terça-feira, outubro 10, 2023
Há 62 anos, uma forte erupção provocou a evacuação da ilha mais remota do mundo...
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sexta-feira, setembro 22, 2023
Notícia interessante sobre tempestades e vulcanismo...
Como surgiu a tempestade mais intensa já observada na Terra (e o que ela nos diz sobre os vulcões)
No Oceano Pacífico Sul há duas pequenas ilhas, cuja rocha escura contrasta fortemente com a água azul do mar.
Embora aparentemente nada especiais, elas são tudo o que resta de um enorme vulcão submarino, o Hunga Tonga-Hunga Ha’apai.
As ilhas são, na verdade, pequenos picos na borda de uma grande cavidade em forma de caldeira que é a sua cratera.
O vulcão entrou em erupção violentamente em janeiro de 2022, quando expeliu 10 quilómetros cúbicos de rocha, cinzas e sedimentos e produziu uma pluma de 58 km de altura. Foi a maior explosão atmosférica registada por instrumentos modernos.
A enorme nuvem vulcânica cobriu a região e era tão grande que os
astronautas em órbita a bordo da Estação Espacial Internacional podiam
avistá-la.
A erupção desencadeou um megatsunami com ondas de até 45 metros de altura, devastando as ilhas de Tonga e causando estragos em lugares distantes como Rússia, Havai, Peru e Chile. Pelo menos seis pessoas morreram no tsunami.
Mas a explosão e o tsunami não foram os únicos eventos recordes causados pela erupção do vulcão, que também provocou a tempestade de relâmpagos mais intensa já vista.
“É uma erupção de superlativos“, diz Alexa Van Eaton, vulcanóloga do Serviço Geológico dos Estados Unidos, que liderou um estudo da extraordinária atividade elétrica dentro da nuvem de cinzas produzida pelo Hunga Tonga-Hunga Ha’apai.
A tempestade sobrecarregada foi monitorizada no Espaço por satélites, oferecendo uma visão incomparável dos relâmpagos no alto da pluma vulcânica.
E a fúria foi “como ninguém jamais viu“, explica Van Eaton, ao dar novas informações valiosas sobre o vulcão e sobre o que aconteceu durante a erupção.
Uma tempestade sem precedentes
No auge, a tempestade provocada pela pluma vulcânica sobre o Hunga Tonga-Hunga Ha’apai produziu 2600 relâmpagos por minuto.
Os investigadores acreditam que a tempestade se desenvolveu porque a ejeção altamente energética de magma atravessou o oceano raso. A rocha derretida vaporizou a água do mar, que foi elevada com a coluna de cinzas e detritos.
A erupção expeliu mais de 146 milhões de toneladas de vapor de água na estratosfera da Terra, acrescentando 10% à quantidade de água em apenas alguns dias.
A NASA revelou posteriormente que o volume de água era suficiente para encher o equivalente a 58.000 piscinas olímpicas. O vapor de água atingiu até a mesosfera, uma das camadas superiores da atmosfera.
A interação entre cinzas vulcânicas, moléculas de água e partículas de gelo na pluma, que se formou quando as gotas de água super-arrefeceram na atmosfera superior, gerou grandes cargas elétricas - produzindo as condições perfeitas para relâmpagos.
A grande quantidade de material lançado pela erupção vulcânica rapidamente atingiu a altura máxima e expandiu-se para criar uma nuvem em forma de guarda-chuva com mais de 300 km de largura.
Foi a primeira vez que os dados demonstraram como uma poderosa pluma vulcânica pode criar o seu próprio sistema meteorológico, mantendo as condições para a atividade elétrica as alturas e taxas anteriormente não observadas.
Espetáculo revelador
Os relâmpagos ofereceram mais do que um espetáculo de luzes impressionante: ajudaram a revelar detalhes sobre a erupção do Hunga Tonga-Hunga Ha’apai.
Os dados recolhidos através de uma combinação de imagens de satélite e dados de uma antena de rádio terrestre mostraram que o comportamento do vulcão pode ser dividido em quatro fases distintas de atividade.
As taxas de raios aumentaram e diminuíram conforme a mudança da altura da pluma. Começou com uma pluma muito pequena, “tão ténue que ninguém tinha prestado atenção”, explica Van Eaton.
Então, na fase dois, a pluma começou a subir a partir de uma erupção de intensidade muito maior ao longo de várias horas, expelindo uma grande quantidade de rocha, cinzas e sedimentos no ar - o equivalente à quantidade de rocha necessária para construir a Grande Pirâmide de Gizé 3800 vezes.
