O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Filho do magistrado Emiliano Fagundes Varella e de Emília de Andrade, ambos de ricas famílias cariocas.
Poeta romântico e boémio inveterado, Fagundes Varella foi um dos maiores expoentes da poesia brasileira, em seu tempo. Tendo ingressado no curso de Direito (e frequentado a Faculdade de Direito de São Paulo e a Faculdade de Direito do Recife), abandonou o curso no quarto ano. Foi a transição entre a segunda e a terceira geração romântica.
Diria, reafirmando sua vocação exclusiva para a arte, no poema "Mimosa", na boca duma personagem: "Não sirvo para doutor"...
Casando-se muito novo (aos vinte e um anos) com Alice Guilhermina
Luande, filha de dono de um circo, teve um filho que veio a morrer aos
três meses. Este facto inspirou-lhe o poema "Cântico do Calvário", expressão máxima de seus versos, tão jovem ainda. Sobre estes versos, analisou Manuel Bandeira:
"...uma das mais belas e
sentidas nênias da poesia em língua portuguesa. Nela, pela força do
sentimento sincero, o Poeta atingiu aos vinte anos uma altura que, não
igualada depois, permaneceu como um cimo isolado em toda a sua poesia."
Casou-se novamente com uma prima - Maria Belisária de Brito Lambert,
sendo novamente pai de duas meninas e um menino, também falecido
prematuramente.
Embriagando-se e escrevendo, faleceu ainda jovem, vivendo à custa do
pai, passando boa parte do tempo no campo, seu ambiente predileto.
Pelas rosas, pelos lírios,
Pelas abelhas, sinhá,
Pelas notas mais chorosas
Do canto do sabiá,
Pelo cálice de angústias
Da flor do maracujá!
Pelo jasmim, pelo goivo,
Pelo agreste manacá,
Pelas gotas do sereno
Nas folhas de gravatá,
Pela coroa de espinhos
Da flor do maracujá!
Pelas tranças da mãe-d'água
Que junto da fonte está,
Pelos colibris que brincam
Nas alvas plumas do ubá,
Pelos cravos desenhados
Na flor do maracujá!
Pelas azuis borboletas
Que descem do Panamá,
Pelos tesouros ocultos
Nas minas do Sincorá,
Pelas chagas roxeadas
Da flor do maracujá!
Pelo mar, pelo deserto,
Pelas montanhas, sinhá!
Pelas florestas imensas
Que falam de Jeová!
Pela lança ensanguentada
Da flor do maracujá!
Por tudo o que o céu revela!
Por tudo o que a terra dá
Eu te juro que minh'alma
De tua alma escrava está!...
Guarda contigo esse emblema
Da flor do maracujá!
Não se enojem teus ouvidos
De tantas rimas em — a —
Mas ouve meus juramentos,
Meus cantos ouve, sinhá!
Te peço pelos mistérios
Da flor do maracujá!
Apaixonou-se pelo automobilismo com apenas dez anos de idade, quando assistiu no circuito de Bolonha a corrida de carros de 1908. Enzo Ferrari trabalhou como mecânico até ao início da Primeira Guerra Mundial, altura em que entrou na Contruzioni Mecaniche National, como piloto de testes. Aos 21 anos tentou trabalhar na Fiat, mas foi recusado. Pouco depois ingressou na Alfa Romeo, mas desta vez como piloto. Criou a Scuderia Ferrari no ano de 1925, em Módena, mas durante a Segunda Guerra Mundial viu-se obrigado a transferir a fábrica de automóveis para Maranello, a dezoito quilómetros de Módena. Depois da Segunda Guerra Mundial, a Ferrari ganhou dois títulos mundiais em 1952 e 1953.
Alfredino Ferrari, filho de Enzo, morreu em 1956, aos 26 anos, sofrendo de distrofia muscular progressiva, o que fez que Enzo se tornasse uma pessoa amarga. Desde então Enzo
nunca mais voltou a pisar uma pista de corrida e passou a usar os seus inseparáveis
óculos escuros.
Autodidata em mecânica, recebeu em 1960, da Universidade de Bolonha, o título de Doutor "honoris causa" em engenharia, e mais tarde, em física. Recebeu do governo italiano o título de comendador.
