quarta-feira, julho 10, 2024

Vasco Granja nasceu há 99 anos...

Vasco Granja no Salão da BD 2003, na Exponor
     
Vasco Granja (Campo de Ourique, Lisboa, 10 de julho de 1925 - Cascais, 4 de maio de 2009) foi um apresentador de televisão português, reconhecido pelo seu grande contributo para a divulgação da animação e da banda desenhada em Portugal.
  
Biografia
De seu nome completo Vasco de Oliveira Granja, nasceu a 10 de julho de 1925, no bairro de Campo de Ourique, em Lisboa em Portugal, vindo a falecer em Cascais, na madrugada do dia 4 de maio de 2009. Estudou na escola 12 do Bairro Alto, em Lisboa, e na Escola Industrial Machado de Castro, a qual abandonou após uma reprovação na disciplina de álgebra, no quarto ano.
Aos 15 anos de idade, encontrou o seu primeiro emprego, nos Armazéns do Chiado. Era responsável pelas amostras de seda que eram oferecidas às clientes. Algum tempo mais tarde, foi transferido para o departamento de publicidade, quando notaram que tinha um grande gosto pela leitura. Pintava cartazes com anúncios para as montras.
Como o ordenado não era suficiente, mudou de emprego, tendo ido trabalhar para a Foto Áurea, na Rua do Ouro, em Lisboa, estabelecimento esse que hoje já não existe. Nessa altura, visitava com frequência a Biblioteca Nacional, que estava aberta aos jovens. Interessava-se já por museus, pintura e pelo desporto, tendo sido sócio do Benfica durante algum tempo.
Durante a sua infância, apaixonou-se pelo cinema. Como na altura não existia classificação etária nos cinemas, percorreu todos os que existiam em Lisboa.
Casou-se com Maria Inácia, uma jovem de família oriunda do Ribatejo, que conheceu num baile em Lisboa. Tiveram uma filha e duas netas.
No decorrer dos anos 50, durante o regime do estado novo em Portugal, associou-se ao movimento cineclubista. Em Lisboa, participava no aluguer de salas e na projeção de filmes obtidos através das embaixadas, em formato de 16 milímetros. Os filmes tinham sempre que passar pela censura. Apesar disso, conseguiam mostrar filmes do neo-realismo italiano. Em 1952, foi detido pela PIDE, em consequência do dinheiro dos bilhetes para os filmes se destinar a financiar o movimento de resistência ao regime do Estado Novo. Esteve preso durante seis meses, na prisão do Aljube.
Em 1960, esteve presente no festival de animação de Annecy, em França, a representar Portugal. Durante essa viagem, a primeira fora do seu país, ganhou uma nova paixão pela animação. O cineasta canadiano de animação Norman McLaren tornou-se o seu maior ídolo. Viria a conhecê-lo pessoalmente.
Durante os anos 60, foi novamente detido pela PIDE, devido à sua ligação na altura ao Partido Comunista Português, mais concretamente à célula comunista dos cineclubes. Esteve preso durante 16 meses, tendo cumprido parte desse tempo em Peniche. Na prisão, foi submetido a várias torturas físicas e psicológicas, como a tortura do sono.
Em 1974, deu início a um novo programa de televisão, denominado "Cinema de Animação", na RTP, que viria a durar 16 anos, com mais de mil programas transmitidos. Nesses programas, dava a conhecer a animação de todo o mundo, desde aquela que era realizada nos países do leste da Europa, até à proveniente da América do Norte. Pretendia, com o seu programa, divulgar, para além da própria animação, uma mensagem de paz, que considerava estar presente em muitos dos filmes da Europa de Leste que transmitia.
Ainda em 1974, foi membro do júri do Festival Internacional de Banda Desenhada de Angoulême.
Em 1975, criou um curso de cinema de animação, a partir do qual viria a nascer a Associação Portuguesa de Cinema de Animação.
Em 1980, foi membro do júri da quarta edição do Animafest, o Festival Mundial de Animação de Zagreb, realizado na então Jugoslávia. Participara já como observador neste festival na edição de 1974, logo após o 25 de Abril.
Permaneceu na RTP até 1990.
Teve uma breve aparição no programa humorístico de televisão Herman Enciclopédia, em 1998, durante a qual parodiava os seus próprios programas sobre animação.
A Festa do Avante de 2006, organizada pelo Partido Comunista Português, contou com a sua participação na seleção de filmes de animação de diversas origens, com particular destaque para películas oriundas da antiga Checoslováquia.
     

Ronnie James Dio nasceu há 82 anos...

    
Ronnie James Dio, nome artístico de Ronald James Padavona (Portsmouth, 10 de julho de 1942 - Houston, 16 de maio de 2010) foi um músico e compositor de heavy metal norte-americano, famoso como front-man das bandas Rainbow, Black Sabbath e Dio. É considerado um dos melhores vocalistas de todos os tempos pelo seu enorme talento, com técnicas vocais dificílimas e voz marcante, tendo influenciado muitos dos melhores vocalistas da atualidade. Também é conhecido por ter introduzido a mão chifrada (também conhecido como Maloik ou Mano Cornuta) e símbolo do rock que representa dois chifres.

Ficou em 5º lugar na lista dos "50 Melhores Cantores de Rock e Metal" do site Loudwire, em 10º na lista dos "100 melhores vocalistas de heavy metal" da revista HitParader, e foi eleito o 5° melhor cantor de vocais agudos no heavy metal pelo OC Weekly. A sua extensão vocal é classificada como tenor.

