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sábado, novembro 18, 2023

Notícia sobre sonda espacial que vai estudar asteroides...

A Lucy diz hoje “olá” a uma população de asteroides nunca antes explorada

 

  

Impressão de artista da sonda Lucy da NASA a passar perto de um asteroide troiano

 

Nave espacial da NASA anda a vigiar o asteroide Dinkinesh desde 3 de setembro. Agora, finalmente chegou o dia da missão “flyby”, que vai explorar corpos que orbitam o Sol em dois “enxames”. A maior aproximação da Lucy deverá ocorrer às 16.54 de Portugal de 1 de novembro.

A Lucy arranca esta quarta-feira na sua primeira visita a um asteroide. A nave espacial da NASA vai passar pelo asteroide Dinkinesh e testar os seus instrumentos em preparação para visitas na próxima década a múltiplos asteroides troianos que orbitam o Sol na mesma órbita que Júpiter.

Dinkinesh, com menos de 1 quilómetro de tamanho, orbita o Sol na cintura principal de asteroides localizada entre as órbitas de Marte e Júpiter. A sonda Lucy tem estado a seguir Dinkinesh visualmente desde 3 de setembro; será o primeiro de 10 asteroides que a Lucy visitará na sua viagem de 12 anos. Para observar tantos asteroides, a Lucy não vai parar nem orbitar os asteroides; em vez disso, vai recolher dados à medida que passa por eles, naquilo a que se chama um “flyby”.

“Esta é a primeira vez que a Lucy vai observar de perto um objeto que, até agora, tem sido apenas uma mancha não resolvida nos melhores telescópios”, disse Hal Levison, investigador principal da Lucy no SwRI (Southwest Research Institute), com sede em San Antonio, no estado norte-americano do Texas. “Dinkinesh está prestes a ser revelado à humanidade pela primeira vez”.

O objetivo principal da missão Lucy, que foi lançada no dia 16 de outubro de 2021, é estudar os asteroides troianos de Júpiter, uma população nunca antes explorada de pequenos corpos que orbitam o Sol em dois “enxames” que lideram e seguem Júpiter na sua órbita. No entanto, antes de chegar aos troianos, a Lucy passará por outro asteroide da cintura principal em 2025, chamado Donaldjohanson, para testes adicionais dos sistemas e dos procedimentos da nave espacial.

Durante a passagem por Dinkinesh, a equipa irá testar o seu sistema de rastreio, que permitirá à nave espacial identificar autonomamente a localização do asteroide, mantendo-o dentro do campo de visão dos instrumentos durante todo o encontro.

 

Da partida à chegada: como tudo vai acontecer

Dado que este encontro se destina a testar os sistemas da Lucy, as observações científicas serão mais simples do que para os alvos principais da missão.

A nave espacial e a plataforma que contém os instrumentos colocar-se-ão em posição duas horas antes da maior aproximação a Dinkinesh. Uma vez em posição, a sonda começará a recolher dados com os seus instrumentos L’LORRI (Long Range Reconnaissance Imager) e L’TES (Thermal Infrared Spectrometer).

Uma hora antes da maior aproximação, a nave começará a seguir o asteroide com o sistema de rastreio. Só nos últimos oito minutos é que a Lucy poderá recolher dados com o MVIC (Multispectral Visible Imaging Camera) e com o LEISA (Linear Etalon Imaging Spectral Array), os componentes que constituem o instrumento L’Ralph.

A maior aproximação da Lucy deverá ocorrer às 16:54 (hora portuguesa), quando a nave espacial estiver a 430 quilómetros do asteroide. A Lucy vai obter imagens contínuas e seguir o rasto de Dinkinesh durante quase mais uma hora.

 

 

Depois disso, a nave espacial reorientar-se-á para retomar as comunicações com a Terra, mas continuará a fazer imagens periódicas de Dinkinesh com o L’LORRI durante os quatro dias seguintes.

“Vamos saber o que a nave espacial está a fazer a todas as alturas, mas a Lucy está tão longe que são precisos cerca de 30 minutos para que os sinais de rádio viajem entre a nave espacial e a Terra, por isso não podemos comandar interativamente um encontro com um asteroide”, disse Mark Effertz, engenheiro-chefe da Lucy na Lockheed Martin Space em Littleton, no estado norte-americano do Colorado.

“Em vez disso, pré-programamos todas as observações científicas. Depois de concluídas as observações científicas e o ‘flyby’, a Lucy reorientará a sua antena de alto ganho para a Terra e demorará cerca de 30 minutos até que o primeiro sinal chegue à Terra”.

Depois de confirmar a saúde da nave espacial, os engenheiros vão ordenar à Lucy que envie os dados científicos do encontro para a Terra. Esta transferência de dados demorará vários dias.

