quinta-feira, agosto 25, 2011
Carlos Seixas morreu há 269 anos
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Saída de Campo: Aves e Dinossáurios
Em Portugal, o pavilhão da Paleontologia constitui o local com maior número de dinossauros expostos, incluíndo também vários registos fósseis únicos. O Museu possui o único laboratório de preparação de fósseis que, em Portugal, se dedica a tempo inteiro a essa tarefa e que pode ser visto em laboração.
A visita de campo para observação de registos fósseis, decorrerá no concelho da Lourinhã, em locais privilegiados para a compreensão e aquisição de conhecimentos sobre a história da Terra. Visitaremos arribas e falésias junto ao mar, em terrenos de enorme importância paleontológica, pelas jazidas de dinossauros do Jurássico Superior.
A visita ao museu e a visita de campo para observação de registos fósseis será guiada pelo Doutor Octávio Mateus, da Universidade Nova de Lisboa e do Museu da Lourinhã, paleontólogo com um extenso trabalho de investigação nesta área, tendo publicado numerosos artigos científicos em revistas nacionais e estrangeiras e que já descreveu várias novas espécies de dinossauros para a ciência.
Relativamente à observação de aves, visitaremos o Cabo Carvoeiro/Peniche e a Lagoa de Óbidos. Quanto ao primeiro, trata-se de um excelente local para a observação de diversas espécies de aves marinhas e esta altura do ano é especialmente interessante. É possível observar várias espécies, como são exemplos: a Negrola, a Cagarra, a Pardela-de-barrete, a Pardela-preta, o Fura-bucho do Atlântico, o Fura-bucho das Baleares, a Alma-de-mestre, o Alcatraz, o Corvo-marinho, a Galheta, o Moleiro do Árctico, o Moleiro-pequeno, o Alcaide, o Garajau, a Gaivina e a Gaivina do Árctico. Para além das aves marinhas, é expectável observar algumas outras espécies raras e locais, como é exemplo o Falcão-peregrino.
Na Lagoa de Óbidos, esperamos observar diversas espécies de aves de vários grupos, como são exemplos as limícolas, os patos, as gaivotas, as andorinhas-do-mar e os passeriformes; nesta altura do ano, a lagoa é um óptimo local para observar aves em migração, incluindo espécies emblemáticas como a Águia-pesqueira.
09.10 – Visita ao Museu
10.30 – Saída para o campo, para observação de registos fósseis nas Arribas da Lourinhã
13.30 – Regresso à Lourinhã, para almoço
13.45 – Almoço (em restaurante ainda a definir)
15.15 – Saída para Peniche / Cabo Carvoeiro
15.30 – Observação de aves marinhas no Cabo Carvoeiro
16.30 – Saída para a Lagoa de Óbidos
17.00 – Observação de aves na Lagoa de Óbidos
19.00 – Final da actividade
Não inclui: almoço, transporte para os locais de observação e outras despesas de carácter pessoal.
O programa realiza-se com um mínimo de 8 participantes; o número máximo de inscrições aceites é de 24.
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Hoje é dia de ouvir Elvis Costello
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Elvis Costello - 57 anos
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Marcadores: Elvis Costello, música, Reino Unido
As primeiras vítimas do processo de Moscovo (a grande purga de Estaline) foram fuziladas há 75 anos
- Grigory Yevseyevich Zinoviev
- Lev Borisovich Kamenev
- Grigory Yevdokimov
- Ivan Bakayev
- Sergei Vitalyevich Mrachkovsky, a hero of the Russian Civil War in Siberia and the Russian Far East
- Vagarshak Arutyunovich Ter-Vaganyan, leader of the Armenian Communist Party
- Ivan Nikitich Smirnov, People's Commissar for communications
- Yefim Dreitzer
- Isak Reingold
- Richard Pickel
- Eduard Holtzman
- Fritz David
- Valentin Olberg
- Konon Berman-Yurin
- Moissei Lurye
- Nathan Lurye
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A revolução que levou à criação do Reino da Bélgica começou há 181 anos
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Leonard Bernstein nasceu há 93 anos
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Marcadores: Leonard Bernstein, maestro, música
Sean Connery - 81 anos!
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Marcadores: 007, Alba, cinema, Escócia, espionagem, Ian Fleming, James Bond, Reino Unido
Tozé Brito nasceu há 60 anos
Tozé Brito (Porto, 25 de Agosto de 1951) é um cantor e compositor português. Foi executivo das editoras Universal Music (Polygram) e BMG.