Em 2010, antes de morrer, Ronnie James Dio era um dos artistas do rock com maior longevidade da carreira, ao lado de Paul McCartney, Mick Jagger, Chuck Berry e Little Richard.


 

 


Música de aniversariante de hoje...!

Sandy West, a baterista dos The Runaways, nasceu há 65 anos...

  

Sandy West (Long Beach, California, July 10, 1959 – San Dimas, California, October 21, 2006) was an American singer, drummer and songwriter. She was one of the founding members of the Runaways, the first teenage all-girl hard rock band to record and achieve widespread commercial success in the 1970s.

    

(...)

   

According to her bandmate Lita Ford, West was lesbian. West died on October 21, 2006, at the age of 47 from lung cancer diagnosed a year before. West was never married and had no children.  


in Wikipédia

 


Calvino nasceu há 515 anos

    
João Calvino (Noyon, 10 de julho de 1509 - Genebra, 27 de maio de 1564) foi um teólogo cristão francês. Calvino teve uma influência muito grande durante a Reforma Protestante, uma influência que continua até hoje. A forma de Protestantismo que ele ensinou e viveu é conhecida por alguns pelo nome calvinismo, embora o próprio Calvino tivesse repudiado contundentemente este termo . Esta variante do Protestantismo viria a ser bem sucedida em países como a Suíça (país de origem), Países Baixos, África do Sul (entre os africânderes), Inglaterra, Escócia e Estados Unidos.
Nascido na Picardia, ao norte da França, foi batizado com o nome de Jean Cauvin. A tradução do apelido de família "Cauvin" para o latim Calvinus deu a origem ao nome "Calvin", pelo qual se tornou conhecido.
Calvino foi inicialmente um humanista. Nunca foi ordenado sacerdote. Depois do seu afastamento da Igreja católica, este intelectual começou a ser visto, gradualmente, como a voz do movimento protestante, pregando em igrejas e acabando por ser reconhecido por muitos como "padre". Vítima das perseguições aos protestantes na França, fugiu para Genebra em 1536, onde faleceu em 1564. Genebra tornou-se definitivamente num centro do protestantismo europeu e João Calvino permanece até hoje uma figura central da história da cidade e da Suíça.
Martinho Lutero escreveu as suas 95 teses em 1517, quando Calvino tinha oito anos de idade. Para muitos, Calvino terá sido para a língua francesa aquilo que Lutero foi para a língua alemã - uma figura quase paternal. Lutero era dotado de uma retórica mais direta, por vezes grosseira, enquanto que Calvino tinha um estilo de pensamento mais refinado e geométrico, quase de filigrana. Citando Bernard Cottret, biógrafo (francês) de Calvino: "Quando se observa estes dois homens podia-se dizer que cada um deles se insere já num imaginário nacional: Lutero o defensor das liberdades germânicas, o qual se dirige com palavras arrojadas aos senhores feudais da nação alemã; Calvino, o filósofo pré-cartesiano, precursor da língua francesa, de uma severidade clássica, que se identifica pela clareza do estilo".
        
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Carl Orff nasceu há 129 anos...

    
Carl Orff (Munique, 10 de julho de 1895 - Munique, 29 de março de 1982) foi um compositor alemão, um dos mais destacados do século XX, famoso sobretudo pela sua cantata Carmina Burana.
Contudo, a sua maior contribuição situa-se na área da pedagogia musical, com o Método Orff de ensino musical, baseado na percussão e no canto. Orff criou um centro de educação musical para crianças e leigos em 1925, no qual trabalhou até ao seu falecimento.
   

 


Biba Miranda de l Douro - la cidade faç hoije 478 anhos..!

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Miranda do Douro (em mirandês Miranda de l Douro) é uma cidade portuguesa, pertencente ao Distrito de Bragança, Região Norte e sub-região do Alto Trás-os-Montes, Terra de Miranda, com cerca de 2 200 habitantes.
É sede de um município com 488,36 km² de área e 7.482 habitantes (2011), subdividido em 13 freguesias. O município é limitado a nordeste e sueste pela Espanha, a sudoeste pelo município de Mogadouro e a noroeste por Vimioso.
Nesta região, além do português, fala-se o mirandês, segunda língua oficial em Portugal e que se trata de uma variante local da antiga língua asturo-leonesa, própria do antigo Reino de Leão.


As 13 freguesias de Miranda do Douro (com os nomes em mirandês entre parênteses) são as seguintes:
  
Pauliteiros
     

Placa de identificação de arruamento, em Genísio, com o nome da rua em Mirandês e em Português
  
A língua mirandesa, ou mirandês, é um idioma pertencente ao grupo asturo-leonês, com estatuto de segunda língua oficial em Portugal, reconhecida oficialmente e assim protegida (Lei nº 7/99 de 29 de janeiro). É falada por menos de quinze mil pessoas no concelho de Miranda do Douro e em três aldeias, Angueira, Vilar Seco (em mirandês Bilasseco) e Caçarelhos (em mirandês Caçareilhos), do concelho de Vimioso, em mirandês Bimioso ou Bumioso, num espaço de 484 km², estendendo-se a sua influência por outras aldeias dos concelhos de Vimioso, Mogadouro, Macedo de Cavaleiros e Bragança.
O mirandês tem três sub-dialetos (central ou normal, setentrional ou raiano, meridional ou sendinês); os seus falantes são em maior parte bilingues ou trilingues, pois falam o mirandês e o português, e por vezes o castelhano.
Os textos recolhidos em mirandês mostram a envolvência de traços fonéticos, sintáticos ou vocabulares das diferentes línguas; o português é mais cantado pelos mirandenses, porque é considerado língua culta, fidalga, importante.
  

