quarta-feira, setembro 04, 2019

José Luís Peixoto - 45 anos

  
  
Amor
 
o teu rosto à minha espera, o teu rosto
a sorrir para os meus olhos, existe um
trovão de céu sobre a montanha.
  
as tuas mãos são finas e claras, vês-me
sorrir, brisas incendeiam o mundo,
respiro a luz sobre as folhas da olaia.
  
entro nos corredores de outubro para
encontrar um abraço nos teus olhos,
este dia será sempre hoje na memória.
  
hoje compreendo os rios. a idade das
rochas diz-me palavras profundas,
hoje tenho o teu rosto dentro de mim.
  
  

in A Casa, A Escuridão (2002) - José Luís Peixoto

terça-feira, setembro 03, 2019

Freddie King nasceu há 85 anos

Freddie King (Chicago, 3 de setembro de 1934 – Dallas, 28 de dezembro de 1976) foi um músico, cantor e guitarrista de blues, mais conhecido por suas músicas "Hide Away", "Have You Ever Loved a Woman" e "Going Down". Foi considerado o 15º melhor guitarrista do mundo pela revista norte-americana Rolling Stone.
King nasceu como Frederick Christian em Gilmer, Texas. A sua mãe foi Ella May King, seu pai J.T. Christian. A sua mãe e o seu tio começaram a ensiná-lo a tocar guitarra aos seis anos. Ele gostou e imitou a música de Lightnin' Hopkins e do saxofonista Louis Jordan.
Em 1950, Freddie foi, com a sua família, para o sul de Chicago. Lá, aos 16 anos, costumava frequentar bares locais e ouvia músicos como Muddy Waters, Howlin' Wolf, T-Bone Walker, Elmore James, e Sonny Boy Williamson.
King tocava com uma palheta plástica de polegar e uma palheta de metal para o indicador. Ele atribuiu a Eddie Taylor os ensinamentos sobre o uso das palhetas. A maneira de King usar a alça da guitarra no ombro direito, sendo dextro, era única para sua época. Freddie King era um dos artistas principais da cena do chamado Chicago blues dos anos 50 e 60, que era o local e época principal no desenvolvimento do chamado blues elétrico.
 
   

Há 261 anos ocorreu um atentado que mudou a nossa História

Na noite de 3 de setembro de 1758, D. José I seguia incógnito numa carruagem que percorria uma rua secundária nos arredores de Lisboa. O rei regressava para as tendas da Ajuda de uma noite com a amante. Pelo caminho, a carruagem foi interceptada por três homens, que dispararam sobre os ocupantes. D. José I foi ferido num braço, o seu condutor também ficou ferido gravemente, mas ambos sobreviveram e regressaram à Ajuda.
Sebastião de Melo tomou o controle imediato da situação. Mantendo em segredo o ataque e os ferimentos do rei, ele efectuou julgamento rápido. Poucos dias depois, dois homens foram presos e torturados. Os homens confessaram a culpa e que tinham tido ordens da família dos Távoras, que estavam a conspirar pôr o duque de Aveiro, José Mascarenhas, no trono. Ambos foram enforcados no dia seguinte, mesmo antes da tentativa de regicídio ter sido tornada pública. Nas semanas que se seguem, a marquesa Leonor de Távora, o seu marido, o conde de Alvor, todos os seus filhos, filhas e netos foram encarcerados. Os conspiradores, o duque de Aveiro e os genros dos Távoras, o marquês de Alorna e o conde de Atouguia foram presos com as suas famílias. Gabriel Malagrida, o jesuíta confessor de Leonor de Távora foi igualmente preso.
Foram todos acusados de alta traição e de regicídio. As provas apresentadas em tribunal eram simples: a) As confissões dos assassinos executados, b) A arma do crime pertencia ao duque de Aveiro e c) O facto de apenas os Távoras poderem ter sabido dos afazeres do Rei nessa noite, uma vez que ele regressava de uma ligação com Teresa de Távora, presa com os outros. Os Távoras negaram todas as acusações mas foram condenados à morte. Os seus bens foram confiscados pela coroa, o seu nome apagado da nobreza e os brasões familiares foram proibidos. A varonia Távora e morgadio foram então transferidos para a casa dos condes de São Vicente.
A sentença ordenou a execução de todos, incluindo mulheres e crianças. Apenas as intervenções da Rainha Mariana e de Maria Francisca, a herdeira do trono, salvaram a maioria deles. A marquesa, porém, não seria poupada. Ela e outros acusados que tinham sido sentenciados à morte foram torturados e executados publicamente em 13 de janeiro de 1759 num descampado, perto de Lisboa, próximo da Torre de Belém.
  

O infame massacre de Beslan foi há quinze anos...

