sábado, junho 29, 2013

Hoje é o dia dos dois fundadores da atual Igreja Católica: Pedro e Paulo (Simão e Saulo)

Crucificação de São Pedro (Santa Maria del Popolo, Roma, Caravaggio, 1600)

São Pedro (do grego: Πέτρος, Pétros, "pedra", "rocha"; Betsaida, século I a.C. - Roma, cerca de 67 d.C.) foi um dos doze apóstolos de Jesus Cristo, segundo o Novo Testamento e, mais especificamente, os quatro Evangelhos. Os católicos consideram Pedro como o primeiro Bispo de Roma, sendo por isso o primeiro Papa da Igreja Católica.

Segundo a Bíblia, o seu nome original não era Pedro, mas Simão. Nos livros dos Atos dos Apóstolos e na Segunda Epístola de Pedro, aparece ainda uma variante do seu nome original, Simão. Cristo mudou seu nome para Kepha (Cefas em português, como em Gálatas 2:11), que em aramaico significa "pedra", "rocha", nome este que foi traduzido para o grego como Πέτρος, Petros, através da palavra πέτρα, petra, que também significa "pedra" ou "rocha", e posteriormente passou para o latim como Petrus, também através da palavra petra, de mesmo significado.
A mudança de seu nome por Jesus Cristo, bem como seu significado, ganham importância de acordo com a Igreja Católica em Mt 16, 18, quando Jesus diz: "E eu te declaro: tu és Kepha e sobre esta kepha edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão nunca contra ela." Jesus comparava Simão à rocha. Desta forma, Cristo, de acordo com a tradição católica, foi o fundador da Igreja Católica, fundada sobre Simão Pedro e sendo-lhe concedido, por este motivo, o título de Príncipe dos Apóstolos. Esse título é um tanto tardio, visto que tal designação só começaria a ser usada cerca de um século mais tarde, suplementando o de Patriarca (agora destinado a outro uso). Pedro foi o primeiro Bispo de Roma. Essa circunstância é importante, pois daí provém a primazia do Papa e da diocese de Roma sobre toda a Igreja Católica; posteriormente esse evento originaria os títulos "Apostólica" e "Romana".

A comunidade de Roma foi fundada pelos apóstolos Pedro e Paulo e é considerada a única comunidade cristã do mundo fundada por mais de um apóstolo e a única do Ocidente instituída por um deles. Por esta razão desde a antiguidade a comunidade de Roma (chamada atualmente de Santa Sé pelos católicos) teve o primado sobre todas as outras comunidades locais (dioceses); nessa visão o ministério de Pedro continua sendo exercido até hoje pelo Bispo de Roma (segundo o catolicismo romano), assim como o ministério dos outros apóstolos é cumprido pelos outros Bispos unidos a ele, que é a cabeça do colégio apostólico, do colégio episcopal. A sucessão papal (de Pedro) começou com São Lino (67) e, atualmente é exercida pelo Papa Francisco, eleito em 13 de março de 2013. Segundo essa visão, o próprio apóstolo Pedro atestou que exerceu o seu ministério em Roma ao concluir a sua primeira epístola: "A [Igreja] que está em Babilónia, eleita como vós, vos saúda, como também Marcos, meu filho." Trata-se da Igreja de Roma. Assim também o interpretaram todos os autores desde a Antiguidade, como abaixo, como sendo a Roma Imperial (decadente). O termo não pode referir-se à Babilônia sobre o Eufrates, que jazia em ruínas ou à Nova Babilónia (Selêucida) sobre o rio Tigre, ou à Babilónia egípcia, próxima de Mênfis, tampouco a Jerusalém; deve, portanto referir-se a Roma, a única cidade que é chamada Babilónia pela antiga literatura cristã.

Baldaquino da moderna Basílica de São Pedro, de Bernini (o túmulo de Pedro encontra-se debaixo da estrutura)

A partir da década de 1950 intensificaram-se as escavações no subsolo da Basílica de São Pedro, lugar tradicionalmente reconhecido como provável túmulo do apóstolo e próximo do seu local de martírio, no muro central do Circo de Nero. Após extenuantes e cuidadosos trabalhos, inclusive com remoção de toneladas de terra que datavam do corte da Colina Vaticana para a terraplanagem da construção da primeira basílica na época de Constantino, a equipa chefiada pela arqueóloga italiana Margherita Guarducci encontrou o que seria uma necrópole atribuída a Pedro, inclusive uma parede repleta de grafitos com a expressão Petrós Ení, que, em grego, significa "Pedro está aqui".
Também foram encontrados, em um nicho, fragmentos de ossos de um homem robusto e idoso, entre 60-70 anos, envoltos em restos de tecido púrpura com fios de ouro que se acredita, com muita probabilidade, serem de Pedro. A data real do martírio, de acordo com um cruzamento de datas feito pela arqueóloga, seria 13 de outubro de 64 d.C. e não 29 de junho, data em que se comemorava a trasladação dos restos mortais de Pedro e Paulo para a colocação dos mesmos nas Catacumbas de São Sebastião, durante a perseguição do imperador romano Valeriano em 257.


