domingo, fevereiro 05, 2012

Duff McKagan, o ex-guitarrista dos Guns N' Roses, nasceu há 48 anos

Michael Andrew McKagan conhecido como Duff McKagan (Seattle, 5 de fevereiro de 1964) é um baixista, guitarrista, vocalista e compositor estadunidense, ex-integrante dos Guns N' Roses. Sua maior influência é Sid Vicious, do Sex Pistols, e ele diz ter roubado 127 carros antes de entrar para a música.

Teve contato com o baixo a primeira vez por influência de seu irmão mais velho, Bruce. Duff é o filho mais novo do casal Elmer e Alice Marie McKagan. Duff descreve Seattle como "uma grande cidade do Rock N' Roll com um hip no cenário underground".
Duff tocou, ao todo, em 31 bandas no underground de Seattle, incluindo bandas como Ten Minute Warning e uma banda de hard-core punk chamada The Fartz. Aos 19 anos se mudou para o sul da Califórnia onde conheceu Slash e Steven Adler formando a banda Road Crew. A banda se separou mas eles manteriam o contato, o que originaria posteriormente o convite de Duff para os dois ingressarem no Guns N' Roses.
"Quando conheci Slash e Steven pela primeira vez foi estranho, pois nunca tinha conhecido caras como aqueles. Saímos e ficamos bêbados aquela noite. Criamos uma banda naquela noite. Era a banda do Slash. A Road Crew!"
Duff McKagan
Após recrutar os membros do LA Guns, Axl Rose e Izzy Stradlin', o Guns N' Roses estava formado. Após um momento, Axl largou sua banda, Hollywood Rose, pelo LA Guns. Isso gerou alguns problemas pois Izzy agendou shows com as duas bandas em datas iguais — e não apareceu em nenhum deles. Os problemas das duas bandas geraram o nascimento de uma: Guns N' Roses. A nova formação finalizou-se em 6 de junho de 1985. Após dois dias de preparação, Duff e a banda tocaram na terça à noite pela primeira vez num bar conhecido como Troubadour.
Duff é um grande fã de bandas como Sex Pistols, Ramones e The Misfits — a música que Duff canta no álbum The Spaghetti Incident? e nas apresentações ao vivo da era Use Your Illusion eram do The Misfits). Em 1990 ele e Slash ajudaram Iggy Pop a escrever seu álbum Brick by Brick.
Duff casou-se pela primeira vez em 28 de maio de 1988 com Mandy Brix, de quem se separou em 1990. Casou novamente em setembro de 1992 com Linda Johnson e separou-se dela em setembro de 1995.
Viciado em drogas e álcool, enquanto Stradlin' (não há informações reais que sua saída tenha relação com drogas), e Steven Adler deixaram a banda em 91 e 90 respectivamente. Stradlin retornaria na era Use Your Illusion devido a um acidente de motocicleta que impossibilitou Gilby Clarke, novo guitarrista base de tocar alguns shows devido a uma fratura no pulso. Duff sobreviveu de forma volátil por 11 anos no GN’R. Em 1993 começou seu projeto solo, com o álbum Believe In Me. Em 1997 foi anunciada sua saída oficial da banda. Nesse mesmo ano, escondido da imprensa e do grande público, Duff foi submetido a uma cirurgia de emergência no pâncreas, o que o obrigou a parar de vez com o consumo de álcool.
Em 27 de agosto de 1997 teve sua primeira filha, Grace, com Susan Holmes, casaram-se em 28 de Agosto de 1999 e em 16 de Julho de 2000 tiveram outra filha, Mae Marie.
Com o passar dos anos Duff abandonou os seus vícios tornando-se um bom pai.
Colaborou com o projeto solo de Slash, que foi o de maior renome dentre os membros que fizeram carreira solo. Chegou a lançar um CD com o supergrupo chamado Neurotic Outsiders onde era guitarrista e vocalista, Matt Sorum e companheiro da era Use Your Illusion no Guns era baterista e tinha ainda Steven Jones [ex-Sex Pistols], guitarrista e John Taylor [Duran Duran], no baixo.
Tentou a sorte como ator em 1997 onde interpretava um "vampiro rocker morto".
Duff viveu entre Los Angeles e Seattle durante o período de 1994 a 1999 devido a doença de Parkinson a qual sua mãe lutou nesse período, e Duff sentiu que tinha de estar perto. Sua mãe faleceu no início de Abril de 1994 e desde então Duff vive em Seattle. Participou de bandas pequenas que ele criou e desfez rapidamente entre 2000 e 2001. Participou em 2001 de uma tournée pelo Japão com Izzy Stradlin', este que divulgava seu álbum solo "River".
Desde Abril de 2002 toca no projeto dos ex-Guns N' Roses Slash e Matt Sorum, o Velvet Revolver.
A banda Loaded, liderada pelo baixista Duff McKagan, abriu dois shows do Guns N' Roses no dia 16/12/2011 em Seatle, nos EUA, e no dia 17/12/2011 em Vancouver, no Canadá. Como em 2010, Duff subiu ao palco do Guns N' Roses como convidado especial. Ele tocou You Could Be Mine nos dois shows, além de Civil War em Vancouver.

