sábado, novembro 05, 2016

Ike Turner nasceu há 85 anos


Ike Turner (Clarksdale5 de novembro de 1931 – San Marcos12 de dezembro de 2007) foi um músico instrumentistacantorcompositor e produtor musical norte-americano. Foi o primeiro a gravar a música "Rocket 88" como "Jackie Brenston and his Delta Cats," (na verdade Ike Turner & The Kings of Rhythm - Jackie Brenston, que assume os vocais nessa gravação, era saxofonista dessa banda) em 1951, que é considerada a "primeira canção de rock and roll". A música foi regravada por Bill Haley e a introdução de piano executada por Ike serviu de inspiração para Little Richard em Good Golly Miss Molly. Rocket 88 é umas das primeiras músicas a usar distorção ou guitarra fuzz, causada por um acidente no estúdio. Ao longo das décadas de 1960 e 1970, Ike formou, com a sua mulher, Tina Turner, a dupla Ike & Tina Turner, cujas apresentações, ao lado da sua banda, se notabilizaram pela enérgica e criativa mistura de soulrockrhythm and blues e outros estilos. Foi abandonado pela sua mulher, Tina Turner, devido as agressões físicas a que a submetia e pelo uso de drogas, principal causa da queda da carreira de Ike.


Art Garfunkel - 75 anos!

Art Garfunkel (QueensNova Iorque5 de novembro de 1941) é um cantor e ator norte-americano conhecido por, entre 1958 e 1970, ter formado com o seu amigo íntimo de infância, Paul Simon, que conheceu na escola, a dupla Simon & Garfunkel. Juntos, fizeram êxitos como The Boxer e Bridge over Troubled Water.


Gram Parsons nasceu há 70 anos!

Gram Parsons (WinterhavenFlórida5 de novembro de 1946 - Joshua TreeCalifórnia19 de setembro de 1973) foi um cantorcompositor e guitarrista norte-americano que trabalhou com bandas como The Byrds e Flying Burrito Brothers. É considerado um dos precursores do country rock (surgido em fins dos anos 1960) e do alt-country (anos1990). É também co-autor de clássicos como Hickory WindJuanitaSin City e In My Hour of Darkness. Ao invés decountry progressivocountry continental ou country-rock, rótulos dados pela imprensa, preferia definir sua música como cosmic American music, ou seja, música cósmica americana.

Jonny Greenwood, dos Radiohead, faz hoje 45 anos

Jonathan Richard Guy Greenwood (Oxford, 5 de novembro de 1971) é um músico da banda Radiohead. Foi considerado o 48º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone.
No grupo, atua com diversos instrumentos, como guitarra, teclados, percussão, sintetizadores, harmónica, xilofone, além de objetos não convencionais, como televisões e rádios. Inventa também novos instrumentos. Compôs "Life in a Glass House" e "The Tourist".
Estudou em Abingdon Boys School e Oxford Poly; iniciou a estudar Psicologia, mas abandonou o curso para dedicar-se à banda. É casado com Sharona Greenwood, de quem tem um filho. É daltónico e sofre também de síndrome do túnel cárpico, que o obriga a usar um aparelho no braço.

quarta-feira, novembro 02, 2016

k. d. lang - 55 anos!

k. d. lang (Edmonton, Alberta, 2 de novembro de 1961) é uma cantora canadiana vencedora de vários prémios Grammy. Embora tenha tido considerável êxito ao longo da sua carreira com temas como "Constant Craving" ou "Miss Chatelaine", foi o dueto com Roy Orbison, "Crying", que tornou a sua voz conhecida mundialmente.


terça-feira, novembro 01, 2016

Paulo Gonzo - 60 anos

(imagem daqui)
 
Alberto Ferreira Paulo (Lisboa, 1 de novembro de 1956), mais conhecido pelo nome artístico de Paulo Gonzo, é um conhecido cantor português.
  
