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domingo, dezembro 24, 2023

Karl Dönitz morreu há quarenta e três anos...

  
Karl Dönitz (Berlim, 16 de setembro de 1891 - Aumühle, 24 de dezembro de 1980) foi um militar e político alemão, comandante da Kriegsmarine, a marinha alemã, membro do partido nazi e presidente do seu país durante 23 dias, após a morte de Adolf Hitler, reconhecido principalmente por ter assinado a rendição incondicional da Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial.

Dönitz começou a sua carreira militar na Marinha Imperial Alemã antes da Primeira Guerra Mundial. Em 1918, ele comandava o submarino UB-68 até que este foi afundado pela marinha britânica, com Dönitz sendo feito prisioneiro. Enquanto estava no campo de prisioneiros de guerra, ele começou a formular a tática que viria a ser conhecida como Rudeltaktik (popularmente chamada de "alcateia").

No período entre guerras, serviu na Reichsmarine, onde continuou a ser favorável à guerra submarina como alternativa para enfrentar as potências ocidentais e as suas poderosas marinhas de superfície. No começo da Segunda Guerra Mundial era um dos principais comandantes da Kriegsmarine e a sua frota de submarinos, a Befehlshaber der U-Boote (BdU). Em janeiro de 1943, Dönitz foi promovido a patente de Großadmiral e substituiu o almirante Erich Raeder como comandante em chefe da marinha alemã. Dönitz foi talvez o principal comandante nazi combatendo os Aliados na Batalha do Atlântico. De 1939 a 1943, os U-boats alemães lutaram de forma efetiva e eficiente, travando a chamada guerra submarina irrestrita, mas a iniciativa foi perdida durante o chamado "Maio Negro" (1943). Dönitz continuou a ordenar aos seus submarinos que combatessem até ao começo de 1945, para tentar aliviar a pressão sobre os outros ramos da Wehrmacht. Cerca de 648 U-boats foram perdidos durante a guerra – 429 não tiveram sobreviventes. Outros 215 foram perdidos nas suas primeiras patrulhas. Entre 30.000 e 40.000 homens que serviram nos U-boats morreram.

Em 30 de abril de 1945, após o suicídio de Adolf Hitler e de acordo com o testamento político do Führer, Karl Dönitz foi nomeado o sucessor de Hitler como Chefe de Estado, com o título de Presidente do Reich Alemão e Comandante Supremo das Forças Armadas. Ele formou o chamado Governo Flensburg e passou os poucos dias seus como presidente tentando ganhar tempo para que o máximo de tropas alemãs se movessem do leste para o oeste, a fim de se render aos Aliados Ocidentais e não à União Soviética. Em 7 de maio de 1945, ele ordenou que o general Alfred Jodl, Chefe de Operações do OKW, assinasse o instrumento da Rendição Alemã em Reims, França. Dönitz permaneceu como chefe do governo alemão até 23 de maio, quando ele foi preso pelos britânicos em Flensburg e então seu gabinete foi oficialmente dissolvido pelas autoridades Aliadas.

De acordo com suas próprias palavras, Dönitz era um nazi dedicado e um apoiante de Adolf Hitler; ele não escondia as suas visões antissemitas e afirmou que a guerra foi justificada. Após o conflito, Dönitz foi indiciado como um dos principais criminosos de guerra nazis nos Julgamentos de Nuremberga, sendo acusado de conspiração para cometer crimes contra a paz e crimes de guerra e contra a humanidade; planeamento, iniciação e perpetuação de uma guerra de agressão; e crimes contra as leis da guerra. Ele foi considerado não culpado das acusações de crimes contra a humanidade, mas foi considerado culpado por crimes de guerra e contra a paz. Sentenciado a dez anos de prisão, foi para Hamburgo quando foi libertado e viveu lá até à sua morte, em 1980, aos 89 anos de idade. 

 

