sexta-feira, dezembro 30, 2011

A União Soviética foi criada há 89 anos

Em 29 de dezembro de 1922 na Conferência Plenipotenciária das Delegações da República Socialista Federativa Soviética da Rússia, a República Socialista Federativa Soviética Transcaucasiana, a RSS da Ucrânia e a RSS da Bielorrússia aprovaram a URSS e a Declaração de Criação da URSS, que formou a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Estes dois documentos foram confirmadas pelo 1º Congresso dos Sovietes da URSS e assinado pelos chefes de delegação, Mikhail Kalinin, Mikha Tskhakaya, Mikhail Frunze e Grigori Petrovski, Aleksandr Chervyakov, respectivamente, em 30 de dezembro de 1922. Somente após o final da Segunda Guerra Mundial é que o número de repúblicas chega a 15, quadro que se mantém até o fim do país em 1991.


Israel e Vaticano/Santa Sé estabeleceram relações diplomáticas há 18 anos

(imagem daqui)

Relações diplomáticas Israel-Vaticano

Relações diplomáticas plenas e formais entre Israel e a Santa Sé foram estabelecidas em 1993.

Relações diplomáticas plenas e formais entre Israel e a Santa Sé foram estabelecidas em 1993. Elas foram precedidas, entretanto, por quase um século de contatos e atividades diplomáticas, sem mencionar quase um milénio de encontros católico-judaicos que, por vezes, estiveram longe de ser harmoniosos.

1. A era pré-Estado

Em 1897, quando a ideia sionista estava começando a ganhar força na Europa e quatro meses antes de o Primeiro Congresso Sionista ter sido realizado em Basle, o respeitado jornal jesuíta, Civiltà Cattolica, fez saber que um Estado Judaico na Terra Santa, com Jerusalém como capital e com a custódia dos Lugares Sagrados era impensável para a Igreja Católica.

Sete anos mais tarde, em 1904, o fundador do Movimento Sionista, Theodor Herzl, encontrou-se com o papa Pio X, na esperança de ganhar o apoio da Santa Sé para a iniciativa sionista. Pio X recusou, declarando que a Igreja não poderia reconhecer o povo judeu e suas aspirações na Palestina, uma vez que os judeus "não reconheceram o nosso Deus". Herzl era movido por considerações políticas; a resposta do papa decorreu da teologia católica.

Os contatos sionistas com a hierarquia da Igreja e os pronunciamentos das autoridades do Vaticano em relação à ambição Sionista foram esporádicos durante as próximas quatro décadas que compreenderam as duas Guerras Mundiais. Eles foram, entretanto, suficientes para confirmar os elementos básicos e consistentes na posição predefinida do Vaticano, tal como eram, pelo Civiltà Cattolica e por Pio X. A Santa Sé opunha-se a uma pátria judaica na Palestina, especialmente conforme concebido na "Declaração de Balfour" britânica de 2 de novembro de 1917. Os Locais Sagrados eram de interesse vital e a custódia deles pelos judeus não era aceitável. Sua disposição e salvaguarda eram assuntos a serem determinados entre a Igreja e as grandes potências. Questões teológicas cercavam uma possível soberania judaica na Terra Santa.

A resolução 181 da Assembleia Geral das Nações Unidas de 29 de novembro de 1947 (a "Resolução de Partição"), contemplando um status de "corpus separatum" para Jerusalém e cercanias, foi vista de modo favorável pelo Vaticano. Aquela resolução foi, entretanto, imediatamente rejeitada pelos Estados Árabes e, após as hostilidades de 1948, a concessão do status de "corpus separatum" (entidade separada) para Jerusalém não se concretizou.

Em outubro daquele ano, o papa Pio XII, profundamente perturbado pelo violento conflito na Terra Santa, emitiu a encíclica In Multiplicibus Curis, na qual ele conclamava os negociadores a dar a Jerusalém e cercanias "um caráter internacional" e para assegurar, com "garantias internacionais", a liberdade de acesso e oração aos Locais Sagrados espalhados pela Palestina. Na segunda encíclica, Redemptoris Nostra, de abril de 1949, Pio apelou para justiça para os refugiados palestinos e repetiu seu apelo por um "status internacional" como a melhor forma de proteção dos Locais Sagrados. A posição oficial do Vaticano sobre o assunto, bem como sobre a questão dos refugiados, foi essencialmente apresentada nas duas décadas seguintes.


2. A era pós-Estado – o reconhecimento de facto

Em 1948, o recém-nascido Estado de Israel estava ansioso por assegurar o reconhecimento da Santa Sé de sua soberania e ganhos territoriais à luz da posição moral internacional do Vaticano e da influência que o Vaticano exercia, em maior ou em menor grau, junto aos governos de determinados países católicos e sobre mais da metade dos cristãos do mundo. Para este fim, representantes foram enviados ao Vaticano em setembro. Embora a delegação tenha falhado em alcançar seu objetivo principal, diversos entendimentos foram feitos para tratar dos problemas mútuos que preocupavam as partes, até certo ponto em bases bilaterais, até certo ponto por meio do núncio papal para a Terra Santa e do patriarca para a Galileia. Implícito nesses entendimentos estava o reconhecimento de facto do Estado de Israel por parte do Vaticano, algo que a Santa Sé mencionava com frequência nos tratos subsequentes com Israel.

O Vaticano continuou a se esforçar para a internacionalização de Jerusalém e dos Lugares Sagrados. Em 1950, orquestrou uma tentativa sem sucesso junto às Nações Unidas para trazer o assunto à tona. Desde então, o Vaticano não renovou sua iniciativa junto às Nações Unidas mas, igualmente, não desistiu das suas aspirações para Jerusalém e para os Lugares Sagrados.

Em paralelo, os contatos Israel-Vaticano progrediram em diversos níveis. É digno de nota nos primeiros anos, que o chanceler Moshe Sharrett encontrou-se com Pio XII em 1952 e a Orquestra Filarmónica de Israel tocou para ele em 1955. O objetivo declarado de Israel permaneceu sendo o estabelecimento de relações diplomáticas plenas com a Santa Sé. Tentativas sucessivas levadas a efeito pelos diplomatas israelenses nos anos seguintes foram em vão. A peregrinação do papa Paulo VI à Terra Santa, em janeiro de 1964, foi conduzida de modo a tornar patente e dolorosamente claro que a Santa Sé não reconhecia Israel formalmente.

Em 1965, o Concílio Vaticano Segundo promulgou uma declaração conhecida como Nostra Aetate, que alterou fundamentalmente as relações entre a Igreja e os judeus, afirmando, entre outras coisas, que "Deus tem especial apreço pelos judeus por causa dos seus patriarcas; Ele não se arrepende dos presentes que deu [a eles]". Além disso, a paixão de Jesus (morte e crucificação) "não pode ser imputada a todos os judeus da época, sem distinção, nem contra os judeus de hoje".

