terça-feira, março 29, 2011

Novas Oportunidades - versão brasileira

Uma reacção à reacção da Ministra da Educação

(imagem daqui)

Carta aberta à ministra da Educação

Foi com alguma incredulidade que lemos as suas declarações à imprensa, depois de a Assembleia da República ter aprovado a revogação do actual modelo da avaliação dos professores e aberto o caminho para o estabelecimento de um sistema de avaliação credível, justo e eficaz

Classificar como precipitada a decisão do parlamento revela grande insensibilidade face às preocupações manifestadas pela grande maioria da classe docente. Os deputados foram tudo menos precipitados. Até se poderia dizer que demoraram algum tempo a reagir às tomadas de posição aprovadas em centenas de escolas de norte a sul, aos muitos milhares de professores que subscreveram petições e abaixo-assinados, às posições dos directores escolares, dos sindicatos, dos movimentos e dos blogues de professores, às concentrações e manifestações de docentes, etc., etc.

Os deputados interpretaram correctamente o sentir de quem nas escolas, em condições tantas vezes adversas, diariamente dá o litro para formar os novos cidadãos. É justo dizer que a decisão que a Assembleia da República tomou no passado dia 25 honra todos aqueles que a votaram favoravelmente. Foi um acto que só dignifica o trabalho parlamentar, porque demonstrou que os representantes da nação - quaisquer que tenham sido as suas anteriores posições nesta matéria - não são insensíveis aos argumentos dos cidadãos e, ainda a tempo, souberam tomar a decisão mais correcta e sensata, mesmo correndo o risco de ser alvo de ataques destemperados.

Ao invés, a senhora ministra - apesar de já ter sido professora e até dirigente sindical - não foi capaz de fazer a "avaliação" do seu modelo de avaliação. Mas tinha a obrigação de saber que o modelo agora revogado não contribuiu em nada para a melhoria da qualidade do trabalho dos professores e que só representava um encargo inútil, desviando os professores do trabalho com os alunos (o único que é produtivo), ao mesmo tempo que criava nas escolas um ambiente verdadeiramente irrespirável, tal era a conflitualidade que esta avaliação inter-pares gerava.

E, perdoe-nos, mas vir falar agora de questões de constitucionalidade, além de revelar mau perder, é acordar demasiado tarde para a defesa do primado da lei. Já foi amplamente demonstrado que o modelo agora revogado estava repleto de disposições que desrespeitavam os princípios da justiça, da imparcialidade e da transparência, legal e constitucionalmente consagrados. Apenas três exemplos, entre muitos possíveis: colocava na situação de avaliadores e de avaliados professores que pertencem à mesma escola e que são concorrentes aos mesmos escalões da carreira; punha o mesmo grupo de pessoas a decidir a classificação dos colegas, mas também a reclamação e o recurso dessa classificação; impedia que fossem tornadas públicas as classificações obtidas pelos professores da mesma escola.

E poderá a senhora ministra afirmar, com conhecimento de causa, que esta avaliação estava assente na "cultura que do esforço vem a qualidade"? Se cada escola dividiu a bel-prazer os seus professores em avaliadores e avaliados, dada a flexibilidade proporcionada pela legislação. Nuns casos, valorizou-se o posicionamento na carreira; noutros, os professores votaram para escolher os relatores; noutros ainda, foi a qualificação académica que prevaleceu; ainda noutros, apenas as simpatias e antipatias; finalmente, em muitas situações, uma salada russa de todos estes "critérios". Resultado: docentes de escalões elevados a ser avaliados por professores com posicionamento na carreira muito inferior, bacharéis a avaliar licenciados e mestres, coordenadores de disciplina a ser avaliados pelos seus coordenados e uma infinidade de outras situações não menos anómalas e nada dignas.

E que dizer da "qualidade" de um sistema de avaliação em que às aulas dos relatores assistiam coordenadores de departamento de disciplinas diferentes da sua? Um professor de Educação Física a avaliar uma aula de Geometria Descritiva? Um professor de Geografia a ser avaliado por um de Filosofia? Ou um de Biologia, por outro de Física ou Matemática?

