Mostrar mensagens com a etiqueta Espanha. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Espanha. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, janeiro 03, 2024

Sergio Leone nasceu há 95 anos...

  

Sergio Leone (Roma, 3 de janeiro de 1929 - Roma, 30 de abril de 1989) foi um cineasta italiano.
   
Biografia
Filho de um antigo industrial do cinema, ficou conhecido mundialmente por popularizar o género do western spaghetti. Começou com dezoito anos, como assistente de direção em filmes de cineastas como Vittorio De Sica, Luigi Comencini e Mervyn LeRoy.
Foi só em 1960 é que se estreou como diretor em O Colosso de Rodes, mas, em 1964, realiza o antológico Por um punhado de dólares, cuja estrela era o novato Clint Eastwood. O filme teria duas sequelas com o mesmo ator, formando a chamada trilogia dos dólares. Em 1969, já consagrado internacionalmente, finalizaria o seu projeto mais ambicioso até então, o filme Once Upon a Time in the West. Era para ser seu último western como diretor, mas acabaria aceitando realizar mais um da série, o filme Giù la testa, em 1971, também conhecido como Once Upon a Time… The Revolutionis. Passando os anos seguintes como produtor, somente em 1984 ele dirigiria o seu último grande filme dessa segunda trilogia, conhecida por trilogia da América, e que acabou se tornando também o último filme que dirigiu na sua carreira.
Nos anos 60, quando o cinema italiano estava essencialmente voltado para as comédias, Sergio Leone foi um dissidente, primeiro especializando-se em filmes épicos e depois na recriação do Oeste e nos filmes de western. Ele passou treze anos preparando o clássico Era uma vez na América, um épico sobre a máfia, lançado em 1984, no Festival de Cannes.
Foi um dos mais brilhantes cineastas da sua geração e inventor de um estilo em que não faltam momentos de pura genialidade. Ele é hoje fonte de inspiração para novos cineastas como Quentin Tarantino e Robert Rodriguez.
A sua sepultura está localizada no cemitério Campo di Verano, em Roma.
    

Música adequada à data...

domingo, dezembro 31, 2023

Porque hoje é dia de recordar um Poeta...

Unamuno visto por Ramon Casas (imagem daqui)
    
      
Unamuno
 
 
D. Miguel…
Fazia pombas brancas de papel
Que voavam da Ibéria ao fim do mundo…
Unamuno Terceiro!
(Foi o Cid o primeiro,
D. Quixote o segundo.)

Amante duma outra Dulcineia,
Ilusória, também
(Pátria, mãe,
Ideia
E namorada),
Era seu defensor quando ninguém
Lhe defendia a honra ameaçada!

Chamado pelo aceno da miragem,
Deixava o Escorial onde vivia,
E subia, subia,
A requestar na carne da paisagem
A alma que, zeloso, protegia.

Depois, correspondido,
Voltava à cela desse nosso lar
Por Filipe Segundo construído
Com granito da fé peninsular.

E falava com Deus em castelhano.
Contava-lhe a patética agonia
Dum espírito católico, romano,
Dentro dum corpo quente de heresia.

Até que a madrugada o acordava
Da noite tumular.
E lá ia de novo o cavaleiro andante
Desafiar
Cada torvo gigante
Que impedia o delírio de passar.

Unamuno Terceiro!
Morreu louco.
O seu amor, por ser demais, foi pouco
Para rasgar o ventre da Donzela.
D. Miguel…
Fazia pombas brancas de papel,
E guardava a mais pura na lapela.


in
Poemas Ibéricos (1965) - Miguel Torga

O pintor Murillo nasceu provavelmente há 406 anos

Autorretrato

Bartolomé Esteban Perez Murillo (Sevilha, 30 ou 31 de dezembro de 1617, batizado no dia 1 de janeiro de 1618 – Sevilha, 3 de abril de 1682) foi um pintor barroco espanhol.
Bartolomé Esteban Murillo é, quiçá, o pintor que melhor define o barroco espanhol. Nasceu em Sevilha, onde passou a maior parte da sua vida. O dia exato do seu nascimento é desconhecido, mas terá, provavelmente, nascido em dezembro de 1617, já que foi batizado no dia 1 de janeiro de 1618, na Igreja da Madalena. Era costume nessa altura batizar as crianças somente alguns dias após o seu nascimento, como tal é normal que os especialistas façam tal afirmação. 
 
