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terça-feira, julho 18, 2023

Eugene Shoemaker morreu há vinte e seis anos...

 

Eugene Merle Shoemaker (Los Angeles, 28 de abril de 1928 - Alice Springs, 18 de julho de 1997) foi um geólogo e astrónomo dos Estados Unidos da América e um dos fundadores do campo da ciência planetária, conhecido principalmente pela sua descoberta, em conjunto com a sua mulher Carolyn Shoemaker e o astrónomo David Levy, do cometa Shoemaker-Levy 9.
Nascido em Los Angeles, Califórnia, era especialista em colisões interplanetárias. Graduou-se no California Institute of Technology, em Pasadena, aos 19 anos, com uma tese em petrologia em rochas metamórficas pré-câmbricas. Passou então a trabalhar para a United States Geological Survey (USGS) e o seu primeiro trabalho foi pesquisar depósitos naturais de urânio no Colorado e em Utah. Durante este trabalho passou a interessar-se pela origem das crateras lunares e iniciou um trabalho na licenciatura na Universidade de Princeton, como continuidade dos seus estudos sobre petrologia em rochas metamórficas, processos vulcânicos e impactes de asteroides.
Em 1951 casou com Carolyn Spellman, recebendo o mestrado (1954) e o doutoramento (1960) na Universidade de Princeton, com uma tese sobre crateras produzidas por meteoritos. No ano seguinte passou a estudar astrogeologia em Flagstaff, Arizona, e esteve ligado às missões Lunar Ranger e ao treino dos astronautas americanos. Tinha pretensões de se tornar no primeiro cientista a caminhar na Lua, mas foi-lhe detetada a doença de Addison e assim foi nomeado cientista-chefe do Centro de Astrogeologia da USGS em 1965.
Regressou para a Caltech em 1969 como professor de geologia e serviu durante três anos como diretor da Division of Geological and Planetary Sciences. Em 1985 aposentou-se como professor e passou a dividir o seu tempo entre Pasadena e Flagstaff. Em 1992 recebeu a mais importante honra científica atribuída pelo presidente dos EUA, a National Medal of Science. Aposentou-se da USGS em 1993 e assumiu um cargo no Observatório Lowell. Nesse mesmo ano, juntamente com a sua mulher Carolyn e o amigo David Levy, descobriu o cometa Shoemaker-Levy 9, que chocou com Júpiter em 1994.
Eugene Shoemaker morreu, em consequência de um acidente automobilístico, em Alice Springs, na Austrália, em 1997. Algumas das suas cinzas foram levadas para a Lua pela sonda espacial Lunar Prospector. É, à data, a única pessoa a ter sido enterrada em outro corpo celeste.
   

sábado, julho 15, 2023

Adoro quando Astronomia e Geologia se cruzam...

A Geologia de Vénus é ainda mais bizarra (e fofinha) do que pensávamos

Conceito artístico de atividade vulcânica em Vénus

 

Embora a Terra e Vénus tenham aproximadamente o mesmo tamanho e ambos percam calor aproximadamente com o mesmo ritmo, os mecanismos internos que impulsionam os processos geológicos da Terra diferem do seu vizinho.

São esses processos geológicos venusianos que uma equipa de investigadores liderada pelo Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA e pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia querem estudar mais enquanto discutem os mecanismos de arrefecimento de Vénus e os possíveis processos que o motivam.

Os processos geológicos que ocorrem na Terra são principalmente devido ao facto de nosso planeta ter placas tectónicas que estão em constante movimento a partir do calor que escapa do núcleo do planeta, que então sobe pelo manto até a litosfera, ou a camada rochosa externa rígida.

Vénus, por outro lado, não possui placas tectónicas, o que deixou os cientistas intrigados sobre como o planeta perde calor e remodela a sua superfície.

“Por muito tempo, estivemos presos à ideia de que a litosfera de Vénus é estagnada e espessa, mas a nossa visão agora está a evoluir”, disse a Dra. Suzanne Smrekar, investigadora sénior da NASA JPL e autora principal do estudo.

Para o estudo, os investigadores examinaram imagens de radar da missão Magellan da NASA, tiradas no início dos anos 90, retratando características geológicas quase circulares na superfície de Vénus, conhecidas como coronae.

A razão pela qual as imagens foram tiradas usando um radar é porque a atmosfera de Vénus é tão espessa que as imagens normais obtidas no espectro visual são incapazes de penetrar na atmosfera nublada.

