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sábado, fevereiro 10, 2024

Hoje é dia recordar um Poeta...

 

 

A emigração dos poetas

Homero não tinha morada
E Dante teve que deixar a sua.
Li-Po e Tu-Fu andaram por guerras civis
Que tragaram 30 milhões de pessoas
Eurípedes foi ameaçado com processos
E Shakespeare, moribundo, foi impedido de falar.
Não apenas a Musa, também a polícia
Visitou François Villon.
Conhecido como “o Amado”
Lucrécio foi para o exílio
Também Heine, e assim também
Brecht, que buscou refúgio
Sob o teto de palha dinamarquês.

 

 

Bertolt Brecht

Bertholt Brecht nasceu há 126 anos

   
Eugen Bertholt Friedrich Brecht (Augsburg, 10 de fevereiro de 1898 - Berlim Leste, 15 de agosto de 1956) foi um destacado dramaturgo, poeta e encenador alemão do século XX.Os seus trabalhos artísticos e teóricos influenciaram profundamente o teatro contemporâneo, tornando-o mundialmente conhecido a partir das apresentações de sua companhia, Berliner Ensemble, realizadas em Paris durante os anos de 1954 e 1955.
Ao final dos anos 1920 Brecht torna-se marxista, vivendo o intenso período das mobilizações da República de Weimar, desenvolvendo o seu teatro épico. A sua praxis é uma síntese do experimentalismo teatral de Erwin Piscator e Vsevolod Emilevitch Meyerhold, do conceito de estranhamento do formalista russo Viktor Chklovski, do teatro chinês e do teatro experimental da Rússia soviética, entre os anos de 1917-1926. O seu trabalho como artista concentrou-se na crítica artística ao desenvolvimento das relações humanas no sistema capitalista.

 

Perguntas de um Operário Letrado



Quem construiu Tebas, a das sete portas?
Nos livros vem o nome dos reis,
Mas foram os reis que transportaram as pedras?
Babilónia, tantas vezes destruída,
Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas
Da Lima Dourada moravam seus obreiros?
No dia em que ficou pronta a Muralha da China para onde
Foram os seus pedreiros? A grande Roma
Está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem
Triunfaram os Césares? A tão cantada Bizâncio
Só tinha palácios
Para os seus habitantes? Até a legendária Atlântida
Na noite em que o mar a engoliu
Viu afogados gritar por seus escravos.

O jovem Alexandre conquistou as Índias
Sozinho?
César venceu os gauleses.
Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço?
Quando a sua armada se afundou Filipe de Espanha
Chorou. E ninguém mais?
Frederico II ganhou a guerra dos sete anos
Quem mais a ganhou?

Em cada página uma vitória.
Quem cozinhava os festins?
Em cada década um grande homem.
Quem pagava as despesas?

Tantas histórias
Quantas perguntas

 

Bertolt Brecht

quarta-feira, fevereiro 07, 2024

Dieter Bohlen, dos Modern Talking, faz hoje setenta anos...!

        
Dieter Bohlen (Berne, Baixa Saxónia, Alemanha, 7 de fevereiro de 1954), é um premiado produtor, compositor e arranjador musical alemão, sendo mais conhecido como fundador do duo alemão de música synth-pop Modern Talking. O cantor Thomas Anders, que também fazia parte do duo alemão, ficava a cargo dos vocais principais.
  

 


domingo, fevereiro 04, 2024

Dietrich Bonhoeffer nasceu há 118 anos

     
Dietrich Bonhoeffer (Breslau, 4 de fevereiro de 1906 - Berlim, 9 de abril de 1945) foi um teólogo, pastor luterano, membro da resistência alemã anti-nazi e membro fundador da Igreja Confessante, ala da igreja evangélica contrária à política nazi.
Bonhoeffer envolveu-se na trama da Abwehr para assassinar Hitler. Em março de 1943 foi preso e acabou sendo enforcado, pouco tempo antes do próprio Hitler cometer suicídio.
   
Biografia
Nasceu em Breslau em 4 de fevereiro de 1906, filho de um psiquiatra de classe média alta. Quando jovem decidiu seguir a carreira pastoral na Igreja Luterana, doutorou-se em teologia na Universidade de Berlim e fez um ano de estudos no Union Theological Seminary em Nova York. Retornou à Alemanha em 1931.
Bonhoeffer foi um dos mentores e signatários da Declaração de Bremen, quando em 1934 diversos pastores luteranos e reformados, formaram a Bekennende Kirche, Igreja Confessante, rejeitando desafiadoramente os nazis:
   
Jesus Cristo, e não homem algum ou o Estado, é o nosso único Salvador.
   
