terça-feira, março 27, 2012

Dia Mundial do Teatro

(imagem daqui)

O Actor

O actor acende a boca. Depois os cabelos.
Finge as suas caras nas poças interiores.
O actor põe e tira a cabeça
de búfalo.
De veado.
De rinoceronte.
Põe flores nos cornos.
Ninguém ama tão desalmadamente
como o actor.
O actor acende os pés e as mãos.
Fala devagar.
Parece que se difunde aos bocados.
Bocado estrela.
Bocado janela para fora.
Outro bocado gruta para dentro.
O actor toma as coisas para deitar fogo
ao pequeno talento humano.
O actor estala como sal queimado.

O que rutila, o que arde destacadamente
na noite, é o actor, com
uma voz pura monotonamente batida
pela solidão universal.
O espantoso actor que tira e coloca
e retira
o adjectivo da coisa, a subtileza
da forma,
e precipita a verdade.
De um lado extrai a maçã com sua
divagação de maçã.
Fabrica peixes mergulhados na própria
labareda de peixes.
Porque o actor está como a maçã.
O actor é um peixe.

Sorri assim o actor contra a face de Deus.
Ornamenta Deus com simplicidades silvestres.
O actor que subtrai Deus de Deus, e
dá velocidade aos lugares aéreos.
Porque o actor é uma astronave que atravessa
a distância de Deus.
Embrulha. Desvela.
O actor diz uma palavra inaudível.
Reduz a humidade e o calor da terra
à confusão dessa palavra.
Recita o livro. Amplifica o livro.
O actor acende o livro.
Levita pelos campos como a dura água do dia.
O actor é tremendo.
Ninguém ama tão rebarbativamente como o actor.
Como a unidade do actor.

O actor é um advérbio que ramificou
de um substantivo.
E o substantivo retorna e gira,
e o actor é um adjectivo.
É um nome que provém ultimamente
do Nome.
Nome que se murmura em si, e agita,
e enlouquece.
O actor é o grande Nome cheio de holofotes.
O nome que cega.
Que sangra.
Que é o sangue.
Assim o actor levanta o corpo,
enche o corpo com melodia.
Corpo que treme de melodia.
Ninguém ama tão corporalmente como o actor.
Como o corpo do actor.

Porque o talento é transformação.
O actor transforma a própria acção
da transformação.
Solidifica-se. Gaseifica-se. Complica-se.
O actor cresce no seu acto.
Faz crescer o acto.
O actor actifica-se.
É enorme o actor com sua ossada de base,
com suas tantas janelas,
as ruas -
o actor com a emotiva publicidade.
Ninguém ama tão publicamente como o actor.
Como o secreto actor.

Em estado de graça. Em compacto
estado de pureza.
O actor ama em acção de estrela.
Acção de mímica.
O actor é um tenebroso recolhimento
de onde brota a pantomina.
O actor vê aparecer a manhã sobre a cama.
Vê a cobra entre as pernas.
O actor vê fulminantemente
como é puro.
Ninguém ama o teatro essencial como o actor.
Como a essência do amor do actor.
O teatro geral.

O actor em estado geral de graça.

Herberto Hélder

segunda-feira, março 26, 2012

Música para acabar bem o dia (e apropriada à data)


Roll Over Beethoven

Walt Withman na voz de Álvaro de Campos/Fernando Pessoa

(imagem daqui)