 Vítimas do atentado terrorista na escola de Beslan, perpetrado pelos separatistas da Chechénia
A Crise de reféns da escola de Beslan (conhecida também como Cerco à escola de Beslan ou Massacre de Beslan) teve início no dia 1 de setembro de 2004, quando terroristas armados fizeram mais de 1200 reféns entre crianças e adultos, na Escola Número Um, da cidade russa de Beslan, na Ossétia do Norte.
Os terroristas chechenos colocaram explosivos no prédio da escola e mantiveram os reféns sob a mira de armas por três dias. Em 3 de setembro, no terceiro dia da crise, as forças de segurança russas terão entrado na escola e atacado os sequestradores, que detonaram explosivos e atiraram sobre os reféns. O resultado foi a morte de 344 civis, sendo 186 deles crianças, e centenas de feridos.
O grupo terrorista liderado por Shamil Bassaiev, denominado "Brigada Chechena de Reconhecimento e Sabotagem" ligado aos separatistas chechenos, assumiu a responsabilidade pelo atentado terrorista à escola, que foi liderado pelo seu principal subalterno inguche, Magomet Yevloyev.
  
  
beslan. canção das crianças mortas
  
  
o que mais dilacera
é que mate crianças
o abutre cego e surdo.
devora tudo em sangue,
com sangue escreve a morte,
com morte escreve a noite,
 
com noite, só com noite
os nomes dilacera
e dá o seu nome à morte
e a morte é com crianças
que suja tudo em sangue
que faz seu jogo absurdo
 
vil jogo a rogos surdo
turvo rumor da noite
só empapado em sangue,
que esmaga, dilacera
os corpos das crianças
e dá vivas à morte
 
e se nutre da morte
da mesma que o faz surdo.
não sabem as crianças
que vão entrar na noite
que a noite as dilacera
em carne viva e sangue,
 
e a carne viva e o sangue
a ave negra da morte
ávida os dilacera,
assim rasgando o surdo,
denso estertor da noite,
com nomes de crianças.
 
ah, braços de crianças
nadando em mar de sangue
à torpe luz da noite
assim tornada morte,
assim tornada um surdo
uivar que as dilacera.
 
noite sem dó, crianças
que dilacera um sangue
de morte espesso e surdo
 
 
in Poesia 2001/2005 - Vasco Graça Moura

segunda-feira, setembro 02, 2019

A última rainha do Havai nasceu há 181 anos

Lili'uokalani, Rainha do Havai (Honolulu, Havaí, 2 de setembro de 1838 - Honolulu, Havaí, 11 de novembro de 1917) - originalmente Lydia Kamaka'eha, também conhecida como Lydia Kamaka'eha Paki, escolhendo como nome real Lili'uokalani, e mais tarde teve o nome trocado para Lydia K. Dominis - foi a última monarca do Reino do Havai.
A última rainha soberana do Havai nasceu em 1838, em Honolulu. De acordo com as tradições havaianas da época, ela foi adotada no nascimento por Abner Paki e a sua esposa, Konia (neta do Rei Kamehameha I). A infância de Liliuokalani foi passada com Bernice Pauahi, filha biológica dos Pakis.
Liliuokalani estudou na Escola Real e tornou-se fluente em inglês.
  
Em 16 de setembro de 1862, casou-se com John Owen Dominis, que se tornou Governador de Oahu e Maui. O casal não teve filhos; o herdeiro do trono de Lili'uokalani era a sua sobrinha Victoria Ka'iulani (18751899).
Lili'uokalani herdou o trono do seu irmão Kalākaua em 17 de janeiro de 1891. Logo após a sua ascensão ao poder, ela tentou promulgar uma nova constituição, já que a "Constituição da Baioneta" - assim apelidada porque havia sido assinada pelo monarca anterior sob pressão - limitava o seu poder. Foi derrotada, em 1893, por descendentes de norte-americanos que queriam que o reino passasse a fazer parte dos Estados Unidos da América, algo que finalmente conseguiram anos depois, quando a monarca abdicou do trono para evitar lutas sangrentas.
Os empresários americanos, que há anos investiam na produção açucareira, estavam preocupados com os impostos cobrados pelo Reino do Havai, por isso almejavam a anexação do território aos Estados Unidos, um grande mercado consumidor. Em 1893, o representante do governo norte-americano no Havaí, John L. Stevens, pediu que as tropas do U.S.S. Boston, estabelecidas em terra, protegessem os negócios e as propriedades dos norte-americanos. Sua Majestade foi deposta naquele ano, e foi estabelecido um governo provisório.
O governo do presidente dos EUA, Grover Cleveland (1893-1897), acreditava que a população havaiana estava do lado de sua monarca e que a deposição da rainha era ilegal. Por conta disso, em 16 de novembro de 1893, o governo ofereceu à rainha a restauração do seu trono se ela concedesse amnistia a todos os envolvidos na deposição. Em um primeiro momento, a rainha negou, alegando que queria que os golpistas fossem punidos. Ante esta situação, o Presidente Cleveland levou a questão ao Congresso. Em 18 de dezembro de 1893 o ministro norte-americano Willis solicitou ao governo provisório que devolvesse o poder a Lili'uokalani, que se negou a fazê-lo. Em 4 de julho (alusão ao dia da independência dos EUA) de 1894, foi proclamada a República do Havaí e Sanford B. Dole, um dos primeiros defensores da república, nomeado presidente. O governo dos EUA logo reconheceu o novo país.

