablanca conseguiu vingar-se. A sua "raiva mútua" era ainda forte, por isso nunca eram vistos sentados os dois junto ao tabuleiro por mais de alguns segundos, cada um fazia a sua jogada levantando-se em seguida.
Em 1937, Euwe, ao contrário do que Alekhine fez com Capablanca, correspondeu à obrigação de permitir a Alekhine o match de desforra, que este ganhou sem dificuldade. Depois disto, já não havia esperança para Capablanca recuperar o título, e Alekhine não jogou mais nenhum match pelo campeonato do mundo até à sua morte. O controlo absoluto que o campeão fazia do título fez com que a FIDE adquirisse o controlo da atribuição do título, para garantir que o melhor concorrente tivesse a possibilidade de defrontar o campeão.
Durante o Torneio de Xadrez AVRO 1938 ele sofreu um pequeno ataque cardíaco e também o pior resultado da sua carreira, sétimo entre oito jogadores. Ainda assim, conseguia obter grandes resultados no seu tabuleiro, na Olimpíada de Xadrez de 1939, em Buenos Aires, conseguiu o melhor resultado para Cuba, vencendo Alekhine e Paul Keres.
Na tarde de 7 de março de 1942, no Clube de Xadrez de Manhattan, Capablanca subitamente sofreu uma severa dor de cabeça e começou a perder a consciência. Foi levado às pressas ao hospital e na manhã seguinte, nos braços da sua mulher Olga, morreu de hemorragia cerebral… Havana enterrou o seu herói nacional com honras de Estado.
   
Jogo
Capablanca ainda é considerado como um dos melhores jogadores de todos os tempos. Ele é especialmente conhecido pela sua rapidez de julgamento, isenção de erros, grande qualidade nos finais e estilo posicional. É ainda conhecido pelo seu enorme talento natural e pelo pouco tempo despendido para se prepar para os torneios.
Em toda a sua carreira, Capablanca sofreu menos de cinquenta derrotas em jogos oficiais, conseguindo ainda o feito de estar invicto durante oito anos consecutivos, de 1916 a 1923 inclusive, uma série de 63 jogos sem perder incluindo a vitória no campeonato do mundo. De facto, apenas Marshall, Lasker, Alekhine e Rudolf Spielmann ganharam dois ou mais jogos "a sério" ao já amadurecido Capablanca, embora ficassem com uma desvantagem no total dos confrontos, Capablanca vs Marshall +20 -2 =28, vs Lasker +6 -2 = 16, vs Alekhine +9 -7 =33, excepto Spielmann que tem o resultado empatado +2 -2 =?. Dos jogadores de topo, apenas Keres tinha vantagem nos confrontos com Capablanca +1 -0 =5, note-se que esta vitória foi conseguida quando Capablanca já tinha cinquenta anos de idade.
Richard Réti afirmou que "O xadrez era a língua mãe de Capablanca". E, de acordo com o sistema de classificação de Jeff Sonas, do site chessmetrics, Réti não se enganava muito, visto que Capablanca lidera as listas feitas por períodos de 1 ano, 3 anos, 5 anos e 9 anos.
Capablanca não fundou uma nova escola per se, mas o seu estilo influenciou muito o jogo de dois campeões do mundo, Bobby Fischer e Anatoly Karpov. Mikhail Botvinnik também escreveu que tinha aprendido muito com Capablanca, e até apontou que o próprio Alekhine aprendeu muito com este em termos de jogo posicional, antes do match que os iria tornar rivais para sempre.
Botvinnik apontava o livro de Capablanca Chess Fundamentals como indubitavelmente o melhor livro de xadrez alguma vez escrito. Nele, Capablanca referia que apesar de o bispo ser habitualmente mais forte que o cavalo, a combinação dama e cavalo era normalmente superior à combinação dama e bispo. Botvinnik atribuía a Capablanca o crédito de ter sido o primeiro a ter esta noção.
   

domingo, novembro 18, 2018

O Rato Mickey faz hoje noventa anos...!

