segunda-feira, fevereiro 07, 2011
Estará a acabar o kim-il-socratismo?
Postado por
Pedro Luna
às
11:35
0
bocas
Marcadores: Ana Benavente, bancarrota, ditadores, José Sócrates, Kim Il-Sung, Lenine, tiques
Livro que vai ser brevemente reeditado
Postado por
Fernando Martins
às
00:28
0
bocas
Marcadores: aldrabices, Humor, José Sócrates, senhor engenheiro
domingo, fevereiro 06, 2011
Música adequada à data
Postado por
Fernando Martins
às
22:35
0
bocas
Marcadores: Falco, música, Out.Of.The.Dark
Recordar Bob Marley
Postado por
Pedro Luna
às
18:33
0
bocas
Marcadores: Bob Marley, música, reggae, Waiting In Vain
O país de Socas, Milu & Isabelinha - ano 2045
Em 2045, num qualquer hospital perto de si- Senhor doutor, tenho aqui uma dor muito forte, do lado direito do abdómen, por baixo do umbigo. Passei a noite a vomitar.
- Que bom, não sei nada de barrigas, o senhor vai ser um doente muito interessante!
- Como assim, não sabe nada de “barrigas”?!
- Caro amigo, médicos com conhecimento estruturado, de barrigas ou de outra coisa qualquer, já não existem. Isso era antigamente, quando tinham de decorar uma data de coisas. E era logo no primeiro ano. Começavam por uma disciplina a que chamavam “Anatomia”: era um calhamaço inteiro para aprender de cor, imagine-se!
- Então mas isso não é importante?
- Não, de todo! Eles aprendiam de cor mas não percebiam nada do que estavam a ler! Só papagueavam. Sabiam falar-lhe durante horas da aorta ou da veia cava mas se calha nunca tinham visto nenhuma! E essa quantidade estéril de informação tolhia-lhes o cérebro, por isso praticavam uma medicina muito pouco criativa.
- Então e o sr. doutor, como é que aprendeu medicina?
- Pois aí é que está, eu não aprendi. Não lhe disse já que não percebo nada de barrigas? Mas, mais importante, aprendi a aprender medicina. Ou seja, apesar de não saber nada, sei potencialmente tudo. Já viu a sua sorte em ter vindo bater-me à porta?
- Isso é o que vamos ver... Mas espero que em todo o caso tenha tido bons médicos como professores...
- Médicos a ensinar medicina?! Valha-me Deus, que ideia mais medieval! Não meu caro amigo, os médicos foram erradicados do ensino da medicina há mais de vinte anos.
- ?!
- Não percebo o seu espanto. Então acha razoável que as aulas sejam leccionadas por médicos enfadonhos, sem competências ao nível dos processos de ensino/aprendizagem, e que se limitam a debitar umas teorias estéreis virados para o quadro? Eram muito pedantes esses professores, achavam-se o centro das atenções. E os alunos, claro, não percebiam nada. E o pior é que todos os dias se tornavam menos criativos, menos espontâneos, menos empenhados... Não, meu amigo, hoje temos um ensino moderno, as coisas já não funcionam assim! No final do século XX assistimos a enormes progressos no campo da pedagogia. Começou-se por dar formação aos professores do Ensino Básico e Secundário. Depois, progressivamente, as novas metodologias começaram a entrar nas universidades. Primeiro de mansinho, com o processo de Bolonha. Isto aconteceu no início do século. Curiosamente, o meu curso, Medicina, ainda foi o que resistiu mais tempo. Mas ninguém pára o progresso, e ainda bem: com a criação das Direcções Regionais do Ensino Superior, por volta de 2025, já ninguém podia leccionar no Superior sem uma forte preparação nas modernas correntes pedagógicas.
- Mas como funcionam?
- Para começar, temos de perceber que o conceito de professor está ultrapassado. Já não existem professores, o que existe são orientadores/facilitadores das aprendizagens. E as aprendizagens dependem do interesse dos alunos. Eu por exemplo sempre me interessei muito por pés, logo os meus orientadores facilitaram-me essa aprendizagem.
- Por pés?!
- Sim, é que gosto muito da bola, sabe? O meu power-point de fim de Mestrado é sobre a relação entre o tendão de Aquiles e a potência de remate. Ficou espectacular, fiz com recurso a uma ferramenta das novas tecnologias, um software de medicina dinâmica...
