quinta-feira, janeiro 06, 2011

Porque hoje é Dia de Reis


Zeca Afonso - Natal dos Simples


Vamos cantar as janeiras
Vamos cantar as janeiras
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas solteiras


Vamos cantar orvalhadas
Vamos cantar orvalhadas
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas casadas


Vira o vento e muda a sorte
Vira o vento e muda a sorte
Por aqueles olivais perdidos
Foi-se embora o vento norte


Muita neve cai na serra
Muita neve cai na serra
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem tem saudades da terra


Quem tem a candeia acesa
Quem tem a candeia acesa
Rabanadas pão e vinho novo
Matava a fome à pobreza


Já nos cansa esta lonjura
Já nos cansa esta lonjura
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem anda à noite à ventura

quarta-feira, janeiro 05, 2011

Humor político-financeiro

(imagem daqui)

António Pinto Barbosa
Fiscal das contas públicas certificou irregularidades no BPP

O presidente do grupo de trabalho para criar a comissão encarregue de fiscalizar as contas públicas, António Pinto Barbosa, certificou durante cerca de dez anos as contas do Banco Privado Português, que foi intervencionado no final de 2008 pelo Banco de Portugal, para evitar a sua insolvência imediata.

Esta iniciativa revelou um conjunto de irregularidades e de ilicitudes nas contas da instituição - estavam fora do balanço mais de 1,2 mil milhões de euros - o que levou o BdP, a CMVM e o Ministério Público a iniciarem investigações em curso.

A indicação do economista Pinto Barbosa para liderar o órgão que vai fiscalizar as contas públicas do país partiu do PSD e está a provocar polémica na medida em que não detectou, enquanto presidente do Conselho Fiscal do BPP, quaisquer irregularidades nas contas do banco. Pinto Barbosa sairia da instituição quando João Rendeiro foi obrigado pelo Banco de Portugal a rescindir.

Nas últimas contas da instituição certificadas por Pinto Barbosa, no parecer do Conselho Fiscal, este assegura aos accionistas que as “demonstrações financeiras supra referidas e o relatório de gestão, bem como a proposta nele expressa, estão de acordo com as disposições contabilísticas e estatutárias aplicáveis pelo que poderão” ser aprovadas pela reunião magna.

O Conselho Fiscal informa ainda os accionistas do BPP que valida “a regularidade dos seus registos contabilísticos e o cumprimento dos estatutos” e diz que recebeu quer da administração, liderada por João Rendeiro, quer “dos diversos serviços do banco todas as informações e esclarecimentos solicitados”.

Para além do economista Pinto Barbosa, fundador do PSD, integram ainda o Grupo de Trabalho referente ao Conselho Para a Monitorização das Contas Públicas e da Política Orçamental João Loureiro e uma administradora do Banco de Portugal Teodora Cardoso.

República das bananas e ética

(imagem daqui)
A ética dos boys

Sol:

O presidente do Conselho de Administração do BPN cancelou a audição que tinha agendado para a próxima sexta-feira, no Parlamento, para prestar esclarecimentos aos deputados sobre a situação do Banco Português de Negócios. Num mail enviado na manhã de hoje à comissão de Orçamento e Finanças, Francisco Bandeira diz que não poderá estar presente, dada a coincidência com um compromisso nos Açores, «há muito assumido».

O Parlamento há muito que deixou de ser uma casa de respeito. Mente-se por lá como quem come tremoços. Ontem, mentiu-se forte e feio e parece que poucos deram por isso.

Por isso não admira que estes "boys" se comportem desta forma.

in portadaloja - post de José

De record em record - ninguém pára o José

(imagem daqui)
 

A pintura luso-moçambicana está mais pobre

(imagem daqui)

Hoje é dia de música e de recordar Coimbra...



Universidade de Coimbra - Mostra de Ensino, Inovação e Serviços

 (imagem daqui)

SOMOS UC

6 a 9 de Janeiro de 2011

Pavilhão 3 do Estádio Universitário de Coimbra


De 6 a 9 de Janeiro, no Pavilhão 3 do Estádio Universitário de Coimbra, a Universidade de Coimbra dá-se a conhecer na sua primeira Mostra de Ensino, Inovação e Serviços.