Paulo ( por Rembrandt)

Paulo de Tarso, também chamado de Apóstolo Paulo, Saulo de Tarso e São Paulo, foi um dos mais influentes escritores do cristianismo primitivo, cujas obras compõem parte significativa do Novo Testamento. A influência que exerceu no pensamento cristão, chamada de "paulinismo", foi fundamental por causa do seu papel como proeminente apóstolo do Cristianismo durante a propagação inicial do Evangelho pelo Império Romano.
Conhecido como Saulo antes de sua conversão, ele dedicava-se à perseguição dos primeiros discípulos de Jesus na região de Jerusalém. De acordo com o relato na Bíblia, durante uma viagem entre Jerusalém e Damasco, numa missão para que, encontrando fiéis por lá, "os levasse presos a Jerusalém", Saulo teve uma visão de Jesus envolto numa grande luz. Ficou cego, mas recuperou a visão após três dias e começou então a pregar o Cristianismo.
Juntamente com Simão Pedro e Tiago, o Justo, ele foi um dos mais proeminentes líderes do nascente cristianismo. Era também cidadão romano, o que lhe conferia uma situação legal privilegiada.
Treze epístolas no Novo Testamento são atribuídas a Paulo, mas a sua autoria em sete delas é contestada por estudiosos modernos. Agostinho desenvolveu a ideia de Paulo que a salvação é baseada na fé e não nas "obras da Lei". A interpretação de Martinho Lutero das obras de Paulo influenciou fortemente sua doutrina de "sola fide".
A conversão de Paulo mudou radicalmente o curso de sua vida. Com suas atividades missionárias e obras, Paulo acabou transformando as crenças religiosas e a filosofia de toda a região da bacia do Mediterrâneo. Sua liderança, influência e legado levaram à formação de comunidades dominadas por grupos gentios que adoravam o Deus de Israel, aderiam ao código moral judaico, mas que abandonaram o ritual e as obrigações alimentares da Lei Mosaica por causa dos ensinamentos de Paulo sobre a vida e obra de Jesus e seu "Novo Testamento", fundamentados na morte de Jesus e na sua ressurreição.
A Bíblia não relata a morte de Paulo.

O nome original de Paulo era "Saulo" (em hebraico Šāʼûl - "o que se pediu, o que se orou por" e traduzido em grego antigo: Σαούλ - Saul - ou Σαῦλος - Saulos), nome que divide com o bíblico Rei Saul, um outro benjaminita e primeiro rei de Israel, que foi sucedido pelo Rei David, da tribo de Judá. Segundo suas próprias palavras, era um fariseu.
O uso de "Paulo" (em grego: Παῦλος - Paulos; em latim: Paulus ou Paullus - "baixo"; "curto") aparece nos "Atos" pela primeira vez quando ele começou sua primeira jornada missionária em território desconhecido. Nos Atos 13:6-13, Paulo aparece, juntamente com Barnabé e João Marcos, conversando com Sérgio Paulo, um oficial romano em Chipre que será convertido por ele. Paulus era um sobrenome romano e alguns argumentam que Paulo o adotou como seu primeiro nome. Outra teoria, apontada pelo Vaticano, afirma que era costume para os judeus romanizados da época adotarem um nome romano e o pai de Paulo provavelmente quis agradar à família dos Pauli. Por fim, há ainda os que consideram possível a homenagem a Sérgio Paulo e mais provável que a mudança esteja mais relacionada a um desejo do apóstolo em se distanciar da história do Rei Saul, que perseguiu David.

Nos "Atos dos Apóstolos", Paulo afirma ter nascido em Tarso (na província de Mersin, na parte meridional da Turquia central) e faz breves menções à sua família. Um sobrinho é mencionado nos Atos 23:16 e a sua mãe é citada entre os que moram em Roma, em Romanos 16:13. É ali também que o apóstolo confessa que «Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas e, arrastando homens e mulheres, os entregava à prisão.» (Atos 8:3).
Mesmo tendo nascido em Tarso, foi criado em Jerusalém, "aos pés de Gamaliel", que é considerado um dos maiores professores nos anais do Judaísmo" e cujo equilibrado conselho nos Atos 5:34-39, para que os judeus se contivessem na fúria contra os discípulos, contrasta com a temeridade do seu estudante que, após a morte de Estevão, saiu de rompante, perseguindo os primeiros cristãos.

Conversão de Saulo, em Damasco, na Síria

A conversão de Paulo pode ser datada entre os anos de 31 e 36, pela referência que ele fez em uma de suas epístolas. De acordo com os "Atos dos Apóstolos", a sua conversão (metanoia) ocorreu na "estrada para Damasco", onde ele afirmou ter tido uma visão de Jesus ressuscitado que o deixou temporariamente cego.
Após a sua conversão, Paulo foi para Damasco, onde os "Atos" afirmam que foi curado de sua cegueira e batizado por Ananias de Damasco. Paulo afirma em 2 Coríntios 11:32 que foi em Damasco que ele escapou por pouco da morte, indo em seguida primeiro para a Arábia e depois de volta para Damasco. Esta viagem de Paulo para a Arábia não é mencionada em nenhum outro lugar no Novo Testamento e alguns autores acreditam que ele tenha na realidade viajado até o Monte Sinai para meditar no deserto. Ele descreve em Gálatas como, três anos após a sua conversão, ele viajou para Jerusalém, onde se encontrou com Tiago, o Justo, e ficou com Simão Pedro durante 15 dias.
A narrativa em Gálatas continua afirmando que, catorze anos após a sua conversão, ele foi de novo a Jerusalém. Não se sabe exatamente o que aconteceu neste período, conhecido como "anos desconhecidos", mas tanto os Atos quanto os Gálatas dão-nos algumas pistas. No final deste período, Barnabé foi ao encontro de Paulo e trouxe-o de volta a Antioquia. O autor F. F. Bruce sugeriu que os catorze anos podem ser contados a partir da conversão de Paulo ao invés da sua primeira visita a Jerusalém.
Quando uma grande fome ocorreu na Judeia, Paulo e Barnabé viajaram para Jerusalém para entregar a ajuda financeira da igreja de Antioquia. De acordo com os Atos, Antioquia já tinha se tornado um centro importante para os fiéis após a dispersão dos crentes que se seguiu ao martírio de Estêvão e foi lá que os seguidores de Jesus foram, pela primeira vez, chamados de cristãos.