Jessica Simpson - 44 anos

   
Jessica Ann Simpson (Abilene, 10 de julho de 1980) é uma cantora, compositora e atriz dos Estados Unidos de música pop e country que ficou famosa na década de 90. 
 

 


Uns Serviços Secretos assassinaram o fotógrafo Fernando Pereira e afundaram o Rainbow Warrior há 39 anos...

A drawing of the Rainbow Warrior
   
The sinking of the Rainbow Warrior, codenamed Opération Satanique, was an operation by the "action" branch of the French foreign intelligence services, the Direction Générale de la Sécurité Extérieure (DGSE), carried out on July 10, 1985. It aimed to sink the flagship of the Greenpeace fleet, the Rainbow Warrior in the port of Auckland, New Zealand, to prevent her from interfering in a nuclear test in Moruroa.
Fernando Pereira, a photographer, drowned on the sinking ship. Two French agents were arrested by the New Zealand Police on passport fraud and immigration charges. They were charged with arson, conspiracy to commit arson, willful damage, and murder. As part of a plea bargain, they pleaded guilty to manslaughter and were sentenced to ten years in prison, of which they served just over two.
The scandal resulted in the resignation of the French Defence Minister Charles Hernu.
  
In the 1980s, the Commissariat à l'Énergie Atomique was developing nuclear warheads for the M4 SLBM, which were tested in underground explosions in the French Polynesian atoll of Moruroa.
Greenpeace was opposed to testing and planned to lead yachts to the atoll to protest, including an illegal incursion into French military zones. The Rainbow Warrior had not previously visited New Zealand, but David Lange's New Zealand Labour Party government opposed nuclear weapons development and had banned nuclear-armed or powered ships from New Zealand ports. (As a consequence the United States was in the process of withdrawing from its ANZUS mutual defence treaty obligations.)
The French government decided that in order to stop the planned protest, the Greenpeace flagship would have to be sunk. Operation Satanique would seek to disable the Rainbow Warrior while it was docked, while trying to prevent any casualties. Twenty years after the incident, a report by the then head of French intelligence said that the attack was authorized by French President François Mitterrand.
 
Agents had boarded and examined the ship while it was open to public viewing. DGSE agent Christine Cabon, posing as environmentalist Frederique Bonlieu, volunteered for the Greenpeace office in Auckland. Cabon secretly monitored communications from the Rainbow Warrior, collected maps, and investigated underwater equipment, in order to provide information crucial to the sinking. After the necessary information had been gathered, two DGSE divers beneath the Rainbow Warrior attached two limpet mines and detonated them 10 minutes apart. The first bomb went off 11:38 P.M., creating a large hole about the size of an average car. Agents intended the first mine to cripple the ship so that everybody would be evacuated safely off when the second mine was detonated. However, the crew did not react to the first explosion as the agents had expected. While the ship was initially evacuated, some of the crew returned to the ship to investigate and film the damage. A Portuguese-Dutch photographer, Fernando Pereira, returned below decks to fetch his camera equipment. At 11:45 P.M., the second bomb went off. Pereira drowned in the rapid flooding that followed, and the other ten crew members were either safely evacuated on the order of Captain Peter Willcox or were thrown into the water by the second explosion. The Rainbow Warrior sank four minutes later.
  
 Fernando Pereira
  
Operation Satanique was a public relations disaster. France, being an ally of New Zealand, initially denied involvement and joined in condemnation of what it termed to be a terrorist act. The French Embassy in Wellington denied involvement, stating that "the French Government does not deal with its opponents in such ways".
After the bombing, the New Zealand Police started one of the country's largest police investigations. Most of the agents escaped New Zealand but two, Captain Dominique Prieur and Commander Alain Mafart – posing as married couple 'Sophie and Alain Turenge' and having Swiss passports – were identified as possible suspects with the help of a Neighborhood Watch group, and were arrested. Both were questioned and investigated, and their true identities were uncovered, along with the French government's responsibility. Both agents pleaded guilty to manslaughter and were sentenced to 10 years imprisonment on November 22, 1985.
France threatened an economic embargo of New Zealand's exports to the European Economic Community if the pair was not released. Such an action would have crippled the New Zealand economy, which was dependent on agricultural exports to Britain.
  
