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segunda-feira, fevereiro 26, 2024

Novidades paleontológicas nacionais...

Nova espécie de pterossauro “de tamanho considerável” descoberta em Portugal

 

Reconstrução do Lusognathus almadrava e do seu habitat paleobiológico

 

Uma equipa internacional de investigadores liderada pelo português Octávio Mateus descobriu em Portugal um fóssil de uma nova espécie de pterossauro, a que foi dado o nome de Lusognathus almadrava.

O fóssil, composto por um crânio incompleto e vértebras parciais, foi descoberto em 2018, na Formação Lourinhã, na Praia do Caniçal, no centro-oeste de Portugal, e apresentado num artigo publicado na revista PeerJ.

A espécie, que pertence à subfamília Gnathosaurinae da família Ctenochasmatidae, remonta ao período Jurássico e é a primeira do seu género a ser encontrada em Portugal.

Com uma envergadura estimada superior a 3,6 metros, o Lusognathus almadrava é um dos maiores pterossauros conhecidos e o maior pterossauro gnatosaurino, desafiando conceções anteriores sobre o tamanho dos pterossauros do Jurássico.

O paleontólogo Octávio Mateus, investigador da Universidade Nova de Lisboa e fundador do Museu da Lourinhã, realça a riqueza e diversidade do Jurássico em Portugal, onde outros fósseis de vertebrados como plesiossauros, ictiossauros, mosassauros e dinossauros também foram encontrados.

“A distribuição global conhecida e diversidade dos pterossauros reforça o seu sucesso como grupo, uma vez que são encontrados em todos os continentes - incluindo a Antártida”, diz o paleontólogo português, citado pela Sci News.

No entanto, até agora, o registo fóssil de pterossauros em Portugal tinha sido limitado devido à sua estrutura óssea frágil, tornando esta descoberta notável. “A relativa escassez do seu registo fóssil levanta desafios na compreensão da sua paleobiologia, quando comparados com outros vertebrados”, explica Octávio Mateus.

O pterossauro recém-descoberto habitava um ambiente de lagoa flúvio-deltaica, e os seus robustos dentes sugerem que se alimentava provavelmente de peixe.

A descoberta acrescenta informações críticas à paleobiologia dos pterossauros do Jurássico, especialmente em relação ao seu tamanho.

Embora os pterossauros do Triássico e Jurássico fossem habitualmente considerados menores, com envergadura de cerca de 1,6 a 1,8 metros, novas evidências sugerem que poderiam ter sido maiores do que se pensava anteriormente.

A descobertas oferece mais evidências de que os pterossauros já tinham atingido tamanhos consideráveis no final do Jurássico, possivelmente como uma resposta evolutiva para competir com as aves. Este grande tamanho aponta para um ecossistema próspero e abundante em presas durante este período.

 

in ZAP

sábado, abril 07, 2018

Notícia de paleontologia...

Drácula é o maior e o mais forte pterodátilo encontrado até hoje

Há 9 anos, cientistas descobriram os ossos de uma nova espécie de pterossauro, com uma constituição física diferente de outras espécies já conhecidas. Os restos mortais permitiram demonstrar que Drácula é mesmo o maior e o mais forte pterodátilo encontrado até hoje.
Os pterossauros, primos dos dinossauros, podem não ter respirado fogo como os dragões da mitologia, mas com os seus membros fortes e esqueletos leves, foram os primeiros vertebrados a voar.
 
Ao contrário dos morcegos, que têm três dedos embutidos nas asas e um dedo livre para escalar, os pterossauros tinham um dedo alongado que formava a borda frontal de cada asa e três dedos expostos para correr e escalar.
 
Algumas espécies já conhecidas tinham rabos que os cientistas acreditam que foram usados para ajudar a manobrar, mas desapareceram à medida que os pterossauros evoluíram para pássaros maiores.
 
Em 2009, cientistas romenos descobriram os ossos de uma nova espécie de pterossauro na Transilvânia, e apelidaram-na de Drácula. Através dos fragmentos dos ossos encontrados, conseguiram reconstruir um modelo da criatura, que afirmam ser o maior o mais forte pterodátilo encontrado até hoje.
 