Os últimos sucessos da sua equipa de Fórmula 1 que viu foram os títulos
de Jody Scheckter, em 1979, e o título de construtores da Ferrari, em 1983
O último carro da marca fundada pelo comendador que ele aprovou em
vida, foi o lendário F40 de 1987. Enzo gostou tanto do carro que
proferiu a seguinte e famosa frase: "Se Deus fosse um carro, seria uma
F40".
Poeta possuidor de uma rara espontaneidade, de um apurado sentido filosófico
e notável pela «capacidade de expressão sintética de conceitos com
conteúdo de pensamento moral», António Aleixo tinha por motivos de
inspiração desde as brincadeiras dirigidas aos amigos até à crítica
sofrida das injustiças da vida. É notável em sua poesia a expressão
concisa e original de uma "amarga filosofia, aprendida na escola
impiedosa da vida".
A sua conhecida obra poética é uma parte mínima de um vasto repertório
literário. O poeta, que escrevia sempre usando a métrica mais comum na
língua portuguesa (heptassílabos, em pequenas composições de quatro
versos, conhecidas como "quadras" ou "trovas"), nunca teve a
preocupação de registar suas composições. Foi o trabalho de Joaquim de Magalhães, que se dedicou a compilar os versos que eram ditados pelo poeta no intuito de compor o primeiro volume de suas poesias (Quando Começo a Cantar),
com o posterior registo do próprio poeta tendo o incentivo daquele
mesmo professor, a obra de António Aleixo adquiriu algum trabalho
documentado. Antes de Magalhães, contudo, alguns amigos do poeta
lançaram folhetos avulsos com quadras por ele compostas, mais no
intuito, à época, de angariar algum dinheiro que ajudasse o poeta na sua
situação de miséria que com a intenção maior de permanência da obra na
forma escrita.
Estudiosos de António Aleixo ainda conjugam esforços no sentido de
reunir o seu espólio, que ainda se encontra fragmentado por vários
pontos do Algarve,
algum dele já localizado. Sabe-se também que vários cadernos seus de
poesia, foram cremados como meio de defesa contra o vírus infeccioso da
doença que o vitimou, sem dúvida, um «sacrifício» impensado, levado a
cabo pelo desconhecimento de seus vizinhos. Foi esta uma perda
irreparável de um património insubstituível no vasto mundo da literatura
portuguesa.
A opinião pública e reconhecidos amigos
A partir da descoberta de Joaquim de Magalhães, o grande responsável
por "passar a limpo" e registar a obra do poeta, António Aleixo passou a
ser apreciado por inúmeras figuras da sociedade e do meio cultural
algarvio. Também é digno de registo José Rosa Madeira, que o protegeu,
divulgou e coleccionou os seus escritos, contribuindo no lançamento do
primeiro livro, "Quando Começo a Cantar" (1943), editado pelo Círculo Cultural do Algarve.
A opinião pública aceitou a primeira obra de António Aleixo com bom
agrado, tendo sido bem acolhida pela crítica. Com uma tiragem de cerca
de 1.100 exemplares, o livro esgotou-se em poucos dias, o que
proporcionou ao Poeta Aleixo uma pequena melhoria de vida, contudo
ensombrada pela morte de uma filha sua, com tuberculose.
Desta mesma doença viria o poeta a sofrer pelos tratamentos que a vida
lhe foi impondo, tendo de ser internado no Hospital–Sanatório dos
Covões, em Coimbra, a 28 de junho de 1943.
Em Coimbra
começa uma nova era para o poeta, que descobre novas amizades e
deleita-se com novos admiradores, que reconhecem o seu talento, de
destacar o Dr. Armando Gonçalves, o escritor Miguel Torga, e António Santos (Tóssan),
artista plástico e autor da mais conhecida imagem do poeta algarvio,
amigo do poeta que nunca o desamparou nas horas difíceis. Os seus
últimos anos de vida foram passados, ora no sanatório em Coimbra, ora no Algarve, em Loulé.
A 27 de maio de 1944 recebeu o grau de Oficial da Ordem do Mérito.
