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segunda-feira, novembro 18, 2024

O tratado que originou o Canal do Panamá foi assinado há 121 anos

    
O tratado Hay-Bunau-Varilla foi assinado em 18 de novembro de 1903 (menos de um mês depois da independência do Panamá da Colômbia), quando Philipe Bunau-Varilla viajou para Washington, DC e Nova Iorque, para negociar os termos do tratado com diversos membros do governo dos Estados Unidos da América, mais precisamente com o Secretário de Estado John Hay.
Os dois homens negociaram os termos de venda do Canal do Panamá e da zona à sua volta. Bunau-Varilla era um francês envolvido na construção do canal, sob as ordens de Ferdinand de Lesseps, o mesmo homem que comandara a construção do Canal de Suez. Esse tratado também é chamado de "o tratado que nenhum panamenho assinou", apesar de eles, mais tarde, terem concordado com os seus termos (sob pressão do governo dos Estados Unidos).


 


A Zona do Canal do Panamá (em espanhol Zona del Canal de Panamá) era um território de 1.432 km² (553 milhas²) dentro do Panamá, consistindo do Canal do Panamá e de uma área de 8,1 km (5 milhas) de largura de cada lado. Essa zona foi criada a 18 de novembro de 1903, com a assinatura do Tratado Hay-Bunau-Varilla.
De 1903 a 1977, o território foi controlado pelos Estados Unidos, que construiu e financiou a construção do canal. De 1977 a 1999, o canal esteve sob jurisdição conjunta dos EUA e do Panamá. Em 1977, os Tratados Torrijos-Carter estabeleceram a neutralidade do canal e a cessão do controle de toda a zona ao Panamá.
Durante o controle da zona do canal pelos Estados Unidos, o território, com exceção do canal propriamente dito, era usado principalmente para fins militares; no entanto, aproximadamente 3.000 civis norte-americanos (chamados "zonians") habitavam lá, como residentes permanentes. O uso militar da zona pelos EUA acabou quando esta retornou ao controle panamenho. Ela é agora um destino turístico, especialmente para navios de cruzeiros.
Existem duas pontes importantes na zona do canal do Panamá: a Ponte das Américas, a mais antiga, e a Ponte Centenária, inaugurada em 2004. Ambas foram construídas sobre o canal com o propósito de proporcionar e facilitar o crescente tráfego entre as partes norte e sul do continente americano. A região também conta, ou já contou no passado, com pontes bem menores e mesmo, em alguns casos, pontes temporárias.
   

domingo, dezembro 31, 2023

O Canal do Panamá deixou de ser norte-americano há quarenta e quatro anos

Foto da cerimónia de transferência
   
Os Tratados Torrijos-Carter (às vezes referidos no singular, como o Tratado Torrijos-Carter) são dois tratados assinados entre os Estados Unidos e o Panamá em Washington, DC, em 7 de setembro de 1977, anulando o Tratado Hay-Bunau-Varilla assinado em 1903.
    
Mapa da Zona do Canal do Panamá
  
Estes dois tratados garantiam ao Panamá o controle do Canal do Panamá - até então sob controle dos Estados Unidos - a partir de 1977. Os tratados são assim chamados em homenagem aos dois signatários, o presidente dos Estado Unidos Jimmy Carter e o líder panamenho Omar Torrijos. Torrijos não fora eleito democraticamente, tendo tomado o poder através de um golpe de estado em 1968, mas considera-se, em geral, que teve um grande apoio no Panamá para a assinatura desses tratados.
O primeiro tratado é chamado oficialmente de The Treaty Concerning the Permanent Neutrality and Operation of the Panama Canal (Tratado referente à Neutralidade Permanente e à Operação do Canal do Panamá), normalmente referido como The Neutrality Treaty (O Tratado de Neutralidade). Nesse tratado, os EUA mantêm o direito permanente de defender o canal de qualquer ameaça que possa interferir com seu serviço neutro continental a navios de todos os países.
O segundo tratado é chamado de The Panama Canal Treaty (O tratado do Canal do Panamá). É este tratado que garantia que, depois do ano 2000, o Panamá assumiria o controle total das operações do canal e tornar-se-ia o primeiro responsável por sua defesa.
      
      
(...)
    
Ambos os tratados foram subsequentemente ratificados no Panamá, por uma maioria de dois terços, num plebiscito ocorrido a 23 de outubro de 1977. A fim de permitir o debate popular dos tratados e em resposta às alegações dos seus adversários nos EUA de que o Panamá era incapaz de ratificar democraticamente os tratados, restrições à imprensa e a partidos políticos foram anuladas várias semanas antes do voto. No dia de votação, 96% dos eleitores panamenhos foram às urnas, o maior índice de participação no Panamá até então. O tratado de neutralidade era o que mais preocupava os eleitores, particularmente à esquerda, e foi uma das razões pelas quais os tratados não encontraram um apoio popular ainda maior.
Nos Estados Unidos, o Senado ratificou o primeiro tratado em 16 de março de 1978 e o segundo em 18 de abril.
     
(...)
      