De acordo com os cientistas, esta criatura atingia os 3,5 metros de altura e cerca de 12 metros de envergadura. A reconstrução está agora em exibição como parte de uma nova exposição de pterossauros – “Imperadores dos Céus” – no Museu de Dinossauros Altmühltal, em Denkendorf, na Alemanha. A exposição mostra também os ossos encontrados.
 
O pescoço era da largura de um homem adulto“, disse Mátyás Vremir, paleontologista e membro da Sociedade dos Museus da Transilvânia, citado pela Exame.
Esta criatura atingia os 3,5 metros de altura e cerca de 12 metros de envergadura
  
Os cientistas não têm a certeza se os pterossauros conseguiriam realmente voar. Segundo a informação introdutória da exposição, citada pelo Scientific American, não há provas científicas do contrário. No entanto, Drácula apresenta uma articulação no pulso que difere muito de outras espécies, o que pode significar que não foi feito para voar.
  
No entanto, um animal do tamanho de uma pequena aeronave no céu, seria certamente um espetáculo bonito de se ver (além de nos proporcionar sombras gigantescas em terra).
  

sábado, outubro 29, 2016

O famoso paleontólogo Othniel Charles Marsh nasceu há 116 anos

Othniel Charles Marsh (Lockport, 29 de outubro de 1831 - New Haven, 18 de março de 1899) foi um paleontólogo dos Estados Unidos da América, pioneiro da aplicação da teoria da evolução à interpretação de espécies fósseis.
Marsh nasceu no estado de Nova Iorque, no seio de uma família abastada. Estudou em vários colégios e instituições privadas até 1860, quando se licenciou em Geologia e Mineralogia na Universidade de Yale. Nos anos seguintes prosseguiu os estudos na Alemanha, onde aprofundou os seus conhecimentos em paleontologia e anatomia na Universidade de Berlim, Universidade de Breslau e Universidade de Heidelberg. Regressando aos Estados Unidos em 1866, tornou-se professor de Paleontologia de Vertebrados em Yale. É por volta desta altura que convence o seu tio, George Peabody, a financiar o Museu Peabody de História Natural, ainda hoje existente em Yale.
O principal trabalho da carreira científica de Marsh como paleontólogo foi o estudo de diversas espécies basais de equídeos. As suas interpretações foram pioneiras no estabelecimento de uma linha evolutiva, desde as formas primitivas do grupo até aos representantes modernos do género Equus, e ajudaram a credibilizar a teoria da evolução de Charles Darwin.
Os equídeos não foram, no entanto, o único foco da sua carreira científica. Marsh estudou muitos outros grupos e, em 1871, foi o primeiro paleontólogo a identificar exemplares de pterossauros na América. Outras descobertas fundamentais da sua autoria foram diversas espécies de aves cretácicas, como o Ichthyornis e o Hesperornis, e dinossauros como o Apatosaurus e o Allosaurus.
À medida que as descobertas de fósseis se desenvolviam e novas espécies eram descritas, a paleontologia popularizou-se, em particular devido a exemplares espectaculares de carnívoros de grandes dimensões como o tiranossauro. O interesse do público incentivou a criação de museus de história natural, que competiam entre si pelas exibições mais atractivas. Em consequência, a procura de fósseis acelerou, bem como a competição entre paleontólogos por novas descobertas. Marsh protagonizou com Edward Drinker Cope uma rivalidade paleontológica que mereceu a designação de “guerra dos ossos” nos media de então. Estimulados pela concorrência do adversário, Marsh e Cope descreveram cerca de 120 novas espécies de dinossauro entre si, nos finais do século XIX.
Marsh morreu em 1899 e está sepultado em New Haven, no Connecticut.
O apatossauro (Apatosaurus, do latim "lagarto falso") um dinossáurio do Jurássico