Lili'uokalani foi detida em 16 de janeiro de 1895 (vários dias após uma rebelião de Robert Wilcox) quando armas de fogo foram encontradas nos jardins da sua casa; facto do qual ela negou ter conhecimento. Por este motivo, foi sentenciada a cinco anos de trabalhos forçados na prisão e a uma multa de $5.000, mas a sentença foi comutada para prisão domiciliar no Palácio 'Iolani, onde ficou presa até 1896. Após oito meses, ela abdicou ao trono, em troca da libertação dos seus aliados da prisão e do perdão das penas de morte que enfrentavam. Mudou-se para o palácio Washington Place, onde residiu de forma anónima até à sua morte, em 1917, por complicações de um derrame cerebral. O Território do Havai foi anexado pelos Estados Unidos em 1898.

Tolkien morreu há 46 anos

John Ronald Reuel Tolkien, conhecido internacionalmente por J. R. R. Tolkien (Bloemfontein, 3 de janeiro de 1892 - Bournemouth, 2 de setembro de 1973), foi um premiado escritor, professor universitário e filólogo britânico, nascido na África, que recebeu o título de doutor em Letras e Filologia pela Universidade de Liège e Dublin, em 1954, e autor das obras como O Hobbit, O Senhor dos Anéis e O Silmarillion. Em 28 de março de 1972 Tolkien foi nomeado Comandante da Ordem do Império Britânico pela Rainha Elizabeth II.
Tolkien nasceu em Bloemfontein, na República do Estado Livre de Orange, na atual África do Sul, e, aos três anos de idade, com a sua mãe e irmão, passou a viver em Inglaterra, terra natal de seus pais, tendo naturalizado-se britânico. Desde pequeno fascinado pela linguística, fez a licenciatura na faculdade de Letras em Exeter. Participou ativamente da Primeira Guerra Mundial, onde começou a escrever os primeiros rascunhos do que se tornaria o seu "mundo secundário", complexo e cheio de vida, denominado Arda, palco das suas mundialmente famosas obras como “O Hobbit”, “O Senhor dos Anéis” e “O Silmarillion”, esta última, sua maior paixão, postumamente publicada, que é considerada a sua principal obra, embora não a mais famosa.
Tornou-se filólogo e professor universitário, tendo sido professor de anglo-saxão (e considerado um dos maiores especialistas do assunto) na Universidade de Oxford de 1925 a 1945, e de inglês e literatura inglesa na mesma universidade de 1945 a 1959. Mesmo sendo precedido por outros escritores daquilo que mais tarde seria chamada de literatura fantástica, tais como William Morris, Robert E. Howard e E. R. Eddison, devido à grande popularidade do seu trabalho, Tolkien ficou conhecido como o "pai da moderna literatura fantástica". A suas obras foram traduzidas para mais de 34 idiomas, vendeu mais de 200 milhões de cópias e influenciou toda uma geração.
Católico convicto, Tolkien foi amigo íntimo de C.S. Lewis, autor de “As Crónicas de Nárnia”, ambos membros do grupo de literatura The Inklings. Juntos planearam, na década de 1940, escrever um livro sobre a língua, que seria publicado na década seguinte. O livro, que se chamaria "Linguagem e Natureza Humana", no entanto, nunca chegou a ser publicado.
Em 2009, a revista Forbes listou as 13 celebridades já falecidas que mais lucros geraram nesse ano. Tolkien alcançou a quinta posição, com ganhos estimados em 50 milhões de dólares. Michael Jackson e Elvis Presley ficaram em primeiro e em segundo lugar, respectivamente.
   
(...)
   
Túmulo de Tolkien e da esposa no Cemitério de Wolvercote: 
Edith Mary Tolkien, Lúthien, 1889-1971 - John Ronald Reuel Tolkien, Beren, 1892-1973
  
