quarta-feira, novembro 20, 2013
Franco morreu há 38 anos
Postado por Fernando Martins às 00:38 0 bocas
Marcadores: ditadores, Franco, franquismo, Guerra Civil Espanhola
terça-feira, novembro 19, 2013
Reprodução por semente de árvores e arbustos autóctones
[Para obter a publicação clique em Capítulos 1 a 4 (6MB) e Capítulo 5 (5MB)]
Vou dedicar esta música aos suecos e alguns portugueses aziados...
Postado por Fernando Martins às 21:35 0 bocas
Marcadores: Bad Day, Daniel Powter, Mundial de Futebol, música
Poesia de um Senhor que ontem fazia anos ontem (II)
O regresso
Como quem, vindo de países distantes fora de
si, chega finalmente aonde sempre esteve
e encontra tudo no seu lugar,
o passado no passado, o presente no presente,
assim chega o viajante à tardia idade
em que se confundem ele e o caminho.
Entra então pela primeira vez na sua casa
e deita-se pela primeira vez na sua cama.
Para trás ficaram portos, ilhas, lembranças,
cidades, estações do ano.
E come agora por fim um pão primeiro
sem o sabor de palavras estrangeiras na boca.
in Como se desenha uma casa (2011) - Manuel António Pina
Postado por Geopedrados às 20:30 0 bocas
Marcadores: Manuel António Pina, poesia, saudades
Poesia de um Senhor que ontem fazia anos ontem...
V
[Aos meus livros]
Chamaram-vos tudo, interessantes, pequenos, grandes,
ou apenas se calaram, ou fecharam os longos ouvidos
à vossa inútil voz passada
em sujos espelhos buscando
o rosto e as lágrimas que (eu é que sei!)
me pertenciam, pois era eu quem chorava.
Um bancário calculava
que tínheis curto saldo
de metáforas; e feitas as contas
(porque os tempos iam para contas)
a questão era outra e ainda menos numerosa
(e seguramente, aliás, em prosa).
Agora, passando ainda para sempre,
olhais-me impacientemente;
como poderíamos, vós e eu, escapar
sem de novo o trair, a esse olhar?
Levai-me então pela mão, como nos levam
os filhos pela mão: sem que se apercebam.
Partiram todos, os salões onde ecoavam
ainda há pouco os risos dos convidados
estão vazios; como vós agora, meus livros:
papéis pelo chão, restos, confusos sentidos.
E só nós sabemos
que morremos sozinhos.
(Ao menos escaparemos
à piedade dos vizinhos)
in Farewell happy fields (1992) - Manuel António Pina
Postado por Pedro Luna às 17:04 0 bocas
Marcadores: Manuel António Pina, poesia
Hoje é o Dia Mundial do Xadrez - o imortal Capablanca nasceu há 125 anos!
Postado por Fernando Martins às 12:50 0 bocas
Marcadores: campeão, Capablanca, Cuba, Dia Mundial do Xadrez, Xadrez
Guimarães Rosa morreu há 46 anos
“ | Eu falo: português, alemão, francês, inglês, espanhol, italiano, esperanto, um pouco de russo; leio: sueco, holandês, latim e grego (mas com o dicionário agarrado); entendo alguns dialetos alemães; estudei a gramática: do húngaro, do árabe, do sânscrito, do lituano, do polaco, do tupi, do hebraico, do japonês, do checo, do finlandês, do dinamarquês; bisbilhotei um pouco a respeito de outras. Mas tudo mal. E acho que estudar o espírito e o mecanismo de outras línguas ajuda muito à compreensão mais profunda do idioma nacional. Principalmente, porém, estudando-se por divertimento, gosto e distração. | ” |
- 1936: Magma
- 1946: Sagarana
- 1947: Com o Vaqueiro Mariano
- 1956: Corpo de Baile
- 1956: Grande Sertão: Veredas
- 1962: Primeiras Estórias
- 1964: Campo Geral
- 1965: Noites do Sertão
- 1967: Tutaméia – Terceiras Estórias
- 1969: Estas Estórias (póstumo)
- 1970: Ave, Palavra (póstumo)
- 2011: Antes das Primeiras Estórias (póstumo)
Quando me disseste que não mais me amavas,
e que ias partir,
dura, precisa, bela e inabalável,
com a impassibilidade de um executor,
dilatou-se em mim o pavor das cavernas vazias...
Mas olhei-te bem nos olhos,
belos como o veludo das lagartas verdes,
e porque já houvesse lágrimas nos meus olhos,
tive pena de ti, de mim, de todos,
e me ri
da inutilidade das torturas predestinadas,
guardadas para nós, desde a treva das épocas,
quando a inexperiência dos Deuses
ainda não criara o mundo...
in Magma (1936) - João Guimarães Rosa
Postado por Fernando Martins às 04:06 0 bocas
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O Discurso de Gettysburg foi proferido há 150 anos
Four score and seven years ago our fathers brought forth on this continent a new nation, conceived in liberty and dedicated to the proposition that all men are created equal.
Now we are engaged in a great civil war, testing whether that nation or any nation so conceived and so dedicated can long endure. We are met on a great battlefield of that war. We have come to dedicate a portion of that field as a final resting-place for those who here gave their lives that that nation might live. It is altogether fitting and proper that we should do this.
But in a larger sense, we cannot dedicate, we cannot consecrate, we cannot hallow this ground. The brave men, living and dead who struggled here have consecrated it far above our poor power to add or detract. The world will little note nor long remember what we say here, but it can never forget what they did here.