SAUDAÇÃO A WALT WITHMAN

Portugal Infinito, onze de junho de mil novecentos e quinze...
Hé-lá-á-á-á-á-á-á!
De aqui de Portugal, todas as épocas no meu cérebro,
Saúdo-te, Walt, saúdo-te, meu irmão em Universo,
Eu, de monóculo e casaco exageradamente cintado,
Não sou indigno de ti, bem o sabes, Walt,
Não sou indigno de ti, basta saudar-te para o não ser...
Eu tão contíguo à inércia, tão facilmente cheio de tédio,
Sou dos teus, tu bem sabes, e compreendo-te e amo-te,
E embora te não conhecesse, nascido pelo ano em que morrias,
Sei que me amaste também, que me conheceste, e estou contente.
Sei que me conheceste, que me contemplaste e me explicaste,
Sei que é isso que eu sou, quer em Brooklyn Ferry dez anos antes de eu nascer,
Quer pela Rua do Ouro acima pensando em tudo que não é a Rua do Ouro,
E conforme tu sentiste tudo, sinto tudo, e cá estamos de mãos dadas,
De mãos dadas, Walt, de mãos dadas, dançando o universo na alma.
Ó sempre moderno e eterno, cantor dos concretos absolutos,
Concubina fogosa do universo disperso,
Grande pederasta roçando-te contra a adversidade das coisas,
Sexualizado pelas pedras, pelas árvores, pelas pessoas, pelas profissões,
Cio das passagens, dos encontros casuais, das meras observações,
Meu entusiasta pelo conteúdo de tudo,
Meu grande herói entrando pela Morte dentro aos pinotes,
E aos urros, e aos guinchos, e aos berros saudando Deus!
Cantor da fraternidade feroz e terna com tudo,
Grande democrata epidérmico, contágio a tudo em corpo e alma,
Carnaval de todas as ações, bacanal de todos os propósitos,
Irmão gémeo de todos os arrancos,
Jean-Jacques Rousseau do mundo que havia de produzir máquinas,
Homero do insaisissable de flutuante carnal,
Shakespeare da sensação que começa a andar a vapor,
Milton-Shelley do horizonte da Eletricidade futura! Incubo de todos os gestos
Espasmo pra dentro de todos os objetos-força,
Souteneur de todo o Universo,
Rameira de todos os sistemas solares...
Quantas vezes eu beijo o teu retrato!
Lá onde estás agora (não sei onde é mas é Deus)
Sentes isto, sei que o sentes, e os meus beijos são mais quentes (em gente)
E tu assim é que os queres, meu velho, e agradeces de lá —,
Sei-o bem, qualquer coisa mo diz, um agrado no meu espírito
Uma ereção abstrata e indireta no fundo da minha alma.
Nada do engageant em ti, mas ciclópico e musculoso,
Mas perante o Universo a tua atitude era de mulher,
E cada erva, cada pedra, cada homem era para ti o Universo.
Meu velho Walt, meu grande Camarada, evohé!
Pertenço à tua orgia báquica de sensações-em-liberdade,
Sou dos teus, desde a sensação dos meus pés até à náusea em meus sonhos,
Sou dos teus, olha pra mim, de aí desde Deus vês-me ao contrário:
De dentro para fora... Meu corpo é o que adivinhas, vês a minha alma —
Essa vês tu propriamente e através dos olhos dela o meu corpo —
Olha pra mim: tu sabes que eu, Álvaro de Campos, engenheiro,
Poeta sensacionista,
Não sou teu discípulo, não sou teu amigo, não sou teu cantor,
Tu sabes que eu sou Tu e estás contente com isso!
Nunca posso ler os teus versos a fio... Há ali sentir demais...
Atravesso os teus versos como a uma multidão aos encontrões a mim,
E cheira-me a suor, a óleos, a atividade humana e mecânica.
Nos teus ver sós, a certa altura não sei se leio ou se vivo,
Não sei se o meu lugar real é no mundo ou nos teus versos,
Não sei se estou aqui, de pé sobre a terra natural,
Ou de cabeça pra baixo, pendurado numa espécie de estabelecimento,
No teto natural da tua inspiração de tropel,
No centro do teto da tua intensidade inacessível.
Abram-me todas as portas!
Por força que hei de passar!
Minha senha? Walt Whitman!
Mas não dou senha nenhuma...
Passo sem explicações...
Se for preciso meto dentro as portas...
Sim — eu, franzino e civilizado, meto dentro as portas,
Porque neste momento não sou franzino nem civilizado,
Sou EU, um universo pensante de carne e osso, querendo passar,
E que há de passar por força, porque quando quero passar sou Deus!
Tirem esse lixo da minha frente!
Metam-me em gavetas essas emoções!
Daqui pra fora, políticos, literatos,
Comerciantes pacatos, polícia, meretrizes, souteneurs,
Tudo isso é a letra que mata, não o espírito que dá a vida.
O espírito que dá a vida neste momento sou EU!
Que nenhum filho da... se me atravesse no caminho!
O meu caminho é pelo infinito fora até chegar ao fim!
Se sou capaz de chegar ao fim ou não, não é contigo,
E comigo, com Deus, com o sentido-eu da palavra Infinito...
Pra frente!
Meto esporas!
Sinto as esporas, sou o próprio cavalo em que monto,
Porque eu, por minha vontade de me consubstanciar com Deus,
Posso ser tudo, ou posso ser nada, ou qualquer coisa,
Conforme me der na gana... Ninguém tem nada com isso...
Loucura furiosa! Vontade de ganir, de saltar,
De urrar, zurrar, dar pulos, pinotes, gritos com o corpo,
De me cramponner às rodas dos veículos e meter por baixo,
De me meter adiante do giro do chicote que vai bater,
De ser a cadela de todos os cães e eles não bastam,
De ser o volante de todas as máquinas e a velocidade tem limite,
De ser o esmagado, o deixado, o deslocado, o acabado,
Dança comigo, Walt, lá do outro mundo, esta fúria,
Salta comigo neste batuque que esbarra com os astros,
Cai comigo sem forças no chão,
Esbarra comigo tonto nas paredes,
Parte-te e esfrangalha-te comigo
Em tudo, por tudo, à roda de tudo, sem tudo,
Raiva abstrata do corpo fazendo maelstroms na alma...
Arre! Vamos lá pra frente!
Se o próprio Deus impede, vamos lá pra frente Não faz diferença
Vamos lá pra frente sem ser para parte nenhuma
Infinito! Universo! Meta sem meta! Que importa?
(Deixa-me tirar a gravata e desabotoar o colarinho.
Não se pode ter muita energia com a civilização à roda do pescoço...)
Agora, sim, partamos, vá lá pra frente.
Numa grande marche aux flabeux-todas-as-cidades-da-Europa,
Numa grande marcha guerreira a indústria, o comércio e ócio,
Numa grande corrida, numa grande subida, numa grande descida
Estrondeando, pulando, e tudo pulando comigo,
Salto a saudar-te,
Berro a saudar-te,
Desencadeio-me a saudar-te, aos pinotes, aos pinos, aos guinos!
Por isso é a ti que endereço
Meus versos saltos, meus versos pulos, meus versos espasmos
Os meus versos-ataques-histéricos,
Os meus versos que arrastam o carro dos meus nervos.
Aos trambolhões me inspiro,
Mal podendo respirar, ter-me de pé me exalto,
E os meus versos são eu não poder estoirar de viver.
Abram-me todas as janelas!
Arranquem-me todas as portas!
Puxem a casa toda para cima de mim!
Quero viver em liberdade no ar,
Quero ter gestos fora do meu corpo,
Quero correr como a chuva pelas paredes abaixo,
Quero ser pisado nas estradas largas como as pedras,
Quero ir, como as coisas pesadas, para o fundo dos mares,
Com uma voluptuosidade que já está longe de mim!
Não quero fechos nas portas!
Não quero fechaduras nos cofres!
Quero intercalar-me, imiscuir-me, ser levado,
Quero que me façam pertença doída de qualquer outro,
Que me despejem dos caixotes,
Que me atirem aos mares,
Que me vão buscar a casa com fins obscenos,
Só para não estar sempre aqui sentado e quieto,
Só para não estar simplesmente escrevendo estes versos!
Não quero intervalos no mundo!
Quero a contiguidade penetrada e material dos objetos!
Quero que os corpos físicos sejam uns dos outros como as almas,
Não só dinamicamente, mas estaticamente também!
Quero voar e cair de muito alto!
Ser arremessado como uma granada!
Ir parar a... Ser levado até...
Abstrato auge no fim de mim e de tudo!

Clímax a ferro e motores!

Escadaria pela velocidade acima, sem degraus!
Bomba hidráulica desancorando-me as entranhas sentidas!

Ponham-me grilhetas só para eu as partir!

Só para eu as partir com os dentes, e que os dentes sangrem
Gozo masoquista, espasmódico a sangue, da vida!

Os marinheiros levaram-me preso,

As mãos apertaram-me no escuro,
Morri temporariamente de senti-lo,
Seguiu-se a minh'alma a lamber o chão do cárcere privado,
E a cega-rega das impossibilidades contornando o meu acinte.
Pula, salta, toma o freio nos dentes,
Pégaso-ferro-em-brasa das minhas ânsias inquietas,
Paradeiro indeciso do meu destino a motores!
He calls Walt:
Porta pra tudo!
Ponte pra tudo!
Estrada pra tudo!
Tua alma omnívora,
Tua alma ave, peixe, fera, homem, mulher,
Tua alma os dois onde estão dois,
Tua alma o um que são dois quando dois são um,
Tua alma seta, raio, espaço,
Amplexo, nexo, sexo, Texas, Carolina, New York,
Brooklyn Ferry à tarde,
Brooklyn Ferry das idas e dos regressos,
Libertad! Democracy! Século vinte ao longe!
PUM! pum! pum! pum! pum!
PUM!
Tu, o que eras, tu o que vias, tu o que ouvias,
O sujeito e o objeto, o ativo e o passivo,
Aqui e ali, em toda a parte tu,
Círculo fechando todas as possibilidades de sentir,
Marco miliário de todas as coisas que podem ser,
Deus Termo de todos os objetos que se imaginem e és tu!
Tu Hora,
Tu Minuto,
Tu Segundo!
Tu intercalado, liberto, desfraldado, ido,
Intercalamento, libertação, ida, desfraldamento,
Tu intercalador, libertador, desfraldador, remetente,
Carimbo em todas as cartas,
Nome em todos os endereços,
Mercadoria entregue, devolvida, seguindo...
Comboio de sensações a alma-quilómetros à hora,
À hora, ao minuto, ao segundo, PUM!
Agora que estou quase na morte e vejo tudo já claro,
Grande Libertador, volto submisso a ti.
Sem dúvida teve um fim a minha personalidade.
Sem dúvida porque se exprimiu, quis dizer qualquer coisa
Mas hoje, olhando para trás, só uma ânsia me fica —
Não ter tido a tua calma superior a ti-próprio,
A tua libertação constelada de Noite Infinita.
Não tive talvez missão alguma na terra.
Eia que eu vou chamar
Ao privilégio ruidoso e ensurdecedor de saudar-te
Todo o formilhamento humano do Universo,
Todos os modos de todas as emoções
Todos os feitios de todos os pensamentos,
Todas as rodas, todos os volantes, todos os êmbolos da alma.
Eia que eu grito
E num cortejo de Mim até ti estardalhaçam
Com uma algaravia metafisica e real,
Com um chinfrim de coisas passado por dentro sem nexo.
Ave, salve, viva, ó grande bastardo de Apolo,
Amante impotente e fogoso das nove musas e das graças,
Funicular do Olimpo até nós e de nós ao Olimpo.


