segunda-feira, dezembro 02, 2013

Maria Callas nasceu há 90 anos!

Maria Callas (Nova Iorque, 2 de dezembro de 1923 - Paris, 16 de setembro de 1977) foi uma cantora lírica americana de ascendência grega, considerada a maior celebridade da Ópera no século XX e a maior soprano e cantora de todos os tempos. Apesar de também famosa pela sua vida pessoal, o seu legado mais duradouro deve-se ao impulso a um novo estilo de atuação nas produções operáticas, à raridade e diferença do seu tipo de voz e ao resgate de óperas há muito esquecidas do bel canto, estreladas por ela.

Biografia
Nascida Maria Cecilia Sofia Anna Kalogeropoulou, Callas era filha de imigrantes gregos e, devido a dificuldades económicas, teve que regressar à Grécia com a sua mãe, em 1937. Estudou canto no Conservatório de Atenas, com a soprano coloratura Elvira de Hidalgo.
Existem diferentes versões sobre a sua estreia. Alguns situam-na em 1937, como Santuzza, numa montagem estudantil da Cavalleria Rusticana, de Mascagni; outros, na Tosca (Puccini), de 1941, na Ópera de Atenas. De todo modo, o seu primeiro papel na Itália teve lugar em 1947, na Arena de Verona, com a ópera La Gioconda, de Ponchielli, sob a direção de Tullio Serafin, que logo se tornaria seu "mentor".
Callas começou a despontar no cenário lírico em 1948, com uma interpretação bastante notável para a protagonista da ópera Norma, de Bellini, em Florença. Todavia, sua carreira só viria a projetar-se à escala mundial no ano seguinte, quando a cantora surpreendeu crítica e público ao alternar, na mesma semana, récitas de I Puritani, de Bellini, e Die Walküre, de Wagner. Ela preparara o papel de Elvira para a primeira ópera em apenas dois dias, a convite de Serafin, para substituir quem realmente faria aquele papel. Para se ter ideia do seu feito, é o mesmo que pedir para Birgit Nilsson, famosa soprano dramático para cantar Violetta em La Traviata, e como Callas não teve tempo para aprender o libretto completo, apenas a música, tanto que o ponto lhe soprou o texto.
A partir dos anos 1950, Callas começou a apresentar-se regularmente nas mais importantes casas de espetáculo dedicadas à ópera, tais como La Scala, Covent Garden e Metropolitan. São os seus anos áureos e, ao lado de sua fama como cantora internacional, também vai sua fama de temperamental, muitas vezes excessivamente por causa do seu perfecionismo. Famosa foi a sua rivalidade com Renata Tebaldi e as disputas públicas, através de declarações para jornais, que várias vezes lhe renderam a primeira página, assim como seus triunfos operáticos. Era uma figura extremamente pública e contribuiu para reacender o estrelato da ópera e dos seus intérpretes. Alguns críticos inclusive afirmam que até nas gravadoras havia uma divisão, para acirrar as disputas entre Callas e Tebaldi, e para influenciar as comparações entre gravações feitas por Tebaldi ao lado do tenor Del Monaco, e Callas ao lado de Di Stefano. A sua voz começou a apresentar sinais de declínio no final dessa década, e a cantora diminuiu consideravelmente as suas participações em montagens de óperas completas, limitando sua carreira a recitais e noites de gala e terminando por abandonar os palcos em 1965. O seu abandono deveu-se em grande parte ao desequilíbrio emocional da cantora, que ao conhecer o magnata grego Aristóteles Onassis, dedica-se integralmente ao seu amado, afirmando ter começado ali sua vida de verdade. Foi quando ela parou de ensaiar, adiou e cancelou apresentações, se tornou figura constante em noites de festa, bebendo inclusive, coisas que contribuíram para o declínio de sua voz e o fim da carreira. Em 1964, encorajada pelo cineasta italiano Franco Zefirelli, volta aos palcos em sua maior criação, Tosca, no Convent Garden, tendo como seu parceiro o amigo de longa data Tito Gobbi. Essa versão da Tosca está disponível em DVD (apenas o segundo ato) e em CD (completa) e entrou para a história do mundo operático. A sua última apresentação em uma ópera completa foi como Norma, em Paris, no ano de 1965, e, devido à sua saúde vocal debilitada, não aguentou até ao fim, desmaiando ao cair da cortina no fim da terceira parte.
No início dos anos 1970, passou a dedicar-se ao ensino de música na Juilliard School. Em 1974, entretanto, retornou aos palcos para realizar uma série de concertos pela Europa, Estados Unidos e Extremo Oriente ao lado do tenor Giuseppe di Stefano. Com sucesso no público, o programa foi todavia massacrado pela crítica especializada. A voz já não era a mesma, mas o que mantinha o público firme nas apresentações era o amor. A sua atuação foi prejudicada, pois uma vez que tinha que fazer muito mais esforço para manter a afinação, a entrega à interpretação não foi tão subtil como no passado.
Cantou em público pela última vez, a 11 de novembro de 1974, no Japão.
Onassis, então casado com Mrs. Kennedy, tem sérios problemas de saúde e vem a falecer. Callas começa agora um período de isolamento e, afastada do mundo, passa a viver na Avenue Georges Mandel, em Paris, com a companhia da governanta, Bruna, e do motorista, Ferruccio. Um possível regresso é ensaiado e preparada pelo cineasta Franco Zefirelli, mas Callas não tem mais a segurança do passado, pois faltava-lhe a vontade. Tenta realmente outras funções, como professora, diretora artística, mestre de coral, mas nada a satisfazia. Não sabia sequer como deslocar um coro. Começa a impor exigências absurdas para que aconteçam as apresentações. Essa é agora sua maneira de dizer não, exigindo o impossível. Uma gravação da Traviata, com o tenor em ascensão Luciano Pavarotti é estudada, mas o projeto logo é abandonado por Maria. Amigos ainda a visitam com frequência. Giulini (maestro), o crítico John Ardoin, mas Callas ja está "morta" há muito tempo, e, em 16 de setembro de 1977, ela simplesmente deixa de existir, pouco antes de completar 54 anos, no seu apartamento em Paris, por causa de um ataque cardíaco.
As suas cinzas foram atiradas ao Mar Egeu, como era a sua vontade.

