A Custódia de Belém foi tomada como saque pelas tropas francesas durante a Guerra Peninsular, sendo levada para França, sendo devolvida após o termo da guerra. Foi enviada para a Casa da Moeda, aparentemente para fusão, destino do qual foi resgatada pela intervenção de D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha, rei consorte de Portugal pelo seu casamento com a rainha D. Maria II de Portugal.
quinta-feira, dezembro 15, 2011
El-Rei D. Fernando II morreu há 126 anos
A Custódia de Belém foi tomada como saque pelas tropas francesas durante a Guerra Peninsular, sendo levada para França, sendo devolvida após o termo da guerra. Foi enviada para a Casa da Moeda, aparentemente para fusão, destino do qual foi resgatada pela intervenção de D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha, rei consorte de Portugal pelo seu casamento com a rainha D. Maria II de Portugal.
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O Homem que escreveu a certidão de nascimento do Brasil morreu há 511 anos
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O ex-baixista dos The Clash, Paul Simonon, faz hoje 56 anos
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O arquiteto Oscar Niemeyer faz hoje 104 anos!
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O padre e poeta José Tolentino Mendonça nasceu há 46 anos
A casa onde às vezes regresso é tão distante
A casa onde às vezes regresso é tão distante
da que deixei pela manhã
no mundo
a água tomou o lugar de tudo
reúno baldes, estes vasos guardados
mas chove sem parar há muitos anos
Durmo no mar, durmo ao lado do meu pai
uma viagem se deu
entre as mãos e o furor
uma viagem se deu: a noite abate-se fechada
sobre o corpo
Tivesse ainda tempo e entregava-te
o coração
in A Que Distância Deixaste o Coração (1998) - José Tolentino Mendonça
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Eiffel nasceu há 179 anos
Iniciou a sua carreira trabalhando numa empresa belga de construção de caminhos-de-ferro. Em 1856, Eiffel conheceu Charles Nepveu, empresário especialista em construções metálicas. Aos 26 anos, Gustave chefiou o seu primeiro grande trabalho construindo a ponte ferroviária em Bordeaux. Na construção, Gustave utilizou pela primeira vez, a técnica de fundação de ar comprimido na execução de pilhas tubulares.
Gustave Eiffel chegou a viver em Portugal, em Barcelinhos, de onde projectou as construções em Portugal que lhe estão associadas.
Já experiente, resolveu fundar a sua própria empresa. Em 1866 adquiriu um atelier de construção metálica, próximo de Paris.
Destacam-se os projectos:
- Galeria das Máquinas para a Exposição Universal de Paris (1867).
- Viaduto de Garabit (1882), sobre o rio Truyère, no sul de França, considerada a ponte mais alta do mundo, na sua época, com 120m de altura.
- A cúpula do observatório de Nice.
- A Ponte de D. Maria Pia na cidade do Porto.
- Ponte dupla de Viana do Castelo em Portugal.
- Ponte de Triana em Sevilha, Espanha.
- O Palácio de Ferro em Luanda, Angola.
- A Casa de Ferro em Maputo, Moçambique.
- O Mercado Municipal em Olhão, Portugal.
- A Ponte Ferroviária em Barcelos, Portugal
- A Ponte Rodoviária em Pinhão, Portugal.
- O Farol de São Tomé em Campos dos Goytacazes, Brasil.
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quarta-feira, dezembro 14, 2011
Agulha e Dedal
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Fernando Pessoa e o Presidente-Rei
À Memória do Presidente-Rei Sidónio Pais
LONGE DA FAMA e das espadas,
Alheio às turbas ele dorme.
Em torno há claustros ou arcadas?
Só a noite enorme.
Porque para ele, já virado
Para o lado onde está só Deus,
São mais que Sombra e que Passado
A terra e os céus.
Ali o gesto, a astúcia, a lida,
São já para ele, sem as ver,
Vácuo de ação, sombra perdida,
Sopro sem ser.
Só com sua alma e com a treva,
A alma gentil que nos amou
Inda esse amor e ardor conserva?
Tudo acabou?
No mistério onde a Morte some
Aquilo a que a alma chama a vida,
Que resta dele a nós - só o nome
E a fé perdida?
Se Deus o havia de levar,
Para que foi que no-lo trouxe -
Cavaleiro leal, do olhar
Altivo e doce?