O tratado do Canal do Panamá definiu um plano para a transferência do canal, levando a um total controle de todas as terras e edifícios na área do Canal pelo Panamá. A consequência mais imediata desse tratado foi que a Zona do canal do Panamá, como entidade, deixou de existir em 1 de outubro de 1979. A fase final do tratado foi completada a 31 de dezembro de 1999. Nessa data, Os Estados Unidos transferiram o controle do Canal do Panamá e de todas as áreas do que fora até então a Zona do Canal do Panamá para o estado do Panamá.
Como resultado dos tratados, em 2000 cerca de 1.500 km², incluindo algo em torno de 7.000 prédios, como estabelecimentos militares, depósitos, armazéns, escolas e residências privadas, foram transferidos para o Panamá. Em 1993, o governo panamenho criou uma agência, a Autoridad de la Región Interoceánica, também chamada de "ARI", para administrar e manter as propriedades cedidas.
     

sábado, novembro 18, 2023

O tratado que originou o Canal do Panamá foi assinado pelos Estados Unidos há cento e vinte anos

    
O tratado Hay-Bunau-Varilla foi assinado em 18 de novembro de 1903 (menos de um mês depois da independência do Panamá da Colômbia), quando Philipe Bunau-Varilla viajou para Washington, DC e Nova Iorque, para negociar os termos do tratado com diversos membros do governo dos Estados Unidos da América, mais precisamente com o Secretário de Estado John Hay.
Os dois homens negociaram os termos de venda do Canal do Panamá e da zona à sua volta. Bunau-Varilla era um francês envolvido na construção do canal, sob as ordens de Ferdinand de Lesseps, o mesmo homem que comandara a construção do Canal de Suez. Esse tratado também é chamado de "o tratado que nenhum panamenho assinou", apesar de eles, mais tarde, terem concordado com os seus termos (sob pressão do governo dos Estados Unidos).


 


A Zona do Canal do Panamá (em espanhol Zona del Canal de Panamá) era um território de 1.432 km² (553 milhas²) dentro do Panamá, consistindo do Canal do Panamá e de uma área de 8,1 km (5 milhas) de largura de cada lado. Essa zona foi criada a 18 de novembro de 1903, com a assinatura do Tratado Hay-Bunau-Varilla.
De 1903 a 1977, o território foi controlado pelos Estados Unidos, que construiu e financiou a construção do canal. De 1977 a 1999, o canal esteve sob jurisdição conjunta dos EUA e do Panamá. Em 1977, os Tratados Torrijos-Carter estabeleceram a neutralidade do canal e a cessão do controle de toda a zona ao Panamá.
Durante o controle da zona do canal pelos Estados Unidos, o território, com exceção do canal propriamente dito, era usado principalmente para fins militares; no entanto, aproximadamente 3.000 civis norte-americanos (chamados "zonians") habitavam lá, como residentes permanentes. O uso militar da zona pelos EUA acabou quando esta retornou ao controle panamenho. Ela é agora um destino turístico, especialmente para navios de cruzeiros.
Existem duas pontes importantes na zona do canal do Panamá: a Ponte das Américas, a mais antiga, e a Ponte Centenária, inaugurada em 2004. Ambas foram construídas sobre o canal com o propósito de proporcionar e facilitar o crescente tráfego entre as partes norte e sul do continente americano. A região também conta, ou já contou no passado, com pontes bem menores e mesmo, em alguns casos, pontes temporárias.
   

sábado, dezembro 31, 2022

O Canal do Panamá deixou de ser norte-americano há quarenta e três anos

Foto da cerimónia de transferência
   
Os Tratados Torrijos-Carter (às vezes referidos no singular, como o Tratado Torrijos-Carter) são dois tratados assinados entre os Estados Unidos e o Panamá em Washington, DC, em 7 de setembro de 1977, anulando o Tratado Hay-Bunau-Varilla assinado em 1903.
    
Mapa da Zona do Canal do Panamá
  
Estes dois tratados garantiam ao Panamá o controle do Canal do Panamá - até então sob controle dos Estados Unidos - a partir de 1977. Os tratados são assim chamados em homenagem aos dois signatários, o presidente dos Estado Unidos Jimmy Carter e o líder panamenho Omar Torrijos. Torrijos não fora eleito democraticamente, tendo tomado o poder através de um golpe de estado em 1968, mas considera-se, em geral, que teve um grande apoio no Panamá para a assinatura desses tratados.
O primeiro tratado é chamado oficialmente de The Treaty Concerning the Permanent Neutrality and Operation of the Panama Canal (Tratado referente à Neutralidade Permanente e à Operação do Canal do Panamá), normalmente referido como The Neutrality Treaty (O tratado de Neutralidade). Nesse tratado, os EUA mantêm o direito permanente de defender o canal de qualquer ameaça que possa interferir com seu serviço neutro continental a navios de todos os países.
O segundo tratado é chamado de The Panama Canal Treaty (O tratado do Canal do Panamá). É este tratado que garantia que, depois do ano 2000, o Panamá assumiria o controle total das operações do canal e tornar-se-ia o primeiro responsável por sua defesa.
      
      
(...)
    