Vida pessoal
Maria Callas foi a mais controversa e possivelmente a mais dedicada intérprete lírica. Com uma voz de considerável alcance, Callas encantou nos teatros mundiais de maior destaque. Esta intérprete, senhora de raros dotes vocais e interpretativos, revolucionou o mundo da Ópera, trazendo-a novamente às origens. Para Maria Callas a expressão vocal era primordial, em detrimento dos exageros vocais injustificados - tudo na Ópera tem que fazer sentido visando a dar ao público algo que o mova, algo credível.
Esta foi a mais destacada e famosa cantora lírica, e fez jus à sua fama, pois interpretou várias dezenas de Óperas de diversíssimos estilos. Callas perpetuou-se em papéis como Medea, Norma, Tosca, Violetta, Lucia, Gioconda, Amina, entre outros, continuando, nestes papéis, a não existir nenhuma artista que lhe faça sombra.
Um dos aspectos que certamente contribuiu para a lenda que se formou em torno de Maria Callas diz respeito à sua conturbada vida pessoal. Dona de um temperamento forte, que parecia a correlação perfeita para a intensa carga dramática com que costumava abordar as suas personagens no palco, tornou-se famosa por indispor-se com maestros e colegas em nome de suas crenças estéticas.
Em 1958, após ter abandonado uma récita de Norma na Ópera de Roma doente, foi fortemente atacada pela imprensa italiana, que julgou que a soprano queria ofender o presidente italiano, presente na plateia. O escândalo comprometeu sua carreira na Itália e, no mesmo ano, ela entrou em disputa com Antonio Ghiringhelli, dirigente do La Scala, que não mais a queria no teatro. Somente voltou a apresentar-se no La Scala em 1960, na ópera Poliuto de Donizetti; ainda em 1958, foi sumariamente demitida do Metropolitan por Rudolf Bing, que desejava que ela alternasse apresentações de La Traviata e Macbeth, óperas de Verdi com exigências vocais muito distintas para a soprano. À exigência de Bing, Callas, numa réplica célebre, respondeu que a sua voz não era um elevador.
Em 1959, rompeu um casamento de dez anos com seu empresário, G. B. Meneghini, muito mais velho do que ela. Manteve, em seguida, uma tórrida relação com o milionário grego Aristoteles Onassis, com quem não foi feliz e que rendeu variado material para jornais tablóides sensacionalistas.
Trabalhava intensamente e em mais de uma ocasião subiu aos palcos contra a recomendação dos seus médicos. Com uma forte constipação, escapou em 2 de janeiro de 1958 da Ópera de Roma pela porta dos fundos após um primeiro ato sofrível de Norma, de Bellini, em uma récita prestigiada pelo então presidente da Itália, Giovanni Gronchi, o que gerou o escândalo acima referido. Em 29 de maio de 1965, ao concluir a primeira cena do segundo ato de Norma, Callas desfaleceu e a apresentação foi interrompida. Depois disso, ela só cantaria em ópera mais uma vez, numa última apresentação de Tosca no Covent Garden de Londres, ao lado de Tito Gobbi.
Poucos sopranos podem rivalizar com Callas no que diz respeito à capacidade de despertar reações intensas entre seus admiradores e detratores. Elevada à categoria de "mito" e conhecida mesmo fora do círculo de amantes de ópera, ela criou em torno de si uma legião de entusiastas capazes de defender a todo custo os méritos da cantora. Apesar da mútua amizade, as disputas entre seus fãs e os de Renata Tebaldi tornaram-se célebres, chegando mesmo em alguns casos às vias de facto.

Características
Callas possuía uma voz poderosa com uma amplitude fora do comum. Isto permitia à cantora abordar papéis desde o alcance do mezzo-soprano até o do soprano coloratura. Com domínio perfeito das técnicas do canto lírico, possuía um repertório incrivelmente versátil, que incluía obras do bel canto (Lucia di Lammermoor, Anna Bolena, Norma), de Verdi (Un ballo in maschera, Macbeth, (La Traviata) e do verismo italiano (Tosca), e até mesmo Wagner (Tristan und Isolde, Die Walküre).
Apesar destas características, Callas entrou para a história da ópera por suas inigualáveis habilidades cénicas. Levando à perfeição a habilidade de alterar a "cor" da voz com o objetivo de expressar emoções, e explorando cada oportunidade de representar no palco as minúcias psicológicas de suas personagens, Callas mostrou que era possível imprimir dramatismo mesmo em papéis que exigiam grande virtuosismo vocal por parte do intérprete - o que usualmente significava, entre as grandes divas da época, privilegiar o canto em detrimento da cena.
Muitos consideram que seu estilo de interpretação imprimiu uma revolução sem precedentes na ópera. Segundo este ponto de vista, Callas seria tributária da importância que assumiram contemporaneamente os aspectos cénicos das montagens. Em particular, é claramente perceptível desde a segunda metade do século XX uma tendência entre os cantores em favor da valorização de sua formação dramática e de sua figura cénica - que se traduz, por exemplo, na constante preocupação em manter a forma física. Em última análise, esta tendência foi responsável pelo surgimento de toda uma geração de sopranos que, graças às suas habilidades de palco, poderiam ser considerados legítimos herdeiros de Callas, tais como Joan Sutherland ou Renata Scotto.