São João Batista e o "Cordeiro", finais do século XVII

sábado, dezembro 30, 2023

José Rizal foi fuzilado há 127 anos

    
José Protasio Rizal Mercado y Alonso Realonda (Calamba, 19 de junho de 1861Manila, 30 de dezembro de 1896), foi um escritor, poeta, oftalmologista, jornalista e revolucionário nacionalista filipino, o mais proeminente defensor de reformas nas Filipinas durante o período colonial espanhol e da sua eventual independência da Espanha.

É largamente considerado um dos grandes heróis das Filipinas. É o autor de Noli Me Tángere, El Filibusterismo, e de uma série de poemas e ensaios, entre eles o premiado poema A la juventud filipina, de 1879.

Foi executado em 30 de dezembro de 1896, por um esquadrão de soldados filipinos do Exército Espanhol.

José Rizal foi porta-estandarte da Guerra da independência das Filipinas. Pertencente a uma família rica de plantadores de ascendência chinesa, nasceu em 1861 e estudou medicina em Madrid. Foi aí que começou a luta pela independência, que acabou a 30 de dezembro de 1896 com o seu fuzilamento.

No lugar onde foi fuzilado, ao lado das muralhas do Forte Santiago, situa-se um dos maiores parques da Ásia, o parque Rizal, dedicado a ele em 1913, que é o pulmão da cidade e que conta com uma estátua de 15 metros de altura, erguida junto ao seu túmulo.

 


Fuzilamento de José Rizal



Mi último adiós - José Rizal


Adiós, Patria adorada, región del sol querida,
perla del Mar de Oriente, nuestro perdido edén,
a darte voy, alegre, la triste, mustia vida;
y fuera más brillante, más fresca, más florida,
también por ti la diera, la diera por tu bien.

En campos de batalla, luchando con delirio,
otros te dan sus vidas, sin dudas, sin pesar.
El sitio nada importa: ciprés, laurel o lirio,
cadalso o campo abierto, combate o cruel martirio.
La mismo es si lo piden la Patria y el hogar.

Yo muero, cuando veo que el cielo se colora
y al fin anuncia el día, tras lóbrego capuz;
si grana necesitas, para teñir tu aurora,
¡vierte la sangre mia, derrámala en buen hora,
y dórela un reflejo de su naciente luz!

Mis sueños, cuando apenas muchacho adolescente,
mis sueños cuando joven, ya lleno de vigor,
fueron el verte un día, joya del Mar de Oriente,
secos los negros ojos, alta la tersa frente,
sin ceño, sin arrugas, sin manchas de rubor.

Ensueño de mi vida, mi ardiente vivo anhelo.
¡Salud! te grita el alma que pronto va a partir;
¡salud! ¡Ah, que es hermoso caer por darte vuelo,
morir por darte vida, morir bajo tu cielo,
y en tu encantada tierra la eternidad dormir!

Si sobre mi sepulcro vieres brotar, un día,
entre la espesa yerba, sencilla humilde flor,
acércala a tus labios y besa el alma mía,
y sienta yo en mi frente, bajo la tumba fria,
de tu ternura el soplo, de tu hálito el calor.

Deja a la luna verme, con luz tranquila y suave;
deja que el alba envíe su resplandor fugaz;
deja gemir al viento, con su murmullo grave;
y si desciende y posa sobre mi cruz un ave,
deja que el ave entone su cántico de paz.

Deja que el sol, ardiendo, las lluvias evapore
y al cielo tornen puras, con mi clamor en pos;
deja que un ser amigo mi fin temprano llore;
y en las serenas tardes, cuando por mí alguien ore,
ora también, oh patria, por mi descanso a Dios.

Ora por todos cuantos murieron sin ventura;
por cuantos padecieron tormentos sin igual;
por nuestras pobres madres, que gimen su amargura;
por huérfanos y viudas, por presos en tortura,
y ora por ti, que veas tu redención final.

