segunda-feira, dezembro 01, 2025

Tyler Joseph, o vocalista dos Twenty One Pilots, faz hoje 37 anos

Tyler num show de Twenty One Pilots, em Munique, em 2016

 

Tyler Robert Joseph (Columbus, 1 de dezembro de 1988) é um cantor, compositor, multi-instrumentista, produtor de discos e rapper norte-americano. Tyler é o vocalista do duo musical Twenty One Pilots.

 

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in Wikipédia

 

Zoë Kravitz - 37 anos

   

Zoë Isabella Kravitz (Los Angeles, 1 de dezembro de 1988) é uma atriz, modelo e cantora norte-americana. É filha do cantor Lenny Kravitz e da atriz Lisa Bonet.  


O Eurotúnel faz hoje 35 anos...!

Mapa indicando o trajeto do Eurotúnel sob o Canal da Mancha
   
O Eurotúnel (em inglês: Channel Tunnel; em francês: Tunnel sous la Manche) é um túnel ferroviário de 50,5 quilómetros de extensão que liga Folkestone, Kent, no Reino Unido, com Coquelles, em Pas-de-Calais, perto de Calais, no norte da França, sob o Canal da Mancha, no Estreito de Dover. No seu ponto mais baixo, atinge 75 metros de profundidade. Com um trecho submerso de 37,9 km, o túnel tem a parte submarina mais longa do que a de qualquer outro túnel do mundo, embora o Túnel Seikan, no Japão, seja mais longo (53,85 km) e mais profundo (240 metros).
O túnel leva os comboios de passageiros Eurostar, de alta velocidade, o veículo de transporte de cargas roll-on/roll-off Eurotunnel Shuttle, o maior do mundo, e comboios de transporte ferroviário internacional.
As primeiras ideias de uma ligação fixa através do canal apareceram em 1802, mas a pressão da política e da imprensa britânicas sobre a questão da segurança nacional paralisou as tentativas de construção de um túnel. O eventual sucesso do projeto, organizado pela Eurotunnel, começou com construção em 1988 e com a inauguração, em maio de 1994. Com o custo de 4,650 mil milhões de libras esterlinas, o projeto superou em 80% o orçamento previsto inicialmente. Desde a sua construção, o túnel tem enfrentado vários problemas: incêndios e tempo frio já chegaram a interromper a operação do túnel. Os imigrantes ilegais e requerentes de asilo têm tentado usar o túnel para entrar no Reino Unido, havendo, inclusive, mortes nessas travessias.
Secção-tipo do Túnel da Mancha
   
O encontro dos dois túneis, 40 metros abaixo do solo do Canal da Mancha, em 1 de dezembro de 1990, num crossover (passagens que permitem passar de um túnel para outro), tornou possível caminhar em terra seca da Inglaterra à Europa pela primeira vez desde o fim da última glaciação. Os britânicos e franceses, usando métodos de cálculo e pesquisa a laser, encontraram-se com menos de 2 cm de erro.
O túnel foi oficialmente inaugurado pela rainha Isabel II e pelo presidente François Mitterrand a 4 de maio de 1994.
  
Mapa geológico do túnel
     

Madame Tussaud nasceu há 264 anos

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/81/Madame_Tussaud,_age_42.jpg/220px-Madame_Tussaud,_age_42.jpg 

Madame Tussaud "at the age of 42, when she left France for England". Portrait study (1921) by John Theodore Tussaud.   

 
Anna Maria Tussaud (née Grosholtz; Strasbourg, 1 December 1761 – London, 16 April 1850) was an artist known for her wax sculptures and Madame Tussaud's, the wax museum she founded in London.
   

Saudades de Pedro Tamen...

https://www.escritas.org/autores/pedro-tamen.webp?132727499894814246

 

O mar é longe

 

O mar é longe, mas somos nós o vento;
e a lembrança que tira, até ser ele,
é doutro e mesmo, é ar da tua boca
onde o silêncio pasce e a noite aceita.
Donde estás, que névoa me perturba
mais que não ver os olhos da manhã
com que tu mesma a vês e te convém?
Cabelos, dedos, sal e a longa pele,
onde se escondem a tua vida os dá;
e é com mãos solenes, fugitivas,
que te recolho viva e me concedo
a hora em que as ondas se confundem
e nada é necessário ao pé do mar.