Na fase três, a erupção continuou em menor intensidade e a altura da pluma caiu para cerca de 20 a 30 km de altura, o que “ainda é extraordinário“, diz Van Eaton.
Então houve uma calmaria intrigante quando o vulcão aparentemente fez uma pausa, explica, antes que a fase quatro mostrasse a erupção a diminuir em ferocidade ao longo do tempo.
“Conseguir desvendar este último suspiro da fase climática é realmente útil para quem precisa de prever as emissões de cinzas e o seu transporte pela atmosfera”, diz Van Eaton.
Os dados de Hunga Tonga-Hunga Ha’apai podem ajudar os meteorologistas a monitorizar e criar previsões de curto prazo dos perigos para a aviação causados por vulcanismo explosivo, incluindo o desenvolvimento e o movimento de nuvens de cinzas.
Entender isso é vital, pois os cientistas dizem que uma erupção na escala do Hunga Tonga-Hunga Ha’apai provavelmente ocorrerá novamente.
Há aproximadamente 42 vulcões em todo o mundo com potencial para causar uma erupção tão espetacular quanto a do Hunga Tonga-Hunga Ha’apa. Esta erupção recorde deve servir como um alerta para o mundo se preparar melhor.
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quinta-feira, setembro 21, 2023
Notícia sobre os efeitos dos vulcões...
O som mais alto da História estourou os tímpanos de pessoas a 60 quilómetros de distância
O som foi provocado pela erupção do vulcão Krakatoa, na Indonésia, a 27 de agosto de 1883. Ainda se ouviu um som semelhante ao tiro de um canhão a 4.800 quilómetros de distância.
A 27 de agosto de 1883, às 10.02 horas, uma ilha na Indonésia colapsou quando um tsunami com ondas de 46 metros se alastrou pelo oceano até chegar à África do Sul. Tudo isto foi desencadeado pela erupção do vulcão Krakatoa, que terá emitido o som mais alto da História.
A erupção de 1883 libertou uma força comparável à de uma bomba de 200 megatoneladas e terá matado 36 mil pessoas, sendo a segunda mais mortífera de sempre, depois da erupção de Tambora em 1815, escreve o IFLScience.
Um barómetro a 160 quilómetros de distância de Krakatoa indicou que a erupção atingiu os 172 decibéis, quando o limite de dor humano é 130 decibéis. Mais perto do local da erupção, o som chegou a um valor de 194 decibéis (o máximo que um som atinge no ar) e pressão do ar transformou-o numa explosão que rompeu os tímpanos dos marinheiros num navio que estava a 64 quilómetros da ilha.
“Tão violentas são as explosões que os tímpanos de mais da metade da minha tripulação foram estilhaçados. Os meus últimos pensamentos são com minha querida esposa. Estou convencido de que o Dia do Juízo Final chegou”, pode ler-se no diário de bordo do navio britânico Norham Castle.
Essa mesma onda de choque continuou a alastrar-se pelo planeta, ficando mais silenciosa à medida que viajava mais longe, mais ainda era audível a milhares de quilómetros de distância. De acordo com Brüel & Kjær, ainda podia ser ouvido como um tiro de canhão a uma distância de 4.800 quilómetros.
A onda de pressão deu a volta à Terra três vezes em cada direção, com ondas de choque a colidir umas com as outras ocasionalmente noutras partes do planeta, criando picos de pressão extras. “
“A grande onda de ar”, como ficou conhecido o fenómeno, continuou a espalhar-se ao durante algum tempo mesmo depois de ter caído abaixo do limite para a audição humana.
in ZAP
terça-feira, setembro 19, 2023
Há dois anos começou uma fantástica erupção nas Canárias
El origen de la erupción se produjo en una nueva boca en el accidente geográfico de la Dorsal de Cumbre Vieja, donde ya existen diferentes conos volcánicos. Aún tras la finalización de la erupción volcánica el 13 de diciembre de 2021, el nuevo respiradero todavía no tenía nombre oficialmente. Los respiraderos de los volcanes de La Palma han recibido tradicionalmente el nombre de la zona geográfica donde surgió, que normalmente procede de la topografía benahoarita, o el nombre del santo en cuya festividad comenzó la erupción. Una de las primeras propuestas de nombre para el nuevo respiradero fue Jedey, en honor a un pueblo cercano, pero esto no fue recibido con buenos ojos. Sin embargo, una propuesta más acorde a la zona geográfica fue Tajogaite, por el nombre aborigen de Montaña Rajada, el área del lugar de la erupción, en la Hoya de Tajogaite. Este nombre gano apoyo más amplio por la ciudadanía, la cual en un proceso participativo no vinculante seleccionó Volcán de Tajogaite como nombre para el volcán.