Obviamente o movimento foi posto em ilegalidade e em abril de 1943 foi preso por ajudar judeus a fugirem para a Suíça. Levado de uma prisão para outra, em 9 de Abril de 1945, três semanas antes que as tropas aliadas libertassem o campo, foi enforcado, junto com seu irmão Klaus e os cunhados Hans von Dohnanyi e Rüdiger Schleicher.
A sua obra mais famosa, escrita no período de ascensão do nazismo foi "Discipulado" (Nachfolge) na qual desenvolve a polémica acerca da teologia da graça, fundamento da obra de Lutero. O livro opõe-se a ênfase dada à "justificação pela graça sem obras da lei", afirmando que:
   
A graça barata é inimiga mortal de nossa Igreja. A nossa luta trava-se hoje em torno da graça preciosa que é um tesouro oculto no campo, por amor do qual o homem sai e vende tudo que tem (...) o chamado de Jesus Cristo, ao ouvir do qual o discípulo larga suas redes e segue (...) o dom pelo qual se tem que orar, a porta a qual se tem que bater.
   
Destas linhas já se denota o profundo "fazer teológico poético" que tanto caracteriza a obra de Bonhoeffer.
Quando já estava sendo perseguido pelos nazis, Bonhoeffer escreveu um tratado considerado por muitos uma das maiores obras primas do protestantismo, que denominou simplesmente "Ética". É nesta obra que ele justifica, em parte, o seu empenho na resistência alemã anti-nazi e seu envolvimento na luta contra Adolf Hitler, dizendo que:
   
É melhor fazer um mal do que ser mau.
   
As suas cartas da prisão são um exemplo de martírio e também um tesouro para a Teologia Cristã do século XX.
    
Bonhoeffer, à direita, entre os mártires do século XX, na Abadia de Westminster
   

sábado, fevereiro 03, 2024

Hoje é dia de ouvir Mendelssohn...

Mendelssohn nasceu há 215 anos...

Jakob Ludwig Felix Mendelssohn Bartholdy conhecido como Felix Mendelssohn (Hamburgo, 3 de fevereiro de 1809 - Leipzig, 4 de novembro de 1847) foi um compositor, pianista e maestro alemão do início do período romântico. Algumas das suas mais conhecidas obras são a abertura e a música incidental para Sonho de uma Noite de Verão (que inclui a famosa Marcha nupcial), o Concerto para violino, os dois concertos para piano, cerca de 100 Lieder, a abertura As Hébridas, as sinfonias Italiana e Escocesa e os oratórios Paulus e Elias.
  
Mendelssohn era filho do banqueiro Abraham Mendelssohn e de Lea Salomon, e neto do filósofo judaico-alemão Moses Mendelssohn, membro de uma família judia notável, mais tarde convertida ao cristianismo. Começou a compor aos nove anos (mais tarde mudou o seu sobrenome para Mendelssohn Bartholdy).
Felix cresceu num ambiente de intensa efervescência intelectual. As maiores mentes da Alemanha foram visitas frequentes da sua família na casa em Berlim, incluindo a Wilhelm von Humboldt e Alexander von Humboldt. A sua irmã Rebecca casou com o grande matemático belga Lejeune Dirichlet.
Abraão renunciou à religião judaica e a família mudou-se para Berlim em 1811. Abraão e Lea tentam dar a Felix Mendelssohn, ao seu irmão Paul, e às suas irmãs Fanny e Rebeca, a melhor educação possível. A sua irmã Fanny Mendelssohn (mais tarde, Fanny Hensel), tornou-se uma conhecida pianista e compositora.
Mendelssohn era considerado uma criança prodígio. Começou lições de piano com a sua mãe aos seis anos, acompanhados por Marie Bigot. A partir de 1817, estudou composição com Carl Friedrich Zelter em Berlim. Escreveu e publicou o seu primeiro trabalho, um quarteto com piano, aos treze anos. Mais tarde teve aulas de piano do compositor e virtuoso Ignaz Moscheles, que confessou em seu diário que ele tinha muito a ensinar-lhe. Moscheles foi grande colega e amigo ao longo da vida.
  
(...) 
    

Em 14 de maio de 1847, Berlim, Alemanha, a irmã Fanny de Mendelssohn morre, após um ataque de apoplexia. Os seus pais haviam morrido alguns anos antes, em 1835 e em 1842, e a morte de Fanny causou um grande impacto no compositor. Mendelssohn morreu no dia 4 de novembro de 1847, seis meses após a morte da irmã, devido a um derrame cerebral.