domingo, dezembro 01, 2013

Gilbert O'Sullivan - 68 anos

Gilbert O'Sullivan (Waterford, 1 de dezembro de 1946), nome artístico de Raymond Edward O'Sullivan, é um cantor e compositor irlandês.
Teve como seus maiores sucessos os hits do início dos anos 70 "Alone Again (Naturally)", "Clair" e "Get Down".


A cantora Janelle Monáe faz hoje 28 anos

Janelle Monáe Robinson (Kansas City, Kansas, 1 de dezembro de 1985) conhecida apenas como Janelle Monáe, é uma cantora, compositora e bailarina norte-americana. Lançou em 2008 Metropolis: Suite I (The Chase). O EP foi bem recebido pela crítica, dando a Monáe, em 2009, uma nomeação para o Grammy Best Urban/Alternative Performance, pelo single "Many Moons".


Janelle Monáe Robinson (born December 1, 1985), known as Janelle Monáe, is an American R&B and soul musician, composer and record producer signed to Wondaland Art Society, Bad Boy Records and Atlantic Records. After making a mark with her first unofficial EP, The Audition, Monáe debuted with a conceptual EP, Metropolis: Suite I (The Chase). The EP had a modest commercial impact, peaking at No. 115 on the Billboard charts in the United States.
In 2010, Janelle Monáe released her debut studio album, The ArchAndroid, a concept album sequel to her first EP; it was released by Bad Boy Records. This album received acclaim from critics and garnered a nomination for Best Contemporary R&B Album at the 53rd Grammy Awards. The song "Tightrope" was also nominated for Best Urban/Alternative Performance at the same ceremony. This album was also more successful commercially, officially reaching the number 17 spot on the Billboard Charts.
Her success has also garnered her six Grammy nominations. In March 2012, "We Are Young", the song by the band fun. on which Monáe makes a guest appearance, reached number 1 on the Billboard Hot 100 chart, her first appearance in the US Top 10. In August 2012, Monáe was chosen as the newest addition to the CoverGirl spokeswomen lineup. On September 10, 2013, Monáe released her second studio album, The Electric Lady, to critical acclaim. Boston City Council named October 16, 2013 "Janelle Monae Day" in the city of Boston in recognition of her artistry and social leadership.


Discography

Awards and nominations
Year Award Category Result
2008 Grammy Awards Best Urban/Alternative Performance ("Many Moons") Nominated
2010 ASCAP Awards Vanguard Award Won
MTV Video Music Awards Best Choreography ("Tightrope") Nominated
MTV Video Music Brazil Aposta Internacional (International Bet) Nominated
Soul Train Awards Centric Award - Best Dance Performance Won
Best Dance Performance ("Tightrope") Nominated
MOBO Awards Best International Act Nominated
2011 Essence Awards Black Women in Music Award Won
Best of the Booth Award Best R&B/Pop Album of 2010 (The ArchAndroid) Won
Grammy Awards Best Contemporary R&B Album (The ArchAndroid) Nominated
Best Urban/Alternative Performance ("Tightrope") Nominated
International Dance Music Awards Best Breakthrough Artist (solo) Nominated
O Music Awards Best iTunes LP (The ArchAndroid) Nominated
NME Awards Best Track ("Tightrope") Won
2012 BET Black Girls Rock! Awards Young, Gifted & Black Award Won
2013 2013 Grammy Awards Album of the Year (Some Nights); featured artist Nominated
Record of the Year ("We Are Young") Nominated
Best Pop Duo/Group Performance ("We Are Young") Nominated
MTV Video Music Awards Best Art Direction ("Q.U.E.E.N.") Won
Soul Train Awards Best R&B/Soul Artist Pending
The Ashford and Simpson Songwriter's Award ("Q.U.E.E.N.") Pending
Best Dance Performance ("Q.U.E.E.N.") Pending
Video of the Year ("Q.U.E.E.N.") Won
Best Collaboration ("Q.U.E.E.N.") Pending
Billboard's Women in Music Rising Star Award Won



Jaco Pastorius nasceu há 62 anos

Jaco Pastorius, de nome próprio John Francis Anthony Pastorius III (Norristown, Pensilvânia, 1 de dezembro de 1951 - Fort Lauderdale, Flórida, 21 de setembro de 1987), foi um baixista de jazz norte-americano. É considerado por muitos como um dos mais influentes baixistas de todos os tempos.