Ao fazer medições de 65 coroas não estudadas anteriormente nas imagens de Magalhães e calcular a espessura da litosfera ao seu redor, os cientistas descobriram que essas coroas se formam e existem onde a litosfera de Vénus é a mais fina.

Usando modelos de computador, descobriram que a litosfera ao redor de cada coroa tem aproximadamente 11 quilómetros de espessura, o que acaba por ser muito mais fino do que o sugerido por estudos anteriores. Os investigadores também sugerem que as coroas podem ser geologicamente ativas, uma vez que essas áreas exibem um fluxo de calor médio maior do que a Terra.

“Embora Vénus não tenha uma atividade tectónica semelhante à da Terra, essas regiões de litosfera fina parecem permitir que quantidades significativas de calor escapem, semelhante a áreas onde novas placas tectónicas se formam no fundo do mar da Terra”, explica o Dr. Smrekar.

É esse maior fluxo de calor que também pode ajudar os cientistas a entender melhor o comportamento da litosfera na Terra antiga.

“O que é interessante é que Vénus fornece uma janela para o passado para nos ajudar a entender melhor como a Terra pode ter sido há mais de 2,5 mil milhões de anos”, disse o Dr. Smrekar, que também é o principal investigador do próximo  VERITAS, que está programado para ser lançado não antes de 2027.

Lançada do space shuttle Atlantis em maio de 1989, a sonda Magalhães chegou a Vénus em agosto de 1990 e é considerada uma das missões espaciais profundas de maior sucesso de todos os tempos.

Apesar disso, os dados têm uma baixa resolução e grandes margens de erro, então o VERTIAS atuará essencialmente como o Magalhães 2.0, produzindo mapas globais tridimensionais de Vénus usando um radar de abertura sintética de última geração, além de aprender mais sobre a composição da superfície com um espectrómetro de infravermelhos próximos.

Mas o exterior de Vénus não será o único local a ser estudado, pois o VERITAS estudará o interior do planeta examinando seu campo gravitacional. Ao todo, o VERITAS irá dar aos cientistas uma imagem maior dos processos geológicos antigos e atuais no nosso misterioso vizinho de tamanho gémeo.

“VERITAS será um geólogo orbital, capaz de identificar onde estão essas áreas ativas e resolver melhor as variações locais na espessura litosférica. Seremos até capazes de capturar a litosfera no ato da deformação”, explica o Dr. Smrekar. “Vamos determinar se o vulcanismo realmente está a tornar a litosfera ‘mole’ o suficiente para perder tanto calor quanto a Terra, ou se Vénus tem mais mistérios guardados.”

Outra missão a Vénus será a missão DAVINCI da NASA, cujo objetivo será a importância de mergulhar na atmosfera venusiana e examinar a sua composição com mais detalhes do que nunca.

Que novas perceções aprenderemos com Vénus e os seus processos geológicos nos próximos anos e décadas? Só o tempo dirá, e é por isso que fazemos ciência!

 

in ZAP

segunda-feira, julho 18, 2022

Eugene Shoemaker morreu há vinte e cinco anos...

    
Eugene Merle Shoemaker (Los Angeles, 28 de abril de 1928 - Alice Springs, 18 de julho de 1997) foi um geólogo e astrónomo dos Estados Unidos da América e um dos fundadores do campo da ciência planetária, conhecido principalmente pela sua descoberta, em conjunto com a sua mulher Carolyn Shoemaker e o astrónomo David Levy, do cometa Shoemaker-Levy 9.
Nascido em Los Angeles, Califórnia, era especialista em colisões interplanetárias. Graduou-se no California Institute of Technology, em Pasadena, aos 19 anos, com uma tese em petrologia em rochas metamórficas pré-câmbricas. Passou então a trabalhar para a United States Geological Survey (USGS) e o seu primeiro trabalho foi pesquisar depósitos naturais de urânio no Colorado e em Utah. Durante este trabalho passou a interessar-se pela origem das crateras lunares e iniciou um trabalho na licenciatura na Universidade de Princeton, como continuidade dos seus estudos sobre petrologia em rochas metamórficas, processos vulcânicos e impactes de asteroides.
Em 1951 casou com Carolyn Spellman, recebendo o mestrado (1954) e o doutoramento (1960) na Universidade de Princeton, com uma tese sobre crateras produzidas por meteoritos. No ano seguinte passou a estudar astrogeologia em Flagstaff, Arizona, e esteve ligado às missões Lunar Ranger e ao treino dos astronautas americanos. Tinha pretensões de se tornar no primeiro cientista a caminhar na Lua, mas foi-lhe detetada a doença de Addison e assim foi nomeado cientista-chefe do Centro de Astrogeologia da USGS em 1965.
Regressou para a Caltech em 1969 como professor de geologia e serviu durante três anos como diretor da Division of Geological and Planetary Sciences. Em 1985 aposentou-se como professor e passou a dividir o seu tempo entre Pasadena e Flagstaff. Em 1992 recebeu a mais importante honra científica atribuída pelo presidente dos EUA, a National Medal of Science. Aposentou-se da USGS em 1993 e assumiu um cargo no Observatório Lowell. Nesse mesmo ano, juntamente com a sua mulher Carolyn e o amigo David Levy, descobriu o cometa Shoemaker-Levy 9, que chocou com Júpiter em 1994.
Eugene Shoemaker morreu, em consequência de um acidente automobilístico, em Alice Springs, na Austrália, em 1997. Algumas das suas cinzas foram levadas para a Lua pela sonda espacial Lunar Prospector. É, à data, a única pessoa a ter sido enterrada em outro corpo celeste.
   