Porque o povo diz verdades, Tremem de medo os tiranos, Pressentindo a derrocada Da grande prisão sem grades Onde há já milhares de anos A razão vive enjaulada. Vem perto o fim do capricho Dessa nobreza postiça, Irmã gémea da preguiça, Mais asquerosa que o lixo. Já o escravo se convence A lutar por sua prol Já sabe que lhe pertence No mundo um lugar ao sol. Do céu não se quer lembrar, Já não se deixa roubar, Por medo ao tal satanás, Já não adora bonecos Que, se os fazem em canecos, Nem dão estrume capaz. Mostra-lhe o saber moderno Que levou a vida inteira Preso àquela ratoeira Que há entre o céu e o inferno.
in Este Livro que Vos Deixo (1969) - António Aleixo
A nomeação da Síndrome de Asperger em sua homenagem gera
grande controvérsia, após a descobertas de que Hans Asperger esteve
fortemente envolvido com o regime nazi e enviou, pelo menos, duas crianças com deficiência para a "clínica Spiegelgrund", sabendo que seriam utilizadas em experiências cruéis e provável eutanásia, sob o programa eugenista nazi denomeado "Aktion T4".
Oppenheimer nasceu no seio de uma família judia. Estudou na Ethical Culture Society, onde chegou a realizar uma formação completa, tanto em matemáticas e ciências como em literaturagrega e francesa.
No princípio centrou sua atenção nos processos energéticos das partículas subatómicas, incluídos os eletrões, positrões e raios cósmicos. Cedo se envolveu em assuntos políticos, preocupado pelo auge dos nazis na Alemanha. Em 1936 mostrou ser partidário dos republicanos, depois do início da guerra civil espanhola.
Ao herdar a fortuna do pai, falecido em 1937, não perdeu nenhuma
oportunidade de subvencionar diversas organizações antifascistas.
Dececionado pelo comportamento dispensado aos cientistas pela ditadura
estalinista, acabou por separar-se das associações comunistas a que esteve vinculado. Em 1939 Albert Einstein e Leo Szilard advertiram-no a respeito da terrível ameaça que tinha suposto para a humanidade sobre a possibilidade de que o regime nazi
fosse o primeiro a dispor de uma bomba atómica. Oppenheimer começou
então a pesquisar tenazmente sobre o processo de obtenção de urânio-235, a partir de minerais de urânio, ao mesmo tempo que determinava a massa crítica de urânio requerida para a bomba.
Em 1942 integrou o Projeto Manhattan, destinado a gerir a investigação e o desenvolvimento por parte de cientistasbritânicos e norte-americanos da energia nuclear
com fins militares. A sede central, o laboratório secreto de Los
Alamos, no Novo México, foi escolhida pelo próprio Oppenheimer. Depois do
sucesso da prova efetuada em Alamogordo, em 1945, demitiu-se de
diretor do projeto.
Dois anos depois foi eleito presidente da Comissão para a Energia
Atómica do país, cargo que exerceu até 1952. Um ano mais tarde,
devido a sua antiga vinculação com os comunistas, foi vítima da caça às bruxas de McCarthy, e foi destituído da presidência da comissão. Participou da 8ª e 10ª Conferência de Solvay, e foi presidente da 13ª conferência, em 1964.
Os últimos anos de sua vida foram dedicados à reflexão sobre os problemas surgidos da relação entre a ciência e a sociedade. Morreu, de cancro na garganta, aos 62 anos de idade.
O papa João Paulo II, em 1982,
indicou para a sua festa litúrgica o dia da sua morte e dois anos
depois, o mesmo pontífice declarou-o "Padroeiro Universal dos
Artistas".
Biografia
É também chamado Beato Angelico, fra Giovanni ou fra Giovanni da Fiesole (fra é italiano para frei) por ter ingressado primeiro na Congregação de São Nicolau, em 1417, e passados três anos no convento dominicano de Fiesole.
Guido di Pietro, ou Guidolino "da Pietro" (i.e., filho de Pietro), porém, foi o seu nome de batismo.
Ao ingressar no convento já tinha recebido treinamento artístico. Entre 1409 e 1418 foi exilado, com o resto da comunidade, por se oporem ao Papa Alexandre V. Em 1436 ele e a comunidade deslocaram-se para o convento de São Marcos, em Florença, onde começou a pintar as paredes. Em 1447 e 1448 esteve em Roma, e de novo em 1452, trabalhando na corte do papa, decorando as paredes da capela do Papa Nicolau V, no Vaticano e aceitando encomendas em Orvieto. Prior do Convento de Fiesole entre 1448 e 1450, continuou a trabalhar em Roma e Florença.