(...)António José Correia de Brito nasceu no Porto, a 25 de Agosto de 1951. Em 1959 inicia os seus estudos de piano que abandona três anos depois.
Com 15 anos é um dos membros fundadores do grupo Pop Five Music Incorporated como viola baixo e vocalista. O primeiro EP do grupo inclui um original da sua autoria ("You'll see").
Aos 18 anos vai viver para Lisboa para tocar, como músico profissional, no Quarteto 1111.
Em 1971 actua com José Cid no conhecido Festival Yamaha - World Popular Song Festival, em Tóquio.A solo lança, em 1972, o EP "Liberdade" (1972). Participa no Festival RTP da Canção de 1972 com "Se Quiseres Ouvir Cantar".
Os Green Windows, grupo paralelo ao Quarteto 1111, começaram em 1972 no Festival dos Dois Mundos. O grupo era composto por José Cid, Tozé Brito, Moniz Pereira, Mike Seargeant e as mulheres de alguns deles. Cantam em inglês porque há uma tentativa de internacionalização que não chega a ser bem sucedida.Ainda em 1972 é chamado para fazer a recruta à espera de ingressar no "Alerta Estar" onde eram colocados os artistas. Como o Quarteto 1111 tinha discos proibidos pela censura não consegue entrar nesse serviço e decide partir para Inglaterra. Aí trabalha como tradutor e faz dois anos de Psicologia no Birbeck College da Universidade de Londres. Casa-se e aí nasce a sua primeira filha.
Grava um disco com a cantora Daphne (ex-Música Novarum) no projecto Som 2 que chega a lançar um single com os temas "A um Amigo" e "Irmão na Cor da Alma".
Regressa a Portugal após o 25 de Abril de 1974. É obrigado a fazer a tropa, onde passa todo o ano de 1975. Intensifica o seu trabalho como compositor e autor.
Os Green Windows duraram até 1976 quando decide formar os Gemini com Mike Sargeant, Fá e Teresa Miguel. "Pensando em ti", a primeira canção do grupo, foi editada em Dezembro de 1976 e atingiu o galardão de disco de ouro, o mais alto da altura. Foi considerado, tendo em conta as vendas, o compositor português do ano para a revista Billboard.
Os Gemini são os vencedores do Festival RTP da canção, em 1978. O grupo termina no ano seguinte.Participa no Festival RTP da Canção de 1979 com Novo Canto Português. Lança, com Paulo de Carvalho, o álbum "Cantar de Amigos". "Olá, então como vais?" foi um dos maiores sucessos deste disco. Entra para A & R da editora discográfica Polygram.
No ano seguinte, "Cantar de Amigos" é transformado num programa de televisão. "Mi amor por Ana", em co-autoria com Paulo de Carvalho e Pedro Brito, é apresentado no Festival de Viña del Mar, no Chile, em 1980.
"Bem Bom" das Doce vence o Festival RTP da Canção em 1982. Edita o disco "Adeus Até Ao Meu Regresso (Apenas oito Canções de Amor)" no ano seguinte.
"Penso em ti, eu sei" de Adelaide Ferreira vence o Festival em 1985.
O disco "As noites íntimas de um hotel com estrelas", álbum que assinala os 20 anos de carreira, foi editado em Outubro de 1986. Das onze faixas incluidas só quatro são cantadas. O disco foi feito a lembrar um filme com direito a argumento, realização e diálogos (estes em colaboração de António Tavares Teles). Nas vozes aparecem Adelaide e Fá.
Em 1990 sai da Polygram para dirigir a filial portuguesa da editora BMG Ariola. Foi administrador até Setembro de 1998. Saiu porque os seus patrões estrangeiros lhe exigiram a liderança do mercado nacional a curto prazo, o que julgou irrealista. Em 1999 fundou a Mar, uma estrutura de A&R e produção criada em parceria com a EMI. Lança, numa lista muito desigual, nomes como Lúcia Moniz, Ayamonte, Francisco Mendes e Darrasar.
É convidado para Presidente do Conselho de Administração da Universal Portuguesa (ex-Polygram).
Comemora 35 Anos de Canções com a compilação "... Mas o Mais Importante É o Amor" com nomes como Lúcia Moniz, Marta Plantier, Adelaide Ferreira, Paulo de Carvalho, José Cid, Quarteto 1111, Carlos do Carmo, Simone de Oliveira, Victor Espadinha, Doce, Gemini e Green Windows.