E que quer a senhora ministra que pensemos da sua afirmação de que "este modelo da ADD se encontra devidamente fundamentado do ponto de vista técnico e científico", quando um Muito Bom ou Excelente - que permitia ao professor contemplado ultrapassar centenas de colegas nos concursos - era atribuído com base em apenas duas aulas assistidas, enquanto nos dois anos lectivos do ciclo de avaliação são dadas 400, 500 ou mais aulas de 90 minutos? Isto já sem falar nos critérios e nos instrumentos de avaliação utilizados, que se baseavam nuns "padrões de desempenho docente" que, além de carecerem em absoluto de objectividade e clareza, atribuíam mais importância ao relacionamento (impossível de medir) dos professores com os seus colegas e com a comunidade, do que ao seu trabalho efectivo com os alunos.

Permita-nos aqui apenas um aparte para o senhor primeiro-ministro, quando este pergunta aos partidos da oposição o que é que estes vão dizer aos professores que tiveram Muito Bom e Excelente (presume-se que no modelo da sua antecessora): para isso, era preciso que soubessem quem eles são, pois esse é o segredo mais bem guardado nas nossas escolas, vá-se lá saber porquê...

Todos estes factos são, aliás, do seu conhecimento, pois ao seu gabinete tem chegado um volumoso caudal de tomadas de posições, muitas delas igualmente publicitadas na imprensa e nos blogues, além de denúncias de atropelos dos direitos profissionais, perpetrados por conta da sua ADD. Porém, em momento algum a ouvimos comentar estas evidências, só tendo saído do silêncio a que se remeteu (quase já nos tínhamos esquecido de si) para proferir estas declarações infelizes.

Permita-nos, a terminar, que retomemos mais uma vez as suas recentes palavras. "Momento triste" não foi a decisão soberana da Assembleia da República no dia 25 de Março. Momento triste foi ver alguém, contra todos os factos e o sentir de uma classe que merecia melhor consideração, revelar na hora da partida tamanha cegueira, ao obstinadamente tentar defender o indefensável. Senhora ministra, de facto é "a História que julga os actos". Já parou para pensar no que a História dirá de si?

Ana Paula Correia, Isilda Lopes, José Ribeiro e Maria Manuela Ferraz (professores da Escola Henrique Medina, Esposende)

Vangelis nasceu há 68 anos


Evángelos Odysséas Papathanassíu, (Vólos, 29 de Março de 1943), mais conhecido como Vangelis, é um músico grego de renome internacional nos estilos neoclássico, progressivo, música electrónica e ambiente. Suas composições mais conhecidas são o tema vencedor do Óscar de 1981, com o filme Carruagens de Fogo, a banda sonora do clássico Blade Runner, e mais recentemente, do filme biográfico de Cristóvão Colombo, “1492 - A Conquista do Paraíso”, com a música instrumental “Conquest of Paradise”. Entre suas composições, há o tema do Campeonato do Mundo de Futebol de 2002.


Ainda sobre o tsunami no Japão

Tsunami no Japão afectou zonas a 40 km da costa

Sendai, antes e depois do tsunami

O governo do Japão revelou, terça-feira, que o maremoto do passado dia 11, que embateu no Nordeste do país, afectou zonas que estavam a mais de 40 quilómetros da costa, já que a água entrou no curso dos rios.

As ondas gigantescas, que chegaram a atingir 13 metros, causaram danos em pontos muito mais remotos do que a costa devido à subida do caudal dos vários rios, afirmou o ministério japonês dos Transportes.

O nível da água do rio Tone, na província de Chiba, elevou-se 30 centímetros e o estuário aumentou cerca de 44 km, enquanto o rio Kitakami (na província de Miyagi) aumentou o seu caudal em 11 cm e 49 km na sua foz.

As autoridades acreditam que os prejuízos poderiam ter sido ainda maiores se as comportas de alguns rios da costa leste, como o abundante Tone, não estivessem fechadas.

Os cientistas estimam que a 11 de Março chegaram à costa Leste do Japão sete tsunamis durante um período de seis horas, com ondas que chegaram a superar os 13 metros em alguns pontos, noticiou o diário Yomiuri.