- Então mas qual é a formação desses “facilitadores das aprendizagens”?
- É muito variada... seguiram um pequeno módulo de três meses sobre medicina propriamente dita. A partir daí, estudaram pedagogia, sociologia, psicologia, administração pública... são umas pessoas muito completas.
- Não sei como é que pessoas com esse perfil “diversificado” o conseguiram avaliar...
- Avaliar?! Decididamente, o meu amigo parece ter vivido no século passado! Há muito que se sabe que a avaliação não ajuda a consolidar as aprendizagens. Muito pelo contrário, até desajuda. Quem estuda tendo em vista um exame não aprende nada. A avaliação foi inventada pelas elites por forma a poderem manter a sua supremacia. Eram uns fascistas, não queriam que os saberes caíssem à rua.
- Por falar em “saberes”, o que me parece é que o senhor doutor não sabe fazer nada...
- Não diga isso caro amigo, vai ver que vai ficar contente com o meu trabalho. Olhe que tirei nota máxima nas disciplinas de Medicina em Contexto e Comunicação da Medicina. Fazia umas redacções muito interessantes.
- Tirou nota máxima? Então não me disse que nunca foi avaliado?
- Pois, mas tivemos todos nota máxima. É natural, não é? Cada ser humano é único. Dentro da especificidade de cada um, todos somos excelentes.
- Senhor doutor, eu não o quero interromper, mas estou mesmo aflito. Será que pode então tratar-me?
- Sim, meu caro senhor, vamos a isso! Ora bem, como lhe expliquei, não sei nada de barrigas, mas daqui a nada já vou saber tudo. Mas antes, vou ter de fazer umas investigações.
- “Investigações”?!
- Sim. Investigações. Não me pergunte porquê, mas essa palavra (tal como aprendizagens e competências) deve ser usada sempre no plural. Vou usar as investigações para construir o meu próprio conhecimento. Quer conhecimentos mais robustos e genuínos do que aqueles que são construídos pelo próprio sujeito?
- Devo-lhe dizer que começo a ficar desconfiado. Em que consistem essas investigações?
- Ora bem, vou dirigir-me aqui ao meu terminal e interrogar o maior especialista de medicina clínica que existe: a internet. Como disse, isto vai ser mesmo muito interessante.
- A internet?!
- Exactamente! Ninguém sabe mais do que a internet, isso é mais do que óbvio. Hoje tudo está à distância de um clique, não tenho de abrir aqueles livros enfadonhos a preto e branco que conservamos na secção de museologia do hospital, em sinal de aviso às gerações futuras, para que não voltem a cair no erro do culto ao conhecimento estático.
- Então vamos lá.
- Sim, desculpe. Ora bem, deixe-me escrever aqui a minha procura “dor barriga lado direito”. Enter. Pronto, a informação já jorra! Huuumm... pois... tal como suspeitava... sim... sim...
- Já sabe o que tenho?
- Sim, é um problema simples, mas espere um pouco, deixe-me fazer aqui copy-paste para colocar no seu relatório. Agora, para confirmarmos o diagnóstico tenho só de lhe tirar uma radiografia, para ver se aparece uma imagem parecida com esta aqui. Não percebo muito bem o que representa, mas se a sua for igual é porque tem a mesma coisa. A única chatice é que a máquina de raios-X está avariada. Mas não se preocupe, vou já telefonar ao engenheiro biomédico de serviço.
- Queria fazer uma radiografia a este doente, senhor engenheiro, mas a máquina está avariada...
- Que bom! Não sei nada de máquinas de raios-X! Vai ser um serviço muito interessante...
Postado por
Pedro Luna
às
12:10
0
bocas
Marcadores: bancarrota, De Rerum Natura, Ensino Superior, Isabel Alçada, José Sócrates, Maria de Lurdes Rodrigues
Notícia sobre acidente mineiro na Roménia
A novilíngua socrática explicada
Sócrates diz que não haverá despedimentos na função pública...
...Portanto, vai haver despedimentos na função pública.