Em 2007, celebra 40 anos de carreira e lança o CD "Vida, canções e amigos" que reúne um conjunto de 40 canções,com música ou letra assinadas por ele ou das quais é co-autor.
Desde 2008, Tozé Brito é Administrador da SPA (Sociedade Portuguesa de Autores), consultor da Administração da RTP e sócio fundador da "MUV"- Movimento de Ideias Creativas, Ltd. (Produções Musicais).
in Wikipédia
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Salif Keita - 62 anos
O descobridor do planeta Úrano morreu há 189 anos
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O Rei dos castelos românticos bávaros nasceu há 166 anos
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quarta-feira, agosto 24, 2011
O primeiro Presidente da República Portuguesa foi eleito (...?!?) há cem anos
Faz amanhã cem anos que foi eleito (eleito...) o primeiro titular da Presidência da República, o açoriano Manuel de Arriaga. Aquela República nada tem a ver com a de hoje. E o PR de hoje, desta constituição, nada tem a ver com lugar que, então, o infeliz do dr. Arriaga foi ocupar. A 1ª República não passou de uma tirania de cariz urbano centrada no PRP que, depois, com Afonso Costa, se chamou Partido Democrático e que de democrático nada tinha. Acabou tudo às mãos da tropa e de uma outra ditadura - militar - que adubou o caminho ao Doutor Salazar e à sua ditadura corporativa, mais conhecida por Estado Novo. Tudo visto e ponderado, não sobra motivo algum de especial alegria pela passagem do referido centenário. Como republicano, a 1ª República, de uma forma geral, não me convence a não ser pelo lado da rejeição não obstante aquela chalaça sempre comovente do Braga, de eléctrico, a caminho de Belém. Vasco Pulido Valente, porventura o primeiro a "denunciar" cientificamente a ditadurazinha do PRP e do Partido Democrático - depois dele houve uns quantos "académicos" que se limitaram a copiá-lo - retratou adequadamente o dr. Arriaga e a sua impotência ornamental. «Em nenhum momento da sua longa vida excedera (ou haveria de exceder) uma mediocridade honesta. A seu favor contava-se apenas um passado de pioneiro, assaz diletante, e quase quatro décadas de fiel serviço ao Partido [Republicano]. Mas agora estava velho e cansado e a cada passo mostrava que não percebia nem se adaptava às duras realidades do mundo republicano. Sobrevivente de mais simples e tranquilos tempos, autor de um livro chamado Harmonias Sociais, entrou para a presidência em estado de inocência política e saiu para morrer, deixando atrás de si só desilusões e ruínas.» Comemorar o quê?
in portugal dos pequeninos - post de João Gonçalves
NOTA: é bonito ver um republicano assumir o que foi a I República - uma ditadura, contra a opinião da maioria da população portuguesa. Nós, que somos favoráveis a um plebiscito sobre se queremos uma República ou uma Monarquia Constitucional para o nosso país, somos de opinião que o modelo republicano (seja o da I, II ou III Repúblicas) fazem parte do problema (e não da solução) dos males que afligem o nosso país.
Postado por Pedro Luna às 19:31 0 bocas
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Les anarchistes
Les Anarchistes - Léo Ferré
Y'en a pas un sur cent et pourtant ils existent
La plupart Espagnols allez savoir pourquoi
Faut croire qu'en Espagne on ne les comprend pas
Les anarchistes
Ils ont tout ramassé
Des beignes et des pavés
Ils ont gueulé si fort
Qu'ils peuv'nt gueuler encor
Ils ont le coeur devant
Et leurs rêves au mitan
Et puis l'âme toute rongée
Par des foutues idées
Y'en a pas un sur cent et pourtant ils existent
La plupart fils de rien ou bien fils de si peu
Qu'on ne les voit jamais que lorsqu'on a peur d'eux
Les anarchistes
Ils sont morts cent dix fois
Pour que dalle et pourquoi ?