Ambos os tratados foram subsequentemente ratificados no Panamá, por uma maioria de dois terços, num plebiscito ocorrido a 23 de outubro de 1977. A fim de permitir o debate popular dos tratados e em resposta às alegações dos seus adversários nos EUA de que o Panamá era incapaz de ratificar democraticamente os tratados, restrições à imprensa e a partidos políticos foram anuladas várias semanas antes do voto. No dia de votação, 96% dos eleitores panamenhos foram às urnas, o maior índice de participação no Panamá até então. O tratado de neutralidade era o que mais preocupava os eleitores, particularmente à esquerda, e foi uma das razões pelas quais os tratados não encontraram um apoio popular ainda maior.
Nos Estados Unidos, o Senado ratificou o primeiro tratado em 16 de março de 1978 e o segundo em 18 de abril.
     
(...)
      
O tratado do Canal do Panamá definiu um plano para a transferência do canal, levando a um total controle de todas as terras e edifícios na área do Canal pelo Panamá. A consequência mais imediata desse tratado foi que a Zona do canal do Panamá, como entidade, deixou de existir em 1 de outubro de 1979. A fase final do tratado foi completada a 31 de dezembro de 1999. Nessa data, Os Estados Unidos transferiram o controle do Canal do Panamá e de todas as áreas do que fora até então a Zona do Canal do Panamá para o estado do Panamá.
Como resultado dos tratados, em 2000 cerca de 1.500 km², incluindo algo em torno de 7.000 prédios, como estabelecimentos militares, depósitos, armazéns, escolas e residências privadas, foram transferidos para o Panamá. Em 1993, o governo panamenho criou uma agência, a Autoridad de la Región Interoceánica, também chamada de "ARI", para administrar e manter as propriedades cedidas.
     

sexta-feira, novembro 18, 2022

O tratado que originou o Canal do Panamá foi assinado pelos Estados Unidos há 119 anos

    
O tratado Hay-Bunau-Varilla foi assinado em 18 de novembro de 1903 (menos de um mês depois da independência do Panamá da Colômbia), quando Philipe Bunau-Varilla viajou para Washington, DC e Nova Iorque, para negociar os termos do tratado com diversos membros do governo dos Estados Unidos da América, mais precisamente com o Secretário de Estado John Hay.
Os dois homens negociaram os termos de venda do Canal do Panamá e da zona à sua volta. Bunau-Varilla era um francês envolvido na construção do canal sob as ordens de Ferdinand de Lesseps, o mesmo homem que comandara a construção do Canal de Suez. Esse tratado também é chamado de "O tratado que nenhum panamenho assinou", apesar de eles, mais tarde, terem concordado com os seus termos (sob pressão do governo dos Estados Unidos).


 


A Zona do Canal do Panamá (em espanhol Zona del Canal de Panamá) era um território de 1.432 km² (553 milhas²) dentro do Panamá, consistindo do Canal do Panamá e de uma área de 8,1 km (5 milhas) de largura de cada lado. Essa zona foi criada a 18 de novembro de 1903, com a assinatura do Tratado Hay-Bunau-Varilla.
De 1903 a 1977, o território foi controlado pelos Estados Unidos, que construiu e financiou a construção do canal. De 1977 a 1999, o canal esteve sob jurisdição conjunta dos EUA e do Panamá. Em 1977, os Tratados Torrijos-Carter estabeleceram a neutralidade do canal e a cessão do controle de toda a zona ao Panamá.
Durante o controle da zona do canal pelos Estados Unidos, o território, com exceção do canal propriamente dito, era usado principalmente para fins militares; no entanto, aproximadamente 3.000 civis norte-americanos (chamados "zonians") habitavam lá, como residentes permanentes. O uso militar da zona pelos EUA acabou quando esta retornou ao controle panamenho. Ela é agora um destino turístico, especialmente para navios de cruzeiros.
Existem duas pontes importantes na zona do canal do Panamá: a Ponte das Américas, a mais antiga, e a Ponte Centenária, inaugurada em 2004. Ambas foram construídas sobre o canal com o propósito de proporcionar e facilitar o crescente tráfego entre as partes norte e sul do continente americano. A região também conta, ou já contou no passado, com pontes bem menores e mesmo, em alguns casos, pontes temporárias.
   

sexta-feira, dezembro 31, 2021

O Canal do Panamá deixou de ser norte-americano há 42 anos

Foto da cerimónia de transferência
   
Os Tratados Torrijos-Carter (às vezes referidos no singular, como o Tratado Torrijos-Carter) são dois tratados assinados entre os Estados Unidos e o Panamá em Washington, DC, em 7 de setembro de 1977, anulando o Tratado Hay-Bunau-Varilla assinado em 1903.
    