Supõe-se que estudou a arte da iluminura com Lorenzo Monaco, cultivador do estilo gótico internacional. Influenciado por Gentile da Fabriano, e por Lorenzo Ghiberti, Fra Angelico adotou novas formas da Renascença em seus afrescos
e nos painéis, desenvolvendo um estilo único, caracterizado por cores
suaves, claras, formas elegantes, composições muito contrabalançadas.
Acrescenta a sua linguagem pictórica as contribuições de Masaccio,
enriquecidas com um achado genial: o uso da luz com uma intenção nada
naturalista mas estética, expressa através de um uso inteligente da
cor. A sua pintura, essencialmente religiosa, está dominada por um
espírito contemplativo, pois concebe a pintura como uma espécie de
oração. Os seus temas mais frequentes e característicos são a Virgem
com o Menino, a coroação da Virgem e a Anunciação. Nas suas
representações do paraíso, pinta com dedicação e amor franciscanos
flores e ervas dos prados por onde caminham os escolhidos. Uma das suas
obras de mais substância é «A Descida», em que se presta mais atenção
à veneração e amor dos santos que ao sofrimento de Cristo.
Do ponto de vista técnico, Fra Angélico parte do gosto preciosista e
delicado do gótico internacional, enriquecido com o interesse pela
perspetiva característico da época. Insiste mais na linha que na cor.
Pelos seus temas, pelo seu tratamento da natureza, pela sua
incorporação da arquitetura, é inequivocamente renascentista. Pinta
frequentemente em colaboração com os seus discípulos.
Em suas pinturas também expressa o sentimento interior das pessoas, como na obra O Juízo Final,
Fra Angelico tenta expressar o amargo e a alegria numa sintonia de
cores vivas saindo do padrão Medieval que era voltado somente a Deus e
entrando no Renascimento que era voltado ao homem.
A maior parte das suas obras conservam-se no claustro, nas celas e nas
salas do mencionado Convento de S. Marcos, cujas paredes mostram
murais com cenas e figuras religiosas («Dois Dominicanos Atendendo
Jesus Peregrino», «S. Pedro Mártir»). De entre os frescos da Capela Nicolina, a capela do Papa Nicolau V no Vaticano, destacam-se «A Lenda da Santo Estêvão» e «A Lenda de S. Lourenço».
Entre as suas obras principais estão o "Retábulo da Madona", em
Perugia; a "Coroação da Virgem cercada por anjos músicos" (Louvre,
Paris); o "Cristo cercado de anjos, patriarcas, santos e mártires"
(National Gallery, Londres); a "Anunciação" (Prado, Madri); e o "Juízo
Final" (Galeria Nacional, Roma).
No dia 14 de novembro de 2006 foram encontrados mais dois painéis por ele pintados, perdidos há mais de duzentos anos, numa modesta casa em Oxford, na Inglaterra.
Adoração dos Reis Magos (National Gallery, Washington, DC.)
Lutero ensinava que a salvação não se consegue com boas ações, mas é um livre presente de Deus, recebida apenas pela graça, através da fé em Jesus
como único redentor do pecador. Apesar disso, em suas teses não negava a
necessidade da confissão, considerando-a necessária para o perdão da
falta A sua teologia desafiou a autoridade papal na Igreja Católica Romana, pois ele ensinava que a Bíblia
é a única fonte de conhecimento divinamente revelada e opôs-se ao
sacerdotalismo, por considerar todos os cristãos batizados como um
sacerdócio santo. Aqueles que se identificavam com os ensinamentos de
Lutero eram chamados luteranos.
A sua tradução da Bíblia para o alemão, que não o latim, fez o livro mais acessível, causando um impacto gigantesco na Igreja e
na cultura alemã. Promoveu um desenvolvimento de uma versão padrão da língua alemã, adicionando vários princípios à arte de traduzir, e influenciou a tradução para o inglês da Bíblia do Rei James. Os seus hinos influenciaram o desenvolvimento do ato de cantar em igrejas. O seu casamento, com Catarina von Bora, estabeleceu um modelo para a prática do casamento clerical, permitindo o matrimónio de sacerdotes protestantes.