(Provavelmente, será criado o conceito de despedida da função pública: Sócrates poderá clamar, depois, no parlamento, que nunca lhe ouviram dizer que não haveria despedidas na função pública; é homem de uma só palavra: "realmente, não há despedimentos, mas somente despedidas!" - berrará ele zangado, denunciando a aleivosia caluniosa dos ataques pessoais das oposições.)
Postado por
Pedro Luna
às
11:06
0
bocas
Marcadores: aldrabão, José Sócrates, mentiras, Novilíngua
A Santa Joana Princesa nasceu há 459 anos
Santa Joana de Portugal, OP (também chamada Santa Joana Princesa embora oficialmente apenas seja reconhecida pela Igreja Católica como Beata) (6 de Fevereiro de 1452 — 12 de Maio de 1490) foi uma princesa portuguesa da Casa de Avis, filha do rei D. Afonso V e de sua primeira mulher, a rainha D. Isabel. Joana, foi jurada Princesa herdeira da Coroa de Portugal, título que manteve até ao nascimento do seu irmão, o futuro rei D. João II.Joana foi regente do reino em 1471, por altura da expedição de D. Afonso V a Tânger. Após recusar veementemente várias propostas de casamento, Joana nunca chegou a professar votos de freira dominicana por ser princesa real e potencial herdeira do trono. No entanto viveu a maior parte da sua vida no Convento de Jesus de Aveiro, desde 1475 até à sua morte, seguindo em tudo a regra de vida e estilo das monjas. Foi também uma grande apoiante do irmão, o rei João II de Portugal. Joana foi beatificada em 1693 pelo Papa Inocêncio XII, tendo festa a 12 de Maio.É Padroeira da Cidade de Aveiro.
in Wikipédia
Postado por
Fernando Martins
às
09:25
0
bocas
Marcadores: Aveiro, Beata Joana Princesa, Portugal, Santa Joana de Portugal, Santa Joana Princesa
Hoje é dia de Reggae!
Postado por
Geopedrados
às
00:25
0
bocas
Marcadores: Bob Marley, I Shot The Sheriff, música, reggae
O Muro da Vergonha fez a sua derradeira vítima há 22 anos
Postado por
Fernando Martins
às
00:20
0
bocas
Marcadores: assassinos, Chris Gueffroy, Liberdade, Muro de Berlim
Bob Marley nasceu há 66 anos
Robert Nesta Marley, mais conhecido como Bob Marley (Nine Mile, 6 de Fevereiro de 1945 — Miami, 11 de Maio de 1981) foi um cantor, guitarrista e compositor jamaicano, o mais conhecido músico de reggae de todos os tempos, famoso por popularizar o género. Grande parte do seu trabalho lidava com os problemas dos pobres e oprimidos. Ele foi chamado de "Charles Wesley dos rastafáris" pela maneira com que divulgava a religião através de suas músicas.
in Wikipédia
Postado por
Fernando Martins
às
00:05
0
bocas
Marcadores: Bob Marley, música, redemption song, reggae
sábado, fevereiro 05, 2011
Diz-me com quem andas...
Prioridades e amizades
Cantiga em castelhano do aniversariante do dia
Libre te quiero - Amancio Prada
Libre te quiero,
como arroyo que brinca
de peña en peña.
Pero no mía.
Grande te quiero,
como monte preñado
de primavera.
Pero no mía.
Buena te quiero,
como pan que no sabe
su masa buena.
Pero no mía.
Alta te quiero,
como chopo que en el cielo
se despereza.
Pero no mía.
Blanca te quiero,
como flor de azahares
sobre la tierra.
Pero no mía.
Pero no mía
ni de Dios ni de nadie
ni tuya siquiera.
Agustín García Calvo
Postado por
Adelaide Martins
às
21:00
0
bocas
Marcadores: Agustín García Calvo, Amancio Prada, Libre te quiero, música, poesia
Canção de Amancio Prada para recordar Federico
Gacela del amor desesperado - Amancio Prada
La noche no quiere venir
para que tú no vengas
ni yo pueda ir.
Pero yo iré
aunque un sol de alacranes me coma la sien.
Pero tú vendrás
con la lengua quemada por la lluvia de sal.
El día no quiere venir
para que tú no vengas
ni yo pueda ir.
Pero yo iré
entregando a los sapos mi mordido clavel.
Pero tú vendrás
por las turbias cloacas de la oscuridad.