Foi fundador do grupo Go Graal Blues Band. Com a banda grava discos como Go Graal Blues Band, White Traffic ou So Down Train.
Em 1984 começa uma carreira a solo, a par do seu trabalho na banda, lançando em 1986 o álbum My Desire apenas com covers.
Em 1992 resolve lançar o seu primeiro disco cantado em português, Pedras da Calçada onde se encontra uma primeira versão do tema Jardins Proibidos.
Em Novembro de 1993 é publicada a colectânea "My Best" com os seus maiores sucessos em inglês.
O álbum Fora d'Horas, com produção de Frank Darcel, é editado em 1995. O disco inclui letras de Pedro Abrunhosa ("Lugares" e "Acordar"), Rui Reininho e Pedro Malaquias. Outros convidados são Xavier «Tox» Geronimi, Zé Pedro, João Cabeleira, Nani Teixeira, Sapo e Gus Till. Leve Beijo Triste, Duas Manas e Heróis do Bar são outras das canções.
Nos Prémios Blitz 1995 vence o prémio de melhor voz masculina sendo também nomeado para melhor artista masculino.
Em 1997, Paulo Gonzo lança a compilação Quase Tudo que conseguiu a proeza de ser Sêxtupla Platina. Os maiores sucessos deste disco são uma nova versão de Jardins Proibidos com a participação de Olavo Bilac e Dei-te Quase Tudo.
Em 1998 é editado o álbum Suspeito com produção de Frank Darcel e com uma participação especial de James Cotton (ex-trompetista de Miles Davis). É continuada a parceria de Paulo Gonzo com o letrista Pedro Malaquias e com Rui Reininho (em Eco Aqui e na adaptação de These Foolish Things). Outros temas são Pagava P'ra Ver, Ser Suspeito e Fogo Preso. O disco atinge o galardão de Platina.
Ao Vivo Unplugged, gravado ao vivo nos Estúdios Valentim de Carvalho, é editado em 1999. O disco revisita uma grande parte do percurso a solo de Paulo Gonzo. Como convidados aparecem o pianista Bernardo Sassetti, Rui Reininho participa em Coisas Soltas, Tim participa na versão acústica de Chuva Dissolvente e Zé Pedro toca em Curva Fatal.
O álbum Mau Feitio, gravado na Bélgica, é editado em 2001. Tito Paris e African Voices são alguns dos convidados do disco.
Por ocasião do Campeonato do Mundo de Futebol da Coreia e Japão, de 2002, lança o single Mundial que também foi incluído na compilação oficial do Campeonato do Mundo de Futebol de 2002.
Em julho de 2003 é reeditado o disco Ao Vivo Unplugged com a inclusão de um DVD.
O álbum Paulo Gonzo é lançado em (2005). Em 2007 é lançado Paulo Gonzo ao Vivo no Coliseu e a compilação Perfil - Paulo Gonzo.
Em 2010 volta ao inglês com o disco By Request. Em 2011 lança o álbum Só Gestos.
O disco Duetos é lançado em 2013.
Atualmente dá a voz ao genérico musical da telenovela da SIC, "Amor Maior" em conjunto com a fadista Raquel Tavares. O tema é uma readaptação do tema de Jota Quest, uma banda brasileira, Amor Maior.
  