Y cuando, en noche oscura, se envuelva el cementerio,
Y solos sólo muertos queden velando allí,
no turbes su reproso, no turbes el misterio:
tal vez acordes oigas de cítara o salterio;
soy yo, querida Patria, yo que te canto a tí.

Y cuando ya mi tumba, de todos olvidada,
no tenga cruz ni piedra que marquen su lugar,
deja que la are el hombre, la esparza con la azada,
y mis cenizas, antes que vuelvan a la nada,
en polvo de tu alfombra que vayan a formar.

Entonces nada importa me pongas en olvido;
tu atmósfera, tu espacio, tus valles cruzaré;
vibrante y limpia nota seré para tu oido:
aroma, luz, colores, rumor, canto, gemido,
constante repitiendo la esencia de mi fe.

Mi patria idolatrada, dolor de mis dolores,
querida Filipinas, oye el postrer adiós.
Ahí, te dejo todo: mis padres, mis amores.
Voy donde no hay esclavos, verdugos ni opresores;
donde la fe no mata, donde el que reina es Dios.

Adiós, padres y hermanos, trozos del alma mía,
amigos de la infancia, en el perdido hogar;
dad gracias, que descanso del fatigoso día;
adiós, dulce extranjera, mi amiga, mi alegría;
adiós, queridos seres. Morir es descansar.

 

   
 
José Rizal

sexta-feira, dezembro 29, 2023

Pablo Casals nasceu há 147 anos

   
Pau Casals i Defilló (El Vendrell, 29 de dezembro de 1876 - San Juan de Porto Rico, 22 de outubro de 1973) foi um virtuoso violoncelista e maestro catalão. É, infelizmente, mais conhecido pela versão castelhanizada de seu nome - Pablo Casals.
      

 


quinta-feira, dezembro 28, 2023

Ana Torroja, a vocalista, compositora e líder dos Mecano, faz hoje 63 anos


Ana Torroja Fungairiño, IIImarquesa de Torroja (Madrid, 28 de diciembre de 1960), más conocida como Ana Torroja es una cantante y aristócrata española. Fue la vocalista, compositora y líder de la banda de música Mecano, que formaba con los hermanos José María y Nacho Cano.

Debutó como solista en 1997. Como tal, sus mayores éxitos son «A contratiempo», «Ya no te quiero», «Veinte mariposas», «No me canso», «Sonrisa», «Tu habitación helada» y los duetos «Corazones» (con Miguel Bosé) y «Duele el amor» (con Aleks Syntek).

 

in Wikipédia

 


quarta-feira, dezembro 27, 2023

Música de aniversariante de hoje...

Joan Manuel Serrat nasceu há oitenta anos...!