Mesmo com o abrandamento de certas objeções teológicas no caminho do reconhecimento formal de Israel, obstáculos políticos maiores permaneceram. Ao lado da questão da soberania de Israel sobre todos os seus territórios, inclusive partes de Jerusalém, a falta de fronteiras reconhecidas e a questão dos Lugares Sagrados e sua proteção, o Vaticano mantinha sua preocupação com relação às necessidades dos católicos locais, bem como com relação à difícil situação dos refugiados palestinianos. Além disso, havia a preocupação de uma reação adversa contra as minorias cristãs nos países árabes e contra o próprio Vaticano, caso Israel fosse reconhecido formalmente. Quanto a Israel, surgiram hesitações em certas partes sobre o estabelecimento de plenas relações com o Vaticano, na medida em que as ramificações se tornaram aparentes.

A Guerra dos Seis Dias de 1967 mudou a situação geopolítica na região. Israel tinha a posse firme de toda a Terra Santa na parte ocidental do rio Jordão, incluindo todos os Lugares Sagrados cristãos ali localizados. Isso levou o Vaticano a modificar sua posição de modo pragmático. Em um discurso aos cardeais em dezembro de 1967, Paulo VI cobrou um "estatuto especial, internacionalmente garantido" para Jerusalém e os Lugares Sagrados (ao invés da internacionalização). Essa permanece sendo a posição formal do Vaticano sobre o assunto até os dias de hoje.

Ao mesmo tempo, os contatos de alto nível entre as partes continuaram. Paulo VI, entre outros, recebeu o chanceler Abba Eban em 1969, a primeira-ministra Golda Meir em 1973 e o chanceler Moshe Dayan em 1978. O primeiro-ministro Itzhak Shamir foi recebido pelo papa João Paulo II em 1982. A questão do estabelecimento de relações diplomáticas plenas foi levantada nesses e em outros contatos, mas o Vaticano permaneceu reticente e, embora Israel tenha iniciado as conversações, não houve muita pressão.

Os primeiros sinais de uma possível mudança de atmosfera vieram após a ascensão do papa João Paulo II em 1978, que tinha um histórico muito diferente dos seus antecessores italianos. Quando jovem, teve muitos amigos judeus em sua cidade natal de Wadowice; havia testemunhado o Holocausto (ele próprio, forçado a trabalhar sob a ocupação nazi da Polónia) e sentia simpatia pelos anseios nacionalistas dos polacos e de outros povos. Em 1984, ele clamou por segurança e tranquilidade para o povo judeu vivendo no Estado de Israel, "como prerrogativa de todas as nações". Dirigindo-se aos líderes judaicos em Miami, em setembro de 1987, ele reconheceu o direito do povo judeu a uma terra "assim como qualquer nação civil, de acordo com as leis internacionais (que é o que buscamos), para o povo judeu que vive no Estado de Israel…".

Embora outros no Vaticano sinalizassem que os empecilhos teológicos e políticos ao estabelecimento de relações diplomáticas plenas com Israel tivessem sido removidos em grande parte, outros cinco anos se passaram antes que João Paulo traduzisse seus sentimentos em realidade diplomática. Após a primeira Guerra do Golfo em 1991, o processo de paz árabe-israelita foi reativado. A OLP reconheceu Israel e diversos Estados Árabes estabeleceram laços diplomáticos com o Estado. Paralelamente, a União Soviética e um número significativo de estados renovaram suas relações com Israel (interrompidas após a Guerra dos Seis Dias). Além disso, alguns países líderes, como a China e a Índia, estabeleceram relações diplomáticas plenas com Israel pela primeira vez, a fim de poderem participar das negociações de paz multilaterais.

Uma vez que o reconhecimento árabe e palestino de Israel não levou a uma revolta no Oriente Médio e talvez sentindo que a Santa Sé estivesse na situação singular de não poder tratar com Israel formalmente quando assuntos de vital interesse a ela eram eventualmente discutidos nas negociações de paz, João Paulo permitiu alguns "balões de ensaio" diplomáticos com relação a Israel e então tomou, ele próprio, a iniciativa. No início de abril de 1992, o embaixador de Israel na Itália, Avi Pazner, e sua esposa foram convidados para uma audiência particular com o papa. A pedido do papa, o embaixador fez uma exposição da situação do Oriente Médio, durante a qual fez alusão à recusa de alguns estados árabes de aceitar Israel, apesar do reconhecimento da Palestina e do processo de paz em andamento. A referência indireta foi aparentemente entendida e pode ter sido a gota de água, uma vez que dez dias mais tarde o ministro do exterior do Vaticano, arcebispo Jean-Louis Tauran, informou ao embaixador Pazner que João Paulo havia instruído a Cúria para abrir negociações com o objetivo de possibilitar o estabelecimento de relações diplomáticas plenas com Israel. Após o encontro com o papa em outubro, o chanceler Shimon Peres (agora presidente de Israel), destacou que, mesmo à luz do reconhecimento recente de Israel por muitas outras nações, "acrescentar o Vaticano a elas realmente muda as coisas".


3. 1993 em diante – o reconhecimento formal

Um ano e meio de negociações complicadas culminaram com a assinatura do Acordo Fundamental entre a Santa Sé e o Estado de Israel em 30 de dezembro de 1993. Então, de acordo com o protocolo adicional ao Acordo Fundamental, houve a troca de embaixadores plenipotenciários em maio de 1994. Constituindo-se mais como um acordo geral, o Acordo Fundamental abriu caminho para o estabelecimento de subcomissões jurídicas e fiscais para lidar com uma ampla gama de assuntos importantes que foram propositadamente deixados pendentes. Acrescentando uma dimensão incomum, o acordo reconheceu a natureza única das relações entre a Igreja e o povo judeu e reiterou a condenação da Igreja ao antissemitismo em todas as suas formas, como declarado na Nostra Aetate.

Desde aquela data, Israel e a Santa Sé têm mantido um relacionamento diplomático próximo, que não tem sido livre de períodos de tensão e até mesmo de crises. As deliberações do subcomitê jurídico foram concluídas com relativa rapidez, com um acordo complementar assinado em 10 de dezembro de 1997, no qual Israel reconheceu a personalidade jurídica e a autoridade da lei canónica dentro da Igreja Católica e suas instituições, bem como aquelas do patriarcado latino de Jerusalém e dos patriarcas católicos do Oriente e suas respectivas dioceses no território de Israel, enquanto, por sua vez, aquelas entidades eclesiásticas reconheceram a prevalência as leis israelenses em assuntos civis e criminais. Por outro lado, o trabalho do subcomitê fiscal ainda está inacabado, devido às dificuldades em se compatibilizar os princípios de ambos os lados e, sob o ponto de vista de Israel, devido às implicações materiais e fiscais em potencial de qualquer privilégio especial que possa ser concedido à Igreja Católica para outros grupos cristãos e não cristãos no país.

Um ponto alto no relacionamento foi alcançado quando o papa João Paulo fez sua peregrinação à Terra Santa no ano do Jubileu de 2000. Embora a natureza religiosa da visita tenha sido preeminente, os aspectos políticos não puderam ser ignorados, como quando João Paulo ligou para o presidente de Israel e quando se encontrou com o primeiro-ministro e com os membros do seu gabinete.