Mickey Mouse (conhecido em português por Rato Mickey) é uma personagem do desenho animado e que se tornou o símbolo da The Walt Disney Company. A personagem foi criado em 1928 por Walt Disney e o desenhador Ub Iwerks e dobrado por Walt Disney. The Walt Disney Company celebra o seu aniversário a 18 de novembro de 1928, que é a data de lançamento de Steamboat Willie, embora até meados dos anos 80 a data fosse comemorada em 28 de setembro. O rato antropomórfico evoluiu de ser simplesmente uma personagem de desenhos animados e quadradinhos para se tornar um dos símbolos mais conhecidos do mundo. 

Manuel António Pina nasceu há 75 anos

Manuel António Pina (Sabugal, 18 de novembro de 1943 - Porto, 19 de outubro de 2012) foi um jornalista e escritor português, premiado em 2011 com o Prémio Camões.
O escritor licenciou-se em direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e foi jornalista do Jornal de Notícias durante três décadas, tendo sido depois cronista do Jornal de Notícias e da revista Notícias Magazine.
A sua obra incidiu principalmente na poesia e na literatura infanto-juvenil, embora tenha escrito também diversas peças de teatro e de obras de ficção e crónica. Algumas dessas obras foram adaptadas ao cinema e TV e editadas em disco.
A sua obra se difundiu em países como França (francês e corso), Estados Unidos, Espanha (espanhol, galego e catalão), Dinamarca, Alemanha, Países Baixos, Rússia, Croácia e Bulgária.
A 9 de junho de 2005 foi feito Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.
Faleceu no dia 19 de outubro de 2012 no Hospital de Santo António no Porto.
  
  
  
Lugares da Infância 

Lugares da infância onde
sem palavras e sem memória
alguém, talvez eu, brincou
já lá não estão nem lá estou.

Onde? Diante
de que mistério
em que, como num espelho hesitante,
o meu rosto, outro rosto, se reflecte?

Venderam a casa, as flores
do jardim, se lhes toco, põem-se hirtas
e geladas, e sob os meus passos
desfazem-se imateriais as rosas e as recordações.

O quarto eu não o via
porque era ele os meus olhos;
e eu não o sabia
e essa era a sabedoria.

Agora sei estas coisas
de um modo que não me pertence,
como se as tivesse roubado.

A casa já não cresce
à volta da sala,
puseram a mesa para quatro
e o coração só para três.

Falta alguém, não sei quem,
foi cortar o cabelo e só voltou
oito dias depois,
já o jantar tinha arrefecido.

E fico de novo sozinho,
na cama vazia, no quarto vazio.
Lá fora é de noite, ladram os cães;
e eu cubro a cabeça com os lençóis.

 

in Um Sítio onde Pousar a Cabeça (1991) - Manuel António Pina

O tratado que originou o Canal do Panamá foi assinado há 115 anos

O tratado Hay-Bunau-Varilla foi assinado em 18 de novembro de 1903 (menos de um mês depois da independência do Panamá da Colômbia), quando Philipe Bunau-Varilla viajou para Washington, DC e Nova Iorque, para negociar os termos do tratado com diversos membros do governo dos Estados Unidos da América, mais precisamente com o Secretário de Estado John Hay.
Os dois homens negociaram os termos de venda do Canal do Panamá e da zona à sua volta. Bunau-Varilla era um francês envolvido na construção do canal sob as ordens de Ferdinand de Lesseps, o mesmo homem que comandara a construção do Canal de Suez. Esse tratado também é chamado de "O tratado que nenhum panamenho assinou", apesar de eles, mais tarde, terem concordado com seus termos (sob pressão do governo dos Estados Unidos).