Biografia
Era o primeiro filho, dos três filhos, do casal John Francis Pastorius II, que era baterista, e Stephanie Katherine Haapala.
Ainda muito jovem, entretanto, mudou-se para Fort Lauderdale, na Florida. Entre outras curiosidades não muito conhecidas, Pastorius foi acólito no Colégio Católico St. Clement, em Wilton Manors, cidade próxima de Fort Lauderdale, dentro do condado de Broward.
A alcunha "Jaco" tem origem na sua ligação com o desporto. Como o apelido de seu pai era Jack, começaram a chamá-lo de Jacko, em referência ao jogador de beisebol, Jocko Colon. Quando o pianista francês Alex Darqui escreveu um recado para Pastorius, utilizou a grafia JACO. Pastorius gostou então dessa forma de soletrar seu apelido e adotou a partir de então: Jaco.
Além de seguir os passos de seu pai como baterista, Pastorius era fã de desportos, e jogava beisebol, basquetebol e futebol americano, desde jovem. Numa partida de futebol americano, sofreu um acidente onde quebrou o seu pulso esquerdo, comprometendo a agilidade como baterista. Nessa época, tocava bateria no conjunto Las Olas Brass. David Neubauer, então baixista do Las Olas, saiu do grupo, permitindo então que Pastorius assumisse a sua posição, por volta de 1970. O Las Olas Brass fazia covers de Aretha Franklin, Otis Redding, Wilson Pickett, James Brown.
Segundo as próprias palavras de Pastorius, as suas principais influências musicais foram: "James Brown, The Beatles, Miles Davis, e Stravinsky, por essa ordem." Além desses, Jaco cita outros nomes como Jerry Jemmott, James Jamerson, Paul Chambers, Harvey Brooks, Tony Bennett, Sinatra, Duke Ellington, Charlie Parker, e cita com especial atenção o nome de Lucas Cottle, um desconhecido baixista neozelandês que tem algumas gravações ao lado de Pastorius.
Em 1974, começou a tocar com Pat Metheny, hoje uma lenda viva da guitarra, chegando a gravar um álbum juntos, "Jaco" (1974), o primeiro álbum da carreira do baixista, pouco conhecido e ao contrário do que muitos pensam. Em 1976, Jaco gravou o seu segundo álbum, produzido pela Columby Productions - Epic, instantaneamente reconhecido como um clássico no cenário jazzístico da época. Foi então convidado a fazer parte do Weather Report, onde gravou em 1977 o álbum Heavy Weather, nomeado para o Grammy e um dos álbuns de fusion mais famosos de todos os tempos.
Ainda em 1976, Jaco gravou o álbum Bright Size Life, disco de estreia de Pat Metheny, considerado "marco zero" na história do jazz fusion. De 1976 é também o álbum Hejira, da cantora e compositora Joni Mitchell, com Jaco numa excecional performance.
No início da década de 80, Jaco aprofundou um projeto solo, acompanhado de metais, e o desejo de conduzir uma big band com as linhas de baixo deu origem a banda Word of Mouth, que lançou em 1981 um disco homónimo, distribuído pela Warner. O disco foi um hit de costa a costa nos Estados Unidos, com performances virtuosas de Herbie Hancock, Wayne Shorter e Peter Erskine.
O ano de 1984 marca o início do declínio desse génio dos graves, e após a dissolução da Word of Mouth, cortado da Warner, Jaco produz o material de Holiday for Pans, juntamente com Othelo Molineaux (steel drums), disco que não chegou a ser lançado, pois Jaco não conseguira um contrato com nenhuma distribuidora. Os originais foram roubados e recuperados posteriormente, mas o material já não poderia ser totalmente aproveitado. Um recorte de Holiday for Pans, renomeado de Good Morning Anya, foi incorporado a coletânea Jaco Anthology Punk Jazz, lançada pela Rhino Records, em 2003.
Jaco utilizava um baixo Fender Jazz Bass 62, que foi roubado em 1986, criando-se um mito a respeito do desaparecimento do "Bass of Doom" (como ficou conhecido). Recentemente foi recuperado pelo baixista Robert Trujillo, que ainda tem o instrumento. Para algumas faixas, utilizava um efeito "flanger". Utilizava bastante alternância entre os captadores da ponte e do braço, equilibrando o timbre que desejava utilizar. Certo dia, Jaco resolveu arrancar os trastes de seu baixo elétrico e foi o primeiro a tocar com a precisão de um violoncelista, inovando a técnica e ampliando as possibilidades. Ou, como disse um crítico, trouxe maturidade ao instrumento.
Na metade da década de 80, Pastorius começou a apresentar problemas mentais, e sintomas do chamado distúrbio bipolar, síndrome de pânico e depressão, relacionada com o uso excessivo de drogas e álcool. Esse distúrbio tornou-o mundialmente famoso pelo seu comportamento exagerado e excêntrico, para não dizer bizarro. Certa vez, quando se apresentavam em Tóquio, foi visto completamente nu e aos gritos sobre uma moto em alta velocidade. As suas performances como instrumentista também mudaram, o seu gosto pelo excêntrico e pelas dissonâncias, tornou-se exagerado e de certa forma incompreensível. Jaco passa a tocar em clubes de jazz em Nova York e na Flórida, tendo caído no conceito popular e transformado-se na "ovelha negra" do meio musical-jazzístico da época.
O trágico fim de John Francis Anthony Pastorius III inicia-se a 11 de setembro de 1987. Após um show de Carlos Santana, dirigiu-se ao Midnight Bottle Club, em Wilton Manors, na Flórida. Após ter um comportamento exibicionista e arrogante, entra em uma luta com o segurança do clube, chamado Luc Havan. Como resultado da luta, sofre um traumatismo craniano e entra em coma durante dez dias. Depois que os aparelhos de suporte de vida foram retirados, o seu coração ainda bateu durante três horas. A morte do mais ilustre baixista de todos os tempos foi a 21 de setembro de 1987, faltavam 10 semanas para completar 36 anos. Foi enterrado no cemitério Queen of Heaven, em North Lauderdale.
Uma das maiores homenagens prestadas a ele, foi feita pelo trompetista Miles Davis, que gravou a música Mr. Pastorius, composição do baixista Marcus Miller, lançada no álbum Amandla.