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quarta-feira, setembro 13, 2023
O Kilauea, na Big Island do Havai, está em erupção...!
Filme impressionante, do USGS, da nova erupção do Kilauea:
Para quem quer ver, ao vivo, imagens em direto e da mesma instituição:
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domingo, setembro 10, 2023
Notícia importante sobre risco vulcânico na Europa...
O supervulcão mais perigoso da Europa pode estar a preparar uma erupção
Campi Flegrei, o há longo tempo adormecido ‘supervulcão’ localizado perto de Nápoles, em Itália, está a mostrar sinais de que poderá estar a aproximar-se de uma erupção.
Um estudo recente sugere que a crosta do supervulcão Campi Flegrei, ou Campos Flégreos, está a tornar-se mais frágil e propensa a rupturas, o que poderia aumentar a possibilidade de uma erupção.
Esta é a primeira vez que tais condições são notadas desde a última erupção do vulcão, em 1538. O Campi Flegrei está ativo há 60 mil anos, tendo a caldeira sido formada durante duas grandes erupções explosivas.
“O nosso estudo confirma que o Campi Flegri está a aproximar-se da ruptura”, diz Christopher Kilburn, investigador da University College London e autor principal do estudo, publicado recentemente na Communications / Earth & Environment.
Com uma caldeira com a pouco habitual forma de uma suave depressão que se estende por 15 km, na qual vive meio milhão de pessoas, o vulcão Campi Flegrei é considerado um dos mais perigosos da Europa, realça o EurekAlert.
A sua maior erupção, há 39.000 anos, formou a atual caldeira. Se uma tal erupção voltasse a acontecer, poderia ter consequências globais devastadoras, incluindo tsunamis massivos, disseminação de enxofre e cinza tóxica, e um possível inverno global prolongado que resultaria em falhas de colheitas e extinções em massa.
Apesar destas conclusões, os cientistas, incluindo o autor principal do estudo, Christopher Kilburn, alertam que não é certo que aconteça uma erupção.
Embora o enfraquecimento da crosta aumente a possibilidade de rutura, a localização precisa do magma em ascensão também desempenha um papel crucial na determinação de se ocorrerá uma erupção.
Campi Flegrei, que significa “campos ardentes” ou “campos de fogo”, consiste numa vasta rede de 24 crateras e edifícios vulcânicos.
Apesar de muitas vezes ser rotulado como um supervulcão, ainda não foi definitivamente categorizado como tal. Um supervulcão é capaz de causar erupções da maior magnitude no Índice de Explosividade de Vulcões, emitindo mais de 1000 km3 de material.
O vulcão tem mostrado sinais de atividade desde meados do século XX, com aumentos de atividade nas décadas de 1950, 1970 e 1980.
Nos últimos anos, o terreno sob a cidade de Pozzuoli, situada no topo do vulcão, tem subido cerca de 10 centímetros anualmente. A área também tem vivenciado um aumento de pequenos sismos.
Os cientistas ligaram esta atividade subterrânea ao gás vulcânico que se infiltra na crosta abaixo de Campi Flegrei, fazendo com que a crosta se estique e escorregue. Se gás suficiente entrar na crosta, o calor e a pressão resultantes podem empurrar as rochas para além dos seus limites, potencialmente levando a ruturas e erupções.
No entanto, a probabilidade de uma erupção permanece incerta.
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sábado, julho 29, 2023
O planeta Vénus e os seus vulcões...
My God, está cheio de vulcões! Eis o mapa dos 85 mil que há em Vénus
Um novo artigo científico na revista Journal of Geophysical Research: Planets fornece o mapa mais compreensivo de todas as construções vulcânicas em Vénus jamais compilado.
Tem interesse nos relatos recentes de erupções vulcânicas em Vénus?
Se é esse o caso, os cientistas planetários Paul Byrne e Rebecca Hahn da Universidade de Washington em St. Louis querem que se utilize o seu novo mapa de 85.000 vulcões em Vénus para ajudar a localizar o próximo fluxo de lava ativo.
O seu estudo foi publicado na revista Journal of Geophysical Research: Planets.
“Este artigo científico fornece o mapa mais completo de todas as construções vulcânicas em Vénus alguma vez compilado”, disse Byrne, professor associado de ciências da Terra e planetárias.