Ele desenvolveu o seu trabalho artístico durante mais de setenta anos, entre Florença e Roma, onde viveram os seus grandes mecenas, a família Medici de Florença, e vários Papas. Iniciou-se como aprendiz dos irmãos David e Domenico Ghirlandaio
em Florença. Tendo o seu talento logo reconhecido, tornou-se um
protegido dos Medici, para quem realizou várias obras. Depois fixou-se
em Roma, onde deixou a maior parte das suas obras mais representativas. A sua carreira se desenvolveu na transição do Renascimento para o Maneirismo, e o seu estilo sintetizou influências da arte da antiguidade clássica, do primeiro Renascimento, dos ideais do Humanismo e do Neoplatonismo,
centrado na representação da figura humana e em especial no nu
masculino, que retratou com enorme pujança. Várias das suas criações
estão entre as mais célebres da arte do ocidente, destacando-se na
escultura o Baco, a Pietà, o David, os dois túmulos dos Medici e o Moisés; na pintura o vasto ciclo do teto da Capela Sistina e o Juízo Final no mesmo local, e dois afrescos na Capela Paulina; serviu como arquiteto da Basílica de São Pedro, implementando grandes reformas na sua estrutura e desenhando a cúpula, remodelou a praça do Capitólio romano e projetou diversos edifícios, e escreveu grande número de poesias.
Ainda em vida foi considerado o maior artista de seu tempo; chamavam-no de O Divino,
e ao longo dos séculos, até os dias de hoje, vem sendo tido na mais
alta conta, parte do reduzido grupo dos artistas de fama universal, de
facto como um dos maiores que já viveram e como o protótipo do génio. Miguel Ângelo foi um dos primeiros artistas ocidentais a ter sua
biografia publicada ainda em vida. A sua fama era tal que, como nenhum
artista anterior ou contemporâneo seu, sobrevivem registos numerosos
sobre a sua carreira e personalidade, e objetos que ele usara ou simples
esboços para as suas obras eram guardados como relíquias por uma legião de
admiradores. Para a posteridade Miguel Ângelo permanece como um dos
poucos artistas que foram capazes de expressar a experiência do belo, do trágico e do sublime numa dimensão cósmica e universal.
Alessandro Giuseppe Antonio Anastasio Volta nasceu e foi educado em Como, Ducado de Milão, onde se tornou professor de física na Escola Real em 1774. A sua paixão foi sempre o estudo da electricidade, e como um jovem estudante, ele escreve um poema em latim na sua nova fascinante descoberta. De vi attractiva ignis electrici ac phaenomenis inde pendentibus foi o seu primeiro livro científico. Apesar da sua genialidade desde jovem, começou a falar somente aos quatro anos de idade.
Em 1751, com seis anos de idade, foi encaminhado pela família para a
escola jesuítica, pois era de interesse familiar que seguisse uma
carreira eclesiástica, porém, em 1759, com catorze anos decidiu estudar
física, e dois anos depois abandonou a escola jesuítica e desistiu da
carreira eclesiástica. Em 1775 aprimorou o eletróforo, uma máquina que produz eletricidade estática.
Volta é habitualmente conhecido como o inventor dessa máquina, que foi, de facto, inventada três anos antes.
Após ler um ensaio de Benjamin Franklin sobre "ar inflamável", procurou-o cuidadosamente em Itália, até descobriu o metano.
Assim, em novembro de 1776, Volta encontrou metano no lago Maior e, em 1778, conseguiu isolar o metano.
Em 1779 tornou-se professor de física na Universidade de Pavia, posição que ocupou durante 25 anos.
Em 1794 Volta casa-se com Teresa Peregrini, filha do conde Ludovico Peregrini. O casal teve três filhos.
Em setembro de 1801 Volta viaja a Paris aceitando um convite do imperador Napoleão Bonaparte, para mostrar as características da sua invenção (a pilha) no Institut de France. Em honra ao seu trabalho no campo de eletricidade, Napoleão tornou-o conde em 1810.
Volta está enterrado na cidade de Como, Itália. O "Templo Voltiano", perto do lago de Como, é um museu devotado ao trabalho do físico italiano: os seus instrumentos e as publicações originais estão à mostra de todos.