Mapa da Zona do Canal do Panamá
  
Estes dois tratados garantiam ao Panamá o controle do Canal do Panamá - até então sob controle dos Estados Unidos - a partir de 1977. Os tratados são assim chamados em homenagem aos dois signatários, o presidente dos Estado Unidos Jimmy Carter e o líder panamenho Omar Torrijos. Torrijos não fora eleito democraticamente, tendo tomado o poder através de um golpe de estado em 1968, mas considera-se, em geral, que teve um grande apoio no Panamá para a assinatura desses tratados.
O primeiro tratado é chamado oficialmente de The Treaty Concerning the Permanent Neutrality and Operation of the Panama Canal (Tratado referente à Neutralidade Permanente e à Operação do Canal do Panamá), normalmente referido como The Neutrality Treaty (O tratado de Neutralidade). Nesse tratado, os EUA mantêm o direito permanente de defender o canal de qualquer ameaça que possa interferir com seu serviço neutro continental a navios de todos os países.
O segundo tratado é chamado de The Panama Canal Treaty (O tratado do Canal do Panamá). É este tratado que garantia que, depois do ano 2000, o Panamá assumiria o controle total das operações do canal e tornar-se-ia o primeiro responsável por sua defesa.
      
      
(...)
    
Ambos os tratados foram subsequentemente ratificados no Panamá, por uma maioria de dois terços, num plebiscito ocorrido a 23 de outubro de 1977. A fim de permitir o debate popular dos tratados e em resposta às alegações dos seus adversários nos EUA de que o Panamá era incapaz de ratificar democraticamente os tratados, restrições à imprensa e a partidos políticos foram anuladas várias semanas antes do voto. No dia de votação, 96% dos eleitores panamenhos foram às urnas, o maior índice de participação no Panamá até então. O tratado de neutralidade era o que mais preocupava os eleitores, particularmente à esquerda, e foi uma das razões pelas quais os tratados não encontraram um apoio popular ainda maior.
Nos Estados Unidos, o Senado ratificou o primeiro tratado em 16 de março de 1978 e o segundo em 18 de abril.
     
(...)
      
O tratado do Canal do Panamá definiu um plano para a transferência do canal, levando a um total controle de todas as terras e edifícios na área do Canal pelo Panamá. A consequência mais imediata desse tratado foi que a Zona do canal do Panamá, como entidade, deixou de existir em 1 de outubro de 1979. A fase final do tratado foi completada a 31 de dezembro de 1999. Nessa data, Os Estados Unidos transferiram o controle do Canal do Panamá e de todas as áreas do que fora até então a Zona do Canal do Panamá para o estado do Panamá.
Como resultado dos tratados, em 2000 cerca de 1.500 km², incluindo algo em torno de 7.000 prédios, como estabelecimentos militares, depósitos, armazéns, escolas e residências privadas, foram transferidos ao Panamá. Em 1993, o governo panamenho criou uma agência, a Autoridad de la Región Interoceánica, também chamada de "ARI", para administrar e manter as propriedades cedidas.
     

quinta-feira, novembro 18, 2021

O tratado que originou o Canal do Panamá foi assinado pelos Estados Unidos há 118 anos

  
O tratado Hay-Bunau-Varilla foi assinado em 18 de novembro de 1903 (menos de um mês depois da independência do Panamá da Colômbia), quando Philipe Bunau-Varilla viajou para Washington, DC e Nova Iorque, para negociar os termos do tratado com diversos membros do governo dos Estados Unidos da América, mais precisamente com o Secretário de Estado John Hay.
Os dois homens negociaram os termos de venda do Canal do Panamá e da zona à sua volta. Bunau-Varilla era um francês envolvido na construção do canal sob as ordens de Ferdinand de Lesseps, o mesmo homem que comandara a construção do Canal de Suez. Esse tratado também é chamado de "O tratado que nenhum panamenho assinou", apesar de eles, mais tarde, terem concordado com os seus termos (sob pressão do governo dos Estados Unidos).


 


A Zona do Canal do Panamá (em espanhol Zona del Canal de Panamá) era um território de 1.432 km² (553 milhas²) dentro do Panamá, consistindo do Canal do Panamá e de uma área de 8,1 km (5 milhas) de largura de cada lado. Essa zona foi criada a 18 de novembro de 1903, com a assinatura do Tratado Hay-Bunau-Varilla.
De 1903 a 1977, o território foi controlado pelos Estados Unidos, que construiu e financiou a construção do canal. De 1977 a 1999, o canal esteve sob jurisdição conjunta dos EUA e do Panamá. Em 1977, os Tratados Torrijos-Carter estabeleceram a neutralidade do canal e a cessão do controle de toda a zona ao Panamá.
Durante o controle da zona do canal pelos Estados Unidos, o território, com exceção do canal propriamente dito, era usado principalmente para fins militares; no entanto, aproximadamente 3.000 civis norte-americanos (chamados "zonians") habitavam lá, como residentes permanentes. O uso militar da zona pelos EUA acabou quando esta retornou ao controle panamenho. Ela é agora um destino turístico, especialmente para navios de cruzeiros.
Existem duas pontes importantes na zona do canal do Panamá: a Ponte das Américas, a mais antiga, e a Ponte Centenária, inaugurada em 2004. Ambas foram construídas sobre o canal com o propósito de proporcionar e facilitar o crescente tráfego entre as partes norte e sul do continente americano. A região também conta, ou já contou no passado, com pontes bem menores e mesmo, em alguns casos, pontes temporárias.
Um ilustre zonian é John McCain, que foi o candidato republicano às eleições presidenciais americanas de 2008. Ele nasceu em 1936, enquanto a zona era um domínio norte-americano.

quinta-feira, dezembro 31, 2020

O Canal do Panamá deixou de ser norte-americano há 41 anos

Foto da cerimónia de transferência
 
Os Tratados Torrijos-Carter (às vezes referidos no singular, como o Tratado Torrijos-Carter) são dois tratados assinados entre os Estados Unidos e o Panamá em Washington, DC, em 7 de setembro de 1977, anulando o Tratado Hay-Bunau-Varilla assinado em 1903.
  
