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terça-feira, janeiro 16, 2024

Jô Soares nasceu há 86 anos...

  

José Eugênio "Jô" Soares (Rio de Janeiro, 16 de janeiro de 1938São Paulo, 5 de agosto de 2022), foi um humorista, apresentador de televisão, escritor, dramaturgo, diretor teatral, ator, músico e artista plástico brasileiro. Ganhou notoriedade no comando de programas de televisão em formato talk-show no Brasil como o Jô Soares Onze e Meia entre os anos de 1988 e 1999 no SBT e o Programa do Jô entre 2000 e 2016 na Globo.

A notícia de sua morte, divulgada no dia 5 de agosto, repercutiu tanto na sociedade brasileira, quanto na imprensa internacional.

Nascido na cidade do Rio de Janeiro, José Eugênio Soares foi o único filho do empresário paraibano Orlando Heitor Soares e da dona de casa Mercedes Pereira Leal. Pelo lado materno, foi bisneto do conselheiro Filipe José Pereira Leal, diplomata e político que, no Brasil Imperial, foi presidente da província do Espírito Santo. Por parte de seu pai, foi sobrinho-bisneto de Francisco Camilo de Holanda, presidente da província da Paraíba.

Jô queria ser diplomata quando criança. Estudou no Colégio de São Bento do Rio de Janeiro, no Colégio São José de Petrópolis, e em Lausana, na Suíça, no Lycée Jaccard, com este objetivo. Durante a estadia na Suíça ganhou o apelido de "Joe", redutivo da versão inglesa de seu nome, Joseph, bem como referência à popular canção "Hey Joe!", de Frankie Laine. Mais tarde reduziria a Jô. Porém, percebeu que o seu senso de humor apurado e a criatividade inata apontava para outra direção.
 
(...)
 
Vida

Entre 1959 e 1979, foi casado com a atriz Therezinha Millet Austregésilo, com quem teve um filho, Rafael Soares (1964–2014), que tinha transtornos do espectro autista (TEA). Entre 1980 a 1983, foi casado com atriz Sílvia Bandeira, doze anos mais nova. Em 1984, começou a namorar a atriz Cláudia Raia, romance que durou dois anos. Namorou a atriz Mika Lins e, em 1987, casou-se com a designer gráfica Flávia Junqueira Pedras, de quem se separou, em 1998. O apresentador admitiu sofrer de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Em sua casa, os quadros precisam estar tombados levemente para a direita. Era sobrinho de Togo Renan Soares, conhecido como "Kanela", ex-treinador da Seleção Brasileira de Basquetebol. Em 1 de outubro de 2012, levou ao ar um programa especial que reprisou uma entrevista com Lolita Rodrigues e Nair Bello em homenagem à apresentadora Hebe Camargo, com quem declarou ter vivido intensas alegrias.

O apresentador falava, com diferentes níveis de fluência, cinco idiomas: português, inglês, francês, italiano e espanhol, além de ter bons conhecimentos de alemão. Traduziu um álbum de histórias em quadradinhos de Barbarella, criação do francês Jean-Claude Forest. Era católico, devoto de Santa Rita de Cássia. Em 25 de julho de 2014, foi internado no Hospital Sírio-Libanês, para tratar de uma pneumonia, permanecendo no hospital por 22 dias.

Em 31 de outubro de 2014, morreu o seu único filho, Rafael Soares, no Hospital Samaritano, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Em 3 de novembro, dedicou o programa ao seu filho, em que fez um discurso contando um pouco da história dele. Em 4 de agosto de 2016, foi eleito para a Academia Paulista de Letras, assumindo a cadeira 33, que pertenceu ao escritor Francisco Marins.