Pilha de Volta
Volta e Galvani
Em 1800, como resultado de uma discórdia profissional sobre a resposta galvânica, defendida por Luigi Galvani
(segundo a qual, os metais produziriam eletricidade apenas em
contacto com tecido animal), Volta desenvolveu a primeira pilha
elétrica (comprovando que, para a produção de eletricidade, a
presença de tecido animal não era necessária), um predecessor das
bateria e pilhas elétricas.
Volta determinou que os melhores pares de metais dissimilares para a produção de eletricidade eram o zinco e a prata.
Inicialmente, Volta experimentou células individuais em série, cada célula era um cálice de vinho
cheio de salmoura na qual dois elétrodos dissimilares foram
mergulhados. A pilha elétrica substituiu o cálice com um cartão
embebido em salmoura. O número de células, e consequentemente, a tensão elétrica
que poderiam produzir, estava limitado pela pressão exercida pelas
células de cima, que espremiam toda a salmoura do cartão da célula de
baixo.
No período de 1800 a 1815, após a invenção da pilha, houve grande evolução da eletroquímica.
Homenagens póstumas
Em 1881, uma unidade elétrica fundamental, o volt, foi nomeada em homenagem a Volta. Volta aparecia nas antigas notas de dez mil liras italianas, hoje fora de circulação. Também, em sua homenagem, uma cratera lunar recebeu o seu nome.
A Batalha de Almoster (por vezes também referida como Batalha de Santa Maria ou da Ponte de Santa Maria) foi travada em 18 de fevereiro de 1834, saldando-se por uma vitória das tropas liberais, comandadas pelo Marechal Saldanha, sobre as chamadas tropas absolutistas, ou legitimistas, comandadas pelo General Lemos.
Santarém era o fulcro da guerra civil, mas o domínio da fação miguelista não existia apenas nesta cidade. Com efeito, apesar de várias vitórias liberais, no Norte as províncias de Trás-os-Montes, Minho e Beira Alta estavam ainda em poder de D. Miguel, que contava além disso com um vasto número de milícias que lhe eram fiéis no sul do País.
Foi então que Saldanha,
comandante das forças liberais, estabeleceu o plano de, sem deixar de
manter o cerco a Santarém, atacar com uma parte das suas tropas as
cidades de Leiria e Coimbra,
o que teria por efeito isolar os miguelistas que resistiam na capital
ribatejana. As tropas de Saldanha fizeram a sua junção, em Rio Maior, com as que ele mandara ir de Lisboa e, em 16 de Janeiro de 1834,
foi lançado, por dois lados, o ataque a Leiria. Vendo-se na iminência
de ficar com a retirada cortada, os miguelistas abandonaram sem demora o
Castelo de Leiria e tentaram refugiar-se em Coimbra. Seguidamente, nos primeiros dias de fevereiro, o General Póvoas, comandante das tropas miguelistas, pôs em execução um plano para atacar os liberais que ocupavam Pernes e os que cercavam Santarém.
Prevendo a possibilidade de tal tentativa, Saldanha tomou as
precauções necessárias, fazendo com que o plano segurasse. Póvoas
estabeleceu então novo projeto, que se baseava num ataque a Ponte de Asseca
- em poder dos liberais - a fim de abrir caminho para Lisboa, onde
deveria eclodir uma revolução miguelista. Dividindo-se em dois, no dia 18 de fevereiro
os miguelistas fizeram marchar as cerca de 4.000 soldados do general
Póvoas sobre Ponte de Asseca, embora sem efetuarem um ataque em larga
escala que lhes permitisse conquistar posições. O seu objetivo era
fazer uma manobra de diversão, para que fosse o General Lemos, que
enquanto isso avançava com entre 4.500 e 5.000 homens em direção a
Almoster e Santa Maria, a romper as linhas dos liberais. Estes viam-se
assim obrigados a estender a sua cortina defensiva, enfraquecendo-a.
Contudo, os comandados de Saldanha tinham a seu favor o facto de o
terreno por si ocupado ser extremamente difícil de conquistar, pois
formava um desfiladeiro estreito, entre colinas cobertas de mato denso.