“Fornece aos investigadores uma base de dados extremamente valiosa para a compreensão do vulcanismo naquele planeta – um processo planetário chave, mas para Vénus é algo sobre o qual sabemos muito pouco, apesar de ser um mundo do mesmo tamanho que o nosso”.
Byrne e Hahn utilizaram imagens de radar da missão Magellan da NASA a Vénus para catalogar vulcões em Vénus a uma escala global. A sua base de dados resultante contém 85.000 vulcões, dos quais cerca de 99% têm menos de 5 km em diâmetro.
“Desde a missão Magellan da NASA na década de 1990 que temos muitas questões importantes sobre a geologia de Vénus, incluindo as suas características vulcânicas”, disse Byrne.
“Mas com a recente descoberta de vulcanismo ativo em Vénus, compreender exatamente onde os vulcões estão concentrados no planeta, quantos são, quão grandes são, etc., torna-se ainda mais importante – especialmente porque teremos novos dados sobre Vénus nos próximos anos”.
Um
novo artigo científico na revista Journal of Geophysical Research:
Planets fornece o mapa mais compreensivo de todas as construções
vulcânicas em Vénus jamais compilado
“Tivemos a ideia de elaborar um catálogo global porque ninguém o tinha feito a esta escala antes”, disse Hahn, estudante de ciências da Terra e planetárias na Universidade de Washington, autora principal do novo artigo científico.
“Foi enfadonho, mas eu tinha experiência na utilização do software ArcGIS, que foi o que usei para construir o mapa. Essa ferramenta ainda não existia quando estes dados foram disponibilizados na década de 1990″.
“As pessoas na altura desenhavam círculos, à mão, em torno dos vulcões, quando agora o posso fazer no meu computador”.
“Esta nova base de dados vai permitir aos cientistas pensar onde mais procurar evidências de atividade geológica recente”, disse Byrne, docente do Centro McDonnell para Ciências Espaciais da mesma universidade.
“Podemos fazê-lo quer através da pesquisa de dados da Magellan, já com décadas de existência (como o novo artigo científico fez), quer analisando dados futuros e comparando-os com os da Magellan“.
Sapas Mons, um grande vulcão em Marte, tem cerca de 400 km em diâmetro - foi observado pela sonda Magellan
O novo estudo de Byrne e Hahn inclui análises detalhadas sobre onde se encontram os vulcões, onde e como estão agrupados e como as suas distribuições espaciais se comparam com as propriedades geofísicas do planeta, tais como a espessura da crosta.
No seu conjunto, este trabalho fornece a compreensão mais abrangente das propriedades vulcânicas de Vénus – e talvez do vulcanismo de qualquer mundo até agora.
Isto porque, embora saibamos muito sobre os vulcões na Terra que se encontram em terra, é provável que ainda existam muitos por descobrir sob os oceanos. Na ausência de oceanos, toda a superfície de Vénus pode ser vista com imagens de radar da Magellan.
Embora existam vulcões em quase toda a superfície de Vénus, os cientistas encontraram relativamente menos vulcões na faixa dos 20-100 km de diâmetro, que deduzem ser em função da disponibilidade de magma e do ritmo de erupções.
Byrne e Hahn também quiseram observar de perto os vulcões mais pequenos em Vénus, aqueles com menos de 5 km de diâmetro que foram ignorados por caçadores de vulcões anteriores.
“São a característica vulcânica mais comum no planeta: representam cerca de 99% do seu conjunto de dados”, disse Hahn.
“Analisámos a sua distribuição utilizando diferentes estatísticas espaciais para descobrir se os vulcões estão agrupados em torno de outras estruturas em Vénus, ou se estão agrupados em certas áreas“.
O novo conjunto de dados sobre os vulcões de Vénus está alojado na Universidade de Washington e disponível livremente para a consulta por outros cientistas.
“Já sabemos de colegas que descarregaram os dados e que estão a começar a analisá-los – que é exatamente o que nós queremos“, disse Byrne.
“Outras pessoas vão levantar novas perguntas que nós não levantámos, sobre a forma, tamanho, distribuição dos vulcões, tempo de atividade em diferentes partes do planeta, etc. Estou entusiasmado por ver o que eles conseguem descobrir com a nova base de dados”!
E se 85.000 vulcões em Vénus parece ser um grande número, Hahn disse que na realidade é conservador. Ela pensa que existem centenas de milhares de características geológicas adicionais que têm algumas propriedades vulcânicas. São apenas demasiado pequenas para serem detetadas e confirmadas.