 

Morte

Jô Soares faleceu em 5 de agosto de 2022, aos 84 anos, no Hospital Sírio-Libanês, na cidade de São Paulo, onde estava internado desde o dia 28 de julho para tratar uma pneumonia. A notícia de sua morte foi divulgada pela ex-esposa, Flavia Pedras, numa publicação na sua página pessoal no Instagram, também confirmada pela assessoria de imprensa do apresentador. O hospital não informou qual foi a causa da morte, atendendo a um pedido do próprio ator à família. Anne Porlan, amiga pessoal de Jô, afirmou que ele faleceu de causas naturais. Em 22 de dezembro de 2022, foi divulgado que o apresentador falecera de insuficiência renal e cardíaca, estenose aórtica e fibrilação arterial.

A sua morte provocou grande comoção e repercussão no Brasil e no mundo. Várias pessoas famosas e autoridades lhe prestaram homenagens. As emissoras de televisão como a TV Globo, SBT, TV Cultura, Rede Bandeirantes e Viva alteraram as suas respetivas grades de programação previstas para os dias 5 e 6 de agosto, reexibindo alguns dos trabalhos e entrevistas onde o humorista participou.


sexta-feira, janeiro 05, 2024

Música adequada à data...

 

Asas Brancas - Luiz Goes

Letra e Música: Afonso de Sousa

   

Quando era pequenino a desventura

Trazia-me saudoso e triste o rosto,

Assim como quem sofre algum desgosto,

Assim como quem chora d'amargura.

Um anjo de asas brancas muito finas,

Sabendo-me infeliz mas inocente,

Cedeu-me as suas asas pequeninas,

Para me ver voar e ser contente.

    

   

E as asas de criança, meu tesoiro

Ao ver-me assim tão triste, iam ao céu

Tão brandas, tão macias, penas d'oiro

Tão leves como a aragem, como eu!

Cresci, cresceram culpas juntamente,

Já grandes são as mágoas mais pequenas!

As asas brancas vão-se e ficam penas!

Não mais subi ao céu, nem fui contente.

 

sexta-feira, novembro 24, 2023

Saudades de Freddie...

Freddie Mercury morreu há trinta e dois anos...

(imagem daqui)

 

Freddie Mercury, nome artístico de Farrokh Bulsara (Zanzibar, 5 de setembro de 1946 - Londres, 24 de novembro de 1991), foi um cantor, pianista e compositor britânico, que ficou mundialmente famoso como vocalista da banda britânica de rock Queen, que ele integrou de 1970 até ao ano de sua morte.

Mercury, tornou-se célebre pelo seu poderoso tom de voz e suas performances energéticas, que sempre envolviam a plateia, sendo considerado pela crítica como um dos maiores artistas de todos os tempos. Como compositor, Mercury criou a maioria dos grandes sucessos dos Queen, como "We Are the Champions", "Love of my Life", "Killer Queen", "Bohemian Rhapsody", "Somebody to Love" e "Don't Stop Me Now". Além do seu trabalho na banda, Mercury também lançou vários projetos paralelos, incluindo um álbum solo, Mr. Bad Guy, em 1985, e um disco de ópera ao lado da soprano Montserrat Caballé, Barcelona, em 1988. Mercury morreu vítima de broncopneumonia, acarretada pela SIDA, em 1991, um dia depois de ter assumido a doença publicamente.
O seu trabalho com Queen ainda lhe gera reconhecimento até os dias de hoje: Mercury é citado como principal influência de muitos outros cantores e bandas. Em 2006, ele foi nomeado a maior celebridade asiática de todos os tempos, sendo também eleito o maior líder de banda da história em uma votação pública organizada pela MTV americana. Em 2008, ele ficou na décima oitava posição na lista dos "100 Maiores Cantores de Todos os Tempos" da revista Rolling Stone, e no ano seguinte, a Classic Rock nomeou-o o maior vocalista de rock and roll. Com os Queen, Mercury já vendeu mais de cento e cinquenta milhões de discos em todo o mundo.
   
      

 


quinta-feira, novembro 23, 2023

Saudades de Herberto Helder...