in Wikipédia
  

Nuno Álvares Pereira, hoje São Nuno de Santa Maria, morreu há 585 anos

Estátua em Flor da Rosa
 
D. Nuno Álvares Pereira, também conhecido como o Santo Condestável, Beato Nuno de Santa Maria, hoje São Nuno de Santa Maria, ou simplesmente Nun' Álvares (Paço do Bonjardim ou Flor da Rosa, 24 de junho de 1360Lisboa, 1 de novembro de 1431) foi um nobre e guerreiro português do século XIV que desempenhou um papel fundamental na crise de 1383-1385, onde Portugal jogou a sua independência contra Castela. Nuno Álvares Pereira foi também 2.º Condestável de Portugal, 38.º Mordomo-Mor do Reino, 7.º conde de Barcelos, 3.º conde de Ourém e 2.º conde de Arraiolos.
Camões, em sentido literal ou alegórico, explícito ou implícito, faz referência ao Condestável nada menos que 14 vezes em «Os Lusíadas», chamando-lhe o "forte Nuno" e logo no primeiro canto (12ª estrofe) é evocada a figura de São Nuno, ao dizer "por estes vos darei um Nuno fero, que fez ao Rei e ao Reino um tal serviço".
Uma escultura sua encontra-se no Arco da Rua Augusta, na Praça do Comércio, em Lisboa, outra no castelo de Ourém e uma, equestre, no exterior do Mosteiro da Batalha. Tem também uma estátua em Flor da Rosa, um dos dois locais apontados como sua terra natal.
São Nuno foi canonizado pelo Papa Bento XVI, em 26 de abril de 2009, e a sua festa litúrgica é a 6 de novembro.
Segundo Fernão Lopes, D. Nuno Álvares Pereira foi um dos filhos naturais de D. Álvaro Gonçalves Pereira, Prior da Ordem do Hospital, e de Iria Gonçalves. D. Nuno Álvares Pereira cresceu na casa do seu pai até aos seus treze anos e foi lá que se iniciou "como bom cavalgante, torneador, justador e lançador" e sobretudo onde ganhou gosto pela leitura, lia nos "livros de cavallaria que a pureza era a virtude que tornara invenciveis os heroes da Tavola Redonda, e procurava que a sua alma e corpo se conservassem immaculados". Foi com essa idade que entrou para a corte de D. Fernando de Portugal, onde foi feito cavaleiro, com uma armadura emprestada por D. João, o Mestre de Avis. Decidido a manter-se virgem, foi profundamente contrariado (e praticamente obrigado pelo pai) que, aos 16 anos, o casou com Leonor de Alvim, em 1376, em Vila Nova da Rainha, freguesia do concelho de Azambuja. O nobre casal estabeleceu-se no Minho (supõe-se que em Pedraça, Cabeceiras de Basto), em propriedade de D. Leonor de Alvim.
Quando o Rei D. Fernando de Portugal morreu em 1383, sem herdeiros a não ser a princesa D. Beatriz, casada com o Rei João I de Castela, D. Nuno foi um dos primeiros nobres a apoiar as pretensões de João, o Mestre de Avis, à coroa. Apesar de ser filho ilegítimo de D. Pedro I de Portugal, D. João afigurava-se como uma hipótese preferível à perda de independência para os castelhanos. Depois da primeira vitória de D. Nuno Álvares Pereira frente aos castelhanos na batalha dos Atoleiros, em que pela primeira vez se combateu a pé em Portugal, em abril de 1384, D. João de Avis nomeia-o Condestável de Portugal e Conde de Ourém.
A 6 de abril de 1385, D. João é reconhecido pelas cortes reunidas em Coimbra como Rei de Portugal. Esta posição de força portuguesa desencadeia uma resposta à altura em Castela. D. João de Castela invade Portugal pela Beira Alta com vista a proteger os interesses de sua mulher D. Beatriz. D. Nuno Álvares Pereira toma o controlo da situação no terreno e inicia uma série de cercos a cidades leais a Castela, localizadas principalmente no Norte do país.
A 14 de agosto, D. Nuno Álvares Pereira mostra o seu génio militar ao vencer a batalha de Aljubarrota. A batalha viria a ser decisiva no fim da instabilidade política de 1383-1385 e na consolidação da independência portuguesa. Finda a ameaça castelhana, D. Nuno Álvares Pereira permaneceu como condestável do reino e tornou-se Conde de Arraiolos e Barcelos. Entre 1385 e 1390, ano da morte de D. João de Castela, dedicou-se a realizar incursões contra a fronteira de Castela, com o objectivo de manter a pressão e dissuadir o país vizinho de novos ataques. Por essa altura, foi travada em terreno castelhano a célebre Batalha de Valverde. Conta-se que na fase mais crítica da batalha e quando já parecia que o exército português iria sofrer uma derrota completa, se deu pela falta de D. Nuno. Quando já se temia o pior, o seu escudeiro foi encontrá-lo em êxtase, ajoelhado a rezar entre dois penedos. Quando o escudeiro aflito lhe chamou a atenção para a batalha que se perdia, o Condestável fez um sinal com a mão a pedir silêncio. Novamente chamado à atenção pelo escudeiro, que lhe disse: "Nada de orações, que morremos todos! responde então D. Nuno, suavemente: "Amigo, ainda não é hora. Aguardai um pouco e acabarei de orar.". Quando acabou de rezar, ergue-se com o rosto iluminado e dando as suas ordens, consegue que se ganhe a batalha de uma forma considerada milagrosa.
Do seu casamento com D. Leonor de Alvim, o Condestável teve três filhos, mas apenas uma filha teve descendência, D. Beatriz Pereira de Alvim, que se tornou mulher de D. Afonso, o primeiro Duque de Bragança, dando origem à Casa de Bragança, que viria a reinar em Portugal três séculos mais tarde.