Avec l'amour au poing
Sur la table ou sur rien
Avec l'air entêté
Qui fait le sang versé
Ils ont frappé si fort
Qu'ils peuv'nt frapper encor
Y'en a pas un sur cent et pourtant ils existent
Et s'il faut commencer par les coups d' pied au cul
Faudrait pas oublier qu' ça descend dans la rue
Les anarchistes
Ils ont un drapeau noir
En berne sur l'Espoir
Et la mélancolie
Pour traîner dans la vie
Des couteaux pour trancher
Le pain de l'Amitié
Et des armes rouillées
Pour ne pas oublier
Qu'y'en a pas un sur cent et qu' pourtant ils existent
Et qu'ils se tiennent bien bras dessus bras dessous
Joyeux et c'est pour ça qu'ils sont toujours debout
Les anarchistes
Milonga de Albornoz
Letra de Jorge Luis Borges
Musica de José Basso
Compuesta en 1966
Alguien ya contó los días.
Alguien ya sabe la hora.
Alguien para quien no hay
ni premuras ni demora.
Albornoz pasa silbando
una milonga entrerriana;
bajo el ala del chambergo
sus ojos ven la mañana.
La mañana de este día
del ochocientos noventa;
en el bajo del Retiro
ya le han perdido la cuenta
de amores y de trucadas
hasta el alba y de entreveros
a fierro con los sargentos,
con propios y forasteros.
Se la tienen bien jurada
más de un taura y más de un pillo;
en una esquina del sur
lo está esperando un cuchillo.
No un cuchillo sino tres,
antes de clarear el día
se le vinieron encima
y el hombre se defendía.
Un acero entró en el pecho,
ni se le movió la cara;
Alejo Albornoz murió
como si no le importara.
Pienso que le gustaría
saber que hoy anda su historia
en una milonga. El tiempo
es olvido y es memoria.
Postado por Fernando Martins às 18:43 0 bocas
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Hoje é dia de ler poesia
Yo que sentí el horror de los espejos
no sólo ante el cristal impenetrable
donde acaba y empieza, inhabitable,
un imposible espacio de reflejos
sino ante el agua especular que imita
el otro azul en su profundo cielo
que a veces raya el ilusorio vuelo
del ave inversa o que un temblor agita
Y ante la superficie silenciosa
del ébano sutil cuya tersura
repite como un sueño la blancura
de un vago mármol o una vaga rosa,
Hoy, al cabo de tantos y perplejos
años de errar bajo la varia luna,
me pregunto qué azar de la fortuna
hizo que yo temiera los espejos.
Espejos de metal, enmascarado
espejo de caoba que en la bruma
de su rojo crepúsculo disfuma
ese rostro que mira y es mirado,
Infinitos los veo, elementales
ejecutores de un antiguo pacto,
multiplicar el mundo como el acto
generativo, insomnes y fatales.
Prolonga este vano mundo incierto
en su vertiginosa telaraña;
a veces en la tarde los empaña
el Hálito de un hombre que no ha muerto.
Nos acecha el cristal. Si entre las cuatro
paredes de la alcoba hay un espejo,
ya no estoy solo. Hay otro. Hay el reflejo
que arma en el alba un sigiloso teatro.
Todo acontece y nada se recuerda
en esos gabinetes cristalinos
donde, como fantásticos rabinos,
leemos los libros de derecha a izquierda.
Claudio, rey de una tarde, rey soñado,
no sintió que era un sueño hasta aquel día
en que un actor mimó su felonía
con arte silencioso, en un tablado.
Que haya sueños es raro, que haya espejos,
que el usual y gastado repertorio
de cada día incluya el ilusorio
orbe profundo que urden los reflejos.
Dios (he dado en pensar) pone un empeño
en toda esa inasible arquitectura
que edifica la luz con la tersura
del cristal y la sombra con el sueño.
Dios ha creado las noches que se arman
de sueños y las formas del espejo
para que el hombre sienta que es reflejo
y vanidad. Por eso no alarman.
Jorge Luis Borges
Postado por Pedro Luna às 18:38 0 bocas
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Mais uma interessante descoberta de icnofósseis e ossos de vertebrados em Angola
Postado por Fernando Martins às 12:07 0 bocas
Marcadores: Angola, Doutor Octávio Mateus, icnofóssil, mosassauros, Museu da Lourinhã, plesiossauros, pterossáurios, saurópodes
A vida começou mais cedo que se pensava
Havia vida há 3400 milhões de anos, e respirava enxofre
(David Wacey/Universidade da Austrália Ocidental)
“O que podemos dizer é que a vida primitiva é muito simples, é formada por células únicas e cadeias pequenas”, disse ao jornal Guardian David Wacey, autor do artigo. “As novas provas da nossa investigação mostram que as primeiras formas de vida utilizavam enxofre, vivendo e metabolizando compostos que continham enxofre e não oxigénio, para a energia e para o crescimento”, explicou. Este tipo de bactérias ainda existem hoje em fontes hidrotermais.