A "Somos UC" apresenta exemplos da reconhecida qualidade a nível do ensino e investigação da Universidade de Coimbra, assim como da sua ligação à sociedade e à comunidade empresarial, da acção social e da cultura, através de 27 expositores e de um vasto programa de animação, a cargo de docentes, funcionários, estudantes e antigos estudantes.

A Mostra permitirá a interacção entre os intervenientes e o esclarecimento do público sobre as inúmeras ofertas educativas e formativas, sociais e culturais, sem esquecer o património turístico e as ligações a empresas e associações.

Saiba tudo sobre a "Somos UC" em http://www.uc.pt/somosuc2011 e visite uma universidade de referência no Pavilhão 3 do Estádio Universitário de Coimbra: nos dias 6 e 7 de Janeiro das 10.00 às 18.00 horas e nos dias 8 e 9 de Janeiro das 14.00 às 20.00 horas . A entrada é gratuita.

Hoje é dia de de fado e canção de Coimbra!

A ética republicana e socialista - versão maquilhagem do desemprego pelo INE

(imagem daqui)


Música do aniversariante de hoje

Luiz Goes nasceu há 78 anos

(imagem daqui)
Cantor, poeta e compositor português, Luiz Fernando de Sousa Pires de Goes nasceu a 5 de Janeiro de 1933, em Coimbra. É uma das principais referências da canção de Coimbra e um dos artistas portugueses com maior currículo internacional, apesar de nunca se ter profissionalizado.

Luiz Goes começou a cantar muito cedo por influência do seu tio Armando Goes, nome muito considerado da canção coimbrã. Aos 14 anos já cantava em público e era considerado um menino-prodígio. Ainda na adolescência chegou a ser acompanhado por Artur Paredes, uma das maiores referências da guitarra portuguesa. Aos 19 anos gravou o seu primeiro disco, a convite de António Brojo. No liceu foi colega e amigo de José Afonso e António Portugal, tendo gravado vários álbuns em conjunto com ambos. Mas a sua maior influência sempre foi Edmundo Bettencourt.

Licenciou-se em Medicina, em Coimbra, em 1958. Nos seus anos de estudante cruzou-se com muitas figuras ilustres, entre outros Manuel Alegre, Miguel Torga, Bernardo Santareno, Teolinda Gersão e Yvette Centeno.

No final da década de 50 formou o Coimbra Quintet, com os instrumentistas António Portugal, Jorge Godinho, Manuel Pepe e Levy Baptista. O disco Serenata de Coimbra (1957) é um dos álbuns mais vendidos da música portuguesa, em Portugal e no estrangeiro. Este quinteto teve uma projecção ímpar, mas uma vida breve. Com o recrutamento para a guerra colonial o grupo desfez-se e Luiz Goes foi colocado na frente da Guiné.

Depois mudou-se para Lisboa, onde exerceu a profissão de médico-estomatologista até à sua reforma, em 2003. Mas foi mesmo através da música que se notabilizou. É de resto um dos artistas portugueses mais internacionais. Entre outros espectáculos de grande relevo, destacam-se as suas actuações no Congresso da Cultura da Língua Portuguesa na Universidade de Georgetown (Estados Unidos), no aniversário das Nações Unidas (Suíça) e na homenagem a Beethoven (Áustria). Isto além de participações em programas televisivos em países como Brasil, Espanha, França, Suécia, Áustria, Estados Unidos e África do Sul.

Tem um extenso reportório, com muitas canções da sua autoria, algumas delas com mensagens subliminares de oposição ao regime salazarista. Entre outros temas, ficaram célebres "Homem Só", "Meu Irmão", "Balada do Mar", "É preciso acreditar", "Canção do Regresso", "Canção da Boneca de Trapo", "Canção para quase todos", "Canção Pagã" ou "Cantiga para quem sonha". Da sua extensa discografia, destacam-se os álbuns Coimbra do mar e da vida (1969), Canções de Amor e de Esperança (1969) e Canções para quase Todos (1983). Em 1998 foi editado o livro Luiz Goes de Ontem e de Hoje, da autoria de Carlos Carranca. E, em 2003, a Emi-Valentim de Carvalho lançou, numa caixa de quatro CDs, a sua obra completa.