In June 1986, in a political deal with Prime Minister of New Zealand David Lange and presided over by United Nations Secretary-General Javier Pérez de Cuéllar, France agreed to pay NZ$13 million (USD$6.5 million) to New Zealand and apologise, in return for which Alain Mafart and Dominique Prieur would be detained at the French military base on Hao Atoll for three years. However, the two agents had both returned to France by May 1988, after less than two years on the atoll. Mafart returned to Paris on December 14, 1987 for medical treatment, and was apparently freed after treatment. He continued in the French Army and was promoted to colonel in 1993. Prieur returned to France on May 6, 1988 because she was pregnant, her husband having been allowed to join her on the atoll. She, too, was freed and later promoted. The removal of the agents from Hao without subsequent return was ruled to be in violation of the 1986 agreement.
Three other agents, Chief Petty Officer Roland Verge, Petty Officer Bartelo and Petty Officer Gérard Andries, who sailed to New Zealand on the yacht Ouvéa, were arrested by Australian police on Norfolk Island, but released as Australian law did not allow them to be held until the results of forensic tests came back. They were then picked up by the French submarine Rubis, which scuttled the Ouvéa.
A sixth agent, Louis-Pierre Dillais, commander of the operation, was never captured and never faced charges. He acknowledged his involvement in an interview with New Zealand State broadcaster TVNZ in 2005.
A commission of enquiry headed by Bernard Tricot cleared the French government of any involvement, claiming that the arrested agents, who had not yet pleaded guilty, had merely been spying on Greenpeace. When The Times and Le Monde claimed that President Mitterrand had approved the bombing, Defence Minister Charles Hernu resigned and the head of the DGSE, Admiral Pierre Lacoste, was fired. Eventually, Prime Minister Laurent Fabius admitted the bombing had been a French plot: On 22 September 1985, he summoned journalists to his office to read a 200 word statement in which he said: "The truth is cruel," and acknowledged there had been a cover-up, he went on to say that "Agents of the French secret service sank this boat. They were acting on orders."
      

O Massacre de Srebrenica começou há 29 anos - mas ainda há quem defendas genocidas...

       
O Massacre de Srebrenica foi o assassinato, de 11 a 25 de julho de 1995 de, pelo menos, 8.373 bósnios muçulmanos, variando, em idade, de adolescentes a idosos, na região de Srebrenica, pelo Exército Bósnio da Sérvia, sob o comando do General Ratko Mladić e com a participação de uma unidade paramilitar sérvia conhecida como "Escorpiões".
Considerado um dos eventos mais terríveis da história recente, o massacre de Srebrenica é o maior assassinato em massa da Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Foi o primeiro caso legalmente reconhecido de genocídio na Europa depois do Holocausto.
Tudo começou quando tropas sérvias invadiram Srebrenica, e a população local procurou abrigo num complexo da ONU. Porém, dois dias depois, as forças neerlandesas da missão de paz da ONU, que estavam em menor número e não tiveram resposta quando pediram reforços à ONU, em Genebra, cederam às pressões das tropas de Mladic e forçaram milhares de famílias muçulmanas a deixar o local. Os invasores sérvios, então, organizaram os muçulmanos por género, enviando os homens para a execução. Cerca de 8 mil homens e meninos muçulmanos foram mortos. Também houve denúncias de violações, seguidos de assassinatos, de mulheres e crianças. Nas palavras do juiz Fouad Riad, em novembro de 1995, ao indiciar Ratko Mladić in absentia, por genocídio em Srebrenica, no tribunal de crimes de guerra de Haia, havia evidências de uma "inimaginável selvajaria: milhares de homens executados e enterrados em valas comuns, centenas de homens enterrados vivos, homens e mulheres mutilados e massacrados, crianças mortas diante das mães, um avô obrigado a comer o fígado de seu próprio neto". Os corpos eram deitados em valas comuns, feitas às pressas.
De acordo com o Tribunal Penal Internacional para a antiga Jugoslávia (International Criminal Tribunal for the former Yugoslavia - ICTY), ao tentar eliminar uma parte da população bósnia, as forças sérvias cometeram genocídio. Pretendiam o extermínio dos 40 mil bósnios que viviam em Srebrenica, um grupo emblemático dos bósnios em geral. Os sérvios não aceitam a acusação de genocídio e afirmam que, no mesmo período, houve também, na região de Srebrenica, milhares de vítimas sérvias que são sistematicamente ignoradas pela comunidade internacional.
Em 6 de setembro de 2013, dezoito anos depois do massacre, o Supremo Tribunal dos Países Baixos decidiu que o país era responsável pelas mortes de três muçulmanos bósnios durante o massacre de 1995, embora as forças neerlandesas fizessem parte de uma missão de paz da ONU. A advogada de direitos humanos Liesbeth Zegveld, que representou as famílias bósnias, considerou a decisão como histórica, por estabelecer que países envolvidos em missões da ONU podem ser legalmente responsáveis por crimes, ou seja, abriu-se um precedente notável, no longo histórico de imunidade da organização. "[A decisão] estabelece que forças de paz (ou a ONU) não podem operar num vácuo legal, onde não existe prestação de contas ou reparação para as vítimas", como tinha sido até agora. Zegveld declarou que tem havido demasiada ocultação pelas Nações Unidas, graças ao "muro da imunidade". Segundo ela, a sentença "diz claramente que países envolvidos em missões da ONU podem ser responsabilizados por crimes" que nem sempre estarão "acobertados pela bandeira da ONU".
Em 8 de julho de 2015, a Rússia vetou a resolução do Conselho de Segurança da ONU que classificava o massacre de Srebrenica como genocídio. Durante a votação, China, Nigéria, Angola e Venezuela abstiveram-se, enquanto os restantes dez membros do Conselho mostraram-se favoráveis ao reconhecimento do massacre de Srebrenica como genocídio.
     
Exumações em Srebrenica, 1996
       
Mulheres bósnias junto ao monumento pelas vítimas do massacre
         
in Wikipédia

Os Coldplay lançaram, de para-quedas, o álbum de estreia - há vinte e quatro anos...!