Nos Atos, relatam-se três viagens de Paulo: a primeira, liderada primeiro por Barnabé, levou Paulo de Antioquia até Chipre, passando depois pela Ásia Menor (Anatólia) e de volta a Antioquia.
Paulo partiu para sua segunda viagem de Jerusalém, onde estava sendo realizado o concílio com os outros apóstolos no qual a obrigatoriedade da circuncisão foi retirada. Paulo alega em sua epístola que terá sido neste encontro que Pedro, Tiago e João aceitaram a missão de Paulo aos gentios.
Com o objetivo de levar a Antioquia o resultado do concílio, os fiéis realizaram uma eleição para escolher dois mensageiros que acompanhariam Paulo e Barnabé nessa missão. Os eleitos então foram Silas e Judas, "chamado Barsabá".
Paulo, Barnabé, Judas e Silas partiram então de Jerusalém levando os decretos dos apóstolos aos fiéis em Antioquia e nas províncias romanas da Síria e Cilícia. Chegando a Antioquia, eles cumprem a missão que lhes foi dada, sendo que Judas retorna para Jerusalém e desaparece da história, enquanto Silas permanece na cidade.
Paulo iniciou sua terceira viagem missionária passando por toda a região da Galácia e da Frígia para reforçar a fé e ensinar para os fiéis, além de repreender os que estavam em erro. Quando ele chegou em Éfeso, ficou ali por pouco menos de três anos e realizou uma série de milagres, como curas e exorcismos.
Embora Paulo tenha escrito sobre uma visita que fez a Illyricum, ele estava se referindo ao que hoje chamamos de Illyria Graeca, parte da província romana da Macedónia, onde hoje está atualmente a Albânia.

Paulo e seus companheiros seguiram então para Roma, naquela que foi provavelmente a última das viagens missionárias, em 60. A viagem começou em Jerusalém, onde os irmãos foram recebidos em festa. Lá, Paulo foi espancado e quase morto, preso e enviado para Cesareia Marítima, onde esteve detido durante aproximadamente um ano e meio. Foi transferido depois para Roma, a seu pedido, e solto após o comandante saber que ele era um cidadão romano. Paulo passou então a pregar na capital imperial.
Nos Atos 28:1 relata-se que, no caminho para Roma, Paulo sofreu um naufrágio em "Melite" (Malta), onde ele se encontrou com Públio e foi recebido pelos habitantes da ilha com "muita humanidade". Ele chegou a Roma por volta do ano 60 e passou mais dois anos em prisão domiciliar. Contando esta vez, Paulo passou entre cinco e seis anos preso em celas ou prisioneiro em casa.
Ireneu de Lyon acreditava que Pedro e Paulo tinham sido os fundadores da Igreja de Roma, sendo eles a nomearem São Lino como bispo e sucessor:
...Igreja fundada e organizada em Roma pelos dois mais gloriosos apóstolos, Pedro e Paulo; também [ensinando] a fé pregada aos homens, que chegou aos nossos dias através da sucessão dos bispos....Os abençoados apóstolos, então, tendo fundado e abençoado a Igreja, entregaram nas mãos de Lino o episcopado.

Paulo, porém, não foi bispo de Roma e nem levou o cristianismo para lá, pois já havia cristãos em Roma quando ele chegou lá. É evidente também que Paulo já tinha escrito uma epístola para a Igreja de Roma antes de ter visitado a cidade. Porém, Paulo pode ter tido um importante papel na formação da Igreja na capital romana.

Decapitação de São Paulo, por Enrique Simonet, 1887

Nem a Bíblia e nem outra história qualquer conta explicitamente como ou quando Paulo morreu. De acordo com a tradição cristã, Paulo foi decapitado em Roma, durante o reinado do imperador Nero, em meados dos anos 60, na Abadia das Três Fontes (em italiano: Tre Fontane). O tratamento mais "humano" dado a Paulo, em contraste com a crucificação invertida de São Pedro, foi graças à sua cidadania romana.

Dado Villa-Lobos, guitarra dos Legião Urbana e sobrinho neto de Heitor Villa-Lobos, faz hoje 48 anos

Eduardo Dutra "Dado" Villa-Lobos (Bruxelas, 29 de junho de 1965) é um músico brasileiro, mais conhecido por seu trabalho com a banda de rock de Brasília Legião Urbana, e também por ser sobrinho neto do compositor clássico Heitor Villa-Lobos.
Assumiu a guitarra da Legião Urbana em 1983. Tocou na banda Dado e o Reino Animal antes de substituir Ico Ouro-Preto, na véspera da gravação do primeiro LP.
É o responsável pela produção dos últimos discos da Legião Urbana: A Tempestade (ou O Livro dos Dias) , Uma Outra Estação e Como É que Se Diz Eu Te Amo.
É autor das bandas sonoras dos filmes O Homem do Ano (de José Henrique Fonseca), Bufo & Spallanzani (filme) (de Flávio Tambellini) - pela qual recebeu o prémio de melhor banda sonora no Festival do Cinema Brasileiro, em Miami - e "Pro Dia Nascer Feliz" (de João Jardim) - também vencedor do Kikito de Melhor Banda Sonora no Festival de Gramado de 2006.
Lançou o seu primeiro disco a solo, Dado Villa-lobos e o Jardim de Cactus ao Vivo, em parceria com a MTV, dentro do projeto MTV Apresenta, em 2005. O DVD e CD foram gravados em abril do mesmo ano.
Em 30 de maio de 2012, participou do Tributo ao Legião Urbana com Wagner Moura, onde se desentendeu com um fã, durante a apresentação, mas no final deu tudo certo.
Atualmente, Dado e seu ex-parceiro de Legião Urbana e amigo Marcelo Bonfá, ambos estão viajando com a banda mineira Jota Quest há bastante tempo, fazendo participações nos shows da banda tocando algumas canções da Legião e participaram do DVD Multishow ao Vivo: Folia e Caos, o mais recente da banda mineira tocando o clássico "Tempo perdido".