“Um vulcão com 1 quilómetro em diâmetro teria 7 pixéis nos dados da Magellan, o que é realmente difícil de ver“, disse Hahn. “Mas com uma resolução melhorada, poderíamos ser capazes de resolver essas estruturas”.
E é exatamente esse tipo de dados que as futuras missões a Vénus vão obter na década de 2030.
“A NASA e a ESA vão cada uma enviar uma missão a Vénus na década de 2030 para obter imagens de radar de alta resolução da superfície”, disse Byrne. “Com essas imagens, poderemos procurar aqueles vulcões mais pequenos que prevemos que existam.
“Esta é uma das descobertas mais excitantes que fizemos em Vénus – com dados que têm décadas!”, disse Byrne. “Mas há ainda um grande número de questões que temos sobre Vénus que não podemos responder, para as quais temos de alcançar as nuvens e a superfície.
“Estamos apenas a começar”, disse.
in ZAP
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Marcadores: astronomia, planetologia, Vénus, vulcanismo
terça-feira, julho 25, 2023
Obviamente que há vulcanismo ativo em Vénus...
Descoberto um vulcão ativo em Vénus
De acordo com a equipa, os resultados do estudo, publicados esta semana na Science, apontam para que haja em Vénus atividade vulcânica contínua.
Quando ocorrem tais mudanças na Terra é sinal de atividade vulcânica – quer por uma erupção no respiradouro, quer pelo movimento do magma por baixo dele, que provoca o colapso e a expansão das paredes do respiradouro.
“A seleção da missão VERITAS pela NASA inspirou-me a procurar por atividade vulcânica recente nos dados da Magellan”, disse Robert Herrick, professor na Universidade do Alaska, em Fairbanks, e membro da equipa científica da VERITAS, que liderou a pesquisa dos dados de arquivo.
“Não esperava realmente ter sucesso, mas após cerca de 200 horas de comparação manual das imagens de diferentes órbitas da Magellan, vi duas imagens da mesma região, tiradas com oito meses de intervalo, exibindo alterações geológicas provocadas por uma erupção”, acrescenta o investigador, em nota publicada pela universidade.
Durante a missão, a sonda utilizou o radar para obter imagens da superfície de Vénus a partir de diferentes órbitas, olhando para alguns locais duas ou três vezes ao longo de dois anos, incluindo áreas mais tarde identificadas como possíveis locais de atividade vulcânica.
A equipa concentrou-se numa região de Vénus que inclui dois dos maiores vulcões do planeta, o Ozza e Maat Mons, comparáveis em volume aos maiores vulcões da Terra, mas com declives mais baixos, pelo que estão mais expandidos.
Herrick comparou uma imagem de meados de fevereiro de 1991 com uma de meados de outubro desse ano e notou uma alteração numa abertura no lado norte, que tinha passado de uma formação circular de cerca de 2,2 quilómetros quadrados para uma forma irregular de cerca de 4 quilómetros quadrados.
A segunda imagem indicava também que as paredes da chaminé se tinham tornado mais curtas e que a esta estava quase cheia até à borda.
Os investigadores acreditam que formou-se um lago de lava na chaminé durante os oito meses entre as imagens, embora se desconheça se o conteúdo era líquido ou se tinha arrefecido e solidificado. As alterações nas paredes do respiradouro poderiam estar associadas a um colapso no vulcânico, provocado por um terramoto.
No entanto, a equipa sublinhou que quedas desta magnitude nos vulcões da Terra foram sempre acompanhadas por erupções vulcânicas.
A superfície de Vénus é geologicamente jovem e as estimativas quanto ao número de erupções são especulativas e variam, disse Herrick. Agora é possível “dizer que Vénus é ativa a nível vulcânico, no sentido de que há pelo menos algumas erupções por ano”, indicou.
“É de esperar que as próximas missões a Vénus observem novos fluxos vulcânicos que ocorreram desde que a missão de Magalhães terminou há três décadas e devemos ver alguma atividade à medida que as próximas duas missões orbitais recolherem imagens”, concluiu.
O legado da Magellan
Herrick e o resto da equipa da VERITAS estão ansiosos por ver como o conjunto de instrumentos científicos avançados e os dados de alta resolução da missão irão complementar a notável coleção de imagens de radar da Magellan, que transformou o conhecimento da humanidade sobre Vénus.
“Vénus é um mundo enigmático e a Magellan sugeriu tantas possibilidades”, disse Jennifer Whitten, investigadora adjunta principal da VERITAS na Universidade de Tulane, em Nova Orleães.