Uma paixão não correspondida pela soprano sueca Jenny Lind pode ter contribuído para a morte de Felix Mendelssohn. Essa é a tese levantada por uma jornalista do The Independent, Jessica Duchen. A tese tem por base um documento depositado nos arquivos da Royal Academy of Music, em Londres: uma declaração do marido de Jenny Lind, Otto Goldschmidt, confessando ter destruído uma carta de Mendelssohn para Jenny, que teria o poder de macular profundamente as reputações de sua mulher e de Mendelssohn. Na carta o compositor teria declarado amor ardente por ela, implorando que ela fugisse com ele para os Estados Unidos e ameaçando suicídio caso ela recusasse. Supõe-se que Jenny, efetivamente, recusou. Meses depois, Mendelssohn estava morto.

Charles Rosen, no seu livro A Geração Romântica, deprecia Mendelssohn como "kitsch religioso". Essa opinião reflete um contínuo desprezo pela estética musical por parte de Richard Wagner e seus seguidores. Na Inglaterra, a reputação de Mendelssohn manteve-se elevada durante muito tempo. A Rainha Vitória demonstrou o seu entusiasmo, quando, no Crystal Palace, foi colocada, em 1854, uma estátua de Mendelssohn.
        

   

  


sábado, janeiro 27, 2024

Guilherme II, o último Kaiser do II Reich, nasceu há 165 anos


Guilherme II, de nome completo Frederico Guilherme Vítor Alberto, (Berlim, 27 de janeiro de 1859 - Doorn, Países Baixos, 4 de junho de 1941) foi o último imperador da Alemanha (Kaiser) e rei da Prússia, tendo governado o Império da Alemanha e o Reino da Prússia entre 15 de junho de 1888 e 9 de novembro de 1918. Era neto da rainha Vitória do Reino Unido e parente de muitos monarcas e príncipes de toda a Europa, sendo os mais importantes o seu primo, o rei Jorge V do Reino Unido, fundador da Casa de Windsor, e o czar Nicolau II, da Casa Romanov, o último monarca do Império Russo antes da Revolução Russa de 1917. Coroado em 1888, dispensou o chanceler Otto von Bismarck em 1890 e liderou a Alemanha para uma política bélica chamada "novo rumo" nos círculos de política internacional que culminou no seu apoio ao Império Austro-Húngaro durante a crise política de julho de 1914, o que levou à Primeira Guerra Mundial. Bombástico e impetuoso, por vezes Guilherme pronunciava-se de forma pouco cuidadosa sobre assuntos de grande sensibilidade, sem consultar os seus ministros, uma atitude que acabaria por culminar numa entrevista desastrosa ao Daily Telegraph que lhe custou grande parte do seu poder em 1908. Os seus militares de topo, Paul von Hindenburg e Erich Ludendorff, foram os responsáveis políticos do país durante a Primeira Guerra Mundial e deram muito pouca importância ao governo civil. Guilherme era um líder muito pouco eficiente, algo que lhe custou o apoio do exército e levou à sua abdicação, em novembro de 1918. Passou os seus restantes anos de vida no exílio, nos Países Baixos.
  
    

quinta-feira, janeiro 18, 2024

O II Reich alemão começou há 153 anos

Proclamação do Império Alemão em Versalhes, com Bismarck, ao centro, de branco
   
O Império Alemão (em alemão: Deutsches Reich, também chamado por Kaiserlich Deutsches Reich ou Kaiserreich por alguns historiadores alemães) foi um estado, na região da atual Alemanha, governado pela Casa de Hohenzollern. Existiu desde a sua consolidação como estado-nação em 18 de janeiro de 1871 (Unificação Alemã) até à abdicação do Kaiser Guilherme II, em novembro de 1918, após a derrota na Primeira Guerra Mundial.
O Império Alemão era constituído de 27 territórios constituintes (a maioria deles governados por famílias reais). Embora o Reino da Prússia contivesse a maioria da população e maior parte do território do Reich, a liderança da Prússia tornou-se suplantada pelos líderes da Alemanha e a própria Prússia desempenhou um papel menor. Como Dwyer (2005) assinala que a "influência política e cultural havia diminuído consideravelmente" na Prússia, de 1890. Os seus três maiores vizinhos eram os rivais Império Russo, a leste, a França, a oeste e os aliados Áustria-Hungria, ao sul.
Depois de 1850, a Alemanha se industrializou rapidamente, com base no carvão, ferro (e mais tarde aço), produtos químicos e ferrovias. De uma população de 41 milhões de pessoas em 1871, cresceu para 68 milhões em 1913. De uma nação fortemente rural, em 1815, já era predominantemente urbana. Durante os seus 47 anos de existência, o Império Alemão operou uma gigante industria tecnológica e científica, recebendo mais prémios Nobel em ciência do que a Grã-Bretanha, França, Rússia e Estados Unidos juntos.
É de notar que o termo Deutsches Reich foi o nome oficial da Alemanha não apenas no período dos kaiseres mas também durante a República de Veimar e o regime nazi.
    