domingo, julho 18, 2021

Eugene Shoemaker morreu há vinte e quatro anos...

    
Eugene Merle Shoemaker (Los Angeles, 28 de abril de 1928 - Alice Springs, 18 de julho de 1997) foi um geólogo e astrónomo dos Estados Unidos da América e um dos fundadores do campo da ciência planetária, conhecido principalmente pela sua descoberta, em conjunto com a sua mulher Carolyn Shoemaker e o astrónomo David Levy, do cometa Shoemaker-Levy 9.
Nascido em Los Angeles, Califórnia, era especialista em colisões interplanetárias. Graduou-se no California Institute of Technology, em Pasadena, aos 19 anos, com uma tese em petrologia em rochas metamórficas pré-câmbricas. Passou então a trabalhar para a United States Geological Survey (USGS) e o seu primeiro trabalho foi pesquisar depósitos naturais de urânio no Colorado e em Utah. Durante este trabalho passou a interessar-se pela origem das crateras lunares e iniciou um trabalho na licenciatura na Universidade de Princeton, como continuidade dos seus estudos sobre petrologia em rochas metamórficas, processos vulcânicos e impactes de asteroides.
Em 1951 casou com Carolyn Spellman, recebendo o mestrado (1954) e o doutoramento (1960) na Universidade de Princeton, com uma tese sobre crateras produzidas por meteoritos. No ano seguinte passou a estudar astrogeologia em Flagstaff, Arizona, e esteve ligado às missões Lunar Ranger e ao treino dos astronautas americanos. Tinha pretensões de se tornar no primeiro cientista a caminhar na Lua, mas foi detectado que sofria da doença de Addison e assim foi nomeado como cientista-chefe do Centro de Astrogeologia da USGS em 1965.
Regressu para a Caltech em 1969 como professor de geologia e serviu durante três anos como diretor da Division of Geological and Planetary Sciences. Em 1985 aposentou-se como professor e passou a dividir o seu tempo entre Pasadena e Flagstaff. Em 1992 recebeu a mais importante honra científica atribuída pelo presidente dos EUA, a National Medal of Science. Aposentou-se da USGS em 1993 e assumiu um cargo no Observatório Lowell. Nesse mesmo ano, juntamente com a sua mulher Carolyn e o amigo David Levy, descobriu o cometa Shoemaker-Levy 9, que chocou com Júpiter em 1994.
Eugene Shoemaker morreu, em consequência de um acidente automobilístico, em Alice Springs, na Austrália, em 1997. Algumas das suas cinzas foram levadas para a Lua pela sonda espacial Lunar Prospector. É, à data, a única pessoa a ter sido enterrada em outro corpo celeste.
   

sexta-feira, novembro 13, 2020

Notício sobre a história geológica de Marte

Meteorito sugere que Marte tinha água antes de haver vida na Terra

 

O meteorito NWA 7533

   

Um novo estudo sugere que a água estava presente no Planeta Vermelho há cerca de 4,4 mil milhões de anos, muito antes do que se pensava.

De acordo com o site Science Alert, os cientistas chegaram a esta conclusão com base numa análise do meteorito NWA 7533, encontrado no Deserto do Saara, em África, e que se acredita ter sido originado em Marte.

