- Braniboři v Čechách (Brandemburgueses na Boémia)
- Prodaná Nevěsta (A Noiva Vendida)
- Dalibor
- Libuše
- Dvě Vdovy (As Duas Viúvas)
- Hubička (O Beijo)
- Tajemství (O Segredo)
- Čertova stěna (A Parede do Diabo)
domingo, março 02, 2014
Smetana nasceu há 190 anos
Postado por Fernando Martins às 19:00 0 bocas
Marcadores: Bedrich Smetana, Boémia, música, República Checa, romantismo, Smetana, The Bartered Bride
quinta-feira, janeiro 16, 2014
Jan Palach imolou-se há 45 anos...
Postado por Fernando Martins às 00:45 0 bocas
Marcadores: Checoslováquia, Jan Palach, República Checa, suicídio
quarta-feira, julho 03, 2013
Franz Kafka nasceu há 130 anos
Educação
Kafka aprendeu alemão como sua primeira língua, contudo era quase fluente em checo. Considerava-se incapaz nos estudos, tanto que em uma carta a Felice Bauer declarou que não acreditava que conseguiria concluir o ensino médio. No momento de escolher a carreira, optou pelo curso de Filosofia, no entanto foi impedido pelo seu pai, com quem não tinha uma relação de afetividade. Tendo de decidir entre Química e Direito, Franz opta pela faculdade de Química, juntamente com o seu grande amigo, Max Brod. Permanece 15 dias no curso e desiste, entrando de vez para a faculdade de Direito, que será tema de boa parte de suas obras. Formado em Direito em 1906, trabalhou como advogado a princípio na companhia particular Assicurazioni Generali e depois no semiestatal Instituto de Seguros contra Acidentes do Trabalho. Solitário, com a vida afetiva marcada por irresoluções e frustrações, Kafka atingiu pouca fama com seus livros, na maioria editados postumamente. Mesmo assim era respeitado nos círculos de literatura que frequentava.
Obra
A Metamorfose (novela escrita em 1912 em uma noite em claro conforme descreve, e publicado em 1915) narra o caso de Gregor Samsa, que após acordar de um pesadelo, vê seu corpo transformado em um inseto daninho. Conforme a história se desenvolve o filho se vê inferiorizado com relação a figura paterna. Franz Kafka trata da condição humana, da humilhação, com uma linguagem rica em ironias e metáforas, e que se aprofunda nas relações de poder dentro do ambito familiar. Um conflito similar entre pai e filho ocorre em O Veredicto, nesta história dedicada a Felice Bauer, o pai exerce o papel de juiz diante do filho. Mas é em Carta ao Pai que a relação com seu pai é exposta de maneira chocante e em detalhes. A Carta ao Pai foi escrita em 1919, mas nunca chegou a ser enviada a seu pai, embora houvesse cogitado como revela em carta a Milena Jesenská. O Processo (1925) é um romance, que conta o caso de Josef K., ele se encontra envolto a um nebuloso processo sobre um crime que lhe é desconhecido. A condição humana e sua relação nesta obra, já ultrapassa a dimensão da família, e passa a englobar as relações de dominio do Estado sobre o indivíduo. Em O Castelo (1926), o agrimensor K. é convidado a exercer sua atividade a convite dos senhores de um castelo, mas ao lá chegar é recepcionado com espanto pelos aldeões, ao mesmo tempo em que o acesso ao castelo se torna mais e mais distante. Em A Construção, uma de suas ultimas obras, retrata o medo absurdo de uma criatura, e todas as precauções para manter sua vida preservada diante de um perigo que se aproxima de modo inevitável.
O livro A Colónia Penal (1914) fala sobre uma máquina que tem o poder de executar sentenças. Trata-se de uma história absurda sobre uma Colónia que usa esta máquina para torturar e matar pessoas, sem que estas sequer saibam o porquê da sua morte. O livro é uma crítica aos sistemas despóticos de poder. Essas quatro obras-primas definem não apenas boa parte do que se conhece até hoje como "literatura moderna", mas o próprio carácter do século: kafkiano.
Autor de várias colectâneas de contos, Kafka escreveu também a avassaladora Carta ao Pai (1919) e centenas de páginas de diários. Deixou inacabado o romance Amerika e mesmo alguns capítulos de O Processo - cujos capítulos foram escritos sem ordem cronológica da obra e há controvérsias se a edição oficial do livro é a definitiva - também ficaram inacabados.
Kafka morreu num sanatório perto de Viena, onde foi internado com tuberculose. Desde então, seu legado - resgatado pelo amigo Max Brod - exerce uma enorme influência na literatura mundial.
Espólio
Em 2012, depois de anos de disputa, a colecção de documentos, que inclui inéditos e documentos pessoais de Franz Kafka e Max Brod vai ser entregue à Biblioteca Nacional de Israel. A decisão do tribunal de Tel Aviv obriga as filhas da antiga secretária de Brod a devolverem o espólio.