Os anseios de Israel de um relacionamento político-diplomático mais próximo do Vaticano, na sequência daquela visita, foram frustrados com o surgimento da segunda "Intifada" em setembro de 2000. Crítico da resposta militar de Israel ao levantamento palestino e da inevitável suspensão do processo de paz, o Vaticano deixou esfriar as relações diplomáticas com Israel. Com cuidado, entretanto, para não causar uma ruptura completa, o Vaticano colocou maior ênfase na dimensão judaico-católica do relacionamento. Diversas iniciativas foram encorajadas, inclusive o lançamento de um diálogo extraordinário entre a Santa Sé e o Rabinato Chefe de Israel em 2003, que permanece produtivo ainda hoje.

Tensões de diferentes tipos fizeram pressão sobre este relacionamento em 1998, quando muçulmanos em Nazaré pensaram em construir uma grande mesquita adjacente à Igreja da Anunciação com, acreditava-se, o acordo tácito de elementos políticos israelenses. Esse problema, envolvendo diretamente os Lugares Sagrados católicos somente foi solucionado em janeiro de 2002 quando o comité governamental avançou em um plano de paisagismo colocando efetivamente um fim à construção da mesquita. No sentido contrário, as relações diplomáticas provaram sua força e valor quando o Vaticano e Israel trabalharam juntos e discretamente ajudaram a encontrar uma solução à difícil situação criada em abril de 2002, quando um grupo de palestinos armados assumiu o controle de outro Lugar Sagrado, a Igreja da Natividade, em Belém, e prenderam dentro dela diversos clérigos (católicos, arménios, greco-ortodoxos), bem como civis palestinos desarmados.

Na maior parte do tempo, o relacionamento prossegue estável. As visitas ministeriais à Santa Sé são frequentes e numerosas. O primeiro presidente de Israel a ser recebido pelo papa foi o presidente Moshe Katsav em dezembro de 2002. Diariamente, a embaixada de Israel na Santa Sé busca manter o Vaticano informado a respeito das políticas oficiais sobre assuntos correntes, enquanto a embaixada do Vaticano em Jafa cuida das diversas propriedades e de outros interesses em Israel. Os dois lados buscam vias para ampliar a cooperação e o entendimento cultural, educacional, acadêmico e inter-religioso. Os assuntos mundanos, como problemas com vistos e a entrada em Israel de clérigos católicos de terras árabes que não estão em paz com Israel, são tratados de forma rotineira.

Israel e o Vaticano dão importância especial a esse relacionamento diplomático. De muitas maneiras, é uma relação única, inspirada em séculos de embates católico-judaicos e interesses circundantes que os dois lados consideram de suma importância. Espera-se, portanto, que a relação permaneça sólida e vibrante, capaz de se sobrepor às tensões ocasionais que inevitavelmente irão ocorrer.

O herói filipino José Rizal foi fuzilado há 115 anos

José Protasio Rizal Mercado y Alonso Realonda (19 de junho de 186130 de dezembro de 1896), foi um nacionalista filipino, o mais proeminente defensor de reformas nas Filipinas durante o período colonial espanhol e de sua eventual independência da Espanha.
José Rizal foi porta-estandarte da Guerra da independência das Filipinas. Pertencente a uma família rica de plantadores de ascendência chinesa, nasceu em 1861 e estudou medicina em Madrid. Foi aí que começou a luta pela independência, que acabou a 30 de Dezembro de 1896, com o seu fuzilamento.
No lugar onde foi fuzilado, ao lado das muralhas do Forte Santiago, situa-se um dos maiores parques da Ásia, o parque Rizal, dedicado a ele em 1913, que é o pulmão da cidade e que conta com uma estátua de 15 metros de altura, erguida junto ao seu túmulo.


Fuzilamento de José Rizal


Mi último adiós - José Rizal


Adiós, Patria adorada, región del sol querida,
perla del Mar de Oriente, nuestro perdido edén,
a darte voy, alegre, la triste, mustia vida;
y fuera más brillante, más fresca, más florida,
también por ti la diera, la diera por tu bien.

En campos de batalla, luchando con delirio,
otros te dan sus vidas, sin dudas, sin pesar.
El sitio nada importa: ciprés, laurel o lirio,
cadalso o campo abierto, combate o cruel martirio.
La mismo es si lo piden la Patria y el hogar.

Yo muero, cuando veo que el cielo se colora
y al fin anuncia el día, tras lóbrego capuz;
si grana necesitas, para teñir tu aurora,
¡vierte la sangre mia, derrámala en buen hora,
y dórela un reflejo de su naciente luz!

Mis sueños, cuando apenas muchacho adolescente,
mis sueños cuando joven, ya lleno de vigor,
fueron el verte un día, joya del Mar de Oriente,
secos los negros ojos, alta la tersa frente,
sin ceño, sin arrugas, sin manchas de rubor.

Ensueño de mi vida, mi ardiente vivo anhelo.
¡Salud! te grita el alma que pronto va a partir;
¡salud! ¡Ah, que es hermoso caer por darte vuelo,
morir por darte vida, morir bajo tu cielo,
y en tu encantada tierra la eternidad dormir!

Si sobre mi sepulcro vieres brotar, un día,
entre la espesa yerba, sencilla humilde flor,
acércala a tus labios y besa el alma mía,
y sienta yo en mi frente, bajo la tumba fria,
de tu ternura el soplo, de tu hálito el calor.

Deja a la luna verme, con luz tranquila y suave;
deja que el alba envíe su resplandor fugaz;
deja gemir al viento, con su murmullo grave;
y si desciende y posa sobre mi cruz un ave,
deja que el ave entone su cántico de paz.

Deja que el sol, ardiendo, las lluvias evapore
y al cielo tornen puras, con mi clamor en pos;
deja que un ser amigo mi fin temprano llore;
y en las serenas tardes, cuando por mí alguien ore,
ora también, oh patria, por mi descanso a Dios.

Ora por todos cuantos murieron sin ventura;
por cuantos padecieron tormentos sin igual;
por nuestras pobres madres, que gimen su amargura;
por huérfanos y viudas, por presos en tortura,
y ora por ti, que veas tu redención final.

Y cuando, en noche oscura, se envuelva el cementerio,
Y solos sólo muertos queden velando allí,
no turbes su reproso, no turbes el misterio:
tal vez acordes oigas de cítara o salterio;
soy yo, querida Patria, yo que te canto a tí.

Y cuando ya mi tumba, de todos olvidada,
no tenga cruz ni piedra que marquen su lugar,
deja que la are el hombre, la esparza con la azada,
y mis cenizas, antes que vuelvan a la nada,
en polvo de tu alfombra que vayan a formar.

Entonces nada importa me pongas en olvido;
tu atmósfera, tu espacio, tus valles cruzaré;
vibrante y limpia nota seré para tu oido:
aroma, luz, colores, rumor, canto, gemido,
constante repitiendo la esencia de mi fe.

Mi patria idolatrada, dolor de mis dolores,
querida Filipinas, oye el postrer adiós.
Ahí, te dejo todo: mis padres, mis amores.
Voy donde no hay esclavos, verdugos ni opresores;
donde la fe no mata, donde el que reina es Dios.

Adiós, padres y hermanos, trozos del alma mía,
amigos de la infancia, en el perdido hogar;
dad gracias, que descanso del fatigoso día;
adiós, dulce extranjera, mi amiga, mi alegría;
adiós, queridos seres. Morir es descansar.