“Agora que estamos muito certos de que o planeta sofreu uma erupção vulcânica há apenas 30 anos, esta é uma ante-visão das incríveis descobertas que a VERITAS irá fazer”, acrescentou.
A VERITAS vai utilizar um radar de abertura sintética topo-de-gama para criar mapas globais em 3D e um espectrómetro no infravermelho próximo para descobrir de que é feita a superfície.
A sonda também irá medir o campo gravitacional do planeta para determinar a estrutura do interior de Vénus. Juntos, os instrumentos vão fornecer pistas sobre os processos geológicos passados e presentes do planeta.
E enquanto os dados da Magellan eram originalmente complexos de estudar, os dados da VERITAS estarão disponíveis online para a comunidade científica. Isso permitirá aos investigadores aplicar técnicas de ponta, como a aprendizagem de máquina, para analisar o planeta e ajudar a revelar os seus segredos mais íntimos.
in ZAP
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sexta-feira, julho 21, 2023
Novas do recente vulcão islandês...
A Terra tem um vulcão bebé. Está a pintar a Islândia com lava incandescente
O mais recente vulcão do planeta Terra nasceu através de uma fissura vulcânica que se abriu na península de Reykjanes, na Islândia. Desde então, temos assistido a um autêntico espetáculo de lava e fogo que está a pintar a Islândia de incandescente.
É o terceiro ano consecutivo em que o campo de lava subjacente de Fagradalsfjall entra em erupção.
Após vários dias de atividade sísmica, a erupção aconteceu no dia 10 de Julho e marcou o nascimento do mais recente vulcão da Terra.
Os cientistas registaram mais de 7 000 tremores de terra desde o dia 4 de julho, por entre os quais o maior, com uma magnitude de 4,8 na escala de Ritcher, de acordo com o comunicado do Icelandic Met Office.
“Olhem para este bebé islandês”, disse Robin George Andrews, vulcanólogo e escritor de ciência, num post no Twitter. “Esta é a camada de tinta mais recente da Terra: rocha derretida incandescente a ser lançada para o céu a partir de uma nova fissura que se abriu no solo”.
A lava continua a escoar através de uma fissura com cerca 2,7 quilómetros de extensão, escorrendo para um vale a sudeste que poderá transbordar em breve. A área circundante está desabitada e a erupção não representa uma ameaça à infraestrutura, de acordo com o comunicado oficial.
🔥THIS my friends is the ONLY video you need to watch today!!!!🔥
— Volcaholic 🇰🇪 🇬🇧 🌋 (@volcaholic1) July 19, 2023
Incredible cone collapse last night as viewed on the MBL livestream …….
Let me know what you think 😍
Here’s the link to the stream- https://t.co/eo7YGx96Ql#Reykjanes #LitliHrutur #eruption #volcano #iceland… pic.twitter.com/u7OOuZtF6b
Se o fluxo de lava continuar a serpentear para sul, poderá atingir o vale de Merardalir, onde ocorreu a última erupção vulcânica na Islândia, no dia 3 de agosto de 2022.
No mesmo ano, uma outra erupção violenta quebrou um período de silencia que já contava com 870 anos, no sistema vulcânico de Krýsuvík-Trölladyngja, na península de Reykjnes.
Os cientistas detetaram os primeiros sinais da última erupção no passado mês de abril, através de um sublime sinal geológico – um leve afundamento de solo, potencialmente causado pelo influxo de magma.
Os terramotos que se seguiram, semelhantes aos registados em 2021 e 2022, alertaram os investigadores para uma erupção que poderia estar iminente.
A monitorização posterior revelou que uma camada vertical de magma, conhecida como intrusão magmática, estavas prestes a chegar à superfície entre as montanhas Keilir e Litli-Hrútur. Em 2022, o mesmo fenómeno culminou numa erupção cinco dias depois.
Uma intrusão magmática, também conhecida como plutonismo, é um processo geológico em que o magma é injetado na crosta terrestre, levando à intrusão de rocha ígnea.
Ocorre quando o magma, composto por rocha derretida e gases, é forçado a subir através de fissuras da crosta terrestre. O magma em ascensão acaba por solidificar antes de chegar à superfície, formando assim uma intrusão magmática.
No dia 7 de julho, poucos dias antes da erupção, uma equipa de vulcanólogos calculou a quantidade de magma que estava prestes a emergir à superfície.
Os cálculos estimam que cerca de 12 milhões de metros cúbicos de magma, um volume suficiente para encher 5000 piscinas olímpicas e similar ao volume da erupção de 2022, poderia ser expulso para a superfície a qualquer momento.