A Zona do Canal do Panamá (em espanhol Zona del Canal de Panamá) era um território de 1.432 km² dentro do Panamá, consistindo do Canal do Panamá e de uma área de 8,1 km de largura de cada lado. Essa zona foi criada a 18 de novembro de 1903, com a assinatura do Tratado Hay-Bunau-Varilla.
De 1903 a 1977, o território foi controlado pelos Estados Unidos, que construiu e financiou a construção do canal. De 1977 a 1999, o canal esteve sob jurisdição conjunta dos EUA e do Panamá. Em 1977, os Tratados Torrijos-Carter estabeleceram a neutralidade do canal e a cessão do controle de toda a zona ao Panamá.
Durante o controle da zona do canal pelos Estados Unidos, o território, com exceção do canal propriamente dito, era usado principalmente para fins militares; no entanto, aproximadamente 3000 civis norte-americanos (chamados "zonians") habitavam lá como residentes permanentes. O uso militar da zona pelos EUA acabou quando esta retornou ao controle panamenho. Ela é agora um destino turístico, especialmente para navios de cruzeiros.
Existem duas pontes importantes na zona do canal do Panamá: a Ponte das Américas, a mais antiga, e a Ponte Centenária, inaugurada em 2004. Ambas foram construídas sobre o canal com o propósito de proporcionar e facilitar o crescente tráfego entre as partes norte e sul do continente americano. A região também conta, ou já contou no passado, com pontes bem menores e mesmo, em alguns casos, pontes temporárias.
Um ilustre zonian é John McCain, o candidato republicano às eleições presidenciais americanas de 2008. Ele nasceu em 1936, enquanto a zona era um domínio norte-americano.

O Massacre de Jonestown foi há quarenta anos

(imagem daqui)
   
O Massacre de Jonestown ocorreu a 18 de novembro de 1978 na Guiana, com a morte de mais de 900 pessoas, resultando na maior perda de vidas de civis norte-americanas em desastres não naturais até aos ataques de 11 de setembro de 2001.
O Peoples Temple (Templo dos Povos), com sede em San Francisco, EUA, era conduzido pelo líder religioso Jim Jones. O fanatismo religioso é visto como um caso extremo. O reverendo Jones veio até ao Brasil em 1970 e depois decidiu-se instalar na Guiana.
25 anos após o massacre, foi realizada nos Estados Unidos uma cerimónia em homenagem aos mortos. Estavam presentes dois filhos de Jim Jones no cemitério onde foram enterradas 400 pessoas.
  
  
  
Houses in Jonestown
"Jonestown" was the informal name for the Peoples Temple Agricultural Project, an intentional community in northwestern Guyana formed by the Peoples Temple led by an American, Jim Jones. It became internationally notorious when on November 18, 1978, 918 people died in the settlement, at a nearby airstrip, and in Georgetown (Guyana's capital). The name of the settlement became synonymous with the incidents at those locations.
A total of 909 Temple members died in Jonestown, all but two from apparent cyanide poisoning, in an event termed "revolutionary suicide" by Jones and some members on an audio tape of the event and in prior discussions. The poisonings in Jonestown followed the murder of five others by Temple members at a nearby Port Kaituma airstrip. The victims included United States Congressman Leo Ryan. Four other Temple members died in Georgetown at Jones' command.
To an extent, the actions in Jonestown were viewed as a mass suicide; some sources, including Jonestown survivors, regard the event as a mass murder. It was the largest such event in modern history and resulted in the largest single loss of American civilian life in a deliberate act until the events of September 11, 2001.
  

sábado, novembro 17, 2018

O músico Gordon Lightfoot faz hoje oitenta anos!

Gordon Meredith Lightfoot (Orillia, Ontário, 17 de novembro de 1938) é um cantautor e poeta canadiano que alcançou sucesso internacional através da música folk, country e rock.
  
Gordon Lightfoot é filho de Gordon Meredith Lightfoot Sr. e Jessica Lightfoot. Na década de 50, frequentou a escola de música em Hollywood, Califórnia. Ele voltou para o Canadá nos anos 60 e já se apresentava em cafés, em Toronto. Em 1966, lançou o seu álbum de estreia, intitulado Lightfoot!. Neste período, ficou mais conhecido como compositor para artistas como Johnny Cash e Elvis Presley, entre outros.
Lightfoot é um dos primeiros cantores pop canadiano que ficou famoso no seu próprio país, sem ter de se mudar para os Estados Unidos. Mas também obteve sucesso nos Estados Unidos, entre outros singles, Sundown, em 1974. Quase dois anos depois, um outro hit, The Wreck of the Edmund Fitzgerald, uma composição em memória do naufrágio do navio graneleiro SS Edmund Fitzgerald ocorrido a 10 de novembro de 1975, no Lago Superior. Ambos os singles ainda são populares em estações de rádio que executam rock clássico.
Lightfoot recebeu 15 prémios Juno e foi indicado cinco vezes para um Grammy Award. Ele está no Canadian Music Hall of Fame e no Canadian Country Music Hall of Fame. Possui uma estrela na Calçada da Fama do Canadá desde 1998. Em maio de 2003 recebeu a Ordem do Canadá, a mais alta condecoração civil do país. Lightfoot é também um membro da Ordem de Ontário, a mais alta honra na província do Canadá.
Em 2002, devido a um aneurisma da aorta, Lightfoot ficou em coma durante seis semanas.
    