sábado, fevereiro 04, 2012

Falco morreu há 14 anos

Falco (Viena, 19 de fevereiro de 1957 - Puerto Plata, 6 de fevereiro de 1998) foi o pseudónimo com que o cantor austríaco Johann (Hans) Hölzel se apresentava.
Estudou no Conservatório de Música de Vienna. Antes de obter sucesso internacional, tocava baixo na banda de hard rock austríaca Drahdiwaberl. Como artista solo, Falco se interessou pelos sons e ritmos da música rap, tornando-se um dos primeiros na Europa a incorporar tal estilo nas músicas pop e rock. Ele é mais conhecido internacionalmente pela canção "Rock Me Amadeus" (inspirada pelo filme Amadeus) de seu álbum Falco 3, que se tornou um "hit" mundial em 1986, atingindo o número 1 na lista dos singles mais vendidos nos Estados Unidos da Revista Billboard.
Outros hits conhecidos internacionalmente incluem: "Der Kommissar" de seu álbum de 1982 Einzelhaft e "Vienna Calling" de Falco 3. Uma versão em inglês de "Der Kommissar" foi feita pela banda After the Fire, que acabou se tornando um hit ao atingir o top 5 da Revista Billboard em 1983. A canção de Falco "Jeanny" causou controvérsia ao ser lançada como um single na Alemanha, já que contava a história de um estuprador. Várias estações de rádios e DJs se recusaram a tocar a canção por toda a Europa, mas nem isso impediu-a de se tornar um grande "hit" em vários países europeus.
Falco morreu com várias fraturas na cabeça após seu carro colidir com um autocarro perto de um Hotel de Puerto Plata, na República Dominicana, aos 40 anos de idade. Foi sepultado no Cemitério Central de Viena.

Natalie Imbruglia nasceu há 37 anos

Natalie Jane Imbruglia (Central Coast, 4 de fevereiro de 1975) é uma cantora, compositora, modelo e atriz australiana.
Natalie tornou-se conhecida internacionalmente com o seu primeiro álbum "Left of the Middle", lançado em 1997. Seu primeiro single "Torn" atingiu o #2 da parada britânica e o topo em diversos países. Posteriomente, a cantora lançou os álbuns "White Lilies Island" (2001) e "Counting Down the Days" (2005), que chegou ao nº 1 no Reino Unido. Seu trabalho mais recente "Come to Life" foi lançado em 2009.


Alice Cooper gfaz hoje 64 anos

Vincent Damon Furnier, mais conhecido por seu nome artístico, Alice Cooper, é um cantor, compositor e ator americano nascido na cidade de Detroit em 4 de fevereiro de 1948, que ficou mundialmente conhecido nos anos 70 por seus shows de rock inovadores e designados para chocar e provocar o público, junto com letras obscenas, obscuras e sangrentas que, junto com seu visual gótico, transformaram Alice em um ícone do rock que continua como fonte de inspirações para artistas de todos os estilos até hoje.
Alice Copper era originalmente o nome da banda de que Vincent Furnier fazia parte como vocalista, juntamente com Glen Buxton e Michael Bruce nas guitarras, Dennis Dunaway no baixo e Neil Smith na bateria, e com quem lançou sete álbuns, porém a banda acabou se separando e Vincent adotou o pseudónimo Alice Cooper para si mesmo e o adotou como nome legal pouco depois, iniciando sua carreira solo sob esse nome em 1975 com o álbum Welcome to My Nightmare, e já lançou mais dezoito álbuns desde então. As apresentações de Alice tornaram-se célebres pelas uso de  elementos baseados em filmes de terror realizadas ao vivo, como guilhotinas, cadeiras elétricas, cobras vivas, bonecas voodoo, sangue falso e muitos outros, com Alice vestindo roupas obscuras e ornamentadas com coisas como patas reais de aranha, cobras vivas, correntes e outras, o que levou os concertos de Alice a serem apelidados de "teatro de terror" pela crítica, um termo que o próprio cantor passou a usar para designar seu trabalho.
Alice também é conhecido por seus trabalhos independentes da música, pois ele já atuou em diversos filmes de terror e também já compôs bandas sonoras para Televisão e cinema, além de se ter envolvido em diversas campanhas publicitárias sobre diversos assuntos, o que levou a revista Rolling Stone a elegê-lo o "mais amado artista do heavy metal" em 2006, tendo sido colocado na Calçada da Fama de Hollywood em 2003 e ao Rock and Roll Hall of Fame em 2011 junto com a formação original da banda. Alice continua fazendo tournées até hoje, com um carreira de mais de quarenta anos e cinquenta milhões de discos vendidos em todo o mundo.

A Guerra (Colonial, do Ultramar ou de Libertação) começou há 51 anos

Embarque de tropas portuguesas durante a guerra colonial

Designa-se por Guerra Colonial, Guerra do Ultramar (designação oficial portuguesa do conflito até ao 25 de Abril), ou Guerra de Libertação (designação mais utilizada pelos africanos independentistas), o período de confrontos entre as Forças Armadas Portuguesas e as forças organizadas pelos movimentos de libertação das antigas províncias ultramarinas de Angola, Guiné-Bissau e Moçambique, entre 1961 e 1975. Na época, era também referida vulgarmente em Portugal como Guerra de África.
O início deste episódio da história militar portuguesa ocorreu em Angola, a 4 de fevereiro de 1961, na zona que viria a designar-se por Zona Sublevada do Norte, que corresponde aos distritos do Zaire, Uíje e Quanza-Norte. A Revolução dos Cravos em Portugal, a 25 de Abril de 1974, determinou o seu fim. Com a mudança do rumo político do país, o empenhamento militar das forças armadas portuguesas deixou de fazer sentido. Os novos dirigentes anunciavam a democratização do país e predispunham-se a aceitar as reivindicações de independência das colónias — pelo que se passaram a negociar as fases de transição com os movimentos de libertação empenhados na luta armada.


NOTA: enquanto ao nosso lado a Espanha soube fazer (bem ou mal...) uma descolonização sem guerras, nos tivemos mais de 13 anos de guerra, milhares de mortos, feridos estropiados, seguida de uma descolonização exemplar, de uma vergonha sem fim e com mais de meio milhão de portugueses retornados a Portugal - que diferença...