Paiva Couceiro nasceu há 150 anos

O Príncipe Real D. Luís Filipe em visita a Angola, com o Governador Henrique Paiva Couceiro (Luanda 1907)

Henrique Mitchell de Paiva Couceiro GCI (Lisboa, 30 de dezembro de 1861 - Lisboa, 11 de fevereiro de 1944) foi um militar, administrador colonial e político português que se notabilizou nas campanhas de ocupação colonial em Angola e Moçambique e como inspirador das chamadas incursões monárquicas contra a Primeira República Portuguesa em 1911, 1912 e 1919. Presidiu ao governo da chamada Monarquia do Norte, de 19 de Janeiro a 13 de Fevereiro de 1919, na qual colaboraram activamente os mais notáveis integralistas lusitanos. A sua dedicação à causa monárquica e a sua proximidade aos princípios do Integralismo Lusitano, conduziu-o por diversas vezes ao exílio, antes e depois da instituição do regime do Estado Novo em Portugal.

Henrique Mitchell de Paiva Couceiro nasceu em Lisboa, filho do general José Joaquim de Paiva Cabral Couceiro, notável oficial de engenharia do Exército Português, e de Helena Isabel Teresa Mitchell, uma protestante irlandesa convertida ao catolicismo, que depois de educada num colégio de freiras em França, viera residir em Portugal como mestra das filhas do visconde do Torrão.
Depois de concluir os seus estudos preparatórios em Lisboa, assentou praça a 14 de janeiro de 1879, com 17 anos de idade, como voluntário no Regimento de Cavalaria Lanceiros de El-Rei (o Regimento de Cavalaria n.º 2), no qual serviu até ao ano de 1880. Neste último ano foi transferido para o Regimento de Artilharia n.º 1, como aspirante, frequentando o curso preparatório da arma de artilharia na Escola Politécnica de Lisboa. Ingressou então na Escola do Exército, onde frequentou o curso de Artilharia de 1881 a 1884
A 9 de janeiro de 1884 foi promovido a segundo-tenente de artilharia, servindo no velho Regimento de Artilharia 1, em Campolide.
No Regimento de Artilharia n.º 1 fez parte de um grupo de jovens tenentes que cultivavam as chamadas artes militares, dedicando-se à esgrima e à equitação, desenvolvendo uma carreira militar que não mereceu reparos ou particular destaque. No seguimento dessa carreira, foi promovido a primeiro-tenente em 27 de janeiro de 1886. Foi novamente promovido a 4 de julho de 1889, desta feita ao posto de capitão, oferecendo-se então para realizar, como voluntário, uma comissão de serviço nas colónias ultramarinas, onde então se desenvolvia um esforço de efectiva ocupação do território, consequência da Conferência de Berlim sobre a partição da África entre as potências coloniais europeias. Foi enviado para Angola, desembarcando em Luanda a 1 de setembro de 1889.
Campanhas em Angola
Chegado a Angola foi logo nomeado comandante do Esquadrão Irregular de Cavalaria da Humpata, um grupo de caçadores a cavalo, sediado na vila de Humpata, que fora criado por Artur de Paiva para combater os bandos de salteadores (designados por guerras) que então assolavam o planalto de Moçâmedes. Não permaneceu muito tempo nesse cargo, aparentemente pouco agradado com os métodos e a indisciplina dos seus subordinados, apenas tendo participado numa acção destinada a recuperar gado roubado, em que utilizou exclusivamente soldados e voluntários portugueses, não recorrendo à usual ajuda de mercenários bóeres.
Com o alargamento do esforço de ocupação do interior de Angola e das tentativas de dar sustentação à reclamação portuguesa de soberania sobre a região entre Angola e Moçambique, o famoso mapa cor-de-rosa, foram desencadeadas diversas campanhas de exploração e avassalamento dos povos do interior de Angola. A resistência não se fez esperar e foi iniciada uma vasta campanha militar, designada por Campanha de Pacificação de Angola (1889-1891), na qual Paiva Couceiro se empenhou energicamente
Sabedor do conhecimento pormenorizado que o velho comerciante e explorador António Francisco da Silva Porto tinha do sertão, enquanto permaneceu no Bié acampou nas proximidades da embala de Belmonte, a aldeia fundada por Silva Porto nas margens do rio Kuito e onde aquele famoso sertanejo residia. Aquela aldeia foi o núcleo da vila e cidade de Silva Porto dos tempos coloniais portugueses e da hoje cidade de Kuito.
A presença da força militar comandada por Paiva Couceiro, com 40 moçambicanos armados com espingardas de repetição Snider-Enfield, gera grande tensão com as tribos do Bié, inquietas face à presença de tropas portuguesa no seu território, o que levou o soba Dunduma (o Trovão) a exigir a imediata partida das tropas. Face ao incumprimento da promessa de que as tropas estavam apenas de passagem, que lhe fora feita anteriormente por Silva Porto, aquele soba põe término às relações pacíficas de há muito existentes entre os autóctones e Silva Porto, a quem injuria puxando-lhe as barbas e dizendo-lhe que as não merecia, e exige a retirada imediata de Paiva Couceiro, o que este terminantemente recusa.
Num ambiente de pessimismo resultante do ultimato britânico, Silva Porto, ferido na sua honra e dignidade após o fracasso da tentativa de mediação com Dunduma, amortalhou-se na bandeira portuguesa e fez-se explodir com alguns barris de pólvora.
Após a morte de Silva Porto, Paiva Couceiro instala-se brevemente na embala de Belmonte, mas acossado pelas forças do soba do Bié, foi obrigado a retirar-se para o reino vizinho do Bailundo, onde depois de permanecer alguns dias isolado, recebeu ordem do governador-geral Guilherme de Brito Capelo para descer o rio Cubango até Mucusso, uma viagem de 2 600 km por terras desconhecidas.
O objectivo era o avassalamento dos sobas da região, antes que os britânicos o fizessem, e a determinação da navegabilidade do rio. Iniciada no Bailundo a 30 de abril de 1890, a viagem foi épica, dela resultando, para além da feitura dos vassalos que lhe fora determinada (ao todo 16 sobas), um relatório riquíssimo em pormenores etnográficos e geográficos, nalguns casos marcando o primeiro contacto europeu com os povos e terras visitados. Terminada a missão em 30 de julho, dia em que atingiu, finalmente, a embala do soba do Mucusso. Resolveu então descer o rio Cubango de canoa até às ilhas de Gomar, a 65 quilómetros dali, e regressar ao longo do rio até ao Forte Princesa Amélia, no Bié, onde chegou a 14 de outubro, depois de cinco meses e meio no mato, em permanente risco de perder a vida e em condições insuportáveis para qualquer europeu. Por este desempenho excepcional receberia a 18 de dezembro de 1890 o grau de cavaleiro da Ordem da Torre e Espada.
Regressado ao Bié, participou, com as forças de Artur de Paiva, na expedição punitiva que terminou na prisão e deposição do soba Dunduma (ou N’Dunduma) que o ameaçara seis meses antes e na completa subjugação do reino do Bié. Estava vingado o insulto que lhe fora feito e a morte de Silva Porto.
Terminada aquela operação, ainda foi encarregado de ir avassalar os povos da região da Garanganja e explorar os depósitos de sal-gema existentes na margem esquerda do rio Cuanza. Com a sua usual minúcia, Paiva Couceiro descreveu no seu relatório os 453 quilómetros que andou em doze dias, os dois caminhos para a Garanganja que reconheceu e os quatro sobas que avassalou, bem como as salinas que cuidadosamente visitou.
Terminada mais esta operação, voltou a Belmonte, no Cuito, onde se recolheu doente com febres. A 17 de Fevereiro de 1891, o Ministério da Marinha e Ultramar deu por terminada a sua comissão de serviço ultramarino e ordenou o seu regresso a Portugal.
Coberto de glória e fama nacional, pela acção militar notável que conduziu em Humpata e pela sua extraordinária viagem de exploração, agraciado com o grau de cavaleiro da Ordem da Torre e Espada, foi recebido em Lisboa com rasgados elogios ao seu desempenho nas campanhas de Angola e elevado a grande-oficial da Ordem da Torre e Espada, por decreto de 29 de maio de 1891. Em homenagem aos grandes serviços prestados, e antes de voltar à Metrópole depois de passar um mês no hospital, doente, recebeu da parte do povo da região de Belmonte-Cuito-Benguela uma réplica do colar de cavaleiro da Ordem da Torre e Espada em ouro, cravejado de diamantes. Esta magnífica condecoração, aliás como todas as outras, desapareceram quando a sua casa em Lisboa foi saqueada durante a revolta de 14 de maio de 1915.