Tudo começou logo após a morte de Kafka em 1924, quando o amigo e testamenteiro literário Max Brod, também escritor, jornalista e compositor, não queimou os manuscritos, diários e cartas e tudo o que restava, como era a última vontade do escritor.
Max Brod emigrou para a Palestina em 1939, fugindo à perseguição nazi, dando instruções a Esther Hoffe, secretária e amante, que quando morresse todos os documentos fossem depositados na Biblioteca Nacional de Jerusalém. O que nunca viria a acontecer.
Brod morreu em 1968 e Esther Hoffe não respeitou o pedido e ficou com o espólio. Em 1998 decidiu levar a leilão o manuscrito de O Processo, que viria a ser adquirido, pelo equivalente a cerca de milhão e meio de euros, pelo Ministério da Cultura alemão, ficando depositado na Biblioteca de Marbach am Neckar, uma pequena cidade no Sul do país, no estado de Baden-Württemberg, a uns 35 km de Estugarda.
Esther, que morreu em 2007, decidiu deixar às filhas o espólio de Kafka. Após a morte da mãe, em 2007, Eva e Ruth quiseram fazer valer os direitos também sobre parte daquele património que entretanto foi descoberto no apartamento de Esther, em Tel Aviv.
Foi nessa altura que o Estado de Israel decidiu intervir, reivindicando o espólio para a Biblioteca Nacional de Jerusalém. Soube-se então que outra parte do espólio estava depositado, desde há várias décadas e ainda por iniciativa de Max Brod, num banco na Suíça.
Estilo literário
A escrita de Kafka é marcada pelo seu tom despegado, imparcial, atenciosa ao menor detalhe, e abrange os temas da alienação e perseguição. Os seus trabalhos mais conhecidos são as pequenas histórias A Metamorfose, Um artista da fome e os romances O Processo, América e O Castelo. Os seus contos são julgados como verdadeiros e realistas, em contacto com o homem do século XXI, pois os personagens kafkianos sofrem de conflitos existenciais, como o homem de hoje. No mundo kafkiano, os personagens não sabem que rumo podem tomar, não sabem dos objetivos da sua vida, questionam seriamente a existência e acabam sós, diante de uma situação que não planearam, pois todos os acontecimentos se viraram contra eles, não lhes oferecendo a oportunidade de se aproveitar da situação e, muitas vezes, nem mesmo de sair dela. Por isso, a temática da solidão como fuga, a paranóia e os delírios de influência estão muito ligados à obra kafkiana, sendo comum a existência de personagens secundários que espiam, e conspiram contra o protagonista das histórias de Kafka (geralmente homens, à exceção de alguns contos onde aparecem animais e raros onde a personagem principal é uma mulher). No fundo, estes protagonistas não são mais que projecções do próprio Kafka, onde ele expõe os seus medos, a sua angústia perante o mundo, a sua solidão interior, sua problemática em lidar com a família e o círculo social.
NOTA: o Google Doodle de hoje é uma homenagem justíssima a Kafka:
Postado por Fernando Martins às 23:59 0 bocas
Marcadores: alemão, Áustria-Hungria, existencialismo, Franz Kafka, Google Doodle, judeus, literatura, modernismo, República Checa, Surrealismo
segunda-feira, junho 10, 2013
Lídice viverá eternamente...!
Irmão, é a a hora
Apronta-te agora
Passa a outras mãos a invisível bandeira!
No morrer não diferente do que na vida inteira,
Não irás render-te a estes, companheiro bravo.
Estás hoje vencido, e és por isso hoje escravo.
Mas a guerra só acaba co'a última batalha
A guerra não acaba antes da última batalha.
Irmão, é a a hora
Apronta-te agora
Passa a outras mãos a invisível bandeira!
Violência ou Justiça e a balança vacila
Mas, passada a servidão, outro dia cintila.
Estás hoje vencido, mas a coragem não te falta.
Que a guerra só acaba co'a última batalha
Que a guerra não acaba antes da última batalha.
in Poemas (2007) - Bertold Brecht (tradução de Paulo Quintela)
NOTA: poema escrito por Bertold Brecht para o filme Hangmen Also Die, em cujo argumento e guião colaborou.