David Ben-Gurion, o primeiro chefe do governo de Israel, faleceu há 40 anos

David Ben-Gurion (Płońsk, 16 de Outubro de 1886 - Tel HaShomer, 1 de dezembro de 1973), judeu polaco, foi o primeiro chefe de governo de Israel. Ben-Gurion foi um líder do movimento do Sionismo socialista e um dos fundadores do Partido Trabalhista (Miflêguet Haavodá), que esteve no poder em Israel ao longo das primeiras três décadas da existência do Estado.

Início de vida
Ben-Gurion nasceu com o nome de David Grün na Polónia, que era então parte do Império Russo. Seu pai, Avigdor Grün, foi um advogado e um líder no movimento Hovevei Zion. A sua mãe, Scheindel, morreu quando ele tinha 11 anos. Quando estudava na Universidade de Varsóvia, ingressou no movimento marxista Poale Zion, em 1904. Foi preso duas vezes durante a Revolução Russa de 1905. Chocado pelos pogrons e o anti-semitismo exacerbado que atormentava a vida judaica no Leste Europeu, tornou-se um apaixonado sionista e socialista e imigrou para a Palestina em 1906, à época sob o controle do Império Otomano. Ali tornou-se um importante líder da Poale Zion junto com Yitzhak Ben-Zvi.
Na Palestina, trabalhou pela primeira vez na agricultura, na colheita de laranja. Em 1909, passou a participar da Hashomer, uma força de voluntários que ajudavam a proteger as comunidades judaicas agrícolas isoladas. Em 7 de novembro de 1911, Ben Gurion chegou a Tessalónica, a fim de aprender turco para os seus estudos de Direito. A cidade, que tinha uma grande comunidade judaica, impressionou Ben Gurion, que a chamou de "uma cidade judaica sem igual no mundo". Também percebeu ali que "os judeus eram capazes de todos os tipos de trabalho", desde ricos empresários a comerciantes, artesãos e porteiros.
Também trabalhou como jornalista, adotando o nome hebraico Ben-Gurion, quando iniciou a sua carreira política. Em 1915 ele foi expulso da Palestina, então sob o domínio do Império Otomano, devido às suas atividades políticas.
Passando a viver em Nova Iorque em 1915, conheceu a sua futura mulher, Paula Munweis, nascida na Rússia. Casaram-se em 1917 e tiveram três filhos. Após a Primeira Guerra Mundial, a família regressou à Palestina, então sob controle da Grã-Bretanha.

Liderança sionista
Ben-Gurion foi um dos líderes políticos do movimento do Sionismo Trabalhista durante os quinze anos anteriores à criação do Estado de Israel, em que o Sionismo Trabalhista se havia tornado a tendência dominante dentro da Organização Sionista Mundial.
Ele combinou o idealismo com um sentido prático oportunista.
Em 1938, num encontro com sionistas trabalhistas da Grã-Bretanha, Ben-Gurion afirmou:"Se eu soubesse que seria possível salvar todas as crianças da Alemanha ao trazê-las para a Inglaterra ou apenas metade ao transportá-las para a Terra de Israel, então eu optaria pela segunda alternativa. Pois temos que tomar em consideração não apenas as vidas destas crianças mas também a história do povo de Israel."
Ben-Gurion encorajou os judeus a associarem-se ao exército britânico e ao mesmo tempo ajudou a orquestrar a imigração ilegal de milhares de refugiados judeus europeus para a Palestina, no período em que os britânicos tentavam bloquear a imigração judaica para a Palestina.
Ele é também considerado o arquiteto da Yishuv, que criou um estado judaico dentro do estado e da Haganá, a força paramilitar do movimento trabalhista sionista, que facilitava a imigração clandestina, defendia os kibbutzs e outros aglomerados judaicos contra os ataques árabes, além de promover ataques a tropas inglesas e a civis árabes. O Haganá foi a espinha dorsal da agência secreta israelita Mossad e das futuras Forças de Defesa de Israel.
A incapacidade inglesa em fazer frente aos ataques terroristas de grupos judeus, fator somado à liderança política e paramilitar de Ben Gurion, forçou os britânicos a conceder aos judeus um estado na Palestina, ao terminarem o Mandato da Liga das Nações, com base na Resolução 181 das Nações Unidas, referente ao Plano de Partição do território, para constituição de um estado judeu e um estado árabe.
Durante o período pré-estado na Palestina, Ben-Gurion foi um dos principais representantes políticos judaicos e tornou-se conhecido como um moderado. Os britânicos negociavam frequentemente com o Haganá por vezes para mandar prender grupos mais radicais envolvidos na resistência contra os britânicos.
Ben-Gurion era um forte oponente do movimento do Sionismo Revisionista, liderado por Zeev Jabotinsky e o seu sucessor, Menachem Begin.
Ele também esteve envolvido em casos de violência ocasional da resistência durante o curto período de tempo em que a sua organização cooperou com o Irgun de Menachem Begin. No entanto, durante as primeiras semanas da independência de Israel, decidiu desmantelar todos os grupos de resistência e substituí-los por um exército oficial. Com esse propósito, Ben-Gurion deu a ordem de abrir fogo e afundar um navio chamado Altalena, que transportava munição para o grupo de resistência Irgun (também chamado de Etzel ). Esta ordem permanece controversa até hoje.