Luiz Goes, que sempre defendeu que não existia um fado, mas sim uma canção de Coimbra, recebeu as mais altas distinções, entre as quais a de Grande Oficial da Ordem do Infante Dom Henrique, a Medalha de Ouro da Cidade de Coimbra, a Medalha de Mérito Cultural da Câmara Municipal de Cascais e o Prémio Amália Rodrigues 2005, na categoria Fado de Coimbra.



terça-feira, janeiro 04, 2011

Mais um troglóbio português - humor de José Bandeira


How to Be Proud of Being a Portuguese

Uma bofetada sem mão



Em tempos cinzentos, quando o nosso amor próprio e o futuro do País são diariamente postos em causa por governantes incompetentes, vale a pena ler a história contada por Joaquim Magalhães de Castro no texto Heróis do mar, publicado no Público, sobre o respeito e amor a Portugal que ainda persiste nas populações de Goa. Respirem fundo camaradas. Ainda damos a volta a isto.

in O Cachimbo de Magritte - post de Paulo Marcelo

Mais um troglóbio português - IV

Ciência: Sofia Reboleira descreve um animal sem olhos e sem asas
Bióloga portuguesa descobre insecto

Sofia Reboleira descobriu o insecto numa gruta do Algarve. O animal mede três milímetros e não tem olhos

Já tinha descoberto três escaravelhos das cavernas e um pseudo-escorpião de espécies desconhecidas. Agora, a bióloga portuguesa Sofia Reboleira, encontrou um novo insecto. As descobertas aconteceram todas em grutas, ao que não é alheio o facto de a cientista ser também espeleóloga. 

A nova espécie de insecto, sem olhos e sem asas, foi descoberta em grutas do Algarve. "Esta descoberta acrescenta uma nova ordem à fauna cavernícola portuguesa, uma vez que não se conhecia qualquer dipluro [insecto] exclusivamente cavernícola em Portugal", explica bióloga. 

A nova espécie foi encontrada no âmbito do doutoramento da bióloga, orientado por Fernando Gonçalves, do departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, e Pedro Oromí, da Faculdade de Biologia da Universidade de La Laguna, em Tenerife. 

O insecto – descrito em revistas científicas com o especialista espanhol Alberto Sendra – chama-se Litocampa mendesi, mede pouco mais de três milímetros e deverá existir há milhões de anos, sendo "evolutivamente um precursor dos insectos actuais", diz Sofia Reboleira, de 29 anos, natural das Caldas da Rainha. 

Esta é a quinta espécie descoberta por Sofia Reboleira (três escaravelhos e um pseudo-escorpião), desde 2007, durante os seus trabalhos de campo realizados em grutas da serra de Aire e Candeeiros, do Algarve e de Montejunto.

O pseudo-escorpião, nomeado Titanobochica magna, tem dois centímetros de comprimento e grandes pinças para agarrar as presas, e foi encontrado em quatro grutas do Algarve.

O pequeno escaravelho Trechus tatai, um predador com dois milímetros de comprimento, foi descoberto numa gruta da serra de Montejunto. A este juntam-se outras duas espécies de escaravelhos cavernícolas, nas serras de Aire e na do Caldeirão, que a bióloga encontrou e estudou no mestrado.

in CM

Mais um troglóbio português - III

Descoberto no Algarve insecto sem asas nem olhos
Nova espécie foi encontrada em grutas do Algarve por jovem bióloga



Fica descrito para a ciência como Litocampa mendesi, não excede três milímetros, é desprovido de visão e de asas. Vive em grutas do Algarve. Este é o insecto mais recentemente descoberto por Sofia Reboleira, bióloga e espeleóloga, a trabalhar no seu doutoramento.