Os fósseis foram encontrados na região Norte da Austrália Ocidental. A formação rochosa fica entre duas camada vulcânicas, o que permite datá-la com grande precisão. A descoberta poderá ser um dos indícios mais antigos da existência de vida. Através de técnicas microscópicas, os investigadores foram capazes de determinar estruturas com formas de células, agrupadas e com cristais de pirite à volta e nas paredes celulares. Sabe-se que a pirite, um mineral com a cor do ouro, é um dos produtos do metabolismo do enxofre.
“Os autores demonstraram o mais robustamente possível, dado as técnicas existentes e a preservação dos fósseis, a origem biológica destas estruturas”, disse numa notícia da Nature Emmanuelle Javaux, uma paleobióloga belga. Mas a descoberta tem de vingar. “Talvez um dia descubramos uma explicação não biológica para estas microestruturas — só o tempo poderá dizê-lo.”
Postado por Adelaide Martins às 10:32 0 bocas
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Notício sobre biodiversidade no Público
Há 8,7 milhões de espécies na Terra, a maioria por descobrir
“A questão de quantas espécies existem intrigou os cientistas desde há vários séculos e a resposta é agora particularmente importante porque as várias actividades humanas estão a acelerar as extinções”, disse em comunicado Camilo Mora, da Universidade de Dalhouise, no Canadá, um dos autores do estudo. “Muitas espécies podem desaparecer antes mesmo de sabermos da sua existência, da função nos ecossistemas ou da potencial contribuição para melhorar o bem-estar humano”.
Para chegarem a este número, os investigadores olharam para a árvore da vida, que faz agrupamentos artificiais cada vez maiores e mais gerais das espécies. Os humanos pertencem à espécie Homo sapiens, ao género Homo, à família dos hominídeos (como o chimpanzé), à ordem dos primatas (juntamente com o lémure), à classe dos mamíferos (onde se inclui por exemplo o gato), ao filo dos cordados (que inclui peixes, aves ou répteis) e, finalmente, ao reino dos animais, como as formigas, as anémonas e as lombrigas.
Cada espécie é ordenada desta maneira. Por isso, desde que o naturalista sueco Carl Lineu começou a sistematizar a vida natural, no século XVIII, a ciência construiu uma árvore da vida para os animais, que inclui um reino, 32 filos, 90 classes, 493 ordens, 5403 famílias e 94,240 géneros. As espécies até agora descobertas são 953.434. Mas, quando a equipa do Canadá desenhou um gráfico com o número de cada nível da árvore, verificaram que se formava uma curva bem desenhada que previa a existência de 7,77 milhões de espécies de animais.
Foi assim que chegaram ao número total de espécies, depois de aplicarem a mesma estimativa a todas os reinos da vida, o que inclui, entre outros, plantas e fungos. Ao todo, 91 por cento das espécies que povoam os oceanos e 86 por cento das que estão em terra ainda são desconhecidas. Ou seja, já estão catalogados 1,32 milhões de espécies. As estimativas obtidas em relação às bactérias e aos protozoários não são tão seguras.
“Se não soubermos qual o número de pessoas de uma nação, como poderemos planear o futuro?”, questionou Boris Worm, outro membro da equipa, também da Universidade de Dalhousie, comparando o problema com a biodiversidade. “A humanidade comprometeu-se a salvar as espécies da extinção, mas até agora tínhamos apenas uma pequena ideia de quantas existem”, acrescenta.
Boris Worm refere que a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza, recentemente actualizada, aponta para 59.508 espécies, das quais 19.625 estão classificadas como ameaçadas, ou seja, menos de um por cento das espécies de todo o mundo.
O estudo sugere ainda que com as técnicas tradicionais para descobrir e descrever espécies só daqui a 1200 anos, através do trabalho de 300 mil especialistas, e gastando 364 mil milhões de dólares (252 mil milhões de euros) é que as 8,7 milhões de espécies entrariam no catálogo da vida. No entanto, os cientistas notam que as novas técnicas de ADN vão reduzir certamente o custo e o tempo desta empreitada.
Postado por Adelaide Martins às 10:25 0 bocas
Marcadores: Biodiversidade, Biologia
O Google também comemora o aniversário de Jorge Luis Borges
Postado por Pedro Luna às 10:16 0 bocas
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