Embora o objetivo principal do encontro com Dinkinesh seja um teste de engenharia, os cientistas da missão esperam também utilizar os dados capturados para obter informações sobre a ligação entre os asteroides maiores da cintura principal explorados por missões anteriores da NASA e os asteroides mais pequenos próximos da Terra.

Após o encontro com Dinkinesh, a sonda Lucy continuará na sua órbita à volta do Sol, regressando à vizinhança da Terra para a sua segunda assistência gravitacional em dezembro de 2024. Este empurrão da Terra enviá-la-á de volta à cintura principal de asteroides para o seu “flyby” por Donaldjohanson em 2025, e depois para os asteroides troianos de Júpiter em 2027.

 

in ZAP

quinta-feira, novembro 16, 2023

A Mensagem de Arecibo foi transmitida para o espaço há 49 anos

Mensagem de Arecibo (a cor foi adicionada apenas para separar por partes a mensagem e facilitar a compreensão)

   

A mensagem de Arecibo foi enviada para o espaço, com o objetivo de transmitir a uma possível civilização extraterrestre, informações sobre o planeta Terra e a civilização humana em 1974, pelo SETI com o uso do radiotelescópio porto-riquenho de Arecibo. Algumas alterações foram efetuadas no transmissor do radiotelescópio, permitindo transmitir sinais com até 20 terawatts de potência. Como teste inaugural, foi decidido pelo SETI transmitir uma mensagem codificada para o universo. Este sinal foi direcionado para o agrupamento globular estelar M 13, que está a aproximadamente 25 mil anos-luz de distância, e possui cerca de 300 mil estrelas, na Constelação de Hércules. A mensagem foi transmitida exatamente a 16 de novembro de 1974 e consistia-se em 1679 impulsos de código binário que levaram três minutos para serem transmitidos, na frequência de 2.380 MHz

   

quinta-feira, novembro 09, 2023

A Apollo IV foi lançada há 56 anos...

    
A Apollo IV foi um voo teste não tripulado, realizado a 9 de novembro de 1967, em missão para o Projeto Apollo da NASA (agência espacial dos EUA).
A nave Apollo 4 foi o primeiro lançamento do foguete Saturno V, para teste orbital do foguete e sistemas de voo da cápsula.
A contagem regressiva de 104 horas começou em 30 de outubro e, após atrasos, o lançamento ocorreu em 9 de novembro de 1967. Lançado com sucesso do Cabo Canaveral, o voo teve duração de 8 horas e 37 minutos e a nave foi recuperada sem problemas.
A nave Apollo IV (Apollo-Saturn 501) foi reprojetada após o acidente ocorrido com a Apollo I, que vitimou os astronautas Virgil "Gus" Ivan Grissom, Edward Higgins White II e Roger Bruce Chaffee, em janeiro de 1967, e recebeu esse nome em homenagem a eles.
Nenhuma missão recebeu os nomes de Apollo II e Apollo III.
     

     

quinta-feira, outubro 19, 2023

A Mariner 5 chegou a Vénus há 56 anos

   
A Mariner 5 (Mariner Venus 1967) foi uma sonda espacial norte-americana que fez parte do Programa Mariner que transportou recursos complementares para o estudo da atmosfera de Vénus.
A Mariner 5 foi originalmente construída como uma cópia de segurança da Mariner 4, mas depois do sucesso daquela, foi modificada para a "missão Vénus", removendo a câmara de televisão, invertendo e reduzindo os quatro painéis solares, e adicionando isolamento térmico extra.
Ela foi lançada em direção a Vénus a 14 de junho de 1967 e chegou ao planeta a 19 de outubro desse mesmo ano, a uma altitude de 3.990 quilómetros. Com instrumentos mais sensíveis do que a sua antecessora, a Mariner 2, a Mariner 5 obteve mais informações sobre Vénus e também sobre as características do espaço profundo, em viagens interplanetárias.
Dados sobre a "ocultação de rádio" ocorridas na Mariner 5 ajudaram a compreender os dados sobre pressão e temperatura enviados pela sonda Venera 4 na sua aterragem, que chegou a Vénus um dia antes. Após estas missões, ficou claro que Vénus tinha uma superfície muito quente e uma atmosfera ainda mais densa do que a esperada.
As operações da Mariner 5 terminaram em novembro de 1967 e a sonda foi deixada numa órbita heliocêntrica.

domingo, outubro 15, 2023

Foi lançada uma sonda para estudar o asteroide 16 Psique...

NASA está prestes a embarcar na primeira viagem a um asteroide rico em metais

 

 

Uma sonda vai descolar dos EUA para estudar o Psique, um asteroide rico em metais que os cientistas acreditam poder desvendar o que se passou durante a formação do nosso sistema solar.