Álvaro de Campos

O segundo Rei português morreu há 801 anos

D. Sancho I de Portugal (Coimbra, 11 de novembro de 1154 - Coimbra, 26 de março de 1211), cognominado o Povoador (pelo estímulo com que apadrinhou o povoamento dos territórios do país - destacando-se a fundação da cidade da Guarda, em 1199, e a atribuição de cartas de foral na Beira e em Trás-os-Montes: Gouveia (1186), Covilhã (1186), Viseu (1187), Bragança (1187), etc., povoando assim áreas remotas do reino, em particular com imigrantes da Flandres e Borgonha.

Quarto filho do monarca Afonso Henriques, foi baptizado com o nome de Martinho, por haver nascido no dia do santo com o mesmo nome, e não estaria preparado para reinar; no entanto, a morte do seu irmão mais velho, D. Henrique, quando contava apenas três anos de idade, levou à alteração da sua onomástica para um nome mais hispânico, ficando desde então Sancho Afonso.
Em 1170, Sancho foi armado cavaleiro pelo seu pai logo após o acidente de D. Afonso Henriques em Badajoz e tornou-se seu braço direito, quer do ponto de vista militar, quer do ponto de vista administrativo. Nestes primeiros tempos de Portugal enquanto país independente, muitos eram os inimigos da coroa, a começar pelo reino de Castela e Leão que havia controlado Portugal até então. Para além do mais, a Igreja Católica demorava em consagrar a independência de Portugal com a sua bênção. Para compensar estas falhas, Portugal procurou aliados dentro da Península Ibérica, em particular o reino de Aragão, um inimigo tradicional de Castela, que se tornou no primeiro país a reconhecer Portugal. O acordo foi firmado 1174 pelo casamento de Sancho, então príncipe herdeiro, com a infanta Dulce Berenguer, irmã mais nova do rei Afonso II de Aragão.
No ano de 1178, D. Sancho faz uma importante expedição contra mouros, confrontando-os cerca de Sevilha e do rio Guadalquivir, e ganha-lhes a batalha. Com essa acção, expulsa assim a possibilidade deles entrarem em território português.
Com a morte de Afonso Henriques em 1185, Sancho I torna-se no segundo rei de Portugal. Tendo sido coroado na de Coimbra, manteve essa cidade como o centro do seu reino. D. Sancho deu por finda as guerras fronteiriças pela posse da Galiza e dedicou-se a guerrear os Mouros localizados a Sul. Aproveitou a passagem pelo porto de Lisboa dos cruzados da terceira cruzada, na primavera de 1189, para conquistar Silves, um importante centro administrativo e económico do Sul, com população estimada em 20.000 pessoas. Sancho ordenou a fortificação da cidade e construção do castelo que ainda hoje pode ser admirado. A posse de Silves foi efémera já que em 1190 Abu Yusuf Ya'qub al-Mansur cercou a cidade de Silves com um exército e com outro atacou Torres Novas, que apenas conseguiu resistir durante dez dias, devido ao rei de Leão e Castela ameaçar de novo o Norte.
Sancho I dedicou muito do seu esforço governativo à organização política, administrativa e económica do seu reino. Acumulou um tesouro real e incentivou a criação de indústrias, bem como a classe média de comerciantes e mercadores. Sancho I concedeu várias cartas de foral principalmente na Beira e em Trás-os-Montes: Gouveia (1186), Covilhã (1186), Viseu (1187), Bragança (1187), etc, criando assim novas cidades, e povoando áreas remotas do reino, em particular com imigrantes da Flandres e Borgonha. O rei é também lembrado pelo seu gosto pelas artes e literatura, tendo deixado ele próprio vários volumes com poemas. Neste reinado sabe-se que alguns portugueses frequentaram universidades estrangeiras e que um grupo de juristas conhecia o Direito que se ministrava na escola de Bolonha. Em 1192 concedeu ao mosteiro de Santa Cruz 400 morabitinos para que se mantivessem em França os monges que lá quisessem estudar.
O seu túmulo encontra-se no Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, ao lado do túmulo do pai.



Ai eu, coitada - D. Sancho I (Grupo La Batalla)

Ai eu, coitada, como vivo en gran cuidado
por meu amigo, que hei alongado!
     Muito me tarda
     o meu amigo na Guarda!

Ai eu, coitada, como vivo en gran desejo

por meu amigo, que tarda e non vejo!
     Muito me tarda
     o meu amigo na Guarda!

Há 305 anos a Escócia e Inglaterra fundiram-se no Reino Unido

O Tratado de União de 1707 foi um tratado que aboliu a independência da Inglaterra e da Escócia em favor de um novo Estado, o "Reino Unido da Grã-Bretanha". O acordo foi ratificado a 26 de março de 1707 pelos parlamentos da Inglaterra e Escócia e teve como principais efeitos:
  • A criação do novo Reino Unido da Grã-Bretanha: Inglaterra e Escócia encontravam-se até então sob um regime de união pessoal das coroas; agora, a independência formal dos dois países desapareceria em favor do novo Estado. O País de Gales, por sua vez, já havia sido anexado à Inglaterra no século XVI;
  • A dissolução dos parlamentos escocês e inglês e a sua substituição pelo novo parlamento da Grã-Bretanha (em Westminster);
  • a união aduaneira entre os dois países.
A Rainha Ana da Inglaterra tornou-se a primeira ocupante de um trono britânico único e a Escócia enviou 45 deputados para o parlamento unificado em Londres. Em contrapartida, o direito, a moeda e a Igreja escoceses continuaram separados.
Este evento histórico também é conhecido como "Atos de União de 1707" (Acts of Union, em inglês), uma referência às ratificações do tratado pelos parlamentos dos dois países.


O Reino da Grã-Bretanha foi suprimido após o Acto de União de 1800, pelo que a Irlanda foi anexada e criava-se o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda, após o final das Revoltas Irlandesas de 1798.

O ator que fez de Mr. Spock faz hoje 81 anos terráqueos

(imagem daqui)

Leonard Simon Nimoy (Boston, 26 de março de 1931) é ator, diretor, poeta, pintor e fotógrafo dos Estados Unidos.
Seu papel mais conhecido é como Mr. Spock, das série de TV e nos filmes de Star Trek. Também atuou na série clássica Missão: Impossível, nas temporadas de 1969-1971 e fez um episódio da primeira temporada de Agente 86. Nimoy participou do episódio "O Gorila" da série "Bonanza", dirigido por James P. Yarbrough, em 17 de dezembro de 1960.
Em Star Trek, Spock personificava o raciocínio lógico próprio do seu lado vulcano dominante, sem manifestar emoções. Mas em um dos episódios (This Side of Paradise), Spock tem um rápido namoro quando seu lado humano é libertado. Anos depois Leonard Nimoy gravou uma canção chamada "Once I Smiled" (em tradução livre: Uma vez eu sorri), cujo tema era a namorada de seu personagem. Spock é até hoje um dos mais conhecidos e adorados personagens de Star Trek e representava o lado lógico do trio formado também por Kirk (William Shatner) e Dr. McCoy (DeForest Kelley). Dirigiu Star Trek: À Procura de SpockStar Trek: A Volta para Casa.
Um de seus trabalhos menos conhecidos é a narração do jogo Civilization IV, de 2005.
Nimoy é vegetariano, tem três filhos e é casado com a atriz Susan Bay. Atualmente está aposentado da carreira no cinema, se dedicando à fotografia.
Nimoy atualmente atua na série de TV da Fox, Fringe em que interpreta "William Bell".
Em 2011, irá dobrar o filme Transformers: Dark of the Moon fazendo o autobot "Sentinel Prime", mentor e antecessor de "Optimus Prime". Em 1986, ele dobrou "Galvatron" em The Transformers: The Movie.