   
Joan Manuel Serrat i Teresa (Barcelona, 27 de dezembro de 1943) é um cantor, poeta, músico e compositor espanhol, uma dos mais destacados exemplos da música moderna espanhola e catalã.
Filho de Ángeles Teresa e do anarquista Josep Serrat, que era filiado no CNT, depois de acabar o curso de engenheiro agrónomo (1965), começa a cantar num programa da Rádio Barcelona e assina um contrato para a gravação do seu primeiro disco. Será um disco em catalão, pelo que passa a ser considerado um dos fundadores da chamada Nova Canção, que inclui algum dos temas que serão ícones de toda a sua carreira como, por exemplo, “Ara que tinc vint anys” (Agora que tenho vinte anos) ou “Paraules d´amor” (Palavras de amor). Segue-se um LP de música popular catalã (“Cançons tradicionals”) e “Com ha fa el vent” (Como faz o vento), com canções próprias.
Quando em 1968 começa a cantar em castelhano, é considerado por alguns como um traidor à Catalunha. Aquele ano é nomeado representante da Espanha no Festival Eurovisão da Canção onde deve interpretar a canção “La, la, la”, composta propositadamente para ele pelo Duo Dinámico. Depois de ter gravado a canção em diferentes idiomas, Serrat anuncia que só concorrerá ao Festival se lhe é permitido interpretar a canção em catalão, língua que, na altura, estava quase em situação marginal. A sua proposta não é aceite pelo governo que proíbe a sua presença na TV e a emissão das suas canções nas rádios de todo o país.
A sua participação no Festival da Canção do Rio de Janeiro com o tema “Penélope”, pode ser considerada o começo da sua importante e prolongada carreira no continente americano.
Em 1969 edita um disco, que terá grande repercussão social e avultadas vendas, onde põe música em alguns poemas de Antonio Machado. Em 1971 aparece “Mediterráneo”, um dos seus álbuns mais importantes. Um quarto de século depois, a canção que da o título ao disco será eleita a melhor canção espanhola da segunda metade do XX.
Passa o último período da ditadura do general Franco no exílio e continua a estar proibido pela censura, facto que faz que os seus discos destes anos não cheguem ao grande público. O impasse termina com a publicação de “En tránsito” (1981) e “Cada loco con su tema” (1983), onde aparece um Serrat mais maduro e intimista.
No “El Sur también existe” (1985), volta a musicar um poeta, desta vez o uruguaiano Mario Benedetti. Um ano depois aparece “Sinceramente teu” onde interpreta em português algumas das suas músicas mais conhecidas e conta, entre outras, com a participação de cantores tão conceituados como Maria Bethânia, Gal Costa e Caetano Veloso. Seguem-se “Bienaventurados” (1987), “Material sensible” (1989), “Utopía” (1992), “Nadie es perfecto” (1994) e “D´un temps, d´un país” (1996), antologia pessoal dos melhores temas da música da Catalunha.
Em 1996 protagoniza junto de Ana Belén, Víctor Manuel e Miguel Ríos o espectáculo “El gusto es nuestro” (O gosto é nosso) e faz com este uma digressão pela Espanha e diferentes países latino-americanos.
“Sombras de la China” (1998), volta a reunir composições próprias. Em seguida, “Cansiones” (2000) foi um recompilação onde reúne canções interpretadas por uma espécie de heterónimo, a que da o nome de Tarrés (apelido catalão que, curiosamente, é Serrat invertido).
Em 2005 vence um cancro da bexiga.
Em 2006 é nomeado Doutor Honoris Causa pela Universidade Complutense de Madrid, pelo seu contributo para a cultura espanhola e publica “Mô” (nome que os menorquinos, nas Baleares, dão à sua capital), onde, passados 17 anos, volta a interpretar temas próprios em catalão.
Em junho de 2007, com o seu colega e grande amigo Joaquín Sabina, inicia uma tourné pela Espanha e América do Sul, de nome “Dos pájaros de un tiro” (Dois coelhos de uma cajadada só). No mesmo ano, recebe o título de cavaleiro da Legião de Honra, a mais alta distinção da República Francesa, pelos seus contributos para a criação cultural, promoção do catalão no mundo e pela sua defesa da liberdade de expressão.
  

 


terça-feira, dezembro 26, 2023

Pablo Sorozábal morreu há 35 anos...

  
Pablo Sorozábal Mariezcurrena (San Sebastián, 18 de septiembre de 1897 - Madrid, 26 de diciembre de 1988) fue un compositor español, uno de los más destacados autores de obras sinfónicas y del género lírico (zarzuela y óperas chicas) del siglo XX. Entre sus principales y más conocidas obras cabe destacar Katiuska, la mujer rusa (1931, Barcelona), Adiós a la bohemia (1933, Madrid), en la que trabajó con Pío Baroja, La del manojo de rosas (1934, Madrid), La tabernera del puerto (1936, Barcelona), Black el Payaso (1942, Barcelona), Don Manolito (1943, Madrid), etc.

Revisó y rescató obras del siglo XIX como Pan y toros (de Barbieri) o Pepita Jiménez (de Albéniz), obteniendo un gran éxito artístico, pero no económico. Su longevidad le hizo ser testigo de las nuevas corrientes musicales, interesadas en otros géneros. Su última obra, finalizada en septiembre de 1988, fue Variaciones para quinteto de viento, compuesta cuando el Quinteto de Viento Pablo Sorozábal le pidió permiso para adoptar su nombre. Murió sin poder estrenar la que él mismo consideró su mejor obra: la ópera Juan José, que fue finalmente estrenada en versión de concierto en el Kursaal de San Sebastián el 21 de febrero de 2009. 