Embora Saldanha viesse mais tarde a ficar com a fama de ter
compreendido desde logo os intuitos de Lemos, armando por isso uma
cilada aos miguelistas ao alegadamente permitir de forma deliberada que
estes subissem o desfiladeiro uma vez passada a ponte de Santa Maria,
tal teoria carece de qualquer fundamento tendo em conta os relatos da
batalha de Luz Soriano e de outras crónicas coevas, tais como a do Barão de Saint Pardoux (A Guerra Civil em Portugal 1833-1834). Segundo se depreende claramente da leitura de Luz Soriano
(op. cit., tomo V, pp. 219–23), os liberais limitaram-se a seguir os
movimentos dos miguelistas, respondendo-lhes apressadamente quando estes
decidiram avançar, tendo Saldanha, mesmo nessa altura, dado mostras de
grande indecisão.
Atacando então primeiro em campo aberto e, uma vez passada a
ponte, pelo desfiladeiro acima (sempre debaixo de fogo inimigo), a
infantaria miguelista foi conquistando terreno com grande bravura, mas à
custa de pesadas baixas. Assim perderam a vida o General Santa Clara, quando carregava o inimigo à frente das suas tropas, e o Brigadeiro Brassaget,
que prontamente o substituiu na vanguarda ao vê-lo cair. A sorte das
armas manteve-se indecisa até ao momento em que, "por iniciativa
própria", segundo Luz Soriano (op. cit., tomo V, p. 221), o coronel Queirós
vislumbrou a hipótese de atacar os miguelistas de flanco e, à frente
dos batalhões de caçadores nº 2 e nº 12, cortou-lhes a retirada para a
ponte de Santa Maria, ao passo que, com os regimentos de infantaria nº 3
e nº 6, ficando o nº 1 de reserva, o brigadeiro Brito lançava uma impetuosa carga à baioneta. Quanto a Saldanha, comandava pessoalmente Infantaria nº 1 - o mesmo regimento com que detivera com notável mestria, mais de 20 anos antes, a célebre carga do Buçaco - e manteve-se sempre na retaguarda.
Só nessa altura os soldados de D. Miguel compreenderam a terrível
situação em que se encontravam. Vendo a sua infantaria em riscos de ser
dizimada, o General Lemos ainda fez avançar a cavalaria, mas o Brigadeiro Bacon,
à cabeça dos experientes Lanceiros da Rainha (que, à semelhança do que
acontecia em todo o exército liberal, contavam com um assinalável número
de mercenários estrangeiros, veteranos de outras guerras), fez gorar
mais esse intento dos miguelistas. A derrota destes foi pesada, e as
suas perdas excederam um milhar de homens. No entanto, a forma como
retiraram foi, do ponto de vista militar, irrepreensível, o que evitou
um número de baixas ainda maior. Do lado liberal houve também baixas de
vulto a lamentar, tendo sido particularmente sentida a morte do Coronel
Miranda (Luz Soriano, op. cit., tomo V, p. 223).
Esta Batalha de Almoster significou, na opinião de muitos, o desmoronar das esperanças do irmão de D. Pedro IV de reconquistar Lisboa e, possivelmente, de vencer a guerra.
Kelly Groucutt (born Michael William Groucutt; Coseley, 8 September 1945 – Worcester, 19 February 2009) was an English musician, and bassist and occasional vocalist for the English rock band Electric Light Orchestra (ELO), between 1974 and 1983. He was born in Coseley, West Midlands.
Early career
Groucutt
began his musical career at 15 as Rikki Storm of Rikki Storm and the
Falcons. He sang with multiple outfits during the 1960s, picking up the
guitar as he went along. Groucutt was also a member of a band called "Sight and Sound", and later with a band called "Barefoot".
Electric Light Orchestra
While playing with Barefoot in Birmingham, he was spotted by ELO's Jeff Lynne; and after Lynne, Bev Bevan and Richard Tandy had watched him play, he was invited to join ELO, to replace Mike de Albuquerque, who had recently left the band.