James Hutton, o pai da Geologia moderna e do plutonismo, morreu há 215 anos

James Hutton (Edimburgo, 14 de junho de 1726 - 26 de março de 1797) foi um geólogo, químico e naturalista escocês, conhecido por ser o pai do uniformitarismo e do plutonismo. Pelo seu trabalho pioneiro na interpretação dos processos geológicos é considerado como o pai da geologia moderna.

Obras publicadas:
  • 1785. Abstract of a Dissertation Read in the Royal Society of Edinburgh, Upon the Seventh of March, and Fourth of April, MDCCLXXXV, Concerning the System of the Earth, Its Duration, and Stability. Edinburgh. 30pp.
  • 1788. The Theory of Rain. Transactions of the Royal Society of Edinburgh, vol. 1, Part 2, pp. 41-86.
  • 1788. Theory of the Earth; or an Investigation of the Laws observable in the Composition, Dissolution, and Restoration of Land upon the Globe. Transactions of the Royal Society of Edinburgh, vol. 1, Part 2, pp. 209-304.
  • 1792. Dissertations on different subjects in natural philosophy. Edinburgh ; London : A. Strahan, and T. Cadell.
  • 1794. Observations on granite. Transactions of the Royal Society of Edinburgh, vol. 3, pp. 77-81.
  • 1794. A dissertation upon the philosophy of light, heat, and fire. Edinburgh : Cadell, Junior, Davies.
  • 1794. An Investigation of the Principles of Knowledge and of the Progress of Reason, from Sense to Science and Philosophy. Edinburgh : A. Strahan, and T. Cadell.
  • 1795. Theory of the Earth; with Proofs and Illustrations. Edinburgh: William Creech. 2 vols.
  • 1797. Elements of Agriculture. Unpublished Manuscript.
  • 1899. Theory of the Earth; with Proofs and Illustrations, vol III, Edited by Sir Archibald Geikie. Geological Society, Burlington: House, London.

Há 200 anos um sismo destruiu muitas cidades venezuelanas

(imagem daqui)

El terremoto de Venezuela de 1812 ocurrió el 26 de marzo de 1812, jueves santo. Fue un terremoto que causó aproximadamente 10.000 a 20.000 muertes en ciudades como Caracas, Barquisimeto, Mérida, El Tocuyo y San Felipe. Tuvo una duración de unos 2 minutos en algunas zonas. Durante esos momentos, los clérigos realistas y frailes predicadores hicieron creer al pueblo que se trataba de un castigo del Cielo (por ser jueves santo), "por la sublevación de los patriotas contra el legítimo soberano, el virtuoso Fernando VII".
 

O imortal poeta Walt Whitman morreu há 120 anos

Walt Whitman (Huntington, 31 de maio de 1819Camden, 26 de março de 1892) foi um poeta, ensaísta e jornalista norte-americano, considerado por muitos como o "pai do verso livre". Paulo Leminski o considerava o grande poeta da Revolução americana, como Maiakovsky seria o grande poeta da Revolução russa.

Walt Whitman, descendente de ingleses e neerlandeses, nasceu em West Hills, na cidade de Huntington, no estado de Nova Iorque. Contudo, quando tinha apenas quatro anos, sua família mudou-se para Brooklyn, onde este frequentou até aos onze anos uma escola oficial, trabalhando depois como aprendiz numa tipografia.
Em 1835 trabalhou como impressor em Nova Iorque e no Verão do ano seguinte começou a ensinar em East Norwich, Long Island. Entre 1836-1838 deu aulas e de 1838 a 1839 editou o semanário Long Islander, em Huntington. Voltou ao ensino depois de participar como jornalista na campanha presidencial de Van Buren (1840-41).
Em maio de 1841 regressou a New York, onde trabalhou novamente como impressor.
Entre 1842-1844 editou um jornal diário, Aurora, e o Evening Tatler. Regressou a Brooklyn em 1845, e durante um ano escreveu para o Long Island Star, tornando-se de seguida editor do Daily Eagle de Brooklyn, lugar que ocupou de 1846 a 1848.
Em fevereiro desse ano partiu com o irmão Jeff para Nova Orleans, onde trabalhou no Crescent. Deixou Nova Orleans em maio do mesmo ano, regressando a Brooklyn através do Mississippi e dos Grandes Lagos.
Editou o Freeman de Brooklyn entre 1848-1849 e no ano seguinte montou uma tipografia e uma papelaria.
No início de julho de 1855 publicou a primeira edição de "Leaves of Grass", impressa na Rome Brothers de Brooklyn e cujos custos Whitman suportou. Os versos deste livro eram livres, longos e brancos, imitando os ritmos da fala.
A primeira edição da obra mais importante da sua carreira, não mencionava o nome do autor, e continha apenas 12 poemas e um prefácio.
A obra poética de Whitman centra-se na colectânea "Leaves of Grass", dado que ao longo da sua vida o escritor se dedicou a rever e completar aquele livro, que teve oito edições durante a vida do poeta.
No Verão seguinte foi publicada a segunda edição de "Leaves of Grass" (1856), ostentando na capa o nome do seu autor. O livro foi recebido com entusiasmo por alguns críticos, mas mal recebido pela maioria, o que, contudo, não impediu Whitman de continuar a trabalhar em novos poemas para aquela colectânea.
A segunda edição de "Leaves of Grass" era composta por 32 poemas, intitulados e numerados. Entre eles encontrava-se Poem of Walt Whitman, an American, o poema que haveria de se chamar "Song of Myself" (Canto de Mim Mesmo).
Entre a Primavera de 1857 e o Verão de 1859 Whitman editou o Times de Brooklyn, sendo publicada a 1860, em Boston, a terceira edição da sua obra. Contudo, a editora foi à falência em 1861 e a edição, que continha 154 poemas, foi pirateada.
Entre 1863-1864 trabalhou para o Exército em Washington, DC, servindo entretanto como voluntário em hospitais militares. Regressou a Brooklyn doente e com marcas de envelhecimento prematuro causadas pela experiência da guerra civil.
Trabalhou posteriormente como funcionário do Departamento do Interior (1865) e publicou em maio desse ano o livro "Drum-Taps", que continha 53 poemas acerca da guerra civil e da experiência do autor nos hospitais militares. No mesmo ano foi despedido pelo Secretário James Harlan, por este ter considerado "Leaves of Grass" indecente.
Em 1867 foi publicada a quarta edição de "Leaves of Grass", com 8 novos poemas. No ano seguinte saiu em Londres uma selecção de poemas de Michael Rossetti, intitulada "Poems by Walt Whitman".
A quinta edição de "Leaves of Grass" (1870-1871) teve uma segunda tiragem que incluía "Passage to India" e mais 71 poemas, alguns dos quais inéditos.
Depois de publicar "Democratic Vistas", Whitman viajou para Hannover, New Hampshire. Corria o ano de (1872). Na Faculdade de Dartmouth leu "As a Song Bird on Pinions Free", posteriormente publicado com um prefácio. Em Janeiro de 1873, Whitman sofreu uma paralisia parcial. Pouco depois morreu a mãe e o escritor deixou Washington para se fixar em Camden, New Jersey, com o irmão George.
Em 1876 surgiu a sexta edição de "Leaves of Grass", publicada em dois volumes. Em Agosto de 1880, Whitman reviu as provas da sétima edição de "Leaves of Grass", que sob ameaças do Promotor Público teve de suspender a distribuição do livro.
A edição só foi retomada dois anos mais tarde por Rees Welsh e depois por David McKay. Incluía 20 poemas inéditos e os títulos definitivos e uma ordem dos poemas revista. Em 1882 foi ainda publicado o livro "Specimen Days and Collect".
Os últimos anos de vida de Whitman foram marcados pela pobreza, atenuada apenas pela ajuda de amigos e admiradores americanos e europeus.
Em 1884, Whitman adquiriu uma casa em Camden, New Jersey. Quatro anos depois, sofreu um novo ataque de paralisia e viu publicados 62 novos poemas sob o título "November Boughs" (1888). Ainda nesse ano foi publicado "Complete Poems and Prose of Walt Whitman".
A oitava edição de "Leaves of Grass" apareceu em 1889, e no ano seguinte o escritor começou a preparar a sua nona edição, publicada em 1892.
Whitman morreu no dia 26 de Março de 1892 e foi sepultado em Camden, New Jersey.
Cinco anos depois foi publicada em Boston a décima edição de Leaves of Grass (1897), a que se juntaram os poemas póstumos "Old Age Echoes".
Nos seus poemas, Walt Whitman elevou a condição do homem moderno, celebrando a natureza humana e a vida em geral em termos pouco convencionais. Na sua obra "Leaves of Grass", Whitman exprime em poemas visionários um certo panteísmo e um ideal de unidade cósmica que o Eu representa. Profundamente identificado com os ideais democráticos da nação americana, Whitman não deixou de celebrar o futuro da América.
Ficou ainda mais conhecido mundialmente a partir das citações inseridas no enredo do filme Clube dos Poetas Mortos.
Na série No Fim do Mundo, alguns poemas de Leaves of Grass são lidos na rádio local, originando uma disputa entre o locutor e o proprietário da rádio a propósito das supostas inclinações sexuais de Whitman e da conotação sexual da obra.
Fernando Pessoa escreveu um poema de nome "Saudação a Walt Whitman".
"Introduziu uma nova subjectividade na concepção poética e fez da sua poesia um hino à vida. A técnica inovadora dos seus poemas, nos quais a ideia de totalidade se traduziu no verso livre, influenciou não apenas a literatura americana posterior, mas todo o lirismo moderno, incluindo o poeta e ensaísta português Fernando Pessoa."

