O Sonho
Pelo sonho é que vamos,
Comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não frutos,
Pelo Sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
Que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
Com a mesma alegria, ao que é do dia-a-dia.
Chegamos? Não chegamos?
-Partimos. Vamos. Somos.
in Pelo Sonho é que Vamos, Sebastião da Gama
sábado, fevereiro 06, 2010
Haja vontade...
Recordar Bob Marley
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Bob Marley nasceu há 65 anos
Robert Nesta Marley, mais conhecido como Bob Marley (Saint Ann, 6 de Fevereiro de 1945 — Miami, 11 de Maio de 1981) foi um cantor, guitarrista e compositor jamaicano, o mais conhecido músico de reggae de todos os tempos, famoso por popularizar o género. Grande parte do seu trabalho lidava com os problemas dos pobres e oprimidos.in wikipédia
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sexta-feira, fevereiro 05, 2010
Poema para um dia bonito
LETRA PARA UM HINO
É possível falar sem um nó na garganta.
É possível amar sem que venham proibir.
É possível correr sem que seja a fugir.
Se tens vontade de cantar não tenhas medo: canta.
É possível andar sem olhar para o chão.
É possível viver sem que seja de rastos.
Os teus olhos nasceram para olhar os astros.
Se te apetece dizer não, grita comigo: não!
É possível viver de outro modo.
É possível transformar em arma a tua mão.
É possível viver o amor. É possível o pão.
É possível viver de pé.
Não te deixes murchar. Não deixes que te domem.
É possível viver sem fingir que se vive.
É possível ser homem.
É possível ser livre, livre, livre.
in O Canto e as Armas - Manuel Alegre
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Plutão revisitado pelo Hubble
A equipa de Mike Brown, do Instituto de tecnologia da Califórnia (Estados Unidos), comparou imagens obtidas pelo Hubble em 1994 com um conjunto tirado entre 2000 e 2003. Resultado, no período entre 2000 e 2002 foi quando ocorreram as maiores mudanças.
O que está na origem destes fenómenos é um mistério, embora os cientistas tenham algumas hipóteses. Provavelmente, devem-se a mudanças na superfície gelada de Plutão, agora que, na sua órbita de 248 anos, começa a sair do ponto mais perto do Sol. Em relação ao brilho, a luz solar terá provocado o “descongelamento” da superfície no pólo norte e os gases resultantes terão voltado a congelar no outro pólo. Quanto ao aspecto avermelhado, pode estar relacionado com a presença de metano, já detectado na superfície do planeta.
Para a equipa, as novas imagens, as mais nítidas de Plutão obtidas pelo Hubble, confirmam que é um mundo bastante dinâmico, cuja atmosfera sofre mudanças assinaláveis ao longo da sua viagem em torno do Sol. Está longe de ser uma rocha congelada despida de interesse.
Mas se por ora teremos de nos contentar com as fotos do Hubble, por melhores que sejam, em 2015 esperam-se novas revelações do planeta-anão, nunca visitado por qualquer sonda. Tal lacuna mudará com a sonda New Horizons, em viagem neste momento pelo sistema solar, e que daqui a cinco anos chegará a Plutão e à sua lua Caronte.
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As descobertas angolanas de paleontólogo português
Denominada “Angolachelys mbaxi”, ou seja “Tartaruga de Angola”, “a tartaruga representa um novo género e uma nova espécie para a ciência”, disse em declarações à Lusa Octávio Mateus, paleontólogo do Museu da Lourinhã e investigador da Universidade Nova de Lisboa.
Segundo o paleontólogo, pelas suas características anatómicas é possível concluir que a tartaruga pertence a um novo grupo até agora desconhecido para a ciência.
“Há as tartarugas que encolhem o pescoço para dentro da carapaça (criptodira) e as que encolhem para o lado. Esta recolhe o pescoço para o interior da carapaça e é a mais antiga em África a pertencer a este grupo”, explicou o paleontólogo.
Sendo a mais antiga tartaruga criptodira do continente africano com 90 milhões de anos (Cretácico Superior), caracteriza-se por ser “uma grande tartaruga marinha de mais de um metro de comprimento e com um crânio de 20 centímetros”.
“É um dos primeiros répteis marinhos que cruzam o Atlântico de Norte para Sul”, sublinhou o paleontólogo, comprovando assim que há 90 milhões de anos os continentes americano e africano já estavam separados pelo oceano.
Além disso, o que a diferencia em relação às outras tartarugas são as “narinas separadas”.