sábado, dezembro 16, 2023

A derradeira tentativa dos nazis de ganhar a guerra começou há 79 anos

Soldados americanos na Batalha das Ardenas
    
A Batalha das Ardenas, também conhecida como Ofensiva das Ardenas ou Batalha do Bulge (16 de dezembro de 1944 - 25 de janeiro de 1945) foi a grande contra-ofensiva alemã no oeste (die Ardennenoffensive), lançada no fim da Segunda Guerra Mundial na floresta das Ardenas na Valónia, Bélgica, e que também chegou à França (Bataille des Ardennes) e ao Luxemburgo na Frente Ocidental. A Wehrmacht (o Exército Alemão) chamou à operação de Unternehmen Wacht am Rhein ("Operação Vigília sobre o Reno"). Esta ofensiva alemã foi oficialmente chamada de Campanha Ardena-Alsácia pelo Exército Americano, mas esta batalha acabou sendo conhecido como Batalha do Bolsa das Ardenas, ou Bulge.
A ofensiva alemã foi apoiada por várias pequenas operações como a Unternehmen Bodenplatte, Greif e Währung. O objetivo da Alemanha com estas operações era dividir os Aliados americanos e britânicos ao meio, capturando a região da Antuérpia, Bélgica, cercando e destruindo as tropas das forças Aliadas, tentando forçar os Aliados ocidentais a negociar um tratado de paz com as potências do Eixo. Uma vez com seus objetivos conquistados, Hitler poderia focar todo seu poderio militar contra os Soviéticos no Leste.
Esta operação foi planeada em segredo, com pouco tráfego de informações via rádio, com o movimento de tropas sempre acontecendo a noite, enganando aos serviços secretos dos Aliados, que foram incapazes de antecipar a ofensiva, imaginando que uma movimentação em massa de soldados seria percetível aos aviões de reconhecimento.
As forças Aliadas foram apanhadas completamente de surpresa, com as suas linhas muito espalhadas enfrentando uma força inimiga inicialmente superior. Lutas intensas, com temperaturas gélidas, em especial ao redor da cidade de Bastogne, e o terreno, que favorecia a defesa, atrasou os alemães. Os reforços aliados, incluindo o poderoso 3º Exército do General norte-americano George Patton e, com a melhoria das condições climáticas, a esmagadora superioridade aérea permitiu que as forças alemãs e as suas linhas de abastecimentos fossem massacradas, em especial pela Força Aérea Aliada, o que selou o fracasso do ataque.
À beira da derrota, as tropas mais experientes do Exército Alemão foram deixadas sem abastecimentos e com equipamentos insuficientes, enquanto os sobreviventes recuavam, de volta para a Linha Siegfried. Já os americanos, com um exército de 500 mil a 840 mil soldados, sofreram de 70 a 89 mil baixas, incluindo 19 mil homens mortos, fazendo desta batalha a mais sangrenta para os americanos na Segunda Guerra Mundial.
      
    
in Wikipédia

quarta-feira, dezembro 13, 2023

O Massacre nazi de Calávrita foi há oitenta anos...

O local do memorial

 

O Massacre de Calávrita refere-se ao extermínio da população masculina e total destruição da cidade de Calávrita, na Grécia, por forças alemãs durante a Segunda Guerra Mundial, em 13 de dezembro de 1943.

Ao lado da deportação e assassinato de 80% dos judeus da Grécia, é considerado o mais sério crime da ocupação alemã da Grécia durante a Segunda Guerra Mundial.
 
 

segunda-feira, dezembro 11, 2023

O pintor Felix Nussbaum nasceu há 119 anos

Auto Retrato com Cartão de Identidade Judaico (1943)
      
Felix Nussbaum (Osnabrück, 11 de dezembro de 1904 - Auschwitz, 2 de agosto de 1944) foi um pintor alemão de religião judaica, com várias obras que ilustram os horrores do Holocausto, do qual ele foi vítima. Estudou em Hamburgo e Berlim, Arte, livre e aplicada (Freie und Angewandte Kunst). Nos anos 20 e 30 as suas exposições em Berlim tiveram grande sucesso. Com a chegada ao poder dos nazis em 1933, foi obrigado a viver no exílio, em Itália, França e finalmente na Bélgica (Bruxelas) com a sua mulher, a polaca Felka Platek, com quem casou em 1937. Com a ocupação pelos alemães e o regime de Vichy, foi internado num campo de concentração em França. Conseguiu, no entanto fugir, com a sua mulher, e esconder-se na casa de um amigo, também um artista, em Bruxelas. Foi traído e denunciado, em junho de 1944, e imediatamente preso, juntamente com a sua mulher. Foi levado para o campo de concentração de Malines, de onde foi enviado para Auschwitz, onde foi assassinado, a 2 de agosto de 1944, presumivelmente com a sua mulher.

   

Dreiergruppe, 1944
  

terça-feira, novembro 28, 2023

Ernst Rohm, o líder das SA nazis, nasceu há 136 anos

  
Ernst Röhm (ou Roehm) (Munique, 28 de novembro de 1887; Munique, prisão de Stadelheim, 2 de julho de 1934), foi um oficial alemão, co-fundador das Sturmabteilung (SA) nazis, "Tropa" ou Divisão de Assalto do Partido Nazi (NSDAP). As SA precederam a Schutzstaffel, Esquadra de Proteção do Partido Nazi. As SA eram integradas por "arruaceiros".
Segundo Gordon Williamson, "Ernst Röhm tinha real interesse no NSDAP e, de facto, aderiu ao movimento reconhecendo em Hitler as qualidades de alguém que poderia incitar as massas com a sua oratória quase hipnótica. A intenção de Ernst Röhm, contudo, nunca foi tornar-se um seguidor de Hitler, mas, em vez disso, utilizar o NSDAP para alimentar as suas próprias ambições pelo poder político e militar".
O seu rosto estava coberto de feridas, algumas adquiridas no campo de batalha; Röhm era homossexual e tal facto foi divulgado à sociedade por um jornal a partir de cartas enviadas de Röhm a possíveis amantes, o mesmo chegou a apoiar um movimento de direitos humanos, a SA era famosa por vários membros terem uma "vida sexual escandalosa", porém Hitler dizia que a mesma não era uma associação moral e sim uma "agremiação de lutadores". Foi assassinado, um dia após a Noite das Facas Longas, na cela da sua prisão em Munique, após recusar suicidar-se como forma de confessar os seus supostos planos para levar as SA ao controle do Reich. Ernst Röhm teve papel preponderante na formação das SA como o braço armado do então crescente movimento nazi. De acordo com muitos historiadores, teria sido ele o homem que induziu Hitler a seguir uma carreira política, ao ver um discurso exaltado do Führer num bar de Munique. Pela sua participação (e lealdade a Hitler) no Putsch da Cervejaria, foi posteriormente nomeado Stabschef (comandante-em-chefe) das SA, a primeira milícia nazi.
   