Soldado-rei que oculta sorte
Como em braços da Pátria ergueu,
E passou como o vento norte
Sob o ermo céu.
Mas a alma acesa não aceita
Essa morte absoluta, o nada
De quem foi Pátria, e fé eleita,
E ungida espada.
Se o amor crê que a Morte mente
Quando a quem quer leva de novo
Quão mais crê o Rei ainda existente
O amor de um povo!
Quem ele foi sabe-o a Sorte,
Sabe-o o Mistério e a sua lei.
A Vida fê-lo herói, e a Morte
O sagrou Rei!
Não é com fé que nós não cremos
Que ele não morra inteiramente.
Ah, sobrevive! Inda o teremos
Em nossa frente.
No oculto para o nosso olhar,
No visível à nossa alma,
Inda sorri com o antigo ar
De foça calma.
Ainda de longe nos anima,
Inda na alma nos conduz -
Gládio de fé erguido acima
Da nossa cruz!
Nada sabemos do que oculta
O véu igual de noite e dia.
Mesmo ante a Morte a Fé exulta:
Chora e confia.
Apraz ao que em nós quer que seja
Qual Deus quis nosso querer tosco,
Crer que ele vela, benfazeja
Sombra conosco.
Não sai da nossa alma a fé
De que, alhures que o mundo e o fado,
Ele inda pensa em nós e é
O bem-amado.
Tenhamos fé, porque ele foi.
Deus não quer mal a quem o deu.
Não passa como o vento o herói
Sob o ermo céu.
E amanhã, quando queira a Sorte,
Quando findar a expiação,
Ressurecto da falsa morte,
Ele já não.
Mas a ânsia nossa que encarnara,
A alma de nós de que foi braço,
Tornará, nova forma clara,
Ao tempo e ao espaço.
Tornará feito qualquer outro,
Qualquer cousa de nós com ele;
Porque o nome do herói morto
Inda compele;
Inda comanda, e a armada ida
Para os campos da Redenção,
Às vezes leva à frente, erguida
'Spada, a Ilusão.
E um raio só do ardente amor,
Que emana só do nome seu,
Dê sangue a um braço vingador,
Se esmoreceu.
Com mais armas que com Verdade
Combate a alma por quem ama.
É lenha só a Realidade:
A fé é a chama.
Mas ai, que a fé já não tem forma
Na matéria e na cor da Vida,
E, pensada, em dor se transforma
E a fé perdida!
P'ra que deu Deus a confiança
A quem não ia dar o bem?
Morgado da nossa esperança,
A Morte o tem!
Mas basta o nome e basta a glória
Para ele estar conosco, e ser
Carnal presença de memória
A amanhecer;
'Spectro real feito de nós,
da nossa saudade e ânsia,
Que fala com oculta voz
Na alma, a distância;
E a nossa própria dor se torna
Uma vaga ânsia, 'sperar vago,
Como a erma brisa que transtorna
Um ermo lago.
Não mente a alma ao coração.
Se Deus o deu, Deus nos amou.
Porque ele pôde ser, Deus não
Nos desprezou.
Rei-nato, a sua realeza,
Por não podê-la herdar dos seus
Avós, com mística inteireza
A herdou de Deus;
E, por direta consonância
Com a divina intervenção,
Uma hora ergueu-nos alta a ânsia
De salvação.
Toldou-o a Sorte que o trouxera
Outra vez com noturno véu.
Deus pr'a que no-lo deu, se era
P'ra o tornar seu?
Ah, tenhamos mais fé que a esp'rança!
Mais vivo que nós somos, fita
Do Abismo onde não há mudança
A terra aflita.
E se assim é; se, desde o Assombro
Aonde a Morte as vidas leva,
Vê esta pátria, escombro a escombro,
Cair na treva;
Se algum poder do que tivera
Sua alma, que não vemos, tem,
De longe ou perto - por que espera?
Por que não vem?
Em nova forma ou novo alento,
Que alheio pulso ou alma tome,
Regresse como um pensamento,
Alma de um nome!
Regresse sem que a gente o veja,
Regresse só que a gente o sinta -
Impulso, luz, visão que reja
E a alma pressinta!
E qualquer gládio adormecido,
Servo do oculto impulso, acorde,
E um novo herói se sinta erguido
Porque o recorde!
Governa o servo e o jogral.