Ni la noche ni el día quieren venir
para que por ti muera
y tú mueras por mí.
Federico Garcia Lorca
Postado por
Geopedrados
às
20:00
0
bocas
Marcadores: Amancio Prada, Federico Garcia Lorca, Gacela del amor desesperado, música, poesia
Música galega do aniversariante de hoje
Amiga, namorado vou - Amancio Prada
Por oír a unha rula decir de amor,
amiga, namorado vou!
Por mirar as cerdeiras como botan fror,
amiga, namorado vou!
Por verte e non te vere no verde prado,
amiga, namorado vou!
Porque non me non queres por teu namorado!
amiga, namorado vou!
- No vento pórei este meu lume novo
porque ardan as rulas, as cerdeiras e todo!
Amiga, namorado vou!
Álvaro Cunqueiro
Postado por
Pedro Luna
às
18:50
0
bocas
Marcadores: Álvaro Cunqueiro, Amancio Prada, Amiga namorado vou, galego, Galiza, música, poesia
Pode ser que assim muitos deixem de ser mansos - quando eu for grande quero ser tunisino
Parva que sou - Deolinda
Música e letra: Pedro da Silva Martins
Sou da geração sem-remuneração
e nem me incomoda esta condição...
Que parva que eu sou...
Porque isto está mau e vai continuar
já é uma sorte eu poder estagiar
Que parva que eu sou....
e fico a pensar
que mundo tão parvo
onde para ser escravo
é preciso estudar...
Sou da geração casinha-dos-pais
Se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou...
Filhos, marido, estou sempre a adiar
e ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou...
e fico a pensar
que mundo tão parvo
onde para ser escravo
é preciso estudar...
Sou da geração vou-queixar-me-pra-quê?
Há alguém bem pior do que eu na TV
Que parva que eu sou...
Sou da geração eu-já-não-posso-mais-Que-esta-situação-dura-há-tempo-de-mais!
e parva eu não sou!!!
e fico a pensar
que mundo tão parvo
onde para ser escravo
é preciso estudar...
Postado por
Fernando Martins
às
17:35
0
bocas
Marcadores: 2011, Deolinda, geração perdida, música, Parva que sou, revolta
Pelo direito à eutanásia política
Postado por
Fernando Martins
às
09:55
0
bocas
Marcadores: aldrabões, bancarrota, crise, José Sócrates, mentirosos
Amancio Prada - 62 anos!
Amancio Prada (Devesas, León, 5 de Fevereiro de 1949), nascido no Bierzo de fala galega, filho de camponeses, é um dos mais destacados cantautores espanhóis.Estudou Sociologia na Universidade da Sorbonne (Paris). Ali mesmo, na França, já se deu a conhecer aparecendo na televisão e nas rádios francesas, e mesmo gravou o seu primeiro disco Vida e morte. A partir de aqui começou uma longa etapa de produção de discos, junto com numerosas actuações por todo o mundo, pois participou em concertos por todo o território espanhol e internacional (Roma, Estocolmo, Genebra, Buenos Aires, Nova York, Lisboa, Caracas, Porto, Chicago, México, Rabat, Colónia, Utrecht, Ravenna, Atenas, Bruxelas, Medellín, Brasil...)Amancio Prada pode-se considerar como um dos melhores embaixadores da lírica galega e portuguesa no mundo (Rosalia de Castro, Álvaro Cunqueiro, diversos trovadores galaico-portugueses, canções populares galegas, etc), razão que o júri deu para que ganhasse o XXI Prémio Celanova - Casa dos Poetas - em 2005 ou o Premio Xarmenta em 2006.
in Wikipédia
En Lixboa, sobre lo mar
En Lixboa, sobre lo mar
barcas novas mandei lavrar,
ai mia senhor velida!
En Lixboa, sobre lo ler,
barcas novas mandei fazer,
ai mia senhor velida!
Barcas novas mandei lavrar
e no mar as mandei deitar,
ai mia senhor velida!
Barcas novas mandei fazer
e no mar as mandei meter,
ai mia senhor velida!
Postado por
Fernando Martins
às
00:46
0
bocas
Marcadores: Amancio Prada, En Lixboa sobre lo mar, Galiza, Joán Zorro, Lisboa, poesia