Império Alemão, 1871–1918
    
   
 

A unificação da Alemanha, política e administrativamente, em um Estado-nação, realizou-se, oficialmente, no dia 18 de janeiro de 1871, na Galeria dos Espelhos do Palácio de Versalhes, na França. Os príncipes dos estados alemães reuniram-se para proclamar Guilherme da Prússia como Imperador Guilherme do Império Alemão depois da capitulação francesa na Guerra franco-prussiana. Informalmente, a transição de facto da maioria das populações falantes de alemão para uma organização federada de estados, teve lugar mais cedo, através de alianças formais e informais, entre nobres - e, também, de forma irregular, devido às dificuldades levantadas pelos interesses de grupos aristocráticos, desde a dissolução do Sacro Império Romano-Germânico (1806), e da consequente ascensão do nacionalismo ao longo do período das Guerras Napoleónicas.
  
A humilhante captura do imperador francês, e a perda do próprio exército francês, que foi feito prisioneiro num campo improvisado em Saarland, atirou o governo francês para a confusão; os adversários de Napoleão derrubaram o seu governo e proclamaram a Terceira República. O Alto Comando Alemão esperava uma abertura para a paz pelos franceses, mas a nova república recusava-se a render. O exército da Prússia atacou Paris, e manteve-a debaixo de cerco até meados de janeiro, com a cidade a ser "bombardeada inutilmente." A 18 de janeiro de 1871, os príncipes e os oficiais superiores alemães proclamaram Guilherme como "Imperador Alemão" na Galeria dos Espelhos do Palácio de Versalhes. Sob o subsequente Tratado de Frankfurt, a França renunciou às suas tradicionais regiões alemãs (Alsácia e a região de língua alemã da Lorena); pagou uma indemnização, calculada (com base na população) como o valor exato da indemnização imposta por Napoleão Bonaparte à Prússia em 1807; e aceitou a administração alemã de Paris, e de grande parte da região norte da França, com "as tropas alemãs a saírem da região, gradualmente, à medida que a indemnização fosse sendo paga".
  

segunda-feira, janeiro 15, 2024

Hoje é dia de recordar Rosa Luxemburgo...

(imagem daqui)
     
 
Epitáfio para Rosa Luxemburgo

Aqui jaz
Rosa Luxemburgo
Judia da Polónia
Vanguarda dos operários alemães
Morta por ordem
Dos opressores. Oprimidos
Enterrai as vossas desavenças!
   

  
Bertold Brecht

Karl Liebknecht e Rosa Luxemburgo foram barbaramente assassinados há 105 anos...

    
Karl Liebknecht (Leipzig, 13 de agosto de 1871 - Berlim, 15 de janeiro de 1919) foi um político e dirigente socialista alemão.
Filho de Wilhelm Liebknecht e colaborador de Karl Marx e Friedrich Engels, Karl Liebknecht ficou conhecido por ter, com Rosa Luxemburgo, fundado a Liga Spartacus, em 1916. Este movimento de esquerda surgiu na Alemanha em oposição ao regime social-democrata vigente na República de Weimar, acusado pelos espartaquistas de ser cooptado pela burguesia.
Karl Liebknecht estudou direito nas Universidades de Leipzig e Berlim, concluindo o seu doutoramento na Universidade de Würzburg, em 1897. Abriu um escritório de advocacia e passou a defender causas sindicais e da juventude. Em 1900 aderiu ao Partido Social-Democrata da Alemanha. Passa a intensa militância política e funda em 1915, juntamente com Rosa Luxemburgo e outros, a Liga Spartacus, sendo expulso do SPD em 1916, aglutinando-se no Partido Social-Democrata Independente da Alemanha (USPD) e, depois da rutura com este, no Partido Comunista da Alemanha (KPD).
Em 15 de janeiro de 1919, após o governo moderado alemão ter colocado as cabeças dos líderes da esquerda a prémio, Karl Liebknecht e Rosa Luxemburgo foram assassinados em Berlim. Entretanto, o movimento a que eles deram origem não morreu com os seus idealizadores, já que sua conceção acabou, principalmente através de sua principal teórica, Rosa Luxemburgo, influenciando diversos grupos e indivíduos, dando prosseguimento ao espartaquismo ou luxemburguismo.
Karl Liebknecht, juntamente com a Liga Spartacus, acabou por fundar o Partido Comunista da Alemanha, aliando-se a outros grupos comunistas da época, os Delegados Revolucionários e os Comunistas Internacionalistas. Com a morte de Liebknecht e Luxemburgo, o KPD acaba caindo na direção de Paul Levi, espartaquista que se aproximou da social-democracia anteriormente combatida e, posteriormente, passou ao comando de líderes pró-bolcheviques, sendo que a ala mais radical (principalmente os Comunistas Internacionalistas) juntou-se com a Esquerda de Breme e fundou o Partido Comunista Operário da Alemanha.
   