A agência espacial norte-americana NASA prevê lançar esta quinta-feira, 12 de outubro de 2023, uma missão para explorar um asteroide rico em metais chamado Psique (Psyche, em inglês) – nome adotado também pela sonda e pela própria missão. O asteroide com a forma de uma batata, que se encontra na órbita do Sol, entre Marte e Júpiter, pode ser o “coração” de um planeta que acabou por não se desenvolver ou algo ainda mais misterioso que a NASA pretende descobrir. A missão, a primeira de sempre a estudar um asteroide rico em metais, pretende ajudar os cientistas a compreender mais sobre a formação de corpos rochosos no nosso sistema solar.

in Público

terça-feira, setembro 12, 2023

O discurso "We choose to go to the moon" foi proferido há 61 anos

   
The "Address at Rice University on the Nation's Space Effort", or better known informally as the "We choose to go to the moon" speech, was delivered by U.S. President John F. Kennedy to a large crowd gathered at Rice Stadium in Houston, Texas on September 12, 1962. It was one of Kennedy's earlier speeches meant to persuade the American people to endorse the Apollo program, the national effort to land a man on the Moon.
  
Background
When John F. Kennedy became president during January 1961, many Americans perceived that the United States was losing the Space Race with the USSR, which had successfully launched the first artificial satellite, Sputnik 1, almost four years earlier. The perception increased when during April 1961, Russian cosmonaut Yuri Gagarin became the first man in space before the U.S. could launch its first Project Mercury astronaut. Convinced of the political need to make an achievement which would decisively demonstrate America's space superiority, and after consulting with NASA to identify such an achievement, Kennedy stood before Congress on May 25, 1961, and proposed that “this nation should commit itself to achieving the goal, before this decade is out, of landing a man on the Moon and returning him safely to the Earth.”
Kennedy's goal gave a specific mission to National Aeronautics and Space Administration's Apollo program. This required the expansion of NASA's Space Task Group into a Manned Spacecraft Center. Houston, Texas was chosen as the site, and the Humble Oil and Refining Company donated the land during 1961, with Rice University as an intermediary. Kennedy took advantage of the 1962 construction of the facility to deliver a speech on the nation's space effort.

The speech
On September 12, 1962, President Kennedy delivered his speech before a crowd of 35,000 people in the Rice University football stadium. The most memorable and quoted portion of the speech is in the middle:
We set sail on this new sea because there is new knowledge to be gained, and new rights to be won, and they must be won and used for the progress of all people. For space science, like nuclear science and all technology, has no conscience of its own. Whether it will become a force for good or ill depends on man, and only if the United States occupies a position of pre-eminence can we help decide whether this new ocean will be a sea of peace or a new terrifying theater of war. I do not say that we should or will go unprotected against the hostile misuse of space any more than we go unprotected against the hostile use of land or sea, but I do say that space can be explored and mastered without feeding the fires of war, without repeating the mistakes that man has made in extending his writ around this globe of ours.
There is no strife, no prejudice, no national conflict in outer space as yet. Its hazards are hostile to us all. Its conquest deserves the best of all mankind, and its opportunity for peaceful cooperation may never come again. But why, some say, the Moon? Why choose this as our goal? And they may well ask, why climb the highest mountain? Why, 35 years ago, fly the Atlantic? Why does Rice play Texas?
We choose to go to the Moon! ... We choose to go to the Moon in this decade and do the other things, not because they are easy, but because they are hard; because that goal will serve to organize and measure the best of our energies and skills, because that challenge is one that we are willing to accept, one we are unwilling to postpone, and one we intend to win ...

domingo, setembro 03, 2023

A sonda Viking 2 chegou a Marte há 47 anos

     
The Viking 2 mission was part of the American Viking program to Mars, and consisted of an orbiter and a lander essentially identical to that of the Viking 1 mission. The Viking 2 lander operated on the surface for 1316 days, or 1281 sols, and was turned off on April 11, 1980 when its batteries failed. The orbiter worked until July 25, 1978, returning almost 16,000 images in 706 orbits around Mars.
    
Mission profile
The craft was launched on September 9, 1975. Following launch using a Titan/Centaur launch vehicle and a 333-day cruise to Mars, the Viking 2 Orbiter began returning global images of Mars prior to orbit insertion. The orbiter was inserted into a 1500 x 33,000 km, 24.6 h Mars orbit on August 7, 1976 and trimmed to a 27.3 h site certification orbit with a periapsis of 1499 km and an inclination of 55.2 degrees on 9 August. Imaging of candidate sites was begun and the landing site was selected based on these pictures and the images returned by the Viking 1 Orbiter.
The lander separated from the orbiter on September 3, 1976 at 22:37:50 UT and landed at Utopia Planitia. Normal operations called for the structure connecting the orbiter and lander (the bioshield) to be ejected after separation, but because of problems with the separation the bioshield was left attached to the orbiter. The orbit inclination was raised to 75 degrees on 30 September 1976.
   