Paul Klee morreu há 73 anos

Paul Klee (Münchenbuchsee, 18 de dezembro de 1879 - Muralto, 29 de junho de 1940) foi um pintor e poeta suíço naturalizado alemão. O seu estilo, grandemente individual, foi influenciado por várias tendências artísticas diferentes, incluindo o expressionismo, cubismo e surrealismo. Ele foi um estudante do orientalismo. Klee era um desenhista nato que realizou experimentos e, consequentemente, dominou a teoria das cores, sobre o quê ele escreveu extensivamente. Suas obras refletem o seu humor seco e, às vezes, a sua perspectiva infantil, seus ânimos e suas crenças pessoais, e a sua musicalidade. Ele e o seu amigo, o pintor russo Wassily Kandinsky, também eram famosos por darem aulas na escola de arte e arquitetura Bauhaus.

Biografia
Klee nasceu em Münchenbuchsee (próximo de Berna), Suíça, em uma família de músicos. O seu pai, o alemão Hans Klee, era professor de música no Seminário de Professores Hofwil, nas redondezas de Berna. A sua mãe, Ida Frick, treinava para ser uma cantora. Klee foi o segundo de dois filhos.
Klee apresentou-se na arte e na cultura muito cedo. Aos sete anos, ele começou a tocar violino, e, aos oito, ele ganhou da sua avó uma caixa de giz. O que parece é que Klee foi igualmente talentoso na música e na arte. Nos seus primeiros anos, atendendo ao desejo dos pais, ele concentrou-se para se tornar um músico; mas, nos seus anos de adolescência, ele decidiu-se pelas artes visuais por acreditar que a música moderna, para ele, não tinha significado. Como um músico, ele tocou e se sentiu ligado emocionalmente às obras dos séculos XVIII e XIX, mas, como um artista, ele abriu caminho à liberdade para explorar ideias e estilos radicais. Aos dezasseis anos, os desenhos de paisagens de Klee já mostravam habilidade considerável.
Por volta de 1897, ele fundou um diário, que ele manteve até 1918, dando informações valorosas sobre sua vida e filosofia a pesquisadores. Durante os seus anos na escola, ele desenhava nos seus livros, enérgico – particularmente caricaturas –, e já demonstrava habilidade com linhas e volumes. Ele quase não consegue ser aprovado nos exames finais do Gymnasium de Berna, onde ele se qualificou na área humanística. Escrevendo no seu característico estilo ríspido e mordaz, ele escreveu: “Além do mais, é muito difícil alcançar exatamente o mínimo, e evoluir em riscos.”. Todavia, além de seus profundos interesses em música e arte, Klee era um grande apreciador da literatura, e, mais tarde, se tornou em um escritor sobre teoria e estética da arte.
Em 1898, com a relutante permissão de seus pais, ele começou a estudar arte na Academia de Belas Artes em Munique, com Heinrich Knirr e Franz von Stuck. Ele destacou-se em desenho, mas aparentemente não possuía qualquer senso natural de coloração. Ele relembrou: “No terceiro inverno, eu até mesmo entendi que eu provavelmente nunca aprenderia a pintar.”. Durante esta época de juventude aventureira, Klee passou a maior parte do tempo em bares e teve relações com mulheres e modelos de classe inferior. Ele teve um filho ilegítimo em 1900, que morreu várias semanas após o nascimento.
Após receber a formação em Belas Artes, Klee permaneceu na Itália por vários meses com seu amigo Hermann Haller. Eles ficaram em Roma, Florença, e Nápoles, e estudaram os mestres da pintura dos séculos passados. Ele exclamou: “O Fórum e o Vaticano falaram para mim que o humanismo queria me sufocar”. Ele respondeu às cores da Itália, mas notou, com tristeza, “que um grande esforço me resta neste campo das cores”. Para Klee, a cor representava o otimismo e a notabilidade na arte, e tinha esperanças de aliviar a natureza pessimista que ele expressava em suas sátiras e burlescas em preto-e-branco. Ao voltar à Berna, ele viveu com seus pais por vários anos, assistindo a lições de arte ocasionalmente. Em 1905, ele desenvolveu algumas técnicas experimentais, o que resultou em 67 obras incluindo o Retrato de meu Pai (1906). Ele também completou um ciclo de 11 rascunhos em placas de zinco, as Invenções – as suas primeiras obras a serem exibidas, nas quais ele ilustrava várias criaturas grotescas. Klee ainda estava dividindo seu tempo com a música, tocando violino em uma orquestra e escrevendo críticas de concertos e peças de teatro.