As costas das províncias de Aomori, Iwate, Miyagi e Fukushima foram as mais afectadas e onde se registam a maior parte dos 11 mil mortos e mais de 17.259 desaparecidos confirmados no desastre.

O maremoto inundou 443 km quadrados nas quatro províncias, sendo que um quarto deste território estava ocupado por áreas comerciais e residenciais.

Na localidade de Higashi-Matsushima, em Miyagi, 63 por cento do território foi arrasado pelo tsunami, enquanto que metade de Otsuchi, em Iwate, sofreu a investida das ondas.

in JN - ler notícia

Fernando Tordo - 63 anos

(imagem daqui)

Fernando Travassos Tordo (Lisboa, 29 de Março de 1948) é um cantor e compositor português.


Carl Orff morreu há 29 anos

Alain Oulman morreu há 21 anos

(imagem daqui)

Alain Oulman (Cruz Quebrada, 15 de Junho de 1928 - Paris, 29 de Março de 1990) foi o grande responsável por alguns dos maiores sucessos de Amália. Foi também o editor do livro "Portugal Bâillonné" ("Portugal Amordaçado") de Mário Soares.

(...)
Alain Oulman nasceu a 15/06/1928, na Cruz Quebrada, distrito de Lisboa, no seio de uma família judaica tradicional. Era um apaixonado pelos livros, pela música e por Amália. Foi apresentado a Amália, em 1962, por Luís de Macedo, diplomata em Paris, durante umas férias na Praia do Lisandro, perto da Ericeira. Oulman mostrou a Amália uma música que tinha composto ao piano, sobre o poema "Vagamundo" de Luís de Macedo.

O álbum "Busto", editado em 1962, marcou o início de colaboração de Alain Oulman com Amália. Foi ele quem levou os poetas portugueses, como Luís de Camões, David Mourão-Ferreira, Alexandre O'Neill ou Manuel Alegre, para dentro de casa de Amália. Alain Oulman é também considerado o principal responsável por uma profunda alteração na música que a acompanhava.

Oulman, pessoa de esquerda, é perseguido e preso pela PIDE. Amália tudo fez para o apoiar aquando da sua prisão. É deportado para França. "A sua activa solidariedade com a luta antifascista portuguesa levou-o a ser preso pela PIDE, sendo expulso de Portugal e fixando-se definitivamente em Paris", lê-se no 'site' oficial do Partido Comunista Português.

Oulman escreveu a música para "Meu Amor é Marinheiro", com base em "A Trova do Amor Lusíada", que Manuel Alegre escreveu quando esteve preso em Caxias.

No disco "Com Que Voz", gravado em 1969 mas editado apenas no ano seguinte, Amália canta nomes como Cecília Meireles, Alexandre O'Neill, David Mourão-Ferreira, Manuel Alegre, Camões, Ary dos Santos e Pedro Homem de Mello. O disco receberá o IX Prémio da Crítica Discográfica Italiana (1971), o Grande Prémio da Cidade de Paris e o Grande Prémio do Disco de Paris (1975).

Após o 25 de Abril de 1974, Alain Oulman fez parte da minoria que defendeu Amália, quando esta foi acusada de estar ligada ao anterior regime, escrevendo cartas para os jornais "República" e "O Século".

Alain Oulman morreu, na cidade de Paris, a 29 de Março de 1990, quando contava 61 anos de idade.


segunda-feira, março 28, 2011

Desculpas (só)cretinas

(imagem daqui)

A culpa

A culpa de não haver PEC 4 é do PSD e do CDS. A culpa de haver portagens nas Scuts é do PSD que viabilizou o PEC 3. A culpa do PEC 3 é do PEC 2. Que, por sua vez, tem culpa do PEC 1.

Chegados a este, a culpa é da situação internacional. E da Grécia e da Irlanda. E antes destas culpas todas, a culpa continua a ser dos Governos PSD/CDS. Aliás, nos últimos 16 anos, a culpa é apenas dos 3 anos de governação não socialista.

A culpa é do Presidente da República. A culpa é da Chanceler. A culpa é de Trichet. A culpa é da Madeira. A culpa é do FMI. A culpa é do euro.