Primeiro ministro
Ben-Gurion foi o líder de Israel durante a Guerra da Independência de Israel e tornou-se primeiro-ministro de Israel a 25 de janeiro de 1948, um cargo que ocuparia até 1963, com a interrupção de 1953 - 1955.
Em 1953, Ben-Gurion anunciou a sua intenção de se retirar do governo e instalar-se no Kibbutz Sde-Boker, no deserto do Negev. Não deixando inteiramente os seus afazeres governamentais, ele residiu ali em 1954.
De regresso ao governo, Ben Gurion colaborou com os britânicos e os franceses no plano da Guerra do Sinai de 1956, durante a qual Israel atacou a Península do Sinai em retaliação pelos raides do Egito, dando desta forma um pretexto às forças britânicas e francesas para intervir e assegurar o controle do Canal do Suez após o presidente do Egipto Gamal Abdel Nasser ter anunciado a sua nacionalização. A intervenção dos Estados Unidos e das Nações Unidas forçou os britânicos, franceses e israelitas a retirar-se.

Há 58 anos, uma mulher chamada Rosa Parks começou uma revolução pacífica na América

Rosa Parks em 1955, com Martin Luther King, Jr. ao fundo

Rosa Louise McCauley, mais conhecida por Rosa Parks (Tuskegee, 4 de fevereiro de 1913Detroit, 24 de outubro de 2005), foi uma costureira negra norte-americana, símbolo do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Ficou famosa, por, a 1 de dezembro de 1955, ter-se recusado frontalmente a ceder o seu lugar no autocarro a um branco, tornando-se o rastilho do movimento que foi denominado Boicote aos Autocarros de Montgomery e posteriormente viria a marcar o início da luta antissegregacionista nos Estados Unidos da América.

Biografia
Nascida em Tuskegee, no estado do Alabama, no Sul dos Estados Unidos, Rosa era filha de James e Leona McCauley, e cresceu numa fazenda. Devido a problemas de saúde na família, foi obrigada a interromper os seus estudos e começou a trabalhar como costureira.
Em 1932 casou-se com Raymond Parks, membro da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP), uma organização que luta pelos direitos civis dos negros, da qual Rosa se tornou militante.
Foi através dessa atitude que o então jovem pastor negro Martin Luther King Jr., concordando com a atitude de Rosa Parks, incentivava nos seus sermões os negros fiéis da sua congregação a fazerem o mesmo.
Este movimento teve grande repercussão nos Estados Unidos na década de 1950, pois o honroso pastor pregava pelos direitos civis dos negros americanos através da teoria "say at less… I'm black, I'm proud" (tradução livre: "ao menos diga... Eu sou negro, com muito orgulho"), que mudou completamente a história dos Direitos Civis para os negros americanos e influenciou gerações de negros no mundo inteiro. A atitude solitária de Rosa Parks, ao ser acolhida por Martin Luther King, Jr., nunca mais foi uma atitude solitária. Depois de se aposentar, escreveu a sua autobiografia. Os anos finais de sua vida foram marcados pela Doença de Alzheimer e, no ano de 2005, morreu de causas naturais.

Medalha de ouro do congresso, com a inscrição "Mãe do Movimento dos Direitos Civis dos dias de hoje"

Prémios e honrarias
  • 1976 Detroit renomeou a 12th Street com Rosa Parks Boulevard
  • 1979 A NAACP premiou Parks com a Spingarn Medal, a sua mais elevada distinção
  • 1980 Foi-lhe atribuída a Martin Luther King Jr. Award
  • 1983 Ela foi colocada no Women's Hall of Fame do estado do Michigan, pelos pelos seus feitos na luta pelos direitos civis
  • 1990
    • Parks foi convidada para fazer parte do grupo que deu as boas vindas a Nelson Mandela, depois de libertado da prisão na África do Sul
    • Parks deu o nome a parte da estrada Interstate 475, fora de Toledo, Ohio, que assim a homenageou
  • 1992: Foi-lhe atribuída a Peace Abbey Courage of Conscience Award, em conjunto com Benjamin Spock e outros, no Kennedy Library and Museum, em Boston, Massachusetts
  • 1996: Foi-lhe atribuída a Medalha Presidencial da Liberdade, do Presidente Bill Clinton
  • 1998: Primeira pessoa a receber o International Freedom Conductor Award, dado pelo National Underground Railroad Freedom Center
  • 1999: Medalha de Ouro do Congresso
  • 2005: Após a sua morte, a empresa americana de computadores Apple Inc. fez-lhe uma homenagem no seu site, publicando a sua foto enquanto jovem, num autocarro. Acima da foto, o logo da empresa e o mundialmente famoso slogan Think Different e por baixo da foto, a inscrição Rosa Parks: 1913 - 2005.

Hoje é 1 de Dezembro!