Campanhas em Moçambique
Quando em outubro de 1894 os povos tsonga do sul de Moçambique se rebelaram e atacaram Lourenço Marques, o governo presidido pelo regenerador Ernesto Rodolfo Hintze Ribeiro, nomeou o antigo ministro progressista António Enes para o cargo de comissário régio em Moçambique, com a missão de esmagar a revolta dos povos autóctones e reafirmar a soberania portuguesa sobre a região, então ameaçada pelos britânicos, liderados por Cecil Rhodes, que consideravam os portugueses incapazes de manter a posse do território moçambicano.
Provavelmente devido à sua fama africanista granjeada em Angola, Paiva Couceiro foi convidado e aceitou o convite para o cargo de ajudante de campo do comissário régio em Moçambique. A expedição parte de Lisboa a 8 de dezembro de 1894 e desembarcou em Lourenço Marques a 18 de janeiro de 1895. A situação encontrada não podia ser pior, pois a esmagadora maioria dos régulos da região estava contra os portugueses, estando estes encurralados em Lourenço Marques, incapazes de controlar as imediações da cidade, onde mesmo a ilha Xefina fora ocupada pelos insurgentes.
António Enes, estratega arguto, desencadeou um conjunto de campanhas militares, elegendo como principal adversário Gungunhana, o rei dos vátuas e imperador de Gaza, de facto suserano da generalidade das tribos do sul de Moçambique. Nestas campanhas, Paiva Couceiro teve acção notável, particularmente nos combates de Marracuene e Magul, travado a 2 de novembro contra as forças angunes de Gungunhana, sendo ferido neste combate.
No combate de Marracuene, travado a 2 de fevereiro de 1895, Paiva Couceiro ganhou grande destaque, particularmente ao liderar as tropas que repeliram as forças inimigas que tinham penetrado o quadrado defensivo português, uma manobra considerada de extrema dificuldade e que exigia enorme coragem. Em agosto de 1895 foi feito cavaleiro da Ordem de São Bento de Avis, como prémio pelo seu desempenho em Marracuene.
Regressado a Lourenço Marques, em Março daquele ano Paiva Couceiro voltou a demonstrar a sua coragem e a sua vontade de manter intacta a honra do seu País: vestido à paisana, procurou pessoalmente três correspondentes de jornais ingleses, dois ingleses e um americano, que hostilizavam Portugal na imprensa de Londres. Sovou o 1°, um gigante, no seu estabelecimento; a luta estendeu-se até á rua onde Paiva Couceiro deixou o seu inimigo knock-out. O segundo estava no hotel e levou uma sova sem resistir. O terceiro estava a tomar o aperitivo com amigos; pediu-lhe que se levantasse e perguntou-lhe se era ele que escrevia para o jornal que Couceiro trazia na mão. O jornalista respondeu "yes" e Paiva Couceiro esmurrou-o com o seu punho e o jornal á mistura. O anel de sinete que usava na sua mão esquerda foi partido na escaramuça e, mais tarde, foi oferecido ao Museu da Fortaleza (Lourenço Marques) por seu filho D. Miguel António do Carmo de Noronha de Paiva Couceiro. Mais uma vez, Henrique de Paiva Couceiro utilizou os seus punhos; de armas serviu-se sobretudo da sua espada, como no combate de Marracuene, quando ajudou a fechar o quadrado que tinha sido rompido pelos inimigos. Por este incidente foi repreendido pelo seu Chefe, o Comissário António Ennes, que mais tarde escreveu: repreendi-o sim, mas com vontade de o beijar!
No desenrolar das operações subsequentes, Paiva Couceiro voltou a destacar-se no combate de Magul, travado a 8 de setembro de 1895, onde se portou com grande denodo, num acto do qual o comissário régio António Ennes reconheceu a grande importância ao dizer: "Há-de ver-se que a vitória de Magul perdeu o Gungunhana; a derrota perderia, provavelmente, o distrito de Lourenço Marques. Se não fora Paiva Couceiro, provavelmente, lamentaríamos ainda hoje tamanha desgraça." - in "Portugal em África", março de 1944, p. 76
Demonstrando extraordinária coragem física, Paiva Couceiro ficou célebre, nomeadamente, na luta contra as forças de Gungunhana. Pelos seus feitos militares, foi alvo de diversas condecorações e homenagens, particularmente após o aprisionamento de Gungunhana e a sua extradição para Portugal.
Concluídas as operações de pacificação e preso e deportado o imperador Gungunhana, Paiva Couceiro embarcou em Lourenço Marques a 18 de dezembro de 1895, com destino a Lisboa.
Chegado a Lisboa, em Fevereiro de 1896 foi proclamado Benemérito da Pátria, por decisão unânime das Cortes, como reconhecimento pela apreensão de Gungunhana, e feito comendador da Torre e Espada, com uma pensão anual de 500$000 réis, que de resto nunca recebeu durante a república. Foi o primeiro e provavelmente o único oficial Português a ser agraciado, até hoje, com três graus da Torre e Espada. Mas as honrarias não se ficaram por ali: foi nomeado ajudante-de-campo honorário do rei D. Carlos I de Portugal e seu oficial às ordens, passando a integrar a Casa Militar do Rei, e em Março recebeu a medalha de ouro de valor militar e a Medalha de Prata Rainha D. Amélia, por ter combatido na campanha de Moçambique. Era oficialmente um herói e um benemérito da Pátria.