Pela quinta vez, Sofia Reboleira desvenda a existência de espécies que vivem na profundeza de cavernas e sem acesso à luz. Esta especialista em bioespeleologia descobriu agora, numa gruta do Algarve, uma nova espécie de insecto sem olhos nem asas.

"Esta descoberta acrescenta uma nova ordem à fauna cavernícola portuguesa, uma vez que não se conhecia nenhum dipluro (insecto) exclusivamente cavernícola em Portugal", disse à agência Lusa esta jovem doutoranda da Universidade de Aveiro, que é bolseira da Fundação para a Ciência e Tecnologia.

A nova espécie está adaptada a viver exclusivamente nas grutas e deverá existir desde há vários milhões de anos, sendo "evolutivamente um percursor dos insectos actuais". A descoberta surge já descrita em revistas científicas, em artigos que Sofia Reboleira escreveu com a colaboração do especialista espanhol Alberto Sendra.

A nova espécie, a que foi atribuída a designação Litocampa mendesi, torna-se assim "a representante mais ocidental do género Litocampa na Europa, cuja espécie mais próxima se encontra nas grutas da Cantábria".

Com esta descoberta, aumentam para cinco as já descritas por Sofia Reboleira como novas espécies, resultado que decorreu do seu trabalho de campo, realizado em grutas da Serra d'Aire e Candeeiros, do Algarve e de Montejunto. Antes, a bioespeleóloga tinha descoberto três escaravelhos e um pseudoescorpião. Alguns destes seres vivem a cerca de cem metros de profundidade, num ambiente de total escuridão.

Sofia Reboleira está a especializar-se em ecologia das águas subterrâneas e conservação dos sistemas cavernícolas. A sua tese de doutoramento versa a última destas áreas.

Algumas das espécies descritas por Sofia Reboleira alimentam-se da matéria orgânica que as águas transportam quando se infiltram no subsolo. É esse o caso, por exemplo, do escaravelho Trechus tatai, encontrado numa gruta de Montejunto, perto do Cadaval. 

in JN

Mais um troglóbio português - II

Bióloga portuguesa descobre espécie de insectos sem olhos nem asas
Nova espécie de insecto cavernícola foi descoberta no Algarve



Uma nova espécie de insecto, sem olhos e sem asas, foi descoberta pela bióloga portuguesa Sofia Reboleira, em grutas do Algarve, que assim acrescenta uma nova ordem à fauna cavernícola nacional.

«Esta descoberta acrescenta uma nova ordem à fauna cavernícola portuguesa, uma vez que não se conhecia nenhum dipluro (insecto) exclusivamente cavernícola em Portugal», disse à agência Lusa a bióloga Sofia Reboleira.

Os dipluros pertencem a um grupo de insectos denominados apterigotas (sem asas) que são, segundo a bióloga «naturalmente desprovidos de olhos e vivem associados ao solo ou em cavidades».

A nova espécie, o primeiro dipluro troglóbio (adaptado exclusivamente à vida nas grutas) descoberto em Portugal, foi encontrada nas grutas do Algarve, no âmbito do doutoramento da bióloga, orientado por Fernando Gonçalves (do departamento de biologia da Universidade de Aveiro) e Pedro Oromí (da faculdade de Biologia da Universidade de La Laguna, em Tenerife, Espanha).

O insecto - descrito em revistas científicas com o especialista espanhol Alberto Sendra - chama-se Litocampa mendesi, mede pouco mais de três milímetros e deverá existir há vários milhões de anos, sendo «evolutivamente um precursor dos insectos actuais», explica Sofia Reboleira.

A descoberta torna esta espécie «o representante mais ocidental do género Litocampa na Europa, cuja espécie mais próxima se encontra nas grutas da Cantábria» sublinha.

Com esta aumentam para cinco as espécies já descobertas por Sofia Reboleira (três escaravelhos e um pseudoescorpião) durante o trabalho de campo realizado em grutas da Serra D'Aires e Candeeiros, do Algarve e do Montejunto. O trabalho foi financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia da qual a bióloga é bolseira.