Orbiter
The orbiter primary mission ended at the beginning of solar conjunction on October 5, 1976. The extended mission commenced on 14 December 1976 after solar conjunction. On 20 December 1976 the periapsis was lowered to 778 km and the inclination raised to 80 degrees.
Operations included close approaches to Deimos in October 1977 and the periapsis was lowered to 300 km and the period changed to 24 hours on 23 October 1977. The orbiter developed a leak in its propulsion system that vented its attitude control gas. It was placed in a 302 × 33,176 km orbit and turned off on 25 July 1978 after returning almost 16,000 images in about 700–706 orbits around Mars.
   
Lander
The lander and its aeroshell separated from the orbiter on 3 September 19:39:59 UT. At the time of separation, the lander was orbiting at about 4 km/s. After separation, rockets fired to begin lander deorbit. After a few hours, at about 300 km attitude, the lander was reoriented for entry. The aeroshell with its ablative heat shield slowed the craft as it plunged through the atmosphere.
The Viking 2 Lander touched down about 200 km west of the crater Mie in Utopia Planitia.
Approximately 22 kg (49 lb) of propellants were left at landing. Due to radar misidentification of a rock or highly reflective surface, the thrusters fired an extra time 0.4 second before landing, cracking the surface and raising dust. The lander settled down with one leg on a rock, tilted at 8.2 degrees. The cameras began taking images immediately after landing.
The Viking 2 lander was powered by radioisotope generators and operated on the surface until April 11, 1980, when its batteries failed.
   
First color image (Viking Lander 2 Camera 2 sol 2, September 5, 1976) 14:36
   

terça-feira, agosto 29, 2023

O geólogo Bruce C. Murray morreu há dez anos

   
Bruce Churchill Murray (Nova Iorque, 30 de novembro de 1931 - Oceanside, 29 de agosto de 2013) foi um professor emérito de ciência planetária e geólogo do Instituto de Tecnologia da Califórnia. Foi também o diretor do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, de 1 de abril de 1976 até 30 de junho de 1982. Foi também um dos co-fundadores da Sociedade Planetária.

Fez o doutoramento em geologia no MIT em 1955 e logo foi contratado pela Chevron da Califórnia, depois trabalhou para a Força Aérea dos Estados Unidos e por fim ingressou no Instituto de Tecnologia da Califórnia em 1960. Ele tornou-se um professor associado em 1963, e mais tarde, um professor a tempo integral em 1969, vindo a se tornar professor emérito em 2001.
Com Carl Sagan e Louis Friedman, Murray fundou a ONG Sociedade Planetária, onde serviu como presidente um mandato.
Murray era casado com Suzanne Moss e tinham cinco filhos. Morreu na sua casa, em Oceanside, a 29 de agosto de 2013, de complicações decorrentes da doença de Alzheimer, com 81 anos.

Os fundadores da Sociedade Planetária - Bruce C. Murray está sentado à esquerda

sexta-feira, agosto 25, 2023

Neil Armstrong morreu há onze anos...

  
Neil Alden Armstrong (Wapakoneta, 5 de agosto de 1930Cincinnati, 25 de agosto de 2012) foi um engenheiro aeroespacial, aviador naval, piloto de teste, astronauta e professor norte-americano que tornou-se o primeiro homem a pisar na Lua em 1969. Armstrong estudou engenharia na Universidade Purdue; em 1949 tornou-se aspirante da Marinha dos Estados Unidos e, no ano seguinte, fez o curso de aviador naval. Lutou na Guerra da Coreia a partir do porta-aviões USS Essex e depois completou o seu bacharelado em engenharia; na sequência, trabalhou como piloto de testes na Estação de Voo de Alta-Velocidade da Base Aérea Edwards, voando em diversos aviões da Série Centenária e, por sete vezes, no North American X-15. Também participou de dois programas espaciais concebidos pela Força Aérea: Man in Space Soonest e X-20 Dyna-Soar.
  

domingo, agosto 20, 2023

A sonda Voyager 2 foi lançada há 46 anos

  
A Voyager 2 é uma sonda espacial norte-americana lançada pela NASA a 20 de agosto de 1977 da Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral, na Flórida. Aproximou-se dos quatro planetas gigantes do Sistema Solar, produzindo valiosíssimos resultados científicos e as melhores fotografias daqueles corpos e dos seus satélites obtidas até então. Tornou-se o quarto artefacto humano a ultrapassar a órbita de Plutão em 1989, e em 2005 encontrava-se a uma distância de cerca de 75 UAs da Terra.