 

O Infante D. Fernando, pai de El-Rei D.Manuel I, nasceu há 585 anos

Infante D. Fernando, Duque de Beja e Viseu, Condestável do Reino

D. Fernando, Infante de Portugal (Almeirim, 17 de novembro de 1433 - Setúbal, 18 de setembro de 1470), Infante de Portugal, 2.º Duque de Viseu, 2.º Senhor da Covilhã, 1.º Duque de Beja, 1.º Senhor de Moura e 6.º Condestável de Portugal, irmão do rei D. Afonso V de Portugal, foi um exímio militar, aventureiro e navegador português que dirigiu e apoiou várias expedições.

Brasão do Infante D. Fernando, 1.º Duque de Beja e 2.º Duque de Viseu
  
Biografia
Em 1452, Fernando saiu do país sem autorização do seu irmão, o rei D. Afonso V procurando aventuras. Segundo uns, pretendia combater os mouros nas praças portuguesas do norte de África; outros diziam que o objectivo era juntar-se a seu tio materno, o rei Afonso I de Nápoles, nas campanhas no sul de Itália, uma vez que Fernando tinha a esperança de poder vir a herdar aquele reino, dado que o tio não tinha filhos legítimos.
Contudo, o seu irmão D. Afonso V, assim que soube da fuga de Fernando, deu ordens ao Conde de Odemira, que comandava a frota portuguesa que patrulhava o estreito de Gibraltar, para interceptar o infante e escoltá-lo de regresso a Portugal.
Em 1453, D. Afonso V concedeu-lhe o título de 1.º Duque de Beja e 1.º Senhor de Moura.
Finalmente foi autorizado a deslocar-se ao norte de África, participando em acções militares: primeiro, em 1458 acompanhou o seu irmão, o rei D. Afonso V, na expedição portuguesa que conquistou a cidade marroquina de Alcácer Ceguer; depois, em 1468, comandou a esquadra que conquistou e destruiu o porto de Anafé (hoje denominado de Anfa e integrado em Casablanca) que era uma base de corsários.
D. Fernando, que em 1436 fora também nomeado herdeiro do seu tio, o Infante D. Henrique, tornando-se o seu filho adoptivo. E, quando em 1460, morre D. Henrique, sucedeu-lhe não só no título de Duque de Viseu como também como Mestre da Ordem de Cristo e passou a ser o responsável pelos Descobrimentos (1460-1470) para o Reino de Portugal.
Nesse último contexto, aproveitando o seu espírito aventureiro, dele próprio ter feito parte de algumas das expedições marítimas de reconhecimento não só da costa atlântica de África como da própria América. Isso último reconhecido ou constado na época, dentro de um pequeno circulo de navegadores, e cujo feito, na altura, chegou a constar de um pleito contra os direitos de Colombo a favor de seus companheiros de viagem.
   