Nos últimos anos da sua vida Nuno Álvares Pereira recolheu-se no Convento do Carmo, onde morreu (ruínas da nave da igreja)

Vida religiosa
Após a morte da sua mulher, tornou-se carmelita (entrou na Ordem em 1423, no Convento do Carmo, que mandara construir como cumprimento de um voto). Toma o nome de Irmão Nuno de Santa Maria. Aí permanece até à morte, ocorrida em 1 de novembro de 1431, com 71 anos.
Durante o seu último ano de vida, o Rei D. João I fez-lhe uma visita no Carmo. D. João sempre considerou que fora Nuno Álvares Pereira o seu mais próximo amigo, que o colocara no trono e salvara a independência de Portugal.
O túmulo de Nuno Álvares Pereira foi destruído no Terramoto de 1755. O seu epitáfio era: "Aqui jaz aquele famoso Nuno, o Condestável, fundador da Sereníssima Casa de Bragança, excelente general, beato monge, que durante a sua vida na terra tão ardentemente desejou o Reino dos Céus depois da morte, e mereceu a eterna companhia dos Santos. As suas honras terrenas foram incontáveis, mas voltou-lhes as costas. Foi um grande Príncipe, mas fez-se humilde monge. Fundou, construiu e dedicou esta igreja onde descansa o seu corpo."
Há uma história apócrifa, em que o embaixador castelhano teria ido ao Convento do Carmo encontrar-se com Nun'Álvares, e ter-lhe-á perguntado qual seria a sua posição se Castela novamente invadisse Portugal. Nuno terá levantado o seu hábito, e mostrado, por baixo deste, a sua cota de malha, indicando a sua disponibilidade para servir o seu país sempre que necessário e declarando que "se el-rei de Castela outra vez movesse guerra a Portugal, serviria ao mesmo tempo a religião que professava e a terra que lhe dera o ser". Conta-se também que no inicio da sua vida monástica correra em Lisboa o boato de que Ceuta estaria em risco de ser apresada pelos Mouros. De imediato Frei Nuno manifesta a sua vontade em fazer parte da expedição que iria acudir a Ceuta. Quando o tentaram dissuadir, apontando a sua figura alquebrada pelos anos e por tantas canseiras, pegou numa lança e atirou-a do varandim do convento. A lança atravessou todo o Vale da Baixa de Lisboa, indo cravar-se numa porta do outro lado do Rossio e disse Nuno Álvares: "Em África a poderei meter, se tanto for mister!" (daqui nasceu a expressão "meter uma lança em África", no sentido de se vencer uma grande dificuldade).
 