A oxidação de certos minerais no seu interior sugere a presença de água. Com certos fragmentos dentro deste meteorito – apelidado de “Beleza Negra” devido à sua cor – que datam de há 4,4 mil milhões de anos, este é o registo mais antigo do Planeta Vermelho.

“As rochas fragmentadas no meteorito são formadas a partir do magma e são comummente causadas por impactos e oxidação. Esta oxidação poderia ter ocorrido se houvesse água sobre ou dentro da crosta marciana, há 4,4 mil milhões de anos, durante um impacto que derreteu parte da crosta”, explica Takashi Mikouchi, cientista planetário da Universidade de Tóquio, no Japão, e um dos autores do estudo publicado, a 30 de outubro, na revista científica Science Advances.

Estas descobertas podem atrasar a data estimada da formação de água em Marte em cerca de 700 milhões de anos, pois pensava-se que esta tinha ocorrido há 3,7 mil milhões de anos.

As descobertas desta equipa também sugerem que a composição química da atmosfera marciana nesta altura – incluindo altos níveis de hidrogénio – poderia ter tornado Marte quente o suficiente para que a água derretesse e existisse vida, mesmo sabendo que o Sol era mais jovem e mais fraco durante este período.

“A nossa análise sugere que tal impacto teria libertado muito hidrogénio, o que teria contribuído para o aquecimento planetário numa época em que Marte já tinha uma espessa atmosfera isolante de dióxido de carbono”, acrescenta Mikouchi.

   

in ZAP

segunda-feira, novembro 09, 2020

Notícia interessante sobre astrogeologia...

Marte pode ter sequestrado o irmão gémeo da nossa Lua

  

 

Uma equipa de astrónomos observou minuciosamente um asteroide distante, atrás do Planeta Vermelho, e encontrou uma semelhança surpreendente que levanta algumas questões sobre o nosso satélite natural. 

Uma equipa de astrónomos do Observatório e Planetário Armagh (AOP), na Irlanda do norte, revelou recentemente que um asteroide que orbita Marte pode ser uma espécie de irmão gémeo da nossa Lua. O artigo científico foi publicado na Ícarus.

O asteroide (101429) 1998 VF31 faz parte de um grupo de outros corpos celestes deste tipo que partilham a órbita do Planeta Vermelho. Estes asteróides são conhecidos como troianos, porque caem em regiões gravitacionalmente equilibradas no espaço entre planetas.

De acordo com a recente investigação, (101429) 1998 VF31 é o único asteroide deste tipo a orbitar diretamente atrás de Marte, enquanto o Planeta Vermelho orbita o Sol.

O Science Alert escreve que foi possível alcançar esta descoberta graças ao reflexo do asteroide em relação ao Sol. Os cientistas utilizaram o espectrógrafo X-Shooter, no Very Large Telescope do European Southern Observatory (VLT), instalado no Chile.

Com as observações, foi possível concluir que “o espectro deste asteroide parece ser quase um sinal de morte para partes da Lua onde há leito rochoso exposto, como o interior de crateras e montanhas”, explicou Galin Borisov, astroquímico do AOP.

Apesar de os investigadores não terem certezas sobre este espectro, o cientista sublinha que é relevante pôr em cima da mesa a hipótese de as origens dos corpos celestes estarem num lugar distante de Marte, sendo que o 101429 representaria um “fragmento de relíquia da crosta sólida original da Lua“.

Se a teoria estiver correta, impõem-se uma grande questão: como é que o irmão gémeo perdido da Lua foi parar à órbita do Planeta Vermelho?

A verdade é que a origem deste asteróide também pode dizer muito sobre o nascimento do nosso Sistema Solar.

No início do Sistema Solar, “o espaço entre os planetas recém-formados estava cheio de destroços e as colisões eram comuns”. “Grandes asteróides [planetesimais] atingiam constantemente a Lua e os outros planetas. Um fragmento dessa colisão pode ter atingido a órbita de Marte quando o planeta estava ainda a formar-se”, disse o principal autor do estudo, Apostolos Christou.

Os cientistas explicam que também é possível que o asteroide represente algum fragmento de Marte cortado por algum tipo de incidente, que pode ter impactado o Planeta Vermelho. Este impacto pode ter ocorrido como consequência de um intemperismo de radiação solar, que o tornou parecido com a Lua.