A culpa é dos mercados. Excepto do "mercado" Magalhães. A culpa é do ‘rating'. A culpa é dos especuladores que nos emprestam dinheiro. A culpa até chegou a ser das receitas extraordinárias. À falta de outra culpa, a culpa é de os Orçamentos e PEC serem obrigatórios.

A culpa é da agricultura. A culpa é do nemátodo do pinho. A culpa é dos professores. A culpa é dos pais. A culpa é dos exames. A culpa é dos submarinos. A culpa é do TGV espanhol. A culpa é da conjuntura. A culpa é da estrutura.

A culpa é do computador que entupiu. A culpa é da ‘pen'. A culpa é do funcionário do Powerpoint. A culpa é do Director-Geral. A culpa é da errata, porque nunca há errata na culpa. A culpa é das estatísticas. Umas vezes, a culpa é do INE, outras do Eurostat, outras ainda do FMI. A culpa é de uma qualquer independente universidade. E, agora em versão pós Constâncio, a culpa também já é do Banco de Portugal. A culpa é dos jornalistas que fazem perguntas. A culpa é dos deputados que questionam. A culpa é das Comissões parlamentares que investigam. A culpa é dos que estudam os assuntos.

A culpa é do excesso de pensionistas. A culpa é dos desempregados. A culpa é dos doentes. A culpa é dos contribuintes. A culpa é dos pobres.

A culpa é das empresas, excepto as ungidas pelo regime. A culpa é da meteorologia. A culpa é do petróleo que sobe. A culpa é do petróleo que desce.

A culpa é da insensibilidade. Dos outros. A culpa é da arrogância. Dos outros. A culpa é da incompreensão. Dos outros. A culpa é da vertigem do poder. Dos outros. A culpa é da demagogia. Dos outros. A culpa é do pessimismo. Dos outros.

A culpa é do passado. A culpa é do futuro. A culpa é da verdade. A culpa é da realidade. A culpa é das notícias. A culpa é da esquerda. A culpa é da direita. A culpa é da rua. A culpa é do complexo de culpa. A culpa é da ética.

Há sempre "novas oportunidades" para as culpas (dos outros). Imagine-se, até que, há tempos, o atraso para assistir a uma ópera, foi culpa do PM de Cabo-Verde.

No fim, a culpa é dos eleitores, que não deram a maioria absoluta ao imaculado. A culpa é da democracia. A culpa é de Portugal. De todos. Só ele (e seus pajens) não têm culpa. Povo ingrato! Basta! Na passada quarta-feira, a culpa... já foi.

Sócrates: ordem para gastar (até ao último cêntimo)


O  PECador calimero


Economia
Nova lei: Estado vai poder gastar mais já em Abril

Montantes por ajuste directo e sem concurso público aumentam


O Governo decidiu aumentar os montantes que podem ser gastos por ajuste directo e sem concurso público, escreve o «DN». A lei já foi publicada em Diário da República, na véspera do debate no Parlamento sobre o Programa de Estabilidade e Crescimento para 2011-2014 (PEC4), chumbado a 23 de Março.

Na nova lei ministros, autarcas e directores-gerais vão poder gastar mais dinheiro a partir de Abril.

No caso dos presidentes de câmara, por exemplo, o montante dos contratos que podem decidir por ajuste directo pode chegar aos 900 mil euros, quando até agora o máximo era 150 mil euros.

Um valor que aumenta no caso dos ministros: a nova lei permite-lhes gastar até 5,65 milhões de euros, enquanto o primeiro-ministro poderá autorizar despesas até 11,25 milhões de euros.

Estão também abrangidas pelo Decreto-lei 40/2011 os gastos com rendas para «instalação de serviços do Estado», despesas com seguros de automóveis e outros encargos.

Em resposta, o Ministério das Finanças justifica esta lei com a actualização da despesa com a inflação, pela primeira vez desde 1999. É que, volvidos 12 anos, os limites estavam «manifestamente desactualizados», disse à Lusa o secretário de Estado do Orçamento.