  

Parachutes is the debut studio album by British rock band Coldplay. It was released on 10 July 2000 by Parlophone in the United Kingdom. The album was produced by the band and British record producer Ken Nelson, except for one track, "High Speed", which was produced by Chris Allison. Parachutes has spawned the singles "Shiver", "Yellow", "Trouble", and "Don't Panic". The album was also supported by the Parachutes Tour, which saw the band performing 130 shows in their first world tour.

The album was a commercial success and was met with positive reviews. Upon release, it quickly reached number one in the United Kingdom and has since been certified 9× Platinum. In the United States, the album peaked at number 51 on the Billboard 200 and eventually was certified double platinum. It won the Grammy Award for Best Alternative Music Album in 2002, the British Album of the Year award at the 2001 Brit Awards and many other accolades. Parachutes is also the 22nd-best-selling album of the 21st century in the United Kingdom. As of 2020, it has sold over 13 million copies worldwide.

 

in Wikipédia

 


Maria de Lourdes Pintasilgo morreu há vinte anos...


Maria de Lourdes Ruivo da Silva de Matos Pintasilgo (Abrantes, São João, 18 de janeiro de 1930 - Lisboa, 10 de julho de 2004) foi uma engenheira química, dirigente eclesial e política portuguesa. Foi a única mulher que desempenhou o cargo de primeira-ministra em Portugal, tendo chefiado o V Governo Constitucional, em funções de julho de 1979 a janeiro de 1980.

Foi a segunda mulher a desempenhar o cargo de primeira-ministra na Europa, dois meses depois da tomada de posse de Margaret Thatcher no Reino Unido

Nasceu na freguesia de São João, concelho de Abrantes, filha de Jaime de Matos Pintasilgo (Covilhã, Conceição, 9 de dezembro de 1896–Lisboa, Socorro, 10 de outubro de 1959), empresário ligado à indústria de lanifícios da Covilhã, e de sua mulher (Abrantes, 14 de março de 1929) Amélia do Carmo Ruivo da Silva (Vendas Novas, Vendas Novas, c. 1899–1982), doméstica. Era neta paterna de Jerónimo de Matos Pintasilgo (Covilhã, São Pedro, 21 de maio de 1866–Fátima, 4 de outubro de 1963) e de sua primeira mulher (Covilhã, São Pedro) Bárbara Saraiva Tavares (1 de janeiro de 1873–10 de setembro de 1965), tendo o seu avô paterno casado segunda vez com sua cunhada Virgínia Saraiva Tavares (Covilhã, São Pedro, 5 de junho de 1880–Carrasco, 8 de janeiro de 1970), e neta materna de José Ruivo da Silva e de sua mulher Raquel do Carmo. Foram testemunhas e padrinhos do seu registo civil um dos tios maternos, Augusto Ruivo da Silva, Oficial do Exército, e a avó materna Raquel do Carmo, familiares que acompanharam muito de perto o seu crescimento e que muito a influenciaram. Cresceu numa família alargada, não cristã, agnóstica. Em 1933, nasceu o segundo filho do casal, José Manuel de Matos Ruivo da Silva Pintasilgo. José Manuel enveredou pelo jornalismo e casou com Maria dos Prazeres Rodrigues Gouveia Pintasilgo, tendo falecido em 1985, sem deixar descendentes.

Faleceu em Lisboa, aos 74 anos de idade, e repousa num modesto jazigo no Cemitério dos Prazeres.

 

Formação

Em 1937, a sua família abandonou Abrantes e instalou-se em Lisboa. Realizou já a instrução primária numa escola particular da Av. Almirante Reis, o Colégio Garrett. Em 1940, ingressou no Liceu D. Filipa de Lencastre. Terminou em 1947 o curso secundário como melhor aluna do liceu, por dois anos consecutivos obteve o Prémio Nacional.

Em 1953, com 23 anos, licenciou-se em Engenharia Químico-Industrial, pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa, numa época em que eram poucas as mulheres que enveredavam pela área da engenharia. Entre os 250 alunos do seu curso, apenas 3 eram mulheres. Com a opção por esta licenciatura, desejava mostrar que o desafio do mundo industrial e a novidade da técnica eram também acessíveis às mulheres.

Entre 1952 e 1956, presidiu à Juventude Universitária Católica Feminina (JUC/F). Foi copresidente, com Adérito Sedas Nunes, do I Congresso Nacional da Juventude Universitária Católica. A projeção que, entretanto, adquiriu no interior do movimento católico português conduziu à sua eleição, por aclamação, para o cargo de presidente internacional da Pax Romana – Movimento Internacional de Estudantes Católicos (1956 e 1958). Nessa qualidade, ao longo do ano de 1957, presidiu ao I Seminário de Estudantes Africanos, no Gana, à Assembleia-Geral do movimento realizada em El Salvador. Em 1958, presidiu ao Congresso Mundial de Estudantes e Intelectuais Católicos, realizado em Viena de Áustria. 

 

Início da carreira profissional

Iniciou a sua carreira profissional, em setembro de 1953, como investigadora na Junta de Energia Nuclear, na qualidade de bolseira do Instituto de Alta Cultura. Em julho de 1954, foi nomeada chefe de serviço no Departamento de Investigação e Desenvolvimento da Companhia União Fabril (CUF), que aceitou pela primeira vez uma mulher nos seus quadros técnicos superiores. Trabalhou sucessivamente nas fábricas do Barreiro e nos centros de investigação de Sacavém e Lisboa.