(imagem daqui)

 

O Actor

O actor acende a boca. Depois os cabelos.
Finge as suas caras nas poças interiores.
O actor põe e tira a cabeça
de búfalo.
De veado.
De rinoceronte.
Põe flores nos cornos.
Ninguém ama tão desalmadamente
como o actor.
O actor acende os pés e as mãos.
Fala devagar.
Parece que se difunde aos bocados.
Bocado estrela.
Bocado janela para fora.
Outro bocado gruta para dentro.
O actor toma as coisas para deitar fogo
ao pequeno talento humano.
O actor estala como sal queimado.

O que rutila, o que arde destacadamente
na noite, é o actor, com
uma voz pura monotonamente batida
pela solidão universal.
O espantoso actor que tira e coloca
e retira
o adjectivo da coisa, a subtileza
da forma,
e precipita a verdade.
De um lado extrai a maçã com sua
divagação de maçã.
Fabrica peixes mergulhados na própria
labareda de peixes.
Porque o actor está como a maçã.
O actor é um peixe.

Sorri assim o actor contra a face de Deus.
Ornamenta Deus com simplicidades silvestres.
O actor que subtrai Deus de Deus, e
dá velocidade aos lugares aéreos.
Porque o actor é uma astronave que atravessa
a distância de Deus.
Embrulha. Desvela.
O actor diz uma palavra inaudível.
Reduz a humidade e o calor da terra
à confusão dessa palavra.
Recita o livro. Amplifica o livro.
O actor acende o livro.
Levita pelos campos como a dura água do dia.
O actor é tremendo.
Ninguém ama tão rebarbativamente como o actor.
Como a unidade do actor.

O actor é um advérbio que ramificou
de um substantivo.
E o substantivo retorna e gira,
e o actor é um adjectivo.
É um nome que provém ultimamente
do Nome.
Nome que se murmura em si, e agita,
e enlouquece.
O actor é o grande Nome cheio de holofotes.
O nome que cega.
Que sangra.
Que é o sangue.
Assim o actor levanta o corpo,
enche o corpo com melodia.
Corpo que treme de melodia.
Ninguém ama tão corporalmente como o actor.
Como o corpo do actor.

Porque o talento é transformação.
O actor transforma a própria acção
da transformação.
Solidifica-se. Gaseifica-se. Complica-se.
O actor cresce no seu acto.
Faz crescer o acto.
O actor actifica-se.
É enorme o actor com sua ossada de base,
com suas tantas janelas,
as ruas -
o actor com a emotiva publicidade.
Ninguém ama tão publicamente como o actor.
Como o secreto actor.

Em estado de graça. Em compacto
estado de pureza.
O actor ama em acção de estrela.
Acção de mímica.
O actor é um tenebroso recolhimento
de onde brota a pantomina.
O actor vê aparecer a manhã sobre a cama.
Vê a cobra entre as pernas.
O actor vê fulminantemente
como é puro.
Ninguém ama o teatro essencial como o actor.
Como a essência do amor do actor.
O teatro geral.

O actor em estado geral de graça.



Herberto Hélder

 

quinta-feira, novembro 16, 2023

Hoje houve eleições na Associação Académica de Coimbra...

 

...celebremos as escolhas e decisões dos atuais estudantes, de vetusta Universidade, com a música da Academia, com um excelente fado:

 

 

PS - parabéns à nova Presidente da Mesa da Assembleia Magna, Carolina Nobre, e ao novo Presidente da Direção-Geral, Renato Simões, candidatos da Lista P - Por ti. Pela Académica.

sábado, novembro 11, 2023

Saudades de Teresa Tarouca...

Teresa Tarouca deixou-nos há quatro anos...

(imagem daqui)

      

Teresa de Jesus Pinto-Coelho Teles da Silva, mais conhecida por Teresa Tarouca (Lisboa, 4 de janeiro de 1942 - Lisboa, 11 de novembro de 2019), foi uma fadista portuguesa. Recebeu o Prémio da Imprensa (1964) na categoria "Fado". 