sábado, novembro 25, 2023

O Pacto Anticomintern foi lançado há 87 anos

 O embaixador japonês Kintomo Mushakoji e o ministro alemão Joachim von Ribbentrop na assinatura do pacto

O Pacto Anticomintern foi assinado em 25 de novembro de 1936 entre o Império do Japão e a Alemanha nazi, onde ambas as nações se comprometeram a tomar medidas para se protegerem contra a "ameaça" da Internacional Comunista (Comintern).
Em caso de ataque da União Soviética contra a Alemanha ou o Japão, os dois últimos comprometiam-se a efetuar consultas à cerca das medidas a serem tomadas para proteger os seus interesses comuns. Também concordaram que nenhum dos dois concluiria tratados políticos com a União Soviética. A Alemanha, ademais, concordou em reconhecer o Manchukuo, o Estado-fantoche japonês na Manchúria. Em 1937, a Itália aderiu ao Pacto, formando o grupo que mais tarde seria conhecido como o Eixo. Em 1939, aderiram a Espanha, a Hungria e o Manchukuo. Apesar do pacto de não-agressão germano-soviética de 1939 (Pacto Molotov-Ribbentrop) e do tratado de neutralidade assinado por Tóquio com Moscovo, o pacto foi renovado por outros cinco anos, em novembro de 1941.
  

quarta-feira, novembro 22, 2023

Charles de Gaulle nasceu há 133 anos

           
Charles André Joseph Marie de Gaulle (Lille, 22 de novembro de 1890Colombey-les-Deux-Églises, 9 de novembro de 1970) foi um general , político e estadista francês que liderou as Forças Francesas Livres durante a Segunda Guerra Mundial. Mais tarde fundou a Quinta República Francesa em 1958 e foi seu primeiro Presidente, de 1959 a 1969
  

segunda-feira, novembro 20, 2023

Os Julgamentos de Nuremberga começaram a acusar as chefias nazis há 78 anos

Vista do banco dos réus no tribunal de Nuremberga

    

Os Julgamentos de Nuremberga (oficialmente Tribunal Militar Internacional vs. Hermann Göring et al.) foram numa série de tribunais militares, organizados pelos Aliados, depois da Segunda Guerra Mundial, e referentes aos processos contra 24 proeminentes membros da liderança política, militar e econômica da Alemanha Nazi. Os julgamentos, a cargo de um Tribunal Militar Internacional (em inglês, International Military Tribunal, IMT), ocorreram na cidade de Nuremberga, Alemanha, entre 20 de novembro de 1945 e 1 de outubro de 1946. Esse tribunal serviu como base para a criação do Tribunal Penal Internacional, com sede na cidade de Haia, nos Países Baixos.

Posteriormente, entre 1946 e 1949, foram julgados os Processos de Guerra de Nuremberga, em 12 outros tribunais militares. Esses processos referiam-se a 117 acusações por crimes de guerra contra outros  lideres nazis.

 

Acusados e suas penas

O tribunal de Nuremberg decretou 12 condenações à morte, três à prisão perpétua, duas de 20 anos de prisão, uma de 15 anos e outra de 10 anos. Hans Fritzsche, Franz von Papen e Hjalmar Schacht foram absolvidos.

 

quarta-feira, novembro 15, 2023

Rommel, a Raposa do Deserto, nasceu há 132 anos

  

Erwin Johannes Eugen Rommel (Heidenheim, 15 de novembro de 1891Herrlingen, 14 de outubro de 1944) (conhecido popularmente como A Raposa do Deserto) foi um marechal-de-campo do exército alemão durante a Segunda Guerra Mundial.
Rommel ficou mundialmente famoso por sua intervenção na África do Norte entre 1941 e 1943, no comando do Afrika Korps, um destacamento do exército alemão destinado a auxiliar as forças italianas que então batiam em retirada frente ao exército britânico. Por sua audácia e domínio das táticas de guerra com blindados, granjeou o apelido de A Raposa do Deserto e entre os árabes como O Libertador, sendo temido e respeitado tanto por seus comandados quanto por seus inimigos.
     
(...)
    
Implicado no atentado por suas ligações com os oficiais conspiradores membros da resistência alemã, Rommel, ainda em recuperação médica, recebe em sua casa a visita de dois oficiais generais em 14 de outubro de 1944.
Devido ao seu prestígio nacional, estes oficiais, leais a Hitler, trazem os termos do Führer a Rommel: ir a Berlim, passar por um julgamento popular e inevitavelmente ser condenado à morte, condenando também sua família a ser confinada em um campo de concentração ou, sozinho, acompanhar os dois oficiais e ingerir veneno para suicidar-se, opção esta que garantiria a integridade de seus familiares. Rommel sem dúvida escolhe a segunda alternativa, despede-se da família e acompanha os dois oficiais embarcando em seu automóvel.
Às 13.25 horas os Generais Burgdorf e Maisel, fizeram a entrega do cadáver de Rommel ao Hospital de Ulm. O médico-chefe, que se dispunha a proceder a autópsia, foi prontamente interrompido por Burgdorf que lhe disse: "Não toque no corpo. Em Berlim já se tomaram todas as providências." Talvez, jamais se venha a saber o que exatamente se passou a caminho de Ulm. Burgdorf pereceu com Hitler, no subterrâneo da chacelaria do Reich. Maisel, que no final da guerra foi condenado, juntamente como motorista da SS, afirmaram terem recebido ordens de abandonar o carro por alguns momentos, quando regressaram encontraram Rommel a agonizar.
         