"Aqui, no fim de todas as coisas..."
Além de "O Hobbit" e "O Senhor dos Anéis", foram publicados Sir Gawain and the Green Knight (1925), Mestre Gil de Ham (1949), As Aventuras de Tom Bombadil (1963), Smith of Wootton Major (1967) e Sobre Histórias de Fadas (1965) entre outros (vide Obra de Tolkien). O escritor então reforma-se e com a sua mulher muda para Bournemouth. Com a morte de sua esposa, a 19 de novembro de 1971, após 55 anos de casamento, Tolkien refugiou-se na solidão, num apartamento na Universidade de Oxford. Numa carta ao seu filho Christopher, John Ronald Reuel Tolkien escreveu, sobre a sua mulher Edith Bratt:
Cquote1.svg [...]o cabelo dela era preto e sedoso, a pele clara, os olhos mais brilhantes do que os que vocês viram, e sabia cantar… e dançar. Mas a história estragou-se, e eu fiquei para trás, e não posso suplicar perante o inexorável Mandos.[...]. Cquote2.svg
 Tolkien
No texto, Tolkien decide que no epitáfio de Edith estaria escrito Lúthien. Lúthien é uma personagem de "O Silmarillion" inspirada na esposa de Tolkien, como afirma o trecho da mesma carta:
Cquote1.svg É breve e simples [o epitáfio], a não ser por Lúthien, que tem para mim mais significado do que uma imensidão de palavras, pois ela era (e sabia que era) a minha Lúthien [...] Nunca chamei Edith de Lúthien, mas foi ela a fonte da história que, a seu tempo, se tornou parte de O Silmarillion. Cquote2.svg
 Tolkien
Lúthien era elfa, imortal, mas apaixona-se por um mortal, Beren. Ela então desiste da sua imortalidade. Ambos enfrentam muito para ficar juntos e, quando ele morre, Lúthien vai até os Palácios de Mandos, o guardião das Casas dos Mortos. Beren a aguardava nos Palácios, e ela canta diante de Mandos que, então, se comove, a única vez em toda sua existência, e permite que ambos voltem, como mortais. E assim foi. No túmulo, abaixo do nome Edith Tolkien está escrito Lúthien, que, nas histórias, é a mais bela das elfas, a mais bela dos Filhos de Ilúvatar. A história dos dois está contada na Balada de Leithian.
Em 1972, J. R. R. Tolkien recebeu o título de Doutor Honoris Causa em Letras da Universidade de Oxford, e conseguiu o seu último e mais importante título: a Ordem do Império Britânico, dada pela Rainha Elizabeth, uma das maiores honras britânicas. Era agora Sir John Ronald Reuel Tolkien.
No dia 28 de agosto de 1973 Tolkien sentiu-se mal durante uma festa, e na manhã do outro dia foi internado, com uma úlcera e hemorragia. No sábado descobriu-se que tinha uma infecção no peito.
Aos 81 anos de idade, então, às primeiras horas de domingo, dia 2 de setembro de 1973, J. R. R. Tolkien morre na Inglaterra. Enterrado junto da esposa, no Cemitério de Wolvercote, no túmulo feito com granito da Cornualha, abaixo do seu nome há a inscrição Beren.

domingo, setembro 01, 2019

Engelbert Humperdinck nasceu há 165 anos

Engelbert Humperdinck (1 September 1854 – 27 September 1921) was a German composer, best known for his opera Hänsel und Gretel. Humperdinck was born at Siegburg in the Rhine Province and died at the age of 67 in Neustrelitz, Mecklenburg-Western Pomerania.
    
    

A crise de reféns da escola de Beslan começou faz hoje quinze anos

Vítimas do atentado terrorista na escola de Beslan, perpetrado pelos separatistas da Chechénia
   
A Crise de reféns da escola de Beslan (conhecida também como Cerco à escola de Beslan ou Massacre de Beslan) teve início no dia 1 de setembro de 2004, quando terroristas armados fizeram mais de 1.200 reféns entre crianças e adultos, na Escola n.º 1, da cidade russa de Beslan, na Ossétia do Norte.
Os terroristas chechenos colocaram explosivos no prédio da escola e mantiveram os reféns sob a mira de armas durante três dias. Em 3 de setembro, no terceiro dia da crise, as forças de segurança russas terão entrado na escola e atacado os sequestradores, que detonaram explosivos e atiraram nos reféns. O resultado foi a morte de 344 civis, sendo 186 deles crianças e centenas de feridos.
    

O Grande Sismo de Kantō foi há 96 anos

Marunouchi (commercial district of Tokyo) in flames
  
The Great Kantō earthquake struck the Kantō plain on the Japanese main island of Honshū at 11:58:44 am JST (2:58:44 UTC) on Saturday, September 1, 1923. Varied accounts indicate the duration of the earthquake was between four and 10 minutes. This was the deadliest earthquake in Japanese history, and at the time was the most powerful earthquake ever recorded in the region. The 2011 Tōhoku earthquake later surpassed that record, at magnitude 9.0.
The earthquake had a magnitude of 7.9 on the Moment magnitude scale (Mw), with its focus deep beneath Izu Ōshima Island in the Sagami Bay. The cause was rupture of part of the convergent boundary where the Philippine Sea Plate is subducting beneath the Okhotsk Plate along the line of the Sagami Trough.
  
This earthquake devastated Tokyo, the port city of Yokohama, and the surrounding prefectures of Chiba, Kanagawa, and Shizuoka, and caused widespread damage throughout the Kantō region. The power was so great in Kamakura, over 60 km (37 mi) from the epicenter, it moved the Great Buddha statue, which weighs about 93 short tons (84,000 kg), almost two feet.
Estimated casualties totaled about 142,800 deaths, including about 40,000 who went missing and were presumed dead. The damage from this natural disaster was the greatest sustained by prewar Japan. In 1960, the government of Japan declared September 1, the anniversary of the quake, as an annual "Disaster Prevention Day".
According to the Japanese construction company Kajima Kobori Research's conclusive report of September 2004, 105,385 deaths were confirmed in the 1923 quake.
   