     

Biografia

Nasceu em 4 de janeiro de 1942, em Lisboa. Oriunda de uma família ligada à música (é prima de Frei Hermano da Câmara e prima afastada de Maria Teresa de Noronha) adotou o nome de Teresa Tarouca, devido à sua descendência dos condes de Tarouca.

Na década de 50 foi considerada "menina-prodígio", começou a cantar desde muito cedo, com 11 anos de idade, em espetáculos de beneficência, estreando-se no fado aos 13 anos.

Assinou contrato com a editora RCA, em 1962, para a gravação do primeiro disco.

Teresa Tarouca recebeu o Prémio da Imprensa (1964), ou Prémio Bordalo, na categoria "Fado". Na mesma cerimónia de entrega, no Pavilhão dos Desportos a 3 de abril de 1965, a Casa da Imprensa distinguiu na mesma categoria o fadista Alfredo Marceneiro.

Trabalhou com uma vasta galeria de autores de qualidade como D. António de Bragança, João de Noronha, Casimiro Ramos, João Ferreira-Rosa, Francisco Viana, Alfredo Marceneiro, D. Nuno de Lorena, Pedro Homem de Mello ou Maria Manuel Cid.

Algumas das suas canções mais conhecidas são "Mouraria", "Deixa Que Te Cante Um Fado", "Fado, Dor e Sofrimento", "Passeio à Mouraria" ou "Saudade, Silêncio e Sombra".

Teresa Tarouca atuou em vários países como Dinamarca, Bélgica, Espanha, Estados Unidos da América ou Brasil.

A fadista foi convidada para atuar na edição de 1973 do Festival RTP da Canção.

Em 1989 foi editado o álbum "Tereza Tarouca Canta Pedro Homem de Mello", um disco emblemático da sua carreira.

No ano de 1997 participou, como "Atração de Fado", na revista Preço Único, no Teatro ABC do Parque Mayer.

Após alguns afastamento das lides artísticas, Teresa Tarouca teve uma participação especial em 2008 no musical Fado... Esse Malandro Vadio! de João Núncio, com encenação de Francisco Horta.

A 7 de junho de 2013, foi feita Comendadora da Ordem do Infante D. Henrique, tal como também a fadista Maria da Fé.

Ainda em 2013 foi distinguida com o "Prémio Carreira" na 8.ª edição dos Prémios Amália.

Morreu, a 11 de novembro de 2019, no Hospital de S. Francisco Xavier, em Lisboa, vítima de pneumonia dupla.

  

in Wikipédia

 


segunda-feira, novembro 06, 2023

Nunca mais, Sophia...


(imagem daqui)

 

 

Nunca mais

Nunca mais
Caminharás nos caminhos naturais.
Nunca mais te poderás sentir
Invulnerável, real e densa -
Para sempre está perdido
O que mais do que tudo procuraste
A plenitude de cada presença.

E será sempre o mesmo sonho, a mesma ausência. 
  
    
 
in
Poesia I (1944) - Sophia de Mello Breyner Andresen

sexta-feira, novembro 03, 2023

A Académica faz hoje 136 anos


A Associação Académica de Coimbra (sigla: AAC), fundada a 3 de novembro de 1887, é a mais antiga associação de estudantes de Portugal. Representa os mais de vinte cinco mil e quinhentos estudantes da Universidade de Coimbra, que são automaticamente considerados seus sócios enquanto se encontrem inscritos nesta Universidade. Existem também 3055 associados seccionistas, 17 associados extraordinários e 25 associados honorários.