Vida pessoal
Nesse mesmo ano de 1896 casou com Júlia Maria de Noronha, filha e única herdeira do 3.º conde de Parati, tendo como padrinho do casamento o próprio rei D. Carlos I. Estava completo o seu percurso de ascensão social: era um dos mais prestigiados militares do tempo, ligado agora à principal nobreza e à Casa Real, da qual os condes de Parati, e em especial D. Isabel de Sousa Botelho, a condessa sua sogra, eram íntimos. O casal manteria um estrito catolicismo, tendo a esposa exercido toda a vida o cargo de presidente da Associação Reparadora das Marias dos Sacrários Calvários e, das três filhas do casal, uma, Madre Paiva Couceiro, de seu nome completo Helena Francisca Maria do Carmo de Noronha de Paiva Couceiro, foi freira Doroteia e Madre Superior do Colégio das Doroteias em Benguela; outra, Maria do Carmo de Noronha de Paiva Couceiro, fundadora das Filhas de Maria na Índia, nunca foi freira mas dedicou toda a sua vida a obras religiosas e sociais. A sua memória foi recentemente homenageada pela Roshni Nilaya Alumni Association. A mais velha, Isabel Maria do Carmo de Noronha de Paiva Couceiro, casou com António Carlos Sacramento Calainho de Azevedo que, então Alferes, foi o primeiro porta-bandeira a hastear a bandeira da Monarquia na implantação da Monarquia do Norte em 1919.

Governador de Angola
Tendo falecido no dia 1 de maio daquele ano (1907) o governador-geral de Angola, Eduardo Augusto Ferreira da Costa, aparentemente por sugestão do rei D. Carlos I, o novo Ministro da Marinha e Ultramar, o seu camarada africanista Aires de Ornelas, convida Paiva Couceiro para o lugar de governador-geral de Angola. Este aceita e a 24 de Maio de 1907 é nomeado governador-geral interino, já que a sua patente de capitão não permite a nomeação definitiva. Chegou a Luanda a 17 de junho, iniciando de imediato as suas funções.
O facto de ter sido apoiante de João Franco em boa parte explica ter sido nomeado para o cargo, que obviamente era necessariamente da confiança política do chefe do Governo. Ainda assim, apesar do governo de João Franco ter caído em Fevereiro de 1908, vítima do regicídio que vitimou D. Carlos, Paiva Couceiro manteve-se no cargo até 22 de julho de 1909, realizando um vasto plano de obras de fomento. Comandou pessoalmente as campanhas militares de pacificação das regiões de Cuamato e dos Dembos, expondo-se, como era seu timbre aos inerentes riscos. A sua demissão foi o resultado dos crescentes desentendimentos com o governo de Lisboa, em particular com o presidente do ministério, o regenerador Venceslau de Lima. Foi uma demissão por motu proprio, mas claramente motivada pela frustração causada pela falta de autonomia governativa e de meios.
Os seus objectivos políticos eram claros: (1) ocupar, explorar e guarnecer todo o território até às mais remotas fronteiras para garantir a segurança de pessoas e bens e prevenir qualquer tentativa de interferência externa; (2) promover o desenvolvimento económico da colónia, criando comunicações rápidas e baratas, fixando colonos portugueses, forçando o indigenato ao trabalho e reduzindo o peso do proteccionismo e dos monopólios metropolitanos; e (3) conseguir para o governo provincial um mínimo de autonomia que lhe permitisse agir rapidamente sem ficar dependente do demorado despacho do governo central.
Embora a execução do programa tenha sido difícil, no período de dois anos em que governou Angola houve um progresso sensível, o que foi reconhecido por Norton de Matos muitos anos depois e confirmado pelos estudos de historiadores contemporâneos, entre os quais René Pélissier.

República
Em 1910, aquando da instauração da República, Paiva Couceiro contava-se entre os defensores da causa monárquica. É considerado como o último defensor da Monarquia, um dos poucos que, nesse dia 5 de Outubro, se bateram pelo Trono Secular; com a sua artilharia instalada no Torel, foi o único oficial que fez fogo sobre o acampamento Republicano da Rotunda e o Parque Eduardo VII. Sentindo-se abandonado pelo resto das tropas Monárquicas, e depois de bombardear a Rotunda, marchou para Sintra a fim de se juntar ao Rei. Aí veio a saber que o Rei partira para Mafra; Paiva Couceiro aproximava-se de Mafra quando foi informado que o Rei D. Manuel II tinha embarcado na Ericeira. Por decisão superior, e perante tal situação, recolheu com as suas tropas ao quartel numa altura em que os Republicanos consideravam a luta perdida. A maioria das unidades militares não tinham aderido à revolta, por isso mesmo o almirante Cândido dos Reis, certo da derrota do seu movimento, suicidara-se; se Henrique Paiva Couceiro tivesse sido informado deste acontecimento e da debandada dos Republicanos, teria possivelmente desobedecido aos seus superiores e tomado a iniciativa de continuar o combate até à vitória - que estava quase assegurada - das tropas Monárquicas. Aliás a implantação da República foi festejada com muito pouca convicção; as fotos da Praça do Município, aquando da tomada de posse do Directório Republicano e publicadas na imprensa, fazem crer que a Praça estava a apinhar de gente. Na realidade, como se pode verificar noutras fotos, foram poucas dezenas de pessoas que lá estiveram para festejar.
Apesar de ser conhecido como Monárquico irredutível, logo no dia 6 de Outubro, Paiva Couceiro era procurado por um enviado do Governo Provisório que queria saber o que viria a ser a sua atitude perante o novo regime implantado pela balbúrdia sanguinolenta da Rotunda.
Na sua longa entrevista a Joaquim Leitão, Paiva Couceiro conta que respondeu textualmente, a esse enviado: "Reconheço as instituições que o Povo reconhecer. Mas se a opinião do Povo não for unânime, isto é, se o Norte não concordar com o Sul, estarei até ao fim ao lado dos fiéis à tradição. E se acaso se desse uma intervenção estrangeira para sustentar a Monarquia, então passar-me-ia para o lado da República". Sempre o mesmo português de antes quebrar que torcer. Primeiro que tudo, fiel à Pátria e só por isso fiel ao Rei e à Monarquia, diz Oscar Pacheco no seu artigo. E Paiva Couceiro continua a contar ao seu entrevistador: "Depois pedi a minha demissão de oficial. E pedi-a porque, depois de tantos anos de sacrifícios e de trabalhos à sombra das cores azul e branca e dos castelos e quinas da nossa bandeira não me acho com forças para abandonar o símbolo onde me habituei a ler escrita a história do meu País. Fazer com que um símbolo tenha raízes na alma de um povo e inspire respeito a todo o Mundo, é trabalho de muitas gerações. E eu, pela minha parte, acho-me velho para principiar agora o esforço novo que os louros de uma bandeira nova implicam".
Depois da sua "Proposta ao Governo Provisório", de 18 de Março de 1911, e das eleições de 28 de Maio de 1911, que Paiva Couceiro não reconheceu (manifesto de 31 de Maio de 1911), subiu as escadas do Ministério da Guerra e demitiu-se, entregando a sua espada e dizendo "Entrego a minha demissão e saio do País para conspirar. Prendam-me se quiserem". Ninguém lhe respondeu, voltou as costas e deixou o Ministério sem que alguém ousasse prendê-lo.