It is for us the living rather to be dedicated here to the unfinished work which they who fought here have thus far so nobly advanced. It is rather for us to be here dedicated to the great task remaining before us – that from these honored dead we take increased devotion to that cause for which they gave the last full measure of devotion – that we here highly resolve that these dead shall not have died in vain, that this nation under God shall have a new birth of freedom, and that government of the people, by the people, for the people shall not perish from the earth.
Há 87 anos, os nossos pais deram origem neste continente a uma nova Nação, concebida na Liberdade e consagrada ao princípio de que todos os homens nascem iguais.
Encontramo-nos actualmente empenhados numa grande guerra civil, pondo à prova se essa Nação, ou qualquer outra Nação assim concebida e consagrada, poderá perdurar. Eis-nos num grande campo de batalha dessa guerra. Eis-nos reunidos para dedicar uma parte desse campo ao derradeiro repouso daqueles que, aqui, deram a sua vida para que essa Nação possa sobreviver. É perfeitamente conveniente e justo que o façamos.
Mas, numa visão mais ampla, não podemos dedicar, não podemos consagrar, não podemos santificar este local. Os valentes homens, vivos e mortos, que aqui combateram já o consagraram, muito além do que nós jamais poderíamos acrescentar ou diminuir com os nossos fracos poderes.
O mundo muito pouco atentará, e muito pouco recordará o que aqui dissermos, mas não poderá jamais esquecer o que eles aqui fizeram.
Cumpre-nos, antes, a nós os vivos, dedicarmo-nos hoje à obra inacabada até este ponto tão insignemente adiantada pelos que aqui combateram. Antes, cumpre-nos a nós os presentes, dedicarmo-nos à importante tarefa que temos pela frente – que estes mortos veneráveis nos inspirem maior devoção à causa pela qual deram a última medida transbordante de devoção – que todos nós aqui presentes solenemente admitamos que esses homens não morreram em vão, que esta Nação com a graça de Deus venha gerar uma nova Liberdade, e que o governo do povo, pelo povo e para o povo jamais desaparecerá da face da terra.
Postado por Fernando Martins às 01:50 0 bocas
Marcadores: Abraham Lincoln, Discurso de Gettysburg, Guerra Civil Americana, Johnny Cash, Liberdade
segunda-feira, novembro 18, 2013
Há 35 anos o Massacre de Jonestown causou a morte de mais de 900 pessoas
Postado por Fernando Martins às 21:35 0 bocas
Marcadores: Guiana, Jim Jones, Massacre de Jonestown, Peoples Temple
Kirk Hammett, dos Metallica, faz hoje 51 anos
Postado por Fernando Martins às 20:51 0 bocas
Marcadores: hard rock, heavy metal, Kirk Hammett, Metallica, Speed Metal, The Day That Never Comes, The Ripper, Thrash metal
O Aleijadinho morreu há 199 anos
Postado por Fernando Martins às 19:09 0 bocas
Marcadores: Aleijadinho, Arquitectura, barroco, Brasil, escultura, rococó
Há 110 anos os Estados Unidos assinaram um tratado que lhe deu o Canal do Panamá
A Zona do Canal do Panamá (em espanhol Zona del Canal de Panamá) era um território de 1.432 km² (553 milhas²) dentro do Panamá, consistindo do Canal do Panamá e de uma área de 8,1 km (5 milhas) de largura de cada lado. Essa zona foi criada a 18 de novembro de 1903, com a assinatura do Tratado Hay-Bunau-Varilla.
Postado por Fernando Martins às 11:00 0 bocas
Marcadores: Canal do Panamá, Panamá, Tratado Hay-Bunau-Varilla, Zona do Canal do Panamá
Manuel António Pina nasceu há 70 anos
O MedoManuel António Pina (Sabugal, 18 de novembro de 1943 - Porto, 19 de outubro de 2012) foi um jornalista e escritor português, premiado em 2011 com o Prémio Camões.O autor licenciou-se em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e foi jornalista do Jornal de Notícias durante três décadas, tendo sido depois cronista do Jornal de Notícias e da revista Notícias Magazine.A sua obra incidiu principalmente na poesia e na literatura infanto-juvenil, embora tenha escrito também diversas peças de teatro e de obras de ficção e crónica. Algumas dessas obras foram adaptadas ao cinema e TV e editadas em disco.A sua obra foi traduzida em países como França (francês e corso), Estados Unidos, Espanha (espanhol, galego e catalão), Dinamarca, Alemanha, Países Baixos, Rússia, Croácia e Bulgária.A 9 de junho de 2005 foi feito Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.Faleceu no dia 19 de outubro de 2012, no Hospital de Santo António, no Porto, aos 68 anos.
in Wikipédia
Ninguém me roubará algumas coisas,
nem acerca de elas saberei transigir;
um pequeno morto morre eternamente
em qualquer sítio de tudo isto.
É a sua morte que eu vivo eternamente
quem quer que eu seja e ele seja.
As minhas palavras voltam eternamente a essa morte
como, imóvel, ao coração de um fruto.
Serei capaz
de não ter medo de nada,
nem de algumas palavras juntas?
in Nenhum Sítio (1984) - Manuel António Pina
Postado por Fernando Martins às 01:10 0 bocas
Marcadores: Manuel António Pina, poesia
domingo, novembro 17, 2013
Gordon Lightfoot - 75 anos!
Postado por Fernando Martins às 23:59 0 bocas
Marcadores: Canadá, country, folk, folk rock, Gordon Lightfoot, música, The Wreck of the Edmund Fitzgerald