A AAC alberga uma série de secções culturais e desportivas. Entre as secções culturais pontificam, o Centro de Estudos Cinematográficos (CEC) que realiza anualmente o Festival "Caminhos do Cinema Português", a Rádio Universidade de Coimbra (RUC), a Secção de Jornalismo (que edita o jornal universitário "A Cabra"), a Televisão da Associação Académica de Coimbra, a secção de fado, o Grupo de folclore e etnografia (GEFAC) e os grupos de teatro (TEUC e CITAC). As secções desportivas abrangem um vasto leque de desportos, tais como o hóquei em patins, futebol, andebol, basquetebol, rugby, canoagem, natação, voleibol, ténis, artes marciais e xadrez, entre muitos outros. A "Académica" é assim o "clube" mais eclético do pais, uma vez que "pratica" o maior número de modalidades.
Também referido como "Académica", o clube de futebol profissional mais conhecido de Coimbra, de seu verdadeiro nome Associação Académica de Coimbra – Organismo Autónomo de Futebol (AAC–OAF), é considerado o herdeiro da secção de futebol da AAC (que se mantém na pratica amadora), mas é hoje um clube independente, cuja ligação com a AAC é cada vez mais ténue.

A AAC é dirigida pela Direção Geral (DG), composta por estudantes, e eleita anualmente entre novembro e dezembro, em eleições abertas a todos os sócios, tanto estudantes como os sócios seccionistas. À DG compete a administração da AAC bem como a representação política dos estudantes. Em termos políticos, é ainda de referir a importância das Assembleias Magnas, assembleias sobretudo de discussão da política da Academia, abertas a todos os sócios, cujas decisões têm de ser obrigatoriamente cumpridas, independentemente da opinião da DG. Este poder decisório da Assembleia Magna torna-a no palco de discussões acesas, sobretudo entre os estudantes politizados. O atual edifício da AAC foi inaugurado em 1961 e alberga praticamente todas as secções da AAC, estando integrado num quarteirão que inclui ainda uma sala de espetáculos (Teatro Académico de Gil Vicente) e um complexo de cantinas.

Atualmente a DG/AAC é presidida por João Pedro Caseiro, que se encontra no seu segundo mandato enquanto Presidente.

  
Culturais
   
Desportivas
  
Condecorações
   
Outras distinções
  • Medalha de Mérito Cultural (27 de outubro de 1987)
  • Medalha de Ouro da Cidade de Coimbra
  • Medalha Honorífica da Universidade de Coimbra (18 de dezembro de 2008)
  • Troféu Olímpico Português
  • Instituição de Utilidade Pública

  

 
in Wikipédia

 

Nota: a maior associação de estudantes da Europa (e um dos clubes com mais modalidade e secções) faz hoje  anos, sem necessitar, como outros clubes fizeram, de falsificar a data de nascimento (até porque é a continuidade de outro clube que a antecedeu). A minha associação de estudantes, enquanto aluno da vetusta Universidade de Coimbra, merece tudo - Efe-Erre-Á...!

Hoje é dia de ouvir Fado e Canção de Coimbra...!

quarta-feira, outubro 25, 2023

A Rainha Dª Amélia morreu há setenta e dois anos...

   
Maria Amélia Luísa Helena de Orleães (Twickenham, 28 de setembro de 1865 - Le Chesnay, 25 de outubro de 1951) foi a última rainha de facto de Portugal.
Durante a sua vida, Amélia perdeu todos os seus familiares diretos: defrontou-se com o assassinato do marido, o rei D. Carlos I de Portugal, e do filho mais velho, o príncipe real D. Luís Filipe (episódio conhecido como regicídio de 1908); vinte e quatro anos mais tarde, recebeu a notícia da morte do segundo e último filho, o rei D. Manuel II; e também ficara de luto com a morte de sua filha, a infanta D. Maria Ana de Bragança, nascida em um parto prematuro, e, em 1920, com a morte do cunhado, o infante D. Afonso de Bragança, Duque do Porto, único irmão do rei D. Carlos I.
Ela foi um dos membros da família real portuguesa exilada após a implantação da república - facto ocorrido a 5 de outubro de 1910 - que visitou Portugal em vida, bem como o último membro a morrer, aos oitenta e seis anos. Amélia de Orleães viveu sofridas décadas de exílio, entre Inglaterra e França, onde aguentou a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Esta frase estava entre as suas últimas palavras:
Cquote1.svg
Quero bem a todos os portugueses, mesmo àqueles que me fizeram mal.
Cquote2.svg

 
(...)   
 