Claus Schenk Graf von Stauffenberg nasceu há 116 anos

  
Claus Philipp Schenk Graf von Stauffenberg
(Jettingen-Scheppach, 15 de novembro de 1907 - Berlim, 21 de julho de 1944) foi um coronel alemão da II Guerra Mundial, autor de um dos atentados da resistência alemã contra Adolf Hitler em 1944, ato conhecido como atentado de 20 de julho.
Pertencia a uma família nobre da Baviera, detentores do título nobiliárquico de graf, que na nobreza latina equivale-se ao conde.

Stauffenberg junto com outros militares alemães que já não suportavam as ordens de Hitler e organizaram um atentado a bomba contra o mesmo. Tinham em mente levar duas pastas com explosivos a uma reunião militar onde ele estaria presente. Todo o projeto foi coordenado com ajuda de cúmplices que aguardariam que Stauffenberg colocasse os dispositivos próximos a Hitler. Antes da explosão, ele forjaria uma saída inesperada da sala, alegando querer dar um telefonema.
Foi um dos principais articuladores deste mal sucedido atentado que tentou remover o líder nazi do poder. A tentativa de matar Hitler aconteceu no seu quartel-general, conhecido como a "Toca do Lobo" (em alemão, "Wolfsschanze") situado nas proximidades de Rastenburg (atualmente Kętrzyn, junto à aldeia à época chamada Görlitz hoje Gierłoż na Prússia Oriental, atual território da Polónia).
   
Stauffenberg carregou consigo as duas pastas com 1 quilo de explosivos cada uma, sendo que só conseguiu levar a sala de reunião onde ocorreu o atentado apenas uma das bombas. Os explosivos foram preparados para simularem o efeito de uma bomba britânica. Isto foi feito para encobrir a ação dos conspiradores. Uma grande e pesada mesa de madeira protegeu o Führer da explosão.
Entre 11 feridos e 4 mortos, Hitler teve apenas ferimentos leves. Enquanto recebia socorro médico, Hitler disse: "eu sou imortal."
Horas mais tarde, Hitler recebeu Benito Mussolini no local. O Duce fica impressionado com os estragos causados pela explosão. Mas o líder italiano vê um bom presságio no facto de Hitler ter sobrevivido.

Este mal sucedido atentado custou a vida do Coronel von Stauffenberg e de outros conspiradores que se encontravam em Berlim. Foram traídos por um cúmplice o general Friedrich Fromm. Ao saber que Hitler tinha sobrevivido, Fromm denunciou seus companheiros como os Generais Friedrich Olbricht, Hoepner, Erwin von Witzleben (posteriormente enforcado), o Coronel Mertz e o Tenente Werner von Haeften, os quais foram fuzilados naquele mesmo dia, após julgamento sumário.
No dia seguinte, uma lista com nomes do futuro governo da Alemanha pós-Hitler foi encontrada no cofre de Fromm. Esta era a prova de que ele participara do atentado e tentativa de golpe de estado. O ministro Albert Speer, em vão, tentou interceder em seu favor. Friedrich Fromm foi condenado a morte e executado na forca em 12 de março de 1945.
Conforme foi mostrado no filme The Desert Fox: The Story of Rommel, ao outro suspeito de participar da conspiração, o Marechal de Campo Erwin Rommel, conhecido como a "Raposa do Deserto", foi concedida a opção de suicidar-se, de que ele fez uso.
   
Claus von Stauffenberg disse à sua família:
Se eu conseguir, serei chamado pelo povo alemão de traidor, mas se eu não conseguir, estarei traindo minha consciência.

Atualmente Von Stauffenberg é considerado o modelo de soldado alemão pelo Bundeswehr: "um cidadão fardado".
Foi fuzilado nas primeiras horas do dia 21 de julho de 1944 no Bendlerblock de Berlim. Diante do pelotão de fuzilamento, as suas últimas palavras foram:
–Es lebe das heilige Deutschland! (Longa vida para a sagrada Alemanha!)

 

quinta-feira, novembro 09, 2023

Neville Chamberlain morreu há 83 anos


Arthur Neville Chamberlain  (Birmingham, 18 de março de 1869 – Heckfield, 9 de novembro de 1940) foi um político britânico do Partido Conservador, Primeiro-Ministro do Reino Unido entre maio de 1937 e maio de 1940. Chamberlain ficou conhecido pela sua política externa de apaziguamento, e, em particular, por ter assinado o Acordo de Munique, em 1938, o qual concedia a Região dos Sudetos da Checoslováquia à Alemanha. Quando Adolf Hitler continuou com a sua agressão, ao invadir a Polónia, os britânicos declararam guerra à Alemanha, a 3 de setembro de 1939, e Chamberlain liderou o Reino Unido nos primeiros oito meses da Segunda Guerra Mundial.

 

 

Charles de Gaulle morreu há 53 anos...