 

   
Rosa Luxemburgo, em polaco Róża Luksemburg (Zamość, 5 de março de 1871 - Berlim, 15 de janeiro de 1919), foi uma filósofa e economista marxista polaca e alemã, que se tornou mundialmente conhecida pela sua militância revolucionária ligada à Social-Democracia do Reino da Polónia e Lituânia (SDKP), ao Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) e ao Partido Social-Democrata Independente da Alemanha (USPD). Participou da fundação do grupo de tendência marxista do SPD, que viria a se tornar mais tarde o Partido Comunista da Alemanha (KPD).
Em 1915, após o SPD apoiar a participação alemã na Primeira Guerra Mundial, Luxemburgo fundou, ao lado de Karl Liebknecht, a Liga Espartaquista. Em 1 de janeiro de 1919, a Liga transformou-se no KPD. Em novembro de 1918, durante a Revolução Espartaquista, ela fundou o jornal Die Rote Fahne (A Bandeira Vermelha), para dar suporte aos ideais da Liga.
Luxemburgo considerou o levantamento espartaquista de janeiro de 1919, em Berlim, como um grande erro. Entretanto, ela acabaria por apoiar a insurreição que Liebknecht iniciou, sem seu conhecimento. Quando a revolta foi esmagada pelas Freikorps, milícias de direita composta por veteranos da Primeira Guerra que defendiam a República de Weimar, Luxemburgo, Liebknecht e alguns de seus seguidores foram capturados e assassinados. Luxemburgo foi fuzilada e o seu corpo deitado à água no Landwehr Canal, em Berlim.
  
(...)
  
Em 15 de janeiro de 1919, Rosa Luxemburgo, Karl Liebknecht e Wilhelm Pieck, líderes do Partido Comunista da Alemanha, foram presos e levados para interrogatório no Hotel Eden em Berlim. Enquanto que os detalhes das mortes de Luxemburgo e Liebknecht são desconhecidos, a versão mais aceite é de que foram retirados do hotel por paramilitares do grupo de direita Freikorps, que mais tarde iriam apoiar os nazis. Enquanto Luxemburgo e Liebknecht eram escoltados para fora do prédio, foram espancados até ficarem inconscientes. Pieck conseguiu fugir, enquanto Luxemburgo e Liebknecht foram levados, cada um, num jipe militar. O primeiro jipe, com Rosa Luxemburgo, virou antes da ponte Corneliusbrücke, numa pequena rua paralela ao curso de água conhecido como Canal do Exército (Landwehrkanal). Ela foi baleada e atirada, semi-morta, nas águas geladas de janeiro do Landwerkanal. O seu companheiro de luta, Karl, seguia no outro jipe, que cruzou a Corneliusbrücke e entrou numa das ruas desertas do parque Tiergarten. Ele foi baleado pelas costas, enquanto era induzido a caminhar. Morto, foi entregue como indigente num posto policial. Dois meses mais tarde, Jogiches foi morto, pelo mesmo grupo. O corpo de Rosa Luxemburgo só foi encontrado no final de junho. Os seus assassinos jamais foram condenados. Somente em 1999, uma investigação do governo alemão concluiu que as tropas de assalto haviam recebido ordens e dinheiro dos governantes social-democratas para matar Luxemburgo e Liebknecht.
Os corpos de Luxemburgo e Liebknecht estão enterrados no Cemitério Central de Freidrichsfelde, em Berlim. Todos os anos, socialistas e comunistas se reúnem no local na segunda segunda-feira de janeiro para homenageá-los.
  

quarta-feira, janeiro 10, 2024

O filme Metrópolis foi lançado há 97 anos...

 

 

Metrópolis é um filme alemão de ficção científica filmado em 25/26, realizado pelo cineasta austríaco Fritz Lang e lançado em 10 de janeiro de 1927. Foi, à época, a mais cara produção até então filmada na Europa, e é considerado por especialistas um dos grandes expoentes do expressionismo alemão. O roteiro, baseado em romance de Thea von Harbou, foi escrito por ela, em parceria com Lang. Em 2008 foram reencontrados, na Argentina, 30 minutos de metragem deste clássico. Tal parte será restaurada e acrescentada à versão conhecida. Na Berlinale 2010, o filme teve, 83 anos depois, a sua segunda estreia mundial.

Curiosidades
   

sábado, janeiro 06, 2024

Max Bruch nasceu há 186 anos...