 

Pedro Tamen

Fernando Pessoa publicou há 91 anos a Mensagem...

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/ac/Mensagem_1934.jpg

Mensagem é o mais célebre dos livros do poeta português Fernando Pessoa, e o único que ele publicou em vida, se descontarmos os livros de poemas em inglês. Composto por 44 poemas, foi chamado pelo poeta de "livro pequeno de poemas". Publicado em 1934 pela Parceria António Maria Pereira, o livro foi contemplado no mesmo ano com o Prémio Antero de Quental, na categoria de «poema ou poesia solta», do Secretariado da Propaganda Nacional, dirigido por António Ferro, o jovem editor de Orpheu, revista trimestral de literatura, de que saíram 2 números em 1915.

Publicada apenas um ano antes da morte do autor, a obra trata do glorioso passado de Portugal de forma apológica e tenta encontrar um sentido para a antiga grandeza e a decadência existente na época em que o livro foi escrito. Glorifica acima de tudo o estilo camoniano e o valor simbólico dos heróis do passado, como os descobrimentos portugueses. É apontando as virtudes portuguesas que Fernando Pessoa acredita que o país deva se "regenerar", ou seja, tornar-se grande como foi no passado através da valorização cultural da nação. O poema mais famoso do livro é Mar Português.

O título original do livro era Portugal. Influenciado por um amigo, Pessoa considera "Mensagem" um título mais apropriado, pelo nome "Portugal" se encontrar "prostituído" no mais comum dos produtos. Pessoa constrói a palavra "mensagem" a partir da expressão latina: Mens agitat molem, isto é, "A mente move a matéria", frase da história de Eneida, de Virgílio, dita pela personagem Anquises quando explica a Enéias o sistema do Universo. Pessoa não utiliza o sentido original da frase, que denotava a existência de um princípio universal de onde emanavam todos os seres.

Segundo uma carta datada de 13 de janeiro de 1935 a Adolfo Casais Monteiro, Mensagem foi o primeiro livro que o poeta conseguiu completar. Pessoa mesmo explica que esse facto demonstra o porquê de não ter publicado outro livro como a prosa de um de seus heterónimos ou a poesia em seu próprio nome.

Numa carta de 1932 de Pessoa a João Gaspar Simões, o seu primeiro biógrafo, vemos que a intenção do poeta era publicar primeiramente a Mensagem para somente mais tarde divulgar outras obras como o Livro do Desassossego, do semi-heterónimo Bernardo Soares, e a poesia dos heterónimos.

Foi publicado primeiramente a 1 de dezembro de 1934, com edição da Parceria António Maria Pereira, em Lisboa. A segunda edição, de 1941, possui correções feitas por Pessoa à primeira edição e foi editada pela Agência Geral das Colónias.

Um mês após a sua primeira publicação, ganhou o prémio na segunda categoria do Secretariado de Propaganda Nacional (SPN) que o premiou com o mesmo valor em dinheiro da primeira categoria.



NOTA: para uma melhor compreensão desta Opus Magna da literatura portuguesa, três sugestões:

 

NEVOEIRO

 

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,

Define com perfil e ser

Este fulgor baço da terra

Que é Portugal a entristecer —

Brilho sem luz e sem arder

Como o que o fogo-fátuo encerra.

Ninguém sabe que coisa quer.

Ninguém conhece que alma tem,

Nem o que é mal nem o que é bem.

(Que ânsia distante perto chora?)

Tudo é incerto e derradeiro.

Tudo é disperso, nada é inteiro.

Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

É a hora!

                                 Valete, Fratres.