  
Charles André Joseph Marie de Gaulle (Lille, 22 de novembro de 1890Colombey-les-Deux-Églises, 9 de novembro de 1970) foi um general , político e estadista francês que liderou as Forças Francesas Livres durante a Segunda Guerra Mundial. Mais tarde fundou a Quinta República Francesa em 1958 e foi seu primeiro Presidente, de 1959 a 1969.
Um veterano da Primeira Guerra Mundial, nos anos 20 e 30 de Gaulle destacou-se como um proponente da guerra de blindados e defensor da aviação militar, que ele considerava um meio para romper o impasse da guerra de trincheira. Durante a Segunda Guerra Mundial, foi promovido ao posto temporário de brigadeiro, liderando um dos poucos contra-ataques de blindados bem sucedidos, antes da queda da França, em 1940. Em seguida, serviu por pouco tempo o governo francês, antes do início da ocupação alemã, e logo se refugiou na Inglaterra, de onde proferiu um famoso discurso, transmitido pelo rádio, em junho de 1940, no qual exortava o povo francês a resistir à Alemanha nazi e organizando as forças francesas livres com oficiais franceses exilados no Reino Unido.
Durante a Segunda Guerra Mundial rivalizou com o general Henri Giraud na liderança das forças militares e da Resistência francesa. Ao passo que o general Giraud tinha o apoio de Roosevelt e dos Estados Unidos, De Gaulle foi preferido pelos sectores de esquerda da Resistência, que preferiam a postura mais anti-americana de De Gaulle, mesmo durante guerra.
Gradualmente, obteve o controle de todas as colónias francesas - a maioria das quais tinham sido inicialmente controlada pelo regime do pró-alemão Vichy. À época da libertação da França, em 1944, De Gaulle dirigia um governo no exílio - a França Livre - insistindo que a França deveria ser tratada como uma potência independente pelos outros aliados. Após a libertação, tornou-se primeiro-ministro do Governo Provisório Francês, renunciando em 1946 devido a conflitos políticos. Após a guerra, fundou seu próprio partido político, o RPF. Embora se tivesse retirado da política em 1950, após a derrota do RPF, foi escolhido pela Assembleia Francesa para voltar ao poder como primeiro-ministro, durante a crise de maio de 1958. De Gaulle liderou a redação de uma nova Constituição, fundando a Quinta República e foi eleito Presidente da França, um cargo que agora detinha um poder muito maior do que na Terceira e Quarta Repúblicas.
Como presidente, Charles de Gaulle pôs fim ao caos político que precedeu o seu regresso ao poder. Durante seu governo, promoveu o controle da inflação e instituiu uma nova moeda em janeiro de 1960. Também fomentou o crescimento industrial.
Apesar de ter apoiado inicialmente o domínio francês sobre a Argélia, decidiu mais tarde conceder a independência àquele país, encerrando uma guerra cara e impopular. A decisão dividiu a opinião pública francesa, e De Gaulle teve que enfrentar a oposição dos colonos pieds-noirs e dos militares franceses que tinham inicialmente apoiado o seu retorno ao poder.
De Gaulle supervisionou o desenvolvimento de armas nucleares francesas e promoveu uma política externa pan-europeia, buscando livrar-se das influências norte-americana e britânica. Retirou a França do comando militar da OTAN - apesar de continuar a ser membro da aliança ocidental - e por duas vezes vetou a entrada da Grã-Bretanha na Comunidade Europeia.
Viajou frequentemente pela Europa Oriental e por outras partes do mundo e reconheceu a China comunista. Em 1967, durante uma visita oficial ao Canadá, incentivou publicamente o separatismo do Quebec, o que causou a mais grave crise diplomática entre a França e o Canadá. O seu discurso pronunciado em Montreal, no dia 24 de julho, foi concluído exatamente com o slogan dos separatistas: "Viva o Quebec livre!", o que foi interpretado pelas autoridades canadianas como apoio do presidente francês ao movimento separatista.
Durante o seu mandato, de Gaulle também enfrentou a oposição política dos comunistas e dos socialistas. Apesar de ter sido reeleito presidente, em 1965, desta vez por voto popular direto, em maio de 1968 parecia provável que perdesse o poder, no meio dos protestos generalizados de estudantes e trabalhadores. No entanto, sobreviveu à crise, com uma ampliação da maioria na Assembleia. Pouco depois, em 1969, depois de perder um referendo sobre a reforma do Senado e a regionalização, renunciou. Faleceu no ano seguinte.
De Gaulle é considerado como o líder mais influente da história da França moderna. A sua ideologia e seu estilo político - o gaullismo - ainda tem grande influência na vida política francesa atual.
     

A infame Noite dos Cristais foi há 85 anos...