 

 


segunda-feira, dezembro 25, 2023

Miró morreu há quarenta anos...

    

Mural cerâmico no Wilhelm-Hack-Museum de Ludwigshafen (1971)
   

sábado, dezembro 23, 2023

Hoje foi dia de recordar o criador do meu burro favorito...

Monumento a Platero en Moguer

 

Platero es pequeño, peludo, suave; tan blando por fuera, que se diría todo de algodón, que no lleva huesos. Sólo los espejos de azabache de sus ojos son duros cual dos escarabajos de cristal negro. Lo dejo suelto y se va al prado y acaricia tibiamente con su hocico, rozándolas apenas, las florecillas rosas, celestes y gualdas... Lo llamo dulcemente: ¿Platero?, y viene a mí con un trotecillo alegre, que parece que se ríe, en no sé qué cascabeleo ideal...

 

in Platero y yo (1917) - Juan Ramón Jiménez

Juan Ramón Jiménez nasceu há 142 anos

     
Juan Ramón Jiménez Mantecón (Moguer, 23 de dezembro de 1881 - San Juan, 29 de maio de 1958) foi um poeta espanhol. Pela sua oposição ao regime franquista foi obrigado a exilar-se nos Estados Unidos, no ano de 1936 . Recebeu o Nobel de Literatura em 1956.
A sua obra teria grande influência sobre a poesia de vanguarda espanhola, a chamada geração de 1927, a qual incluía Federico Garcia Lorca e Rafael Alberti.
   
Obra

Ainda que mais velho que os poetas de 1927 e pertencente a uma geração anterior de poetas, Jiménez uniu-se aos autores da dita vanguarda espanhola, sendo considerado um mestre de muitos deles, como Jorge Guillén.

A sua obra começa oficialmente em 1908 com influências de Gustavo Adolfo Bécquer, do simbolismo francês, do decadentismo de Walter Pater e do modernismo castelhano de Rubén Darío; a sua obra mais popular desta fase, na Espanha, no entanto, é "Platero y yo", de 1914, um livro de poesia em prosa.

A partir de 1916, Jiménez passa por uma mudança na sua produção poética, sofrendo influência de poetas de língua inglesa, como William Blake, Emily Dickinson, Yeats e Shelley, se unindo a um grupo de pensadores e artistas espanhóis que é classificado como "Novecentismo", uma geração pré-vanguardista. Desta fase, o livro mais importante e inovador é "Diario de un poeta recién-casado", de 1916, aquele que na sua obra o aproximaria da vanguarda de língua espanhola. A partir de 1919, com "Piedra y cielo" o poeta passa a explorar o tema da criação poética como atividade, o poema como uma obra de arte e o poeta como um deus-criador de um universo novo, ideias centrais do Criacionismo de Vicente Huidobro.

A partir de 1937, o poeta entra em uma nova fase, com o seu exílio, na qual se torna místico e passa a buscar por Deus, um período que culmina com a morte de sua esposa, depressão profunda do autor e sua morte, três anos após a morte da esposa.

Encontra-se sepultado no Cemitério de Jesus, Moguer, Andaluzia na Espanha.

   

 



4

Eu não voltarei. E a noite
morna, serena, calada,
adormecerá tudo, sob
sua lua solitária.

Meu corpo estará ausente,
e pela janela alta
entrará a brisa fresca
a perguntar por minha alma.

Ignoro se alguém me aguarda
de ausência tão prolongada,
ou beija a minha lembrança
entre carícias e lágrimas.

Mas haverá estrelas, flores
e suspiros e esperanças,
e amor nas alamedas,
sob a sombra das ramagens.

E tocará esse piano
como nesta noite plácida,
não havendo quem o escute,
a pensar, nesta varanda.



Juan Ramón Jimenez (tradução de José Bento)

quinta-feira, dezembro 21, 2023

Paco de Lucía nasceu há 76 anos...