Entre 1 de setembro de 1954 e 30 de outubro de 1960, assumiu a direção de projetos no Departamento de Estudos e Projetos da CUF, dos quais se destacam a edição da revista Indústria e a organização dos Colóquios de Atualização Científica, destinados aos quadros técnicos da empresa.

 

Papel na Igreja e intervenção cívica

A atividade profissional que vinha exercendo não prejudicou o seu compromisso cristão. Esta dimensão de crente era indissociável dos seus empenhamentos sociais, sendo o horizonte da justiça a sua ambição política. Em 1957, depois de uma passagem pelos Estados Unidos da América, fundou em Portugal, com Teresa Santa Clara Gomes, sua companheira de longa data, o movimento internacional Graal. Entre 1964 e 1969, enquanto vice-presidente internacional do Graal, foi coordenadora de programas de formação e de projetos-piloto no domínio da emancipação da mulher, do desenvolvimento, da ação sociocultural e no domínio de uma evangelização enraizada no seu tempo. Neste período, representou o Graal em atividades internacionais, nomeadamente no III Congresso Mundial do Apostolado dos Leigos, realizado em Roma (1967). Simultaneamente foi designada, pelo Papa Paulo VI, representante da Igreja Católica num grupo de ligação ecuménica com o Conselho Mundial das Igrejas (1966–1970). No Graal em Portugal foi mentora dos projetos: Rede Lien (1989–2004); Trabalho e Família – Responsabilidade Total (2001–2002), no âmbito da iniciativa comunitária EQUAL (2000–2001); Para uma Sociedade Ativa (1996–2000), no âmbito do IV Programa para a Igualdade de Oportunidades entre as Mulheres e os Homens da Comissão Europeia e com o apoio do Programa Emprego/ Eixo Now (1999–2000); Banco de Tempo (desde 2001), com o apoio da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (2001–2003) e da Comissão para a Igualdade e os Direitos das Mulheres (2003).

Em novembro de 1969, recusou o convite do então presidente do Conselho, Marcelo Caetano, para integrar a lista de deputados à Assembleia Nacional.

Aceitou ser designada procuradora à Câmara Corporativa nas duas últimas legislaturas deste órgão (X, XI, 1969–1974), na Secção XII – Interesses de ordem administrativa, 1.ª Subsecção: Política e Administração Geral. Foi a primeira mulher a exercer funções nesta secção, cargo que desempenhou até abril de 1974. Na qualidade de procuradora, assinou com “voto de vencida” vários pareceres, relativos a questões como a liberdade de imprensa, o modelo de desenvolvimento económico e as alterações à Constituição.

Entre 13 de maio de 1970 e 23 de setembro de 1973, trabalhou como consultora junto do Secretário de Estado do Trabalho e Previdência, do Ministério das Corporações e Previdência Social. Presidiu ainda, novamente a convite de Marcelo Caetano, ao Grupo de Trabalho para a Participação da Mulher na Vida Económica e Social (na dependência da já referida Secretaria de Estado). No exercício dessas funções, integrou a Delegação Portuguesa à Assembleia Geral da ONU, tendo aí realizado cinco intervenções, subordinadas às problemáticas: a situação social no mundo (outubro de 1971), o direito dos povos à autodeterminação (novembro de 1971), a condição feminina (novembro de 1972), a juventude (dezembro de 1972), e a liberdade religiosa (dezembro de 1972).

Manteve-se no Ministério das Corporações e Previdência Social até à instituição da Comissão para a Política Social relativa à Mulher, por decreto n.º 482/73, de 27 de setembro, da qual foi nomeada presidente. Esta comissão sofreu, com o decreto-lei n.º 47/75, de 1 de fevereiro, uma mudança de designação, passando a ser referenciada como Comissão da Condição Feminina, agora dotada de autonomia administrativa. Foi titular do cargo de presidente da referida Comissão desde 23 de novembro de 1973, interrompendo o exercício do cargo para integrar alguns Governos Provisórios, após o 25 de abril. 

 

Vulto da democracia

Depois da revolução do 25 de abril de 1974, foi nomeada secretária de Estado da Segurança Social no I Governo Provisório. Foi ministra dos Assuntos Sociais nos II e III Governos Provisórios entre 17 de julho de 1974 e 25 de março de 1975. O programa de ação que concebeu para aquele Ministério mereceu a classificação de programa-modelo, por parte do Secretariado do Desenvolvimento Social para a Europa da ONU. Introduziu, no programa daquele ministério, a aplicação do princípio da universalidade das prestações sociais do Estado. Entre maio e setembro de 1975, foi ainda designada membro eleito do Conselho de Imprensa.

Em 1 de maio de 1975, retomou a presidência da Comissão da Condição Feminina, permanecendo em funções até à tomada de posse como embaixadora junto da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), em 8 de agosto de 1975. Permaneceu como embaixadora delegada de Portugal junto da UNESCO (Paris) até 1979, embora administrativamente tenha conservado o cargo até 27 de maio de 1981. Foi eleita, por quatro anos, membro do Conselho Executivo da UNESCO, por proposta dos países ocidentais, durante a Conferência Geral de 1976, realizada em Nairobi, pelo reconhecimento das suas capacidades na resolução de problemas difíceis e pelo seu conhecimento profundo em matérias como ciência, educação e cultura.