Casamento e início de carreira
Klee casou, em 1906, com a pianista bávara Lily Stumpf, com quem teve um filho chamado Felix Paul no ano seguinte. O casal viveu num subúrbio de Munique, e, enquanto ela dava aulas de piano e fazia ocasionais apresentações, ele sustentava a casa e fazia o seu trabalho artístico. Ele tentou, sem sucesso, ser ilustrador em uma revista. O trabalho artístico de Klee progrediu lentamente nos próximos cinco anos, parcialmente por causa de ele ter que dividir o seu tempo com questões domésticas, e também porque ele tentou encontrar uma nova aproximação para a sua arte. Em 1910, ele teve a primeira exibição exclusiva em Berna. No ano seguinte, ele criou algumas ilustrações para uma edição de Cândido de Voltaire. Naquele ano, ele conheceu Wassily Kandinsky, Franz Marc e outras figuras de vanguarda, associando-se ao grupo artístico conhecido como Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul).
Ao se encontrar com Kandinsky, Klee relembrou: “Eu tive uma profunda sensação de confiança nele. Ele é alguém, e tem uma mentalidade excepcionalmente bela e lúcida.”. A associação abriu a sua mente para as modernas teorias das cores. As suas viagens à Paris em 1912 também o expuseram ao cubismo e aos exemplos pioneiros da “pintura pura”, um antigo termo para se referir à arte abstrata. As cores fortes usadas por Robert Delaunay e Maurice De Vlaminck também o inspiraram. Ao invés de copiar estes artistas, Klee começou a trabalhar nas suas próprias experiências com cores em aguarelas pálidas e criou algumas paisagens primitivas, como In The Quarry (1913) e Houses Near The Gravel Pit (1913), usando blocos de cores com sobreposição limitada. Klee reconheceu que, para alcançar este “nobre e distante objetivo”, “um grande esforço me resta neste campo das cores”. Logo, ele descobriu “o estilo que conecta o desenho ao reino das cores”.
A explosão artística de Klee ocorreu em 1914, no ano em que ele fez uma breve visita à Tunísia com August Macke e Louis Moilliet e ficou impressionado pela sua qualidade da luz. “A cor tomou posse de mim; eu não mais tenho que persegui-la, pois sei que ela está presa a mim para sempre… A cor e eu somos um. Eu sou um pintor.”. Com esta percepção, a fidelidade à natureza perde a sua importância. Ao invés, Klee começa a se arraigar no “romantismo da abstração”. Klee consegue, com sucesso, ligar a cor às suas obras, e um dos exemplos mais literais desta síntese é O Bávaro Don Giovanni (1919).
Ao retornar a casa, Klee pintou o seu primeiro abstrato puro, No Estilo de Kairouan (1914), composto de retângulos coloridos e alguns círculos. O retângulo colorido passou a ser o seu bloco de construção básico, que alguns historiadores associam a uma nota musical, que Klee combinou com outros blocos coloridos para criar uma harmonia de cores análoga às composições musicais. A sua escolha de uma paleta de cores em particular emula uma chave musical. Às vezes, ele usava pares complementares de cores, e, em outras vezes, cores “dissonantes”, novamente refletindo a sua conexão com a musicalidade.
Semanas mais tarde, tem início a Primeira Guerra Mundial. No começo, Klee se sentia desassociado dela, como ele, ironicamente, escreveu: “Por muito tempo eu tive esta guerra em mim. Por isso que, agora, ela não é mais nada do meu interesse.”. Logo, porém, ela começou a afetá-lo. Os seus amigos Macke e Marc morreram em combate. Tentando libertar o seu desespero, ele criou vários litógrafos com temas de guerra como Morte da Ideia (1915). Ele também continuou a criar obras abstratas e semi-abstratas. Em 1916, ele se juntou à guerra pela Alemanha, mas o seu pai o retirou da linha de frente, e ele terminou pintando camuflagens em aviões e trabalhando como escriturário. Por toda a guerra, ele continuou a pintar e conseguiu realizar várias mostras. Em 1917, as obras de Klee começaram a vender bem e os críticos de arte começaram a aclamá-lo como o melhor entre os novos artistas alemães. Em Ab Ovo (1917), a sua técnica sofisticada é particularmente notável. Ele emprega aguarela em gaze e papel com chão de giz, produzindo uma rica textura de padrões triangulares, circulares e crescentes. Demonstrando sua dimensão de explorações, misturando cores e linhas, o seu Warning Of The Ships (1918) é um desenho colorido preenchido de imagens simbólicas em um campo de coloração suprimida.

Maturidade
Em 1920, Klee tentou uma vaga de instrutor na Academia de Arte de Düsseldorf. Ele não conseguiu, mas teve grande sucesso ao assegurar um contrato de três anos (com um recebimento mínimo anual) com o curador Hans Goltz, cuja influente galeria deu uma grande exposição a Klee, e, também, sucesso comercial. Uma retrospectiva de mais de 300 obras em 1920 também foi notável.
Klee deu aulas na Bauhaus, escola de arte fundada em 1919 com o objetivo de unir artes e ofícios em apenas uma instituição. Klee era um mestre de colagens, vitrais, e murais. Ele ganhou dois estúdios. Em 1922, Kandinsky se juntou à equipa e restaurou a sua amizade com Klee. Mais tarde no mesmo ano, foi realizada a primeira mostra e festival da Bauhaus, para qual Klee criou vários materiais de divulgação. Dentro da Bauhaus ocorriam vários conflitos entre teorias e opiniões, conflitos estes muito bem-vindos por Klee: “Eu também aprovo estas competições de forças se o resultado for uma façanha”.
Klee também era um membro da Die Blaue Vier, ao lado de Kandinsky, Feininger, e Jawlensky; formada em 1923, eles davam palestras e realizavam mostras juntos nos Estados Unidos, em 1925. Naquele mesmo ano, Klee teve as suas primeiras mostras em Paris, e se tornou um sucesso entre os surrealistas franceses. Klee visitou o Egito em 1928, mas não se impressionou tanto quanto na viagem à Tunísia. Em 1929, foi publicado o primeiro e principal monógrafo das obras de Klee, escrito por Will Grohmann.
Quase que desde o começo, o movimento nazi denunciou a Bauhaus por sua “arte degenerada” e, em 1933, a Bauhaus foi finalmente fechada. Os migrantes, porém, conseguiram disseminar os conceitos da Bauhaus para outros países, incluindo a Nova Bauhaus em Chicago. Klee também deu aulas na Academia de Düsseldorf entre 1931 e 1933, aparecendo em um jornal nazi. A sua casa foi vasculhada e ele foi demitido de seu trabalho. O seu auto-retrato Riscado da Lista (1933) relembra a triste ocasião. Em 1933-1934, Klee realizou exposições em Londres e em Paris, finalmente conhecendo Picasso, a quem ele tanto admirava. A família Klee seguiu para a Suíça no final de 1933.
Klee estava no auge de sua criatividade. Ad Parnassum (1932) é considerada como a sua obra-prima e o melhor exemplo de seu estilo pontilhista; ela é, também, uma de suas maiores e mais bem-acabadas pinturas. Ele produziu aproximadamente 500 obras em 1933 durante seu último ano na Alemanha. Porém, em 1933, Klee começou a sofrer sintomas do que foi diagnosticado como esclerodermia após a sua morte. A progressão de sua doença fatal, que lhe dava dificuldades em engolir, pode ser acompanhada através da arte que ele criou nos seus últimos anos. O seu nível de criação em 1936 era de apenas 25 pinturas. No final da década de 1930,  recuperou significantemente a sua saúde e ele foi encorajado por uma visita de Kandinsky e Picasso. O design mais simplificado de Klee permitiu-lhe que ele aumentasse o nível de criação nos seus últimos anos, e, em 1939, ele criou mais de 1.200 obras. Ele usou linhas mais pesadas e deu predominância às formas geométricas, com poucos, porém maiores blocos de cor. Suas variadas paletas de cores, algumas com cores brilhantes e outras sóbrias, talvez refletissem o seu humor alternando entre o otimismo e o pessimismo. Ao voltar à Alemanha em 1937, 17 das pinturas de Klee foram incluídas em uma exibição de arte degenerada e 102 de suas obras em coleções públicas foram apreendidas pelos nazistas.
Klee morreu em Muralto, Locarno, Suíça, em 1940, sem conseguir a cidadania suíça, mesmo tendo nascido naquele país. O seu trabalho artístico era considerado revolucionário demais, ou mesmo degenerado, pelas autoridades suíças, mas, com o tempo, eles aceitaram a sua solicitação, seis dias após a sua morte. O seu legado é composto de, aproximadamente, 9.000 obras de arte.