quarta-feira, março 18, 2015

O famoso paleontólogo Othniel Charles Marsh morreu há 116 anos

Othniel Charles Marsh (Lockport, 29 de outubro de 1831 - New Haven, 18 de março de 1899) foi um paleontólogo dos Estados Unidos da América, pioneiro da aplicação da teoria da evolução à interpretação de espécies fósseis.
Marsh nasceu no estado de Nova Iorque, no seio de uma família abastada. Estudou em vários colégios e instituições privadas até 1860, quando se licenciou em Geologia e Mineralogia na Universidade de Yale. Nos anos seguintes prosseguiu os estudos na Alemanha, onde aprofundou os seus conhecimentos em paleontologia e anatomia na Universidade de Berlim, Universidade de Breslau e Universidade de Heidelberg. Regressando aos Estados Unidos em 1866, tornou-se professor de Paleontologia de Vertebrados em Yale. É por volta desta altura que convence o seu tio, George Peabody, a financiar o Museu Peabody de História Natural, ainda hoje existente em Yale.
O principal trabalho da carreira científica de Marsh como paleontólogo foi o estudo de diversas espécies basais de equídeos. As suas interpretações foram pioneiras no estabelecimento de uma linha evolutiva, desde as formas primitivas do grupo até aos representantes modernos do género Equus, e ajudaram a credibilizar a teoria da evolução de Charles Darwin.
Os equídeos não foram, no entanto, o único foco da sua carreira científica. Marsh estudou muitos outros grupos e, em 1871, foi o primeiro paleontólogo a identificar exemplares de pterossauros na América. Outras descobertas fundamentais da sua autoria foram diversas espécies de aves cretácicas, como o Ichthyornis e o Hesperornis, e dinossauros como o Apatosaurus e o Allosaurus.
À medida que as descobertas de fósseis se desenvolviam e novas espécies eram descritas, a paleontologia popularizou-se, em particular devido a exemplares espectaculares de carnívoros de grandes dimensões como o tiranossauro. O interesse do público incentivou a criação de museus de história natural, que competiam entre si pelas exibições mais atractivas. Em consequência, a procura de fósseis acelerou, bem como a competição entre paleontólogos por novas descobertas. Marsh protagonizou com Edward Drinker Cope uma rivalidade paleontológica que mereceu a designação de “guerra dos ossos” nos media de então. Estimulados pela concorrência do adversário, Marsh e Cope descreveram cerca de 120 novas espécies de dinossauro entre si, nos finais do século XIX.
Marsh morreu em 1899 e está sepultado em New Haven, no Connecticut.

O apatossauro (Apatosaurus, do latim "lagarto falso"), também chamado de brontossauro, foi uma espécie de dinossauro herbívoro e quadrúpede que viveu durante o período Jurássico