Steven Tyler, o vocalista dos Aerosmith, faz hoje 64 anos

Steven Tyler (nascido Stephen Victor Tallarico, Yonkers, 26 de março de 1948) é um cantor, compositor e multiinstrumentista norteamericano, conhecido por seu trabalho como vocalista da banda Aerosmith, na qual também toca harmónica, piano e, ocasionalmente, percussão. Conhecido como "Demon of Screamin'" ("Demônio da Gritaria", numa tradução livre), e por suas acrobacias sobre o palco, durante suas performances enérgicas, nas quais se veste com roupas coloridas e brilhantes e utiliza seu tradicional microfone adornado com lenços coloridos.
Na década de 1970 Tyler se destacou como líder do Aerosmith, banda sediada em Boston que lançou diversos álbuns clássicos do hard rock, como Toys in the Attic e Rocks. No fim daquela década e no início da seguinte, Tyler sustentou um pesado vício em álcool e drogas, enquanto a popularidade da banda declinava. Após passar por clínicas de reabilitação em 1986, Tyler manteve sóbrio por mais de 20 anos, embora tenha adquirido um vício em analgésicos no fim da década de 2000, que ele conseguiu tratar com sucesso em 2009. Após a banda ter feito um retorno extremamente bem-sucedido no fim da década de 1980 e início da de 1990, com os álbuns Permanent Vacation, Pump e Get a Grip, Tyler se tornou uma personalidade conhecida, e continua a ser um ícone pop de grande relevância; como resultado, participou de diversos projetos solo, incluindo aparições como convidado especial nos trabalhos de outros artistas, bem como papéis no cinema e na televisão (como, por exemplo, juri no popular programa American Idol). Continua, no entanto, gravando e se apresentando com o Aerosmith, após mais de 40 anos na banda. Recentemente foi incluído entre os "100 grandes cantores" da revista Rolling Stone, e ficou com a terceira posição da lista de "100 maiores vocalistas de heavy metal em todos os tempos", da Hit Parader. Em 2001 passou a fazer parte do Rock and Roll Hall of Fame, juntamente com o resto do Aerosmith, e foi o apresentador quando a banda australiana AC/DC passou a fazer parte do mesmo, em 2003.
Em 2006, a revista Hit Parader colocou Tyler como o 3º melhor vocalista de heavy metal de todos os tempos.
 
 

The Allman Brothers Band foi formada há 43 anos

The Allman Brothers Band em 2010

The Allman Brothers Band é uma banda de Southern rock formada em Macon, Geórgia, nos Estados Unidos da América, apelidada pelo Hall da Fama do Rock and Roll como o principal arquiteto do rock sulista estadunidense.
A banda foi formada em 26 de março de 1969 em Jacksonville, Flórida com Duane Allman (eleito pela revista Rolling Stones, em 2003, como o segundo melhor guitarrista de todos os tempos), Gregg Allman, Dickey Betts, Berry Oakley, Butch Trucks e Jai Johanny "Jaimoe" Johanson.
Formada originalmente em 1969, foram descritas dois anos depois por George Kimball, jornalista da revista Rolling Stone, como "a melhor banda de rock and roll que este país produziu nos últimos cinco anos". Reconhecidos por sua capacidade de improvisação impressionante, cujo melhor exemplo se encontra no álbum At Fillmore East, a banda foi premiada com onze discos de ouro e cinco de prata entre 1971 e 2005. Infelizmente, em 1971, Duanne faleceu em um acidente de motocicleta. A revista Rolling Stone colocou a banda como um dos 100 Maiores Artistas de Todos os Tempos, em 2004, e foi a banda mais representada na lista de melhores guitarristas feita pela mesma revista. A banda continua a gravar e realizar turnês até hoje.