Damage and deaths
Because the earthquake struck at lunchtime when many people were cooking meals over fire, many people died as a result of the many large fires that broke out. Some fires developed into firestorms that swept across cities. Many people died when their feet became stuck in melting tarmac. The single greatest loss of life was caused by a firestorm-induced fire whirl that engulfed open space at the Rikugun Honjo Hifukusho (formerly the Army Clothing Depot) in downtown Tokyo, where about 38,000 people were incinerated after taking shelter there following the earthquake. The earthquake broke water mains all over the city, and putting out the fires took nearly two full days until late in the morning of September 3. An estimated 140,000 people were killed and 447,000 houses were destroyed by the fire alone.
A strong typhoon struck Tokyo Bay at about the same time as the earthquake. Some scientists, including C.F. Brooks of the United States Weather Bureau, suggested the opposing energy exerted by a sudden decrease of atmospheric pressure coupled with a sudden increase of sea pressure by a storm surge on an already-stressed earthquake fault, known as the Sagami Trough, may have triggered the earthquake. Winds from the typhoon caused fires off the coast of Noto Peninsula in Ishikawa Prefecture to spread rapidly.
The Emperor and Empress were staying at Nikko when the earthquake struck Tokyo, and were never in any danger.
Many homes were buried or swept away by landslides in the mountainous and hilly coastal areas in western Kanagawa Prefecture, killing about 800 people. A collapsing mountainside in the village of Nebukawa, west of Odawara, pushed the entire village and a passenger train carrying over 100 passengers, along with the railway station, into the sea.
A tsunami with waves up to 10 m (33 ft) high struck the coast of Sagami Bay, Boso Peninsula, Izu Islands, and the east coast of Izu Peninsula within minutes. The tsunami killed many, including about 100 people along Yui-ga-hama Beach in Kamakura and an estimated 50 people on the Enoshima causeway. Over 570,000 homes were destroyed, leaving an estimated 1.9 million homeless. Evacuees were transported by ship from Kanto to as far as Kobe in Kansai. The damage is estimated to have exceeded USD$1 billion (or about $13,475 billion today). There were 57 aftershocks.
Altogether, the earthquake and typhoon killed an estimated 99,300 people, and another 43,500 went missing.
   
Postquake massacre of ethnic minorities and political opponents
The Home Ministry declared martial law, and ordered all sectional police chiefs to make maintenance of order and security a top priority. A rumor spread was that Koreans were taking advantage of the disaster, committing arson and robbery, and were in possession of bombs. Anti-Korean sentiment was heightened by fear of the Korean independence movement, partisans of which were responsible for assassinations of top Japanese officials and other terrorist activity. In the confusion after the quake, mass murder of Koreans by mobs occurred in urban Tokyo and Yokohama, fueled by rumors of rebellion and sabotage. The government reported 2613 Koreans were killed by mobs in Tokyo and Yokohama in the first week of September. Independent reports said the number killed was far higher. Some newspapers reported the rumors as fact, including the allegation that Koreans were poisoning wells. The numerous fires and cloudy well water, a little-known effect of a large quake, all seemed to confirm the rumors of the panic-stricken survivors who were living amidst the rubble. Vigilante groups set up roadblocks in cities, and tested residents with a shibboleth for supposedly Korean-accented Japanese: deporting, beating, or killing those who failed. Army and police personnel colluded in the vigilante killings in some areas. Of the 3,000 Koreans taken into custody at the Army Cavalry Regiment base in Narashino, Chiba Prefecture, 10% were killed at the base, or after being released into nearby villages. Moreover, anyone mistakenly identified as Korean, such as Chinese, Okinawans, and Japanese speakers of some regional dialects, suffered the same fate. About 700 Chinese, mostly from Wenzhou, were killed. A monument commemorating this was built in 1993 in Wenzhou.
In response, the government called upon the Japanese Army and the police to detain Koreans to defuse the situation; 23.715 Koreans were detained across Japan, 12.000 in Tokyo alone. The chief of police of Tsurumi (or Kawasaki by some accounts) is reported to have publicly drunk the well water to disprove the rumor that Koreans had been poisoning wells. In some towns, even police stations into which Korean people had escaped were attacked by mobs, whereas in other neighbourhoods, residents took steps to protect them. The Army distributed flyers denying the rumor and warning civilians against attacking Koreans, but in many cases vigilante activity only ceased as a result of Army operations against it. As Allen notes, the Japanese colonial occupation of Korea provided the backdrop to this extreme example of the explosion of racial prejudice into violence, based on a history of antagonism. To be a Korean in 1923 Japan was to be not only despised, but also threatened and possibly killed.
Amidst the mob violence against Koreans in the Kantō Region, regional police and the Imperial Army used the pretext of civil unrest to liquidate political dissidents. Socialists such as Hirasawa Keishichi, anarchists such as Sakae Osugi and Noe Ito, and the Chinese communal leader, Ou Kiten, were abducted and killed by local police and Imperial Army, who claimed the radicals intended to use the crisis as an opportunity to overthrow the Japanese government.
The importance of obtaining and providing accurate information following natural disasters has been emphasized in Japan ever since. Earthquake preparation literature in modern Japan almost always directs citizens to carry a portable radio and use it to listen to reliable information, and not to be misled by rumors in the event of a large earthquake.
   