 
Paco de Lucía, nome artístico de Francisco Sánchez Gomes (Algeciras, 21 de dezembro de 1947 - Cancún, 25 de fevereiro de 2014) foi um guitarrista espanhol de flamenco reconhecido internacionalmente. Fez carreira como compositor, produtor e guitarrista.
Em 2004, foi distinguido com o Prémio Príncipe das Astúrias, como "um músico que transcendeu fronteiras e estilos".
As suas principais influências, para além do seu pai, foram os guitarristas de flamenco Nino Ricardo, Miguel Borrull, Mario Escudero e Sabicas.
Em 20 de novembro de 2014, a viúva de Paco recebeu um prémio póstumo do marido, com os dois filhos do casal, em Las Vegas, nos Estados Unidos, na 15ª edição do Grammy Latino; o prémio foi de melhor álbum do ano, pelo seu disco "Canción Andaluza".
Paco era o mais novo de cinco irmãos, filhos do também guitarrista de flamenco Antonio Sánchez com quem primeiro aprendeu a tocar guitarra.
Os seus irmãos Pepe de Lucía e Ramón de Algeciras também são músicos de flamenco; Pepe é cantor e Ramón é também guitarrista.
Em Algeciras, e de uma forma geral na maior parte da Andaluzia, é costume os rapazes adotarem o nome da mãe por forma a serem corretamente identificados como por exemplo "Paco de (la) Carmen," ou "Paco de (la) María," deste modo, o seu nome artístico foi adotado em honra de sua mãe Lúcia, de origem portuguesa e nascida em Castro Marim.
        

 


quarta-feira, dezembro 20, 2023

A ETA assassinou o primeiro-ministro de Espanha há cinquenta anos...

    
Luis Carrero Blanco
, primeiro Duque de Carrero Blanco (Santoña, 4 de março de 1903 - Madrid, 20 de dezembro de 1973) foi um militar e político espanhol. Ocupou diversos cargos no governo franquista; foi assassinado num atentado quando era presidente do governo de Espanha durante a etapa final dessa ditadura.
  
(...)
     
  
Em 1940 redigiu uma recomendação propondo a neutralidade espanhola na II Guerra Mundial. Desde então tornou-se homem de confiança de Franco, foi nomeado Subsecretário (1941) e Ministro da Presidência (1951), logo vice-presidente (1967), o que implicou um acréscimo crescente do seu peso específico no governo do Estado. No seu trabalho procurou limitar a influência dos falangistas, promoveu a modernização económica e administrativa do Estado, embora sempre dentro do franquismo, e apoiou o planeamento da sucessão monárquica do regime, na figura de Juan Carlos I.
Em junho de 1973 foi nomeado presidente do governo (primeiro-ministro), o que fazia pensar que se tornaria no homem forte do estado após morte de Franco e no pilar sobre o qual se sustentaria o franquismo sem Franco, mas o seu assassinato, a 20 de dezembro de 1973, num brutal atentado perpetrado por ETA em Madrid, abortou essas expetativas.
 
Assassinato

"Operação Ogro" foi o nome em chave com o que ETA denominou a este magnicídio. Os membros de ETA deslocaram-se até Madrid e alugaram um porão no número 104 da Rua Claudio Coello; a partir dali escavaram um túnel até o centro da quadra, onde colocaram cerca de 100 quilogramas de Goma-2 que fizeram explodir, em 20 de dezembro de 1973, o carro de Carrero Blanco, quinze minutos antes do começo do julgamento contra dez membros do então sindicato clandestino Comissões Operárias, conhecido como "Processo 1001".

A explosão, que acabou com a vida de Carrero Blanco, foi tão violenta que o carro voou pelos ares e caiu na açoteia de um edifício anexo à igreja onde assistira à missa momentos antes. Também faleceram outras duas pessoas, o inspetor de Polícia José Antonio Bueno Fernández, e o condutor do veículo, José Luis Pérez Mogena.

Carrero Blanco, que sido advertido da possibilidade de sofrer um atentado recusara aumentar as suas escassas medidas de segurança; o seu horário e os seus itinerários eram invariáveis e o carro no que se deslocava não estava blindado.