 

in ZAP

sábado, julho 18, 2020

O geólogo e astrónomo Eugene Shoemaker morreu há 23 anos

   
Eugene Merle Shoemaker (Los Angeles, 28 de abril de 1928 - Alice Springs, 18 de julho de 1997) foi um geólogo e astrónomo dos Estados Unidos da América e um dos fundadores do campo da ciência planetária, conhecido principalmente pela sua descoberta, em conjunto com a sua mulher Carolyn Shoemaker e o astrónomo David Levy, do cometa Shoemaker-Levy 9.
Nascido em Los Angeles, Califórnia, era especialista em colisões interplanetárias. Graduou-se no California Institute of Technology, em Pasadena, aos 19 anos, com uma tese em petrologia em rochas metamórficas pré-câmbricas. Passou então a trabalhar para a United States Geological Survey (USGS) e o seu primeiro trabalho foi pesquisar depósitos naturais de urânio no Colorado e em Utah. Durante este trabalho passou a interessar-se pela origem das crateras lunares e iniciou um trabalho na licenciatura na Universidade de Princeton, como continuidade dos seus estudos sobre petrologia em rochas metamórficas, processos vulcânicos e impactes de asteroides.
Em 1951 casou com Carolyn Spellman, recebendo o mestrado (1954) e o doutoramento (1960) na Universidade de Princeton, com uma tese sobre crateras produzidas por meteoritos. No ano seguinte passou a estudar astrogeologia em Flagstaff, Arizona, e esteve ligado às missões Lunar Ranger e ao treino dos astronautas americanos. Tinha pretensões de se tornar no primeiro cientista a caminhar na Lua, mas foi detectado que sofria da doença de Addison e assim foi nomeado como cientista-chefe do Centro de Astrogeologia da USGS em 1965.
Regressu para a Caltech em 1969 como professor de geologia e serviu durante três anos como diretor da Division of Geological and Planetary Sciences. Em 1985 aposentou-se como professor e passou a dividir o seu tempo entre Pasadena e Flagstaff. Em 1992 recebeu a mais importante honra científica atribuída pelo presidente dos EUA, a National Medal of Science. Aposentou-se da USGS em 1993 e assumiu um cargo no Observatório Lowell. Nesse mesmo ano, juntamente com a sua mulher Carolyn e o amigo David Levy, descobriu o cometa Shoemaker-Levy 9, que chocou com Júpiter em 1994.
Eugene Shoemaker morreu em consequência de um acidente automobilístico em Alice Springs, na Austrália, em 1997. Algumas das suas cinzas foram levadas para a Lua pela sonda espacial Lunar Prospector. É, à data, a única pessoa a ter sido enterrada em outro corpo celeste.
   

sábado, janeiro 18, 2020

Notícia sobre astrogeologia interessante...

O material mais antigo já descoberto na Terra é mais velho do que o Sol

Os grãos da poeira encontrada
  
Um grupo de cientistas descobriu, num meteorito que caiu há mais de 50 anos na Austrália, poeira estelar que é o material mais antigo até agora encontrado na Terra, anunciou esta semana o Field Museum, de Chicago, Estados Unidos.
A poeira estelar, que os investigadores calculam ter entre cinco e sete mil milhões de anos, encontrada no meteorito “é o material sólido mais antigo já encontrado e conta-nos como é que as estrelas se formaram na nossa galáxia”, disse Philipp Heck, curador do Field Museum e professor associado da Universidade de Chicago.
Comparativamente, a idade do Sol está estimada em 4,6 mil milhões de anos e a da Terra em 4,5 mil milhões de anos. O portal Science Alert frisa que a poeira encontrada é algumas centenas de anos mais antiga do que o próprio Sistema Solar.
As estrelas formam-se a partir de nuvens de poeira e gás e quando morrem produzem também nuvens de poeira cósmica, que voltam a formar outros corpos celestes, como novas estrelas, planetas, luas ou meteoritos.
Philipp Heck e a sua equipa analisaram o meteorito – que caiu no estado australiano de Victoria em 28 de setembro de 1969 – e encontraram partículas denominadas ‘grãos minerais pré-solares’, anteriores à formação do Sol, que terão ficado presas no meteorito e que já tinham sido isolados há cerca de 30 anos na Universidade Chicago.
De acordo com os investigadores, grãos pré-solares são encontrados em apenas cerca de cinco por cento dos meteoritos que caíram na Terra.
Jennika Greer, estudante do Field Museum e da Universidade Chicago e coautora do estudo, explica, num comunicado do Field Museum, que o processo de análise do material presente no meteorito “começa com a trituração de fragmentos do meteorito até ficarem em pó, que se torna numa espécie de pasta e cheira a manteiga de amendoim podre”. A ‘pasta’ é depois dissolvida em ácido até restarem apenas os grãos pré-solares.
Philipp Heck adianta que os grãos pré-solares foram analisados para detetar o seu tempo de exposição a raios cósmicos, que interagem com a matéria e formam novos elementos. “Quanto mais tempo estiverem expostos, mais elementos se formam”, explicou.
“Com este estudo, determinamos diretamente a vida útil da poeira estelar. Esperamos que investigadores possam usá-lo como ponto de partida para modelos de todo o ciclo de vida galáctico”, disse o cientista.
Os resultados da investigação foram esta semana publicados na revista científica PNAS.