Em 2005, o paleontólogo, que participou numa expedição com paleontólogos e geólogos norte-americanos, angolanos, holandeses e o português Miguel Telles Antunes, descobriu o crânio, fragmentos da carapaça, vértebras e garras do animal.
Após trabalhos laboratoriais e estudos de anatomia e relações de parentesco, Octávio Mateus viu agora a sua descoberta ser reconhecida pela comunidade científica, com a publicação do artigo “A mais antiga tartaruga criptodira de África do Cretácico de Angola” numa revista da especialidade.
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quinta-feira, fevereiro 04, 2010
No dia em que o José Cid faz anos...
José Cid (Chamusca, 4 de Fevereiro de 1942), de seu nome completo José Albano Salter Cid de Ferreira Tavares, é um popular cantor, teclista e compositor português.in Wikipédia
Parabéns José Cid!
quarta-feira, fevereiro 03, 2010
Poesia para malta amiga
A meu favor
A meu favor
Tenho o verde secreto dos teus olhos
Algumas palavras de ódio algumas palavras de amor
O tapete que vai partir para o infinito
Esta noite ou uma noite qualquer
A meu favor
As paredes que insultam devagar
Certo refúgio acima do murmúrio
Que da vida corrente teime em vir
O barco escondido pela folhagem
O jardim onde a aventura recomeça.
in Tempo de Fantasmas (1951) - Alexandre O'Neill
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terça-feira, fevereiro 02, 2010
Torga foi libertado da prisão há 70 anos
Foi a 30 de Novembro de 1939 que a PSP o prendeu, sob orientação da PVDE e por ordem do Ministro do Interior, Mário Pais de Sousa.
(...)
Miguel Torga é conduzido para a esquadra, situada então nas imediações do edifício do Governo Civil, a caminho do castelo. Depois de interrogado, é encarcerado, em regime de incomunicabilidade. O dia seguinte era feriado, dia da Restauração da Independência. Torga permaneceu em estrita reclusão, a sua solidão apenas quebrada pelos contactos indispensáveis com os guardas. Só no dia 3, depois de pagar do seu bolso a estadia no «cuarto particolar» [sic] da PSP, o autor foi conduzido a Lisboa na «carreira», por um agente de Leiria.
É aí que reencontra os seus amigos, que, para surpresa sua, decidem acompanhá-lo clandestinamente na viagem.
«Mal entrei na camioneta da carreira, avistei o Dr. Olívio calmamente sentado a um canto, a folhear o jornal e a fumar o seu cigarro. Fez um gesto imperceptível, num discreto sinal de cumplicidade, e mergulhou de novo na leitura. (…) Em Alcobaça, o Dr. Olívio saiu e o lugar foi ocupado imediatamente pela D. Gena. (…)
Nas Caldas da Rainha, a D. Gena apeou-se, sorriu mais uma vez antes de desaparecer, e entrou o marido a substituí-la. Só então intuí o que algumas espreitadelas furtivas pelo vidro traseiro da viatura logo confirmaram: que o Tomé nos acompanhava de perto no Ford escalavrado, a apoiar aqueles revezamentos.
Comovido por semelhante dedicação, tão delicadamente manifestada – os quatro a dizerem-me todo o caminho, num testemunho sem palavras, que não estava sozinho no mundo, que algumas almas solidárias iam ali fiéis a meu lado – o resto da viagem foi quase de inteira placidez.»
Em Lisboa, a PVDE voltou a interrogá-lo, sem grande resultado, identificou-o e encaminhou-o para a cadeia do Aljube. Levantada a incomunicabilidade, foi encafuado numa cela colectiva, onde conviveu durante uns dias com cerca de uma dezena de outros prisioneiros. Mas os seus problemas com uma úlcera gástrica fizeram com que, a 18 de Dezembro, fosse internado na enfermaria da prisão, onde permaneceu até à sua libertação.
Ao longo desse tempo, recebeu visitas e manteve correspondência com os amigos de Leiria, que continuaram a apoiá-lo em tudo aquilo que estivesse ao seu alcance. Foi a eles que Torga pediu ajuda quando Andrée Crabbé, sua futura mulher, sofreu um acidente de automóvel em Caldas da Rainha, quando se dirigia a Lisboa para o visitar, ficando internada durante mais de um mês. Foi também com a sua ajuda que conseguiu iludir os pais sobre a situação, evitando assim um desgosto que considerava desnecessário. A correspondência entre Lisboa e S. Martinho de Anta passava obrigatoriamente por Leiria, onde recebia o carimbo do correio.