Utilizou uma técnica de auxílio a navegação que utiliza a atração gravítica dos planetas aos quais se aproxima. Esta técnica permite às sondas receberem uma aceleração e uma alteração de direção por forma a serem colocadas numa nova direção que as leve a um novo destino. Desta forma, as sondas podem ser construídas de forma mais leve (não necessitam de tanto combustível para aceleração e mudanças de direção), mas implica uma grande precisão nas aproximações aos planetas a visitar.

A sonda aproximou-se de Júpiter em 9 de julho de 1979, a uma distância de 570.000 quilómetros. Ela descobriu alguns anéis ao redor de Júpiter, assim como a atividade vulcânica na lua Io. Dois novos satélites de pequeno porte, Adrastea e Metis. foram encontrados orbitando. Um terceiro satélite novo, Tebe, foi descoberto entre as órbitas de Amalteia e Io. A sonda em seguida visitou Saturno, em 25 de janeiro de 1981, a uma distância de 101.000 quilómetros da superfície do planeta. Em seguida, visitou Urano, em 24 de janeiro de 1986.

Uma das novidades foi a descoberta de 11 satélites naturais (Cordélia, Ofélia, Bianca, Cressida, Desdemona, Juliet, Portia, Rosalinda, Belinda, Perdita e Puck) e de um anel ao redor de Urano. Também descobriu-se que o Polo Sul de Urano estava apontado diretamente para o Sol. Depois de visitar Urano, a sonda dirigiu-se em direção a Neptuno, até que chegou lá em agosto em 1989, também chegando a pesquisar seu satélite natural Tritão. Após a passagem pela órbita de Plutão, a Voyager 2 iniciou a sua saída do Sistema Solar.

A sonda tem, anexado a sua parte externa, um disco fonográfico feito de ouro intitulado "Sounds of the Earth" (Sons da Terra), com uma hora e meia de música e alguns sons da natureza do planeta Terra. O disco traz instruções de uso e a frase "For makers of music of all worlds and all times" ("Para os produtores de música de todos os mundos e todos os tempos"). O objetivo deste disco é levar dados da Terra para uma possível civilização exterior.

Em maio de 2010, a sonda alcançou a distância de 92 UA do Sol, a uma velocidade de 3,3 UA por ano (15,4 km/s), localizando-se na constelação de Telescópio. Prevê-se que, depois de 2030, a sonda perderá contacto com a Terra.

Em 2020 a Voyager 2 encontra-se no espaço inter-estelar, a mais de 13,5 mil milhões de quilómetros da Terra (Plutão fica a uma distância média de cerca de 6 mil milhões de quilómetros do Sol). Em novembro de 2020, a NASA recuperou as comunicações com a sonda, após melhorias feitas à antena Deep Space Station 43 na Austrália, que é a única que tem capacidade para comunicar com a nave. As comunicações ficaram suspensas desde que a antena deu início a trabalhos de reparação e melhoramentos em março de 2020.

A Voyager 2, a mais de 18,7 mil milhões de quilómetros de distância da Terra e ficando cada vez mais longe, no entanto, foi capaz de receber qualquer comunicação da Terra. A Voyager 2 mandou após 17 horas e 24 minutos um sinal confirmando que havia recebido as instruções e executou os comandos sem emitir em 30 de outubro de 2020.

A sonda deverá ainda percorrer um grande espaço vazio antes de chegar a outros corpos celestes. Em torno de 14 mil anos ou mais, a exemplo da sua sonda-irmã Voyager 1, ela emergirá da Nuvem de Oort em direção ao espaço interestelar absoluto (totalmente fora da influência do campo gravitacional do Sol), desde que não haja nenhum anteparo físico (detritos ou corpos celestes) para impedi-la. Em torno de 296.000 anos, ela passará perto da estrela Sirius, a estrela alfa da constelação de Cão Maior e que está a 4,3 anos-luz da Terra.

 


sábado, agosto 05, 2023

Neil Armstrong nasceu há 93 anos...

  
Neil Alden Armstrong (Wapakoneta, 5 de agosto de 1930Cincinnati, 25 de agosto de 2012) foi um engenheiro aeroespacial, aviador naval, piloto de teste, astronauta e professor norte-americano que tornou-se o primeiro homem a pisar na Lua em 1969. Armstrong estudou engenharia na Universidade Purdue; em 1949 tornou-se aspirante da Marinha dos Estados Unidos e, no ano seguinte, fez o curso de aviador naval. Lutou na Guerra da Coreia a partir do porta-aviões USS Essex e depois completou o seu bacharelado em engenharia; na sequência, trabalhou como piloto de testes na Estação de Voo de Alta-Velocidade da Base Aérea Edwards, voando em diversos aviões da Série Centenária e, por sete vezes, no North American X-15. Também participou de dois programas espaciais concebidos pela Força Aérea: Man in Space Soonest e X-20 Dyna-Soar.
  

sexta-feira, agosto 04, 2023

A sonda Phoenix partiu, rumo a Marte, há 16 anos


Phoenix foi uma sonda espacial da NASA, lançada de Cabo Canaveral em 4 de agosto de 2007, com o objetivo de pesquisar por moléculas de água na região do polo norte do planeta Marte. A sonda pousou em Marte em 25 de maio de 2008 e operou até 2 de novembro de 2008, data da última comunicação com a Terra. A NASA anunciou o fim da missão em 10 de novembro de 2008.