Há 33 anos o Egito reconheceu Israel e este devolveu-lhe a península do Sinai

Begin, Carter e Sadat em Camp David, no momento da assinatura do tratado de paz entre Israel e Egito

O Tratado de paz israelo-egípcio foi assinado em Washington, DC, Estados Unidos, em 26 de março de 1979, após os Acordos de Camp David (1978)
Os principais pontos do tratado eram o mútuo reconhecimento de ambos os países, a cessação do estado de guerra que permanecia desde a Guerra árabe-israelita de 1948, e a completa retirada por Israel de suas forças armadas e civis do resto da Península do Sinai, capturada por Israel durante a Guerra dos Seis Dias (1967). O acordo também garantia a passagem livre dos navios de Israel através de Canal de Suez e o reconhecimento do Estreito de Tiran e do Golfo de Aqaba como águas internacionais.
O acordo de paz foi firmado 16 meses depois da visita do presidente egípcio, Anwar Sadat, a Israel, em 1977, depois de intensa negociação. Com o acordo, o Egito tornou-se o primeiro país árabe a reconhecer oficialmente o Estado de Israel.


Nota: Sadat, um homem de coragem, recebeu dois prémios pelo seu empenho na paz - o Prémio Nobel da Paz, em 1978, pelos prévios Acordos de Camp David, e o martírio, em 6 de outubro de 1981, às mãos dos fundamentalistas da Irmandade Muçulmana, por ter reconhecido o estado de Israel.

Beethoven morreu há 185 anos


Beethoven (baptizado em 17 de dezembro de 1770 - Viena, 26 de março de 1827) foi um compositor alemão, do período de transição entre o Classicismo (século XVIII) e o Romantismo (século XIX). É considerado um dos pilares da música ocidental, pelo incontestável desenvolvimento, tanto da linguagem, como do conteúdo musical demonstrado nas suas obras, permanecendo como um dos compositores mais respeitados e mais influentes de todos os tempos. "O resumo de sua obra é a liberdade," observou o crítico alemão Paul Bekker (1882-1937), "a liberdade política, a liberdade artística do indivíduo, sua liberdade de escolha, de credo e a liberdade individual em todos os aspectos da vida".


O biólogo evolucionista Richard Dawkins nasceu há 71 anos

Clinton Richard Dawkins (Nairobi, 26 de março de 1941) é um eminente zoólogo, etólogo, evolucionista e popular escritor de divulgação científica britânico, natural do Quénia, além de ex-professor da Universidade de Oxford.
Dawkins é conhecido principalmente pela sua visão evolucionista centrada no gene, exposta em seu livro O Gene Egoísta, publicado em 1976. O livro também introduz o termo "meme", o que ajudou na criação da memética. Em 1982, ele realizou uma grande contribuição à ciência da evolução com a teoria, apresentada em seu livro O Fenótipo Estendido, de que o efeito fenotípico não se limita ao corpo de um organismo, mas sim de que o efeito influencia no ambiente em que vive este organismo. Desde então escreveu outros livros sobre evolução e apareceu em vários programas de televisão e rádio para falar de temas como biologia evolutiva, criacionismo e religião.
Dawkins também é famoso por sua defesa e divulgação de correntes como o ateísmo, ceticismo e humanismo. Também é um entusiasta do movimento bright e, como comentador de ciência, religião e política, um dos maiores intelectuais conhecidos no mundo. Esses assuntos são retratados em "Deus, um delírio", livro de sua autoria que se tornou best-seller em várias partes do mundo. Através de diversos fatos científicos, Dawkins nos mostra sua ideia da inexistência de Deus. Em enquete realizada pela revista Prospect em 2005, sobre os maiores intelectuais da atualidade, Richard Dawkins ficou com a terceira posição, atrás somente de Umberto Eco e Noam Chomsky.
Por sua intransigente defesa à teoria de Darwin, recebeu o apelido de "rottweiler de Darwin" (Darwin's rottweiler), em alusão ao apelido de Thomas H. Huxley, que era chamado de "buldogue de Darwin" (Darwin's bulldog).

Diana Ross - 68 anos

Diane Ernestine Ross, conhecida como Diana Ross (Detroit, Michigan, 26 de março de 1944), é uma artista americana de soul, R&B e pop, e uma das cantoras mais famosas de seu tempo. Estima-se que as vendas de seus discos e álbuns já ultrapassaram a marca de 100 milhões de cópias.

Segunda dentre seis irmãos sendo três mulheres e três homens, filhos do operário Fred Ross e da professora Ernestine Earle Ross, Diana nasceu no Hospital da Mulher Hutzel, em Detroit, Michigan. Embora seu nome dado foi "Diana", Ross usou "Diane" em casa e na escola, e continuou a usar seu nome profissional até completar 21 anos. Depois de viver na Avenida Belmont 635 no fim do Norte de Detroit por vários anos, a família de Ross mudou-se para a St. Antoinne Street nos projetos de habitação Brewster-Douglass, em 1958. Diana aspirava ser uma designer de moda, e fez uma faculdade de quatro anos em Design e Costura da Escola "Magnet School" enquanto estudava na Cass Technical High School, no centro de Detroit. Ela era uma majorette e membro da equipe de natação. Foi eleita a mais bem vestida de todas as meninas em seu último ano. Formou-se em janeiro de 1962, um semestre completo antes de seus colegas.
Enquanto estava na escola, Ross estudova à noite e nos fins de semana, e foi empregada na loja Hudson’s Detroit’s Department, onde foi a primeira funcionária Afro-Americana com "permissão para sair da cozinha", devido à sua postura e sentido de moda. Fazia o penteado de muitos vizinhos para conseguir um salário para poder pagar suas aulas de cosmética.
Em 1959, Ross atraiu a atenção de Milton Jenkins, gerente do grupo de doo-wop local The Primes, com Mary Wilson. Um dos membros do Primes, Paul Williams, convenceu Jenkins a levar Ross para o grupo da irmã, The Primettes, que incluía Wilson, Florence Ballard e Betty McGlown. Ross, Wilson e Ballard cantaram durante performances ao vivo e, em 1960, assinaram um contrato com a Lu Pine Records.