 

O incidente que originou o boicote aos autocarros de Montgomery foi há setenta anos

O autocarro da National City Lines no qual Rosa Parks estava a viajar antes de ser presa
     
O boicote aos autocarros de Montgomery foi um boicote político e social, realizado entre 1955 e 1956 na cidade de Montgomery, Alabama, com o objetivo de se opor à política de segregação racial vigente nos transportes públicos da cidade. Estiveram envolvidos no movimento muitas pessoas conhecidas, tais como Martin Luther King Jr., Rosa Parks e outros. O movimento causou déficits elevados no sistema de transporte público de Montgomery, por causa duma grande percentagem de pessoas que usavam o transporte público terem deixado de usá-lo. O esforço estendeu-se de 1 de dezembro de 1955 a 20 de dezembro de 1956 e levou a uma decisão da Supremo Tribunal dos Estados Unidos que declarou inconstitucionais as exigências legais de segregação nos autocarros no estado do Alabama e na cidade de Montgomery .
    
Método de segregação nos autocarros de Montgomery
Sob o sistema de segregação nos autocarros de Montgomery, os brancos que entrassem no veículo sentavam-se na parte da frente do autocarros, preenchendo-o em direção ao fundo. Os negros que entrassem no autocarros deviam sentar-se no fundo, preenchendo os lugares em direção à parte frontal do veículo. Quando os dois grupos se encontrassem e não houvesse mais lugares disponíveis, exigia-se que o negro que entrasse depois ficasse em pé. Se uma outra pessoa branca entrasse no autocarro, um negro que se sentasse no lugar mais à frente do veículo teria de se levantar para dar lugar ao branco, permitindo a expansão do espaço destinado aos brancos.
    
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O incidente com Rosa Parks
Rosa Parks nasceu em 4 de fevereiro de 1913, em Tuskgee, Alabama. Era costureira, trabalhava como secretária para a seção local da NAACP e estava grávida quando foi para a paragem de autocarros. Logo após a sua prisão, em 1 de dezembro de 1955, Rosa havia completado um curso de "Relações Raciais" na Highlander Folk School no Tennessee, no qual a desobediência civil não violenta foi discutida como tática.
Na quinta-feira, 1 de dezembro de 1955, Rosa Parks estava sentada na fileira mais à frente destinada às pessoas negras. Quando um homem branco entrou no veículo, o motorista James F. Blake, disse a todos na fileira na qual ela estava que se movessem para trás para criar uma nova fileira para os brancos. Ao mesmo tempo em que todos os outros negros na fila cumpriram o determinado, Rosa recusou-se e foi presa por desobedecer à ordem do motorista, pois embora a legislação municipal não determinasse explicitamente a segregação, dava poder discricionário ao motorista para determinar os lugares dentro do veículo.
Declarada culpada em 5 de dezembro, Rosa Parks foi multada em 10 dólares, mais as custas judiciais de 4 dólares, punição da qual recorreu. O boicote foi desencadeado pela prisão de Rosa e, como consequência, Rosa Parks é considerada uma pioneira do Movimento dos Direitos Civis nos Estados Unidos.
      

Hoje é o Dia Mundial de Luta Contra a Sida...

 
O Dia Mundial de Luta Contra a Sida, internacionalmente definido como o dia 1 de dezembro, é uma data voltada para que o mundo una forças para a consciencialização sobre a Síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA). Desde o final dos anos 80, tal dia vigora no calendário de milhares de pessoas ao redor do mundo.

É um dos 8 dias mundiais relacionados com a saúde que é celebrado a nível global (Dia Mundial da Saúde, Dia Mundial do Dador de Órgãos, Dia Mundial da Imunização, Dia Mundial da Tuberculose, Dia Mundial sem Tabaco, Dia Mundial da Malária e Dia Mundial contra Hepatite). A entidade responsável é Organização Mundial de Saúde

 

Música para celebrar a chegada do mês do Natal e dos feriados...!

Liberdade...!