   

  

domingo, julho 30, 2023

O planeta Marte como nunca foi visto...

Novo mapa interativo de Marte permite ver crateras e “demónios de poeira”

 

   

Um novo mapa de Marte traz crateras de impacto, rastos das tempestades do tipo “demónios de poeira” e várias outras formações do Planeta Vermelho, prontas para serem exploradas por cientistas e pelo público.

Chamado “Mosaico Global CTX de Marte”, o mapa foi produzido com 110 mil imagens capturadas pela sonda da NASA Mars Reconnaissance Orbiter que, juntas, formam uma imagem global do planeta na mais alta resolução já alcançada.

O mapa foi produzido ao longo de seis anos e tem resolução de 5,7 terapixels. Ele contém imagens capturadas pela câmara CTX, que equipa a MRO e oferece visão mais ampla da área à volta das formações observadas em preto e branco, ajudando os cientistas a entender como se relacionam.

Pode explorar o mapa de Marte pelo The Global CTX Mosaic of Mars.

A câmara está ativa desde que a MRO entrou na órbita de Marte, em 2006, e já conseguiu documentar praticamente todas as características do planeta. Para criar o mosaico, Jay Dickson, cientista de processamento de imagens que liderou o projeto, desenvolveu um algoritmo para combinar imagens com base nas formações capturadas nelas.

Após aplicá-lo, sobraram 13 mil imagens sem formações correspondentes identificáveis pelo algoritmo, e Dickson uniu-as manualmente. Já as lacunas que restaram no mapa representam partes do planeta que ainda não foram observadas quando Dickson começou a trabalhar no projeto, ou que estavam escondidas por nuvens e poeira.

Todo este trabalho resultou num mapa acessível para todos que estiverem interessados em conhecer um pouco mais de Marte, sejam cientistas ou não. “Crianças na escola podem usar isso, a minha mãe, que acabou de completar 78 anos, também pode. O objetivo era diminuir as barreiras para as pessoas interessadas em explorar Marte”, disse Dickson.

 

in ZAP

 

The Global CTX Mosaic of Mars

segunda-feira, julho 24, 2023

Poesia para recordar o regresso da Apollo XI...

  

 

Satélite

 

Fim de tarde.
No céu plúmbeo
A lua baça
Paira.

Muito cosmograficamente
Satélite.

Desmetaforizada,
Desmitificada,

Despojada do velho segredo de melancolia,
Não é agora o golfão de cismas,
O astro dos loucos e enamorados,
Mas tão somente
Satélite.

Ah! Lua deste fim de tarde,
Desmissionária de atribuições românticas;
Sem show para as disponibilidades sentimentais!

Fatigado de mais-valia,
gosto de ti, assim:
Coisa em si,
-Satélite.

 

Manuel Bandeira

A Apollo XI regressou à Terra há cinquenta e quatro anos...

 
Apollo XI foi a quinta missão tripulada do Programa Apollo e a primeira a realizar uma alunagem, no dia 20 de julho de 1969. Tripulada pelos astronautas Neil Armstrong, Edwin 'Buzz' Aldrin e Michael Collins, a missão cumpriu a meta proposta pelo Presidente John F. Kennedy em 25 de maio de 1961, quando, perante o Congresso dos Estados Unidos, afirmou que:

"Eu acredito que esta nação deve comprometer-se em alcançar a meta, antes do final desta década, de pousar um homem na Lua e trazê-lo de volta à Terra em segurança"

Presidente JFK, 25 de maio de 61

Composta pelo módulo de comando Columbia, o módulo lunar Eagle e o módulo de serviço, a Apollo XI, com seus três tripulantes a bordo, foi lançada do Cabo Canaveral, na Flórida, às 13.32 UTC de 16 de julho, na ponta de um foguetão Saturno V, sob o olhar de centenas de milhares de espetadores que enchiam estradas, praias e campos em redor do Centro Espacial Kennedy e de milhões de espetadores pela televisão em todo o mundo, para a histórica missão de oito dias de duração, que culminou com as duas horas e quarenta e cinco minutos de caminhada de Armstrong e Aldrin na Lua.
   