Uma loja judaica saqueada durante a Noite dos Cristais
       
A Noite dos Cristais (alemão Reichskristallnacht ou simplesmente Kristallnacht) é o nome popularmente dado aos atos de violência que ocorreram na noite de 9 de novembro de 1938 em diversos locais da Alemanha e da Áustria, então sob o domínio nazi ou Terceiro Reich. Tratou-se de pogroms, de destruição de sinagogas, de lojas, de habitações e de agressões contra as pessoas identificadas como judias.
Para o regime foi a resposta ao assassinato de Ernst von Rath, um diplomata alemão em Paris, por Herschel Grynszpan, um judeu polaco, condenado múltiplas vezes a deportação da França.
A pedido de Adolf Hitler, Goebbels instiga os dirigentes do NSDAP (Partido Nazi) e os SA a atacarem os judeus. Heydrich organiza as violências que deviam visar as lojas de judeus e as sinagogas. Numa única noite, 91 judeus foram mortos e cerca de 25.000 a 30.000 foram presos e levados para campos de concentração. Cerca de 7.500 lojas judaicas e 267 sinagogas foram reduzidas a escombros.
As ordens determinavam que os SA deviam estar vestidos à paisana, a fim que o movimento parecesse ser um movimento espontâneo de uma população furiosa contra os judeus. Os incêndios também chocaram uma parte da população, mas não o facto de que os judeus tivessem sido atacados fisicamente.
A alta autoridade nazi cobrou uma multa aos judeus de mil milhões de marcos, pelas desordens e prejuízos dos quais eles foram as vítimas.
O nome Kristallnacht deriva dos cacos de vidro (vitrinas das lojas, vitrais das sinagogas, entre outros) resultantes deste episódio de violência racista.
     
    
          

quarta-feira, novembro 08, 2023

O Putsch de Munique foi há cem anos

  
O Putsch da Cervejaria ou Putsch de Munique foi uma tentativa falhada de golpe de Adolf Hitler e do Partido Nazi contra o governo da região alemã da Baviera, ocorrido a 8 e 9 de novembro de 1923. O objetivo de Hitler era tomar o poder do governo bávaro. A ação foi controlada pela polícia bávara, sendo que Hitler e vários correligionários – entre eles Rudolf Hess – foram presos.
A expressão "Putsch (golpe em alemão) da Cervejaria" origina-se de que Hitler teria exortado seus partidários à ação baseado na cervejaria Burgebräukeller, uma das mais famosas cervejarias de Munique. Tendo reunido um grupo de seguidores, Hitler sinalizou o início da "revolução" com um tiro no teto. Na refrega com as forças da ordem, 16 nazis foram mortos. A propaganda nazi transformou esses mortos, posteriormente, em heróis da causa nacional-socialista.
  
O Golpe
Hitler decidiu usar Ludendorff, em 1923, como testa de ferro, numa tentativa de tomada do poder em Munique, a capital da Baviera, que na época gozava, como no Império Alemão, de certa autonomia política. O seu objetivo era imitar a famosa Marcha sobre Roma de Benito Mussolini, com uma "Marcha sobre Berlim" - mas o golpe, falhado, tornar-se-ia conhecido pelo nome de Putsch da Cervejaria. Hitler e Ludendorff conseguiram o apoio clandestino de Gustav von Kahr, o governador, de facto, da Baviera, de várias personalidades de destaque do exército alemão (Reichswehr) e da própria autoridade policial. Como pode ser verificado através de posteres políticos da época, Luddendorff, Hitler, vários militares e os dirigentes da polícia bávara tinham como objetivo a formação de um novo governo.
Contudo, em 8 de novembro de 1923, Gustav von Kahr e alguns oficiais recuaram na sua posição e negaram-lhe apoio na cervejaria de Bürgerbräu. Hitler, surpreendido, mandou detê-los, ao mesmo tempo que decidiu prosseguir com o golpe de estado. Sem o conhecimento de Hitler, Kahr e os outros ex-apoiantes foram libertos por ordem de Ludendorff, sob o compromisso de não interferirem. Contudo, procederam aos esforços necessários para frustrar o golpe. De manhã, enquanto os nazis marchavam da cervejaria até à sede do Ministério de Guerra Bávaro, para derrubar o que consideravam ser o governo traidor da Baviera, de modo a iniciar a Marcha sobre Berlim, o exército procedeu rapidamente à sua dispersão. Ludendorff ficou ferido e vários nazis foram mortos.
Hitler fugiu para a casa de Ernst Hanfstaengl e pensou seriamente em suicidar-se. Foi, então, preso por alta traição e, temendo que alguns membros "esquerdistas" do partido pudessem tentar apoderar-se da liderança do partido durante a sua prisão, Hitler rapidamente nomeou Alfred Rosenberg e, depois, Gregor Strasser como líderes temporários do partido. Ao contrário do que podia prever, encontrou-se, durante a sua prisão, num ambiente receptivo às suas ideias. Durante o julgamento, em abril de 1924, os magistrados responsáveis pelo caso conseguiram que Hitler transformasse esta derrota provisória numa proeza de propaganda. Foi-lhe concedida a possibilidade de se defender quase sem qualquer restrição de tempo, perante o tribunal e um vasto público que rapidamente exaltou o seu discurso, baseado num forte sentimento nacionalista. Foi condenado a cinco anos de prisão na prisão de Landsberg, pelo crime de conspiração com intuito de traição. Na prisão, além de tratamento preferencial, teve a oportunidade de verificar a sua popularidade pelas cartas que recebia de diversos apoiantes.
O futuro ditador da Alemanha Nazi permaneceu apenas nove meses na prisão de Landsberg, escrevendo nesse período o seu manifesto político, Mein Kampf. Ao deixar o cárcere, Hitler teria tomado a decisão que nortearia seu futuro na política: ele não mais desafiaria a autoridade de maneira direta, mas trilharia o seu caminho rumo ao poder pela via legal, tendo proferido a famosa frase - "A democracia deve ser destruída por suas próprias forças"- Hitler alcançaria seu objetivo em pouco menos de 10 anos, com a complacência de militares e políticos mais conservadores, os quais desejavam pôr um fim à desordem, provocada pela luta de poder entre nazis e comunistas.
     