Mapa da Zona do Canal do Panamá
 
Estes dois tratados garantiam ao Panamá o controle do Canal do Panamá - até então sob controle dos Estados Unidos - a partir de 1977. Os tratados são assim chamados em homenagem aos dois signatários, o presidente dos Estado Unidos Jimmy Carter e o líder panamenho Omar Torrijos. Torrijos não fora eleito democraticamente, tendo tomado o poder através de um golpe de estado em 1968, mas considera-se, em geral, que teve um grande apoio no Panamá para a assinatura desses tratados.
O primeiro tratado é chamado oficialmente de The Treaty Concerning the Permanent Neutrality and Operation of the Panama Canal (Tratado referente à Neutralidade Permanente e à Operação do Canal do Panamá), normalmente referido como The Neutrality Treaty (O tratado de Neutralidade). Nesse tratado, os EUA mantêm o direito permanente de defender o canal de qualquer ameaça que possa interferir com seu serviço neutro continental a navios de todos os países.
O segundo tratado é chamado de The Panama Canal Treaty (O tratado do Canal do Panamá). É este tratado que garantia que, depois do ano 2000, o Panamá assumiria o controle total das operações do canal e tornar-se-ia o primeiro responsável por sua defesa.
    
    
(...)
  
Ambos os tratados foram subsequentemente ratificados no Panamá, por uma maioria de dois terços, num plebiscito ocorrido a 23 de outubro de 1977. A fim de permitir o debate popular dos tratados e em resposta às alegações dos seus adversários nos EUA de que o Panamá era incapaz de ratificar democraticamente os tratados, restrições à imprensa e a partidos políticos foram anuladas várias semanas antes do voto. No dia de votação, 96% dos eleitores panamenhos foram às urnas, o maior índice de participação no Panamá até então. O tratado de neutralidade era o que mais preocupava os eleitores, particularmente à esquerda, e foi uma das razões pelas quais os tratados não encontraram um apoio popular ainda maior.
Nos Estados Unidos, o Senado ratificou o primeiro tratado em 16 de março de 1978 e o segundo em 18 de abril.
  
(...)
  
O tratado do Canal do Panamá definiu um plano para a transferência do canal, levando a um total controle de todas as terras e edifícios na área do Canal pelo Panamá. A consequência mais imediata desse tratado foi que a Zona do canal do Panamá, como entidade, deixou de existir em 1 de outubro de 1979. A fase final do tratado foi completada a 31 de dezembro de 1999. Nessa data, Os Estados Unidos transferiram o controle do Canal do Panamá e de todas as áreas do que fora até então a Zona do Canal do Panamá para o estado do Panamá.
Como resultado dos tratados, em 2000 cerca de 1500 km², incluindo algo em torno de 7.000 prédios, como estabelecimentos militares, depósitos, armazéns, escolas e residências privadas, foram transferidos ao Panamá. Em 1993, o governo panamenho criou uma agência, a Autoridad de la Región Interoceánica, também chamada de "ARI", para administrar e manter as propriedades cedidas.
    

quarta-feira, novembro 18, 2020

Os Estados Unidos assinaram o tratado que lhe deu o Canal do Panamá há 117 anos


O tratado Hay-Bunau-Varilla foi assinado em 18 de novembro de 1903 (menos de um mês depois da independência do Panamá da Colômbia), quando Philipe Bunau-Varilla viajou para Washington, DC e Nova Iorque, para negociar os termos do tratado com diversos membros do governo dos Estados Unidos da América, mais precisamente com o Secretário de Estado John Hay.
Os dois homens negociaram os termos de venda do Canal do Panamá e da zona à sua volta. Bunau-Varilla era um francês envolvido na construção do canal sob as ordens de Ferdinand de Lesseps, o mesmo homem que comandara a construção do Canal de Suez. Esse tratado também é chamado de "O tratado que nenhum panamenho assinou", apesar de eles, mais tarde, terem concordado com seus termos (sob pressão do governo dos Estados Unidos).


 


A Zona do Canal do Panamá (em espanholZona del Canal de Panamá) era um território de 1.432 km² (553 milhas²) dentro do Panamá, consistindo do Canal do Panamá e de uma área de 8,1 km (5 milhas) de largura de cada lado. Essa zona foi criada a 18 de novembro de 1903, com a assinatura do Tratado Hay-Bunau-Varilla.