Após a implantação da República Portuguesa, em 5 de outubro de 1910, Amélia seguiu o caminho do exílio com o resto da família real portuguesa para Londres, Inglaterra. Depois do casamento de D. Manuel II, com Augusta Vitória de Hohenzollern-Sigmaringen, a rainha passou a residir em Château de Bellevue, perto de Versalhes, em França. Em 1932, D. Manuel II morreu inesperadamente em Twickenham, no mesmo subúrbio londrino onde a sua mãe tinha nascido.

Durante a Primeira Guerra Mundial trabalhou na Cruz vermelha, o que lhe valeu uma condecoração pelo rei Jorge V de Inglaterra. Em 1940, os soldados alemães ocuparam a sua casa. Salazar, pediu que o palácio fosse considerado território português e convidou-a a refugiar-se em Portugal. D. Amélia respondeu «Na minha desgraça, a França acolheu-me, não a abandonarei na desgraça dela».

Em 1938, deu uma entrevista a um jornalista do jornal "O Século", Leitão de Barros, onde falou sobre a sua vida em Portugal.

Em 1945, D. Amélia visitou Portugal a convite de Salazar, 35 anos depois de partir para o exílio. A bordo do Sud-Express, recorda a viagem que fez há exactamente 59 anos quando veio para Portugal para se casar com D. Carlos, enquanto passa a mão pelo colar de 661 pérolas que o mesmo lhe havia oferecido: «Venho em busca de reconciliação com um país que me tirou mais do que me deu». À chegada a Lisboa, tem a preocupação de descer com o pé direito: «Amélia, não cometas o mesmo erro, desce agora com o pé direito». Descreve Salazar tal e qual como o imaginava: austero, rígido e nariz adunco, com gestos pensados e palavras medidas. Visitou o Palácio da Pena mas não foi capaz de regressar a Vila Viçosa nem à Igreja de S. Domingos, onde se casou.

Em 1949 fez uma adenda ao seu testamento e deixou a totalidade dos bens que possuía em Portugal ao seu afilhado, Duarte Pio. Percebe que o seu fim está próximo mas tranquiliza-se porque sabe que a deixarão repousar junto dos filhos e do seu marido.

No dia 25 de outubro de 1951, a rainha D. Amélia faleceu na sua residência em Versalhes, aos oitenta e seis anos. Tinha sido atingida por um fatal ataque de uremia, morrendo às 09.35 da manhã. Entre as suas últimas palavras encontrava-se a frase "Sofro tanto! Deus está comigo. Adeus. Levem-me para Portugal!". O corpo da rainha foi então trasladado pela fragata "Bartolomeu Dias" para junto do marido e dos filhos, no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora. Esse foi o seu último desejo na hora da sua morte. O funeral teve honras de Estado e foi visto por grande parte do povo de Lisboa.
   

sexta-feira, outubro 20, 2023

O nosso Luís partiu há dois anos...

 

Os que são amados e recordados nunca morrem - nunca te esqueceremos... Celebremos e recordemos um dos melhores da nossa família com uma música:

 


quinta-feira, setembro 28, 2023

A Rainha D.ª Amélia nasceu há 158 anos...