A intrusão magmática continuou a expandir-se e a subir lentamente até ao meio da tarde de segunda-feira, altura em que finalmente irrompeu a superfície e deu início a mais uma estupenda erupção vulcânica.
Desde então, a erupção tem vindo a diminuir de intensidade, registando jatos de lava cada vez menores. A atividade sísmica tem também vindo a diminuir gradualmente.
Os cientistas continuam de olho no vulcão mais recente da Terra e alertam que as condições podem mudar rapidamente. “A lava pode causar incêndios florestais na área e reduzir significativamente a qualidade do ar”, explicam em comunicado.
in ZAP
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sábado, julho 15, 2023
Adoro quando Astronomia e Geologia se cruzam...
A Geologia de Vénus é ainda mais bizarra (e fofinha) do que pensávamos
Embora a Terra e Vénus tenham aproximadamente o mesmo tamanho e ambos percam calor aproximadamente com o mesmo ritmo, os mecanismos internos que impulsionam os processos geológicos da Terra diferem do seu vizinho.
São esses processos geológicos venusianos que uma equipa de investigadores liderada pelo Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA e pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia querem estudar mais enquanto discutem os mecanismos de arrefecimento de Vénus e os possíveis processos que o motivam.
Os processos geológicos que ocorrem na Terra são principalmente devido ao facto de nosso planeta ter placas tectónicas que estão em constante movimento a partir do calor que escapa do núcleo do planeta, que então sobe pelo manto até a litosfera, ou a camada rochosa externa rígida.
Vénus, por outro lado, não possui placas tectónicas, o que deixou os cientistas intrigados sobre como o planeta perde calor e remodela a sua superfície.
“Por muito tempo, estivemos presos à ideia de que a litosfera de Vénus é estagnada e espessa, mas a nossa visão agora está a evoluir”, disse a Dra. Suzanne Smrekar, investigadora sénior da NASA JPL e autora principal do estudo.
Para o estudo, os investigadores examinaram imagens de radar da missão Magellan da NASA, tiradas no início dos anos 90, retratando características geológicas quase circulares na superfície de Vénus, conhecidas como coronae.
A razão pela qual as imagens foram tiradas usando um radar é porque a atmosfera de Vénus é tão espessa que as imagens normais obtidas no espectro visual são incapazes de penetrar na atmosfera nublada.
Ao fazer medições de 65 coroas não estudadas anteriormente nas imagens de Magalhães e calcular a espessura da litosfera ao seu redor, os cientistas descobriram que essas coroas se formam e existem onde a litosfera de Vénus é a mais fina.
Usando modelos de computador, descobriram que a litosfera ao redor de cada coroa tem aproximadamente 11 quilómetros de espessura, o que acaba por ser muito mais fino do que o sugerido por estudos anteriores. Os investigadores também sugerem que as coroas podem ser geologicamente ativas, uma vez que essas áreas exibem um fluxo de calor médio maior do que a Terra.
“Embora Vénus não tenha uma atividade tectónica semelhante à da Terra, essas regiões de litosfera fina parecem permitir que quantidades significativas de calor escapem, semelhante a áreas onde novas placas tectónicas se formam no fundo do mar da Terra”, explica o Dr. Smrekar.
É esse maior fluxo de calor que também pode ajudar os cientistas a entender melhor o comportamento da litosfera na Terra antiga.
“O que é interessante é que Vénus fornece uma janela para o passado para nos ajudar a entender melhor como a Terra pode ter sido há mais de 2,5 mil milhões de anos”, disse o Dr. Smrekar, que também é o principal investigador do próximo VERITAS, que está programado para ser lançado não antes de 2027.
Lançada do space shuttle Atlantis em maio de 1989, a sonda Magalhães chegou a Vénus em agosto de 1990 e é considerada uma das missões espaciais profundas de maior sucesso de todos os tempos.
Apesar disso, os dados têm uma baixa resolução e grandes margens de erro, então o VERTIAS atuará essencialmente como o Magalhães 2.0, produzindo mapas globais tridimensionais de Vénus usando um radar de abertura sintética de última geração, além de aprender mais sobre a composição da superfície com um espectrómetro de infravermelhos próximos.
Mas o exterior de Vénus não será o único local a ser estudado, pois o VERITAS estudará o interior do planeta examinando seu campo gravitacional. Ao todo, o VERITAS irá dar aos cientistas uma imagem maior dos processos geológicos antigos e atuais no nosso misterioso vizinho de tamanho gémeo.