Em 19 de julho de 1979, foi indigitada pelo então Presidente da República, general António Ramalho Eanes, para chefiar o V Governo Constitucional (1 de agosto de 1979 – 3 de janeiro de 1980), um governo de gestão incumbido de preparar as eleições legislativas intercalares marcadas para 2 de dezembro desse ano. Ao aceitar desempenhar aquelas funções, tornou-se a primeira mulher portuguesa a assumir o cargo de chefe do Governo. Foram características da sua ação governativa, nas palavras de um historiador, uma liderança dialogante, bem como a manifesta preocupação de justiça social que trespassou a produção legislativa daquele período.

Em 1980, apoiou a candidatura do general Ramalho Eanes à Presidência da República. Entre 1 de outubro de 1981 e 1 de fevereiro de 1985, exerceu funções como consultora do Presidente António Ramalho Eanes, gerindo durante essa época o dossier Timor-Leste. Dotada de um estilo carismático, foi dinamizadora de importantes movimentos sociais e cívicos, resultantes da sua preocupação com o aprofundamento da democracia. De nomear entre outros: a Rede de Mulheres (1980–1986), a Plataforma Inter-Grupos, o Movimento para o Aprofundamento da Democracia (MAD), surgido entre 1982 e 1985, e a Plataforma Europeia para o Ambiente.

Foi candidata independente às eleições presidenciais de 1986, as mais competitivas e polarizadas do regime democrático português, onde pela primeira vez os candidatos eram civis e já não militares. Sem o apoio de qualquer máquina partidária e gozando do prestígio que recolhera enquanto primeira-ministra, formalizou a sua candidatura em 9 de dezembro de 1985 com cerca de 15 000 assinaturas e surgia como a candidata mais bem posicionada nas sondagens, recolhendo elevadas percentagens das intenções de voto. Todavia, na primeira volta foi preterida em face dos candidatos de esquerda dotados de apoios dos partidos políticos. Os resultados eleitorais traduziam o triunfo dos aparelhos partidários sobre as apostas singularizadas, penalizando fortemente aquela que havia sido a candidatura mais personalizada, a sua, com 7,4% dos votos.

Entre 1987 e 1989, foi deputada no Parlamento Europeu, na qualidade de independente integrada no Grupo Socialista.

 

Projeção internacional

Desde nova que a sua experiência cristã e, mais tarde, os seus empenhamentos sociais, cívicos e políticos, são atravessados pela dimensão internacional. No final dos anos setenta, era já uma prestigiada intelectual católica, com uma carreira política meritória, reconhecida em Portugal e no estrangeiro. Porém, durante a década de oitenta, foi no plano internacional que exerceu maior atividade, pois, em Portugal, o projecto que defendera enquanto primeira-ministra despertara a hostilidade do Partido Social Democrata (PSD) e do Centro Democrático Social (CDS), que, depois de formarem o Governo da Aliança Democrática (1980–1982), procuraram retirar-lhe visibilidade no espaço público.

Foi membro do conselho diretivo do World Policy Institute da New School of Social Research, em Nova Iorque (1982). Em 1983, torna-se membro do Conselho de Interação de Ex-Chefes de Governo, organismo criado por Kurt Waldheim, Leopold Senghor e Helmut Schmit, ocupando a sua vice-presidência entre 1988 e 1993, por designação do Comité Executivo. Foi igualmente membro do Conselho Diretivo da Universidade das Nações entre 1983 e 1989, por designação do Secretário-Geral da ONU, do Diretor-Geral da UNESCO e da Santa Sé. De 1989 a 1991, foi membro do Conselho da Ciência e da Tecnologia ao Serviço do Desenvolvimento, eleita pela Assembleia Geral da ONU, e membro do Grupo de Peritos da OCDE sobre A Mudança Estrutural e o Emprego das Mulheres (1990–1991), a convite do Secretário-Geral daquela organização.

Entre 1990 e 1992, foi conselheira especial do Reitor da Universidade das Nações Unidas. De 1992 a 1994, foi presidente do Grupo de Peritos do Conselho da Europa sobre Igualdade e Democracia. Por convite conjunto dos Governos da Holanda, Suécia, Noruega, Alemanha, Canadá, Reino Unido e Japão, da ONU, do Banco Mundial e de várias Fundações Americanas, entre 1992 e 1997, foi presidente da Comissão Mundial Independente sobre a População e Qualidade de Vida.

Presidiu, entre 1993 e 1998, ao Conselho Diretivo do WIDER/UNU, Instituto Mundial de Investigação sobre Desenvolvimento Económico da Universidade das Nações Unidas. Foi também, entre 1995 e 1996, presidente do Comité dos Sábios, a convite do Presidente da Comissão Europeia.

Participou ainda em numerosos simpósios, encontros, colóquios em universidades, institutos religiosos e organizações cristãs, entidades internacionais (OCDE, ONU, UNITAR, OIT, NATO, UNESCO), em associações e movimentos de mulheres, fóruns políticos e sociais dos cinco continentes, com a análise de temas relacionados com os vários aspetos da intervenção das mulheres na sociedade civil, do desenvolvimento e da qualidade de vida, da cidadania, da teologia e espiritualidade cristã, da democracia e reforma do Estado.