Hoje é dia recordar a boa música de José Cid


A rosa que te dei...



José Cid - hoje é dia de recordar a música dos Green Windows


No dia em que o Rei fez anos - Green Windows
José Cid

Vieram tribos ciganas
Saltimbancos sem eira nem beira
Evitaram a estrada real
E passaram de noite a fronteira

E veio a gente da gleba
Mais a gente que vivia do mar
Para enfeitar a cidade
E abrir-lhe as portas de par em par

No dia em que o rei fez anos
Houve arraial e foguetes no ar
O vinho correu à farta
E a fanfarra não parou de tocar

E o povo saiu à rua
Com a alegria que costumava ter
Cantando se o rei faz anos
Que venha à praça, para nos conhecer

Mas nesse reino distante
Quem tinha um olho era rei
Lá vai rei morto rei posto
Levado em ombros p'la grei

E a festa continuou
Já que ninguém tinha nada a perder
Só ficou um trovador
P'ra contar o que acabava de ver.

No dia em que o rei fez anos
Houve arraial e foguetes no ar
O vinho correu à farta
E a fanfarra não parou de tocar

E o povo saiu à rua
Com a alegria que costumava ter
Cantando se o rei faz anos
Que venha à praça, para nos conhecer

No dia em que o rei fez anos
Houve arraial e foguetes no ar
O vinho correu à farta
E a fanfarra não parou de tocar

E o povo saiu à rua
Com a alegria que costumava ter
Cantando se o rei faz anos
que venha à praça, para nos conhecer

José Cid - hoje é dia de recordar o Quarteto 1111


José Cid - música de um dos melhores álbuns dos anos 70 de rock progressivo

O último álbum de Freddie Mercury foi lançado há 21 anos

Innuendo é o décimo quarto álbum de estúdio da banda inglesa Queen e foi lançado em 4 de fevereiro de 1991.
O álbum foi gravado durante o ano de 1990 e era planeado inicialmente para que fosse lançado no final desse mesmo ano. Sendo assim, aproveitariam a época de natal para aumentar as vendas do disco, mas devido à doença de Freddie Mercury, as gravações tiveram que correr num ritmo mais lento, e o álbum acabou sendo lançado somente em fevereiro do ano seguinte.
Assim como no álbum The Miracle, a autoria de todas as faixas aparecem como sendo Queen, excepto na canção All God's People que é creditada a Queen e Mike Moran. Isso porque esta canção havia sido iniciada durante as gravações do álbum solo de Freddie Mercury, Barcelona, onde Mike Moran ajudou Mercury nas composições das canções. Existem inúmeras faixas inéditas (fora as demos) gravadas nas sessões de "Innuendo", sendo algumas delas: "My Secret Fantasy", "Robbery", "Self Made Man", "Assassin" e "Face It Alone".
A canção "I Can't Live With You", ganhou uma nova versão no álbum "Queen Rocks", lançado em 1997.
Innuendo é reconecidamente o álbum mais triste que foi feito pelos Queen, principalmente porque, durante os clipes, nomeadamente no de These Are The Days of Our Lives, nota-se um Freddie Mercury visivelmente fraco e abatido, consequência da SIDA que ele já tinha. Freddie Mercury morreu no mesmo ano em que este álbum foi lançado.

Almeida Garrett nasceu há 213 anos

João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett e mais tarde visconde de Almeida Garrett, (Porto, 4 de fevereiro de 1799 - Lisboa, 9 de dezembro de 1854) foi um escritor e dramaturgo romântico, orador, par do reino, ministro e secretário de estado honorário português.
Grande impulsionador do teatro em Portugal, uma das maiores figuras do romantismo português, foi ele quem propôs a edificação do Teatro Nacional de D. Maria II e a criação do Conservatório de Arte Dramática.