Beatificação e canonização
Nuno Álvares Pereira foi beatificado aos 23 de janeiro de 1918, pelo Papa Bento XV, através do Decreto "Clementíssimus Deus" e foi consagrado o dia 6 de novembro ao, então, beato. Iniciado em 1921, em 1940 o processo de canonização foi interrompido por razões essencialmente políticas. O país festejava então os Centenários da Fundação de Portugal e da Restauração da Independência e Salazar desejava que a canonização do Beato Nuno se revestisse de uma pompa nunca vista e num ambiente de grande exaltação nacionalista, incluindo uma possível visita papal a Portugal, para que o próprio Sumo Pontífice presidisse às cerimónias da canonização. O Papa de então (Pio XII) recusou, profundamente incomodado com o significado altamente político em que o facto estava a descambar. O processo foi então suspenso e por assim dizer, caiu num "semi-esquecimento". Entretanto, em 1953, foi inaugurada a Igreja do Santo Condestável, sede da Paróquia do mesmo nome, em Campo de Ourique (Lisboa), que contou com a Procissão de Transladação das Relíquias desde o Largo do Carmo, no meio de honras militares e de um intenso entusiasmo popular (segundo testemunhos da época, mais de metade do povo de Lisboa esteve presente na consagração da Igreja e nas restantes cerimónias religiosas) e com a presença dos mais altos dignitários da Nação. Posteriormente, em 2004 o Processo foi reiniciado por vontade do Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José da Cruz Policarpo.
No Consistório de 21 de fevereiro de 2009 - acto formal no qual o Papa ordenou aos Cardeais para confirmarem os processos de canonização já concluídos -, o Papa Bento XVI anunciou para 26 de abril de 2009 a canonização do Beato Nuno de Santa Maria, juntamente com quatro outros novos santos. O processo referente a Nuno Álvares Pereira encontrava-se concluído desde a Primavera de 2008, noventa anos após sua beatificação.
D. Nuno Álvares Pereira foi canonizado como São Nuno de Santa Maria pelo papa Bento XVI às 09.33 (hora de Portugal) de 26 de abril de 2009.
A Conferência Episcopal Portuguesa, em nota pastoral sobre a canonização de Nuno de Santa Maria, declarou: "(…) o testemunho de vida de D. Nuno constituirá uma força de mudança em favor da justiça e da fraternidade, da promoção de estilos de vida mais sóbrios e solidários e de iniciativas de partilha de bens. Será também apelo a uma cidadania exemplarmente vivida e um forte convite à dignificação da vida política como expressão de melhor humanismo ao serviço do bem comum.
Os Bispos de Portugal propõem, portanto, aos homens e mulheres de hoje o exemplo da vida de Nuno Álvares Pereira, pautada pelos valores evangélicos, orientada pelo maior bem de todos, disponível para lutar pelos superiores interesses da Pátria, solícita por servir os mais desprotegidos e pobres. Assim seremos parte activa na construção de uma sociedade mais justa e fraterna que todos desejamos."

segunda-feira, outubro 31, 2016

Houdini morreu há 90 anos

Harry Houdini, ("O Grande Houdini") nome artístico de Ehrich Weisz (Budapeste, 24 de março de 1874 - Detroit, 31 de outubro de 1926), foi um dos mais famosos escapistas e ilusionistas da história.

El-Rei D. Duarte I nasceu há 625 anos!

El-Rei D. Duarte I de Portugal (Viseu, 31 de outubro de 1391Tomar, 9 de setembro de 1438) foi o décimo-primeiro Rei de Portugal, cognominado o Eloquente pelo seu interesse pela cultura e pelas obras que escreveu. Filho de D. João I de Portugal e D. Filipa de Lencastre, desde cedo foi preparado para reinar como primogénito da ínclita geração. Em 1433 sucedeu ao seu pai e, num curto reinado de cinco anos, deu continuidade à política exploração marítima e de conquistas em África. O seu irmão Henrique estabeleceu-se em Sagres, de onde dirigiu as primeiras navegações e, em 1434, Gil Eanes dobrou o Cabo Bojador. Numa campanha mal sucedida, a Tânger, o seu irmão D. Fernando foi capturado e morreu em cativeiro. D. Duarte interessou-se pela cultura e escreveu várias obras, como o Leal Conselheiro e o Livro da Ensinança de Bem Cavalgar Toda Sela. Preparava uma revisão da legislação portuguesa quando morreu, vítima pela peste.