Foi membro das seguintes entidades: Fundação Europa - América Latina (1984); Clube de Roma, Paris (1984); Sisterhood is Global Institute, em Nova Iorque (1986, tornando-se sua presidente, em 1994); do comité consultivo do Synergos Institute, Nova Iorque (1988); Instituto para o Desenvolvimento e a Acção Cultural (IDAC), Rio de Janeiro (1997); Institute for Democratic Electoral Assistance, em Estocolmo (1997); Conselho de Women World Leaders, Cambridge (1998) e membro do World Order Model's Project.

Membro da Pax Christi (1984) e do Movimento Internacional de Mulheres Cristãs.

Em 1987, lecionou na Universidade Internacional de Lisboa um Curso sobre Problemas de Desenvolvimento Global. Durante o ano de 1994, foi professora na Universidade Aberta de Lisboa, no âmbito do Mestrado em Relações Interculturais, da disciplina Nacionalidade, Cidadania e Identidade Cultural. Entre 1991 e 2002, foi membro do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, eleita pela Assembleia da República. Torna-se, em 2001, presidente da Fundação Cuidar O Futuro, por si concebida e instituída pela Associação Graal.

 

Whistler nasceu há 190 anos

Arrangement in Gray: Portrait of the Painter (self portrait, c. 1872), Detroit Institute of Arts
     
James Abbott McNeill Whistler (Lowell, Massachusetts, 10 de julho de 1834 - Londres, 17 de julho de 1903) foi um pintor norte-americano estabelecido na Inglaterra e na França. Os seus pais eram o engenheiro civil George Washington Whistler e a sua segunda esposa, Anna Matilda McNeill.
Whistler passou a infância nos Estados Unidos até 1843, quando mudou-se para São Petersburgo, na Rússia, onde seu pai havia sido contratado para a construção de uma ferrovia no ano anterior. Lá, o menino Whistler tinha aulas particulares de arte, ingressando na Academia Imperial de Belas Artes de São Petersburgo, com apenas 11 anos de idade.
Após a morte do seu pai, em 1849, a família retornou para a América. Em 1851, Whistler entrou para a Academia Militar dos Estados Unidos, em West Point, onde teve aula de artes com o renomado pintor Robert Walter Weir. Porém, um ato de indisciplina numa aula de química levou à expulsão de Whistler da Academia Militar. No ano de 1855, James Whistler viajou para a Europa para estudar artes. Ele nunca mais retornará aos Estados Unidos, apesar de manter a sua cidadania americana.
Chegando em Paris, James Whistler alugou um estúdio no Quartier Latin e rapidamente adotou a vida de um artista boémio. Durante um curto período estudou os métodos tradicionais da arte na Ecole Impériale et Spéciale de Dessin e no atelier de Charles Gleyre. Nesta época, namorou uma costureira francesa chamada Heloísa.
Em 1857, ele visitou a "Art Treasures Exhibition", em Manchester, passando a ter uma paixão pelos grandes mestres holandeses que permaneceria ao longo de toda sua vida. No Museu do Louvre conheceu Henri Fantin Latour, e, através dele, entrou no círculo de amizades de Gustave Courbet, líder dos realistas na época. A sua primeira pintura importante, um retrato de sua meia-irmã Deborah Haden e sua filha, foi rejeitado no Salão de 1859, mas admirado por Courbet.
Em agosto de 1858, uma viagem pelo norte da França resultou na série de gravuras "Twelve Etchings from Nature", impressas com a ajuda de Auguste Delâtre, em Paris. As gravuras de Whistler foram aceites no 91º Salão da Royal Academy de Londres, em 1859. O sucesso do seu trabalho incentivou o artista a mudar-se para a capital inglesa.
Entre os seus trabalhos mais conhecidos, destaca-se a pintura Arranjo em cinza e preto No.1 (1871), popularmente conhecida como Retrato da Mãe do Artista.
James Abbott McNeill Whistler morreu em Londres, com 69 anos de idade, a 17 de julho de 1903.
 
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Whistler in his Studio 1865, self-portrait
 
Alice Butt
, circa 1895, National Gallery of Art
     
     

Hoje é dia de recordar um Heroi...

(imagem daqui)

 

O Cid 

    

Vinha a manhã nos longes do futuro,
Mas a noite da Ibéria era cerrada ;
Fiz então sol brilhante e prematuro
Do aço limpo desta minha espada.
   
E fui à sua luz abrasadora
O primeiro Quixote conhecido :
Uma presença heróica e redentora
A que o tempo, acordado, deu sentido.
   
Toda a pátria é o aberto descampado
A um abraço de amor.
Tinha o sonho de ser principiado…
Foi-o por mim, Cid Campeador.

 

in Poemas Ibéricos (1965) - Miguel Torga


Rodrigo Díaz de Vivar, 'el Cid Campeador', obra de Augusto Ferrer-Dalmau 

(imagem daqui)


Ya por la ciudad de Burgos el Cid Ruy Díaz entró.
Sesenta pendones lleva detrás el Campeador.
Todos salían a verle, niño, mujer y varón,
a las ventanas de Burgos mucha gente se asomó.
¡Cuántos ojos que lloraban de grande que era el dolor!
Y de los labios de todos sale la misma razón:
"¡Qué buen vasallo sería si tuviese buen señor!"


in Cantar de Mio Cid