«O que se trata não é absolutamente nada de que não seja normal no funcionamento de qualquer Governo», explicou Emanuel dos Santos, reagindo às críticas do secretário-geral do PSD, Miguel Relvas, de que «é inaceitável este tipo de comportamento» num momento em que o Estado não tem dinheiro e são pedidos sacrifícios muito significativos aos portugueses.

Emanuel dos Santos garantiu que o diploma foi preparado «há muitos meses» e o Governo não estava demissionário, pelo que as observações do secretário-geral do PSD são para criar «ilusão, neblina e confusão».

O governante frisou que o controlo da despesa está assegurado no decreto de execução orçamental e que os dirigentes da Administração Pública e o Governo «não podem gastar mais do que está no Orçamento de Estado».

De qualquer modo, PSD quer levar o decreto-lei a debate no Parlamento. Os autarcas socialistas garantem que esta lei vem «simplificar» as adjudicações. 


NOTA: para perceberem melhor a golpada e roubalheira, sugere-se a leitura dos seguintes posts:

Professores: 2 - Socas, Milu & Isabelinha: 0

(imagem daqui)


Cavaco Silva não vai intervir na avaliação dos professores


Belém irá promulgar a revogação do modelo de avaliação aprovado pelo parlamento

Cavaco Silva prepara-se para promulgar a proposta da oposição que revoga o modelo de avaliação dos professores, sabe o i. O Presidente da República não irá atender ao pedido do governo e não irá enviar para o Tribunal Constitucional o diploma de revogação do modelo aprovado a semana passada pela Assembleia da República. Belém considera que o argumentário do Partido Socialista sobre a inconstitucionalidade da proposta da oposição não é juridicamente correcto.

Na sequência da aprovação na Assembleia da República do diploma que punha um ponto final ao polémico modelo de avaliação dos docentes, o ministro da Economia, Vieira da Silva, veio a público pedir a fiscalização da proposta por parte de Cavaco Silva. "Julgamos que é absolutamente imperioso solicitar ao senhor Presidente da República uma particular atenção para comportamentos deste tipo e em particular para este diploma", defendeu o governante, considerando que se trata de "um diploma de duvidosa constitucionalidade" e com "meros fins eleitoralistas".

Sem o apoio de Cavaco Silva, resta ao governo, através do grupo parlamentar, pedir uma fiscalização sucessiva da proposta aprovada pela oposição.

Apesar de o agendamento da discussão e da votação desta proposta ter sido marcado antes de materializado o cenário de eleições antecipadas, a oposição, e principalmente o PSD, não se livraram da acusação de eleitoralismo. "Uma interrupção feita por uma oposição que está à beira de dissolução do parlamento, num momento em que não há dúvida para ninguém que o que se pretende é destruir aquilo que se construiu, parece-me realmente muito difícil de aceitar", considerou em entrevista à RTP a ministra da Educação.

Na resposta, o deputado do PSD Pedro Duarte acusou os socialistas de não lidarem bem com a democracia: "A vontade política manifestada pelo parlamento foi absolutamente inequívoca. Nós, em democracia, não podemos querer impor as nossas posições contra as maiorias que se estabelecem."

O PS aproveitou a ida a Belém, na última sexta-feira, para pedir a Cavaco Silva que "esteja atento a alguns sinais preocupantes que têm surgido na sociedade portuguesa". "Ainda hoje, quando todos os partidos vieram cá pedir eleições antecipadas, os mesmos partidos decidiram, em coligação negativa, aprovar um diploma de constitucionalidade duvidosa, com fins meramente eleitoralistas e oportunistas, no sentido de pôr fim à avaliação dos professores", referiu Vieira da Silva.

O diploma de revogação do modelo de avaliação dos professores passou na última sexta-feira com os votos a favor de todas as bancadas, com excepção do PS e do deputado do PSD Pacheco Pereira. Tratou-se da segunda coligação negativa contra o executivo, em dois dias, depois do chumbo ao PEC IV.