De 1903 a 1977, o território foi controlado pelos Estados Unidos, que construiu e financiou a construção do canal. De 1977 a 1999, o canal esteve sob jurisdição conjunta dos EUA e do Panamá. Em 1977, os Tratados Torrijos-Carter estabeleceram a neutralidade do canal e a cessão do controle de toda a zona ao Panamá.
Durante o controle da zona do canal pelos Estados Unidos, o território, com exceção do canal propriamente dito, era usado principalmente para fins militares; no entanto, aproximadamente 3000 civis norte-americanos (chamados "zonians") habitavam lá, como residentes permanentes. O uso militar da zona pelos EUA acabou quando esta retornou ao controle panamenho. Ela é agora um destino turístico, especialmente para navios de cruzeiros.
Existem duas pontes importantes na zona do canal do Panamá: a Ponte das Américas, a mais antiga, e a Ponte Centenária, inaugurada em 2004. Ambas foram construídas sobre o canal com o propósito de proporcionar e facilitar o crescente tráfego entre as partes norte e sul do continente americano. A região também conta, ou já contou no passado, com pontes bem menores e mesmo, em alguns casos, pontes temporárias.
Um ilustre zonian é John McCain, o candidato republicano às eleições presidenciais americanas de 2008. Ele nasceu em 1936, enquanto a zona era um domínio norte-americano.

terça-feira, dezembro 31, 2019

O Canal do Panamá deixou de ser norte-americano há quarenta anos

Foto da cerimónia de transferência
 
Os Tratados Torrijos-Carter (às vezes referidos no singular, como o Tratado Torrijos-Carter) são dois tratados assinados entre os Estados Unidos e o Panamá em Washington, DC, em 7 de setembro de 1977, anulando o Tratado Hay-Bunau-Varilla assinado em 1903.
 
Mapa da Zona do Canal do Panamá
 
Estes dois tratados garantiam ao Panamá o controle do Canal do Panamá - até então sob controle dos Estados Unidos - a partir de 1977. Os tratados são assim chamados em homenagem aos dois signatários, o presidente dos Estado Unidos Jimmy Carter e o líder panamenho Omar Torrijos. Torrijos não fora eleito democraticamente, tendo tomado o poder através de um golpe de estado em 1968, mas considera-se, em geral, que teve um grande apoio no Panamá para a assinatura desses tratados.
O primeiro tratado é chamado oficialmente de The Treaty Concerning the Permanent Neutrality and Operation of the Panama Canal (Tratado referente à Neutralidade Permanente e à Operação do Canal do Panamá), normalmente referido como The Neutrality Treaty (O tratado de Neutralidade). Nesse tratado, os EUA mantêm o direito permanente de defender o canal de qualquer ameaça que possa interferir com seu serviço neutro continental a navios de todos os países.
O segundo tratado é chamado de The Panama Canal Treaty (O tratado do Canal do Panamá). É este tratado que garantia que, depois do ano 2000, o Panamá assumiria o controle total das operações do canal e tornar-se-ia o primeiro responsável por sua defesa.
  
   
(...)
 
Ambos os tratados foram subsequentemente ratificados no Panamá, por uma maioria de dois terços, num plebiscito ocorrido a 23 de outubro de 1977. A fim de permitir o debate popular dos tratados e em resposta às alegações dos seus adversários nos EUA de que o Panamá era incapaz de ratificar democraticamente os tratados, restrições à imprensa e a partidos políticos foram anuladas várias semanas antes do voto. No dia de votação, 96% dos eleitores panamenhos foram às urnas, o maior índice de participação no Panamá até então. O tratado de neutralidade era o que mais preocupava os eleitores, particularmente à esquerda, e foi uma das razões pelas quais os tratados não encontraram um apoio popular ainda maior.
Nos Estados Unidos, o Senado ratificou o primeiro tratado em 16 de março de 1978 e o segundo em 18 de abril.
 
(...)
 
O tratado do Canal do Panamá definiu um plano para a transferência do canal, levando a um total controle de todas as terras e edifícios na área do Canal pelo Panamá. A consequência mais imediata desse tratado foi que a Zona do canal do Panamá, como entidade, deixou de existir em 1 de outubro de 1979. A fase final do tratado foi completada a 31 de dezembro de 1999. Nessa data, Os Estados Unidos transferiram o controle do Canal do Panamá e de todas as áreas do que fora até então a Zona do Canal do Panamá para o estado do Panamá.
Como resultado dos tratados, em 2000 cerca de 1500 km², incluindo algo em torno de 7.000 prédios, como estabelecimentos militares, depósitos, armazéns, escolas e residências privadas, foram transferidos ao Panamá. Em 1993, o governo panamenho criou uma agência, a Autoridad de la Región Interoceánica, também chamada de "ARI", para administrar e manter as propriedades cedidas.
   

domingo, novembro 18, 2018

O tratado que originou o Canal do Panamá foi assinado há 115 anos

O tratado Hay-Bunau-Varilla foi assinado em 18 de novembro de 1903 (menos de um mês depois da independência do Panamá da Colômbia), quando Philipe Bunau-Varilla viajou para Washington, DC e Nova Iorque, para negociar os termos do tratado com diversos membros do governo dos Estados Unidos da América, mais precisamente com o Secretário de Estado John Hay.
Os dois homens negociaram os termos de venda do Canal do Panamá e da zona à sua volta. Bunau-Varilla era um francês envolvido na construção do canal sob as ordens de Ferdinand de Lesseps, o mesmo homem que comandara a construção do Canal de Suez. Esse tratado também é chamado de "O tratado que nenhum panamenho assinou", apesar de eles, mais tarde, terem concordado com seus termos (sob pressão do governo dos Estados Unidos).