O objetivo do atentado, segundo indicava o comunicado no que ETA assumia a sua autoria, era intensificar as divisões então existentes no seio do regime franquista entre os "aberturistas" e os "puristas". Segundo declarações posteriores de Txikia, um dos membros do comando, Carrero Blanco era "uma peça fundamental" e "insubstituível" do regime e representava o "franquismo puro":

 
  

A complexidade do atentado fez suspeitar que talvez outras organizações estiveram implicadas, estando a CIA entre as mais mencionadas, o que foi desmentido pelos próprios autores do atentado.

A única pessoa que supostamente viu o conhecido como "homem da gabardina branca" que entregou os horários e rotas de Carrero Blanco no "Hotel Mindanao" de Madrid, foi assassinado em 1978 por uma organização paramilitar, o Batalhão Basco-Espanhol. Assim mesmo, um dos supostos autores materiais do atentado foi assassinado pouco depois.

segunda-feira, dezembro 18, 2023

Hoje é dia de ouvir e recordar um cantor basco...

Alejandro Sanz - 55 anos

     
Alejandro Sánchez Pizarro (Madrid, 18 de dezembro de 1968) é um cantor espanhol. Filho mais novo do casal María Pizarro Medina e Jesús Sánchez Madero, a sua vida sempre esteve ligada à música, tendo no seu pai a sua maior influência, principalmente em relação ao flamenco. O cantor é considerado um dos maiores compositores e intérpretes da música flamenca e do pop latino americano.
  

 


Patxi Andión morreu há quatro anos...

(imagem daqui)

   
Francisco José Andión González
, más conocido como Patxi Andión (Madrid; 6 de octubre de 1947 - Cubo de la Solana, Soria; 18 de diciembre de 2019),​ fue un cantautor, músico, actor y profesor de sociología español

  

Biografía

Nació en 1947 en Madrid, aunque a los pocos días de nacido fue llevado al País Vasco, región de origen de sus padres y tierra con la que desde muy pequeño se sintió profundamente identificado, dadas las raíces familiares. No obstante, siendo pequeño fue trasladado a Madrid para realizar los estudios de primaria. De origen humilde, ello no fue un impedimento para que siempre se procurase que en su casa hubiese libros, por lo que desde niño fue un ávido lector. Su padre incluso fue combatiente en las filas republicanas durante la guerra civil española. Se convirtió en cantautor en los convulsos años 70, colaborando con diversas organizaciones antifranquistas (UPA, FRAP), lo que le obligó a exiliarse en París - donde conoció casualmente a Jacques Brel, quien lo influyó después en su quehacer artístico - e incluso llegó a hacerse a la mar como parte de la tripulación de un barco pesquero, con el que dio la vuelta a medio mundo. Se inició en la música en la década de los sesenta formando parte de agrupaciones que no trascendieron como Los Dingos o Los Camperos, las cuales interpretaban lo que hoy se conoce como temas clásicos del Rock and roll tales como «Popotitos».

El apogeo de su carrera musical abarcó el periodo comprendido entre 1971 y 1978, durante el cual publicó temas como «Puedo inventar», «La casa se queda sola», «Tiempo, tiempo», «Quién sabe si volverá otra vez a amanecer», «Una dos y tres», «Sonetos 37-73», «Porque me duele la voz», «Como tú», «Entre tu piel», «Samaritana», «A donde el agua», «La bohemia», «Estrella de la mar», entre otras. A partir de 1979, fue adquiriendo un estilo cada vez más personal, lo cual fue alejándolo paulatinamente de los circuitos comerciales. Se considera que otro factor importante que afectó su carrera pudo haber sido su breve matrimonio con la actriz y modelo Amparo Muñoz —considerada la mujer más bella de España en aquella época, elegida Miss Universo en 1974 - con quien coprotagonizó la película La otra alcoba en 1976, casándose ese mismo año en un santuario navarro. Esto fue considerado como un gesto un tanto frívolo por parte de Patxi Andión entre los integrantes de aquellos círculos intelectuales de la izquierda progresista en los cuales se le admiraba y respetaba como cantautor y como hombre de convicción izquierdista. Como cantautor se mantuvo en una línea que lo hizo inconfundible: componer canciones con temática social y romántica principalmente, pero siempre desde una perspectiva íntimamente personal, profunda y poética, en amalgama con aquella voz ronca y deslavazada con la que cantó.