sábado, outubro 29, 2016

O famoso paleontólogo Othniel Charles Marsh nasceu há 116 anos

Othniel Charles Marsh (Lockport, 29 de outubro de 1831 - New Haven, 18 de março de 1899) foi um paleontólogo dos Estados Unidos da América, pioneiro da aplicação da teoria da evolução à interpretação de espécies fósseis.
Marsh nasceu no estado de Nova Iorque, no seio de uma família abastada. Estudou em vários colégios e instituições privadas até 1860, quando se licenciou em Geologia e Mineralogia na Universidade de Yale. Nos anos seguintes prosseguiu os estudos na Alemanha, onde aprofundou os seus conhecimentos em paleontologia e anatomia na Universidade de Berlim, Universidade de Breslau e Universidade de Heidelberg. Regressando aos Estados Unidos em 1866, tornou-se professor de Paleontologia de Vertebrados em Yale. É por volta desta altura que convence o seu tio, George Peabody, a financiar o Museu Peabody de História Natural, ainda hoje existente em Yale.
O principal trabalho da carreira científica de Marsh como paleontólogo foi o estudo de diversas espécies basais de equídeos. As suas interpretações foram pioneiras no estabelecimento de uma linha evolutiva, desde as formas primitivas do grupo até aos representantes modernos do género Equus, e ajudaram a credibilizar a teoria da evolução de Charles Darwin.
Os equídeos não foram, no entanto, o único foco da sua carreira científica. Marsh estudou muitos outros grupos e, em 1871, foi o primeiro paleontólogo a identificar exemplares de pterossauros na América. Outras descobertas fundamentais da sua autoria foram diversas espécies de aves cretácicas, como o Ichthyornis e o Hesperornis, e dinossauros como o Apatosaurus e o Allosaurus.
À medida que as descobertas de fósseis se desenvolviam e novas espécies eram descritas, a paleontologia popularizou-se, em particular devido a exemplares espectaculares de carnívoros de grandes dimensões como o tiranossauro. O interesse do público incentivou a criação de museus de história natural, que competiam entre si pelas exibições mais atractivas. Em consequência, a procura de fósseis acelerou, bem como a competição entre paleontólogos por novas descobertas. Marsh protagonizou com Edward Drinker Cope uma rivalidade paleontológica que mereceu a designação de “guerra dos ossos” nos media de então. Estimulados pela concorrência do adversário, Marsh e Cope descreveram cerca de 120 novas espécies de dinossauro entre si, nos finais do século XIX.
Marsh morreu em 1899 e está sepultado em New Haven, no Connecticut.
O apatossauro (Apatosaurus, do latim "lagarto falso") um dinossáurio do Jurássico