Os sociais-democratas defendem que seja uma comissão independente a avaliar os professores, rejeitando que sejam os professores a avaliar-se entre si. 

in i online - ler notícia

Defender o país

(imagem daqui)

Defender Portugal de José Sócrates 

O nosso glorioso Kim Song-il do Largo do Rato diz que quer "defender Portugal". Ora, se não se importam, eu gosto mais do slogan do António Barreto: é preciso defender Portugal de José Sócrates. Parecendo que não, é um bocadinho diferente. Este homem já mostrou - há muito - que não serve para primeiro-ministro. Aliás, como diria Coluna, "no meu tempo, este tipo nem calçava as chuteiras". E vou dar de barato a licenciatura, as casas e a TVI/PT (a TVI/PT é só por hoje). Estou a falar de governação pura e dura. 

Meus amigos, a democracia não funciona sem a responsabilização de quem governa. José Sócrates é primeiro-ministro há seis anos. E, juntamente com os seus amiguinhos de governo, está no poder há 15 anos. Isto não conta? A culpa da crise é de toda a gente, excepto de Sócrates e do PS? É essa a campanha do PS para estas eleições? Como diz Manuel Maria Carrilho, nós estamos na bancarrota por causa do caminho escolhido por José Sócrates. Isto tem de ter consequências . E, não posso deixar de reforçar, o discurso de Teixeira dos Santos já é uma dessas consequências. Porquê? Porque constitui a morte ideológica do socratismo e da governação socialista tal como a conhecemos. Agora, só falta a morte eleitoral. 

Ora, como se seis anos de fantasia mecanizada pelo power point não fossem suficientes, os últimos meses estão a revelar a total falta de classe e dignidade política deste indivíduo. Esta pessoa-que-por-acaso-é-primeiro-ministro preparou em segredo o documento mais importante dos últimos anos, revelando uma total desconsideração pelas instituições democráticas. Para que não existissem dúvidas a este respeito, Sócrates abandonou o parlamento durante o debate mais importante em décadas. Portanto, já não é uma questão de opinião, é um facto: José Sócrates não é um democrata, é um homem com tiques de tiranete. Depois, a par deste nepotismo socialista, todos os dias aparecem notícias que indicam uma enorme incompetência ou um enorme nepotismo na gestão das contas públicas. Um exemplo: nesta altura, logo nesta altura, José Sócrates autorizou autarcas e ministérios a gastar mais por ajuste directo . Que beleza. Que classe.

Sismo no Alentejo

 Recebido via e-mail do IM:


O Instituto de Meteorologia informa que no dia 28.03.2011 pelas 08.30 (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente, um sismo de magnitude 2.5 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 4 km a Este-Sudeste do Redondo.

Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima II (escala de Mercalli modificada) na região de Redondo.

Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados. Sugere-se o acompanhamento da evolução da situação através da página do IM na Internet (www.meteo.pt) e a obtenção de eventuais recomendações junto da Autoridade Nacional de Protecção Civil (www.prociv.pt).

Mussorgsky morreu há 130 anos


Modest Petrovich Mussorgsky (Karevo, Pskov, 21 de Março de 1839São Petersburgo, 28 de Março de 1881), compositor e militar russo conhecido por suas composições sobre a história da Rússia medieval. Foi membro do nacionalista Grupo dos Cinco, ao lado dos músicos Mily Balakirev, Aleksandr Borodin, César Cui e Nikolai Rimsky-Korsakov.



Teresa de Ávila nasceu há 496 anos

Teresa de Ávila - Rubens

Santa Teresa de Ávila ou Santa Teresa de Jesus (Gotarrendura, 28 de março de 1515Alba de Tormes, 4 de outubro de 1582) foi uma religiosa e escritora espanhola, famosa pela reforma que realizou no Carmelo e por suas obras místicas.




SANTA TERESA

Terra...
Era em Ávila da Ibéria a minha terra...
Terra!
Mas eu não vi a terra que me teve!
Nem lhe dei o calor que um filho deve
A sua Mãe!
Terra!
Nem lhe sabia o nome verdadeiro!
Nem a cor! nem o gosto! nem o cheiro!
Nem calculava o peso que ela tem!

Terra...
Vai-se embaçando o brilho dos meus olhos!
Apodrece o tutano dos meus ossos!
Crescem as unhas doidas nos meus dedos
Contra a palma da mão encarquilhada!
Medra o livor em mim de tal maneira
Que me babo de nojo do meu nada!