Mas a prisão de Torga provocou algumas reacções na sociedade portuguesa daquele tempo. Destaca-se, por exemplo, a existência, no processo da Pide sobre Torga, de um “memorial” [sic], sem data, do deputado, médico e professor António de Almeida, natural de Penalva do Castelo, que se insurge com tal medida.
Exaltando as qualidades literárias e “nacionalistas” de Torga, sugere que, «para castigo basta a apreensão do livro». E ainda que «a completar os ensinamentos que da prisão resultaram, deixá-lo estar mais uns dias na cadeia e, depois, deixá-lo ir tratar da vida».
Mas, como se sabe, só a 2 de Fevereiro de 1940 o ministro do Interior resolve dar ordem para a sua libertação, cerca de dois meses depois da sua detenção em Leiria.A encruzilhada do destino - Um balanço do período leiriense de Miguel Torga - texto de Carlos Alberto R. S. Silva publicado nas Actas do I Colóquio "Miguel Torga em Leiria" - 2009
Postado por Fernando Martins às 00:41 0 bocas
Marcadores: Miguel Torga
A música planetária de Houston
Houston Symphony's The Planets - An HD Odyssey
Ler aqui a crítica da actuação da Orquestra de Houston no Carnegie Hall em Nova Iorque na quinta-feira passada. O filme em alta definição é digital e deve estar disponível. Uma boa ideia, portanto, para uma orquestra portuguesa...
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segunda-feira, fevereiro 01, 2010
Censura à moda de Sócrates
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Poema para um bonito dia de Sol de Inverno
Quem tem consciência para ter coragem
Quem tem a força de saber que existe
e no centro da própria engrenagem
inventa a contra-mola que resiste
Quem não vacila mesmo derrotado
Quem já perdido nunca desespera
E envolto em tempestade, decepado
entre os dentes segura a primavera
in Morse de Sangue (1955) - João Apolinário
PS - o filho luso-brasileiro do poeta João Apolinário, membro do grupo "Secos & Molhados", transformou o poema em música, com o nome de "Primavera nos dentes" - aqui fica ela:
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Música histórica para um triste dia
Postado por Fernando Martins às 17:00 0 bocas
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Música para triste dia
Postado por Adelaide Martins às 00:34 0 bocas
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Um bonito poema para um triste dia
D. Dinis
Toma nos dedos reais a tua cítara
E canta, do fundo do tempo, para nós
Uma canção de amigo
Com a pálida flor da tua voz
E as flores do pinhal florido.
Na singeleza
Duma toada de jogral à amada
Em estrofes de lírica beleza,
Que alva rompe as cordas da tua lira
Brisa simples suspira
Nas ondas do mar de Vigo ou do Destino?
Por obra e graça da tua Poesia,
Tens ainda actual soberania,
Tens ainda vassalos.
Mas hás-de vir uni-los e ordená-los
Na linha portuguesa do teu verso
Feito de Amor, de Morte e de Magia.
................................................................
Faz-nos tanta falta uma canção de amigo!
in Verbo do Verbo - João Maia
domingo, janeiro 31, 2010
Conferência em Lisboa
Application of magnetic susceptibility
on different carbonate systems
por
Anne-Christine da Silva
(Université de Liège, Bélgica)
2 de Fevereiro de 2010 (3ª-feira)
14.00 horas
Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
Campo Grande, Cidade Universitária
Edifício C6, sala 6.2.53
Postado por Fernando Martins às 12:06 0 bocas
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Os dias que a NASA gostava de retirar do calendário
Aventuras fatais no espaço
Por três vezes o azar bateu à porta da NASA e sempre em finais de Janeiro, custando a vida a 17 astronautas, entre os quais quatro mulheres. A euforia do início da conquista espacial, num caso, a rotina dos voos, nos outros dois, foram apontados como os grandes culpados. Muita coisa foi entretanto reequacionada e a exploração espacial tomou novos rumos após estas tragédias.
O primeiro grande acidente da história espacial norte-americana ocorreu a 27 de Janeiro de 1967, quando a tripulação da Apollo 1 – Virgil Grissom, Ed White e Roger Chaffee – morreu num acidente do módulo de comando durante os testes de pré-lançamento. O que ocorreu de facto foi um curto-circuito no interior da cabina e ainda que a roupa espacial os tenha protegido do fogo, a inalação excessiva de fumo foi fatal.
Como resultado, toda a programação do projecto Apollo foi atrasada em 21 meses e cerca de 1300 alterações foram feitas.