João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett nasceu no Porto a 4 de fevereiro de 1799, filho segundo de António Bernardo da Silva Garrett, selador-mor da Alfândega do Porto, e Ana Augusta de Almeida Leitão. Passou a sua infância na Quinta do Sardão, em Oliveira do Douro (Vila Nova de Gaia), pertencente ao seu avô materno José Bento Leitão. Mais tarde viria a escrever a este propósito: "Nasci no Porto, mas criei-me em Gaia". No período de sua adolescência foi viver para os Açores, na Ilha Terceira, quando as tropas francesas de Napoleão Bonaparte invadiram Portugal e onde era instruído pelo tio, D. Alexandre, bispo de Angra.
De seguida, em 1816 foi para Coimbra, onde acabou por se matricular no curso de Direito. Em 1821 publicou O Retrato de Vénus, trabalho que fez com que lhe pusessem um processo por ser considerado materialista, ateu e imoral. É também neste ano que ele e sua família passam a usar o apelido de Almeida Garrett.
Almeida Garrett participou na revolução liberal de 1820, de seguida foi para o exílio na Inglaterra em 1823, após a Vilafrancada. Antes casou-se com uma muito jovem senhora Luísa Midosi, que tinha apenas 14 anos. Foi em Inglaterra que tomou contacto com o movimento romântico, descobrindo Shakespeare, Walter Scott e outros autores e visitando castelos feudais e ruínas de igrejas e abadias góticas, vivências que se reflectiriam na sua obra posterior.
Em 1824, pode partir para França e assim o fez, nessa viagem escreveu o muitíssimo conhecido Camões (1825) e Dona Branca (1826)não tão conhecido mas não menos importante, poemas geralmente considerados como as primeiras obras da literatura romântica em Portugal. No ano de 1826 foi chamado e regressou à pátria com os últimos emigrados dedicando-se ao jornalismo, fundando e dirigindo o jornal diário O Português (1826-1827) e o semanário O Cronista (1827).
Teria de deixar Portugal novamente em 1828, com o regresso do Rei absolutista D. Miguel. Ainda no ano de 1828 perdeu a sua filha recém-nascida. Novamente em Inglaterra, publica Adozinda (1828).
Juntamente com Alexandre Herculano e Joaquim António de Aguiar, tomou parte no Desembarque do Mindelo e no Cerco do Porto em 1832 e 1833. Também fundou o Jornal "Regeneração" em 1851 a propósito do movimento político da regeneração.
A vitória do Liberalismo permitiu-lhe instalar-se novamente em Portugal, após curta estadia em Bruxelas como cônsul-geral e encarregado de negócios, onde lê Schiller, Goethe e Herder. Em Portugal exerceu cargos políticos, distinguindo-se nos anos 30 e 40 como um dos maiores oradores nacionais. Foram de sua iniciativa a criação do Conservatório de Arte Dramática, da Inspecção-Geral dos Teatros, do Panteão Nacional e do Teatro Normal (actualmente Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa). Mais do que construir um teatro, Garrett procurou sobretudo renovar a produção dramática nacional segundo os cânones já vigentes no estrangeiro.
Com a vitória cartista e o regresso de Costa Cabral ao governo, Almeida Garrett afasta-se da vida política até 1852. Contudo, em 1850 subscreveu, com mais de 50 personalidades, um protesto contra a proposta sobre a liberdade de imprensa, mais conhecida por “lei das rolhas”.
A vida de Garrett foi tão apaixonante quanto a sua obra. Revolucionário nos anos 20 e 30, distinguiu-se posteriormente sobretudo como o tipo perfeito do dândi, ou janota, tornando-se árbitro de elegâncias e príncipe dos salões mundanos. Foi um homem de muitos amores, uma espécie de homem fatal. Separado da esposa, Luisa Midosi, com quem se casou, em 1822, quando esta tinha 15 anos de idade, passa a viver em mancebia com D. Adelaide Pastor até a morte desta, em 1841.
A partir de 1846, a sua musa é a viscondessa da Luz, Rosa Montufar Infante, andaluza casada, desde 1837, com o oficial do exército português Joaquim António Velez Barreiros, inspiradora dos arroubos românticos das Folhas caídas.
Por decreto do Rei D. Pedro V de Portugal datado de 25 de Junho de 1851 Garrett é feito Visconde de Almeida Garrett em vida (tendo o título sido posteriormente renovado por 2 vezes). Em 1852 sobraça, por poucos dias, a pasta do Negócios Estrangeiros em governo presidido pelo Duque de Saldanha.
Falece em 1854, vítima de cancro, em Lisboa, na sua casa situada na actual Rua Saraiva de Carvalho, em Campo de Ourique.
Encontra-se sepultado em Lisboa, no Panteão Nacional.

Obras
Dá início ao seu projecto de regeneração do teatro português, levando à cena em 1838 Um Auto de Gil Vicente, pouco antes Filipa de Vilhena e, em 1842, O Alfageme de Santarém, todas sobre temas da história de Portugal.
Em 1844 é publicada a sua obra-prima, Frei Luís de Sousa, que um crítico alemão, Otto Antscherl, considerou a "obra mais brilhante que o teatro romântico produziu". Estas peças marcam uma viragem na literatura portuguesa não só na selecção dos temas, que privilegiam a história nacional em vez da antiguidade clássica, como sobretudo na liberdade da acção e na naturalidade dos diálogos e em 1845 foi representada a peça, "Falar a Verdade a Mentir".
Em 1843, Garrett publica o Romanceiro e o Cancioneiro Geral, colectâneas de poesias populares portuguesas, e em 1845 o primeiro volume d'O Arco de Santana (o segundo apareceria em 1850), romance histórico inspirado por Notre Dame de Paris de Victor Hugo. Esta obra seduz não só pela recriação do ambiente medieval do Porto, mas sobretudo pela qualidade da prosa, longe das convenções anteriores e muito mais próxima da linguagem falada.
A obra que se lhe seguiu deu expressão ainda mais vigorosa a estas tendências: Viagens na minha terra, livro híbrido em que impressões de viagem, de arte, paisagens e costumes se entrelaçam com uma novela romântica sobre factos contemporâneos do autor e ocorridos na proximidade dos lugares descritos (outra inovação para a época, em que predominava o romance histórico). A naturalidade da narrativa disfarça a complexidade da estrutura desta obra, em que alternam e se entrecruzam situações discursivas, estilos, narradores e temas muito diversos.
Na poesia, Garrett não foi menos inovador. As duas coletâneas publicadas na última fase da sua vida (Flores sem fruto, de 1844, e sobretudo Folhas Caídas, de 1853) introduziram uma espontaneidade e uma simplicidade praticamente desconhecidas na poesia portuguesa anterior.
Ao lado de poemas de exaltada expressão pessoal surgem pequenas obras-primas de singeleza ímpar como «Pescador da barca bela», próximas da poesia popular quando não das cantigas medievais. A liberdade da metrificação, o vocabulário corrente, o ritmo e a pontuação carregados de subjectividade são as principais marcas destas obras.
No século XIX e em boa parte do século XX, a obra literária de Garrett era geralmente tida como uma das mais geniais da língua, inferior apenas à de Camões. A crítica do século XX (notavelmente João Gaspar Simões) veio questionar esta apreciação, assinalando os aspectos mais fracos da produção garrettiana.
No entanto, a sua obra conservará para sempre o seu lugar na história da literatura portuguesa, pelas inovações que a ela trouxe e que abriram novos rumos aos autores que se lhe seguiram. Garrett, até pelo acentuado individualismo que atravessa toda a sua obra, merece ser considerado o autor mais representativo do romantismo em Portugal.