in ZAP

quinta-feira, julho 18, 2019

Eugene Shoemaker, geólogo e astrónomo, morreu há 22 anos

Eugene Merle Shoemaker (Los Angeles, 28 de abril de 1928 - Alice Springs, 18 de julho de 1997) foi um geólogo e astrónomo dos Estados Unidos da América e um dos fundadores do campo da ciência planetária, conhecido principalmente pela sua descoberta, em conjunto com a sua mulher Carolyn Shoemaker e o astrónomo David Levy, do cometa Shoemaker-Levy 9.
Nascido em Los Angeles, Califórnia, era especialista em colisões interplanetárias. Graduou-se no California Institute of Technology, em Pasadena, aos 19 anos, com uma tese em petrologia em rochas metamórficas pré-câmbricas. Passou então a trabalhar para a United States Geological Survey (USGS) e o seu primeiro trabalho foi pesquisar depósitos naturais de urânio no Colorado e em Utah. Durante este trabalho passou a interessar-se pela origem das crateras lunares e iniciou um trabalho na licenciatura na Universidade de Princeton, como continuidade dos seus estudos sobre petrologia em rochas metamórficas, processos vulcânicos e impactes de asteroides.
Em 1951 casou com Carolyn Spellman, recebendo o mestrado (1954) e o doutoramento (1960) na Universidade de Princeton, com uma tese sobre crateras produzidas por meteoritos. No ano seguinte passou a estudar astrogeologia em Flagstaff, Arizona, e esteve ligado às missões Lunar Ranger e ao treino dos astronautas americanos. Tinha pretensões de se tornar no primeiro cientista a caminhar na Lua, mas foi detectado que sofria da doença de Addison e assim foi nomeado como cientista-chefe do Centro de Astrogeologia da USGS em 1965.
Regressu para a Caltech em 1969 como professor de geologia e serviu durante três anos como diretor da Division of Geological and Planetary Sciences. Em 1985 aposentou-se como professor e passou a dividir o seu tempo entre Pasadena e Flagstaff. Em 1992 recebeu a mais importante honra científica atribuída pelo presidente dos EUA, a National Medal of Science. Aposentou-se da USGS em 1993 e assumiu um cargo no Observatório Lowell. Nesse mesmo ano, juntamente com a sua mulher Carolyn e o amigo David Levy, descobriu o cometa Shoemaker-Levy 9, que chocou com Júpiter em 1994.
Eugene Shoemaker morreu em consequência de um acidente automobilístico em Alice Springs, na Austrália, em 1997. Algumas das suas cinzas foram levadas para a Lua pela sonda espacial Lunar Prospector. É, até à data, a única pessoa a ter sido enterrada noutro corpo celeste.