Ad Parnassum, 1932

Colin Hay, o vocalista dos Men at Work, faz hoje 60 anos!

(imagem daqui)

Colin Hay é um músico escocês, mas conhecido como australiano, já que desde a adolescência que mora na Austrália.
O seu nome de batismo é Colin James Hay, e ele nasceu em 29 de junho de 1953, em Saltcoats, uma localidade da Escócia. A família mudou para a Austrália quando ele tinha 14 anos. Nessa época, Colin começou a se interessar em tocar guitarra e cantar. Em 1978, com Ron Strykert (guitarra), Greg Ham (sax, flauta, teclado e gaita), John Rees (baixo) e Jerry Speiser (bateria), formaram os Men at Work, que se tornou um sucesso e um ícone do surf-rock.
Colin Hay esteve à frente da banda como vocalista, guitarrista e principal compositor até a metade dos anos 1980, quando a banda se desfez. Depois, seguiu carreira a solo.

A solo
Desde que se lançou na carreira a solo, Colin Hay já lançou onze álbuns, somente dois deles por grandes gravadoras (Looking for Jack, 1987, Sony/CBS; Wayfaring Sons, 1990, MCA/Universal), sendo os demais independentes.
Colin Hay participou do Rock in Rio II, em 1991 no Rio de Janeiro, tocando na mesma noite que Prince e Joe Cocker. Colin veio a participar do segundo festival devido ao grande sucesso do single "Into My Life" de seu segundo álbum a solo, Wayfaring Sons, 1990.
No final da década de 1980, Colin Hay fixou residência em Topanga, ao sudoeste de Los Angeles, Califórnia, onde vive até hoje.
Em dezembro de 2002, Colin Hay se casou com a cantora, compositora e dançarina peruana Cecilia Noël e ela passa a fazer parte dos shows a solo do cantor.
Em 2004, a música "I Just Don't Think I'll Ever Get Over You", fez parte da banda sonora do filme Garden State (2004), que acabou recebendo o Grammy Award de melhor banda sonora daquele ano. No final deste ano, Colin Hay esteve em solo brasileiro pela quinta vez para divulgação de seu oitavo disco solo, Man @ Work.
Colin Hay lançou o seu nono álbum solo, Are You Lookin' At Me?, pelo selo Compass Records, em abril de 2007 e o décimo, American Sunshine, em agosto de 2009.
O selo Compass Records relançou todo o catálogo independente do artista, que corresponde aos álbuns: Peaks & Valleys, Topanga, Transcendental Highway, Going Somewhere e Company of Strangers. Sendo que Going Somewhere foi relançado em 2005 e os demais em 2009, com adição de faixas bónus em todos, exceto em Peaks & Valleys.
Colin Hay lançou o seu primeiro DVD em setembro de 2010, Live At The Corner, gravado em 2007 no Hotel Corner em Melbourne na Austrália; o show apresenta músicas do álbum Are You Lookin' At Me?, sucessos do Men at Work e outras favoritas do reportórios a solo de Hay como "Beautiful World", "I Just Don't Think I'll Ever Get Over You" e "Waiting For My Real Life to Begin". O DVD apresenta ainda como bónus faixas do álbum American Sunshine, tocadas ao vivo em formato acústico por Hay num festival australiano em 2010, além de entrevistas e uma gravação da música "Melbourne Song" feita com sua irmã Carol Hay.
Gathering Mercury, o seu décimo primeiro álbum solo, foi lançado em 2011 pela Compass Records.

Ringo Starr and His All Starr Band 
No ano de 2003, Colin Hay fez parte da All Starr Band do ex-Beatle Ringo Starr. A banda excursionou a América do Norte, e o primeiro show desta turnê resultou no disco "Ringo Starr & His All Starr Band Tour 2003", onde Colin participa tocando guitarra e cantando.
A sua relação com os The Beatles não parou por aí. Em 2004, Paul McCartney fez uma seleção das músicas de que mais gostava para uma revista inglesa e incluiu a música "Going Somewhere" de Colin Hay. Em 2005, a ex-Sra. McCartney, Heather Mills, relançou a música "My Brilliant Feat" de Colin Hay como um single, em tributo ao jogador de futebol George Best, que morreu naquele ano. A verba da venda deste single foi revertida a uma entidade relacionada à doação de órgãos na Inglaterra.
Em julho de 2005 Hay e sua esposa Cecilia Noël participaram da gravação ao vivo de um show de Ringo Starr e sua banda Roundheads. A gravação era para o programa "Soundstage". A participação de Colin chegou a ser transmitida, mas foi removida no lançamento do álbum Ringo Starr Live At Soundstage, em 2007. Entretanto, ele aparece no DVD do show lançado em 2009.
Hay voltou a fazer um tour com a All Starr Band de Ringo Starr em 2008, desta vez dividindo o palco com os outros membros: Billy Squier, Hamish Stuart, Edgar Winter, Gary Wright e Gregg Bissonette. O último show da turnê, realizado em Los Angeles, foi lançado em CD e DVD no ano de 2010, Live At The Greek Theatre 2008, apresenta Colin Hay tocando guitarra nas músicas dos demais músicos e cantando seus sucessos "Who Can It Be Now?" e "Down Under" (esta última exclusiva da edição em DVD).
Durante o show de celebração dos 70 anos de Ringo Starr, Colin Hay esteve no palco ao lado de outros amigos do baterista para cantar, com ele, a música "With a Little Help From My Friends". A apresentação foi sucedida pela aparição surpresa de Paul McCartney cantando a música "Birthday".