   
Max Christian Friedrich Bruch, também conhecido como Max Karl August Bruch (Colónia, 6 de janeiro de 1838 - Berlim, 2 de outubro de 1920), foi um compositor e regente alemão do período romântico da Música Erudita. Max Bruch escreveu mais de 200 obras musicais, incluindo três concertos para violino, um dos quais é considerado "pièce de résistance" do reportório violinístico.
O seu pai era um inspetor de polícia e a sua mãe era uma soprano. Desde pequeno, Bruch já demonstrava talento musical, conforme atestou Ignaz Moscheles, e por isso recebeu uma educação voltada para a área. O seu primeiro professor foi o compositor e pianista Ferdinand Hiller, a quem Robert Schumann dedicou o seu "Concerto para Piano".
Por esta razão, aos 11 anos já tinha composto algumas obras, que eram interpretadas em público. Em 1852, quando tinha somente 16 anos de idade, compôs a sua primeira sinfonia e um quarteto para cordas que lhe valeu um prémio da Fundação Mozart em Frankfurt e uma bolsa de estudos.
No ano seguinte Bruch iniciou os seus estudos musicais em Frankfurt, continuando-os mais tarde em Leipzig. Após cinco anos passaria a trabalhar durante três anos em Colónia como professor de música. Entre 1861 e 1865 fez numerosas viagens pela Alemanha, Áustria, França e Bélgica, onde deu recitais. No fim desse período aceitou o cargo de diretor de música em Coblenz (onde ficou até 1867) e mais tarde de maestro na Turíngia.
Em 1870, Bruch estabeleceu-se em Berlim, aonde retornou ao trabalho como o professor de música. Em 1880, aos 42 anos, casou com uma cantora, com quem teve quatro filhos. Neste mesmo ano foi nomeado diretor da Orquestra Filarmónica de Liverpool, na Inglaterra, onde permaneceu durante três anos. Em seguida dirigiu a Orquestra da cidade de Breslau (já na Alemanha), até que, em 1891, se tornou diretor da Escola de Composição de Berlim. Nos anos seguintes, Bruch é reconhecido em repetidas ocasiões. Recebe o título de "Professor Honoris Causa" pelas Universidades de Cambridge e Berlim. Em Berlim, ingressa na Academia de Belas Artes como diretor.
Nos dez últimos anos da sua vida Bruch renuncia a todas as suas funções e dedica-se inteiramente à composição. Entre as suas obras mais importantes estão os seus concertos para violino, o qual o "Concerto n.º 1 em Sol menor para Violino e o Orquestra" continua tendo no ainda hoje uma aceitação extraordinária, comparado ao Concerto para o violino de Mendelssohn. Também são muito conhecidas hoje em dia sua "Fantasia Escocesa", para Violino e Orquestra, as "Danças Suecas" e as suas "Variações sobre o Kol Nidrei", para violoncelo e orquestra, baseadas em melodias litúrgicas judaicas.
O sucesso de Kol Nidrei levou a uma assunção generalizada de que Bruch era de origem judaica, embora isso fosse refutado pelo músico e não houvesse evidências a favor dessa hipótese. Mesmo assim, apesar das repetidas negações da origem judaica por parte da família remanescente, enquanto os nazis estiveram no poder (1933–1945), as performances da sua música eram raras porque era considerado como "provavelmente de origem judaica", por ter escrito música inspirada em temas judaicos. Por causa disso, a sua música foi largamente esquecida nos países de língua oficial alemã. 
Bruch compôs muitas outras obras que foram populares no seu tempo, como as suas três sinfonias, as suas óperas (entre elas especialmente "Loreley") e os seus corais e cantatas.
Max Bruch morreu em 1920, em Berlim, aos 82 anos de idade. Está sepultado no Alter St.-Matthäus-Kirchhof Berlin.
      

 