Incursões monárquicas e pacificação dos dois ramos dos Braganças

Comandou a incursão monárquica de 1911; a 4 de outubro de 1911 as suas tropas entram em Portugal por Cova de Lua, Espinhosela e Vinhais, onde foi hasteada na varanda da Câmara Municipal a bandeira azul e branca, e tomam Chaves. Três dias mais tarde, derrotadas pelas forças republicanas, as tropas de Paiva Couceiro retiram-se para a Galiza.
Em dezembro de 1911 participa nas reuniões que trataram da "questão dinástica" entre D. Manuel II e seu primo D. Miguel e que veio a ter o seu epílogo no Pacto de Dover cujo projecto redige em Londres a 30 de Dezembro de 1911. No seu livro de notas, Paiva Couceiro escreve: "E pôde assim finalmente fixar-se para 30 de Janeiro (1912) a data do encontro das Reaes Pessoas em Dover e o respectivo protocolo. Vindo de facto a realizar-se n'essa data e logar, uma entrevista a sós, entre El-Rei D. Manuel e seu primo D. Miguel de Bragança, n'uma sala do "Lord Warden Hotel", - onde compareceram também o Visconde de Assêca que acompanhava D. Manuel, o Visconde de São João da Pesqueira que acompanhava D. Miguel, e Paiva Couceiro na qualidade de Chefe dos Combatentes, acompanhado por Francisco Pombal. E as assignaturas de El-Rei D. Manuel e do Senhor D. Miguel de Bragança, - consagraram momentaneamente o "Pacto de Dover".
A de 6 de julho de 1912 comanda nova incursão, a 2a incursão monárquica, em que as suas tropas são de novo derrotadas, também em Chaves, a 8 de Julho desse ano.
Durante as Incursões, com as tropas acantonadas na Galiza, havia desafios, como em Portugal, nas esfolhadas. Uma voz desgarrava:

Portuguezes vesti lucto,
Um lucto bem denegrido;
Se Paiva Couceiro não vem,
Portugal está perdido
E outra respondia:

Paiva Couceiro,
Mais uma vez;
Mostra o que vale,
O sangue português
in Couceiro o Capitão Phantasma, Joaquim Leitão, Edição do Autor, Porto 1914, p. 106
Pouco antes da 2a incursão, a 17 de Junho de 1912, foi julgado à revelia pelo Tribunal do Segundo Distrito do Porto:
"No mesmo dia em que o Governo se apresenta às Câmaras (17 de Jjunho), no Tribunal do Segundo Distrito do Porto eram julgados vários dos incursionistas de Vinhais: padres Domingos Pires, José Maria Fernandes, Abílio Ferreira, Firmino Augusto Martins, Manuel Lopes, David Lopes, o capitão Jorge Camacho, o conde de Mangualde, capitão Remédios da Fonseca, capitão-médico José Augusto Vilas Boas, tenente Figueira, capitão Henrique de Paiva Couceiro. O julgamento realizou-se à revelia, sendo Paiva Couceiro condenado a seis anos de prisão maior celular ou dez anos de degredo e "esta pena relativamente suave foi dada em atenção aos serviços prestados à Pátria". Os restantes foram condenados a seis anos de prisão celular seguidos de dez anos de degredo, ou na alternativa de vinte anos.
Mais tarde, em 1915, de volta ao País após o seu primeiro exílio, foi convidado para Governador de Angola, pelo ainda recente Governo Republicano, representado por Araújo de Sá, Oliveira Jericote e outro, que o procuraram na sua casa de Oeiras. Paiva Couceiro recusou servir o novo regime e instalou-se em Espanha onde preparou a restauração da Monarquia, movimento que ficou conhecido por Monarquia do Norte.
Em 1919 proclamou a Monarquia do Norte, de curta duração, da qual foi o Presidente da Junta Governativa do Reino. Neste período foi activamente apoiado pelos líderes integralistas, entre os quais Luís de Almeida Braga (seu secretário) e António Sardinha. Na tentativa de Monsanto, em Lisboa, foi apoiado por Pequito Rebelo e Hipólito Raposo. Por este papel determinante nas incursões feitas pelos monárquicos e pela sua fidelidade à causa ficou conhecido entre os seus apoiantes por O Paladino.
Em 1919, após o assassinato de Sidónio Pais, Paiva Couceiro vê a sua grande oportunidade de lutar pela restauração do regime em que acreditava. Assim, volta a organizar uma incursão dos monárquicos exilados, consegue subverter as instituições da parte do território português que ia do Minho à linha do Vouga, e, em nome do rei D. Manuel II de Portugal, exilado na Grã-Bretanha, e estrategicamente, restaura a Carta Constitucional de 1826.
A 13 de Fevereiro, após o insucesso da Monarquia do Norte, ausentou-se de novo para Madrid. Embora continuasse a viver no estrangeiro, é mais uma vez condenado, assim como António Solari Alegro, pelo Tribunal Militar Especial, reunido a 3 de Dezembro de 1920, a 25 anos de degredo (in "Diário do Minho", Braga 4 de dezembro de 1920). Abrangido por nova "Amnistia", decretada em Janeiro de 1924, volta ao País mas é de novo exilado pelo salazarismo a 16 de setembro de 1935, por seis meses, por ter criticado publicamente a política colonial do regime. Volta para Lisboa, vindo de Tui onde estivera exilado, a 13 de janeiro de 1937.
Em 1937, depois de voltar a criticar violentamente a política colonial do regime do Estado Novo numa famosa carta dirigida ao Presidente do Conselho de Ministros, Dr. Oliveira Salazar, a 31 de outubro de 1937, foi preso pela "Policia de Defesa Social e Politica" durante 6 dias a 13 de Novembro desse ano, condenado a dois anos de exílio e forçado a retirar-se da vida política, sendo enviado, apesar dos seus 76 anos, para Granadilla de Abona, colónia espanhola de Santa Cruz de Tenerife, nas Canárias. Em 1939, António de Oliveira Salazar permitiu o seu regresso a Portugal, onde acabou por viver os últimos anos da sua vida.
É curioso constatar que a carta que o Dr. Fernando Pacheco de Amorim escreveu a Salazar, 32 anos mais tarde, em plena guerra colonial, não teve as mesmas consequências para o ilustre antigo Presidente da Liga Popular Monárquica...
Dedicou-se à escrita, tendo publicado uma extensa obra dedicada essencialmente às questões coloniais e à temática do ressurgimento nacional, com um cunho nacionalista que o aproxima do integralismo lusitano.