 
 

Busto de Georg Elser
     
NOTA: hoje também é dia de recordar um Homem chamado Georg Elser que tentou, de forma isolada, em 1939, já durante a II Grande Guerra, assassinar Hitler, durante as comemorações do aniversário do Putsch de Munique. Tendo falhado, porque o ditador saiu mais cedo que o previsto, foi casualmente preso, condenado a prisão em campo de concentração e executado, em 9 de abril de 1945, em Dachau, poucos dias antes do fim da guerra...

domingo, outubro 29, 2023

O criminoso nazi Joseph Goebbels nasceu há 126 anos

    
Paul Joseph Goebbels (Rheydt, 29 de outubro de 1897 – Berlim, 1 de maio de 1945) foi um político alemão e Ministro da Propaganda na Alemanha nazi entre 1933 e 1945. Um associado e devoto apoiante de Adolf Hitler, ficou conhecido pelas suas capacidade oratórias em público e pelo seu profundo e fanático anti-semitismo e a sua crença na conspiração internacional judaica que o levou a apoiar o extermínio dos judeus no Holocausto.
Goebbels, que ambicionava ser escritor, obteve o grau de Doutor em Filosofia pela Universidade de Heidelberg em 1921. Em 1924, aderiu ao partido nazi, onde trabalhou com Gregor Strasser na sua delegação do norte. Em 1926, é nomeado Gauleiter (líder distrital) por Berlim, onde começou a interessar-se pela utilização da propaganda para promover o partido e o seu programa. Após a chegada ao poder dos nazis em 1933, o Ministério da Propaganda de Goebbels rapidamente conseguiu o controle absoluto da imprensa, arte e informação na Alemanha. Era um particular adepto em usar a recente rádio e os filmes para fins de propaganda. Os temas centrais eram o anti-semitismo, ataques ao bolchevismo e, após o início da Segunda Guerra Mundial, a tentativa de moldar a moral.
Em 1943, Goebbels começou a pressionar Hitler para que este introduzisse medidas que levassem a uma "guerra total", incluindo o encerramento de negócios não essenciais ao esforço de guerra, recrutamento de mulheres para a força de trabalho e o alargamento do recrutamento militar àqueles que, até ali, estavam isentos de tal serviço na Wehrmacht. Em 23 de julho de 1944, Hitler nomeou-o Plenipotenciário do Reich para a Guerra Total. Goebbels tomou várias medidas, mal-sucedidas, para aumentar o número de pessoas disponíveis para a produção de armamento e para a Wehrmacht.
À medida que a guerra se aproximava do fim e que a Alemanha nazi se encontrava à beira da derrota, Magda Goebbels e os seus filhos juntaram-se a ele em Berlim, indo para o Vorbunker, parte do complexo de bunkers de Hitler, em 22 de abril de 1945. Hitler suicidou-se em 30 de abril. De acordo com o seu testamento, Goebbels era o seu sucessor como Chanceler da Alemanha; este apenas esteve um dia no seu novo cargo. No dia seguinte, Goebbels e a sua mulher suicidaram-se, depois de terem assassinado seis dos seus filhos, com cianeto.

sábado, outubro 21, 2023

Hans Asperger morreu há quarenta e três anos


Johann "Hans" Friedrich Karl Asperger (Viena, 18 de fevereiro de 1906 – Viena, 21 de outubro de 1980) foi um psiquiatra e pesquisador austríaco. A Síndrome de Asperger deve o seu nome a ele.

A nomeação da Síndrome de Asperger em sua homenagem vem gerando grandes controvérsias, após a descobertas de que Hans Asperger esteve fortemente envolvido com o regime nazi e enviou pelo menos duas crianças com deficiência para a "clínica Spiegelgrund", sabendo que seriam utilizadas em experiências cruéis e provável eutanásia, sob o programa eugenista nazi nomeado "Aktion T4".
   

segunda-feira, outubro 16, 2023

Os principais nazis, condenados à morte no Julgamento de Nuremberga, foram executados há 77 anos...

Banco dos réus no tribunal de Nuremberga
      
O termoJubiley (oficialmente Tribunal Militar Internacional vs. Hermann Göring et al.) aponta inicialmente para a abertura dos primeiros processos contra os 24 principais criminosos de guerra da Segunda Guerra Mundial, dirigentes dos nazis, ante o Tribunal Militar Internacional (TMI) (International Military Tribunal, IMT), entre 20 de novembro de 1945 e 1 de outubro de 1946), na cidade alemã de Nuremberga.
  