Postado por Fernando Martins às 07:10 0 bocas
Marcadores: Checoslováquia, crimes de guerra, genocídio, II Grande Guerra, II Guerra Mundial, Lídice, nazis, Reinhard Heydrich, República Checa
quarta-feira, maio 01, 2013
Dvorak morreu há 109 anos
Postado por Fernando Martins às 01:09 0 bocas
Marcadores: Dvorak, música, Praga, República Checa, romantismo, Stabat Mater
sábado, março 02, 2013
Smetana nasceu há 189 anos
- Braniboři v Čechách (Brandemburgueses na Boémia)
- Prodaná Nevěsta (A Noiva Vendida)
- Dalibor
- Libuše
- Dvě Vdovy (As Duas Viúvas)
- Hubička (O Beijo)
- Tajemství (O Segredo)
- Čertova stěna (A Parede do Diabo)
Postado por Fernando Martins às 20:15 0 bocas
Marcadores: Bedrich Smetana, Má Vlast, música, República Checa, romantismo, Smetana
terça-feira, janeiro 01, 2013
A pacífica dissolução da Checoslováquia foi há 19 anos
Postado por Fernando Martins às 19:00 0 bocas
Marcadores: Checoslováquia, dissolução da Checoslováquia, divórcio, Eslováquia, República Checa
sábado, setembro 08, 2012
Dvorak nasceu há 171 anos
Postado por Fernando Martins às 17:10 0 bocas
Marcadores: Dvorak, música, Ópera, República Checa, romantismo, Slavonic Dance Number 1
terça-feira, agosto 21, 2012
A Primavera de Praga foi interrompida há 44 anos
Não sei, não conheço, não direi, não tenho, não sei fazer, não darei, não posso, não irei, não ensinarei, não farei!
Postado por Fernando Martins às 14:53 0 bocas
Marcadores: Alexander Dubcek, Checoslováquia, comunismo, cortina de ferro, dignidade, direitos humanos, Eslováquia, Pacto de Varsóvia, Primavera de Praga, República Checa, URSS
sábado, julho 07, 2012
Mahler nasceu há 152 anos
Postado por Fernando Martins às 15:20 0 bocas
Marcadores: Adagietto, Áustria, Gustav Mahler, Império Austro-Húngaro, judeus, maestro, modernismo, música, República Checa, romantismo, Sinfonia nº 5 de Mahler
sexta-feira, maio 18, 2012
Mahler morreu há 101 anos
Postado por Fernando Martins às 22:10 0 bocas
Marcadores: Áustria-Hungria, Gustav Mahler, judeus, modernismo, República Checa, romantismo, Sinfonia nº 4
terça-feira, maio 01, 2012
Dvorak morreu há 108 anos
Postado por Fernando Martins às 01:08 0 bocas
Marcadores: Danças Eslavas, Dvorak, música, Ópera, República Checa, romantismo
sexta-feira, março 02, 2012
Smetana nasceu há 188 anos
segunda-feira, janeiro 16, 2012
Jan Palach imolou-se há 43 anos
Postado por Fernando Martins às 15:07 0 bocas
Marcadores: Checoslováquia, Jan Palach, República Checa, suicídio
quinta-feira, dezembro 29, 2011
A vingança serve-se com veludo - há 22 anos Vaclav Havel tornou-se Presidente da Checoslováquia
Postado por Pedro Luna às 00:22 0 bocas
Marcadores: Checoslováquia, comunismo, democracia, direitos humanos, Eslováquia, Presidente da República, República Checa, revolução de Veludo, tortura, Vaclav Havel
sexta-feira, dezembro 23, 2011
Humor vermelho - parte III
ParlamentoPCP contra voto de pesar por Havelpor Hugo Filipe Coelho - 22.12.2011O PCP ficou isolado na oposição a um voto de pesar pela morte de Vaclav Havel, herói da revolução de Veludo na antiga Checoslováquia. Os deputados comunistas levantaram-se quando a presidente da mesa perguntou quem vota contra e foram vaiados pelas bancada à direita.A mensagem de pesar foi apresentada em conjunto por BE, CDS, PS e PSD. Os deputados dos quatro partidos - com excepção de alguns bloquistas - levantaram-se e bateram palmas quando o voto foi aprovado. Os Verdes, partido que corre coligado com o PCP, abstiveram-se.Depois do aplauso o socialista José Lello lançou uma farpa aos comunistas perguntando à mesa se não teria dado entrada "nenhum voto de pesar para o Querido Líder", o líder da Coreia Norte Kim-Jong Il, que morreu esta semana.Enquanto dramaturgo, Havel destacou-se pelas peças que satirizavam o antigo regime comunista da Checoslováquia, que integrava o Pacto de Varsóvia. Reconhecido como líder da resistência pacífica, Havel tornou-se presidente em 1989 e liderou a transição para a democracia que antecedeu a cisão do país na República Checa e Eslováquia.
NOTA: que o voto de pesar pela morte de Vaclav Havel seja recusado PCP, é natural. Afinal antes os checos e os eslovacos é que estavam bem - isto de poderem decidir tudo sem que o Comité Central de um partido comunista decida primeiro é que está errado. E Vaclav Havel era execrável - escrevia peças de teatro a falar mal do paraíso na terra que era a Checoslováquia e a cortina de ferro que a apertava. Agora parece-me mal que Os Verdes se abstivessem - se é para isso que o PCP os lá pôs, melhor teria sido colocar mais bernardinos, agostinhos, brunos, lopes, honórios e afins. E ouvir o lello mandar aquela piada foi de matar um homem do coração...
Postado por Pedro Luna às 21:15 0 bocas
Marcadores: Checoslováquia, direitos humanos, Humor, José Lello, Os Verdes, PCP, República Checa, revolução de Veludo, tortura, Vaclav Havel