 

 

Columbia floats on the ocean as Navy divers assist in retrieving the astronauts
        
On July 24, the astronauts returned home aboard the Command Module Columbia just before dawn local time (16:51 UTC) at 13°19′N 169°9′W, in the Pacific Ocean 2,660 km (1,440 nmi) east of Wake Island, 380 km (210 nmi) south of Johnston Atoll, and 24 km (13 nmi) from the recovery ship, USS Hornet.
At 16:44 UTC the drogue parachutes had been deployed and seven minutes later the Command Module struck the water forcefully. During splashdown, the Command Module landed upside down but was righted within 10 minutes by flotation bags triggered by the astronauts. "Everything's okay. Our checklist is complete. Awaiting swimmers," was Armstrong's last official transmission from the Columbia. A diver from the Navy helicopter hovering above attached a sea anchor to the Command Module to prevent it from drifting. Additional divers attached flotation collars to stabilize the module and position rafts for astronaut extraction. Though the chance of bringing back pathogens from the lunar surface was considered remote, it was considered a possibility and NASA took great precautions at the recovery site. Divers provided the astronauts with Biological Isolation Garments (BIGs) which were worn until they reached isolation facilities on board the Hornet. Additionally astronauts were rubbed down with a sodium hypochlorite solution and the Command Module wiped with Betadine to remove any lunar dust that might be present. The raft containing decontamination materials was then intentionally sunk.
  
The crew of Apollo XI in quarantine after returning to Earth, visited by Richard Nixon
        

sexta-feira, julho 21, 2023

Saudades de ver astronautas a passear no nosso satélite natural...

  
At 02:39 UTC on Monday July 21, 1969, Armstrong opened the hatch, and at 02:51 UTC began his descent to the lunar surface. The Remote Control Unit controls on his chest kept him from seeing his feet. Climbing down the nine-rung ladder, Armstrong pulled a D-ring to deploy the Modular Equipment Stowage Assembly (MESA) folded against Eagle's side and activate the TV camera, and at 02:56:15 UTC he set his left foot on the surface. The first landing used slow-scan television incompatible with commercial TV, so it was displayed on a special monitor and a conventional TV camera viewed this monitor, significantly reducing the quality of the picture. The signal was received at Goldstone in the United States but with better fidelity by Honeysuckle Creek Tracking Station in Australia. Minutes later the feed was switched to the more sensitive Parkes radio telescope in Australia. Despite some technical and weather difficulties, ghostly black and white images of the first lunar EVA were received and broadcast to at least 600 million people on Earth. Although copies of this video in broadcast format were saved and are widely available, recordings of the original slow scan source transmission from the lunar surface were accidentally destroyed during routine magnetic tape re-use at NASA.
After describing the surface dust as "very fine-grained" and "almost like a powder," Armstrong stepped off Eagle's footpad and uttered his famous line, "That's one small step for [a] man, one giant leap for mankind" six and a half hours after landing. Aldrin joined him, describing the view as "Magnificent desolation."
 
  

O último voo de um vaivém espacial foi há doze anos...



Informações da missão
Vaivém espacial Atlantis
Número de tripulantes 4
Lançamento 8 de julho de 2011
15:29 UTC
Plataforma 39A
CEK
Aterragem 21 de julho de 2011
11:06 UTC
Pista 33
CEK
Órbitas 200
Duração 12 dias, 18 horas, 27 minutos e 56 segundos
Altitude orbital 350 km
Inclinação orbital 51.6 graus
Imagem da tripulação
Da esq. p/ dir: Chris Ferguson, Doug Hurley, Rex Walheim and Sandy Magnus
Da esquerda para a direita:
Chris Ferguson, Doug Hurley, Rex Walheim e Sandy Magnus

 

STS-135 foi a última missão da NASA realizada por um vaivém espacial. O Atlantis transportou o Módulo de Logística Multifuncional Rafaello. O lançamento ocorreu no dia 8 de julho de 2011.

Esta foi a missão ULF7 de construção da ISS e o derradeiro voo da frota de orbitadores da NASA.

  

in Wikipédia

 

    
O vaivém espacial Atlantis (OV-104), foi o quarto deste tipo a ser construído pela NASA. Recebeu o nome de Atlantis em honra do primeiro navio de pesquisa oceanográfica dos Estados Unidos, com o mesmo nome.
Beneficiando-se da experiência adquirida com a construção dos seus antecessores, o Atlantis tinha um peso inferior em cerca de 3 toneladas, e teve um tempo de construção reduzido a metade em relação ao primeiro veículo operacional, o já desaparecido Columbia. Algumas peças adicionais, não usadas na sua construção, foram mais tarde utilizadas no Endeavour.
O primeiro voo do Atlantis realizou-se a 3 de outubro de 1985, na missão STS-51-J. Lançou várias sondas, e participou na construção da ISS