 


Maria Amélia Luísa Helena de Orleães (Twickenham, 28 de setembro de 1865 - Le Chesnay, 25 de outubro de 1951) foi a última Rainha de facto de Portugal.
Durante a sua vida, Amélia perdeu todos os seus familiares diretos: defrontou-se com o assassinato do marido, o Rei D. Carlos I, e do filho mais velho, D. Luís Filipe (episódio conhecido como regicídio de 1908); vinte e quatro anos mais tarde, recebeu a notícia da morte do segundo e último filho, o futuro rei Manuel II; e também ficou de luto com a morte de sua filha, a infanta Maria Ana de Bragança, nascida de parto prematuro, e, em 1920, com a morte do cunhado, o infante Afonso, Duque do Porto, único irmão do rei D. Carlos I.
Ela foi o único membro da família real portuguesa exilada após a implantação da república - facto ocorrido a 5 de outubro de 1910 - que visitou Portugal em vida, bem como o último membro a morrer, aos oitenta e seis anos. Amélia de Orleães viveu sofridas décadas de exílio, entre Inglaterra e França, onde aguentou a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Esta frase estava entre as suas últimas palavras:
Cquote1.svg
Quero bem a todos os portugueses, mesmo àqueles que me fizeram mal.
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Reconciliação familiar
Pouco antes da sua visita a Portugal, D. Amélia aceitara ser madrinha de batismo de Duarte Pio de Bragança, confirmando a reconciliação dos dois ramos da família Bragança.
   
Morte
No dia 25 de outubro de 1951, a rainha D. Amélia faleceu na sua residência em Versalhes, aos oitenta e seis anos. Tinha sido atingida por um fatal ataque de uremia, morrendo às 09.35 horas da manhã. O corpo da rainha foi então trasladado, pela fragata Bartolomeu Dias, para junto do marido e dos filhos, no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora. Esse foi o seu último desejo na hora de sua morte. O funeral teve honras de Estado e foi visto por grande parte do povo de Lisboa, numa multidão nunca vista.
   
  
Títulos
  • 1865-1886: Sua Alteza Real a princesa Amélia de Orleães
  • 1886-1889: Sua Alteza Real a Princesa Real D. Amélia, Duquesa de Bragança
  • 1889-1908: Sua Majestade a Rainha
  • 1908-1910: Sua Majestade a rainha D. Amélia
  • 1910-1951: Sua Majestade a rainha D. Amélia de Portugal
Brasão da Rainha Dona Amélia
         

quarta-feira, setembro 27, 2023

Música de aniversariante de hoje...

Saudades de Lhasa...

Nunca te esqueceremos - o Miguel Madeira morreu há dezoito anos...

 

  

E são já 18 anos desde que o Miguel Madeira foi morto - assassinado, a tiro, no exercício das funções para que tinha sido eleito.

É um dia de luto para mim, que perdi um amigo, e para a minha terra, Vila Franca das Naves - perdemos de uma só vez o Presidente da Junta, Comandante dos Bombeiros e Presidente da Associação Cultural e Desportiva...

Um dia triste que preferia que nunca tivesse acontecido - mas ficam as saudades e as recordações de tudo o que fizemos juntos, em Vila Franca das Naves e em Coimbra, na escola e na rua, nos escuteiros e nos bombeiros e em tantos outros sítios... Até logo, Miguel - vemo-nos lá em cima...

 

Lhasa de Sela nasceu há cinquenta e um anos...

   
Lhasa de Sela (Big Indian, New York27 de setembro de 1972 - Montreal, 1 de janeiro de 2010) foi uma cantora dos Estados Unidos, radicada no Canadá.
A sua ascendência era de um lado mexicana e de outro americano-judeu-libanesa. Filha de um professor não convencional, que percorria os EUA e o México, difundindo o conhecimento, e de uma fotógrafa, assim passou a sua infância, de maneira nómada, em conjunto com os seus pais e as suas três irmãs.
A sua obra musical mescla tradição mexicana, klezmer e rock e é cantada em três idiomas: espanhol, francês e inglês.
Faleceu a 1 de janeiro de 2010, em Montreal, Canadá, vítima de cancro de mama.