sexta-feira, janeiro 05, 2024

Konrad Adenauer nasceu há 148 anos

 
Konrad Adenauer
(Colónia, 5 de janeiro de 1876 - Bad Honnef, 19 de abril de 1967) foi um político alemão cristão-democrata, advogado, prefeito de Colónia e também um dos arquitectos da economia social de mercado. Foi ainda Chanceler da República Federal da Alemanha (1949 - 1963) e Presidente da União Democrata-Cristã (CDU), o partido democrata-cristão.
Primeiro chanceler da Alemanha Ocidental (República Federal da Alemanha) entre 1949 e 1963, logo depois que o país havia sido formado, no fim da Segunda Guerra Mundial.
Nascido em 5 de janeiro em Colónia, Adenauer estudou em várias universidades até se formar em direito, foi prefeito de Colónia entre 1917 e 1933 e membro do poder legislativo. Como católico, na época fez oposição aos nazis e, com o advento de Adolf Hitler ao poder, foi expulso de seu cargo político e obrigado a se aposentar.
Com a iminência do fim da Segunda Guerra Mundial, em 1944, Adenauer foi mandado para um campo de concentração e foi libertado quando as tropas aliadas invadiram a Alemanha.
Em 1945, participou na fundação da União Democrata-Cristã (CDU) e assumiu a presidência da liga na zona de ocupação britânica. Com o estabelecimento da Alemanha ocidental, em 1949, Adenauer assumiu o cargo de primeiro chanceler. Por 14 anos, liderou a coligação entre a União Democrata-Cristã (CDU), o seu partido-irmão da Baviera, União Social Cristã (CSU), e os Democratas Livres, o partido liberal alemão (FDP). Entre 1951 e 1955 também serviu como ministro para assuntos exteriores da Alemanha Ocidental.
Adenauer tinha um grande objetivo: estabelecer a Alemanha Ocidental como uma proteção para conter a expansão dos soviéticos na Europa. Assim, ele promoveu um estreitamento nas relações com os Estados Unidos e se reconciliou com a França. Foi durante o mandato de Adenauer que a Alemanha Ocidental passou a integrar o Organização do Tratado do Atlântico Norte e passou a ser reconhecida como uma nação independente.
Adenauer retirou-se em 1963, após concluir um tratado - que havia perseguido durante anos - de cooperação com a França e continuou no parlamento até à sua morte, em 19 de abril de 1967.
    

quinta-feira, janeiro 04, 2024

O pintor Anselm Feuerbach morreu há 144 anos

Auto-retrato


Anselm Feuerbach (Speyer, 12 de setembro de 1829Veneza, 4 de janeiro de 1880), foi um pintor alemão. Ele foi o principal pintor classicista da escola alemã do século XIX.  

     

Simpósio de Platão, 1869

  

Francesca da Rimini e Paolo Malatesta - circa 1864
     

Till Lindemann, o vocalista dos Rammstein, faz hoje 61 anos

   
Till Lindemann (Leipzig, 4 de janeiro de 1963) é o vocalista da banda alemã Rammstein. Ex-campeão da Europa de natação da antiga Alemanha Oriental (RDA) enquanto jovem, teve que abandonar o desporto devido a um rompimento muscular abdominal (cuja cicatriz pode ser vista no vídeo Live aus Berlin).
Após vários incidentes menos graves, como o ocorrido na Treptow Arena, em Berlim, a 27 de setembro de 1996, em que um objeto em chamas voou na direção da plateia, felizmente sem causar acidentes, Till dedicou-se ao estudo de técnicas de pirotecnia e formou-se como pirotécnico profissional, característica que marca os concertos do Rammstein.
As suas características mais marcantes são o timbre grave e os seus "R"s enrolados. Lindemann tem 1,92 metros de altura. O seu cabelo natural é castanho e os olhos, verdes-azulados.
Antes de ingressar nos Rammstein, Till trabalhou fazendo cestos quando morou em Schwerin e foi baterista da banda First Arsch.
Em 1986 começou a tocar bateria numa banda chamada First Arsch, também conhecida como "First Art": o jogo de palavras talvez servisse para enganar as autoridades comunistas e era uma banda punk com sede em Schwerin. Fizeram um álbum intitulado Saddle up. Till também tocou numa banda chamada Feeling B. Uma música chamada "Leid von der unruhevollen Jugend" ("Música da juventude incansável") encontra-se no álbum Hea Hoa Hoa Hoa Hea Hoa Hea (1990). Mais tarde, nos anos 90, Lindemann começou a escrever letras, possivelmente baseadas em poemas anteriores que começara a escrever.
Till é o vocalista do grupo, embora tenha sido baterista na sua banda anterior. Tem uma poderosa presença em palco. Um dos seus movimentos mais conhecidos é o de bater com o punho na sua perna ao ritmo dos riffs, da mesma maneira como fazem os ferreiros - ele também faz isso quando sente dor no joelho. Till tem um problema na rótula, que, às vezes, sai do lugar e só volta com um impacto na perna. Como Till disse numa entrevista, que pode ser vista no DVD Vídeos 1995-2012, no making-of de um dos vídeos, ele disse: "Eu tenho um problema no joelho e, quando piso mal o chão, a minha rótula sai do lugar. Quando era mais jovem, logo que eu sentia isso, batia no joelho, como faço nos shows, e esta voltava ao lugar e melhorava." Na banda é o que melhor fala inglês, apesar de ter um sotaque muito forte.
   

 


sexta-feira, dezembro 29, 2023

Hermann Oberth morreu há trinta e quatro anos

    
Hermann Oberth (Hermannstadt, 25 de junho de 1894Nuremberga, 29 de dezembro de 1989) foi um cientista alemão.
Oberth foi, juntamente com o russo Konstantin Tsiolkovsky e o norte-americano Robert Goddard, um dos precursores da moderna astronáutica.
O seu interesse por exploração espacial surgiu desde cedo, quando ele leu o livro "Da Terra a Lua", de Júlio Verne. Oberth foi o primeiro a idealizar foguetes com múltiplos estágios e a imaginar estações espaciais.
    

quarta-feira, dezembro 27, 2023

Marlene Dietrich nasceu há 122 anos...