Terra!...
E andei eu a morrer a vida inteira!
E andei eu a secar a seiva da raiz
Que do Céu ou do Inferno me prendia
A ti, humana terra de Castela!
Terra!
E andei eu a viver a morte que vivia
Disfarçada em amor na minha cela!

Terra!...
E andei eu a negar o amor do mundo,
Quando de pólo a pólo o meu amor podia
Ser sem limites como a alma quer!...
E ser fecundo como a luz do dia!
E dar um filho, porque eu fui mulher!

Terra!...
E andei eu a legar este legado:
“Vivo morrendo primeiro”,
Derradeiro Castelo a que subi!...
Terra...
E Deus, que prometeu ter-me a seu lado,
Tem-me aqui.


Miguel Torga

Chagall morreu há 26 anos




(imagem daqui)

Lady Gaga - 25 anos



Stefani Joanne Angelina Germanotta (Nova Iorque, 28 de Março de 1986), mais conhecida pelo nome artístico Lady Gaga, é uma cantora, compositora e produtora musical dos Estados Unidos, considerada uma das 25 pessoas mais influentes e uma das 5 pessoas mais bem remuneradas do mundo.

Alexandre Herculano - 201 anos!

Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo (Lisboa, 28 de Março de 1810 — Quinta de Vale de Lobo, Azóia de Baixo, Santarém, 13 de Setembro de 1877) foi um escritor, historiador, jornalista e poeta português da era do romantismo.



A GRAÇA


Que harmonia suave
É esta, que na mente
Eu sinto murmurar,
Ora profunda e grave,
Ora meiga e cadente,
Ora que faz chorar?
Porque da morte a sombra,
Que para mim em tudo
Negra se reproduz,
Se aclara, e desassombra
Seu gesto carrancudo,
Banhada em branda luz?
Porque no coração
Não sinto pesar tanto
O férreo pé da dor,
E o hino da oração,
Em vez de irado canto,
Me pede íntimo ardor?

És tu, meu anjo, cuja voz divina
Vem consolar a solidão do enfermo,
E a contemplar com placidez o ensina
De curta vida o derradeiro termo?

Oh, sim!, és tu, que na infantil idade,.
Da aurora à frouxa luz,
Me dizias: «Acorda, inocentinho,
Faz o sinal da Cruz.»
És tu, que eu via em sonhos, nesses anos
De inda puro sonhar,
Em nuvem d'ouro e púrpura descendo
Coas roupas a alvejar.
És tu, és tu!, que ao pôr do Sol, na veiga,
Junto ao bosque fremente,
Me contavas mistérios, harmonias
Dos Céus, do mar dormente.
És tu, és tu!, que, lá, nesta alma absorta
Modulavas o canto,
Que de noite, ao luar, sozinho erguia
Ao Deus três vezes santo.
És tu, que eu esqueci na idade ardente
Das paixões juvenis,
E que voltas a mim, sincero amigo,
Quando sou infeliz.
Sinta a tua voz de novo,
Que me revoca a Deus:
Inspira-me a esperança,
Que te seguiu dos Céus!...

domingo, março 27, 2011

A Fergie dos Black Eyed Peas faz hoje 36 anos

Música de aniversariante de hoje


Fergie, nome artístico de Stacy Ann Ferguson (Hacienda Heights, 27 de Março de 1975), é uma cantora e actriz americana. Ficou mundialmente famosa por ser a voz feminina do grupo The Black Eyed Peas.


Iuri Gagarin morreu há 43 anos


Iuri Alekseievitch Gagarin (Klushino, 9 de Março de 1934Kirjatch, 27 de Março de 1968) foi um cosmonauta soviético e o primeiro homem a viajar pelo espaço, em 12 de Abril de 1961, a bordo da Vostok I, uma nave que pesava 4 725 quilos.

(...)
Em 27 de Março de 1968, durante um voo de treino de rotina sobre a localidade de Kirzhach, ele e o instrutor de voo Vladimir Seryogin morreram na queda do MiG-15 que pilotavam, num acidente nunca devidamente explicado