(imagem daqui)

Liberté

Sur mes cahiers d’écolier
Sur mon pupitre et les arbres
Sur le sable de neige
J’écris ton nom

Sur toutes les pages lues
Sur toutes les pages blanches
Pierre sang papier ou cendre
J’écris ton nom

Sur les images dorées
Sur les armes des guerriers
Sur la couronne des rois
J’écris ton nom

Sur la jungle et le désert
Sur les nids sur les genêts
Sur l’écho de mon enfance
J’écris ton nom

Sur les merveilles des nuits
Sur le pain blanc des journées
Sur les saisons fiancées
J’écris ton nom

Sur tous mes chiffons d’azur
Sur l’étang soleil moisi
Sur le lac lune vivante
J’écris ton nom

Sur les champs sur l’horizon
Sur les ailes des oiseaux
Et sur le moulin des ombres
J’écris ton nom

Sur chaque bouffées d’aurore
Sur la mer sur les bateaux
Sur la montagne démente
J’écris ton nom

Sur la mousse des nuages
Sur les sueurs de l’orage
Sur la pluie épaisse et fade
J’écris ton nom

Sur les formes scintillantes
Sur les cloches des couleurs
Sur la vérité physique
J’écris ton nom

Sur les sentiers éveillés
Sur les routes déployées
Sur les places qui débordent
J’écris ton nom

Sur la lampe qui s’allume
Sur la lampe qui s’éteint
Sur mes raisons réunies
J’écris ton nom

Sur le fruit coupé en deux
Du miroir et de ma chambre
Sur mon lit coquille vide
J’écris ton nom

Sur mon chien gourmand et tendre
Sur ses oreilles dressées
Sur sa patte maladroite
J’écris ton nom

Sur le tremplin de ma porte
Sur les objets familiers
Sur le flot du feu béni
J’écris ton nom

Sur toute chair accordée
Sur le front de mes amis
Sur chaque main qui se tend
J’écris ton nom

Sur la vitre des surprises
Sur les lèvres attendries
Bien au-dessus du silence
J’écris ton nom

Sur mes refuges détruits
Sur mes phares écroulés
Sur les murs de mon ennui
J’écris ton nom

Sur l’absence sans désir
Sur la solitude nue
Sur les marches de la mort
J’écris ton nom

Sur la santé revenue
Sur le risque disparu
Sur l’espoir sans souvenir
J’écris ton nom

Et par le pouvoir d’un mot
Je recommence ma vie
Je suis né pour te connaître
Pour te nommer

Liberté

in
Poésies et vérités (1942) - Paul Eluard

sábado, novembro 30, 2013

Billy Idol - 58 anos

Billy Idol, nome artístico de William Albert Michael Broad (Stanmore, Middlesex, 30 de novembro de 1955), é um músico britânico.
Teve a ideia de se autodenominar Billy Idol devido aos desenhos animados Sport Billy dos quais era um acérrimo fã (daí o Idol). Começou a sua carreira levando para os concertos uma mala igual à dos desenhos animados dos quais era fã.

Carreira
Iniciou a sua carreira musical como integrante do Bromley Contingent, um grupo de seguidores do Sex Pistols, que incluía membros do The Clash e Siouxsie and the Banshees. Billy uniu-se a Tony James (que depois foi para os Sigue Sigue Sputnik e Sisters of Mercy) e ambos faziam parte da primeira formação da lendária e famosa banda punk Chelsea. Pouco depois deixaram o Chelsea e formaram a banda Generation X, cujo nome veio de um livro sobre a Cultura Rock da Juventude dos Anos 60. O Generation X que, para além do próprio Idol na guitarra e voz, tinha Tony James no baixo e John Towe na bateria, estourou em Londres em 1979.
Após três discos lançados, o grupo acaba em 1980 e já no ano seguinte, Billy Idol resolve investir numa carreira a solo. Mudou-se em definitivo para os Estados Unidos e, ao lado do respeitadíssimo guitarrista Steve Stevens, lançou grandes hits como "Dancing With Myself", "Mony Mony", "White Wedding", "Rebel Yell", "Eyes Without a Face", "Flesh For Fantasy", "Sweet Sixteen", "Don't Need a Gun" e "Cradle Of Love".
Em 19 de janeiro de 1991, Billy Idol fez a sua primeira apresentação no Brasil, na segunda edição do Rock In Rio. No dia seguinte, ele fez outra apresentação no Festival, que foi decidida em cima da hora pela produção, para substituir Robert Plant (ex-Led Zeppelin), que tinha cancelado, na véspera, a sua apresentação, com a justificação da Guerra do Golfo. Mas Idol não deixou a desejar e protagonizou, novamente, uma das melhores apresentações daquele festival.
O cantor permaneceu um longo tempo em silêncio na década de 90, onde lançou apenas o álbum "Cyberpunk". Em 2002, ele gravou o acústico “Storytellers” para o canal de televisão norte-americano VH1 e em 2005 volta as paradas com o álbum Devil's Playground.
Em 2008 lançou o CD e DVD "The Very Best Of Billy Idol: Idolize Yourself", uma coletânea dos principais sucessos, com duas faixas novas, John Wayne e New Future Weapon.


NOTA: para mim Billy Idol é, ao mesmo tempo, a alegria de um músico inesquecível e a tristeza de recordar uma amiga que partiu este ano e que era a sua fã número um, a Lígia... Homenageemos ambos com uma música deste cantor:

Porque hoje é dia de recordar Fernando Pessoa

(imagem daqui)

Aniversário

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.

Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui…
A que distância!…
(Nem o acho…)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!

O que eu sou hoje é como a humidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes…
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas
lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio…

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos…
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim…
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!


Fernando Pessoa

Dougie Poynter, baixista dos McFly, faz hoje 26 anos

Dougie Lee Poynter (Essex, 30 de novembro de 1987) é o baixista da banda britânica McFly, ao lado de Danny Jones, Tom Fletcher e Harry Judd. Ele é o membro mais novo da banda, tendo quinze anos quando ingressou nesta.