En su periodo madrileño y en una nueva faceta, aprovechó su condición de sociólogo y periodista y se hizo profesor. Impartió clases de comunicación audiovisual, producción, realización y operaciones artísticas y producción audiovisual práctica en la Escuela Universitaria Politécnica de Cuenca de la Universidad de Castilla-La Mancha. También fue director de la Escuela Española de Caza, de la Federación Española de Caza.

Murió el 18 de diciembre de 2019 a causa de un accidente de tráfico, fue enterrado en el Cementerio de la Almudena de Madrid.

 

in Wikipédia

 


sábado, dezembro 16, 2023

Rafael Alberti nasceu há cento e vinte e um anos

  
Rafael Alberti Merello (El Puerto de Santa María, Cádiz, 16 de diciembre de 1902 - ibídem, 28 de octubre de 1999) fue un escritor español, especialmente reconocido como poeta, miembro de la generación del 27. Está considerado uno de los mayores literatos de la llamada Edad de Plata de la literatura española. Cuenta en su haber con numerosos premios y reconocimientos.
Miembro activo del Partido Comunista de España, se exilió tras la Guerra Civil. Vuelto a España tras la instauración de la monarquía, fue nombrado Hijo Predilecto de Andalucía en 1983 y Doctor Honoris Causa por la Universidad de Cádiz en 1985.
Publicó sus memorias bajo el título de La arboleda perdida.
  
  
  
A FEDERICO GARCÍA LORCA

Sal tú, bebiendo campos y ciudades,
en largo ciervo de agua convertido,
hacia el mar de las albas claridades,
del martín-pescador mecido nido;

que yo saldré a esperarte, amortecido,
hecho junco, a las altas soledades,
herido por el aire y requerido
por tu voz, sola entre las tempestades.

Deja que escriba, débil junco frío,
mi nombre en esas aguas corredoras,
que el viento llama, solitario, río.

Disuelto ya en tu nieve el nombre mío,
vuélvete a tus montañas trepadoras,
ciervo de espuma, rey del monterío.

 

Rafael Alberti

domingo, dezembro 10, 2023

A Espanha perdeu os restos do seu império, nas Caraíbas e Pacífico, há 125 anos

    
O Tratado de Paris de 1898, assinado em 10 de dezembro de 1898, terminou a Guerra Hispano-Americana.
    
(...)
    
O Tratado de Paris previa que Cuba se tornasse independente de Espanha, mas o Congresso dos Estados Unidos assegurou o controle deste país pelos Estados Unidos, com a Emenda Platt.
Especificamente, a Espanha renunciou a qualquer reivindicação de soberania sobre Cuba. Após a evacuação pela Espanha, Cuba seria ocupada pelos Estados Unidos, e os Estados Unidos iriam assumir e respeitar todas as obrigações de direito internacional que resultassem deste facto.
O Tratado também garantiu que a Espanha cedia aos Estados Unidos, a ilha de Porto Rico e outras ilhas, então sob soberania espanhola nas Índias Ocidentais, bem como a ilha de Guam.
O maior conflito dizia a respeito à situação das Filipinas. Os comissários espanhóis alegaram que Manila fora entregue após o armistício e, portanto, as Filipinas não poderiam ser exigidas como uma conquista de guerra, pois renderam-se depois do fim da guerra; finalmente, os Estados Unidos decidiram pagar 20 milhões de dólares à Espanha pela posse das Filipinas. O Tratado especificava que a Espanha iria ceder aos Estados Unidos o arquipélago das Filipinas e as ilhas situadas dentro duma linha especificada.
O tratado foi tema de debate polémico no Senado dos Estados Unidos, durante o inverno de 1898-1899, e foi aprovado a 6 de fevereiro de 1899.
De acordo com o tratado, a Espanha, desistia de todos os direitos de Cuba, renunciava a Porto Rico e às suas possessões nas Índias Ocidentais e entregava as ilhas Filipinas, mais a ilha de Guam, aos Estados Unidos.
A derrota pôs fim ao Império espanhol na América e, um ano mais tarde, no Oceano Pacífico (depois do Tratado Germano-Espanhol de 1899) e marcou o início dos Estados Unidos como potência colonial.