   
Marlene Dietrich (nome artístico de Marie Magdelene Dietrich von Losch; (Berlin-Schöneberg, 27 de dezembro de 1901 - Paris, França, 6 de maio de 1992) foi uma atriz e cantora alemã, naturalizada norte-americana.

Marie Magdalene Dietrich nasceu em 27 de dezembro de 1901 em Schöneberg, um distrito de Berlim, Alemanha. Ela era a mais nova das duas filhas (a irmã Elisabeth era um ano mais velha) de Louis Erich Otto Dietrich e Wilhelmina Elisabeth Josephine Dietrich. A mãe de Dietrich era de uma família abastada de Berlim que tinha uma fábrica de relógios e o seu pai era um tenente da polícia. O seu pai morreu em 1911. O seu melhor amigo, Eduard von Losch, um aristocrata primeiro tenente dos Granadeiros cortejou Wilhelmina e mais tarde se casou com ela em 1916, mas morreu logo depois, como resultado de ferimentos sofridos durante a Primeira Guerra Mundial.
Dietrich fez escola de artes cénicas e participou de filmes mudos até 1930. Em 1921, casou-se com um ajudante de diretor chamado Rudolf Sieber, e teve uma única filha, Maria, nascida em 1924.
Estreou no teatro aos vinte e três anos de idade, fazendo cinco anos de carreira apagada até ser descoberta pelo diretor austríaco Josef von Sternberg, que a convidou para protagonizar o filme Der Blaue Engel (1930), lançado no Brasil como O Anjo Azul, e baseado no romance de Heinrich Mann, Professor Unrat. Foi o primeiro dos sete filmes nos quais Marlene Dietrich e o diretor Josef von Sternberg trabalharam juntos. Os demais foram Marrocos (1930), Desonrada (1931), O Expresso de Shangai (1932), A Vénus Loira (1932), A Imperatriz Galante (1934) e Mulher Satânica (1935). Depois de trabalhar com von Sternberg foi para Hollywood, onde trabalhou em filmes mais profundos e mais marcantes.
Foi convidada por Hitler para protagonizar filmes pró-nazis, mas recusou o convite e tornou-se cidadã norte-americana, o que Hitler tomou como um desrespeito para a pátria alemã e chamou Dietrich de traidora.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Marlene foi ao encontro das tropas aliadas, onde cantava para divertir e aliviar a dor dos soldados. Condecorada com medalha após a guerra, Marlene descobriu um dom que poderia explorar: a sua voz. Assim ela começou a cantar além de atuar. A partir de 1951, começa a se apresentar em espetáculos em Las Vegas, no Sahara Hotel.
Em 1961 Marlene protagonizou um filme que quebraria barreiras e chocaria o mundo com um assunto que ainda assustava. O filme era Julgamento em Nuremberg, que tratava do holocausto, dos nazis e do tumultuado julgamento que condenou os líderes nazis.
Em turnês mundiais ela visitou inúmeros países, porém voltou para sua pátria, a Alemanha, apenas em 1962 e seu regresso não agradou a todos, pois os nazis remanescentes chamaram-na de traidora em pleno aeroporto. Marlene tinha em Berlim uma de suas melhores amigas, a também talentosa cantora e atriz Hildegard Knef.
Em 1978, Marlene protagonizou o seu último filme, Just a Gigolo, onde contracenou com David Bowie. Porém, nesse meio tempo, ela fez várias participações em rádio e programas de televisão. Finalmente, escondeu-se em seu apartamento em Paris, onde morreu aos noventa anos de idade, de causas naturais. Porém, existem comentários de que Marlene se matou com calmantes, pois não suportava o facto de envelhecer. Outros dizem que ela tinha Alzheimer e, por isso, se matou, mas não existe nada que comprove esses comentários.
Em 2001 foi realizado um filme biográfico sobre a diva, dirigido pelo seu neto e com comentários de várias pessoas que conviveram com Dietrich, como a sua filha Maria Riva, o seu sobrinho, Hildegard Knef, Burt Bacharach, o filho de von Sternberg, entre outros.
Maria Riva escreveu um livro sobre sua mãe, no qual a declarava uma pessoa fria e autoritária.
Foi a primeira mulher a usar calças publicamente, nos anos 20.
Encontra-se sepultada em Berlin-Schöneberg (Friedhof Schöneberg III), Friedenau, Berlim, na Alemanha.