O Duque de Bragança - Peter Paul Rubens

 

Liberté
   
  
Sur mes cahiers d’écolier
Sur mon pupitre et les arbres
Sur le sable de neige
J’écris ton nom

Sur toutes les pages lues
Sur toutes les pages blanches
Pierre sang papier ou cendre
J’écris ton nom

Sur les images dorées
Sur les armes des guerriers
Sur la couronne des rois
J’écris ton nom

Sur la jungle et le désert
Sur les nids sur les genêts
Sur l’écho de mon enfance
J’écris ton nom

Sur les merveilles des nuits
Sur le pain blanc des journées
Sur les saisons fiancées
J’écris ton nom

Sur tous mes chiffons d’azur
Sur l’étang soleil moisi
Sur le lac lune vivante
J’écris ton nom

Sur les champs sur l’horizon
Sur les ailes des oiseaux
Et sur le moulin des ombres
J’écris ton nom

Sur chaque bouffées d’aurore
Sur la mer sur les bateaux
Sur la montagne démente
J’écris ton nom

Sur la mousse des nuages
Sur les sueurs de l’orage
Sur la pluie épaisse et fade
J’écris ton nom

Sur les formes scintillantes
Sur les cloches des couleurs
Sur la vérité physique
J’écris ton nom

Sur les sentiers éveillés
Sur les routes déployées
Sur les places qui débordent
J’écris ton nom

Sur la lampe qui s’allume
Sur la lampe qui s’éteint
Sur mes raisons réunies
J’écris ton nom

Sur le fruit coupé en deux
Du miroir et de ma chambre
Sur mon lit coquille vide
J’écris ton nom

Sur mon chien gourmand et tendre
Sur ses oreilles dressées
Sur sa patte maladroite
J’écris ton nom

Sur le tremplin de ma porte
Sur les objets familiers
Sur le flot du feu béni
J’écris ton nom

Sur toute chair accordée
Sur le front de mes amis
Sur chaque main qui se tend
J’écris ton nom

Sur la vitre des surprises
Sur les lèvres attendries
Bien au-dessus du silence
J’écris ton nom

Sur mes refuges détruits
Sur mes phares écroulés
Sur les murs de mon ennui
J’écris ton nom

Sur l’absence sans désir
Sur la solitude nue
Sur les marches de la mort
J’écris ton nom

Sur la santé revenue
Sur le risque disparu
Sur l’espoir sans souvenir
J’écris ton nom

Et par le pouvoir d’un mot
Je recommence ma vie
Je suis né pour te connaître
Pour te nommer

Liberté
   

 

in Poésies et vérités (1942) - Paul Eluard

Música para celebrar a chegada do último mês do ano...

domingo, novembro 30, 2025

Hoje celebrou-se o dia de Santo André, primeiro apóstolo e irmão de Simão Pedro...

Martírio de Santo André - Rubens (1638)

   

Santo André ou Santo André Apóstolo (Betsaida, Galileia, século I a.C., - Patras, 60 d.C.), conhecido na tradição ortodoxa como Protocletos (o "primeiro [a ser] chamado"), é um apóstolo cristão, irmão de São Pedro. O nome "André" (do grego "ανδρεία", andreía, "hombridade" ou "coragem"), como diversos outros nomes gregos, parece ter sido comum entre os judeus dos séculos III ou II a.C. Não se tem registo de qualquer nome hebraico ou aramaico seu.

De acordo com Hipólito de Roma, ele pregou na Trácia e sua presença em Bizâncio também é mencionada no apócrifo "Atos de André", escrito no século II. Esta diocese se desenvolverá e acabará por se tornar o Patriarcado de Constantinopla. André é, por isso, considerado como o seu fundador.
    
Evangelhos

O Novo Testamento regista que Santo André era irmão de S. Pedro, do que se pode concluir que ele também era filho de Jonas, ou João (Mateus 16:17; João 1:42). Nasceu em Betsaida, às margens do Mar da Galileia (João 1:44). Tanto ele quanto seu irmão Pedro eram pescadores, por profissão, e segundo a tradição, Jesus os teria chamado para serem seus discípulos, dizendo que faria deles "pescadores de homens". André também teria ocupado a mesma casa que Jesus, no início da vida pública deste, em Cafarnaum (Marcos 1:21-29).

O Evangelho segundo João conta que André era um discípulo de João Batista, cujo testemunho levou o próprio André e João, o Evangelista, a seguirem Jesus (João 1:35-40). André imediatamente reconheceu Jesus como o Messias, e apressou-se a apresentá-lo ao seu irmão (João 1:41). A partir daí os dois irmãos tornaram-se discípulos fiéis de Jesus. Numa ocasião posterior, antes da derradeira chamada ao apostolado, passaram a ser companheiros mais íntimos e abandonaram todos os seus pertences para seguir Jesus.