Mais um troglóbio português

Bióloga descobre espécie de insecto com milhões de anos em gruta algarvia

Os trabalhos de campo decorreram durante 2009

Existe há milhões de anos numa gruta algarvia mas só agora foi encontrado por uma bióloga portuguesa. O Litocampa mendesi, animal com três milímetros e sem olhos ou asas, será mais primitivo do que os insectos que hoje conhecemos. Mas as novidades do frágil mundo vivo cavernícola só agora estão a começar.


Sofia Reboleira, do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, tem estado atarefada a estudar as amostras que trouxe para a superfície, fruto de doze meses de trabalho de campo em 2009, a dezenas de metros de profundidade nas grutas portuguesas.

A 22 de Dezembro, a revista "Zootaxa" publicava a descoberta do Litocampa mendesi. “Procurámos a fauna das grutas através da observação do interior das cavidades e com a ajuda de armadilhas de queda colocadas no chão”, explicou hoje ao PÚBLICO a bolseira da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). Nas armadilhas foram colocados iscos odoríferos para atrair os insectos. “Este tipo de armadilhas também ajuda a medir a actividade dos animais, porque os que mais andam são os que mais caem” nas armadilhas.

Mas este é um trabalho exigente. “São animais muito raros que apenas vivem em zonas difíceis de estudar”, disse Sofia Reboleira, também espeleóloga. Investigar a espécie em laboratório está fora de questão. “É impossível manter estes insectos em cativeiro. É muito difícil. Eu nunca vi [o Litocampa mendesi] vivo”, referiu.

A investigadora, que estuda a fauna cavernícola do país, está em condições para dizer que este insecto desenvolveu, ao longo de milhões de anos, impressionantes estratégias de poupança energética para conseguir sobreviver na escuridão das grutas, como a ausência de olhos e asas e a grande resistência ao jejum. Estima-se que este será um animal “mais primitivo do que os insectos” actuais.

A fragilidade das espécies cavernícolas

Sofia Reboleira estuda os animais que não vivem em mais nenhum local que não nas grutas, até aos 220 metros de profundidade, sob a orientação de Fernando Gonçalves (do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro) e Pedro Oromí (da Faculdade de Biologia da Universidade de La Laguna, em Tenerife, Espanha). Até agora anunciou cinco novas espécies. Em Maio foi anunciada a descoberta de duas novas espécies de escaravelhos nas grutas das serras de Aire e Candeeiros e no início de Dezembro outra espécie de escaravelho em Montejunto e um pseudoescorpião nos maciços calcários do Algarve. Agora foi a vez do Litocampa mendesi, numa gruta algarvia a 30 metros de profundidade.

A maioria dos invertebrados que constituem a fauna cavernícola são artrópodes, como as aranhas e insectos. Apesar de viverem em ambientes até agora pouco estudados, estas espécies merecem atenção. "As espécies cavernícolas não conseguem sobreviver em mais nenhum local, logo têm a sua distribuição geográfica muito reduzida. Qualquer perturbação pode pôr em causa a sua sobrevivência", sublinhou Sofia Reboleira. A investigadora lembrou, nomeadamente, a poluição por pesticidas e insecticidas que se podem infiltrar nas grutas e a perturbação ou mesmo destruição daqueles locais por actividades humanas.

Além disso, estas populações nunca são de grande dimensão. "Não tendo luz, as grutas onde vivem estes animais não têm plantas e as fontes de alimento são muito escassas. Por isso, as populações não podem ser muito grandes. Na verdade, estes são exemplares raríssimos".

Sofia Reboleira acredita que 2011 poderá trazer mais surpresas. “Ainda estamos a estudar a fauna encontrada no ano da amostragem, em 2009”, salientou.

segunda-feira, janeiro 03, 2011

E ainda consegue tocar...!

Concerto interrompido
Chuck Berry incapaz de tocar após desmaio

Chuck Berry desmaiou sobre o teclado, voltou para tentar tocar guitarra e depois teve de assumir-se incapaz de continuar actuação

O veterano do rock&roll Chuck Berry, de 84 anos, desmaiou durante o último concerto que deu em Chicago, nos Estados Unidos, no sábado passado.