sábado, março 09, 2013

A paleontóloga Mary Anning morreu há 166 anos

Mary Anning (21 de maio de 1799 - 9 de março de 1847), foi uma paleontóloga inglesa.
Foi Mary Anning que descobriu o primeiro fóssil de ictiossauro. Ela descobriu, por volta dos 12 anos, na costa de Dorset, incrustado em um íngreme penhasco, o primeiro fóssil de ictiossauro conhecido, que media cinco metros de comprimento.
Mary Anning ainda descobriu muitos outros répteis marinhos antigos, hoje em exposição no Museu de História Natural de Londres, como o plesiossauro, e um dos primeiros fósseis de pterodáctilo.
Anning passou boa parte da vida recolhendo fosseis na praia e vendendo-os para os visitantes, e por isso pode ser a inspiração para a lengalenga inglesa "she sells seashells on the seashore" - Ela vende conchas à beira-mar.
Curiosamente, Mary Anning, que nunca descobriu nenhum dinossáurio, foi uma coletora, negociante e paleontóloga britânica que se tornou conhecida em todo o mundo pelo número de importantes achados que ele fez nas rochas de fósseis marinhos de idade jurássica na cidade de Lyme Regis, no condado de Dorset, onde ela viveu. O trabalho dela contribuiu para mudanças fundamentais no pensamento científico sobre a vida pré-histórica e sobre a história da Terra que ocorreram no início do século dezanove.
Anning procurava fósseis na área dos penhascos de Blue Lies, particularmente durante os meses de inverno, quando deslizamentos expunham novos fósseis que tinham de ser recolhidos rapidamente, antes que eles caíssem para o mar. Era um trabalho perigoso, e ela quase perdeu sua vida em 1833 durante um deslizamento que matou Tray, o seu cão. As descobertas dela incluíram o primeiro esqueleto de ictiossauro a ser corretamente identificado, que ela e o irmão dela encontraram quando ela tinha apenas 12 anos de idade; os dois primeiros esqueletos de plesiossauros já encontrados; o primeiro esqueleto de pterosauro localizado fora da Alemanha; e alguns importantes fósseis de peixes. As observações dela tiveram um papel chave nas descobertas de que fósseis de belemnites continham sacos de tinta fossilizados, e que coprólitos, conhecidos como pedras de bezoar na época, eram excrementos fossilizadas. Quando o geólogo Henry De La Beche pintou Duria Antiquior, a primeira representação largamente divulgada de uma cena da vida pré-histórica derivada de reconstruções fósseis, ele baseou-se em grande parte nos fósseis que Anning tinha encontrado, e vendeu impressões da ilustração em benefício dela.
O género e a classe social da Anning impediram-na completamente de participar da comunidade científica da Grã-Bretanha do século dezanove - dominada como ela era por senhores anglicanos ricos. Ela lutou financeiramente por grande parte de sua vida. A família dela era pobre, e como dissidentes religiosos (eram membros da Igreja Congregacional) estavam sujeitos a discriminação legal. O pai dela, um marceneiro, morreu quando ela tinha onze anos. Ela tornou-se bem conhecida nos círculos geológicos na Grã-Bretanha, Europa e América, e foi consultada sobre assuntos de anatomia, bem como sobre recolher e colecionar fósseis. Entretanto, como uma mulher ela não era elegível para se juntar à Geological Society of London, e ela nem sempre recebia o crédito completo por suas contribuições científicas. Na verdade ela escreveu em uma carta: "O mundo usou-me tão maldosamente, que eu temo que ele fez-me suspeita de todos." O único escrito científico dela publicado em toda a sua vida apareceu na Magazine of Natural History em 1839, um trecho de uma carta na qual Anning tinha escrevido para o editor da revista questionando uma de suas reivindicações. Depois de sua morte, a história de vida pouco comum dela atraiu interesse crescente. Charles Dickens escreveu sobre ela, em 1865, dizendo: "a filha do carpinteiro conquistou um nome por ela mesma, e mereceu conquistá-lo." Em 2010 a Royal Society incluiu Anning em uma lista das dez mulheres britânicas que mais influenciaram a história da ciência.

terça-feira, outubro 04, 2011

Notícia sobre paleontologia no Público

Investigadores querem tornar áreas visitáveis
Três jazidas de dinossauros descobertas em Torres Vedras

Trabalhos de escavação na jazida de Cambelas

Três jazidas com dinossauros e trilhos com pegadas destes animais, de tartarugas e de répteis voadores foram descobertos durante o mês de Setembro em Torres Vedras. Os investigadores destacam a "enorme extensão" do achado, que gostariam que pudesse ser dado a conhecer através de visitas guiadas.

A descoberta foi anunciada nesta segunda-feira em comunicado pela Associação Leonel Trindade (ALT)-Sociedade de História Natural, entidade responsável pela campanha paleontológica desenvolvida entre 10 e 30 de Setembro. Os trabalhos de campo decorreram na localidade de Cambelas, no concelho de Torres Vedras.

No mesmo local já tinham sido descobertos, em 2003, "restos de um grande dinossauro saurópode (vértebras, fémur), a par de ossos pertencentes a outros dinossauros de menor porte". Os investigadores acreditam, como explicam em comunicado, que esses achados terão sido enterrados num leito de um rio, mas "um episódio de grande energia hídrica (como uma grande cheia)" tê-los-á deslocado para o local onde vieram a ser encontrados.

Na campanha que agora terminou, os trabalhos de prospecção paleontológica resultaram na descoberta de "três novas jazidas com dinossauros, trilhos com pegadas destes animais e outros compostos exclusivamente por pegadas de tartarugas e répteis voadores".

Registo para o futuro

Questionado sobre a relevância dessa descoberta, o director do laboratório paleontológico da ALT-Sociedade de História Natural salientou que o trabalho só agora começou. "A importância por género e espécie não conseguimos ainda definir porque ainda não escavámos", explicou Bruno Silva, revelando que isso só será feito numa próxima campanha, até à qual as jazidas ficarão isoladas "com uma estrutura de protecção para que o mar não as destrua".