Retirada
O Atlantis foi inicialmente considerado o primeiro vaivém espacial para sair de serviço, no encerramento da missão STS-132. A missão de novembro de 2010 (Endeavour) estava prevista para ser a retirada oficial do vaivém espacial. A última missão da Atlantis foi realizada em 8 de julho de 2011. Era apenas uma missão de stand-by que seria usada para caso de necessidade de resgate do Endeavour, que, na época, estava previsto para fazer a missão final da frota. Com a decisão de tornar o voo de resgate numa missão oficial, a nave foi recolocada em serviço. A partir desta data o grupo de vaivéns espaciais será substituído pelos novos veículos de exploração da NASA: Orion e Ares.
Atualmente encontra-se em exposição no Kennedy Space Center Visitor Complex, na Flórida

 

quinta-feira, julho 20, 2023

Poesia para celebrar um grande feito...

  

 

Lua inacessível

................1

E aí os astronautas:
finalmente
os anjos
que há milénios
quisemos ser.


................2

Lua inacessível

Sem mortos
e imensa mortalha.

Reserva, móvel
do nada.


................3

Chuva de crateras,
planaltos de poeira
chão
que nem vermes
produz.


................4

Meteorito infeliz.

Coisa pedregosa

rápida
que caiu

e não acerta,
não aleija
nada.


................5

Poesia - branco
escafandro
meu
sobre a Terra.



................6

Pardas cinzas
sem células,
sem escamas,
sem vestígios
carnívoros.

Cinzas
sem morte dentro,
mortas por fora.



................7

Resta-nos confiar em Vénus.



................8

Tão alto, tão longe
chegados
e não encontram Deus:
apenas falam
com o seu planeta.



................9

Radícula, sangue
que em segredo existisse:
ser a tua
cápsula sofredora.



................10

Maravilhoso corpo nu
o da Terra.

Curvos continentes
estendidos ao Sol,
nuvens, tempestades
que fogem
................e de tão longe
oceanos, minúsculas
montanhas reconhecíveis,
Himalaias proscritos.

Os próprios seres
invisíveis
se adivinham
aqui em nossa casa.



in A Raiz Afectuosa (1972) - António Osório

Chegámos à Lua há cinquenta e quatro anos...


Neil Armstrong, Michael Collins e Edwin Aldrin

 


Estatísticas da missão
Módulo de comando Columbia
Módulo lunar Eagle
Número de tripulantes 3
Base de lançamento LC-39A Centro Espacial Kennedy, Cabo Canaveral
Lançamento 16 de julho de 1969
13 h 32 min UTC
Alunagem 20 de julho de 1969
20 h 17 min 40 s UTC
0° 40' 26.69" N 23° 28' 22.69" E
Mar da Tranquilidade
Aterragem 24 de julho de 1969
16 h 50 min 35 UTC
13°19′ N 169°9′ W
Órbitas 30 (órbitas lunares)
DuraçãoTotal:
8 d 3 h 18 min 35 s
Órbita lunar:
59 h 30 min 25.79 s
Superfície lunar:
21 h 31 min 20 s

Apollo XI foi a quinta missão tripulada do Programa Apollo e a primeira a realizar uma alunagem, no dia 20 de julho de 1969. Tripulada pelos astronautas Neil Armstrong, Edwin 'Buzz' Aldrin e Michael Collins, a missão cumpriu a meta proposta pelo Presidente John F. Kennedy em 25 de maio de 1961, quando, perante o Congresso dos Estados Unidos, afirmou que:

"Eu acredito que esta nação deve comprometer-se em alcançar a meta, antes do final desta década, de pousar um homem na Lua e trazê-lo de volta à Terra em segurança"

FK, 25.05.61

Composta pelo módulo de comando Columbia, o módulo lunar Eagle e o módulo de serviço, a Apollo XI, com os seus três tripulantes a bordo, foi lançada de Cabo Canaveral, na Flórida, às 13.32 UTC de 16 de julho, na ponta de um foguete Saturno V, sob o olhar de centenas de milhares de espetadores que enchiam estradas, praias e campos em redor do Centro Espacial Kennedy e de milhões de espetadores pela televisão em todo o mundo, para a histórica missão de oito dias de duração, que culminou com as duas horas e quarenta e cinco minutos de caminhada de Armstrong e Aldrin na Lua.
  

domingo, julho 16, 2023

Poema para celebrar a partida de uma viagem histórica...

 

(imagem daqui)
   
SONHO
  
Um dia os homens acordaram
e estava tudo diferente
das armas atómicas nem sinal havia
e todos falavam a mesma língua
falavam poesia
quem visse a Terra do alto
nem reconheceria
eram campos e campos de trigo
e corações de puro mel
e foi uma felicidade tamanha
nos jornais nem um só crime
que contando ninguém acreditaria.
  
   
in
Lições de Astronomia (1985) - Roseana Murray