A Guerra do Suez começou há 60 anos

A Crise do Suez, também conhecida como Guerra do Suez, foi uma crise política que teve início a 29 de outubro de 1956, quando Israel, com o apoio da França e Reino Unido, que utilizavam o canal para ter acesso ao comércio oriental, declarou guerra ao Egito. O presidente do Egito, Gamal Abdel Nasser havia nacionalizado o canal de Suez, cujo controle ainda pertencia à Inglaterra. Como consequência, o porto israelita de Eilat ficaria bloqueado, assim como o acesso de Israel ao mar Vermelho, através do estreito de Tiran, no golfo de Acaba.
Em 1956, o nacionalismo, a guerra fria e o conflito árabe-israelita estiveram reunidos como fatores de um curto e violento conflito nas regiões egípcias do Canal de Suez e da Península do Sinai. O Egito e outras nações árabes tinham obtido há pouco tempo a independência completa dos impérios controlados por potências europeias como Grã-Bretanha e França. Estas nações jovens, com culturas antigas e histórias, esforçaram-se para ganhar suficiência económica e militar e para valer os seus direitos políticos como povos livres. A luta da Guerra Fria entre o Ocidente, na sua maioria democrática e capitalista, contra o Oriente comunista, dominado pela União Soviética tanto ajudou e impediu os objetivos nacionalistas de muitos países africanos e asiáticos. Por exemplo, o Egito procurou ajuda externa na construção do projeto da Barragem de Assuão, que passaria a controlar o selvagem rio Nilo. Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, os principais intervenientes no Ocidente, recusaram-se a ajudar o Egito, por causa de seus laços políticos e militares para a União Soviética. Os soviéticos apressaram-se ansiosamente para ajudar o Egito. Após isso, o Egito passou a ser considerado um amigo dos soviéticos, e uma nação não muito amigável para o Ocidente. Desta forma, a Guerra Fria afetou a jovem nação do Egito e suas relações com o resto do mundo. O conflito árabe-israelita começou em 1948 e levou Egito e Israel a serem inimigos até 1979. A segunda guerra entre esses vizinhos do Oriente Médio teve lugar em 1956.
Como parte da agenda nacionalista, o presidente egípcio Nasser tomou o controle do Canal de Suez tomando-o das empresas britânicas e francesas, que o possuíam. Ao mesmo tempo, como parte de sua luta permanente com Israel, forças egípcias bloquearam o Estreito de Tiran, a hidrovia estreita que é a única saída de Israel para o Mar Vermelho. Israel e Egito enfrentaram-se várias vezes desde a guerra de 1948, tendo o Egito permitido e incentivado grupos de combatentes palestinianos para atacar Israel a partir de território egípcio. Em resposta, as forças israelitas constantemente atacavam a fronteira, em retaliação. Grã-Bretanha e França, ambos em processo de perder os seus seculares impérios, decidiram, numa estratégia conjunta, a ocupação do Canal de Suez. Isto teve como objetivo reafirmar o controle dessa hidrovia vital para as empresas britânicas e francesas, expulsas pela nacionalização realizada por Nasser. Por sugestão da França, o planeamento foi coordenado com Israel, um fato que todas as três nações negaram por anos depois.
Em 29 de outubro de 1956, tropas israelitas invadiram a Península do Sinai e rapidamente superou a oposição das tropas egípcias. No dia seguinte, a Grã-Bretanha e França, se ofereceram para ocupar temporariamente a Zona do Canal e sugeriu uma zona de 10 milhas em cada lado que iria separar as forças egípcias dos israelitas. Nasser, é claro, recusou, e em 31 de outubro, o Egito foi atacado e invadido por forças militares da Grã-Bretanha e França. Em resposta a estes desenvolvimentos, a União Soviética, que na época estava a impiedosamente suprimir uma revolta anti-comunista na Hungria, ameaçou intervir, em nome do Egito. O presidente Eisenhower dos Estados Unidos pressionou a Grã-Bretanha, França e Israel a concordar com um cessar-fogo e eventual retirada do Egito. Os Estados Unidos, apanhados de surpresa pelas duas invasões, estava mais preocupado com a guerra soviética na Hungria e na Guerra Fria do que com a Grã-Bretanha e da França envolvendo relações de Suez. A última coisa que o presidente Eisenhower queria era uma guerra mais ampla sobre Suez. A guerra em si durou apenas uma semana, e as forças invasoras foram retiradas num mês, sob a supervisão das tropas das Nações Unidas. Como resultado, o Egito agora firmemente alinhado-se com a União Soviética, que armou o Egito e outras nações árabes para a luta contínua contra Israel.

Duane Allman morreu há 45 anos...

Howard Duane Allman (Nashville, 20 de novembro de 1946 – Macon, 29 de outubro de 1971) foi um guitarrista dos Estados Unidos, co-fundador do grupo The Allman Brothers Band e respeitado músico de sessão. Teve um papel de destaque no álbum Layla and Other Assorted Love Songs, lançado em 1970 pelo grupo Derek & the Dominos. Foi considerado o nono melhor guitarrista do mundo pela revista norte-americana Rolling Stone.
Duane morreu após sofrer um acidente de mota em 1971, poucas semanas antes de seu 25° aniversário.

Infância
Duane Allman nasceu em Nashville, Tennessee. Quando Duane tinha apenas três anos de idade e sua família vivia nos arredores de Norfolk, Virginia, seu pai, Willis Allman, sargento do Exército Americano, foi assassinado. Geraldine "Mama A" voltou então com a família para Nashville. Em 1957 eles mudaram-se novamente para Daytona Beach, Florida. Em 1960, ele ficou motivado a aprender a tocar viola, por influência do seu irmão, Gregg Allman, que há pouco havia começado, após ver um vizinho a tocar country music numa viola acústica.
Outro evento importante ocorreu em 1959, quando Duane e Gregg estavam a visitar familiares em Nashville. Eles foram a um show de Rock 'n' roll, no qual a lenda dos blues, B.B. King estava a apresentar-se e simplesmente caíram na magia da sua música. Gregg lembrava-se que logo após Duane acrescentou: "Nós precisamos de entrar nisto."