André é mencionado nos evangelhos como estando presente em diversas ocasiões de importância, como um dos discípulos mais próximos de Jesus (Marcos 13:3; João 6:8, João 12:22); os Atos dos Apóstolos apenas o mencionam uma única vez (Atos 1:13). 

  

 Padres da Igreja

Eusébio de Cesareia, citando Orígenes, conta que André pregou na Ásia Menor e na Cítia, ao longo do mar Negro, chegando até o rio Volga e Kiev - daí que se tenha tornado padroeiro da Roménia e da Rússia. De acordo com a tradição, teria fundado a sede de Bizâncio (Constantinopla), em 38, e instaurado Estácio como bispo. Esta diocese viria posteriormente a transformar-se no Patriarcado de Constantinopla, do qual André é reconhecido como santo padroeiro.

André teria sofrido o martírio através da crucificação, em Patras (Patrae), na Acaia. Embora os textos mais antigos, como os Atos de André, mencionados por Gregório de Tours, descrevem que ele teria sido atado, e não pregado, a uma cruz latina, desenvolveu-se uma tradição de que André teria sido crucificado numa cruz do tipo conhecido como Crux decussata ("cruz em forma de 'x'"), comummente conhecida como "cruz de Santo André", e que isto teria sido feito a pedido dele próprio, que se julgava indigno de ser crucificado no mesmo tipo de cruz que havia sido usada para crucificar Cristo. A iconografia familiar de seu martírio, que mostra o apóstolo atado à cruz em forma de 'X', não parece ter sido padronizada até ao fim da Idade Média.
  
 
Macla em cruz de Santo André

Jesus Correia, o último dos Cinco Violinos, morreu há vinte e dois anos...

(imagem daqui)
   
António Jesus Correia, nascido a 3 de abril de 1924, em Paço de Arcos, foi um desportista de eleição, como houve poucos na história de Portugal. Versátil, jogou em simultâneo futebol e hóquei em patins. Era sem dúvida um desportista de dois amores, praticando ambas as modalidades ao mais alto nível.
No futebol, onde jogava a extremo-direito, fez parte dos famosos Cinco Violinos, conquistando para o Sporting Clube de Portugal cinco campeonatos nacionais e três taças de Portugal. No início de 1947 alcançou a estreia na Seleção Portuguesa de Futebol, onde jogou até 1952, com um total de 13 internacionalizações.
No hóquei, jogou no Paço de Arcos, onde foi oito vezes campeão nacional, entre 1942 e 1955. Para além de ser campeão nacional, somou ainda seis títulos mundiais.
Na época de 1952/53, quando tinha 28 anos, o Sporting quis ter o seu passe em exclusivo, pelo que Jesus Correia foi obrigado a optar entre o futebol e o hóquei em patins. Optou pelo hóquei, o seu primeiro amor, dizendo então adeus ao futebol de alta competição.
Foi um marco no desporto nacional, que ainda hoje inspira gerações. Morreu a 30 de novembro de 2003, quando era o último sobrevivente dos Cinco Violinos.
      
Troféu Cinco Violinos 2020 - Jogos, Classificações e Estatísticas
   
in Wikipédia

Porque um Poeta nunca morre...

 Fernando Pessoa e Brasília - Blog do Severino Francisco

 

GLÁDIO

   

                 A Alberto Da Cunha Dias

   

Deu-me Deus o Seu Gládio, porque eu faça

        A Sua santa guerra.

Sagrou-me Seu em génio e em desgraça

As horas em que um frio vento passa

        Por sobre a fria terra.

  

Pôs-me as mãos sobre os ombros e dourou‑me

        A fronte com o olhar:

E esta febre de Além, que me consome,

E este querer-justiça são Seu Nome

        Dentro em mim a vibrar.

  

E eu vou, e a luz do Gládio erguido dá

        Em minha face calma.