Upon joining, he was asked to adopt a stage name because ELO had
already had several members named Michael, Mike or Mik; he chose Kelly
as being a school nickname. ELO then set off on their Eldorado tour. The first Electric Light Orchestra album to feature Kelly on bass guitar and as a backing vocalist was Face the Music
(1975). He assumed lead vocal duties on one or two album tracks
typically, and his vocals can be heard on later ELO songs, most
prominently on songs such as "Nightrider"
(1975), "Poker" (1975), "Above the Clouds" (1976), "Across the Border"
(1977), "Night in the City" (1977), "Sweet is the Night" (1977) and "The Diary of Horace Wimp" (1979). Groucutt often displayed his operatic vocal talents during live performances of "Rockaria!" (1976), though these were not performed in the studio.
Groucutt continued contributing on the albums A New World Record (1976), Out of the Blue (1977), Discovery (1979), Xanadu (1980), Time (1981), and the early sessions for Secret Messages (1983). By Discovery,
Groucutt's role in the band was reduced by Lynne from co-lead vocals to
backing vocals exclusively, as well as his duties on bass.
In 1982, he released his self-titled, debut solo album, Kelly. This album featured fellow ELO members Bev Bevan, Richard Tandy, Mik Kaminski and their orchestral co-arranger and conductor Louis Clark.[8] In 2001, the album was remastered for CD.
Groucutt remained with ELO until the onset of the recording sessions for the album Secret Messages
in 1982. It was at this juncture that he left the band, unhappy with
royalty payments during his tenure, and made the decision to sue
management and band leader Jeff Lynne.
A settlement for the sum of £300,000 (equivalent to £1,019,700 in 2019)
was reached out of court prior to proceedings. He is credited with
playing bass on Secret Messages, although the 2018 album liner notes state that he only played on four songs ("Train of Gold" and "Rock n Roll is King" from the single disc release and "No Way Out" and "Beatles Forever") from the original double album.
During the mid-to-late 1980s, Groucutt worked further on his solo career, including the We Love Animals EP in 1985 to benefit the RSPCA.
OrKestra
In the late 1980s, he and former band mate Mik Kaminski
formed the group OrKestra. The pair quickly became dissatisfied with
the poor promotion and record label the band received, especially as
their first album, Beyond The Dream was delayed. Though at least one song was ready for use in the 1989 film Summer Job,
the album itself was not released until 1991. By that point, Kaminski
and Groucutt, joined by fellow ELO member Hugh McDowell, had guest
starred in a tour with ELO Part II. In 1992, Groucutt and Kaminski both joined ELO Part II.
In 1993, the group's second album, Roll Over Beethoven was
released under the OrKestra name, though by that point the band was
seemingly defunct. It included more material from Groucutt and
Kaminski's tenure in the band. It is unknown if OrKestra continued on
after the two left.
ELO Part II and The Orchestra
During
his time in ELO Part II, Groucutt frequently shared lead vocal duties
with Neil Lockwood, Phil Bates, Peter Haycock, and Eric Troyer. However,
Haycock and Lockwood both left the band shortly after Groucutt's
arrival. When the group released Moment of Truth,
Groucutt contributed the song "The Fox", and co-wrote "Blue Violin" and
"Twist of the Knife". Groucutt also appeared on the live albums Performing ELO's Greatest Hits Live and One Night - Live in Australia.
While Groucutt was primarily the group's bassist, during some songs he would play guitar instead.
When Bev Bevan sold his half of the rights to ELO back to Jeff
Lynne in 1999, Groucutt chose to remain with the group. It was renamed The Orchestra,
in an attempt to get past Lynne's refusal to allow this group to bank
on the past reputation of Groucutt, Kaminski, and Clark. He again made
writing contributions to the group's next album, No Rewind, by co-writing the closing track, "Before We Go".
Personal life
Kelly
Groucutt was married twice. His first marriage produced three sons
(Christopher, Steven, and Robin) and a daughter (Jenny). The birth of
his fourth child was around the same time he began to depart from ELO.
In 2006, Groucutt wed Anna-Maria Bialaga. They remained married until his death.
Death
On 18
February 2009, Groucutt returned from a sell-out show with The Orchestra
in Berlin. He suffered a heart attack shortly after, and died on the
19th at the Royal Worcester Hospital in Worcester. His family held a
small, exclusive concert with members from The Orchestra in his memory.
After a successful crowdfunding campaign was held by his family, a
plaque commemorating Groucutt was placed at his childhood home, where
his family lived from 1937 to 1992.