Infância
Poynter nasceu no Hospital Orsett, a 30 de novembro de 1987, mas viveu a maior parte de sua infância em Corringham, Essex, onde viveu com sua mãe, Samantha, e a sua irmã mais nova, Jazzie, até à sua entrada na banda.

McFly
Ele foi escolhido para entrar nos McFly aos 15 anos, após audições feitas por Tom Fletcher e Danny Jones, ao lado de Harry Judd, que entrou como baterista. Ele toca baixo, violão, guitarra e faz ainda vocais de apoio (coros) nos McFLY, ocasionalmente fazendo solos vocais e instrumentais. Ele também escreveu o single "Transylvania", com Tom Fletcher, entre outras canções, como "Silence is a Scary Sound" e "Ignorance".

Baixos
Dougie usa, maioritariamente, baixos Ernie Ball Musicman. Atualmente ele tem usado mais Sterling, mas também usou muitos StingRay. Ele possui três baixos com luzes no braço, sendo um azul, um verde e um de uma cor indefinida, rosa ou fúcsia. Poynter recentemente comprou um baixo e pagou para Drew Brophy fazer um desenho nesse instrumento. Esse baixo foi usado, até agora, apenas uma vez.

Televisão e cinema
Em janeiro de 2005, ele e os outros membros da banda participaram de um episódio da série britânica Casualty. Em 2007 fizeram uma participação especial no episódio "The Sound of Drums" da série Doctor Who. Eles também apareceram no Ghost Hunting With. Em 2006 estiveram na comédia Just My Luck, protagonizada por Lindsay Lohan e Chris Pine, onde fizeram o papel deles mesmos.
Participaram de vários eventos musicais, incluindo o T4 on the Beach e no primeiro Nickelodeon Kids Choice Awards anual do Reino Unido.
Em 5 de outubro de 2008 e em 31 de maio de 2009 participaram do Domingão do Faustão, um programa de auditório brasileiro, tiveram uma entrevista com Sabrina Sato do Pânico na TV, um programa humorístico e gravaram no programa Casseta & Planeta, urgente!. Em 2011 ganhou o reality show britânico I'm a celebrity...Get me out of here!.

Linha de roupas
Dougie possui duas linhas de roupas, a Zukie Clothing, que é formada por ele, dois amigos e a Saint Kidd. As duas possuem Twitters que são atualizadas com novidades da linhas de roupas e fotos.

Vida pessoal
Poynter namorou Frankie Sandford, do grupo The Saturdays, mas o namoro terminou em 2010. Dougie passou algum tempo numa clínica de reabilitação após a separação. Em 2011, começou a namorar Lara Carew-Jones.


Roger Glover, dos Deep Purple, faz hoje 68 anos

Roger David Glover (Brecon, 30 de novembro de 1945) é o baixista dos Deep Purple. Ele entrou para o grupo em 1969, juntamente com Ian Gillan, para substituir Nick Simper e Rod Evans, respectivamente.

Início de carreira
Nascido perto de Brecon, País de Gales, Glover mudou com a sua família para St. Helens, antes de se instalar na área de South Kensington, em Londres, com 10 anos de idade. Naquela época, os interesses de Glover começaram a mudar para o rock e quando tinha treze anos, Glover começou a tocar guitarra. Ele mais tarde mudou-se para o norte Londres e, enquanto estava em Harrow County School for Boys Glover, formou a sua primeira banda, Madison, com um grupo de amigos, que mais tarde se fundiu com uma banda rival para se tornar nos Episode Six.

Os Deep Purple e como cantor a solo
Depois de passar quatro anos com os Deep Purple, quando a banda teve os  álbuns seus com lançamentos mais bem sucedidos, como Rock e Machine Head, Glover, juntamente com Gillan, abandonaram a banda após a segunda turnê dos Deep Purple, no Japão, no verão de 1973.
Ao longo da década de 1970, Glover passou a produzir discos de bandas como Judas Priest, Nazareth, Elf, Ian Gillan Band, e David Coverdale.
Em 1974, Glover lançou o seu primeiro álbum solo, Butterfly Ball, e em 1978, lançou o seu segundo álbum a solo, Elements.
De 1979 a 1984, ele era o baixista, compositor e produtor da banda de Ritchie Blackmore a solo, os Rainbow, trabalhando em quatro álbuns de estúdio do grupo.
Em 1983 gravou o seu terceiro álbum solo, Mask, lançado no ano seguinte. Quando, em abril de 1984 a banda Deep Purple foi recriada, Glover voltou para a sua antiga banda, onde ele permaneceu durante as últimas duas décadas e meia.
Em 1988, Glover e o colega dos Deep Purple, Ian Gillan, gravaram um álbum, como projeto paralelo à banda, Accidentally on Purpose. Quase duas décadas depois, Glover tocou com Ian Gillan durante a breve turnê de Gillan, a solo, em 2006.
Em 2002, Glover lançou o seu quarto álbum a solo, intitulado Snapshot, sob o nome de Roger Glover & The Guilty Party. O álbum contou com performances de Randall Bramblett (com quem compartilhou os créditos de várias faixas), bem como a filha de Glover, Gillian.
Em 2011, Glover lançou seu quinto álbum solo, If Life Was Easy, que contou com participações especiais de Dan McCafferty, dos Nazareth, e Pete Agnew, bem como Gallay Walther e Daniel "Sahaj" Ticotin.