“VERITAS será um geólogo orbital, capaz de identificar onde estão essas áreas ativas e resolver melhor as variações locais na espessura litosférica. Seremos até capazes de capturar a litosfera no ato da deformação”, explica o Dr. Smrekar. “Vamos determinar se o vulcanismo realmente está a tornar a litosfera ‘mole’ o suficiente para perder tanto calor quanto a Terra, ou se Vénus tem mais mistérios guardados.”
Outra missão a Vénus será a missão DAVINCI da NASA, cujo objetivo será a importância de mergulhar na atmosfera venusiana e examinar a sua composição com mais detalhes do que nunca.
Que novas perceções aprenderemos com Vénus e os seus processos geológicos nos próximos anos e décadas? Só o tempo dirá, e é por isso que fazemos ciência!
in ZAP
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Marcadores: astrogeologia, astronomia, coronae, Tectónica de Placas, Vénus, vulcanismo
sexta-feira, março 17, 2023
Nuvens ardentes do Agung mataram milhares de pessoas há sessenta anos
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Marcadores: Bali, Indonésia, Monte Agung, nuvens ardentes, vulcanismo
sexta-feira, março 10, 2023
O geólogo George Julius Poulett Scrope nasceu há 226 anos
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Marcadores: Geologia, George Julius Poulett Scrope, Vesúvio, vulcanismo
quarta-feira, março 01, 2023
O Parque Nacional de Yellowstone foi criado há 151 anos
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Marcadores: caldeiras, campo hidrotermal, Ecologia, geyser, Parque Nacional de Yellowstone, supervulcão, vulcanismo, vulcanismo secundário
segunda-feira, fevereiro 20, 2023
O vulcão Paricutín surgiu, ex nihilo, no México, há oitenta anos...!
O primeiro ano do vulcão
Diminuição de atividade
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Marcadores: Dioniso Pulido, México, Paricutín, vulcanismo, Vulcanologia, Vulcão
quarta-feira, fevereiro 01, 2023
Hoje é dia de recordar uma erupção nos Açores...!
Os Mistérios de Santa Luzia são uma localidade da Freguesia de Santa Luzia, Concelho de São Roque do Pico, ilha do Pico, arquipélago dos Açores.
Na origem desta local estiveram duas erupções vulcânicas, uma ocorrida no século XVI e uma outra nos princípios do século XVIII, mais precisamente em 1718. Esta última erupção teve grande violência, tendo procedido à expulsão de grandes quantidades de lava, cujas escoadas de lava, em alguns casos, chegaram a percorrer distâncias de nove quilómetros até atingirem o mar entre o Porto do Cachorro e o Lajido.
Estes campos de lava negra, tem sido ao longo dos séculos locais de cultivo de vinha, de cujos vinhos de elevadas qualidades se destaca o Verdelho.
in Wikipédia
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Marcadores: Açores, Erupção em Santa Luzia do Pico, vulcanismo
domingo, novembro 13, 2022
Hoje é dia de recordar o início da agonia de Omayra Sánchez...
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Marcadores: Armero, Colômbia, lahar, Nevado del Ruiz, Omayra Sánchez, Tragédia de Armero, vulcanismo
O vulcão Nevado del Ruiz matou 23 mil pessoas em Armero há trinta e sete anos...
Armero é o nome de uma antiga cidade da Colômbia, no departamento de Tolima, sepultada devido à erupção do vulcão Nevado del Ruiz, nos Andes, que deu origem a um lahar que transportou lama e rochas que, nalguns locais, chegou a formar uma camada com 104 metros de espessura. Isto sucedeu na manhã do dia 13 de novembro de 1985.
Provocou a morte da quase totalidade da população e os poucos sobreviventes fugiram antes do acidente, vivendo hoje em cidades próximas. O resto, cerca de 23.000 pessoas, jaz debaixo das ruínas, tal como sucedeu em Pompeia e Herculano. O mais triste é que a população da cidade podia ter sido avisada, na noite anterior, do perigo, mas o presidente da câmara, não querendo assustar as pessoas, não o fez e deu-se a tragédia.
Omaira Sanchez
Esta adolescente da cidade de Armero, de 13 anos, que caiu no meio das lamas e nos escombros, agonizou durante 60 horas e morreu vítima de gangrena gasosa, converteu-se no símbolo mundial de uma das piores tragédias ocasionada por um vulcão no século XX; durante o tempo que sobreviveu falou com jornalistas e enviou, constantemente, uma mensagem de fé e esperança. As suas fotos e filmes correram o mundo inteiro.
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