Aftermath
Following the devastation of the earthquake, some in the government considered the possibility of moving the capital elsewhere. Proposed sites for the new capital were even discussed.
Japanese commentators interpreted the disaster as an act of divine (Kami) punishment to admonish the Japanese people for their self-centered, immoral, and extravagant lifestyles. In the long run, the response to the disaster was a strong sense that Japan had been given an unparalleled opportunity to rebuild the city, and to rebuild Japanese values. In reconstructing the city, the nation, and the Japanese people, the earthquake fostered a culture of catastrophe and reconstruction that amplified discourses of moral degeneracy and national renovation in interwar Japan.
After the earthquake, Gotō Shimpei organized a reconstruction plan of Tokyo with modern networks of roads, trains, and public services. Parks were placed all over Tokyo as refuge spots, and public buildings were constructed with stricter standards than private buildings to accommodate refugees. However, the outbreak of World War II and subsequent destruction severely limited resources.
Frank Lloyd Wright received credit for designing the Imperial Hotel, Tokyo, to withstand the quake, although in fact the building was damaged by the shock. The destruction of the US embassy caused Ambassador Cyrus Woods to relocate the embassy to the hotel. Wright's structure withstood the anticipated earthquake stresses, and the hotel remained in use until 1968.
The unfinished battlecruiser Amagi was in drydock being converted into an aircraft carrier in Yokosuka in compliance with the Washington Naval Treaty of 1922. However, the earthquake damaged the Amagi beyond repair, leading it to be scrapped, and the unfinished fast battleship Kaga was converted into an aircraft carrier in its place.
In contrast to London, where typhoid fever had been steadily declining since the 1870s, the rate in Tokyo remained high, more so in the upper-class residential northern and western districts than in the densely populated working-class eastern district. An explanation is the decline of waste disposal, which became particularly serious in the northern and western districts when traditional methods of waste disposal collapsed due to urbanization. The 1923 earthquake led to record-high morbidity due to unsanitary conditions following the earthquake, and it prompted the establishment of antityphoid measures and the building of urban infrastructure.
   
Memory
Beginning in 1960, every September 1 is designated as Disaster Prevention Day to commemorate the earthquake and remind people of the importance of preparation, as September and October are the middle of the typhoon season. Schools and public and private organizations host disaster drills. Tokyo is located near a fault zone beneath the Izu peninsula which, on average, causes a major earthquake about once every 70 years, and is also located near the Sagami Trough, a large subduction zone that threatens to create a massive earthquake that, in the darkest case, would kill millions in the Kanto Region. Every year on this date, schools across Japan take a moment of silence at the precise time the earthquake hit in memory of the lives lost.
Some discreet memorials are located in Yokoamicho Park in Sumida Ward, at the site of the open space in which an estimated 38,000 people were killed by a single firestorm. The park houses a Buddhist-style memorial hall/museum, a memorial bell donated by Taiwanese Buddhists, a memorial to the victims of World War II Tokyo air raids, and a memorial to the Korean victims of the vigilante killings.
  

Há 215 anos foi descoberto o 3º asteróide, Juno

Juno visto em quatro comprimentos de onda de luz - uma grande cratera aparece obscurecida nos 934 nm

                                          Juno                                         
Número 3
Data da descoberta 1 de setembro de 1804
Categoria Cintura Principal
(Grupo Juno)
Elementos orbitais
Perélio 1,988 UA
Afélio 3,356 UA
Excentricidade 0,2559
Período orbital 1595,4 dias (4,37 anos)
Velocidade orbital 17,93 km/s
Inclinação 12,968º
Características físicas
Dimensões 233 km
Massa 2,67 × 1019 kg
Densidade média 2,98 ± 0,55 g/cm3
Gravidade à superfície 0,12 m/s2
Velocidade de escape 0,18 km/s
Período de rotação 0,3004 d
Classe espectral Asteroide tipo S
Magnitude absoluta 5,33
Albedo 0,238
Temperatura -110,1 ºC

Juno (asteroide 3) foi descoberto a 1 de setembro de 1804 pelo astrónomo alemão Karl Harding em Lilienthal. Localizado na cintura principal, foi o terceiro asteroide a ser descoberto, levando o número de ordem 3. Tem o nome da figura mitológica Juno, a deusa romana suprema, mulher de Júpiter.
Juno, líder da família de asteroides Juno, é um dos maiores asteroides da cintura principal, medindo cerca de 234 km em diâmetro. É um asteroide tipo S, significando isto que é altamente refletivo e composto de uma mistura de níquel e ferro com silicatos de ferro e magnésio.

A União Soviética abateu um avião coreano civil há 36 anos

O Voo 007 da Korean Airlines, conhecido também como KAL 007 ou KE007, era um avião civil sul coreano que foi derrubado por jatos soviéticos, a 1 de setembro de 1983, a oeste da ilha de Sacalina.
Os 269 passageiros e tripulantes, incluindo um congressista norte-americano, Lawrence McDonald, que estavam a bordo do voo KAL 007 não sobreviveram. A URSS afirmou que não sabia que o avião era civil e como tinha entrado no espaço aéreo soviético, pensaram que era uma provocação deliberada dos Estados Unidos da América, e foi decidido que estavam a testar as suas capacidades militares, repetindo o incidente do Voo KAL 902, derrubado por dois caças soviéticos sobre a península do Kola, em 20 de abril de 1978. O incidente atraiu uma onda de protestos através do mundo, particularmente nos Estados Unidos da América.
  