Este Inferno de Amar


Este inferno de amar - como eu amo! -
Quem mo pôs aqui n'alma... quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é a vida - e que a vida destrói -
Como é que se veio a atear,
Quando - ai quando se há-de ela apagar?

Eu não sei, não me lembra: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez... - foi um sonho -
Em que paz tão serena a dormi!
Oh! que doce era aquele sonhar...
Quem me veio, ai de mim! despertar?

Só me lembra que um dia formoso
Eu passei... dava o sol tanta luz!
E os meus olhos, que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? eu que fiz? - Não no sei;
Mas nessa hora a viver comecei...

in
Folhas Caídas - Almeida Garrett

Rosa Parks nasceu há 99 anos

Rosa Parks em 1955, com Martin Luther King, Jr. ao fundo

Rosa Louise McCauley, mais conhecida por Rosa Parks (Tuskegee, 4 de fevereiro de 1913 - Detroit, 24 de outubro de 2005), foi uma costureira negra norte-americana, símbolo do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Ficou famosa, em 1 de dezembro de 1955, por ter-se recusado frontalmente a ceder o seu lugar no autocarro a um branco, tornando-se a desencadeadora do movimento que foi denominado Boicote aos Autocarros de Montgomery e posteriormente viria a marcar o início da luta antissegregacionista.

O cientista que descobriu o Australopithecus africanus nasceu há 119 anos

Raymond Dart com o crânio do bebé de Taung

Raymond Arthur Dart (4 de fevereiro de 1893 - 22 de novembro de 1988) foi um anatomista e antropólogo australiano que descreveu, em 1924 uma nova espécie de hominídeo, o Australopithecus africanus, a partir dum crânio fóssil encontrado em Taung na Bechuanalândia (antigo nome do actual Botswana).
Nascido em Toowong, Brisbane, na Austrália, ele estudou nas universidades de Queensland, Sydney e no University College de Londres. Em 1922 Dart foi nomeado chefe do novo departamento de anatomia da Universidade de Witwatersrand em Johannesburg, na África do Sul.
Em 1924, um aluno trouxe-lhe o crânio fossilizado de um babuíno descoberto numa pedreira perto da Universidade, em Taung. Isto despertou o interesse de Dart que solicitou que novas descobertas similares lhe fossem trazidas. A primeira a chegar foi o rosto e um maxilar de um crânio fossilizado cravado na rocha. Inicialmente pensou que os ossos pertencessem a um símio mas depois concluiu que os dentes e o maxilar pareciam humanos. Dart demorou 73 dias a remover os ossos incrustados na rocha. Um exame mais minucioso levou-o a concluir que se tratava de um jovem. Dart atribuiu ao fóssil o nome Australopithecus africanus, que significa "macaco do Sul da África" e alcunhou-o de "Bebé de Taung".
Embora o crânio tivesse o tamanho do de um macaco, Dart estava convencido, pela forma como este assentava sobre a coluna vertebral, que a criatura deveria ter caminhado sobre duas pernas, sendo assim um hominídeo. Portanto, Dart considerou o Australopithecus africanus uma espécie nova e, possivelmente o "elo perdido" da evolução entre os símios e os seres humanos, devido ao pequeno volume do seu crânio, mas com uma dentição relativamente próxima dos humanos e por ter provavelmente uma postura vertical.
Esta revelação foi muito criticada pelos cientistas da época, entre os quais Sir Arthur Keith, que postulava que o “crânio infantil de Taung” não passava do crânio de um pequeno gorila. Como o crânio era realmente dum jovem, havia espaço para várias interpretações e, mais importante, nessa altura não se acreditava que o "berço da humanidade" pudesse estar em África.
As descobertas de Robert Broom em Swartkrans, na década de 1930 corroboraram a conclusão de Dart, mas algumas das suas ideias continuam a ser contestadas, nomeadamente a de que os ossos de gazela encontrados junto com o crânio podiam ser instrumentos daquela espécie.
Raymond Dart continuou como director da Escola de Anatomia da Universide de Witwatersrand, até 1958 e, em 1959 escreveu a suas memórias, a que chamou “Aventuras com o Elo Perdido”. O Instituto para o Estudo do Homem em África foi fundado na Wits em sua honra.

José Cid - 70 anos!

José Cid no Festival RTP em 1980

José Cid, nome artístico de José Albano Salter Cid de Ferreira Tavares (Chamusca, 4 de fevereiro de 1942) é um cantor, compositor e músico português.