terça-feira, outubro 09, 2018

Pedra usada como calço era, afinal, um meteorito de 100 mil dólares


Uma professora da Universidade do Michigan, nos EUA, descobriu que uma pedra usada como calço nos últimos 30 anos era, na realidade, um meteorito que poderá valer cerca de 100 mil dólares.
De acordo com o Huffington PostMona Sirbescu, professora de Geologia da Universidade do Michigan, nos EUA, conta que, quando viu a pedra pela primeira vez, percebeu logo que “havia ali alguma coisa especial”.
“É o espécime mais valioso que já vi na minha vida, monetária e cientificamente”, disse Sirbescu num comunicado divulgado pela universidade.
A pedra, que afinal era um meteorito, pertencia a um homem de Grand Rapids, no Michigan, que preferiu manter o anonimato, que a levou à docente para ser examinada durante este ano.
Geralmente, a professora tem muitos destes pedidos, no entanto, “há 18 anos que a resposta é categoricamente ‘não'”, disse, citada na mesma nota.
O norte-americano contou à professora que tinha aquela pedra desde 1988, quando comprou uma quinta em Edmore, também no Michigan. O antigo dono dessa propriedade contou-lhe que era um meteorito que ele e o seu pai tinham avistado nos anos 30.
O homem contou a Sirbescu que ficou com a pedra nos 30 anos seguintes, mesmo depois de se ter mudado daquela quinta, e que a usava como calço ou para fazer apresentações na escola dos filhos.
Recentemente, o homem começou a ler histórias de pessoas que encontravam e vendiam pedaços de meteoritos, o que o levou a tentar confirmar a origem daquela rocha e se valeria alguma coisa, conta a universidade.
Trata-se de um meteorito com aproximadamente 88% de ferro e 12% de níquel, uma  avaliação depois validada por Catherine Corrigan, geóloga do Instituto Smithsonian, em Washigton.
O dono do meteorito, avaliado em cerca de 100 mil dólares, está a pensar vendê-lo a um museu ou colecionador, e já prometeu que vai doar 10% da receita à universidade.


in ZAP

sábado, outubro 03, 2015

Aparentemente, a campanha eleitoral portuguesa também chegou a Caronte, o maior satélite de Plutão...

Novas fotos de Caronte revelam um passado “complexo e violento”

Caronte é atravessada por uma imensa "cicatriz" geológica

Em mais uma leva de imagens, a sonda New Horizons da NASA mostra a superfície de Caronte, a maior lua de Plutão, com uma nitidez nunca antes atingida.

Novas imagens em alta resolução de Caronte, a maior lua de Plutão, foram divulgadas nesta quinta-feira pela agência espacial norte-americana NASA.
As imagens foram registadas a 14 de julho, quando a sonda New Horizons da NASA passou a toda a velocidade ao pé do planeta-anão, e enviadas para a Terra a 21 de setembro, explica aquela agência em comunicado.
As imagens são consideradas surpreendentes pelos cientistas da missão New Horizons, que esperavam que a topografia de Caronte fosse “monótona e pejada de crateras”. Em vez disso, descobriram “uma paisagem coberta de montanhas, canhões, deslizamentos de terreno, variações de cor e mais ainda”, lê-se no mesmo documento.
Em particular, as imagens mostram uma cintura de fracturas e canhões, ligeiramente a norte do equador de Caronte. Com mais de 1.600 quilómetros de comprimento, esta estrutura atravessa a face visível de Caronte e prolonga-se provavelmente do lado oculto, explica a NASA. É quatro vezes mais longa do que o Grande Canhão do Colorado e, e em certos locais, duas vezes mais profunda que aquela célebre formação terrestre.
A existência desta enorme falha indica que Caronte sofreu, no passado, um evento geológico de dimensões “titânicas”. "É como se toda a crosta de Caronte tivesse sido rasgada", diz John Spencer, um dos elementos da equipa.  
Os cientistas descobriram ainda que as vastas planícies a sul do canhão apresentam menos crateras do que as regiões a norte, o que sugere que se terão formado mais recentemente.
“Estamos a ponderar a ideia de que, há muito tempo, um oceano de água subterrâneo terá ficado gelado, e que o aumento de volume interno que se seguiu terá feito estalar a superfície de Caronte, permitindo a emergência de lavas aquosas”, explica Paul Schenk, outro elemento da equipa.
Ao longo do próximo ano, os cientistas vão receber imagens ainda mais nítidas de Caronte, que um outro membro da missão, Hal Weaver, prevê desde já que sejam “ainda mais espectaculares”.

in Público - ler notícia

quinta-feira, julho 18, 2013

O geólogo e astrónomo Eugene Shoemaker morreu há 16 anos

Eugene Merle Shoemaker (Los Angeles, 28 de abril de 1928 - Alice Springs, 18 de julho de 1997) foi um geólogo e astrónomo dos Estados Unidos da América e um dos fundadores do campo da ciência planetária, conhecido principalmente pela sua descoberta, em conjunto com a sua mulher Carolyn Shoemaker e o astrónomo David Levy, do cometa Shoemaker-Levy 9.