Depois de perder os sentidos sobre os teclados, após uma hora de actuação, Berry ainda voltou ao palco cerca de 20 minutos depois, mas foi incapaz de avançar com os acordes da guitarra. O músico teve de ser socorrido por membros da equipa técnica e saiu de palco.

Voltou ainda de novo para dizer a uma entusiasta audiência que estava sem forças para prosseguir.

Chuck Berry é um dos mais admirados músicos norte-americanos, que tem uma carreira feita de êxitos como ‘Johnny B Goode’ e ‘Roll Over Beethoven’ e influenciou artistas como The Beatles ou The Rolling Stones.

in CM - ler notícia
NOTA: um registo antigo deste grande homem:

Uma entrevista corajosa a propósito de uma petição

"Portugal tem corrupção endémica"

Paulo Pinto Albuquerque, docente na Universidade Católica e antigo magistrado judicial, pede a criminalização do enriquecimento ilícito.

Correio da Manhã – Concorda com a criminalização do enriquecimento ilícito?

Pinto Albuquerque – Sim. A criminalização do enriquecimento ilícito é um instrumento de política criminal crucial para atacar o problema da corrupção na nossa sociedade. É possível criar um tipo penal conforme com a Constituição, como sucede em França. Fiz esta proposta na Assembleia da República, mas não foi acolhida.

– Há um real problema de meios para o combate à corrupção?

– Os meios são sempre escassos. Acho que os meios que existem poderiam e deveriam ser mais bem utilizados. Há um problema estrutural de deficiente organização dos meios na Justiça.

– Concorda com Maria José Morgado quando diz que a corrupção é protegida por um Código de Processo Penal (CPP) que pede provas impossíveis?

– O CPP rege-se pelo princípio da imediação: toda a prova tem de ser produzida diante do juiz para que ele possa ter uma percepção directa e imediata da prova. Este princípio foi consagrado numa versão maximalista que não tem paralelo em nenhum outro código europeu e dificulta a produção da prova pelo Ministério Público. É preciso reformular este princípio, sobretudo nos casos em que a prova seja produzida antes de julgamento diante do advogado da defesa.

– Concorda com a nova lei de financiamento dos partidos?

– A nova lei ainda não resolve os problemas do financiamento ilegal. É útil atentar nas recomendações do relatório GRECO para construir uma lei mais transparente.

– As recomendações do GRECO são particularmente críticas em relação às mudanças introduzidas pela comissão parlamentar sobre corrupção. Isto é um sinal da inconsequência prática com que se fazem leis nesta área?

– A revisão do Código Penal (CP) já está desactualizada. O CP terá de ser de novo revisto. A Assembleia da República deveria ter aguardado pelo relatório GRECO para evitar esta situação.

– Estas comissões parecem servir apenas para sair de embaraços políticos, como foi o do ‘pacote Cravinho’ para o PS...

– A corrupção é endémica na sociedade portuguesa, e a lei não estava em 2001, nem está ainda hoje, à altura do problema.

"MP MANTÉM O DEVER DE FAZER A PROVA"

"O Ministério Público (MP) mantém o dever de fazer a prova dos elementos do crime, isto é, dos rendimentos lícitos do político, do seu património e modo de vida e da manifesta desproporção entre aqueles e estes – e ainda de um nexo de contemporaneidade entre o enriquecimento e o exercício de funções políticas. Se não se provar todos estes elementos do crime, não se pode punir o político. Se o MP provar todos estes elementos do crime, o político deve ser punido, porque se verifica o perigo de o enriquecimento do político provir de crimes cometidos no exercício de funções. O político não tem de fazer prova, mas pode destruir a prova da acusação." Esta é a forma como Pinto de Albuquerque tipifica o crime de enriquecimento ilícito.

in CM - ler notícia

A ética republicana e socialista - versão boys do PS dos SUCH


(imagem daqui