Em 1959, após ganhar um concurso de canto em Winnipeg, Manitoba, Ross pediu ao ex-namorado, vizinho, e amigo da família, Smokey Robinson, então vice-presidente da Motown Records, para permitir que as Primettes fizessem uma audição. Durante o teste, as quatro membros cantaram várias canções. Enquanto Ross cantava sua canção escolhida, o CEO da Motown, Berry Gordy, chegou a caminho de uma reunião, no estúdio. Quando Ross terminou, ele pediu a ela para repetir seu desempenho. Após o teste, ele disse ao grupo que terminasse o ensino médio em primeiro lugar, e em seguida, voltar a Motown, mas Ross não aceitou. Cada dia, após concluir seus trabalhos de casa, Ross oferecia-se para exercer qualquer função disponível, muitas vezes, realizava palmas e backing vocal para artistas conhecidos, como Mabel John e Marvin Gaye. Posteriormente, Ross tornou-se secretária de Gordy, um trabalho que Ross afirmou, em sua autobiografia de 1993, "Segredos de um pardal", "elevou-se a compensação fora da mesa várias vezes ao dia, olhando para todos os documentos importantes para o futuro sobre sua mesa, esperando que, um dia, ver o meu nome em alguns deles. ".
Em 1961, Betty McGlown havia sido substituída por Barbara Martin e o quarteto assinou com a Motown Records sob seu novo nome, The Supremes, escolhido por Florence Ballard. Alegadamente, Ballard escolheu o nome "Supremes" porque era o único nome que não termina com "ette". Durante o período de desenvolvimento do grupo, Diana Ross serviu como figurinista do grupo, costureira, cabeleireira e maquilhadora, dando ao grupo um look parecido com o som, que as diferenciava dos outros grupos femininos da Motown. Ross adquiriu cópias das revistas Vogue e Harper's Bazaar, adaptar os estilos retratados às necessidades do grupo, comprou os tecidos necessários, normalmente com Wilson ao seu lado, e recriou os estilos, deixando-os ainda mais fashion. Ross também ensinou às companheiras tudo o que havia aprendido em suas aulas de moda, que deu a todas uma aparência nova e comportamento antes de começarem a ter aulas no "Artista da Motown em Desenvolvimento".
Após a saída de Barbara Martin, em 1962, o grupo continuou como um trio. Em 1963, Ross se tornou vocalista do grupo, porque Berry Gordy sentiu que o grupo poderia "descolar" para os top´s de sucesso com a qualidade única da voz de Diana. Então, com a canção "When The Lovelight Shines Though His Eyes" tornou-as o primeiro grupo a alcançar o Top 20 da Billboard Pop Single. The Supremes conseguiram um hit número um com "Where Did Our Love Go", uma canção rejeitada pelas The Marvelettes - mas gravada pela vocalista Gladys Horton em voz grave (anteriormente, Ross gravou em uma afinação muito elevada, o que deixou sua voz nasalada e penetrante) - e o grupo alcançou um sucesso sem precedentes: entre agosto de 1964 e maio de 1967, Diana Ross, Mary Wilson e Florence Ballard conseguiram ter dez singles número um, onde todos apareceram também no Top 40 do Reino Unido.
O sucesso The Supremes intensificou-se pela inveja sentida por muitos outros artistas Motown que viram o sucesso do grupo, como resultado de favoritismo de Ross por Gordy, quando, na verdade, Gordy simplesmente apoiava os artistas que mais trabalhavam em sua gravadora. Ross tinha fama de ser a melhor aluna do “Artista em Desenvolvimento”. Ela ficou mais tempo no estúdio do que outros para aprender seu ofício de desempenho, sacrificando o tempo pessoal mais do que os outros na gravadora. Ross foi, com exceção de, talvez, Marvin Gaye, o artista da Motown que executava as normas da Broadway e de outros materiais no "meio do caminho" por felicidade, enquanto muitos dos outros artistas queixavam-se, temendo que seriam vistos como "comerciais" ou “negros inferiores” para realização de tal material.
Florence Ballard, em particular, cresceu frustrada pela importância contínua de Ross dentro do grupo. Na raiva, Ballard começou a deixar de participar de entrevistas, ensaios, gravações e apresentações (ou aparecer embriagada no palco), bebia excessivamente e rapidamente ganhou peso, que lhe custaram milhares de dólares para mudanças no seu guarda-roupas, nessa fase. Dizem que Ballard agrediu fisicamente Ross na sequência de um ensaio na perfomance de "The Sound Of Music", e "My Favorite Things", que havia gravado em seu álbum de Natal, então recém-lançado. Posteriormente disseram que Ross, acidentalmente, esmagou um dos brincos de candelabro pesados de Ballard após caírem com seu sapato. Os Brincos de Ross também eram conhecidos a cair, a mais famosa durante o desempenho do grupo de "You Can't Hurry Love" no The Ed Sullivan Show. Com comportamento instável, Gordy foi forçado considerar a substituição de Ballard, o que fez em meados de 1967, após uma apresentação em Las Vegas.
Depois da saída de Florence Ballard do grupo, em julho de 1967, Gordy escolheu Cindy Birdsong, um membro de Patti LaBelle e Bluebelles, como sua substituta. Pouco tempo depois, ele mudou o nome do grupo para Diana Ross & the Supremes e passou a cobrar taxas mais elevadas de desempenho nos locais, que pagaram mais por um líder e um grupo, do que apenas um grupo. Outros nomes da Motown foram alterados por razões semelhantes, incluindo Smokey Robinson & The Miracles (ex-The Miracles) e Martha Reeves & The Vandellas (anteriormente The Vels, Martha and the Vandellas).
The Supremes conseguiram um total de 12 singles número um e foi o mais bem sucedido grupo vocal americano dos anos 1960, e depois dos Beatles, o segundo grupo de maior sucesso no mundo inteiro.

A Motown inicialmente concebeu uma carreira solo para Diana Ross em 1966, mas não agiu em conformidade até 1968. Alguns especiais de televisão como a TCB (1968) e G.I.T. na Broadway (1969) foram projetados para destacá-la como uma estrela em seu próprio direito, e muito do material tardio das Supremes liderada por Ross foram gravados nos backing vocals pelos The Andantes, e não com Wilson e Birdsong.
Para Ross, a animosidade que sentia de seus companheiros de grupo tornou-se insuportável. Sua ansiedade resultou em uma forma de anorexia. Ross ficava nervosa demais para comer, apesar de Gordy ter dado ordens de serviço de quartos de grandes quantidades de alimentos a serem entregues ao quarto do hotel de Ross. Seu peso começou a cair, deixando-a com aparência de "osso fino". Sua pele entrava em suores frios, tanto que Gordy às vezes tinha que esfregar seu corpo inteiro com álcool, a fim de evitar que ela entrasse em choque. Quando no palco, Ross mantinha os ombros muito altos, uma manifestação física e visível publicamente de sua ansiedade.
No verão de 1969, Ross começou suas gravações solo. Em novembro do mesmo ano, três anos depois dos primeiros rumores, a revista Billboard confirmou a saída de Ross do grupo para iniciar sua carreira solo. Nesse mesmo ano, Ross, através do programa nacional de variedades artísticas Hollywood Palace, Apresentou a mais recente banda da Motown, o Jackson 5.
Inicialmente, Ross gravou suas primeiras sessões solo com alguns produtores, incluindo Bones Howe e Johnny Bristol. Sua primeira faixa com Bristol, "Someday We'll Be Together", foi marcado como um single solo potente, mas, em vez disso foi divulgado como a última canção de Diana Ross & The Supremes. "Someday We'll Be Together" foi o 12 º e o último hit número um para o Supremes e o último hit número um dos anos 1960. Ross fez sua última aparição com as Supremes, no Hotel Frontier em Las Vegas em 14 de janeiro de 1970.

Após um semestre de gravação de material com vários produtores, Ross se firmou com a equipe de produção de Nickolas Ashford e Simpson Valerie, a força criativa por trás de de duetos de sucesso de Marvin Gaye e Tammi Terrell e da música “Some Things You Never Get Used To” de Diana Ross & the Supremes. Ashford e Simpson dirigiram-se mais para primeiro álbum de Ross, Diana Ross, e continuaram a escrever e produzir para ela até a próxima década.
Em maio de 1970, “Diana Ross” foi lançado pela Motown. O primeiro single, influenciado por uma valsa gospel, "Reach Out and Touch (Somebody’s Hand)", chegou ao número 20 na Billboard Hot 100. O segundo single do álbum, um arranjo de covers dos hits de 1967 de Gaye Terrell, outra composição de Ashford e Simpson, "Ain't No Mountain High Enough", foi um hit internacional, e deu a Ross um disco de ouro com o seu primeiro single pop # 1 como artista solo. "Ain't No Mountain High Enough" recebeu uma indicação ao Grammy de Melhor Performance Vocal Pop Feminino.
Em 1971, a Motown lançou seu segundo álbum “Everything Is Everything”, que produziu o primeiro single número 1 do Reino Unido, "I'm Still Waiting". Vários meses depois, Ross lança “Surrender”, que inclui o pop-top #20 hit, "Remember Me". Naquele ano, ela começou seu primeiro Especial de TV, Diana!, com participações de The Jackson 5, Bill Cosby e Danny Thomas.
Até então, a Motown Records se mudou para Hollywood. Berry Gordy decidiu que era tempo de a empresa se aventurar mais uma vez em um novo território, concentrando grande parte de sua atenção no desenvolvimento de uma empresa de cinema, com Diana Ross como a sua primeira estrela.