Genealogia
Foi o segundo filho do rei Duarte I de Portugal e de sua esposa Leonor de Aragão.
Casou-se com a sua prima, Beatriz de Portugal, filha do seu tio João, Infante de Portugal, em 1447.
Deste casamento resultaram nove filhos, dos quais apenas cinco chegaram à idade adulta; contudo, todos eles desempenharam um papel capital na história portuguesa:
  1. João de Viseu (1448-1472), terceiro Duque de Viseu, segundo Duque de Beja.
  2. Diogo de Viseu (1450-1484), quarto Duque de Viseu e terceiro Duque de Beja.
  3. Duarte de Viseu.
  4. Dinis de Viseu.
  5. Simão de Viseu.
  6. Leonor de Viseu (1458-1525), casou com João II de Portugal e tornou-se Rainha de Portugal.
  7. Isabel de Viseu (1459-1521), casada com o duque de Bragança, Fernando II.
  8. Manuel, duque de Viseu e de Beja, e Rei de Portugal após a morte do seu primo e cunhado, o Rei D. João II de Portugal.
  9. Catarina de Viseu.
O Infante D. Fernando encontra-se sepultado no Mosteiro das Religiosas da Conceição, em Beja, que fora fundado por sua mulher.
   

Isabel I, Rainha da Inglaterra e da Irlanda, começou a reinar há 460 anos

Isabel I (Greenwich, 7 de setembro de 1533 - Richmond, 24 de março de 1603), também conhecida sob a variante Elisabete I ou Elizabeth I, foi Rainha da Inglaterra e da Irlanda desde 1558 até à sua morte. Também ficou conhecida pelos nomes de A Rainha Virgem, Gloriana e Boa Rainha Bess. Filha de Henrique VIII, Isabel nasceu como princesa, mas a sua mãe, Ana Bolena, foi executada dois anos e meio depois do seu nascimento e Isabel foi declarada bastarda. Mais tarde, o seu meio-irmão, Eduardo VI, deixou a coroa a Lady Jane Grey, excluindo as suas irmãs da linha de sucessão. No entanto, o seu testamento foi rejeitado, Lady Jane Grey foi executada e, em 17 de novembro de 1558, Isabel sucedeu, por morte desta, à sua meia-irmã católica, Maria I, depois de passar quase um ano presa por suspeita de apoiar os rebeldes protestantes.
Isabel decidiu que reinaria com bons conselheiros, dependendo fortemente de um grupo de intelectuais de confiança liderado por William Cecil, barão Burghley. Uma das suas primeiras iniciativas como rainha foi apoiar o estabelecimento da igreja protestante inglesa, da qual se tornou governadora suprema. Este Acordo Religioso Isabelino manteve-se firmemente durante o seu reinado e desenvolveu-se, tornando-se naquela que é conhecida hoje como a Igreja de Inglaterra. Era esperado que Isabel se casasse, mas apesar de vários pedidos do parlamento e de numerosas cortes feitas por vários membros de casas reais por toda a Europa, ela nunca o fez. As razões para esta decisão já foram muito debatidas. À medida que envelhecia, Isabel tornou-se famosa pela sua virgindade, criando um culto à sua volta que foi celebrado nos retratos, festas e literatura da época.
Seu reinado é conhecido por Período Elisabetano (ou Isabelino) ou ainda Era Dourada. Foi um período de ascensão, marcado pelos primeiros passos na fundação daquilo que seria o Império Britânico, e pela produção artística crescente, principalmente na dramaturgia, que rendeu nomes como Christopher Marlowe e William Shakespeare. No campo da navegação, o capitão Francis Drake foi o primeiro inglês a dar a volta ao mundo, enquanto na área do pensamento Francis Bacon pregou suas ideias políticas e filosóficas. As mudanças se estendiam à América do Norte, onde se deram as primeiras tentativas de colonização, que resultaram em geral em fracassos.
Isabel era uma monarca temperamental e muito decidida. Esta última característica, vista com impaciência por seus conselheiros, frequentemente a manteve longe de desavenças políticas. Assim como seu pai Henrique VIII, Isabel gostava de escrever, tanto prosa quanto poesia.
O seu reinado foi marcado pela prudência na concessão de honrarias e títulos. Somente oito títulos maiores: um de conde e sete de barão no reino da Inglaterra, mais um baronato na Irlanda, foram criados durante o reinado de Isabel. Isabel também reduziu substancialmente o número de conselheiros privados, de 39 para 19. Mais tarde, passaram a ser apenas 14 conselheiros.
A colónia inglesa da Virgínia (futuro estado americano, após a independência dos Estados Unidos), recebeu esse nome em homenagem a Isabel I.