A Zona do Canal do Panamá (em espanhol Zona del Canal de Panamá) era um território de 1.432 km² dentro do Panamá, consistindo do Canal do Panamá e de uma área de 8,1 km de largura de cada lado. Essa zona foi criada a 18 de novembro de 1903, com a assinatura do Tratado Hay-Bunau-Varilla.
De 1903 a 1977, o território foi controlado pelos Estados Unidos, que construiu e financiou a construção do canal. De 1977 a 1999, o canal esteve sob jurisdição conjunta dos EUA e do Panamá. Em 1977, os Tratados Torrijos-Carter estabeleceram a neutralidade do canal e a cessão do controle de toda a zona ao Panamá.
Durante o controle da zona do canal pelos Estados Unidos, o território, com exceção do canal propriamente dito, era usado principalmente para fins militares; no entanto, aproximadamente 3000 civis norte-americanos (chamados "zonians") habitavam lá como residentes permanentes. O uso militar da zona pelos EUA acabou quando esta retornou ao controle panamenho. Ela é agora um destino turístico, especialmente para navios de cruzeiros.
Existem duas pontes importantes na zona do canal do Panamá: a Ponte das Américas, a mais antiga, e a Ponte Centenária, inaugurada em 2004. Ambas foram construídas sobre o canal com o propósito de proporcionar e facilitar o crescente tráfego entre as partes norte e sul do continente americano. A região também conta, ou já contou no passado, com pontes bem menores e mesmo, em alguns casos, pontes temporárias.
Um ilustre zonian é John McCain, o candidato republicano às eleições presidenciais americanas de 2008. Ele nasceu em 1936, enquanto a zona era um domínio norte-americano.

quarta-feira, dezembro 31, 2014

Há 35 anos a Zona do Canal do Panamá deixou de ser norte-americana

Foto da cerimónia de transferência

Os Tratados Torrijos-Carter (às vezes referidos no singular, como o Tratado Torrijos-Carter) são dois tratados assinados entre os Estados Unidos e o Panamá em Washington, DC, em 7 de setembro de 1977, anulando o Tratado Hay-Bunau-Varilla assinado em 1903.

Mapa da Zona do Canal do Panamá

Estes dois tratados garantiam ao Panamá o controle do Canal do Panamá - até então sob controle dos Estados Unidos - a partir de 1977. Os tratados são assim chamados em homenagem aos dois signatários, o presidente dos Estado Unidos Jimmy Carter e o líder panamenho Omar Torrijos. Torrijos não fora eleito democraticamente, tendo tomado o poder através de um golpe de estado em 1968, mas considera-se, em geral, que teve um grande apoio no Panamá para a assinatura desses tratados.
O primeiro tratado é chamado oficialmente de The Treaty Concerning the Permanent Neutrality and Operation of the Panama Canal (Tratado referente à Neutralidade Permanente e à Operação do Canal do Panamá), normalmente referido como The Neutrality Treaty (O tratado de Neutralidade). Nesse tratado, os EUA mantêm o direito permanente de defender o canal de qualquer ameaça que possa interferir com seu serviço neutro continental a navios de todos os países.
O segundo tratado é chamado de The Panama Canal Treaty (O tratado do Canal do Panamá). É este tratado que garantia que, depois do ano 2000, o Panamá assumiria o controle total das operações do canal e tornar-se-ia o primeiro responsável por sua defesa.

(...)

Ambos os tratados foram subsequentemente ratificados no Panamá, por uma maioria de dois terços, em um plebiscito ocorrido a 23 de outubro de 1977. A fim de permitir o debate popular dos tratados e em resposta às alegações dos seus adversários nos EUA de que o Panamá era incapaz de ratificar democraticamente os tratados, restrições à imprensa e a partidos políticos foram anuladas várias semanas antes do voto. No dia de votação, 96% dos eleitores panamenhos foram às urnas, o maior índice de participação no Panamá até então. O tratado de neutralidade era o que mais preocupava os eleitores, particularmente à esquerda, e foi uma das razões pelas quais os tratados não encontraram um apoio popular ainda maior.
Nos Estados Unidos, o Senado ratificou o primeiro tratado em 16 de março de 1978 e o segundo em 18 de abril.

(...)

O tratado do Canal do Panamá definiu um plano para a transferência do canal, levando a um total controle de todas as terras e edifícios na área do Canal pelo Panamá. A consequência mais imediata desse tratado foi que a Zona do canal do Panamá, como entidade, deixou de existir em 1 de outubro de 1979. A fase final do tratado foi completada a 31 de dezembro de 1999. Nessa data, Os Estados Unidos transferiram o controle do Canal do Panamá e de todas as áreas do que fora até então a Zona do Canal do Panamá para o estado do Panamá.
Como resultado dos tratados, em 2000 cerca de 1500 km², incluindo algo em torno de 7.000 prédios, como estabelecimentos militares, depósitos, armazéns, escolas e residências privadas, foram transferidos ao Panamá. Em 1993, o governo panamenho criou uma agência, a Autoridad de la Región Interoceánica, também chamada de "ARI", para administrar e manter as propriedades cedidas.
 