Terceiro filho de Francisco Albano Coutinho Ferreira Tavares (neto do barão de Cruzeiro) e de Fernanda Salter Cid Freire Gameiro, mudou-se com os pais para Mogofores, perto de Anadia, aos onze anos.
Iniciou a sua carreira musical em 1956, com a fundação de Os Babies, agrupamento musical que se dedicava à interpretação de covers, que durou até 1958.
Aos 17 anos compôs a sua primeira canção, "Andorinha", um tema com influências jazzísticas.
Em 1960 integrou, em Coimbra, o Conjunto Orfeão, com José Niza, Proença de Carvalho e Rui Ressurreição.
Em 1965 abandona Coimbra, onde frequentava a Faculdade de Direito, sem terminar o primeiro ano. Ingressa nesse ano no Instituto Nacional de Educação Física, onde tem como colega um irmão de Michel, membro do Conjunto Mistério. Após uma audição é convidado a entrar para o grupo, que daria origem ao Quarteto 1111.
José Cid também não chega a concluir o curso de Educação Física, porque em 1968 é chamado a cumprir o Serviço Militar. Até 1972 permaneceu como oficial miliciano da Força Aérea Portuguesa, no Centro de Formação Militar e Técnica, situado na Ota. Dava aulas de ginástica de manhã, saia à tarde para ensaiar na garagem e actuava com os 1111 aos fins-de-semana.
O primeiro disco a solo de José Cid, "Lisboa Camarada", de 1969, é proibido pela Censura.
Popularizou-se como teclista e vocalista no Quarteto 1111, tendo grande êxito com a A lenda de El-Rei D. Sebastião, de 1967, um tema inovador no panorama musical da época. O álbum homónimo dos 1111 seria editado em 1970, mas não chegou a sair, por interferência da censura.
Em Maio de 1971 é editado o seu primeiro álbum a solo, homónimo, que inclui temas como "Dom Fulano", "Lisboa Ano 3000" e "Não Convém". Lança também o EP "Lisboa Perto e Longe" (com os temas "Lisboa Perto e Longe", "Dida", "Dona Feia, Velha e Louca" e "Zé Ninguém"). A poetisa Natália Correia é um dos nomes que colabora com José Cid nesta fase. Em agosto desse ano toca num célebre concerto em Vilar de Mouros com o Quarteto 1111. Em Novembro participa, com "Ficou Para Tia", no World Popular Song Festival de Tóquio. É editado um novo EP com os temas "História Verdadeira de Natal", "Todas as Aves do Mundo", "Ficou para Tia" e "Levaram tudo o que eu tinha".
Em maio de 1972 lança um EP com os temas "Camarada", "Retrospectiva", "Viagem" e "Corpo Abolido". Tonicha participa na edição de estreia do Festival da OTI, realizado em Madrid, com a canção "Glória, Glória Aleluia", da autoria de José Cid. Em Novembro de 1972 regressa ao Festival de Tóquio, desta vez como autor de "Desde Que Me Ames Um Pouco" interpretado por Vittorio Santos.
Os Green Windows formam-se em 1972 para o Festival dos Dois Mundos. Eram o Quarteto 1111 mas mais comercial e com algumas das namoradas e das mulheres. No ano seguinte é lançada a música "Vinte Anos", que vendeu mais de 100.000 discos.
Uma das suas composições mais conhecidas, Ontem, hoje e amanhã, seria premiada no Festival Yamaha de Tóquio em 1975.
É editado "Onde Quando Como Porquê, Cantamos Pessoas Vivas - Obra Ensaio de José Cid" o último trabalho do Quarteto 1111 antes de acabarem.
Os singles "Portugal É!..." e "A Festa do Zé" são editados em 1975. É editado nesse ano o último single dos Green Windows com José Cid, intitulado "Quadras Populares".
Fundou o grupo Cid, Scarpa, Carrapa & Nabo, com Guilherme Inês, José Moz Carrapa e Zé Nabo, com o qual gravou o tema Mosca super-star e o EP Vida (Sons do Quotidiano), em 1977.
Em 1978, lançou o álbum 10.000 anos depois entre Vénus e Marte, um marco na história do rock progressivo, que viria a obter mais tarde reconhecimento a nível internacional, sendo incluído numa lista de 100 melhores álbuns de rock progressivo do mundo, organizada pela revista americana Billboard.
Em 1979 grava o disco "José Cid canta Coisas Suas" que inclui temas muito populares até aos dias de hoje, como "Na Cabana junto à praia", "A Pouco a Pouco", "Olinda a Cigana" e "Verdes trigais em flor". Participa nesse mesmo ano no Festival OTI da Canção com a canção "Na Cabana junto à praia", de 1979, classificando-se em 3.º lugar.
Após várias participações, em 1980 vence o Festival RTP da Canção com a música Um grande, grande amor, com 93 pontos. No Festival Europeu da Canção, conquistou um honroso sétimo lugar, com 80 pontos, entre dezanove concorrentes. Grava o disco em inglês "My Music" que é apresentado em Cannes, no MIDEM. Em Los Angeles grava, para a editora Family, o tema "Springtime Of My Life", com produção de Mike Gold que conheceu no Midem e que trabalhara com Frank Sinatra.
O single "Como o Macaco Gosta de Banana" é lançado em 1982. Obtém algum sucesso nos mercados Australiano e Sul-Africano. Na Austrália chega a tocar com os conhecidos Men At Work. Em 1983 lança a música Portuguesa Bonita.
Em 1984 grava para a RTP Música Portuguesa, voltando a reunir o Quarteto 1111 e faz-se acompanhar pelos músicos da banda tribo.
Em 1985 participa no disco solidário "Abraço a Moçambique". Nesse mesmo ano é editado um disco com os temas "Noites de Luar" e "Sonhador". É editado ainda o single "Saudades de Ti".
Em 1986 lança o LP "Xi-Coração", que incluí temas como "Velho Moinho", "Chovia em Paris" e "Uma Balalaica".
Surpreende tudo e todos em 1987 ao lançar um disco composto apenas de fados conhecidos, designado por "Fado de Sempre". O Quarteto 1111 reúne-se nesse ano e é editado o single "Memo/Os Rios Nasceram Nossos".
No Natal de 1989 volta a gravar para a RTP, um programa chamado Natal com José Cid, onde interpreta algumas das suas músicas, já gravadas na Polygram, após a Orfeu deixar de operar. Teve alguns convidados, entre os quais Tozé Brito e o fadista, na altura amador, Manuel João Ferreira.
Em 1991 lança o duplo-álbum "De Par em Par", que inclui a regravação de alguns temas da sua carreira como "Na cabana junto à praia" e "A Rosa Qque te dei" e outros como "Em Casablanca", "Sempre Que o Amor Me Quiser", "Fã do Rui" e "D. Sebastião Morreu".
Em 1992 lança o disco "Camões, as descobertas...e nós" de José Cid e Amigos. Contou com a participação de nomes como Pedro Caldeira Cabral, António Pinto Basto, Rita Guerra, Jorge Palma, Carlos do Carmo e Paulo Bragança.