Discografia

Men at Work
  • Keypunch Operator/Down Under (MAW Music - Single independente) (1980)
  • Business As Usual (CBS Records/Sony) (1981) / (Legacy Recordings/Sony) (2003)
  • Cargo (CBS Records/Sony) (1983) / (Legacy Recordings/Sony) (2003)
  • Two Hearts (Columbia Records/Sony) (1985)
  • Brazil (BMG/Ariola Brasil - Lançado como Brazil '96) (1997) / (Legacy Recordings/Sony) (1998)
Solo
Ringo Starr & His All Starr Band
  • Tour 2003 (2004) (CD/DVD - Koch Records) (Ringo Starr, Colin Hay, Paul Carrack, John Waite, Sheila E, Mark Rivera)
  • Live At The Greek Theatre 2008 (2010) (CD/DVD - Hip-O Records) (Ringo Starr, Colin Hay, Billy Squier, Edgar Winter, Hamish Stuart, Gary Winter, Gregg Bissonette)

Vídeos
  • Live In San Francisco... Or Was It Berkeley? - Men at Work (CBS/Fox Movies) (1984) [VHS]
  • Revue (Lazy Eye Rec.)(1997) [VHS]
  • Live At The Continental (Lazy Eye Rec.)(2002) [VHS]
  • Live At The Corner (Lazy Eye Rec./Boxing Clever Pictures/Compass Records)(2010) [DVD]

Filmes
  • The Wacky World of Wills & Burke (1985) - com Garry McDonald, Kym Gyngell e Nicole Kidman - papel: Taberneiro
  • Georgia (1988) - com Judy Davis - papel: Polícia
  • Cosi (1996) - com Toni Collete - papel: Zac
  • Heaven's Burning (Céu em Chamas) (1997) - com Russel Crowe - papel: Jonah
  • The Craíc (1999) - com Jimeoin - papel: Barry
  • The Country Bears (Beary e os Ursos do Campo) (2002) - com Christopher Walken, Haley Joel Osment, John Hiatt - papel: voz cantante dos ursos (creditado na banda sonora)
  • The Wild (Selvagem) (2006) - com Kiefer Sutherland, James Belushi - papel: Fergus Flamingo (voz)
  • Largo (2008) - com Dave Allen, Fiona Apple - papel: ele mesmo
  • The Uninvited (2008) - com Marguerite Moreau - papel: Nick






O Globe Theatre, onde Shakespeare apresentou as suas imortais peças, foi destruído há 400 anos

Exterior do atual Globe Theater, em Southwark

Globe Theatre ou The Globe é um teatro inglês construído em 1599 e destruído em 29 de junho de 1613 por um incêndio, sendo reconstruído em 1614 e encerrado permanentemente em 1642.

O Globe original foi construído em 1599 por Peter Streete na época elisabeteana, no borough de Southwark, numa área chamada Bankside, próxima do rio Tamisa, com as estruturas do primeiro teatro inglês - The Theatre -, erguido em 1576 pelo ator James Burbage e demolido em 1598, depois de ter visto a sua licença terminada.
William Shakespeare tornou-se num dos seus sócios, transformando-a em arena para as representações de peças como Hamlet e Rei Lear. Fechado em 1642, após a vitória dos puritanos, liderados por Oliver Cromwell na Guerra Civil Inglesa (1642-1649), o teatro seria reconstruído e reinaugurado em 1996. A reconstituição das características originais do Globe foi possível graças a pesquisas arqueológicas que em 1989 descobriram as suas fundações e as ruínas do Rose Theatre, construção da mesma época.

Nicole Scherzinger - 35 anos!

Nicole Prescovia Elikolani Valiente Scherzinger (Honolulu, Havaí, 29 de junho de 1978) é uma cantora norte-americana, mais conhecida como ex-vocalista do grupo The Pussycat Dolls. Nicole vendeu mais de 70 milhões de álbuns, 20 milhões de DVD's e 100 milhões de singles.
Antes das Pussycat Dolls, Nicole participou do reality show "Popstars", da The WB (atual The CW) que tinha o objetivo de formar um grupo feminino, ao lado de Ivette Sosa, Maile Misajon, Ana Maria Lombo e Rosanna Tavarez formou Eden's Crush. Apesar do sucesso nos hits, o grupo acabou em 2002. Nicole, então, se juntou às Pussycat Dolls, enquanto essa ainda era um grupo burlesco. Quando o grupo passou de burlesco para musical, Nicole assumiu o papel de vocalista principal.
Até agora, as Pussycat Dolls lançaram dois álbuns de sucesso, PCD e Doll Domination, ambos com turnês. Entre os dois álbuns lançados, Nicole Scherzinger fez uma tentativa de lançar um álbum solo. Inicialmente, foram lançados dois singles, "Whatever U Like", que não obteve nenhum sucesso nas paradas, e, posteriormente, "Baby Love", que teve grande sucesso no Brasil, alcançando a 1° posição do Top 30, e Alemanha, onde ficou em 5° lugar. Dessa maneira, "Baby Love" foi considerado o primeiro single do álbum. Depois, foi lançado "Supervillain" e "Puakenikeni", singles digitais e ambas sem sucesso. Devido aos insucessos dos singles, o álbum, que já tinha nome, Her Name Is Nicole, não foi lançado por escolha da própria Nicole. Venceu a 10ª temporada de um dos mais assistidos reality shows dos Estados Unidos, o Dancing with the Stars, ao lado do profissional Derek Hough. Depois, Nicole lançou o seu álbum Killer Love, o álbum teve um sucesso razoável, na Irlanda o álbum alcançou #14 e no Reino Unido #8. O primeiro single do álbum, Poison alcançou #3 no Reino Unido e #1 na Escócia, o segundo single do álbum, Don't Hold Your Breath alcançou #1 na Escócia e #1 no Reino Unido, se tornando o single mais bem sucedido de Nicole. Scherzinger também lançou o terceiro single chamado Right There, ele é o primeiro single da cantora a entrar no Hot 100 da Billboard. Nicole também lançou o video clipe Wet que foi considerado o quarto single no Reino Unido.
Nicole foi jurada da 1ª temporada do The X Factor (Estados Unidos) em 2011 ao lado de Simon Cowell, Paula Abdul e L.A Reid e da 8ª temporada do The X Factor (Reino Unido) ao lado de Louis Walsh, Gary Barlow e Tulisa Contostavlos.