segunda-feira, novembro 18, 2013

Há 110 anos os Estados Unidos assinaram um tratado que lhe deu o Canal do Panamá

O tratado Hay-Bunau-Varilla foi assinado em 18 de novembro de 1903 (menos de um mês depois da independência do Panamá da Colômbia), quando Philipe Bunau-Varilla viajou para Washington, DC e Nova Iorque, para negociar os termos do tratado com diversos membros do governo dos Estados Unidos da América, mais precisamente com o Secretário de Estado John Hay.
Os dois homens negociaram os termos de venda do Canal do Panamá e da zona à sua volta. Bunau-Varilla era um francês envolvido na construção do canal sob as ordens de Ferdinand de Lesseps, o mesmo homem que comandara a construção do Canal de Suez. Esse tratado também é chamado de "O tratado que nenhum panamenho assinou", apesar de eles, mais tarde, terem concordado com seus termos (sob pressão do governo dos Estados Unidos).





A Zona do Canal do Panamá (em espanhol Zona del Canal de Panamá) era um território de 1.432 km² (553 milhas²) dentro do Panamá, consistindo do Canal do Panamá e de uma área de 8,1 km (5 milhas) de largura de cada lado. Essa zona foi criada a 18 de novembro de 1903, com a assinatura do Tratado Hay-Bunau-Varilla.
De 1903 a 1977, o território foi controlado pelos Estados Unidos, que construiu e financiou a construção do canal. De 1977 a 1999, o canal esteve sob jurisdição conjunta dos EUA e do Panamá. Em 1977, os Tratados Torrijos-Carter estabeleceram a neutralidade do canal e a cessão do controle de toda a zona ao Panamá.
Durante o controle da zona do canal pelos Estados Unidos, o território, com exceção do canal propriamente dito, era usado principalmente para fins militares; no entanto, aproximadamente 3000 civis estadunidenses (chamados "zonians") habitavam lá como residentes permanentes. O uso militar da zona pelos EUA acabou quando esta retornou ao controle panamenho. Ela é agora um destino turístico, especialmente para navios de cruzeiros.
Existem duas pontes importantes na zona do canal do Panamá: a Ponte das Américas, a mais antiga, e a Ponte Centenária, inaugurada em 2004. Ambas foram construídas sobre o canal com o propósito de proporcionar e facilitar o crescente tráfego entre as partes norte e sul do continente americano. A região também conta, ou já contou no passado, com pontes bem menores e mesmo, em alguns casos, pontes temporárias.
Um ilustre zonian é John McCain, o candidato republicano às eleições presidenciais americanas de 2008. Ele nasceu em 1936, enquanto a zona era um domínio norte-americano.

sábado, dezembro 31, 2011

A Zona do Canal do Panamá deixou de ser norteamericana há 12 anos

 Jimmy Carter e Omar Torrijos apertam as mãos momentos depois da assinatura dos Tratados Torrijos-Carter

Os Tratados Torrijos-Carter (às vezes referidos no singular como o Tratado Torrijos-Carter) são dois tratados assinados entre os Estados Unidos da América e o Panamá em Washington, DC em 7 de setembro de 1977, anulando o Tratado Hay-Bunau-Varilla assinado em 1903.
Esses dois tratados garantiam ao Panamá o controle do Canal do Panamá - até então sob controle dos Estados Unidos - a partir de 1999. Os tratados são assim chamados em homenagem aos dois signatários, o presidente estado-unidense Jimmy Carter e o líder panamense Omar Torrijos. Torrijos não fora eleito democraticamente, tendo tomado o poder através de um golpe de estado em 1968, mas considera-se, em geral, que teve um grande apoio no Panamá para a assinatura desses tratados.
O primeiro tratado é chamado oficialmente de The Treaty Concerning the Permanent Neutrality and Operation of the Panama Canal (Tratado referente à Neutralidade Permanente e à Operação do Canal do Panamá), normalmente referido como the Neutrality Treaty (O tratado de Neutralidade). Nesse tratado, os EUA mantêm o direito permanente de defender o canal de qualquer ameaça que possa interferir com seu serviço neutro continental a navios de todos os países.
O segundo tratado é chamado de The Panama Canal Treaty (O tratado do Canal do Panamá). É este tratado que garantia que, depois do ano 2000, o Panamá assumiria o controle total das operações do canal e tornar-se-ia o primeiro responsável por sua defesa.



O canal e a Zona do Canal em torno foram administrados pelos Estados Unidos até 1999, quando o controle foi passado ao Panamá, como previsto pelos Tratados Torrijos-Carter, assinados em 7 de setembro de 1977, nos quais o presidente dos estados-unidos Jimmy Carter cede aos pedidos de controle dos panamenhos. Os tratados previam uma passagem gradual do controle aos panamenhos, que se terminou pelo controle total do canal pelo Panamá em 31 de Dezembro de 1999.
O Panamá tem, desde então, melhorado o Canal, quebrando recordes de tráfego, financeiros e de segurança ano após ano. O Canal do Panamá foi declarado uma das Sete maravilhas do Mundo Moderno pela Sociedade estado-unidense de engenheiros civis.