Incidente
O Voo KAL 007 era um Boeing 747 comercial (registo: HL7442) que voou de Nova Iorque para o aeroporto internacional principal de Gimpo. Descolou do aeroporto internacional John F. Kennedy (JFK) em Nova Iorque, a 31 de agosto, com 240 passageiros e 29 tripulantes.
Depois de reabastecer no aeroporto internacional Ted Stevens, em Anchorage, Alasca, o avião descolou às 13:00 GMT (05.00, horas locais), a 1 de setembro, foi para oeste e então eles fizeram um arco para o sul em direção ao aeroporto internacional Seul-Kimpo (agora aeroporto Gimpo). Isto levou-os muito além do oeste do normal (245º magnético), passando pela península de Kamchatka e então, no mar de Okhotsk, para a ilha de Sacalina.
Como antecedente prévio, a Korean Airlines tinha violado o espaço de ar soviético antes. Em 20 de abril de 1978, um avião de combate soviético atirou no Voo KAL 902 depois que eles tinham voado na península de Kola, enquanto matando dois passageiros e forçando o aparelho a uma aterragem forçada, num lago gelado. Uma investigação do caso era difícil, devido os soviéticos recusarem dar dados do voo do avião. Outros voos comerciais mostrado feito claramente, que de vez em quando, que erros de tamanho considerável eram possíveis, mas a União Soviética não o aceitava.
Enquanto o avião, KAL 007, numa direção e velocidade constantes , características de qualquer intrusão deliberada prévia, voou por cima de território soviético, foram alertadas caças Su-15 e MiG-23. Um segundo sinal também apareceu nos radares soviéticos, muito perto do KAL.
Dois Su-15 da base aérea de Dolinsk-Sokol interceptaram o avião chegando cada vez mais perto e comunicaram pedindo instruções. Eles receberam ordens para destruir o avião.
Um Su-15 soviético derrubou o avião com um ataque simples, com mísseis, às 18:26 GMT.
O avião caiu no mar a 55 km da ilha Moneron, matando todos a bordo. Inicialmente, foi informado que o avião tinha sido forçado a pousar na ilha de Sacalina, mas depois foi provado que isso era falso.
As transcrições recuperadas da caixa negra do avião indicam que a companhia não estava atenta, que eles estavam fora de curso e violando o espaço de ar soviético (ao fim eles estavam mais de 312,5 milhas [500 km] para o oeste da rota planeada). Depois do ataque ao avião, a aeronave desceu em espiral de emergência devido à descompressão rápida às 18:26 GMT, até ao fim da gravação às 18:27:46 GMT. Porém, as autoridades soviéticas negaram algum conhecimento que tinham recuperado essa informação. Eles só as deram depois da administração de Yeltsin tomar o poder na Rússia.
Mapa mostrando a diferença entre a trajetória de voo realizada e a planeada
   
Investigação
Foram feitas duas investigações, a cargo da ICAO. A primeira foi levado a cabo depois do acidente e a segunda aconteceu depois que os dados das caixas negras foram dados pela Rússia, em 1991, oito anos depois. Ambos concluíram que a direção do voo foi fixa através de um erro; o piloto automático teria sido programado para deixar o curso em modo de endereço ou o INS teria sido iluminado quando eles estariam fora de alcance. Isto deixou o aparelho na direção magnética errada quando partiu de Anchorage. A companhia não notou este erro ou eles não fizeram as revisões corretas do INS para descobrir isto, depois, devido a uma "falta de consciência da situação e coordenação do voo".
A testemunha mais próxima do incidente, o piloto soviético que atirou os mísseis, confirmou depois que não foram seguidos os padrões internacionais de interceptação, e que tinha sido instruído pelas autoridades militares para mentir na televisão, dizendo que tinha dado tiros de advertência. A parte soviética manteve oficialmente que eles foram chamados através da rádio, mas que o KAL 007 não respondeu. Não obstante, qualquer outro aparelho ou monitores terrestres que cobriram essas frequências de emergências naquele momento, nunca ouviram nenhuma chamada de rádio soviética.
Revisões posteriores indicaram que a verdadeira causa do ataque, teve a ver com o facto de, no dia anterior, um avião espião RC-135 USAF americano, ter invadido a área, enquanto fazia a mesma rota que o KAL, sendo descoberto pelos radares soviéticos, deixando o espaço restringido antes de que pudesse ser interceptado por esses SU-15 soviéticos.
Quando o aparelho coreano, no dia seguinte, apareceu, os soviéticos acreditaram que era o mesmo avião, o RC-135, que também realmente se parecia um USAF, mas eles estiveram próximos de mais do KAL; pensando que era o avião espião americano, por ser muito parecido visualmente, uma vez confirmada a ordem e sem darem oportunidade alguma de o avião abandonar o espaço aéreo restrito, eles atiraram a matar.
  