Em 1994, lança o álbum "Vendedor de Sonhos" com produção de Rui Vaz. O disco inclui temas como "Mudança", "Bola de Cristal" e "Não Tenho Lágrimas". Com esse mesmo disco, fez estalar uma polémica, ao posar nu para uma revista social, apenas com esse disco de ouro a tapar as suas partes íntimas. A intenção foi protestar contra a forma como as rádios desprezavam os intérpretes portugueses, incluindo ele próprio, em proveito de intérpretes estrangeiros.
Em 1996 é editado o álbum "Pelos Direitos do Homem", dedicado à causa da independência de Timor-Leste, tendo recebido fax e carta de Ramos Horta, Prémio Nobel da Paz, a agradecer a solidariedade. Participam vários nomes da editora: Miguel Ângelo, Sara Tavares, Inês Santos e Olavo Bilac. Neste disco aparecem versões de "Sete Mares" e "Noite Passada". Lança ainda o álbum "Nunca mais é sexta-feira".
Em 1997 é editado o disco "Cais Sodré", álbum jazzístico gravado ao primeiro take. Foi reeditado em 2008 e integrado num trabalho do cartoonista Pedro Zamith.
Vence o Festival da Canção de 1998 com os Alma Lusa e o tema "Se Te Pudesse Abraçar". Lança o disco "Ode a Federico Garcia Lorca", que junta as guitarras de Coimbra à poesia de Lorca num ano de celebração do centenário do poeta espanhol. Lança ainda o tema "Entre Margens" em que se destaca o tema "S. Salvador do Mundo".
Em 2000 publicou o livro Tantos anos de poesia.
O disco “De Surpresa” é editado no final de 2001. O angolano Waldemar Bastos participa numa nova versão de "Lisboa Perto e Longe”. Três dos temas deste álbum são cantados em inglês e foram gravados em Boston, em 1999, com produção de Robert Nargassams. Os cantores Vitorino, Paulo de Carvalho, Carlos Moisés, Nuno Barroso e José Gonçalo são outros dos nomes que colaboraram neste disco.
Em 2003 é editado o duplo CD "Antologia - Nasci P'rá Música" que reúne alguns dos maiores êxitos de José Cid gravados, entre 1977 e 1985.
Em 2004 é convidado para participar em vários anúncios de uma conhecida marca de chás gelados. "Olá malta! Tudo bem? Tá-se?" Este anúncio e o sucesso que teve ligou-o às gerações mais novas que o redescobrem.
Em 2006 actua no renovado Maxime em duas noites completamente esgotadas. Em Julho lança o disco "Antologia - Baladas Da Minha Vida" que inclui dois inéditos O melhor tempo da minha vida e Café Contigo e a regravação de baladas em formato acústico. Participa no disco dos Mercado Negro.
O ano de 2007, é de consagração, e presença assídua em diversos programas televisivos, concertos em eventos académicos entre outros. Lançou o álbum duplo “Pop, Rock e Vice Versa”, revisitando a vertente mais pesada da sua carreira, com inclusão de novas versões dos temas “A pouco e pouco”, “Como o macaco gosta de banana” e “Topo de Gama” - versão dos Clã e outros. Actuou no Campo Pequeno para 4800 espectadores, convidando André Sardet, Luís Represas e os elementos do Quarteto 1111, lançando um CD (Dupla Platina) e DVD desse concerto.
Em 2009 recebeu o prémio de consagração de carreira pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), prémio anteriormente atribuído na área da literatura, do teatro e do cinema, sendo o primeiro músico a ser distinguido. Lança o álbum "Coisas do Amor e do Mar", com a participação de André Sardet, Luís Represas e Susana Félix. Destaca-se a balada "Mais 1 dia", que foi escolhida para ser o tema genérico da nova telenovela Meu Amor da TVI, que foi distinguida com um Emmy Award.
Em 2011 lançou o disco "Quem Tem Medo de Baladas", em que apresenta 14 temas originais e 14 versões. Destacam-se as baladas "Tocas Piano Como Quem Faz Amor", que é referida pelo mesmo como autobiográfica e o tema "Um Louco Amor".
Vida Pessoal
José Cid casou-se com Emília Infante da Câmara Pedroso, com quem teve uma filha, Ana Sofia, nascida em 1964. Ana Sofia viria a colaborar com o pai em algumas letras e nos coros de várias músicas. Casou ainda com Maria Armanda Ricardo, de quem se divorciou doze anos depois, e mais tarde casou ainda com a Nani, de quem também se divorciou.
Assumido como monárquico e anarquista, continua a viver em Mogofores, passando longas temporadas na sua Chamusca natal. É pretendente ao título de barão do Cruzeiro, um título concedido a Francisco Luis Ferreira Tavares, seu bisavô, pelo rei D. Luís I.
Festival RTP da Canção
A primeira participação ocorreu em 1968, com "Balada Para Dona Inês". Foi acompanhado pela orquestra e pelos restantes elementos do Quarteto 1111.
Concorreu ao Festival RTP da Canção de 1974, a solo com A rosa que te dei , e com os Green Windows, que apresentaram as canções No dia em que o rei fez anos e Imagens.
Em 1978 voltou ao Festival RTP com quatro temas: "O meu Piano" (2.º classificado), "O Largo do Coreto" (7.º classificado), "Aqui Fica uma Canção" (5.º classificado) e "Porquê, meu Amor Porquê?" (6.º classificado).
Com a canção "Um grande, grande amor", venceu o Festival RTP da Canção de 1980.
Em participa novamente em 1981 com a canção "Morrer de Amor Por Ti", ficando em 2º lugar.
Em 1984, a Banda Tribo, constituída por elementos da sua família, editando um disco sob a sua produção, levou ao Festival "A Padeirinha de Aljubarrota".
Em 1988, José Gonçalo (que participou na Banda Tribo), seu sobrinho, levou a composição de José Cid, "Cai Neve Em Nova York", ficando em 2º lugar.
Em 1989 é convidado a cantar um medley com as músicas mais bem sucedidas que havia apresentado nos Festivais RTP até então.
Em 1993, concorreu com o fadista Paulo Bragança com "O Poeta, o Pintor e o Músico".
Em 1995, concorreu apenas como autor e compositor ao Festival RTP da Canção com "Plural", canção entre o jazz e o étnico interpretada por Teresa Brito, irmã de Tozé Brito. Ficou em 3.º lugar.
Insistiu novamente em 1996, voltando a concorrer como compositor e autor, entregando a Cristina Castro Pereira o tema "Ganhamos o Céu", que viria a fica-se pelo quarto lugar.
Voltou à carga no ano seguinte, 1997, como compositor e autor de "Canção Urgente", um tema pop-rock clássico, cantado pela banda "Meninos da Sacristia". Ficou em 6.º lugar.
Em 1998 venceu o Festival RTP da Canção, como compositor e autor da canção "Se eu te pudesse abraçar", defendida pela banda Alma Lusa, na voz de Inês Santos e com o próprio José Cid no acordeão e nos coros.
Em 2007, foi o produtor do tema "Na Ilha dos Sonhos" de Zé P.
Em 2010 foi novamente convidado para tocar um medley das baladas que levou aos festivais RTP.
 