Ainda assim, o investigador destaca que os animais "parecem estar relativamente bem conservados", contando que de um deles já tinha sido, no passado, detectada "uma costela com quase dois metros de comprimento". Além disso, acrescenta Bruno Silva, "todas as descobertas de dinossauros são extremamente importantes para compreender o ecossistema de há 150 milhões de anos atrás". Nas prospecções que decorreram no mês passado foram também encontradas "várias jazidas contendo espécimes pertencentes à famosa tartaruga fóssil de Torres Vedras, Selenemys lusitanica".

O director do laboratório paleontológico da ALT-Sociedade de História Natural destaca que este ano houve uma "grande inovação": o facto de pela primeira vez se ter procedido ao registo tridimensional de alguns dos achados, nomeadamente de grandes blocos com ossos de dinossauro que, por estarem na linha de influência das marés ou localizadas no fundo das arribas, são praticamente impossíveis de remover. Uma metodologia que, como se lê no site desta entidade, é útil "para efeitos de salvaguarda e memória futura, estudo científico em laboratório e aplicação em futuros processos museológicos".

Estes trabalhos tiveram o apoio da Câmara de Torres Vedras e da Junta de Freguesia de São Pedro da Cadeira. Neles participaram também estudantes de Geologia da Universidade de Lisboa e investigadores do Grupo de Biologia Evolutiva de Madrid.

quarta-feira, agosto 24, 2011

Mais uma interessante descoberta de icnofósseis e ossos de vertebrados em Angola

Expedição internacional ocorreu entre Julho e Agosto
Português descobre primeiras pegadas de dinossauro encontradas em Angola

O paleontólogo Octávio Mateus, responsável pelo achado

O paleontólogo Octávio Mateus descobriu as primeiras pegadas de dinossauro encontradas em Angola, durante uma expedição internacional ocorrida entre Julho e este mês.

O cientista português disse à Lusa que se trata das "primeiras pegadas  que se conhece em Angola", que se presume pertencerem a um dinossauro saurópode  que terá vivido no Cretácico Inferior, há cerca de 128 milhões de anos. 
Ao todo, a descoberta é composta por 70 pegadas de mamíferos e por dois  trilhos de dinossauros, um deles ainda com "impressões de pele".  
Os achados de pegadas de mamíferos levam a equipa de cientistas internacionais,  composta ainda por dois americanos e por um holandês e com colaboração angolana,  a admitir a descoberta de "mamíferos muito maiores do que aqueles que se  pensavam existirem à época no resto do mundo", dada a dimensão de pegadas  com cerca de cinco centímetros.  
Durante a expedição, foram ainda feitos achados de plesiossauros, pterossauros e mosassauros, de mamíferos marinhos e de baleias e crocodilos.  
Duas novas espécies de mosassauros (répteis marinhos), que até agora  se desconheciam existirem em Angola, foram descobertas: "Carnodeus belgicus"  e "Mosasaurus hoffmani" (este com um crânio enorme de 1,5 metros).  
A expedição foi realizada nas províncias de Cabinda, Bengo, Kwanza Sul,  Benguela, Namibe, Huila e Lunda Sul. Os achados seguem agora para estudo, ficando mais tarde expostos no  Museu de Geologia da Universidade Agostinho Neto, em Luanda.  

in CM - ler notícia

sexta-feira, janeiro 21, 2011

Dimorfismo sexual em pterossáurios - notícia

Fóssil ainda tinha ovo
A senhora T é o primeiro pterossauro fêmea descoberto e não tem crista

Os cientistas descobrem um pterossauro fêmea com um ovo. O artigo publicado na revista Science mostra que as fêmeas desta espécie de réptil alado não tinham cristas ao contrário dos machos.

O fóssil bastante completo mostra um ovo

As cristas dos pterossauros sempre foram um mistério para os cientistas. Será que estes répteis alados que conviveram com os dinossauros tinham uma diferença entre os géneros, e os machos tinham uma crista na cabeça e as fêmeas não? Ou os fósseis encontrados pelos cientistas, uns com cristas e outros sem cristas, eram de espécies diferentes? Finalmente a descoberta de um pterossauro anunciada no artigo da Science, resolve a questão. O pterossauro (que ainda tinha um ovo) era uma fêmea. E não tinha crista.