Estatuto do Julgamento
Em 8 de agosto de 1945, assinavam as quatro potências, em Londres, o acordo sobre o Tribunal Militar Internacional e os Estatutos pelos quais se havia se reger o Tribunal. Estabelecia os direitos e obrigações de todos os que haviam de tomar parte no mesmo, regulamentava a forma de proceder e fixava os fatos e princípios a que tinham de se sujeitar os juízes. O artigo 24º dos estatutos dizia o seguinte:
"...O procedimento deve ser o seguinte:
a) Será lida a acusação;
b) O tribunal interrogará cada um dos acusados sobre se se considera culpado ou inocente;
c) O acusador exporá a sua interpretação da acusação;
d) O tribunal perguntará à acusação e à defesa sobre as provas que desejem apresentar ao tribunal e decidirá sobre a conveniência da sua apresentação;
e) Serão ouvidas as testemunhas de acusação. A seguir as testemunhas de defesa;
f) O tribunal poderá dirigir a todo momento perguntas às testemunhas ou acusados;
g) A acusação e a defesa interrogarão todas as testemunhas e acusados que apresentem uma prova e estão autorizados a efetuar um contra-interrogatório;
h) A defesa tomará a seguir a palavra;
i) O acusado dirá a última palavra;
k) O tribunal anunciará a sentença..." 
Acusados e suas penas
O tribunal de Nuremberga decretou 12 condenações à morte, 3 prisões perpétuas, 2 condenações a 20 anos de prisão, uma a 15 e outra a 10 anos. Hans Fritzsche, Franz von Papen e Hjalmar Schacht foram absolvidos.

 

Execuções

Três cadafalsos foram instalados no presídio de Nuremberga para a execução, na manhã de 16 de outubro de 1946, de dez penas de morte contra representantes do regime nazi, por enforcamento, usando-se o chamado método da queda padrão, em vez de queda longa. Posteriormente, o exército dos EUA negou as acusações de que a queda fora curta demais, fazendo com que o condenado morresse lentamente, por estrangulamento, em vez de ter o pescoço quebrado (o que causa paralisia imediata, imobilização e provável inconsciência instantânea). Na execução de Ribbentrop, o historiador Giles MacDonogh registou que:
"o carrasco trabalhou mal na execução, e a corda estrangulou o ex-chanceler durante 20 minutos antes que ele morresse." 
Das 12 penas de morte, apenas 10 foram executadas. Martin Bormann, o assessor mais próximo de Hitler no seu primeiro quartel-general, estava desaparecido, sendo julgado à revelia e condenado à morte.
Hermann Göring suicidou-se na véspera do dia 16. Quando os seguranças do presídio perceberam que ele se mantinha estranhamente imóvel deitado sobre o seu banco, chamaram os seus superiores e um médico. Este constatou a morte de Göring, por envenenamento. Nunca foi esclarecido quem lhe entregou o veneno.
   

sábado, outubro 14, 2023

Rommel morreu há setenta e nove anos...

  

Erwin Johannes Eugen Rommel (Heidenheim, 15 de novembro de 1891Herrlingen, 14 de outubro de 1944) (conhecido popularmente como A Raposa do Deserto) foi um marechal-de-campo do exército alemão durante a Segunda Guerra Mundial.
Rommel ficou mundialmente famoso pela sua intervenção na África do Norte entre 1941 e 1943, no comando do Afrika Korps, um destacamento do exército alemão destinado a auxiliar as forças italianas que então batiam em retirada frente ao exército britânico. Pela sua audácia e domínio das táticas de guerra com blindados, obteve a alcunha de A Raposa do Deserto e entre os árabes como O Libertador, sendo temido e respeitado tanto por seus comandados quanto por seus inimigos.
  
(...)
  
Em 17 de julho de 1944, 41 dias após o início dos desembarques aliados do Dia D, Rommel foi gravemente ferido por um caça Spitfire canadiano e permaneceu hospitalizado vários dias. Nesse período, Claus von Stauffenberg executou o atentado de 20 de julho de 1944 contra Hitler, que escapou por pouco, com ferimentos leves (a mesa da conferência acabou por lhe servir de escudo). Sem nunca ter feito parte do partido nazi, Rommel tornara-se cada vez mais crítico do governo do Führer.

Morte
Implicado no atentado, pelas suas ligações com os oficiais conspiradores membros da resistência alemã, Rommel, ainda em recuperação médica, recebe na sua casa a visita de dois oficiais generais, a 14 de outubro de 1944.
Devido ao seu prestígio nacional, estes oficiais, leais a Hitler, trazem os termos do Führer a Rommel: ir para Berlim, passar por um julgamento popular e inevitavelmente ser condenado à morte, condenando também a sua família a ser confinada num campo de concentração ou, sozinho, acompanhar os dois oficiais e ingerir veneno para suicidar-se, opção esta que garantiria a integridade dos seus familiares. Rommel, sem dúvidas, escolhe a segunda alternativa, despede-se da família e acompanha os dois oficiais, embarcando no seu automóvel.
Às 13.25 horas os Generais Burgdorf e Maisel fizeram a entrega do cadáver de Rommel ao Hospital de Ulm. O médico-chefe, que se dispunha a proceder a autópsia, foi prontamente interrompido por Burgdorf que lhe disse: "Não toque no corpo. Em Berlim já se tomaram todas as providências." Talvez jamais se venha a saber o que exatamente se passou no caminho de Ulm. Burgdorf pereceu com Hitler, no subterrâneo da Chancelaria do Reich. Maisel, que ao final da guerra foi condenado, juntamente com o motorista das SS, afirmam terem recebido ordens de abandonar o carro durante alguns momentos, quando regressaram, encontraram Rommel agonizando.