No final de 1971, a Motown anunciou que Diana Ross iria retratar a cantora ícone do jazz Billie Holiday em um filme produzido baseado em sua autobiografia Holiday's Lady Sings the Blues (1956), escrito por William Dufty e pela própria Billie. Imediatamente, os críticos ridicularizaram Diana no papel, pois foi considerada "a milhas de distância" no estilo vocal e na aparência de Billie Holiday. Destemida, Diana mergulhou na música e história de vida de Billie Holiday. Na verdade ela sabia muito pouco sobre a artista, pois não era uma grande fã de jazz em geral. Em vez de imitar a voz, Ross focou-se na entonação do vocal de Billie Holiday.
Estreado em Outubro de 1972, Lady Sings the Blues foi um sucesso fenomenal, e o desempenho de Diana Ross recebeu críticas favoráveis universalmente. O filme co-estrelado por Billy Dee Williams como amante de Holiday, Louis McKay. O elenco também incluiu o comediante Richard Pryor como o "Piano Man". Em 1973, Diana foi nomeada para um Globo de Ouro e um Óscar de "Melhor Atriz". A candidata, juntamente com colegas daquele ano Cicely Tyson, foi a segunda atriz Afro-Americana a ser nomeada para um Óscar de Melhor Atriz (depois de Dorothy Dandridge). Diana ganhou o Globo de Ouro de Melhor Revelação, mas perdeu o Óscar de melhor atriz para sua amiga Liza Minnelli por seu papel em Cabaret. O álbum da trilha sonora de Lady Sings the Blues alcançou o número um na Billboard 200 durante duas semanas e vendeu 300.000 cópias em seus primeiros oito dias de lançamento. Depois de várias sessões de gravação da trilha sonora, muitos dos músicos (alguns dos quais já haviam tocado com Billie Holiday) espontaneamente explodiram em aplausos, louvando a atuação de Ross. O álbum duplo personalizado gravadora é um dos melhores álbuns trilha-sonora de Diana Ross de todos os tempos, com vendas totais de cerca de 2 milhões de unidades nos EUA.
Em 1972, logo após as filmagens Lady Sings the Blues, Diana gravou um álbum de jazz, intitulado Blue, que foi arquivado pela Motown Records, pois queria que Ross voltasse à música pop. No ano seguinte, Ross respondeu com o álbum Touch Me In The Morning. A faixa-título se tornou o segundo hit de Ross #1 dos EUA. Mais tarde, em 1973, Ross e Marvin Gaye, colega de gravadora, lançaram seu álbum de duetos de sucesso, Diana & Marvin, que incluiu os hits top-vinte dos EUA, "My Mistake (Was Love You)" e no Reino Unido o cover do The Stylistics "You Are Everything" atingiu o top-cinco. As tensões surgiram entre eles quando Diana ficou grávida e se recusou a gravar no mesmo estúdio que Gaye, que se recusava parar de fumar maconha no estúdio. Eles terminaram gravando o álbum em estúdios separados, e a fusão de suas vozes ficou por conta da mixagem final.

Em 1975, Diana novamente co-estrelou com Billy Dee Williams no filme da Motown Mahogany. A história de uma aspirante a designer de moda que se torna uma modelo de passarelle. O Filme foi uma produção conturbada desde o início. O diretor original do filme, Tony Richardson, foi demitido durante a produção (de acordo com as crescentes tensões com Ross e Williams) e Gordy Berry assumiu a cadeira do diretor por si próprio. Além disso, Gordy e Ross brigaram durante as filmagens, ela então deixou a produção antes das filmagens serem concluídas, forçando Gordy usar sua secretária Edna Anderson como dublê de corpo para Ross. Enquanto um sucesso de bilheteira, o filme não foi bem recebido pela crítica: revisão da revista Time do filme castigou Gordy por "esbanjar um dos recursos mais naturais da América: Diana Ross"
Ross atingiu o topo das paradas de sucesso por duas vezes em 1976, com ‘’Theme From Mahogany (Do You Know Where You're Going To)’’ e um single Disco, ‘’Love Hangover’’. Uma terceira versão do single, ‘’I Thought It Took a Little Time (But Today I Fell in Love)’’, também teve um sucesso considerável desse álbum. O sucesso desses singles fez seu álbum de 1976, ‘’Diana Ross’’, seu quarto LP para alcançar o Top 10. Em 1977, Sua perfomance em "A Night With Diana Ross", lhe valeu um prêmio Tony especial por suas atuações no Palace Theater, na Broadway. As apresentações foram gravadas em Los Angeles, no Teatro Ahmanson e lançado como um álbum ao vivo com o mesmo nome. Uma versão remontada do show se tornou um especial de televisão da NBC, incluindo uma cena dramática em que Diana Ross retratava Josephine Baker, Ethel Waters e Bessie Smith, em especial de make-up, criado por Stan Winston, para completar as ilusões.
De 1976 a 1980, gravou também sucessos em estilo disco, como Love Hangover (1976); What You Gave Me (1978), The Boss e It's My House (1979), de Ashford & Simpson; e Upside Down, I'm Coming Out e My Old Piano (da dupla Nile Rodgers e Bernard Edwards). Em 1981, fez um dueto romântico com Lionel Richie em Endless Love, que foi seu último sucesso pela gravadora Motown. Posteriormente assinou com as gravadoras RCA, para lançamento de seus álbuns nos EUA e EMI, para lançamento dos mesmos álbuns no resto do mundo. Depois de uma queda em vendagem em meados dos anos oitenta, retornou à Motown.
Em 1985, Barry Gibb dos Bee Gees produziu para Diana o álbum "Eaten Alive", contando com a participação de Michael Jackson na faixa de mesmo nome. Além desse hit, o disco trouxe também músicas que se tornaram sucessos como "Chain Reaction" e "Experience", todas com a participação de Barry nos backing vocals.
Foi nos anos oitentas também, que Diana gravou uma de suas melhores músicas, Missing You, em homenagem ao seu amigo Marvin Gaye, assassinado pelo pai na véspera de seu aniversário de 45 anos.
Diana teve duas filhas com o divulgador musical Robert Ellis Silberstein, dois filhos com o executivo norueguês Arne Næss Jr. (morto em 2000) e uma filha com o fundador da Motown, Berry Gordy. No início de 2004, foi presa ao ser apanhada dirigindo embriagada e em contramão. Já em 2003 tinha sido internada numa clínica para dependentes de álcool e drogas.
Diana Ross é uma diva lendária. Ela é, sem sombra de dúvida, uma das maiores inspirações para todas as cantoras de R&B.
Ela foi incluída no testamento de seu amigo Michael Jackson, com a função da guarda dos seus filhos na ausência de Katherine Jackson, mãe de Michael. Esse facto foi questionado pela imprensa, mas Diana era considerada a segunda mãe de Michael e por isso ele sempre a teve em grande consideração.