sexta-feira, junho 28, 2013

Pierre Laval nasceu há 130 anos

Pierre Laval, né le 28 juin 1883 à Châteldon dans le Puy-de-Dôme et fusillé le 15 octobre 1945 à la prison de Fresnes dans le département de la Seine (actuellement Val-de-Marne), est un homme politique français.
Plusieurs fois président du Conseil sous la Troisième République, il est, immédiatement après Philippe Pétain, la personnalité la plus importante de la période du régime de Vichy et le principal maître d'œuvre de la politique de collaboration d'État avec l'Allemagne nazie.
Ayant puissamment aidé à la fondation de « l'État français », il est vice-président du Conseil et dauphin désigné du maréchal jusqu'à son éviction soudaine le 13 décembre 1940. Il revient au pouvoir avec le titre de chef du gouvernement, du 18 avril 1942 au 19 août 1944. En fuite à la libération, puis arrêté, il est condamné à mort pour trahison par la Haute Cour de Justice et fusillé le 15 octobre 1945.

Há 94 anos a Alemanha foi forçada a assinar o Tratado de Versalhes

O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potências europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial. Após seis meses de negociações, em Paris, o tratado foi assinado como uma continuação do armistício de novembro de 1918, em Compiègne, que tinha posto um fim aos confrontos. O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que, sob os termos dos artigos 231-247, fizesse reparações a um certo número de nações da Tríplice Entente.
Os termos impostos à Alemanha incluíam a perda de uma parte de seu território para um número de nações fronteiriças, de todas as colónias na Oceania e no continente africano, uma restrição ao tamanho do exército e uma indemnização pelos prejuízos causados durante a guerra. A República de Weimar também aceitou reconhecer a independência da Áustria. O ministro alemão do exterior, Hermann Müller, assinou o tratado em 28 de junho de 1919. O tratado foi ratificado pela Liga das Nações em 10 de janeiro de 1920. Na Alemanha o tratado causou choque e humilhação na população, o que contribuiu para a queda da República de Weimar em 1933 e a ascensão dos Nazis.
No tratado foi criada uma comissão para determinar a dimensão precisa das reparações que a Alemanha tinha de pagar. Em 1921, este valor foi oficialmente fixado em 33 milhões de dólares. Os encargos a comportar com este pagamento são frequentemente citados como a principal causa do fim da República de Weimar e a subida ao poder de Adolf Hitler, o que inevitavelmente levou à eclosão da Segunda Guerra Mundial apenas 20 anos depois da assinatura do Tratado de Versalhes.

O tratado tinha criado a Liga das Nações, um dos objetivos maiores do presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson. A Liga das Nações pretendia arbitrar disputas internacionais para evitar futuras guerras. Só quatro dos chamados Quatorze Pontos de Wilson foram concretizados, já que Wilson era obrigado a negociar com Clemenceau, Lloyd George e Orlando alguns pontos para conseguir a aprovação para criação da Liga das Nações. A visão mais comum era que a França de Clemenceau era a mais vigorosa na luta por uma represália contra a Alemanha, já que grande parte da guerra tinha sido no solo francês.

Outras cláusulas incluíam a perda das colônias alemãs e dos territórios que o país tinha anexado ou invadido num passado recente:
O artigo 156 do tratado transferiu as concessões de Shandong, da China para o Japão ao invés de retornar a região à soberania chinesa. O país considerou tal decisão ultrajante o que levou a movimentos como o Movimento de Quatro de Maio, que influenciou a decisão final chinesa de não aderir ao Tratado de Versalhes. A República da China declarou o fim da guerra contra a Alemanha em setembro de 1919 e assinou um tratado em separado com a mesma, em 1921.

O artigo 231 do Tratado (a cláusula da 'culpa de guerra') responsabilizou unicamente a Alemanha por todas as 'perdas e danos' sofridas pela Tríplice Entente durante a guerra obrigando-a a pagar uma reparação por tais atos. O montante total foi decidido entre a Tríplice Entente na Comissão de Reparação. Em Janeiro de 1921 esse número foi oficializado em 269 mil milhões de marcos, dos quais 226 mil milhões como principal, e mais 12% do valor das exportações anuais alemãs - um valor que muitos economistas consideraram ser excessivo. Mais tarde, naquele ano, a dívida foi reduzida para 132 biliões, o que ainda era considerado uma soma astronómica para os observadores germânicos.
Os problemas económicos que tal pagamento trouxe, e a indignação alemã pela sua imposição são normalmente citados como um dos mais significantes factores que levaram ao fim da República de Weimar e ao início da ditadura de Adolf Hitler, que levou à II Guerra Mundial. Alguns historiadores, como Margaret Olwen MacMillan discordam desta afirmação, popularizada por John Maynard Keynes.