Cheio de Deus, não temo o que virá,

Pois, venha o que vier, nunca será

        Maior do que a minha Alma!

 

in Orpheu, nº 3 - Fernando Pessoa

Hoje é dia de ouvir música mexicana...

Porque hoje é preciso recordar um Poeta...

Retrato de Fernando Pessoa, 1954, óleo sobre tela de Almada Negreiros

 

Deus 

    

Às vezes sou o Deus que trago em mim 

E então eu sou o Deus e o crente e a prece 

E a imagem de marfim 

Em que esse deus se esquece. 

 

Às vezes não sou mais do que um ateu 

Desse deus meu que eu sou quando me exalto. 

Olho em mim todo um céu 

E é um mero oco céu alto. 

 

 

Fernando Pessoa

Hoje é dia de recordar um dia triste para a Poesia...

 

A ÚLTIMA NAU

 

Levando a bordo El-Rei D. Sebastião,

E erguendo, como um nome, alto o pendão

Do Império,

Foi-se a última nau, ao sol aziago

Erma, e entre choros de ânsia e de pressago

Mistério.

    

Não voltou mais. A que ilha indescoberta

Aportou? Voltará da sorte incerta

Que teve?

Deus guarda o corpo e a forma do futuro,

Mas Sua luz projecta-o, sonho escuro

E breve.

     

Ah, quanto mais ao povo a alma falta,

Mais a minha alma atlântica se exalta

E entorna,

E em mim, num mar que não tem tempo ou espaço.

Vejo entre a cerração teu vulto baço

Que torna.

       

Não sei a hora, mas sei que há a hora,

Demore-a Deus, chame-lhe a alma embora

Mistério.

Surges ao sol em mim, e a névoa finda:

A mesma, e trazes o pendão ainda

Do Império.

 

 

in Mensagem (1934) - Fernando Pessoa

A URSS e o seu ditador começaram uma operação militar especial na Finlândia há 86 anos...

Soldado finlandês com um cocktail molotov durante a Guerra de Inverno

A Guerra de Inverno, também conhecida como a Guerra Soviético-Finlandesa ou Guerra Russo-Finlandesa, começou quando a União Soviética atacou a Finlândia, a 30 de novembro de 1939, três meses após o início da II Guerra Mundial. O conflito arrastou-se até 12 de março de 1940, quando um tratado de paz foi assinado, cedendo 10% do território finlandês, e 20% da sua capacidade industrial, à União Soviética.
O motivo dos soviéticos não terem vencido tão facilmente, como previam, deve-se, por um lado, às purgas de 1937 no comando do Exército Vermelho e à falta de espírito de luta dos atacantes, e, por outro lado, ao êxito da resistência finlandesa, liderada pelo marechal Mannerheim.
   
(...)
    
Tratado de Paz
No Tratado de Paz de Moscovo, de 12 de março, a Finlândia foi forçada a ceder a parte finlandesa de Carélia. O território incluía a cidade de Viipuri (a segunda maior cidade do país), muito do território industrializado da Finlândia, e partes significantes ainda protegidas pelo exército finlandês: quase 10% do pré-guerra finlandês. Alguns 442.000 carelianos, 12% da população da Finlândia, perderam as suas casas. Militares e civis foram rapidamente evacuados, devido aos termos do tratado, e apenas alguns civis escolheram ficar sob a governação soviética.
A Finlândia teve também de ceder uma parte da área de Salla, península de Kalastajansaarento no mar de Barents e quatro ilhas no golfo da Finlândia. A península de Hanko foi também emprestada à União Soviética, como uma base militar, por 30 anos.
Os termos de paz foram duros para a Finlândia, ainda mais porque os soviéticos receberam a cidade de Viipuri, além das suas exigências pré-guerra. Nem a simpatia por parte da Liga das Nações, aliados ocidentais e dos suecos em particular, parece ter sido de grande ajuda aos finlandeses.
Apenas um ano mais tarde as hostilidades continuaram, na Guerra da Continuação.
 
Perdas territoriais iniciais da Finlândia
   

Zé Pedro para sempre...

Música de aniversariante de hoje...!