Condecorações
Ao longo da sua carreira recebeu numerosos louvores e múltiplas condecorações, entre as quais:

Rudyard Kipling nasceu há 146 anos

Joseph Rudyard Kipling (Bombaim, 30 de dezembro de 1865 - Londres, 18 de janeiro de 1936) foi um autor e poeta britânico.
É mais conhecido por seus livros "The Jungle Book" (1894), "The Second Jungle Book" (1895), "Just So Stories" (1902), e "Puck of Pook's Hill" (1906); sua novela, "Kim" (1901); seus poemas, incluindo "Mandalay" (1890), "Gunga Din" (1890), "If" (1910) e "Ulster 1912" (1912); e seus muitos contos curtos, incluindo "The Man Who Would Be King" (1888) e as compilações "Life's Handicap" (1891), "The Day's Work" (1898), e "Plain Tales from the Hills" (1888).
É considerado o maior "inovador na arte do conto curto"; os seus livros para crianças são clássicos da literatura infantil; e o seu melhor trabalho dá mostras de um talento narrativo versátil e brilhante.
Foi um dos escritores mais populares da Inglaterra, em prosa e poema, no final do século XIX e início do XX. O autor Henry James referiu: "Kipling me impressiona pessoalmente como o mais completo homem de génio (o que difere de inteligência refinada) que eu jamais conheci.". Foi laureado com o Nobel de Literatura de 1907, tornando-se o primeiro autor de língua inglesa a receber esse prémio e, até hoje, o mais jovem a recebê-lo. Entre outras distinções, foi sondado em diversas ocasiões para receber a Láurea de Poeta Britânico e um título de Cavaleiro, as quais rejeitou. Ainda assim, Kipling tornou-se conhecido (nas palavras de George Orwell) como um "profeta do imperialismo britânico". Muitos viam preconceito e militarismo em suas obras e a controvérsia sobre esses temas em sua obra perdurou por muito tempo ainda no século XX. De acordo com o crítico Douglas Kerr: "Ele ainda é um autor que pode inspirar discordâncias apaixonadas e seu lugar na história da literatura e da cultura ainda está longe de ser definido. Mas à medida que a era dos impérios europeus retrocede, ele é reconhecido como um intérprete incomparável, ainda que controverso, de como o império era vivido. Isso, e um reconhecimento crescente de seus extraordinários talentos narrativos, faz dele uma força a ser respeitada". Seu poema "If" (Se) é símbolo dos Cadetes da Academia da Força Aérea.
Uma de suas obras o "Livro da Selva" foi adotado por Robert Baden-Powell, fundador do Escutismo como fundo de cena para as atividades com jovens de 7 à 11 anos, denominando os jovens dessa faixa etária como lobinhos.

If

If you can keep your head when all about you
Are losing theirs and blaming it on you;
If you can trust yourself when all men doubt you,
But make allowance for their doubting too:
If you can wait and not be tired by waiting,
Or being lied about, don’t deal in lies,
Or being hated don’t give way to hating,
And yet don’t look too good, nor talk too wise;

If you can dream—and not make dreams your master;
If you can think—and not make thoughts your aim,
If you can meet with Triumph and Disaster
And treat those two impostors just the same:
If you can bear to hear the truth you’ve spoken
Twisted by knaves to make a trap for fools,
Or watch the things you gave your life to, broken,
And stoop and build ’em up with worn-out tools;

If you can make one heap of all your winnings
And risk it on one turn of pitch-and-toss,
And lose, and start again at your beginnings
And never breathe a word about your loss:
If you can force your heart and nerve and sinew
To serve your turn long after they are gone,
And so hold on when there is nothing in you
Except the Will which says to them: ‘Hold on!’

If you can talk with crowds and keep your virtue,
Or walk with Kings—nor lose the common touch,
If neither foes nor loving friends can hurt you,
If all men count with you, but none too much:
If you can fill the unforgiving minute
With sixty seconds’ worth of distance run,
Yours is the Earth and everything that’s in it,
And—which is more—you’ll be a Man, my son!


 Rudyard Kipling

NOTA: recebemos o seguinte comentário, que agradecemos e achamos que merece a sua publicação aqui: 

Thank you too for sharing the poem "If." Over the years I have met many people, including my father, who have used this poem as a guide to life, in their studies, in business, in sports, in their personal lives.

I am involved with a group of "If" enthusiasts in creating a website that is devoted to this poem, and it will include other similar poems, articles and music, all inspired by "If." I thought that you and your readers may be interested in this. Please take a look: http://www.allthingsif.org

Thank you and all the best for 2012! 
ADENDA: uma tradução do poema para a nossa língua, para os conhecem menos bem a língua inglesa:

Se

Se consegues manter a calma
quando à tua volta todos a perdem
e te culpam por isso.


Se consegues ter confiança em ti
quando todos duvidam de ti
e aceitas as suas dúvidas


Se consegues esperar sem te cansares por esperar
ou caluniado não responderes com calúnias
ou odiado não dares espaço ao ódio
sem porém te fazeres demasiado bom
ou falares cheio de conhecimentos


Se consegues sonhar
sem fazeres dos sonhos teus mestres


Se consegues pensar
sem fazeres dos pensamentos teus objectivos


Se consegues encontrar-te com o Triunfo e a Derrota
e tratares esses dois impostores do mesmo modo


Se consegues suportar
a escuta das verdades que dizes
distorcidas pelos que te querem ver
cair em armadilhas
ou encarar tudo aquilo pelo qual lutaste na vida
ficar destruído
e reconstruíres tudo de novo
com instrumentos gastos pelo tempo


Se consegues num único passo
arriscar tudo o que conquistaste
num lançamento de cara ou coroa,
perderes e recomeçares de novo
sem nunca suspirares palavras da tua perda.


Se consegues constringir o teu coração,
nervos e força
para te servirem na tua vez
já depois de não existirem,
e aguentares
quando já nada tens em ti
a não ser a vontade que te diz:
"Aguenta-te!"


Se consegues falar para multidões
e permaneceres com as tuas virtudes
ou andares entre reis e pobres
e agires naturalmente


Se nem inimigos
ou amigos queridos
te conseguirem ofender


Se todas as pessoas contam contigo
mas nenhuma demasiado


Se consegues preencher cada minuto
dando valor
a todos os segundos que passam


Tua é a Terra
e tudo o que nela existe
e mais ainda,
tu serás um Homem, meu filho!

Tradução de Vitor Vaz da Silva - daqui

Bo Diddley nasceu há 83 anos



Patti Smith - 65 anos!

Patti Smith (30 de dezembro de 1946) é uma poetisa, cantora e música norte-americana. Ela tornou-se proeminente durante o movimento punk com seu álbum de estreia, Horses em 1975. Conhecida como "poetisa do punk", ela trouxe um lado feminista e intelectual à música punk e tornou-se uma das mulheres mais influentes do rock and roll.

O vocalista dos Jamiroquai faz hoje 42 anos

Jason "Jay" Kay, nascido Jason Cheetham, (Manchester, 30 de dezembro de 1969) é um músico britânico, vocalista e compositor da banda Jamiroquai.
Kay não conheceu seu pai biológico, o músico português Luís Waddington, e perdeu seu irmão gémeo no nascimento. Estudou na Escola Oakham em Rutland. Quando era jovem, era um sem-abrigo e vivia de pequenos delitos.
Após um incidente com a lei, Kay resolveu levar uma vida digna e seguir o caminho da música. Juntou, então, outros músicos e formou a banda Jamiroquai. A formação original contava com: Toby Smith, Stuart Zender, Nick Van Gelder e Wallis Buchanan, além de Kay como vocalista.
A banda Jamiroquai vendeu mais de vinte e cinco milhões de discos e figurou na lista das músicas mais tocadas por 141 semanas entre 1992 e 2005.


quinta-feira, dezembro 29, 2011

Pablo Casals tocando Bach


Em Agosto de 1954, com a bonita idade de 77 anos, Pablo Casals (1876-1973) toca o Solo em G-Major para Violoncelo (BWV 1007 - Suite para violoncelo solo n.º 1 em Sol maior), de Bach, na Abadia "Saint-Michel-de-Cuxa", um mosteiro católico localizado a sul da pequena cidade de Prades, na França (perto da sua Catalunha natal).