O que íamos a ser morreu.
Não teve aurora matinal
'Strela do céu.
Vivemos só de recordar.
Na nossa alma entristecida
Há um som de reza a invocar
A morta vida;
E um místico vislumbre chama
O que, no plaino trespassado,
Vive ainda em nós, longínqua chama -
O DESEJADO.
Sim, só há a esp'rança, como aquela
- E quem sabe se a mesma? - quando
Se foi de Aviz a última estrela
No campo infando.
Novo Alcacer-Kibir na noite!
Novo castigo e mal do Fado!
Por que pecado novo o açoite
Assim é dado?
Só resta a fé, que a sua memória
Nos nossos corações gravou,
Que Deus não dá paga ilusória
A quem amou.
Flor alta do paul da grei,
Antemanhã da Redenção,
Nele uma hora encarnou o el-rei
Dom Sebastião.
O sopro de ânsia que nos leva
A querer ser o que já fomos,
E em nós vem como em uma treva,
Em vãos assomos,
Bater à porta ao nosso gesto,
Fazer apelo ao nosso braço,
Lembrar ao sangue nosso o doesto
E o vil cansaço,
Nele um momento clareou,
A noite antiga se seguiu,
Mas que segredo é que ficou
No escuro frio?
Que memória, que luz passada
Projeta, sombra, no futuro,
Dá na alma? Que longínqua espada
Brilha no escuro?
Que nova luz virá raiar
Da noite em que jazemos vis?
Ó sombra amada, vem tornar
A ânsia feliz.
Quem quer que sejas, lá no abismo
Onde a morte vida conduz,
Sê para nós um misticismo
A vaga luz
Com que a noite erma inda vazia
No frio alvor da antemanhã
Sente, da esp'rança que há no dia,
Que não é vã.
E amanhã, quando houver Hora,
Sendo Deus pago, Deus dirá
Nova palavra redentora
Ao mal que há,
E um novo verbo ocidental
Encarnado em heroísmo e glória,
Traga por seu broquel real
Tua memória!
Precursor do que não sabemos,
Passado de um futuro abrir
No assombro de portais extremos
Por descobrir,
Sê estrada, gládio, fé, fanal,
Pendão de glória em glória erguido!
Tornas possível Portugal
Por teres sido!
Não era extinta a antiga chama
Se tu e o amor puderam ser.
Entre clarins te a glória aclama,
Morto a vencer!
E, porque foste, confiando
Em QUEM SERÁ porque tu foste,
Ergamos a alma, e com o infando
Sorrindo arroste,
Até que Deus o laço solte
Que prende à terra a asa que somos,
E a curva novamente volte
Ao que já fomos,
E no ar de bruma que estremece
(Clarim longínquo matinal!)
O DESEJADO enfim regresse
A Portugal!
Fernando Pessoa
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Dinah Washington morreu há 48 anos
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Louis Agassiz morreu há 138 anos
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O marido da Rainha Vitória do Reino Unido morreu há 150 anos
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O físico e ativista dos direitos humanos Andrei Sakharov morreu há 22 anos
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O místico e poeta João da Cruz morreu há 420 anos
EL PASTORCICO
Un pastorcico solo está penando
Ajeno de placer y de contento
Y en su pastora puesto el pensamiento
Y el pecho del amor muy lastimado.
No llora por haberle amor llagado
Que no le pena verse así afligido
Aunque en el corazón está herido
Mas llora por pensar que está olvidado.
Que sólo de pensar que está olvidado
De su bella pastora con gran pena
Se deja maltratar en tierra ajena
El pecho del amor muy lastimado.
Y dice el pastorcico: "¡Ay desdichado
De aquel que de mi amor ha hecho ausencia
Y no quiere gozar la mi presencia
Y el pecho por su amor muy lastimado!"
Y al cabo de un gran rato se ha encumbrado
Sobre un árbol do abrió sus brazos bellos
Y muerto se ha quedado asido de ellos
Del pecho del amor muy lastimado.
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A menina da franja do cinema português nasceu há 104 anos
Beatriz Costa, pseudónimo de Beatriz da Conceição (Charneca do Milharado, Mafra, 14 de dezembro de 1907 - Lisboa, 15 de abril de 1996) foi uma actriz de teatro e cinema portuguesa, sendo um ícone da cultura popular lusa.
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