Nascido em Los Angeles, Califórnia, era especialista em colisões interplanetárias. Graduou-se no California Institute of Technology, em Pasadena, aos 19 anos, com uma tese em petrologia em rochas metamórficas pré-câmbricas. Passou então a trabalhar para a United States Geological Survey (USGS) e o seu primeiro trabalho foi pesquisar depósitos naturais de urânio no Colorado e em Utah. Durante este trabalho passou a interessar-se pela origem das crateras lunares e iniciou um trabalho na licenciatura na Universidade de Princeton, como continuidade dos seus estudos sobre petrologia em rochas metamórficas, processos vulcânicos e impactes de asteroides.
Em 1951 casou com Carolyn Spellman, recebendo o mestrado (1954) e o doutoramento (1960) na Universidade de Princeton, com uma tese sobre crateras produzidas por meteoritos. No ano seguinte passou a estudar astrogeologia em Flagstaff, Arizona, e esteve ligado às missões Lunar Ranger e ao treino dos astronautas americanos. Tinha pretensões de se tornar no primeiro cientista a caminhar na Lua, mas foi detectado que sofria da doença de Addison e assim foi nomeado como cientista-chefe do Centro de Astrogeologia da USGS em 1965.
Regressu para a Caltech em 1969 como professor de geologia e serviu durante três anos como diretor da Division of Geological and Planetary Sciences. Em 1985 aposentou-se como professor e passou a dividir o seu tempo entre Pasadena e Flagstaff. Em 1992 recebeu a mais importante honra científica atribuída pelo presidente dos EUA, a National Medal of Science. Aposentou-se da USGS em 1993 e assumiu um cargo no Observatório Lowell. Nesse mesmo ano, juntamente com a sua mulher Carolyn e o amigo David Levy, descobriu o cometa Shoemaker-Levy 9, que chocou com Júpiter em 1994.
Eugene Shoemaker morreu em consequência de um acidente automobilístico em Alice Springs, na Austrália, em 1997. Algumas das suas cinzas foram levadas para a Lua pela sonda espacial Lunar Prospector. É, à data, a única pessoa a ter sido enterrada em outro corpo celeste.

segunda-feira, julho 18, 2011

O geólogo e astrónomo Eugene Shoemaker morreu há 14 anos

Eugene Merle Shoemaker (Los Angeles, 28 de Abril de 1928 - Alice Springs, 18 de Julho de 1997) foi um geólogo e astrónomo norte-americano e um dos fundadores do campo da ciência planetária, conhecido principalmente pela sua descoberta, em conjunto com a sua mulher Carolyn Shoemaker e o astrónomo David Levy, do Cometa Shoemaker-Levy 9.

Nascido em Los Angeles, Califórnia, era especialista em colisões interplanetárias. Graduou-se no California Institute of Technology, em Pasadena, aos 19 anos, com uma tese em petrologia em rochas metamórficas pré-câmbricas. Passou então a trabalhar para a United States Geological Survey (USGS) e o seu primeiro trabalho foi pesquisar depósitos naturais de urânio no Colorado e em Utah. Durante este trabalho passou a se interessar pela origem das crateras lunares e iniciou um trabalho em nível de Ph.D. na Universidade de Princeton, como continuidade de seus estudos sobre petrologia em rochas metamórficas, processos vulcânicos e impactos de asteróides.
Em 1951 casou com Carolyn Spellman, recebendo o mestrado (1954) e o doutoramento (1960) na Universidade de Princeton com uma tese sobre crateras produzidas por meteoritos. No ano seguinte passou a estudar astrogeologia em Flagstaff, Arizona, e esteve ligado às missões Lunar Ranger e ao treino dos astronautas norte-americanos. Tinha pretensões de se tornar no primeiro cientista a caminhar na Lua, mas foi detectado que sofria da doença de Addison e assim foi apontado cientista-chefe do Centro de Astrogeologia da USGS em 1965.
Retornou para a Caltech em 1969 como professor de geologia e serviu por três anos como director da Division of Geological and Planetary Sciences. Em 1985 aposentou-se como professor e passou a dividir seu tempo entre Pasadena e Flagstaff. Em 1992 recebeu a mais importante honra científica atribuída pelo presidente dos EUA, a National Medal of Science. Aposentou-se da USGS em 1993 e assumiu um cargo no Observatório Lowell. Nesse mesmo ano, junto com sua mulher Carolyn e o amigo David Levy, descobriu o cometa Shoemaker-Levy 9, que se chocou com Júpiter em 1994.
Eugene Shoemaker morreu em consequência de um acidente automobilístico em Alice Springs, Austrália, em 1997. Algumas de suas cinzas foram levadas para a Lua pela sonda espacial Lunar Prospector. É, à data, a única pessoa a ter sido enterrada em outro corpo celeste.