O piloto Charles Lindbergh nasceu há 110 anos

Charles Augustus Lindbergh (Detroit, 4 de fevereiro de 1902Maui, 26 de agosto de 1974) foi um pioneiro da aviação norteamericano, famoso por ter feito o primeiro voo solitário transatlântico sem escalas em avião, em 1927.

Lindbergh partiu do Condado de Nassau, Estado de Nova Iorque, EUA, em direção a Paris, França, em 20 de maio de 1927, tendo pousado na capital francesa no dia seguinte. O avião usado por Lindbergh chamava-se "The Spirit of Saint Louis". O voo de Lindbergh tomou 33 horas e 31 minutos. O feito de Lindbergh deu-lhe o "Prémio Orteig", de 25 mil dólares, disponível desde 1919.
Sua chegada a Paris foi triunfal. E a comemoração quase acabou em tragédia. Recebido calorosamente pelos parisienses, o piloto quase foi sufocado pela multidão que aglomerava-se para cumprimentá-lo.
Seu neto, Erik Lindbergh, repetiu a viagem em um avião semelhante ao usado por seu avô Charles, 75 anos depois, em 2002. Lindbergh não foi, porém, o primeiro aviador a fazer um voo transatlântico, feito que pertence a John Alcock e Arthur Whitten Brown, cujo voo foi feito em 1919; em 1922 os portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral realizaram a primeira travessia aérea do Atlântico recorrendo apenas a navegação astronómica, que foi também a primeira travessia aérea do Atlântico Sul; posteriormente o brasileiro João Ribeiro de Barros em 1927, cerca de um mês antes de Lindbergh, entretanto, ambos os voos foram feitos por mais de um tripulante; já Lindbergh, foi o pioneiro no voo solitário.

Em 1932, um dos filhos de Lindbergh, Charles Augustus Lindbergh Jr, foi sequestrado e morto. Um suspeito (Bruno Richard Hauptmann) foi preso e acusado pelo crime, tendo sido executado em 1936. Lindbergh, querendo isolar-se destes traumáticos acontecimentos, mudou-se para a Europa com sua família.

Lindbergh foi acusado de simpatizar com o Nazismo. No final dos anos 30 esteve na Alemanha na companhia de sua esposa, Anne Morrow. Elogiou a tecnologia aeronáutica daquele país. Em 1936 esteve presente na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos, em Berlim ao lado de Adolf Hitler.
Iniciada a II Guerra Mundial defendeu a neutralidade dos Estados Unidos (pois considerava certa a vitória nazi). Por estes motivos grupos antinazis americanos desconfiavam dele. Após o ataque japonês a Pearl Harbor, em dezembro de 1941 e a consequente entrada dos EUA na guerra, ofereceu-se para lutar por seu país. Seus serviços foram recusados e somente em 1944 foi admitido para o serviço.

Pós-guerra
Após a Segunda Guerra Mundial, viveu tranquilamente em Connecticut como consultor tanto para o chefe de pessoal da Força Aérea quanto para a Pan American World Airways.
Desde 1957 até a sua morte em 1974, teve um caso com alemã Brigitte Hesshaimer, que vivia em uma pequena cidade da Baviera chamada Geretsried (35 km ao sul de Munique). Em 23 de Novembro de 2003, testes de DNA provaram que ele era o pai de seus três filhos: Dyrk (1958), Astrid (1960) e David (1967). Os dois conseguiram manter o caso em segredo, mesmo as crianças não conheciam a verdadeira identidade de seu pai, que eles viram quando ele chegou a visitá-los uma ou duas vezes por ano usando o apelido "Careu Kent".

Últimos dias
Charles Lindbergh passou seus últimos anos na ilha havaiana de Maui, onde morreu de linfoma em 26 de agosto de 1974.

O astrónomo que descubriu Plutão nasceu há 106 anos

Clyde Tombaugh (Streator, 4 de fevereiro de 1906 - Las Cruces, 17 de janeiro de 1997) foi um astrónomo norteamericano. Trabalhava no Lowell Observatory quando em 1930 descobriu o planeta anão Plutão, descoberta que o tornou célebre. Também descobriu alguns asteróides e apelou para a pesquisa científica séria de objetos voadores não identificados.