Repercussões
O presidente americano Ronald Reagan condenou o incidente de 1 de setembro, chamando-o de "o massacre da linha aérea coreana", "um crime contra a humanidade que nunca deveria ser esquecido" e um "ato de barbárie e de brutalidade desumana". No dia seguinte, a URSS admitiu ter derrubado o KAL 007, declarando que os pilotos não souberam que era um avião de passageiros quando violou o espaço aéreo soviético. O ataque fez com que as relações entre os EUA e a URSS passassem um baixo nível de confiança. Em 15 de setembro, o presidente Reagan ordenou que a FAA revogasse a permissão da Aeroflot para realizar voos dentro e fora dos EUA. Como resultado, os voos da Aeroflot para a América do Norte só estavam disponíveis através do Canadá ou do México. O serviço da Aeroflot para os EUA só foi restabelecido em 29 de abril de 1986.
A embaixadora americana da ONU, Jeane Kirkpatrick, fez uma apresentação audiovisual no Conselho de Segurança que usou gravações das conversas pelas rádios soviéticas e um mapa da rota de voo do avião para descreverem a queda como selvagem e injustificada.
Devido a este incidente, Ronald Reagan anunciou que o sistema GPS passaria a estar uma vez disponível para propósitos civis, uma vez que se concluiu que este incidente poderia ser evitado se tal acontece.
    

Johann Pachelbel nasceu há 366 anos

Johann Christoph Pachelbel (Nuremberga, 1 de setembro de 1653 - Nuremberga, 3 de março de 1706) foi um músico, organista, professor e compositor alemão do estilo barroco. Compôs um grande acervo de música sacra e secular e as suas contribuições para o desenvolvimento do prelúdio coral e fuga dão-lhe lugar entre os mais importantes compositores da época barroca. Entre as obras mais célebres do compositor estão o Cânone em Ré Maior e Fugas para Magnificat.

Vida
Johann Pachelbel, nascido na cidade alemã de Nuremberga, e batizado a 1 de setembro de 1653 na mesma localidade, cresceu numa região culturalmente ativa na época. Desde cedo, demonstrou talento e, incentivado pelo pai, iniciou os estudos com o músico Heinrich Schwemmer e, posteriormente, com o organista Georg Caspar Wecker. A excelente habilidade musical levou-o, aos 15 anos, para a Universidade de Altdorf. Por lá, foi organista em Lorenzkirche, abandonando o cargo menos de um ano depois, por falta de dinheiro.
Na primavera de 1670, matriculou-se no Gymnasium Poeticum, em Ratisbona (Regensburg) para prosseguir os seus estudos de música com Kaspar Prentz, mestre que o introduziu na música italiana. Em 1673, Pachelbel decidiu voltar para Viena, onde passaria alguns anos como vice-organista da Catedral de Santo Estevão e depois, um ano como organista da corte em Eisenach, na Alemanha.
Em junho de 1678, Pachelbel foi nomeado organista da Protestant Predigerkirche, em Erfurt, onde permaneceu por 12 anos. No decorrer deste período, alcançou sucesso extraordinário como organista, compositor e professor. Casou-se duas vezes. Ele perdeu a primeira esposa e o filho, contaminados pela peste, em 1683, e casou-se novamente em 1684.
Depois de deixar Erfurt em 1690, passou breves períodos como organista em Stuttgart e Gotha. No verão de 1695, voltou à sua Nuremberga natal para trabalhar os últimos 11 anos de sua vida, como organista na Igreja St. Sebalduskirche. Em 1699, produziu uma importante coleção de seis árias, Hexachordum Apollinis, para órgão. Johann Pachelbel morreu, aos 53 anos, no dia 3 de março de 1706, mas acredita-se que ele tenha sido enterrado no dia 9.
Deixou dois filhos, Wilhelm Hieronymous Pachelbel e Charles Theodore Pachelbel, ambos músicos e organistas. De religião protestante, foi notavelmente compositor para órgão, predominantemente para músicas religiosas da Igreja Protestante alemã, músicas que foram muito influenciadas por seu conhecimento de música religiosa católica tanto da Áustria, como da Itália.
 
Música
A sua peça mais famosa é o "Canon em Ré Maior" (1680), peça barroca até hoje interpretada por diversos músicos e orquestras, tornando-se até música-tema para filmes. Esta obra, mais do que seu compositor, alcançou fama mundial até os dias de hoje e atualmente é muito executada em casamentos, pela sua doçura e suavidade. Cânon (ou Kanon, em alemão) é uma peça musical de repetições feitas para 3 violinos e um violoncelo contínuo, ou seja, o 1º violino (ou primeira voz) inicia com parte da melodia, este inicia outra parte no mesmo momento que o 2º violino inicia a mesma melodia já tocada pelo 1º, enquanto que o 3º violino inicia a mesma melodia já tocada pelo 1º e 2º violinos, o 2º passa a tocar o que o 1º tocou, em suma, são blocos de dois compassos tocados pelo 1º violino, os quais são repetidos pelos demais, tornando melodias harmonicamente sobrepostas.
Pachelbel escreveu outras peças e trabalhos livres como tocatas, fantasias e fugas, bem como peças para corais. A sua música para órgão inclui 70 corais e 95 fugas para o Magnificat. Compôs considerável número de cantatas para a igreja luterana e sonatas para vários instrumentos, especialmente o violino.
Pachelbel foi professor do irmão mais velho do famoso compositor Johann Sebastian Bach, o qual, por sua vez, ensinou o irmão, que recebeu, assim, influência indireta de Pachelbel.