Dezanove anos depois, a tragédia repetia-se, agora com outro tipo de transportadores espaciais – os vaivéns. A 28 de Janeiro de 1986, e 76 segundos após a descolagem no Cabo Canaveral, o vaivém Challenger explodia: a cerca de 14 mil metros de altitude, começaram a sair chamas de um dos foguetes, que se soltou e bateu contra um dos tanques de combustível externos.
Morreram sete astronautas, entre eles Judith Resnick, segunda mulher norte-americana a ir ao espaço, e Christa McAuliffe, escolhida entre 11 400 professores. O relatório final concluiu que uma junta circular que devia selar duas secções do foguete tornou-se quebradiça com o frio e rompeu-se.
O acidente provocou a paralisação dos voos durante 32 meses para fazer revisões que garantissem a segurança, mas 17 anos depois, um segundo vaivém, o Columbia, já no fim da sua missão de 16 dias, na reentrada da atmosfera terrestre, desintegrou-se nos céus do estado norte-americano do Texas, a 1 de Fevereiro de 2003, 16 minutos antes da aterragem, matando mais sete astronautas.
A perda do Columbia foi o resultado de um dano ocorrido durante o lançamento, quando um pedaço da espuma, do tamanho de uma pequena mala, bateu na asa esquerda da aeronave danificando o escudo de protecção térmica, que protege do calor gerado pelo choque com a atmosfera na reentrada.
O estrago permitiu que o ar extremamente aquecido penetrasse no interior da asa, enfraquecendo a sua estrutura e causando a desintegração do Columbia.
Geo-humor...
HUMOR - CHÁVEZ E O TERRAMOTO
O David Marçal que se cuide. O Presidente da Venezuela Hugo Chávez pede meças aos mais imaginativos escritores de humor científico. Mas alguém que quisesse competir com Chávez sempre poderia dizer que foi a queda ao chão do computador Magalhães que ele estava a testar que provocou, ao retardador, o recente terramoto e, já agora, os próximos que houver...
Música para desanuviar
We´re caught in a trap, I can´t walk out,
Because I love you too much, baby.
Why can´t you see what you´re doin´ to me,
When you don´t believe a word I´m sayin´?
We can´t go on together with suspicious minds;
And we can´t build our dreams on suspicious minds.
I saw an old friend I know, I stop and say hello,
Would I still see suspicion in your eyes?
Here you go again, ask me where I´ve been,
You can´t see the tears I´ve cried - tears I - tears I´ve cried.
We can´t go on together with suspicious minds;
And we can´t build our dreams on suspicious minds.
Oh, let out love survive, I´ll dry the tears you cry.
Don´t let this good thing die, you know,
I have never lied to you, no, no, no!
We´re caught in a trap, I can´t walk out,
Because I love you too much, baby.
Why can´t you see what you´re doin´ to me,
When you don´t believe a word I´m sayin´?
We can´t go on together with suspicious minds;
And we can´t build our dreams on suspicious minds.
We´re caught in a trap, I can´t walk out,
Because I love you too much, baby.
Why can´t you see what you´re doin´ to me,
When you don´t believe a word I´m sayin´?
We´re caught in a trap, I can´t walk out,
Because I love you too much, baby.
Why can´t you see what you´re doin´ to me,
When you don´t believe a word I´m sayin´?
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sábado, janeiro 30, 2010
Poesia para preparar uma reunião
Convite para as trevas
Enchamos de vozes este túnel vazio
e sentemo-nos a uma mesa invisível
convidando os seres que nos falam, tímidos das trevas,
a tomarem lugar e a ganharem coragem.
Nós é que estamos sós nesta floresta de egoísmos,
nós é que estamos nas trevas, como espíritos,
crendo-nos, infantilmente, corpos palpáveis,
nós, balões garrados diluindo-se entre nuvens!...
Os outros, os que já pereceram, mas vivem algures,
não entre anjos ou diabos, ou anjos-diabos ou diabos-anjos,
mas entre a névoa criada pelo bafo da nossa respiração,
os outros é que conhecem o significado da palavra irmandade.
Esses é que fatigados do seu mundo se fazem adivinhar por vezes,
para que nós os chamemos e os convidemos, deste túnel de vazio,
a sentarem-se a uma mesa invisível,
e a ganharem coragem para estar entre os vivos.
in Novo Génesis - Alexandre Pinheiro Torres
Postado por Fernando Martins às 17:07 0 bocas
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