“A sra T é uma descoberta que se faz em dez vidas”, disse em comunicado David Unwin, um paleontólogo do departamento dos Estudos de Museu da Universidade de Leicester, no Reino Unido, que juntamente com os colegas chineses do Instituto de Geologia da Academia Chinesa de Ciências Geológicas, encontrou o fóssil.

A sra T é o nome que os cientistas deram ao pterossauro (ou pterodáctilo) fêmea que encontraram. O fóssil estava inserido numa camada de rochas do Jurássico que existe na província Liaoning, que fica no Nordeste da China. A camada tem 160 milhões de anos, a idade do indivíduo e o esqueleto do fóssil está muito completo. É um indivíduo do género Darwinopterus, que a equipa descreveu pela primeira vez em 2009, e está preservado juntamente com o ovo.

O fóssil “mostra duas características que distinguem de um indivíduo macho de Darwinopterus. Tem ancas relativamente grandes para acomodar os ovos, mas não tem crista”, disse o especialista. Os machos têm ancas mais pequenas e têm uma crista.

“Muitos pterossauros têm cristas na cabeça. Nos casos mais espectaculares, estas cristas podem alcançar cinco vezes o tamanho do crânio. Os cientistas sempre desconfiaram que estas cristas eram utilizadas para algum tipo de sinal ou de demonstração que só os machos faziam, enquanto as fêmeas não tinham cristas”, disse o cientista. Mas como nunca houve uma prova, muitas vezes definiam-se espécies diferentes a partir de indivíduos que tinham ou não cristas.

Casca mole, ovo de réptil

Agora, os cientistas podem definir o género de um novo pterossauro que encontram, baseando-se na forma da bacia e se tem ou não crista. Isto permite ir mais longe no conhecimento das espécies. “Podemos explorar áreas completamente novas, como a estrutura da população e o comportamento.”

A sra T morreu pouco antes de colocar o ovo devido a um acidente que partiu um dos ossos do braço. O acidente pode ter sido causado por uma erupção, comum na região da China durante o Jurássico. Além de ter acabado com o mistério das cristas, este pterossauro também deu muitas indicações sobre os ovos que estes répteis produziam.

“O ovo é relativamente pequeno e tem uma casca macia. Isto é típico dos répteis, mas é completamente diferente das aves, que põem ovos relativamente grandes com cascas rijas. Esta descoberta não é surpreendente, porque os ovos pequenos necessitariam de menos investimento em termos materiais e energéticos – uma vantagem para voadores como os pterossauros e talvez um factor importante para a evolução de espécies como o Quetzalcoatlus, um gigante com uma envergadura de dez metros”, concluiu o cientista.

sexta-feira, outubro 01, 2010

Pegadas de pterossauro em Portugal



É conhecido que Portugal é rico em pegadas e ossos de dinossauros. Contudo, de répteis voadores, os pterossauros, apenas se conhecem alguns ossos e dentes isolados em Portugal e até há pouco tempo não se conheciam pegadas.



Um novo artigo científico, assinado por Octávio Mateus e Jesper Milàn, dão a conhecer pegadas de pterossauro do Jurássico Superior de Portugal, nomeadamente da Lourinhã e Zambujal de Baixo, Sesimbra (Cabo Espichel). Esta segunda jazida já era conhecida por ter pegadas de dinossauro.


O artigo está disponível aqui
Mateus, O & J Milàn (2010) First records of crocodyle and pterosaur tracks in the Upper Jurassic of Portugal. New Mexico Museum of Natural History and Science Bulletin 51: 83-87.

in Lusodinos - post de Octávio Mateus

sábado, dezembro 06, 2008

Lacusovagus magnificens



Uma nova espécie de pterossáurio. Lacusovagus magnificens, de sua graça. Descoberto no Brasil, no Araripe. Mark Witton da Universidade de Portsmouth refere que os pterossáurios mais aparentados com este "gigante" seriam provenientes da China.

Enfim, as proximidades filogenéticas dos gigantes económicos do século XXI já vêm de longe...mais concretamente desde o Cretácico.

Imagens - daqui e daqui

Referências - daqui e obrigado Andréia pela dica!


Mais informações do autor e imagens


Fonte: Post publicado no Blog Ciência ao Natural