Morte
Duane foi vítima de um acidente de moto meses antes do lançamento e do sucesso de At Fillmore East. A colisão entre a sua mota Harley-Davidson e um camião ocorreu em Macon, a 29 de outubro de 1971, atirando-o para fora da moto, que caiu sobre o seu seu corpo e derrapou, causando-lhe severos danos nos seus órgãos internos. Duane foi rapidamente levado ao hospital e operado, porém não resistiu, morrendo algumas horas depois, semanas antes de seu vigésimo quinto aniversário.
Encontra-se sepultado no Rose Hill Cemetery, Macon, Condado de Bibb, Geórgia, nos Estados Unidos.


O Rei D. Fernando II de Portugal nasceu há dois séculos!

D. Fernando II de Portugal, batizado Fernando Augusto Francisco António de Saxe-Coburgo-Gota-Koháry (29 de outubro de 1816 - 15 de dezembro de 1885), foi o Príncipe e, posteriormente, Rei de Portugal pelo seu casamento com a rainha D. Maria II em 1836.
De acordo com as leis portuguesas, D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gota-Koháry tornou-se Rei de Portugal jure uxoris, apenas após o nascimento do primeiro príncipe, que foi o futuro Pedro V. Dado D. Maria II ser a regente, D. Fernando evitava sempre que possível a política, preferindo envolver-se com a arte.
D. Fernando II foi regente do reino por quatro vezes: durante as gravidezes e partos da Rainha D.ª Maria II, depois da sua morte em 1853 e quando o seu segundo filho, o Rei D. Luís I, e a rainha consorte Maria Pia de Saboia se ausentaram de Portugal para assistirem à Exposição de Paris em 1867.
Este ficou conhecido na História de Portugal como "O Rei-Artista".

(...)

Em 1835, tendo D. Maria II enviuvado aos 16 anos do seu primeiro marido, o príncipe Augusto de Beauharnais, D. Fernando foi escolhido para novo esposo da soberana.
As negociações do casamento foram dirigidas por D. Francisco de Almeida Portugal, Conde de Lavradio, tendo o contrato matrimonial sido assinado em 1 de dezembro de 1835, com o barão de Carlowit em representação do duque reinante de Saxe-Coburgo, e o barão de Stockmar em representação do príncipe Fernando, seu pai.
De acordo com a tradição portuguesa, enquanto marido de uma rainha reinante, D. Fernando só tomaria o título de rei após o nascimento de um herdeiro (foi este o motivo pelo qual o primeiro marido da rainha, Augusto de Beauharnais, nunca foi rei). D. Fernando foi, portanto, príncipe de Portugal até ao nascimento do futuro D. Pedro V em 1837.
A 1 de janeiro de 1836, casa-se com D. Maria II por procuração, e é assinado o decreto nomeando D. Fernando marechal-general do Exército, posto reservado ao próprio Rei, na sua função de Comandante Supremo do Exército. D. Fernando saiu de Coburgo, atravessou a Bélgica, e embarcou em Oostende para Lisboa, onde chegou a 8 de abril. A cerimónia do casamento realizou-se no dia seguinte. A nomeação de D. Fernando enquanto marechal-general gerou polémica entre os liberais mas, uma vez que essa dignidade já houvera sido conferida ao príncipe D. Augusto, o governo não podia deixar de comprometer-se com a rainha.
Foi eleito, a 4 de maio de 1836, presidente da Academia Real das Ciências.
D. Fernando evitou envolver-se no panorâmica político, preferindo dedicar-se às artes. Por ocasião da fundação da Academia de Belas-Artes de Lisboa, a 25 de outubro de 1836, D. Fernando e a rainha declaram-se seus protetores. Após uma visita ao Mosteiro da Batalha (que se encontrava abandonado, no quadro da extinção das ordens religiosas), D. Fernando passou a dedicar parte das suas preocupações à causa do proteção do património arquitetónico português edificado, tendo impulsionado cultural e financeiramente, a par do estímulo à ação desenvolvida por sociedades eruditas, projetos de restauração e manutenção respeitantes não só a Batalha, mas também ao Convento de Mafra, Convento de Cristo, em Tomar, ao Mosteiro dos Jerónimos, Sé de Lisboa, e Torre de Belém. Como amante de pintura que era, colaborou com algumas gravuras de sua autoria, na Revista Contemporânea de Portugal e Brasil (1859-1865).

O seu corpo jaz ao lado de D. Maria II, sua primeira esposa, no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.